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Ano LVII • novemnbro • 2017 • no 512

Todos os Santos É tempo


e Finados de balanço...
Í N D I C E
01 Editorial Raízes do Movimento
31 A serviço dos homens
Super-Região
02 Todos os Santos e Finados
Testemunho
03 Reavivar a brasa
33 Um Novo Fôlego
05 Como não sabeis interpretar
34 Até quando Deus quiser...
o tempo presente?
35 A celebração da vida e do amor
06 O amor é mais forte do que a morte
36 O despertar para o serviço
37 Plano de Deus
Correio da ERI
08 Avançar e responder aos desafios
Reflexão
09 Vida eterna
38 Oração missionária
39 Semear, colher e saborear os frutos das ENS
Igreja Católica
11 Palavra do Papa
Balanço
40 Fim do ano é tempo de balanço
Vida no Movimento 41 Tempo de repensar a vida e a equipe
13 Encontro do Colegiado Nacional
14 A alegria do encontro
15 Casais que tomaram posse - 2018
Partilha e PCE
18 A orquestra da unidade
43 Regra de Vida

21 Casais e sacerdotes comprometidos...


44 Um dever desconhecido

23 Província Norte
24 Província Nordeste I Serviços nas ENS
25 Província Nordeste II 45 Casal Responsável por Super-Região - CRSR
26 Província Centro-Oeste 46 Chamaste-me?
27 Província Leste
28 Província Sul I 45 Notícias
29 Província Sul II
30 Província Sul III

Carta Mensal
no 512 • novembro • 2017

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa”
Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Hermelinda e Arturo - Equipe
Editorial: Responsáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: Padre Flávio Cavalca - Membros: Regina
e Sérgio - Salma e Paulo - Patrícia e Célio - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb. 17622).
Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390, Cj. 115, Perdizes - 05005-
000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1284 - email: novabandeira@novabandeira.
com - Responsável: Ivahy Barcellos - Foto 4a capa, p. 37: cans stock photo- Diagramação, pre-
paração e tratamento de imagem: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta edição: 27.500 exs.
Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS
- Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo - SP, ou através de email:
cartamensal@ens.org.br A/C de Fernanda e Martini. Importante: consultar, antes de enviar, as instru-
ções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.
editorial

A Paz e Alegria de Cristo.

Novembro inicia-se com duas importantes celebrações:


a Solenidade de Todos os Santos, no primeiro dia do mês,
e Finados, no dia dois. A vida cristã é viver em comunhão
íntima com Deus, agora e para sempre. A Carta traz artigos
que proporcionam a oportunidade para refletirmos sobre
estes temas em nossas vidas, que não são tiradas, e sim
transformadas.
Também nesta edição, o Correio da ERI publica uma
mensagem do seu casal responsável, Tó e Zé, que nos chama a
participar do Encontro Internacional de Fátima 2018, que
será um intenso momento não só na vida do casal como na
do Movimento. Padre Jacinto, SCE da ERI, aconselha, como
preparação espiritual em casal para Fátima, que rezemos o
Rosário em nossa Oração Conjugal.
Ainda nesta Carta, falamos sobre o Colegiado Nacional que
aconteceu no mês de agosto, em Itaici-SP, e teve a participação
de todas as oito Províncias. Ocasião em que foram apresentadas
as orientações para 2018 e na qual foram empossados os novos
casais e sacerdotes conselheiros espirituais responsáveis pelas
Regiões e Províncias.
Bom, meus irmãos, a última reunião do ano equipista é a
de balanço. Oportunidade para refletir sobre a caminhada da
equipe e nos prepararmos para o próximo ano. Esta edição
traz artigos para ajudar nesta etapa. Desejamos a todas as
equipes um ótimo momento de revisão,
priorizando a vontade de Deus para
que possamos continuar crescendo na
santificação do casal.
Abraços fraternos

Fernanda e Martini
CR Carta Mensal

Tema: “Ousar o Evangelho - PONTES SIM, MUROS NÃO”

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super-região

Todos os Santos e Finados:


Festa e Reflexão

Novembro é o mês no qual cele- 3,2-3). Somos convidados pela Fé e


bramos a realidade transcendental pela sensatez a um olhar diferente.
de nossa existência humana. Isso Nossa resposta teológica, resu-
acontece com as liturgias de “To- midamente, passa por três alterna-
dos os Santos” e “Finados”. Signi- tivas e todas elas numa perspectiva
fica que nesse mês somos convida- de continuidade na descontinuida-
dos pela Igreja a um olhar sobre a de. Ou seja, existe um rompimen-
nossa finitude, que se torna relativa to com relação à realidade visível,
através da dimensão da Fé. “Para os deixamos essa existência terrena,
que creem em Vós, Senhor, a vida mas essa descontinuidade está
não acaba, apenas se transforma: em continuidade com nossa rea-
e, desfeita a morada deste exílio lidade terrena, pois a forma como
terrestre, adquirimos no céu uma lidamos com o Senhor na história
habitação eterna” (Prefácio dos De- determinará como vivenciaremos
funtos I). nossa continuidade eterna.
Contudo, mesmo exercitando Sendo assim, uma vida terrena
nossa dimensão de Fé, nenhum de completamente identificada com
nós pode ignorar o fato de que a Deus gera naturalmente uma iden-
morte é uma ruptura. Aparente- tificação plena com Ele na eternida-
mente um “ponto final” surge de de. “Esta vida perfeita com a San-
maneira inevitável. A dimensão da tíssima Trindade, esta comunhão de
Fé nos convida a transcendermos vida e de amor com Ela, com a Vir-
esse “ponto final”, olharmos com gem Maria, com os anjos e todos os
sensatez para além da realidade bem-aventurados, chama-se ‘céu’.
visível. Os falecidos “aos olhos dos O céu é o fim último e a realização
insensatos parecem ter morrido; das aspirações mais profundas do
sua saída do mundo foi considera- homem, o estado de felicidade su-
da uma desgraça, e sua partida do prema e definitiva” (CIC 1024).
meio de nós, uma destruição” (Sb Contudo, nem sempre conse-
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guimos responder como gostaría- dos pobres e dos pequeninos seus
mos aos apelos de Deus para estar- irmãos. Morrer em pecado mor-
mos unidos a Ele nesse mundo. Por tal sem arrependimento e sem dar
isso “os que morrem na graça e na acolhimento ao amor misericordio-
amizade de Deus, mas não de todo so de Deus significa permanecer
purificados, embora seguros da sua separado d’Ele para sempre, por
salvação eterna, sofrem depois da nossa própria livre escolha. E é este
morte uma purificação, a fim de estado de autoexclusão definitiva
obterem a santidade necessária da comunhão com Deus e com os
para entrar na alegria do céu” (CIC bem-aventurados que se designa
1030). Essa realidade chamamos de pela palavra ‘Inferno’” (CIC 1033).
purgatório. Celebremos,
Porém, Deus nos deu liberdade pois, nesse mês os
para escolhermos nossos caminhos nossos falecidos
e como Deus, por essência, não queridos, mas ao
pode ser incoerente, Ele respei- mesmo tempo
ta essa liberdade. “Não podemos aproveitemos a
estar em união com Deus se não ocasião para re-
escolhermos livremente amá-Lo... fletir sobre nossa
Nosso Senhor adverte-nos de que c o n d i ç ã o diante dessa realidade.
seremos separados d’Ele, se des- Pe. Paulo Renato F. G. Campos
curarmos as necessidades graves SCE Super-Região

“REAVIVAR A BRASA”
Os jovens têm uma inquietude sadia, querem saber a respeito do
sentido da vida... eis a pergunta que faz emergir o desejo de vida e
de felicidade que cada um de nós tem dentro de si: “O que busco,
o que procuro, no fundo do meu coração?”
Como se descobre a própria vocação neste mundo? Ela pode ser
descoberta de muitos modos, mas a mais contundente é quando o
primeiro indicador é a alegria do encontro com Jesus.
Matrimônio, vida con-
sagrada, sacerdócio: cada
vocação verdadeira tem
início através de um en-
contro com Jesus que nos
oferece uma esperança
nova; e nos conduz, in-
clusive através de pro-
vações e dificuldades,
a um encontro cada

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vez mais pleno, que cresce, torna-se maior, até a plenitude de ale-
gria, a verdadeira felicidade.
Mas, atenção, Jesus não quer que caminhemos atrás d’Ele de
má vontade, sem ter no coração o vento e o frescor da alegria.
Jesus quer pessoas que sentiram que o fato de estar com Ele
provoca uma felicidade imensa, e que pode ser renovada todos os
dias da vida. Um discípulo do Reino de Deus que não é alegre não
evangeliza este mundo, é alguém triste. Não nos tornamos prega-
dores de Jesus afinando as armas da retórica: podemos falar, falar,
falar, mas se não temos nos olhos o brilho da felicidade verdadeira,
transmitindo a alegria da fé com os olhos... de nada adianta, pois
só anunciamos o que vivenciamos.
Certamente, há provações na vida, momentos em que é pre-
ciso ir em frente, não obstante as amarguras, os sofrimentos, ou
angústias, contudo conhecemos a estrada que conduz àquele fogo
sagrado que nos acendeu de uma vez pra sempre, quando O en-
contramos.
Portanto, não nos deixemos levar por pessoas desiludidas e in-
felizes; não escutemos quem aconselha cinicamente não cultivar
esperanças na vida; não confiemos em quem abafa o surgimento
de qualquer entusiasmo, não escutemos os “velhos” de coração
que sufocam a euforia juvenil, os “jovens aposentados”, mas sim,
vamos ter com os que têm os olhos brilhantes de esperança!
Vamos cultivar utopias sadias: Deus quer que sejamos capazes
de sonhar como Ele e com Ele, enquanto caminhamos muito aten-
tos à realidade. Sonhar um mundo diferente. E se um sonho se
apaga, voltar a sonhá-lo de novo, sorvendo com esperança da me-
mória das origens, aquelas brasas, que talvez depois de uma vida
não tão boa, se esconderam sob as cinzas do primeiro encontro
com Jesus, e com esta chama, verdadeira incendiária de corações,
“reavivar a brasa” da nossa fé e da nossa esperança!
Vamos, como Jesus, “incendiar os corações”!

