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DESAFIOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO ÉTICO-POLÍTICO

PROFISSIONAL NA REALIDADE DA SAÚDE DO IDOSO EM MANAUS1

Sassaki, Y (1); Melo, NS (1); Leão, AAMP (1); Maia, DB(1);(1)Universidade Federal do
Amazonas

Este estudo analisa os desafios na ação profissional do Assistente Social e as alternativas de


seu enfrentamento na implementação do projeto ético-político na assistência à saúde do idoso.
A pesquisa foi realizada no Centro de Atenção à Melhor Idade, no período de 2008 a 2009,
com aplicação de formulários aos assistentes sociais e outros profissionais. Objetivou analisar
a prática profissional e as condições para a efetivação dos direitos dos idosos usuários. A
compreensão de velhice é influenciada por fatores sócio-econômicos e culturais, tratando-se,
portanto, de um processo biopsicossocial. O conceito de saúde no Sistema único de Saúde-
SUS engloba a dimensão sanitarista do processo saúde/doença. Entretanto, o padrão
neoliberal das políticas sociais caracterizado pela primazia de programas de caráter paliativo e
emergencial para a população pobre, dificulta sua implementação nessa dimensão. É diante
dessa realidade contraditória que o exercício profissional exige competência ético-político
para propor projetos e ações estratégicas comprometidos com o acesso aos direitos sociais e,
exercício da cidadania dos usuários idosos das políticas públicas. Os resultados deste estudo
revelaram inúmeras dificuldades que perpassam o cotidiano profissional, dentre as quais:
precariedade de recursos, entraves institucionais, atividades burocráticas e rotineiras, falta de
capacitação e inexistência de trabalho interdisciplinar. Revelou também que a perspectiva
fatalista não foi rompida. Tal visão conduz à acomodação e impede a realização de um
trabalho comprometido com a qualidade do atendimento, fazendo dos idosos meros objetos de
ação. Conclui-se, que o assistentes social, como trabalhador coletivo, que necessita aliar
forças em prol da luta pelo acesso aos direitos sociais dos idosos, esbarra na falta de
condições humanas e materiais e na pressão institucional, limitando a construção do projeto
ético- político profissional.

1
Apoio: CNPq/FAPEAM

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