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Assim de posse destas informações pode-se dizer que, a relação mais direta entre o
vinho e das vestes da parábola com o Antigo Testamento é que, a natureza era um
estado anterior a queda, mas com seu advento a cultura chegou, e se uniram para
destruição e benefício da humanidade. Jesus ao ensinar, aqui, sobre o assunto principal
que é – o vinho – conecta-o secundariamente – a vestimenta –, demonstrando que sabe o
quanto a situação caótica interferiu na humanidade. E, digno de nota é que, não poderia
ser possível realizar a cultura sem que houvesse primeiro, a criação da natureza.

E dito isso, passa-se a colocar, novamente, a questão inicial onde Jesus diz que existe
algo para entender todas as parábolas, dito no evangelho de Marcos. Por isso, antes de
prosseguir, deve se tentar responder a esse grande enigma. Observando-se esta
proposição enigmática, ela parece se estabelecer em duas ações do Mestre: o seu ensinar
e o seu dizer (Marcos 4,1-2). Diante disso, em última instância, o enigma não pode ser
totalmente alcançado, já que Jesus sendo o único homem sem pecado age como
totalmente outro, ou seja, os processos desse ensino e fala aos ouvintes não podem ser
explicados, mas somente vividos e imitados nas ações daqueles que estão com ele. No
entanto se no primeiro obstáculo deve-se imitá-lo, resta ainda dizer que, outro entrave
para o não entendimento das parábolas é do modo absurdo que Jesus comete ao falar de
situações que todos, aparentemente, julgam conhecer, ou seja, de um manuseio
inadequado do vinho e da veste que ninguém faz em seu juízo perfeito, como atesta em
Lucas 5,36 – “[...] pois, ninguém [...]”.

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