Hermelinda e Arturo
CR Super-Região

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“Como não sabeis interpretar
o tempo presente?”
DINÂMICAS CULTURAIS
“Sabeis interpretar o aspecto “Os tempos fazem o que de-
da terra e do céu, como é que não vem: mudam. Os cristãos devem
sabeis interpretar o tempo presen- fazer o que Cristo quer: avaliar
te?“ (Lc 12,57). os tempos e mudar com eles,
Chegamos ao último capítulo permanecendo firmes na verda-
do nosso tema de estudo, “Pon- de do Evangelho” (Papa Francis-
tes sim, muros não”. Procuramos co, homilia 23/10/2015 em San-
juntos, durante todo esse ano equi- ta Marta).
pista, conhecer a vontade de Deus Estamos vivendo a era das
sobre os desafios pastorais da famí- maiores transformações que
lia na nova Evangelização. a humanidade já presenciou,
É fato que o mundo vive uma não somente no que se refe-
profunda crise humanitária, por di- re aos avanços tecnológicos e
versas situações; pobreza elevada, científicos, mas principalmente
guerras insanas em diversas partes as que dizem respeito às rela-
do mundo, perseguições religio- ções humanas.
sas, entre tantos outros motivos Os valores estão sendo mo-
degradantes à condição humana. dificados e denegridos em sua
Porém reflitamos; em qual parte raiz, a primazia do “eu” em de-
da história humana tais fatos não trimento do “nós”, as verdades
se sucederam, com maior ou me- se transformam em mentiras, a
nor intensidade? ética virou oferta de pratelei-
Qual a tônica das suas respos- ra, quando convém, Deus sim,
tas diante das inúmeras reflexões Igreja não.
propostas pelo tema? Ficaram ape- E uma das maiores crises
nas no campo das lamentações, do pela qual estamos passando é
pessimismo, das frases feitas: não da transmissão da fé. Com a
tem mais jeito, o casamento está degradação das instâncias de
fadado à ruína completa, o mundo transmissão dessa fé, como a
está perdido, etc.? família, o Estado, a educação
Caminhar para águas mais pro- escolar e a própria Igreja, bus-
fundas implica enfrentar os desafios cam se apoiar em crenças, po-
que surgem, a realidade está aí e rém sem pertença.
não cabe a nós conscientemente nos Contudo, queridos amigos,
acomodarmos. o otimismo e a esperança devem
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ser a nossa marca registrada, Deus não nos abandonará ja-
como equipistas não estamos em mais, Ele vive em cada coração
um beco sem saída, como muitos que tem até mesmo um mínimo
afirmam, muito pelo contrário, de fé.
temos através dessas adversida- Não nos deixemos ser seduzi-
des uma grande oportunidade de dos ou até mesmo abduzidos pe-
transformação. las forças negativas que insistem
E a resposta para tudo isso em nos dizer que tudo é assim
é a ressignificação do AMOR, mesmo e que não vale o esforço
ou seja, um amor vivido como para mudarmos.
compromisso e não somente no Se Deus é por nós quem será
campo da emoção, um amor que contra nós?
gera vínculo, doação, fazer sem
esperar, que seja verdadeiro na
diversidade.
O nosso testemunho de ca-
sal feliz, que busca a santidade
através da abnegação de um pelo
outro, é a melhor maneira de de-
monstrar ao mundo que há espe-
ranças sim para este cenário de- Sandra e Valdir
gradante que se apresenta. CRP Sul I

O amor é mais forte


do que a morte
“Não é sobre ter todas as pessoas do mundo pra si,
é sobre saber que em algum lugar alguém zela por ti!”
(Ana Vilela)
Mais um feriado que passou Assim, como bem expressa nos-
num final de ano carregado de so linguajar, finados é uma questão
atividades e as preocupações de de fé, por isso comemoramos os
como “gastar esse tempo”. Na “fiéis defuntos” e não aqueles que
verdade, no mundo corriqueiro findam no sono da morte. Fé que
uma pausa sempre é bem-vinda, nos leva a acreditar que o “amor
sobretudo quando é final de ano, é mais forte do que a morte” e, a
final de semana... Finados, segun- exemplo de nosso Fundador, a vi-
do o calendário civil, Solenida- vermos na dimensão da Esperança
de dos Fiéis Defuntos, segundo ancorada na prática da vivência
a nossa fé. conjugal das virtudes evangélicas.

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Virtudes que nos levam a assumir A palavra de Deus que ilumina
corajosamente, pelo batismo, o estas festas: “Todos os santos e os
chamado que Deus nos fez. Deus fiéis defuntos” aclamam pela vida
nos chamou a viver num movimen- vivida e doada a exemplo de Cris-
to conjugal que tem como finalida- to Jesus que nos dá um novo itine-
de a Santidade: ser santos para nós rário de santidade para ser percor-
não é um propósito a ser alcan- rido na via das bem-aventuranças.
çado ou um objetivo de vida: é a Um caminho a dois que propõe: a
resposta de nossa vocação. Não é felicidade diante do conflito (per-
casualidade que estas celebrações seguição) e a plenitude do verbo
caminhem juntas: Todos os Santos “conjugar” através das obras de
e Fiéis Defuntos. caridade e de misericórdia para
Por ser a Santidade nossa vo- que o amor seja perfeito, assim
cação ao amor, entendemos que como nosso Pai celeste é Santo e
este amor não pode terminar pelos Perfeito.
acontecimentos da vida nem muito Um amor amadurecido na es-
menos pela morte e sua cultura já cola da Amoris Leatitia que nos
enraizada em nosso meio nas mais encoraja a transformar a cultura
sutis formas de “ignorar uma pes- da morte em escolhas saudáveis
soa ou situação”, no preconceito de vida. Um amor que vence a
camuflado em “ironias ou piadas”, morte, mesmo quando “já se pas-
no faz de conta, já que “todo mun- saram quatro dias” (Jo 11, 39), e
do faz”, em deixar acontecer já que nos garante a vitória da vida e do
é “normal nos dias de hoje”, em amor sobre a incredulidade dos
silenciar imparcialmente, diante das que pensam que não existe fideli-
situações que só favorecem alguns dade no matrimônio ou para que
poucos, enquanto sabemos que os as “coisas funcionem” devemos
direitos são para todos! “deixar como está”.
A data que celebramos não Caríssimos irmãos: viver o
pode ser para os equipistas amor é viver a santidade, é viver
mais um feriado a ser preen- a plenitude da fé com os pés bem
firmes na esperança que nasce da
chido pelos Pontos Concretos “alegria do evan-
de Esforço que já não acham gelho” que nos dá
datas para acontecer, e sim a certeza que para
pela capacidade humana de aqueles que cremos
“fazer memória” do que fo- e amamos “a vida
mos, somos e seremos com não é tirada, mas
a capacidade de sermos, gra- transformada”.
tos valorizando o que temos
e alegrando-nos por aqueles Pe. Octavio del Luján Moscoso, fdcc
que tivemos e temos dentro Sacerdote Conselheiro Espiritual
de nossos corações. Província Sul I

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correio da ERI
Avançar e responder
aos desafios

Todos sabemos que, na dinâ- dificuldades, que podem ser reais


mica do amor, quando vivemos e compreensíveis.
uma emoção forte, ela transmi- Conscientes dos obstáculos
te-nos força e somos levados a que podem aparecer na nossa ca-
aceitar sem reticências fazer uma minhada, continua a ser preciso
caminhada corajosa. pensar com o entusiasmo inicial
O Encontro Internacional Fáti- para experimentar a conversão
ma 2018 deve ser para todos os que nos torna mais próximos de
equipistas do mundo um tempo Jesus.
forte de renovação e de entusias- Jesus, quando chama pela
mo, não só na vida de cada casal, primeira vez os doze discípulos
mas também da do Movimento. para os enviar dois a dois, dá-
Não podemos desperdiçar a lhes poder para resistir ao mal e
oportunidade para avançar e res- aconselha-os a nada levar para o
ponder aos desafios que o mundo caminho, ”calcem apenas sandá-
nos lança e às orientações que lias… e nem sequer levem duas
o Santo Padre nos propôs quan- túnicas…” (Mc 6; 9).
do nos recebeu em setembro de Somos chamados dois a dois
2015. por Jesus, deixando-nos levar pela
O ritmo de vida que temos por confiança e pelo olhar que Ele nos
vezes faz-nos atrasar a nossa ca- lança de longe, seduzindo-nos
minhada. para nos deixarmos prender à Ele.
Não é fácil avançar sem um O nosso Caminho até Fátima,
amor maduro que nos leve a uma que vai ser o final de uma longa
aventura arriscada, porém aqueles viagem, vai decerto proporcionar
que amam são capazes de tudo, a renunciarmos a tudo que nos es-
ultrapassando o simples entusias- torva para que seja uma oportuni-
mo inicial ao aceitar as prováveis dade de transformarmos os nossos
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corações de pedra em corações nova de viver com ternura e afe-
de carne e estarmos aptos a rece- to para realizar a nossa vocação
ber a misericórdia do Senhor. e missão, feitas de prontidão e
Na nossa vida de casal e de alegria, capaz de reconhecer Je-
família sabemos bem como é im- sus no mundo e na nossa histó-
portante a confiança no olhar que ria diária.
o outro nos lança. Que Ela abra os nossos co-
Seremos nós capazes de pro- rações e os torne atentos às ne-
por a nós mesmos esta regra para cessidades do nosso casal e de
ser vivida no dia a dia, feita de ter- todos os que sofrem, ”saindo em
nura, firmeza e de generosidade, direção aos outros para chegar
para aquele que desejaria estar às periferias , sobretudo aos que
presente mas que a sua condição se sentem fatigados e famintos
econômica social ou espiritual não de amor” (EG 5.288).
lhe permite? Em Fátima com Maria, pois
Nós que podemos chegar a Fá- Ela nos confia à Jesus, poderemos
tima utilizando os meios de trans- festejar e exultar de alegria porque
porte modernos, aproveitemos “manifesta o poder do Seu bra-
este caminho com um sentido ço” e realiza maravilhas.
profundo de conversão.
Desejamos que esta etapa
do caminho seja feita em união a
Maria, Ela que está em sua casa
nos dá a mão e ajuda-nos a entrar
no Santuário.
”Maria pôs-se a caminho e diri-
giu-se à pressa para a montanha“
(Lc I 39). Que possamos, à Sua Tó & Zé Moura Soares
imagem, descobrir uma forma Equipe Responsável Internacional

VIDA ETERNA
Caros casais muitos de nós meneiam a cabe-
No Colégio Internacional de Flo- ça com um certo ar de ceticismo,
rianópolis em julho passado o tema porque o que nos interessa aqui e
geral era o versículo do Evangelho agora não é a vida eterna, mas esta
de S. João que diz: “Sem Mim nada vida real que estamos vivendo. Para
podeis fazer” (Jo 15,5). Esta afirma- a vida eterna teremos muito tempo,
ção de Jesus significa para nós que, toda a eternidade mesmo. De fato,
para alcançarmos a Vida Eterna, te- muitas vezes pensamos que a vida
mos necessidade absoluta de estar- eterna – aquela vida que não termina
mos unidos a Ele, porque Ele mes- – é uma realidade da ordem escatoló-
mo é a vida. gica. Por isso, quando falamos na vida
Quando falamos em vida eterna eterna imaginamos a vida depois da
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morte. Mas como não temos pressa o sacerdócio, a penitência (sacramen-
para morrer, adiamos sempre para to do perdão e da paz) e a unção dos
mais tarde o pensamento sobre a doentes –­ , que suscitou na Igreja o
vida eterna! nosso Movimento, com os Pontos
No entanto, as coisas não são Concretos de Esforço que nos aju-
bem assim. Quando Jesus nos diz dam a todos – casais e conselheiros
“sem Mim nada podeis fazer” (Jo espirituais – a viver a santidade dos
15,5), Ele está chamando a nossa nossos dois sacramentos; que nos
atenção para esta hora concreta deixou a Sua Mãe, nossa Senhora,
em que vivemos e que nos acom- como nossa Mãe, que em Fátima,
panha no movimento constante do há cem anos, disse aos Pastorinhos
tempo que vivemos e percorremos. (e a nós hoje): “Tereis muito que so-
É aqui e agora que Ele quer ofere- frer, mas não tenhais medo: Eu serei
cer-nos a vida em plenitude, para o vosso conforto e o caminho que
termos a força, a serenidade e a vos há de conduzir a Deus”.
paz durante toda a nossa viagem, Um dos Pontos Concretos de Es-
que é a nossa vida, semelhante à forço, no qual, como sabeis, tenho
viagem dos apóstolos, quando, de sempre insistido, é a Oração Conju-
noite, atravessavam o mar da Ga- gal. Neste ano, e como preparação
lileia e foram surpreendidos por espiritual em casal para o grande
uma grande tempestade. Encontro em Fátima, convido-vos a
Também hoje estamos atra- fazer da recitação do rosário a vos-
vessando o mar da vida no meio sa oração conjugal. Nossa Senhora
de uma enorme tempestade, que prometeu que da oração do rosário
põe em perigo a família, a Igreja e todos os dias estavam dependen-
toda a humanidade. Talvez nunca tes a paz, a paz no mundo, a paz
na história da humanidade se viveu nas famílias, a paz nos casais e a
no meio de uma tal tempestade, de conversão dos pobres pecadores.
um furacão como este que ameaça Portanto, também para nós a ora-
a Igreja, a família, os casais. Como ção do rosário será o meio pelo
havemos de sobreviver no meio de qual poderemos, segundo a pro-
semelhante tempestade tropical? messa de Nossa Senhora, atraves-
Como é que, como S. Pedro, pode- sar em segurança a
remos caminhar sobre as ondas do grande tempestade
mar sem nos afundarmos, a não ser tropical que ameaça
que Jesus nos dê a sua mão? o mundo e que afe-
Foi para isso que o Senhor fun- ta também a Igreja.
dou a Igreja; prometeu a São Pedro
que as portas do inferno não teriam Pe. José Jacinto F.
poder sobre ela; que nos deixou os de Farias, scj
sacramentos que nos curam – Conselheiro Espiritual da ERI

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igreja católica

Palavra do Papa
A importância da fé

Na oração do Angelus, no mês dade eclesial, tem fé? Como é a fé


de agosto, o Papa Francisco refle- em cada um de nós e a fé da nossa
tiu o Evangelho de Mt 14, 22-33 comunidade? A barca é a vida de
que descreve o episódio de Jesus cada um de nós, mas é também
que, depois de ter rezado a noite a vida da Igreja; o vento contrá-
inteira à margem do lago da Ga- rio representa as dificuldades e as
lileia, se dirige à barca dos seus provações. A invocação de Pedro:
discípulos, caminhando sobre “Senhor, manda-me ir ter con-
as águas. A barca encontra-se tigo!” e o seu grito: “salva-me,
no meio do lago, bloqueada Senhor!” assemelham-se ao nos-
por um forte vento contrário. so desejo de sentir a proximidade
Quando veem Jesus andando so- do Senhor, mas também o medo
bre as águas, os discípulos con- e a angústia que acompanham os
fundem-no com um fantasma e momentos mais difíceis da nossa
sentem medo. Mas ele tran- vida e das nossas comunidades,
quiliza-os: Tranquilizai-vos, sou marcadas por fragilidades inter-
eu; não temais! (v. 27). Pedro, nas e dificuldades externas.
com o seu ímpeto característico, Naquele momento a Pedro
diz-lhe: Se és tu, Senhor, manda- não foi suficiente a palavra segu-
me ir ter contigo sobre as águas; ra de Jesus, que era como uma
e Jesus chama-o Vem (vv. 28-29). corda estendida na qual segurar-
Descendo da barca Pedro cami- -se para enfrentar as águas hostis
nhou sobre as águas para ir ter e turbulentas. Isto pode aconte-
com Jesus; mas sentindo a violên- cer também a nós. Quando não
cia do vento teve medo, começou nos agarramos à Palavra do Se-
a afundar e gritou: Salva-me, Se- nhor, para ter mais segurança
nhor! Jesus estendeu-lhe a mão consultamos horóscopos e carto-
e segurou-o (vv. 30-31). mantes, começamos a afundar.
Segundo Papa Francisco esta Significa que a fé não é tão fir-
narração do Evangelho contém me. Esta passagem do Evangelho
um simbolismo rico e faz-nos re- recorda-nos que a fé no Senhor e
fletir sobre a nossa fé, quer como na sua Palavra não nos abre um
indivíduos quer como comunida- caminho onde tudo é fácil e tran-
de eclesial, também a fé de todos quilo; não nos livra das tempes-
nós que estamos aqui hoje na pra- tades da vida. A fé oferece-nos
ça. A comunidade, esta comuni- a segurança de uma Presença, a

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p re s e n ça d e à noite, em casa de um equipista
Jesus, que nos para a reunião mensal, escutem
impele a su- Cristo perguntar a todos: “Credes?
perar os tem- Será feito na medida de vossa fé”.
porais existen- Depende de sua fé que a reunião
ciais, a certeza seja uma Ecclesia. Daí a necessida-
de uma mão que nos segura a fim de muito importante de fazer ad-
de nos ajudar a enfrentar as difi- quirir pelos membros de sua equi-
culdades, indicando-nos a estrada pe esta visão de fé. Que não olhem
inclusive quando está escuro. A a sua reunião como um encontro
fé não é um subterfúgio para os qualquer, mas que pouco a pouco
problemas da vida, mas apoia no tenham acesso a esta visão de fé
caminho, dando-lhe sentido. Papa de que falamos, que tomem cons-
Francisco nos recorda nessa refle- ciência desta misteriosa presença
xão a importância da fé em nossa do Cristo entre eles (Henri Caffa-
vida pessoal e eclesial. Este episó- rel, Palestras e Conferências do Pe.
dio é uma imagem maravilhosa Henri Caffarel, pp. 22 e 23). O fato
da realidade da Igreja de todos os de Pe. Caffarel colocar a impor-
tempos: uma barca que, ao longo tância da fé aos poucos casais ali
da travessia, deve enfrentar até presentes, cabiam todos em uma
ventos contrários e tempestades, sala de aula (Nancy Moncau, idem,
que ameaçam virá-la. O que a sal- p. 54), nos dá a dimensão do seu
va não é a coragem nem as quali- significado para a vida do Movi-
dades dos seus homens: a garan- mento e dessa forma nos deixa os
tia contra o naufrágio é a fé em Pontos Concretos de Esforço como
Cristo e na sua Palavra. ferramenta para reforçá-la. Papa
Padre Henri Caffarel, em sua Francisco finaliza pedindo que a
primeira visita ao Brasil em julho Virgem Maria nos ajude a perma-
de 1957, no ainda nascente Mo- necer firmes na fé para resistir às
vimento em nosso país, com ape- tempestades da vida, a persistir na
nas 13 equipes (Nancy Moncau, barca da Igreja.
Equipes de Nossa Senhora no Adaptado do Angelus da Praça São
Brasil, Ensaio sobre seu Histórico, Pedro do dia 13 de agosto de 2017 por
p. 54), já exaltava a fé como pri-
meiro ingrediente para que uma
Reunião de Equipe se tornasse
realmente uma Ecclesia: Primeira
condição para que a reunião seja
uma Ecclesia: a fé. Cristo, muitas
vezes, pelas estradas que percorria,
disse ao doente, ao pecador que
lhe pediam socorro: “Crês? Se crês, Cristiane e Brito
ser-te-á feito na medida de tua fé”. CR Comunicação
Quando vocês estão reunidos, Super-Região

12 CM 512
vida no movimento

CM 512 13
A ALEGRIA DO ENCONTRO

Aconteceu nos dias 25 a 27 de rostos dos casais e dos sacerdotes,


agosto de 2017, em Itaici-SP, o En- que vieram prontos para receber as
contro do Colégio Nacional. Foi um novas orientações, um ano que vai
momento de encontro e reencon- ser marcado pela realização do En-
tro, de alegria e de unidade, des- contro Internacional de Fátima em
de a chegada nos aeroportos, as- Portugal. As orientações passadas,
sim como durante todo o evento. os grupos de reflexões vivenciados,
Esse Colégio é o momento em que os momentos de convivência fra-
todos os CRR e seus Conselheiros terna, as diversidades desse nosso
Espirituais Regionais do Brasil se imenso Brasil, refletem a grandeza
encontram com a Equipe da Super do nosso Movimento, pois é na
-Região Brasil para receberem as diversidade que nossa unidade se
orientações para o ano de 2018. É fortalece.
sempre uma ocasião muito especial Em todos os momentos que fo-
na qual tomam posse os novos Ca- ram se sucedendo, nos sentíamos
sais Responsáveis de Província, os mais fortalecidos e felizes por viver
Responsáveis de Região e seus res- a missão, e com o nosso Sim contri-
pectivos Sacerdotes Conselheiros buir para o crescimento das Equipes
Espirituais. Este ano foi ainda mais de Nossa Senhora, pois este Colé-
especial, pois com a multiplicação gio promove o encontro, o espírito
da Província Nordeste, tomaram de pertença dos casais e sacerdotes
posse os dois novos Casais Respon- que terão a missão de nas suas Pro-
sáveis das Províncias Nordeste, que víncias realizar, fazer acontecer to-
agora são Nordeste I e Nordeste II. das as ações que estão planejadas
A alegria estava presente nos para o ano de 2018.
14 CM 512
Todos voltaram para suas Pro- (Guia das ENS / Cap IV. O Espirito
víncias e Regiões, muito motiva- das Equipes de Nossa Senhora,
dos e conscientes de que devemos ”Vem e Segue-me”, p.14).
construir pontes sim com muito Que os frutos desse Colégio
amor, pois é esse amor que é o Nacional se espalhem por todos
centro de nossa vida, de nosso os lugares dessa nossa grandiosa
Movimento, de nossa missão. Super-Região Brasil, e por isso po-
Todas as nossas ações devem ser demos dizer:
sempre para o bem de nossos ir- “Eis que venho fazer, com pra-
mãos, sempre fazendo refletir nossa zer, a vossa vontade, Senhor”
responsabilidade, nosso zelo e nos- (Sl 39, 8).
so amor por Jesus Cristo.
“Cristo dirige esse apelo a cada
batizado, convidando-o a se abrir
sempre mais ao seu amor e a ser
testemunha. Esse apelo Cristo dirige
também ao casal cristão. Os cônju-
ges são chamados a encontrar Deus
no coração de seu amor conjugal.
Assim, o amor humano se torna Marilena e Jesus
uma imagem do AMOR DIVINO” CRP Norte

Casais que tomaram posse - 2018

CRP - Nordeste I CRP - Nordeste II -


Vanessa e Romulo, Pe. Fabio Costa Maria e Amancio, Frei Paulo Sérgio

CRP - Leste
Leila e Fernando, Pe. Rogério

CM 512 15
CRR - Norte - Norte II CRR - Nordeste II - SE
Edilene e Edson, Pe. Idamor Mota Noélia e Francisco, Pe. Hernani Romero

CRR - Nordeste I - PB CRR - Nordeste II - Alagoas


Araceli e Bruno, Pe. Antoniel Batista Giovânia e Jarison, Pe. Márcio

CRR - Nordeste II - PE I CRR - Centro-Oeste BSB IV


Cristina e Renato, Pe. Jerônimo Simone e Carlucio, Pe. Carlos Toseli

CRR - Nordeste II - PE II CRR - Centro-Oeste - Goiás Centro


Do Carmo e Paulo, Pe. Emerson Mozart Eliane e Wilson, Frei Vilmar Rodrigues

16 CM 512
CRR - Leste - Minas III CRR - Sul I - SP Leste I
Luciane e Marcelo, Pe. Alexandre Lucia e Farat, Pe. Alessandro

CRR - Leste - Minas IV CRR - Sul II - Oeste II


Luciene e Vitor, Pe. Francisco Adriana e Eduardo, Pe. Onivaldo

CRR - Sul I - SP Sul I CRR - Sul II - Norte I


Gláucia e Marcelo, Pe. Jailson Neusa e Nei, Pe. Joaquim

CRR -Sul I - SP Leste III CRR Sul II - Oeste III


Helena e Ciro, Pe. João Batista Ana Maria e Riberto, Pe. Luis Antonio

CM 512 17
A ORQUESTRA DA UNIDADE
TESTEMUNHO
Revivemos no Encontro do Co- todas as Equipes e Setores para os
legiado Nacional, nos dias 25, 26 quais estávamos em missão. De-
e 27 de agosto de 2017, que a pois, o Encontro se desenvolveu
necessidade do encontro e da co- como numa orquestra bem afi-
munhão vem com a missão. Nos nada. Os nossos ouvidos e nossa
corredores da Vila Kostka em Itai- alma se envolviam com todas as
ci-SP, as cores que se misturavam informações necessárias e possí-
representando as diversas Provín- veis, pois o momento era para isso.
cias da SRB foram as mesmas que E na noite do segundo dia, vimos
coloriram e encheram de alegria a diversidade do Brasil contada nas
os nossos olhos nortistas quando iguarias e danças típicas durante
lá estivemos pela primeira vez. E a convivência daquela grande or-
lá estávamos, felizes novamente. questra de casais e sacerdotes.
No primeiro dia, a expectativa do Ao término do Encontro, nos-
novo se misturou com a sinto- sos olhares nos deram a certeza
nia do abraço em cada encontro de que a unidade do Movimento
fraternal. Encontramos casais do foi mais uma vez fortalecida. Está-
ano anterior e os novos casais que vamos felizes e repletos de muito
transfiguravam em seu sorriso o amor para mais uma etapa em
vislumbrar do majestoso lugar que nossa Região verde, sedenta de
nos acolhia: seria mais um encontro espiritualidade conjugal. E, cami-
com o Senhor através da responsa- nhando para a entrega das chaves,
bilidade nas ENS. Tivemos a certe- víamos os artistas daquela orques-
za de que sentiríamos mais uma tra circulando em nosso meio. Eles
vez o coração bater forte diante de estavam cansados, porém muito
cada testemunho e experiência vi- felizes, também. E, mais uma vez,
vidos; o conhecimento se expandi- o nosso coração se uniu às milha-
ria na velocidade da apresentação res de vozes no mundo inteiro, di-
do tema e das orientações do ano; zendo: Magnificat!
e às vezes nos diminuiríamos dian-
te de tanta responsabilidade, mas
as Celebrações Eucarísticas nos re-
cuperariam o ardor da oração na
missão com a proteção de Nossa
Mãe Aparecida.
Neste ano fomos a primeira
Província a chegar. E ao passarmos
na primeira capelinha das muitas Márcia e Juarez
que a casa jesuíta tem, o silêncio CRR Norte I
do lugar nos convidou a rezar por Manaus-AM
18 CM 512
Colegiado Nacional - Província Norte

Colegiado Nacional - Província Nordeste I

Colegiado Nacional - Província Nordeste II


CM 512 19
Colegiado Nacional - Província Centro-Oeste

Colegiado Nacional - Província Leste

Colegiado Nacional - Província Sul I

20 CM 512
Colegiado Nacional - Província Sul II

Colegiado Nacional - Província Sul III

CASAIS E SACERDOTES
Comprometidos com o Movimento
O Colegiado Nacional – 2017 foi vivenciados pelos casais e famílias
um tempo de extraordinária partilha de um modo geral e sobremaneira
de experiências entre casais e sacer- no espiríto fraterno e acolhedor tão
dotes comprometidos com o Movi- característico de nosso Movimento.
mento das Equipes de Nossa Senho- Trouxemos em nossas reflexões
ra no Brasil. Foi um tempo de revigo- as inquietaçoes que se esclarece-
ramento espiritual na celebração da ram nas orientações do Movimento,
eucaristia, nas orações, na Palavra de nos ensinamentos de nossa Igreja.
Deus, no confronto com os desafios Considerando que muitas dessas
CM 512 21
inquietações ficam guardadas no co- na família, para proclamar que a fa-
ração, na certeza que Deus respon- mília é projeto divino e o amor con-
de a tudo e a todos no seu tempo e jugal é a forma mais plena aqui na
na sua providência. terra para preparar a pessoa huma-
Neste país de dimensões conti- na para os desafios da vida.
nentais, é privilégio se reabastecer Que o manto de
a partir de tantas e complexas rea- Maria-Mãe esteja so-
lidades, apresentadas através das bre todas as famílias,
Regiões, crendo que o Espiríto Santo confiemos na sua
conduz nossa Igreja e o Movimento poderosa intercessão
das Equipes de Nossa Senhora na e sigamos em frente.
unidade e na sua bela diversidade. Um abraço carinhoso
O Movimento profeticamente a todos.
em nome de Jesus Cristo-Mestre se
posiciona em tempos de crises na Pe. José Oslei
compreensão da missão do amor e SCE Região Goiás-Sul

Colegiado Nacional - Província Nordeste I

Colegiado Nacional - Província Nordeste II

22 CM 512
Colegiado Nacional - Província Sul III

PROVÍNCIA NORTE

RETIRO ESPIRITUAL

ENCONTRO COM O AMOR DE DEUS


Aconteceu nos dias 16, 17 e 18 de setembro de 2017 o Reti-
ro Espiritual do Setor Juruti, Região Norte III, Província Norte. E
foi num clima de silêncio, de oração e ajuda mútua que os casais
vivenciaram esse momento de encontro com Deus. Com muita
dedicação, esforço, pois são muitas as dificuldades, mas nenhu-
ma foi maior que o desejo dos casais de vivenciarem esse PCE
com muito amor. E como verdadeiros construtores de pontes,
os casais e o pregador Padre Edeilson se deixaram conduzir para
esse maravilhoso encontro com o amor de Deus.
Marilena e Jesus
CRP Norte
CM 512 23
PROVÍNCIA NORDESTE I

EEN
REGIÃO CEARÁ I

Tivemos a oportunidade de participar do Encontro de Equi-


pes Novas (EEN) nos dias 19 e 20 de agosto de 2017, na cidade
de Sobral-CE. Foram dois dias muito abençoados, onde pude-
mos relembrar o conteúdo da Pilotagem.
Vivemos um momento de reafirmação, incentivo, entusias-
mo e espiritualidade conjugal. Tivemos a certeza de que esta-
mos dando mais um passo no caminho em busca da Santidade.
Floresceu em nós o desejo de crescer dentro do Movimento,
deixar a margem e adentrar em águas mais profundas, sermos
Igreja em ação.
Além de tudo isso, ampliamos nossos laços de amizades,
acolhendo casais de outras cidades.
Nosso muito obrigado a toda a Equipe de Formação e de
Organização. Nosso desejo é que todos os casais das Equipes
de Nossa Senhora sejam abençoados e que persistam na fé, na
certeza de que Cristo é o nosso guia.
Alana e Márcio
Eq.05 - N. S. de Fátima
Região Ceará I
Sobral-CE

24 CM 512
PROVÍNCIA NORDESTE II

A UNIDADE NOS FAZ


EQUIPES DE NOSSA SENHORA
Tudo parte deste princípio “amai- 1-8). Precisamos estar sempre interliga-
vos uns aos outros” (Jo 13, 34). Diz dos, sendo testemunho para as famí-
o Senhor “Não é bom que o homem lias e o mundo globalizado; a internet
esteja só” (Gn 2,18), Deus instituiu e outros meios digitais diminuem a
neste momento o poder da união à distância da comunicação, é verdade,
luz do Espírito Santo, ou seja, a UNI- mas fiquemos atentos para que vín-
DADE estabelece para nós o que de- culos de unidade não se percam neste
vemos preconizar enquanto cristãos, mundo cibernético, pois a unidade é
favorecendo aos nossos irmãos a nos- estarmos juntos fisicamente e não nos
sa disponibilidade de ajudá-los, pois é ciberespaços. Fiquemos atentos para a
na doação ao próximo que estamos existência desse espaço virtual que in-
sendo úteis a Cristo. Assim, somos conscientemente construímos.
nós que contamos com a ajuda de to- Peçamos ao Divino Espírito Santo
dos no caminhar da missão como um o dom da unidade, quando acolhe-
bom pastor que conduz seu rebanho mos os mais novos irmãos equipistas,
na unidade, cada casal equipista deve e muito mais quando as equipes se
ser o incentivador, pois temos esta dispõem a realizar as pilotagens pa-
corresponsabilidade perante as Equi- ralelas, as formações, as missas, num
pes de Nossa Senhora, porque Jesus e esforço para estarem sempre juntas
Maria Santíssima esperam que parti- em espírito de comunhão e de unida-
cipemos ativamente no fazer, no ani- de, tornando-nos partícipes no fazer
mar, no dialogar para anunciar a Boa e para conhecer a realidade que esta-
Nova de Jesus. Devemos ter a plena mos inseridos.
convicção deste compromisso como O Padre Caffarel relata para nós o
equipista em promover o que Deus objetivo primeiro, “É A UNIÃO COM
nos pede, e o Amor é incondicional CRISTO” (Textos Escolhidos de Padre
para que a unidade aconteça. Caffarel, Tema de Estudo 2009), que
Permitamos sair de nós mesmos norteia para nós uma união como ir-
em benefício de todos nossos irmãos. mãos, nos mostra o que é realmente
Os discípulos de Emaús andavam indispensável para estarmos juntos,
sós, quando Jesus se fez presente no é o que nos identifica como irmãos
meio deles, e se faz presente em nos- presentes nas Equipes de Nossa Se-
sos dias, pois as equipes não cami- nhora, a qual Deus nos presenteou.
nham sós, Cristo é o centro, ou seja, CRISTO é a motivação que temos
sem Jesus a UNIDADE estaria em risco. para que as reuniões aconteçam.
Por isso, Ele disse: “Eu sou a videira Abraços fraternos.
e vós, os ramos”, e acrescenta para nós Jarison e Giovânia
“sem Mim, nada podeis fazer” (Jo 15, CRR Alagoas
CM 512 25
PROVÍNCIA CENTRO-OESTE

NOVO FÔLEGO

A Província Centro-Oeste juntamente com a Região Goiás


Sul e os Setores A e B de Ituiutaba promoveram o primeiro En-
contro Novo Fôlego na Região. Com a participação de casais de
10 equipes, o encontro trouxe aos 45 casais participantes um
novo impulso para a caminhada equipista.
A equipe formadora movida pelo Espírito Santo fez com que
todos realmente pudessem sair do encontro com a certeza de
que a Formação é necessária e providente. Ficamos muito feli-
zes em acolher a todos para mais um evento de Formação ofe-
recido pelo nosso Movimento.
Estiveram presentes o nosso Casal Provincial, o Casal Regio-
nal e o nosso Bispo Dom Irineu, que fez questão de dizer a to-
dos o quanto essa oportunidade é importante para fortalecer a
caminhada conjugal e familiar.
Realmente o nosso Movimento faz maravilhas na vida de to-
dos os casais que se abrem às propostas de Formação.
Magaly e Raul
CRS A de Ituiutaba-MG
Região Goiás Sul

26 CM 512
PROVÍNCIA LESTE

ENCONTRO DAS EQUIPES


EM CAMINHO
AGOSTO 2017 - REGIÃO RIO I

Nos dias 19 e 20 de agosto que nos fizeram refletir sobre a


fomos abençoados ao aceitarmos importância da Oração Conjugal,
participar da Formação Continua- Dever de Sentar-se e Meditação
da das Equipes de Nossa Senho- em nossa rotina diária.
ra, através de nossa participação Precisamos perseverar, pois é
no EEC -(Encontro de Equipes Em uma realização espiritual quando
Caminho). É sempre um presente deixamos nos tocar pela missão e
estarmos na companhia de casais lição que nos deixou Padre Caffarel.
testemunhas e exemplos da busca E como seus textos, reflexões
pela santidade conjugal. e conselhos ainda permanecem
Foi linda a doação dos Casais tão atuais quanto aos desafios da
Formadores, do Casal Regional família de hoje! O que mais nos
e do Casal Provincial para que tocou foi a troca com os casais das
o evento fosse um sucesso. Par- diversas Equipes, de diferentes
ticipamos de diversas palestras, Setores, idades e condições, mas
colocando sempre um dos PCE que possuem em comum as fra-
em destaque, com dicas, vivên- gilidades naturais de qualquer ca-
cia e leitura de textos litúrgicos sal. Partilhamos experiências tão

CM 512 27
pessoais e genuínas, uma troca amar o próximo como a ti mesmo
madura e verdadeira. Nos senti- e a Deus sobre todas as coisas, e,
mos acolhidos e apoiados. E tam- como Maria, aceitar e agradecer a
bém acolhemos e apoiamos. Rece- missão que nos é dada para viver
bemos a energia, a iluminação dos a espiritualidade em casal e em
casais, que pareciam incansáveis. família; é a senha para operarmos
Apesar das adversidades sabe- milagres dentro e fora do Movi-
mos amar o próximo, aprendemos mento. Obrigada!
diariamente meios de praticar a Renata e Marco
misericórdia, a caridade, em casal Eq.01A - Região Rio I
e na sociedade. Praticar o amor, Rio de Janeiro-RJ

PROVÍNCIA SUL I

OS NOSSOS ANJOS:
EQUIPES DE FORMAÇÃO
É preciso confiar sempre na ação do Espírito Santo em nossas
vidas, pois Ele nunca nos faltará.
Na Província Sul I, temos duas Equipes de Formação, uma
para o EEN - Encontro de Equipes Novas e outra para os ENF
- Encontro Novo Fôlego, EEM - Encontro de Equipes em Movi-
mento e EEC - Encontro de Equipes em Caminho.
Ambas equipes formadas por casais e sacerdotes maravilho-
sos, pinçados de Regiões diferentes, que mal se conheciam e
que ao se juntarem para essa missão, com um “sim” dado pron-
tamente, formaram uma nova família, extremamente unida, é
como se conhecessem um ao outro há muito tempo.
A alegria e o entusiasmo com que coordenam e aplicam es-
sas formações saltam aos olhos dos participantes, conseguem
através do sorriso sincero contagiar a todos.
A “química” que os liga não poderia ser outra coisa senão
o Espírito Santo agindo no coração de cada um destes casais e
sacerdotes formadores, uma ação que transformou a vida deles
e também transforma a vida daqueles que deles se aproximam.
Deus seja louvado sempre!
Sandra e Valdir
CRP Sul I
28 CM 512
PROVÍNCIA SUL II

MUTIRÃO 2017
SETOR ARAÇATUBA

Num clima de muita alegria, des- lizes, pois há um certo tempo não
contração e confraternização, acon- acontecia o Mutirão em nosso Se-
teceu dia 17 de setembro o nosso tor, e muitos equipistas ainda não
Mutirão, com a participação das tinham vivenciado um evento tal
equipes de Araçatuba, Penápolis e como este, em que se destacou a
Birigui, dando um ar alegre e festi- Formação de maneira lúdica e con-
vo ao Anfiteatro do Colégio Nossa tagiante.
Senhora Aparecida, tão gentilmente Ressaltamos que nossa Equipe
cedido pelas Irmãs do Sagrado Co- de Animação fez um trabalho mag-
ração de Jesus. nífico, com coreografias e músicas,
Tivemos como objetivo cen- as quais fizeram com que todos se
tral rever pontos fundamentais sentissem contagiados a dançar,
e essenciais do nosso Movimento, louvar e cantar nos intervalos das
tais como PCE, Partes da Reunião apresentações.
de Equipe, Ajuda Mútua e Gesto Estamos cientes de que os obje-
Concreto... As equipes prepararam tivos do Mutirão foram alcançados
os temas previamente designados, e que, a partir de agora, esse even-
com humor, alegria, mas também toserá uma constância em nosso ca-
com muita seriedade, alternando lendário anual.
momentos de muita risada com Edelweiss e José Pelho
momentos de emoção e lágrimas... CRS Província Sul II
Nós, CRS e toda equipe de Even- Região São Paulo Oeste II
tos, nos sentimos realizados e fe- Araçatuba-SP
CM 512 29
PROV ÍNCIA SUL III

FORMAÇÃO PERMANENTE:
Encontro das Equipes em Caminho (EEC)

Proporcionando mais um im- Sentar-se e a Regra de Vida. O percur-


portante momento de Formação so em Equipe, com alguém ao nosso
no Movimento, nos dias 16 e 17 de lado, conhecendo a importância da
setembro a Província Sul III realizou Reunião de Equipe e a Ligação ao Mo-
na Região SC I em Florianópolis-SC vimento e, enfim, na apresentação
o Encontro das Equipes em Caminho do Matrimônio como Sacramento pela
(EEC), indo ao encontro das orienta- presença de Deus no caminho, a bus-
ções SRB-ERI. Nesta Formação os ca- ca da vivência do Carisma das ENS, a
sais retomaram o estudo e aprofun- Espiritualidade Conjugal.
damento do Carisma, Mística e Peda- Para completar estes temas, as
gogia das Equipes de Nossa Senhora, reuniões em Equipes mistas propor-
incentivando-os a refletir sobre suas cionaram a troca de experiências e ri-
atitudes de fé e vida na família, no cos testemunhos da vivência dos PCE.
Movimento e na Igreja. Aos casais participantes ficou a certe-
O encontro teve como tema cen- za de que assim como ocorrera com
tral: Cristo, Peregrino e Companheiro os Discípulos de Emaús (Lucas 24,31-
de Caminho – “...o próprio Jesus apro- 32), tiveram seus olhos abertos e os
ximou-se e pôs-se a caminhar com corações inflamados pela experiência
eles...” (Lc 24, 13-32), no qual os ca- vivida para que continuem buscando
sais meditaram a caminhada dos “dis- aprofundar a espiritualidade conjugal
cípulos de Emaús”, através da Escuta pela descoberta do pensamento do
da Palavra e da Oração; a caminha- Padre Caffarel.
da em casal como forma de superar Edilene e Zezinho
obstáculos, pela vivência do Dever de CRR SC I - Província Sul III
30 CM 512
raízes do movimento
A serviço dos homens1
Vossa ausência de inquietude me inquieta.
VEJO-VOS TÃO TRANQUILOS em vossa posse da verdade,
tão confortavelmente estabelecidos no patamar da vida vir-
tuosa...
“Mas, direis, por que haveríamos de estar inquietos? Se não so-
mos perfeitos, ao menos nos esforçamos por estar em dia com a
moral e por fazer o bem em torno de nós”.
Falsa segurança! Não, não estais em dia com a moral, jamais
se está em dia com ela... Porque a moral não é somente evitar o
mal, fazer esta ou aquela coisa, mas fazer o bem, todo o bem. E
enquanto houver uma desordem no mundo – porque é pelo mun-
do que cada homem é responsável – enquanto houver um homem
que sofre, enquanto houver algo de melhor a fazer, não se está em
regra com a moral.
Basta ler o Evangelho, esse inquietante livro, para se convencer
disso. Toda a lei moral de Cristo não se resume nestas duas palavras:
Tu amarás? Ora, o amor não tem limites. Ninguém pode gloriar-se
de estar em regra com Ele. “A medida do amor é amar sem medi-
da”. O amor é vida e – dizem-nos os biologistas – a vida é tensão,
movimento; engenhosidade, tenacidade, impulso incoercível. Isso é
inteiramente o contrário da quietude. Já não há repouso para aque-
le que ama: por isso há tantos que procuram fugir do amor, que
têm medo dele e preferem ainda submeter-se a um código.
Mas é preciso entender-se bem sobre o que se chama amor.
Amar é querer o desenvolvimento de um ser, é trabalhar nisso com
afinco. É dar-lhe tudo o que se tem e tudo o que se é. É sentir de
não ter todas as riquezas para o cumular sem medida. É sentir de
não ser onipotente para trabalhar em sua felicidade. Compreendeis
por que a quietude me parece pobreza de amor? E a inquietude
sinal de amor?
Há uma má inquietude, verme roedor
dos corações mesquinhos, feita de medo
de perder, de temor de não ter bastante,
de um despeito crônico. Ela é morosa,
ciumenta, nervosa. Não é ela certamente
que defendo, mas a inquietude humilde,
paciente, otimista, que é inquietude de
amor, vós a possuís?... ou antes: ela vos
possui?

1 Henri Caffarel. O Amor e a Graça, pp. 189 e 190. Editora Flamboyant, 1962.

CM 512 31
Amais o vosso cônjuge com um amor “inquieto”? Há talvez em
seu coração decepções secretas, feridas a curar, aspirações mal for-
muladas: procurais adivinhá-las? Fazeis frutificar os seus talentos,
como se diz do bom servo no Evangelho? Trabalhais incansavel-
mente por vos tornardes sempre mais agradável e mais útil a ele? O
amor que não progride recua.
Sois inquietos por vossos filhos? Não vos pergunto se estais des-
contentes com eles, mas convosco. Ante vossos fracassos em maté-
ria de educação, qual é o vosso primeiro movimento? Lançar a res-
ponsabilidade sobre eles ou vos acusardes culpados? Não estimais
com demasiada facilidade que fizestes tudo? Enquanto não tiverdes
orado – com a veemência de um coração que nada desanima –, en-
quanto não tiverdes feito penitência, não podeis dizer que fizestes
tudo: não fizestes grande coisa.
Estais seguros de amar verdadeiramente o vosso próximo, o pró-
ximo imediato: vizinho de parede-meia, locatários, habitantes do
quarteirão, operários da fábrica? Cristo vos dirá um dia: ‘’Estava en-
fermo, prisioneiro, faminto, vieste em meu socorro?”
Há milhões de crianças na Índia que morrem por falta de cui-
dados e de pão. Pensais nisto quando vos inclinais à noite sobre os
vossos filhos pacificamente adormecidos?
E Deus, vós 0 amais verdadeiramente? A blasfêmia que ouvis na
rua, o insulto mais grave ainda de vossa pátria que já não quer reco-
nhecer sua soberania, essas centenas de milhões de homens que ig-
noram sua paternidade, em que medida tudo isto vos é intolerável ao
coração? Sois em vosso ambiente um servo apaixonado de sua glória?
Deixo-vos esse punhado de perguntas. Possam elas inquietar-
vos, se não o sois bastante ainda.
Mas se tendes em vós essa viva inquietude do amor, ide a Deus
com confiança; e que essa confiança seja inalterável, mesmo nas
horas em que fazeis a cruel experiência de vossa fraqueza e vos
condenais, porque “Deus é maior que o vosso coração”.
Henri Caffarel

Colaboração
Maria Regina e Carlos Eduardo
Eq. N. S. do Rosário
Piracicaba-SP

32 CM 512
testemunho
Um Novo Fôlego
O Encontro de Equipes Novo Levanta-te, toma tua maca e
Fôlego (EENF) é dirigido a to- vai para tua casa” e, assim, en-
das as equipes com mais de 10 tendemos que apesar de todas
anos de caminhada que sentem as dificuldades e contratem-
a necessidade de um novo im- pos precisamos sim “levantar
pulso... E assim veio o chama- e nos doar mais”, afinal mui-
do, mais uma vez fomos convi- tos esperam de nós... precisam
dados a participar de mais uma desta água que muitas vezes
Formação do nosso Movimen- deixamos transbordar dos nos-
to. A princípio tínhamos vários sos copos abastecidos nas reu-
e vários motivos para não par- niões, missas, vigílias e eventos
ticiparmos, inclusive problemas promovidos pelo Movimento.
de saúde em família, mas num
clima de oração e pertença dis- Que possamos ousar, como
semos mais uma vez o nosso diz a música:
“Sim” e entregamos nas mãos Simplesmente amar
de Nossa Senhora tudo aquilo É o que importa para quem
que poderia atrapalhar aque- quiser servir
la participação. Estamos con- Simplesmente amar
victos de que foram horas de É a condição maior suprema
muitas e muitas bênçãos... a do servir
cada reflexão sentíamos o so- Eis a verdadeira vocação
pro do Espírito Santo, era um Simplesmente amar
NOVO FÔLEGO. Pois, mesmo que Como dizer “Senhor, te amo”
desde o princípio da nossa en- sem mesmo vê-lo
trada no Movimento havíamos E ser incapaz de amar o outro
nos doados de corpo e alma, que está ao lado e se pode ver?
principalmente por acreditar na O que não ama não conhece
preciosidade daquela oportu- a Deus
nidade, precisávamos mais uma Porque Deus é amor!
vez sentir o primeiro amor com
aquele mesmo fervor do pri- Sendo assim é preciso urgen-
meiro encontro. Houve sim temente ter um “novo fôlego” e
momentos de desafios, missões e testemunhar ao mundo tão ca-
até decepções, mas nada abalou rente de valores a riqueza que é
a convicção que tínhamos da a busca da vivência da espiritua-
grandeza divina desta dádiva. lidade conjugal.
Esse final de semana apenas Mônica e Joviamar
serviu para enxergamos com ou- Eq. N. S. Rosa Mística
tros olhos o Evangelho de São Setor A - Região Goiás Sul
Marcos 2:11 – “Eu te ordeno: Itumbiara-GO
CM 512 33
Até quando Deus quiser...
Essa foi a frase dita no SIM contemplar as belezas que estão
quando convidamos o nosso SCER, em caminhos nunca antes per-
Pe. José Lino Reinaldo Oliveira corridos. Também nos ensinou a
(SAC), para vivenciar conosco a esperar em Deus, cuidou de nós
missão de animar a Região Paraná nas Eucaristias das quais sempre
Norte. Hoje, passado um ano dessa participávamos antes das nossas
resposta, começamos a entender o reuniões de trabalho, em nossos
seu sentido. momentos de refeição que jun-
Primeiramente, nunca imagina- tos partilhamos, nas mensagens
mos que fosse tão rápido o nosso virtuais diárias, em nossas viagens
convívio, pois não considerávamos a serviço da Região. Enfim, foi o
a possibilidade dele ser eleito Reitor “pai” que só “padre” pode ser.
da Província São Paulo Apóstolo. Padre Lino, foi Deus quem te
Por outro lado, se por qualquer escolheu para ser nosso amigo de
razão a nossa missão de cons- caminhada. Por isso, queremos que
truirmos pontes juntos tivesse de se lembre de nós ao ouvir a estrofe
ser interrompida, achávamos que dessa música Amigos pela Fé.
essa frase teria um sentido triste,
um sentimento de perda. Hoje, no “Amigos, para sempre
entanto, enxergamos por um ou- Bons amigos que
tro ângulo, ou seja, Deus faz novas nasceram pela fé
todas as coisas, inclusive os nossos Amigos, para sempre
entendimentos. Para sempre amigos sim,
Olhando para trás e vendo tudo se Deus quiser...”
o quanto vivemos juntos, esta-
mos imensamente felizes e damos “Até quando Deus quiser”
Graças ao Nosso Deus por nos ter é o plano de vida que Ele tem
proporcionado momentos tão es- para cada um de nós. Para 2018,
peciais. Ele te chamou a evangelizar em
Ao lado desse abençoado SCE outros lugares, a outras pessoas,
aprendemos a ver as flores que de outras formas. Que Nossa
brotam entre as pedras e espinhos Senhora Rainha dos Apóstolos
que estão ao longo do caminho e sempre te acompanhe.
que se alguns desvios acontecem Edna e Gilberto Jachstet
na rota são para aprendermos a CRR Paraná-Norte

34 CM 512
A celebração da
vida e do amor
E assim passaram-se 25 anos! a felicidade estampada em nossos ros-
Nem parece que chegamos nessa tos ainda jovens, desejosos de construir
data! Foi muito rápido, como tudo uma família na fé e a foto que ele ti-
na vida... Passa depressa, que muitas rou conosco, que mostrava a nossa
vezes nem percebemos, principalmen- relação com ele como um pai que nos
te quando estamos bem, vivendo mo- acompanhou durante todo o namoro.
mentos de muitas alegrias e de muito Por fim, ainda nos questionou: “Vocês
amor. Os momentos difíceis existiram e entenderam agora por que eu quis ce-
cumpriram seu papel de criar cicatrizes lebrar essas bodas? Essa comunidade,
de aprendizado e nos mostrar, agora principalmente os jovens, precisa ter
muito mais fortes, a presença do Pai testemunhos de casais que buscam vi-
nas nossas vidas. Nossos filhos cresce- ver no amor”.
ram e, ao longo da história de cada um, Como fomos abençoados! Tive-
celebramos suas conquistas, a desco- mos nossas famílias de origem que
berta do amor de Cristo, a busca pelo cultivaram o amor do Pai em nossas
crescimento espiritual e o convívio com vidas. A dedicação e o amor incondi-
a mesma comunidade que nos ajudou cional de Cléa, que ficou viúva quan-
na caminhada da fé. do Augusto ainda ia fazer três anos.
Nem imaginávamos que teríamos a A presença das Equipes de Nossa
comemoração de nossas bodas! Tem- Senhora desde cedo em nossa ca-
pos difíceis de crise fizeram com que re- minhada pela participação de Nelly
cuássemos do desejo de celebrar com e Levaldo (pais de Ana), equipistas
os que amamos. Nosso querido vigá- há 37 anos. Tivemos também a gra-
rio, Pe. Edwaldo, que nos acompanhou ça de conviver com muitos irmãos
no namoro e ao longo desses 25 anos, equipistas, que ao longo dos nossos
não abriu mão e marcou ele mesmo na 16 anos de Movimento foram che-
Igreja a nossa celebração. Fomos pegos gando e fazendo parte das nossas
de surpresa e meio sem saber o que fa- vidas. Eles nos ajudaram a viver cada
zer; unidos aos nossos irmãos de fé e momento com muito apoio e abne-
nossa família, organizamos em três dias gação. Finalmente, contamos com
uma celebração maravilhosa. um vigário que viveu em todo o seu
Tudo muito simples, mas com o sacerdócio o que Cristo lhe ensinou:
carinho e a atenção de todos da nos- “Eu sou o bom pastor. Conheço mi-
sa paróquia que conviveram conosco nhas ovelhas e elas me conhecem”
nesses anos. Na homília, Pe. Edwaldo (Jo 10,14). Ao nosso querido pastor
nos emocionou com suas palavras de e à nossa comunidade de fé nossa
pastor. Recordou detalhes da celebra- eterna gratidão!
ção do nosso casamento: a Palavra Ana Cláudia e Augusto
de Deus que foi a mesma deste dia, a Eq.20 - N. S. do Perpétuo Socorro
admiração por Cléa, mãe de Augusto, Recife-PE

CM 512 35
O despertar
para o serviço
Conversando com o Junior sejam. Na verdade, temos uma
após este abençoado Encontro certeza, a certeza de que nossos
de Equipes Novas, percebemos corações se abriram definitiva-
que se este encontro tivesse mente, e, quando isso aconte-
acontecido antes do preenchi- ce, enxergamos tudo de outro
mento da ficha sobre qual fun- modo, encontramos horários
ção poderíamos exercer nas que antes achávamos que não
Equipes de Nossa Senhora, mui- tínhamos, afinal com o pouco
tas respostas teriam sido dife- tempo de caminhada já apren-
rentes. demos muito bem que, quando
No encontro tivemos a opor- o trabalho é servir a Deus, até
tunidade de “parar”, refletir e nosso cansaço “desaparece”.
entender nosso real papel no Em uma das passagens da
Movimento, resgatamos algo Bíblia que vimos durante o en-
que estava adormecido em nos- contro, sobre “SER SAL”, nos in-
sos corações, ou seja, resgata- dagávamos se realmente quere-
mos a vontade de ASSUMIR e mos ser o sal para outros casais,
SERVIR a Deus. através do nosso trabalho.
Em pouco tempo de cami- O Movimento é “SAL” em
nhada já tivemos muitas bên- nossas vidas e através dele pu-
çãos, nosso casamento se forta- demos melhorar como pessoas,
lece a cada dia, principalmente como casal, como família, e tem
depois que casamos na Igreja, sido tão extraordinário fazer
pois moramos juntos 5 anos an- parte deste Movimento que não
tes de casar na Igreja e entramos podemos e não temos o direi-
nas Equipes de Nossa Senhora to de guardar tudo isso só para
no mesmo ano que recebemos o nós, temos que multiplicar para
Sacramento do Matrimônio. outros casais essa maravilha,
Ouvíamos sempre nosso que- e dar a eles a oportunidade de
rido CRS de Pindamonhanga- “experimentarem” tal bênção
ba falar do SIM que devemos em suas vidas.
dar quando somos chamados, Por isso nos colocamos à dis-
porém este SIM faz mais sen- posição, estamos e estaremos
tido agora, com o Encontro de de coração aberto para os cha-
Equipes Novas. Entendemos que mados do Movimento.
precisamos deixar de ser espec- Abraços fraternos
tadores e não podemos escon- Kellen e Junior
der nossos dons, mesmo que N. S. do SS. Sacramento
ainda não saibamos definir quais Pindamonhangaba-SP
36 CM 512
PLANO DE DEUS
Neste ano, nossa Equipe a primeira de Blumenau, completou
47 anos de existência.
Por obra e graça de N. S. Rainha da Paz, nossa Intercessora, ini-
ciamos neste mês de junho a Repilotagem de nossa Equipe. Não por
coincidência, nossa equipe foi fundada no longínquo junho de 1970!
Ao ficarmos somente com quatro casais, todos fiéis ao Movimento
das Equipes de Nossa Senhora, e especificamente à Equipe 1A, recor-
remos ao Casal Responsável do Setor A de Blumenau, o qual perten-
cemos, o qual sugeriu a entrada de mais casais; não só sugeriu, mas se
empenhou na busca desses casais, sob a luz do Espírito Santo e com a
intercessão poderosa de N. S. Rainha da Paz.
Assim, dois novos casais demonstraram a vontade de cami-
nhar conosco.
E, fato digno de registro e júbilo: um dos casais, casado na Igreja
Luterana há 39 anos, se dispôs a casar na Igreja Católica, para assim
fazer parte de nossa equipe! E assim o fez, no dia 14 de maio passado,
na Igreja Santo Antônio, em cerimônia conduzida pelo Pe. José Carlos,
Conselheiro do Setor.
Consideramos de fundamental relevância esse acontecimento que
muito nos honra e engrandece como equipistas, pois as palavras de
Jesus, repetidas pelo Pe. Caffarel, “vede como eles se amam”, se tor-
naram realidade.
Decidimos, então, voltar às origens e, com humildade e espírito de
entreajuda, reiniciarmos a caminhada com a Repilotagem de toda a
Equipe, pelo Casal Piloto, que prontamente aceitou essa incumbência.
Estamos empolgados com esse recomeço, agora que estamos en-
trando no outono de nossas vidas e de nossa Equipe.
Mais uma vez se confirma em nossas vidas a ação do Espírito Santo:
quando pensávamos estar finalizando nossa caminhada como equipis-
tas, eis que Ele nos coloca no ponto inicial.
O plano de Deus a nosso respeito sempre nos surpreende e nos
enche de maravilhas!
Estela e Laerte
Eq.01A - N. S. Rainha da Paz
Blumenau-SC

CM 512 37
reflexão
ORAÇÃO
MISSIONÁRIA

“Ó Deus de suprema bondade e


infinita sabedoria, que num sopro
Divino criou o mundo e permitiu
que a sua evolução se desse atra-
vés de pontes materiais, espirituais
e virtuais espalhadas pela terra,
unindo as comunidades, regiões e
países, nós vos pedimos que nos
façais construtores e atravessado-
res de pontes a levar a Vossa Pala-
vra e compartilhar a misericórdia,
o perdão e a amizade entre nossos
irmãos.
Pontes que conduzam à vida, e não
muros, que aviltam, segregam, tolhem a liberdade.
Que sirvam para fortalecer e ligar as Equipes de Nossa
Senhora, feitas da mais pura argamassa que existe – o
Amor, e da maior força transformadora – a Fé.
Sabemos que o Senhor acredita em nós e, por isso, nos
confiou essa missão evangelizadora. Temos consciên-
cia de que não há presente maior do que ser lembrado
por Vós, Pai Eterno, e, mais ainda, de ser merecedor
de Vossa Divina atenção.
Coloque em nós o ardor missionário e a certeza de que
estaremos unidos na construção de pontes de Amor e
Fé.
Sob o olhar piedoso e carinhoso da Vírgem Santíssima,
abençoa-nos para sempre.
Amém!
Marques e Fatima
Eq.03 - N. S. Auxiliadora
Setor C - Fortaleza-CE

38 CM 512
Semear, colher
e saborear
os frutos
das ENS
Como equipistas, somos con- fruto que se conhece a árvore”
vidados a semear na vinha do Se- (Mt 12, 33).
nhor, onde também colheremos, Para colhermos em abundân-
como trabalhadores do Senhor cia os frutos das Equipes de Nos-
(Mt 9, 38), os frutos que produzi- sa Senhora, devemos permane-
mos (Mt 21, 43). Deste fruto tam- cer ligados a Jesus, como os ra-
bém somos alimentados, através mos da videira, pois “Eu sou a
da degustação da Palavra, que é videira e vós, os ramos. Aquele
saboreada pela prática da vontade que permanece em mim, como
de Deus, seja no lar, no trabalho eu nele, esse dá muito fruto;
ou na reunião de equipe. pois sem mim, nada podeis fa-
Dessa forma, duas atitudes zer” (Jo 15, 5).
nos são exigidas nesta tare- O Catecismo da Igreja Católi-
fa de trabalhadores da vinha: ca nos ensina que “O fruto indi-
a de ser terra boa (Mt 13, 30), cado nesta Palavra é a santida-
para sabermos ouvir a Palavra, de de uma vida fecundada pela
recebê-la em nossos corações, u n i ã o a Cr i s to” ( C IC 2. 074) .
e a de ser semente boa (Mt 13, Portanto, devemos estar vigilan-
38), para que possamos falar do tes para adubar com fé a videira
amor a Deus e ao próximo, que a qual nossos ramos estão liga-
são coisas que nosso coração dos, pois é pela fé que perma-
deve estar cheio (Mt 12, 34). As- necemos unidos ao Senhor e
sim, tanto saber ouvir e se calar Salvador Jesus Cristo.
para o outro, quanto saber falar Dessa forma, unidos a Cristo,
enquanto o outro nos ouve, são semeamos, colhemos e saborea-
as atitudes que o bom lavrador mos os frutos das Equipes de
da Palavra deve cultivar. Nossa Senhora, auxiliados pela
Os trabalhadores das Equipes graça especial que nos é con-
de Nossa Senhora, portanto, de- cedida pela vivência do carisma
vem estar atentos para serem fundador: a Espiritualidade Con-
bons ouvintes e distribuidores jugal.
da Palavra, pois o resultado final Paz e Bem!
de nossa colheita, fruto do nos- Márcia e Rogério
so trabalho, dará testemunho Eq.10 - N. S. da Esperança
daquilo que somos, pois é “pelo Florianópolis-SC

CM 512 39
balanço
FIM DO ANO
É TEMPO DE
BALANÇO
deira celebração? (seriedade
nos cinco pontos exigidos pelo
Movimento: oração, refei-
ção, partilha, coparticipação
e resposta do tema)
Pensando nisso, como está sua
Equipe quanto a:
- Mística – Como é vivido o au-
xílio mútuo? Como é percebi-
Momento de parar para re- do o testemunho?
fletir sobre a nossa caminhada Reunimo-nos em nome de
equipista. Nesta hora muitas Cristo?
perguntas nos desviam do mais
importante, que são os pontos - Carisma – “A espiritualida-
fundamentais para o nosso cres- de conjugal a serviço da fe-
cimento como casal. licidade e da santidade do
casal”.
Comecemos refletindo so-
bre a preparação: São percebidos o esforço e
o compromisso do casal para
1. Como é feita a Reunião Prepa- alcançar a espiritualidade
ratória? conjugal? Como?
2. Como foi a sua atuação como - PCE – A busca, o esforço, a
Casal Animador este ano? seriedade de cada um e do
E em relação ao SCE da sua casal com os PCE.
Equipe: O que vocês podem dizer sobre
3. Como tem sido a participação isto? Na Partilha se percebe a vi-
do SCE na sua Equipe? vência dos PCE? Que atitudes para
a minha vida eles têm despertado?
4. Como você percebe que o SCE
da sua Equipe o(a) ajuda a - Estudo do Tema
crescer na espiritualidade? Há empenho em estudar o
tema em casal? Como é a vivência
Agora pensando na reunião
deste tema?
propriamente dita:
- Reunião de Equipe
5. Na sua equipe se vive a Reu-
nião Mensal como uma verda- Há preparação para a reunião

40 CM 512
pelo casal? Qual o comprometi- nos servimos da nossa equipe?
mento e a participação do casal
9. A sua participação na vida de
nos vários momentos da reunião?
sua equipe o(a) motiva a parti-
- Correção Fraterna cipar também da vida do Mo-
Você se acha capaz de fazer ou vimento? Conforme o plane-
de receber? O que pode ser me- jamento do Setor vocês casais
lhorado? participaram dos eventos pro-
movidos (missa mensal, noite
- Oração de aprofundamento, noite de
A oração tem favorecido a reu- oração, equipe mista, forma-
nião tornar-se uma verdadeira ce- ções, peregrinação)? Qual des-
lebração eucarística? tes eventos mais contribuiu
para o crescimento de sua vida
6. A Coparticipação tem sido um
espiritual, conjugal e de equi-
momento de abertura e de
pe? Comente.
ajuda mútua?
7. Que importância tem sido Aproveitemos este momento
dada à Carta Mensal como um para fazer uma reflexão sincera
dos pontos de unidade do Mo- que nos permita enxergar nossos
vimento? erros e acertos para que possamos
continuar entusiasmados e cres-
Vamos refletir também so-
cendo na espiritualidade conjugal.
bre nossa vida de equipe:
8. Nós somos úteis e ajudamos a Regina e Sergio
Equipe e o Movimento nessa Eq.06B - N. S. Anunciação
caminhada de espiritualidade Setor B - São José dos Campos-SP
e vida comunitária ou apenas (Adaptado dos documentos do Movimento)

Tempo de repensar
a vida e a equipe
Estamos em novembro. Para nós equipistas é tempo de
rever, de olhar para o que passou e pensar no que virá.
Precisamos revisitar nossa realidade e, mais do que ad-
mitir, compreender nossas fragilidades, como pessoa, casal,
família... como equipe! Precisamos perdoar-nos, perdoar os
outros, buscar em Cristo a força e o exemplo necessários para
caminhar.
Este ano, o tema de estudo escolhido pelo Movimento
permitiu-nos conhecer a realidade das famílias, entender suas
CM 512 41
dificuldades, desafios e fragilidades diante de uma sociedade
que prega o individualismo e consumismo.
Ao mesmo tempo, fomos conhecendo a força de nossas
famílias, sua capacidade de amar e ensinar o amor, de agluti-
nar, de ser ponte entre o individual e o coletivo, entre a Igreja
e o mundo.
Nos diversos capítulos estudados, nas reflexões feitas, fi-
cou claro, que temos uma missão, que somos naturalmente
vocacionadas a ela e devemos, pelo testemunho do nosso
amor conjugal, ser o sal da terra e a luz do mundo. Nosso
amor tem este poder, ser como o sal e a luz, dar sabor, prote-
ger e indicar o caminho.
Neste ano a misericórdia também foi fortemente enfati-
zada. Pois diante das fragilidades ela é como óleo na ferida.
Refletimos que a misericórdia cristã torna-nos companheiros,
aprendemos a importância do acompanhamento que leva ao
crescimento mútuo.
No penúltimo capítulo, vimos que o Cristo é ao mesmo
tempo a lâmpada do farol e a luz do archote que indicam o
rumo e ao mesmo tempo vão iluminando cada pequeno passo.
Pois bem, se o Movimento possibilitou-nos tudo isso é
hora de perguntarmos: O que entrou no coração? O que fi-
cou apenas no estudo racional? Soubemos aproveitar esses
momentos? Eles nos ajudaram a compreender a vontade de
Deus? A entender, perdoar e mudar (se necessário) a nossa
verdade? Tornamo-nos mais comunitários?
As respostas a estas perguntas precisam ser sinceras e o
desejo de mudança mais ainda. Em seu diálogo com Cristo
no poço, a samaritana mostrou-nos o quanto a verdade é
reveladora e transformadora.
Estamos em novembro, é hora de nosso encontro com
Cristo no poço de Jacó. Que possamos aproveitar bem este
momento.
Amém.
Erica e Marco Antonio Pedronetti
Eq.13B - N. S. Desatadora dos Nós
Piracicaba-SP

42 CM 512
partilha e PCE
REGRA DE VIDA
Somos equipistas há 23 anos, lhosa e gratificante, porque após
pertencemos à Equipe Nossa o Salmo, fazíamos a nossa oração
Senhora de Lourdes. Em 8/6/1994 conjugal e a meditação, o que nos
tivemos a nossa primeira reunião, fez sentir a diferença na nossa
a qual foi em nossa residência, vida como casal, e como ser soli-
nos sentimos imensamente gra- dário e humano;
tos por fazer parte do Movimen- Hoje nosso dia só começa após
to, e queremos testemunhar hoje a leitura da Palavra e Meditação.
a nossa dificuldade em realizar Isso nos fortalece, nos ajuda a
a Regra de Vida, em casal e em enfrentar as dificuldades, superar
equipe. nossos medos e anseios, além de
Sempre iniciávamos a Regra de ajudar muito no diálogo a dois.
Vida, mas tínhamos dificuldade Sentimos a presença viva de
em fazer acontecer, até que nosso Deus em nosso meio, e se algum
SCE Padre Vilmo propôs uma Re- casal está com dificuldades, como
gra de Vida em equipe, para que irmãos, nos reunimos e ajudamos.
juntos fizéssemos algo. A Regra de Vida tornou-se para
Iniciamos rezando os salmos nós algo vivo, que fez com que
1, depois 2, e assim sucessiva- através dela pudéssemos fazer os
mente, todos os dias tínhamos PCE não como uma obrigação,
que partilhar na equipe via celular mas sim como uma necessidade.
(WhatsApp) algo do salmo lido e Somos gratos ao Movimen-
como isso estava influenciando to, à caminhada, aos casais que
no nosso dia. Caso algum casal conosco partilham todos os dias
não fizesse, não podíamos dar o alimento do Cristo vivo “a Pala-
sequência aos salmos, somente vra de Deus”.
quando todos lessem o salmo do Ousemos dizer: Senhor, eis-me
dia podíamos seguir em frente, e aqui, faça a sua vontade!
assim, dia após dia, fizemos o sal- Sirlei e Luiz Carlos
mo até chegar no salmo 150. Eq. N. S. Lourdes
Foi uma experiência maravi- Maracaju-MS

CM 512 43
UM DEVER DESCONHECIDO
No Evangelho de São Lucas, de terem mais compromissos que
14,28, Cristo convida seus ouvin- nós, como conseguiam? O Ponto
tes à prática do Dever de Sentar-se, Concreto Dever de Sentar-se era
com a parábola sobre a construção o diferencial em suas vidas, pois
de uma torre. Ele diz: “De fato, se através dele conseguiam planejar a
alguém de vocês quer construir vida familiar e profissional.
uma torre, será que não vai primei- Logo também adotamos este
ro sentar-se e calcular os gastos, Ponto Concreto, em casal e em
para ver se tem o suficiente para família, e foram tomadas abençoa-
terminar?” das decisões em Dever de Sentar-
No L’Anneau d’Or, em no- se Familiar. Chamados à responsa-
vembro de 1945, com o edito- bilidade, primeiro como Casal Liga-
rial “Um dever desconhecido”, ção e em seguida para a de Casal
Padre Caffarel, a partir deste Responsável de Setor, decidimos
texto de São Lucas, intui o Dever em Dever de Sentar-se que deve-
de Sentar-se, que se converterá ríamos reduzir nossas atividades na
em um dos Pontos Concretos de comunidade para maior dedicação
Esforço fundamentais para casais ao Movimento.
do Movimento. Colocarem-se jun- O resultado ideal do Dever de
tos, marido e mulher, sob o olhar Sentar-se é a Regra de Vida, e para
do Senhor, para perguntarem-se, nós tem produzido ótimos resul-
à luz do Espírito: o que fazer para tados em nossa vida conjugal. O
progredirmos em nosso amor? diálogo sobre o nosso dia e a re-
(Centelhas de sua Mensagem, visão do dia anterior, onde algum
Pe. Caffarel, pp.16/17) aspecto que por ventura não te-
Nas oportunidades que temos, nha agradado o outro, nos levam a
divulgamos esse “Dever Desconhe- propor a uma Regra de Vida diária,
cido” também fora do Movimento, para estarmos sempre atentos ao
pois o nosso testemunho é que ele nosso relacionamento, e assim há
mudou a nossa vida conjugal, te- mais paz, entendimento e amor.
mos um antes e um depois de co- Somos muito gratos ao Mo-
nhecermos este Ponto Concreto. vimento das Equipes de Nossa
Definir as prioridades entre a vida Senhora, que nos fez conhecer e
familiar e a profissional foi o gran- vivenciar este caminho de oração.
de desafio dos primeiros anos de Pedimos a Deus pela intercessão
casados, as atividades paroquiais de Maria, que nos ajude a multipli-
eram intensas, e convidados para car essas riquezas que recebemos,
ingressarmos no Movimento fica- e que nos fazem tanto bem,
mos apreensivos, o primeiro pen- para outros casais.
samento foi: não teríamos tempo. Fraternalmente!
Entretanto aqueles casais que nos Tide e Raul
convidaram tinham tempo, apesar CRS Itu-SP

44 CM 512
serviços nas ENS
CASAL RESPONSÁVEL
POR SUPER-REGIÃO - CRSR
A responsabilidade de uma Super-Região é
confiada pelo Movimento a um casal que é
chamado “Casal Responsável pela Super-Região”.
Seu mandato dura 5 anos. Sua nomeação é feita pela ERI.
Ele convida outros casais (Casais de Apoio) e um Sacerdote
Conselheiro Espiritual para acompanhá-lo na sua reflexão, no seu
discernimento e animação.
Sempre fiel ao carisma fundador, à vocação e à missão do
Movimento, o Casal Super-Região tem a responsabilidade de
transmitir às equipes as grandes orientações do Movimento,
sua pedagogia e seus métodos; e na sua aplicação ele deve
adaptá-los às situações particulares de sua Super-Região.
O CRSR é responsável pela escolha e pela substituição dos
Casais Responsáveis de Região.
Ele gere as finanças da Super-Região. É também res-
ponsável pela edição final da Carta Mensal.
Deve estar sempre preocupado com a unidade do Movi-
mento e com a comunhão entre a Super-Região e o conjunto
do Movimento. Faz chegar à ERI o programa anual da Su-
per-Região, datas, encontros, etc.

CM 512 45
CHAMASTE-ME?
Assim entendemos e vivemos o serviço

Engana-se quem pensa que os “chamados”


a se sucederem em nossa vida são iniciativas
das pessoas. Deus, “Senhor dos exércitos”,
conta com muitos “anjos”, também na ter-
ra, para levar “sua convocação”: “Quando
tu chamas alguém pra levar teu recado...”1.
Deus precisa do homem! Senão...

“como poderão invocar Aquele no qual não acreditam?


Como poderão acreditar, se não ouvem falar Dele? E como
poderão ouvir, se não há quem O anuncie? Como poderão
anunciar se ninguém for enviado?” (Rm 10,14-15).
O Pai pousa o olhar sobre quem escolhe. É olhar de quem
interpela: “Ide vós também para a minha vinha” (Mt 20,3-4),
a fim de crescer, amadurecer e produzir fruto. Por isso, “Se
alguém aceita um serviço, que veja nisso um apelo de
Deus” (1Pd 4,11). Sendo uma missão espiritual, Deus põe
em nós os meios e os dons necessários para realizar o serviço.
Importa saber que “Deus pede mais a quem deu mais. Quem
recebe mais recebe para os outros. Não é nem maior nem
melhor; é mais responsável. Deve servir mais. Viver para ser-
vir.” E... com alegria! Resta-nos deixar nossas redes e segui-
-Lo, não nos preocupando com o que vamos dizer ou fazer. O
Espírito falará por nós!
Toda responsabilidade nas Equipes de Nossa Sehora é um
serviço alicerçado na oração, eucaristia e estudo: pilares
que sustentam a missão. Nosso sim nos levará a mergulhar
em águas profundas, tornando fecundo esse tempo de anún-
cio.
Então, com fé e alegria digamos: “...Hoje é a nós que tu
nos chamas. (...) Chamas porque Tu nos amas... Por isso eu
digo que sim. Sim, eu irei, eu irei...”2.
Cida e Raimundo
Eq. N. S. Perpétuo Socorro
Setor A - João Pessoa-PB
ex-CR Super-Região Brasil
1 e 2 Pe. Zezinho.

46 CM 512
notícias
BODAS DE PRATA

Rita e Sergio Fabiane e Volnei


12/09/2017 30/05/2017
Eq. N. S. Aparecida Eq. N. S. do Trabalho
Goiatuba-GO Manaus-AM

Fátima e Francisco Lene e Cícero


30/08/2017 07/11/2017
Eq. N. S. Fátima Eq. N. S. de Lourdes
Russas-CE Capitão Poço-PR

CM 512 47
BODAS BODAS
DE PÉROLA DE ESMERALDA

Maria e Jaches Tide e Raul


10/10/2017 16/07/2017
Eq. N. S. de Fátima Eq. N. S. da Vitória
Salto-SP Indaiatuba-SP

BODAS DE OURO

Marlene e Vicente Benvinda e Hélio


17/09/2017 10/09/2017
EQ. N. S. dos Navegantes Eq. N. S. de Guadalupe
Campo Grande-MS Sorocaba-SP

VOLTA AO PAI

Elza (do Ludovic)


Pe. Pedro Meloni (última remanescente
Em 26/08/2017 da primeira equipe do RJ)
Era SCE da Eq. N. S. do Carmo Em 25/08/2017
Paraguaçu-MG Integrava a Eq. N. S. das Vitórias
Rio de Janeiro-RJ

48 CM 512
MEDITANDO EM EQUIPE
Nossa vida, nossa oferta
Paulo apresenta-nos um programa de vida: viver nosso sacerdócio, louvando o
Senhor com a oferta sacrificial de nossa vida.

A Palavra de Deus (Rm 12,1-2)


“Rogo-vos, pois, irmãos, pela misericórdia de Deus que ofereçais os vossos corpos
como hóstia vida, santa e agradável a Deus; este é o culto racional que Lhe deveis
prestar. Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação
da vossa mente, a fim de conhecerdes a vontade de Deus: o que é bom, o que Lhe
é agradável e o que é perfeito”.

Reflexão
– Pelo batismo estamos vitalmente unidos a Jesus, participamos de seu sacerdócio.
Toda nossa vida é sagrada.
– Essa vida, unida à de Cristo, é a hóstia que oferecemos no altar de Deus, altar que
está em toda parte: em casa, na rua, e até na igreja.
– Nessa hóstia está toda a nossa realidade humana regatada por Cristo, que não
podemos permitir seja novamente escravizada pelo mal.

Oração espontânea
– Diga para Deus tudo quanto você lhe está ofertando.
– Faça dessa oferta um ato de adoração, de louvor e de agradecimento.

Oração Litúrgica (Salmo 65)


Aclamai a Deus, terra inteira,
cantai a glória de seu nome;
dai-lhe glorioso louvor.

Dizei a Deus: “Como são estupendas vossas obras!


Pela grandeza de vossa força
diante de vós se curvam vossos inimigos.

À vossa frente toda a terra se prostra


e canta para vós, canta para vosso nome”.
Vinde ver as obras de Deus,
as maravilhas que fez pelos filhos dos homens.

...Com seu poder ele domina para sempre,


seus olhos observam as nações,
para que não se levantem os rebeldes.

Povos, bendizei nosso Deus


e proclamai a plena voz seu louvor.
Amém.

Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr


SCE Carta Mensal

CM 512 49
FINADOS
Oração para os que já
estão junto ao Pai

Muitas pessoas pensam que o Dia de Finados é um


dia triste, mas o real significado desse dia é prestar
homenagem àquelas pessoas queridas que já
encontraram a vida eterna, é demonstrar a elas que
o amor que sentimos jamais morrerá e recordar a sua
memória com alegria.
Quem crê em Deus precisa lembrar que a vida não
termina nunca, quem falece vai viver em comunhão
íntima com Deus, agora e para sempre. Abaixo
oração para lembrar, homenagear e declarar sua
saudade àqueles que já faleceram.
“Ó Deus, que pela morte e Ressurreição de vosso
Filho Jesus Cristo nos revelastes o enigma da morte,
acalmastes nossas angústias e fizestes florescer
a semente da eternidade que vós mesmo plantastes
em nós.
Concedei aos vossos filhos e filhas já falecidos a paz
definitiva da vossa presença. Enxugai as lágrimas
dos nossos olhos e dai-nos a todos a alegria
da esperança na Ressurreição prometida.
Isto vos pedimos, por Jesus Cristo vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo.
Amém.”

Equipes de Nossa Senhora

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