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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.

Aula 26. Função dos Pontos Auriculares - Antitrago

Então a gente vai falar agora da região do antitrago da orelha,


começando ali pela parte mais proximal à incisura, a gente tem aí um ponto
que o ponto do ovário, o que é importante? O ovário vai estar localizado lá na
fossa triangular, que a gente vai ver daqui a pouco, mas esse ovário a gente
chama de ovário hormonal, uma função, na verdade, de controle do cérebro
sobre o ovário.
Então a gente determina dois tipos de ovário ou testículo, isso é
importante. A mesma função que a gente vai falar do ovário, a gente vai falar
no homem uma função do testículo. A função hormonal do ovário, a excreção
de progesterona, de gonadotrofina, a liberação de estrógeno, então isso tudo,
quando eu tenho alterações ou dificuldades na relação do ovário com a função
hormonal dele, esse ponto localizado logo no início da região do antitrago é o
que eu vou utilizar. Ah não, a pessoa tem um problema físico no ovário, então
eu vou utilizar lá da parte superior. Então pensou sempre na parte hormonal, a
gente vai utilizar esse parte lá embaixo, do antitrago. Se o problema é na parte
física, estrutural, do ovário, aí a gente vai utilizá-la na parte de cima.
Logicamente, é comum quando a gente vai fazer um trabalho em
paciente tenha alterações, por exemplo, o mais comum, dificuldade para
gestação ou alterações menstruais, dismenorreia ou alguma coisa do tipo, a
gente costuma associar tanto o ovário aqui de baixo, quanto o ovário de cima.
No homem, a gente tem a função principalmente de liberação da
testosterona, então se eu tenho um foco principalmente em uma pessoa que
está muito apática, que está sem disposição, sem vontade de treinar, sem
vontade de fazer atividade física, eu quero fazer um trabalho de aumento de
ganho de massa muscular, eu vou focar em uma ativação do testículo, que é o
ovário no homem, ou no caso também do homem que está entrando em
andropausa.
Um ponto logo abaixo desse ovário, no antitrago, é o ponto da
gonadotrofina, também conhecido como HCG, que é um hormônio comumente
utilizado para verificação, para saber se a mulher está ou não em gestação.
Mas qual é a função, principalmente, que a gente vai trabalhar a liberação
desse hormônio? Esse hormônio tem uma função muito importante, que é a

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fixação do óvulo na parede do útero, a manutenção de uma não próxima


menstruação, uma não ovulação. Então o que acontece? Esse hormônio,
gonadotrofina, ele é, em alguns mapas, colocado como ponto da gravidez,
principalmente para aquelas pessoas que a maior dificuldade é a sustentação
da gestação. Então quando eu tenho uma paciente que está tendo o ato
sexual, está havendo a concepção, mas logo em seguida vem a menstruação,
ou seja, ela não está conseguindo ter uma sustentação dessa gestação, ela
perde nos primeiros meses ou no segundo, ou no terceiro mês, então essa
fixação nos três primeiros meses, antes da placenta ser fixada no útero, ela é
determinada pelo hormônio HCG, que é a gonadotrofina.
Então a gente pode estimular tonificando esse ponto em mulheres
para a gestação, então é um ponto muito importante e, principalmente, vai de
encontro com mitos que envolvem a auriculoterapia e medicina tradicional
chinesa, que é exatamente o oposto, tem muita gente que fala que a
auriculoterapia deve ser evitada em gestantes, não, não deve ser evitada, a
gente vai falar um pouco mais sobre isso quando a gente falar principalmente
em indicações e contraindicações, que não há uma contraindicação absoluta, a
auriculoterapia. Na verdade, a auriculoterapia pode ser um coadjuvante muito
importante no trabalho da gestação.
A gente tem um ponto, subindo um pouco o ovário, ponto do
subcórtex, o ponto do subcórtex é um ponto que vai ser utilizado principalmente
nas alterações motoras dos pacientes, então o paciente que tem alterações
cerebrais, alterações gastrointestinais, principalmente para pacientes com
alguma doença em nível cerebral, que ele tem dificuldade de controle do corpo,
o subcórtex vai ser um ponto muito importante a ser trabalhado. Então o
subcórtex faz uma função muito parecida, que a gente vai ver do sistema
neurovegetativo ou simpático, o controle do ligar e desligar. O subcórtex faz o
ligar e desligar da parte cerebral. Ou seja, transformar a automação, religar o
cérebro quanto a uma função que não está acontecendo no corpo. Então
comumente a gente conjuga, por exemplo, ah, eu tenho um intestino ou um
coração que não está funcionando da forma que deveria, por exemplo, uma
hipertensão cardíaca. Eu posso trabalhar o ponto do sistema neurovegetativo
para trabalhar a parte simpática, parassimpática, que a gente vai falar um
pouco mais à frente, quando entrar no SNV, fazendo com que o coração

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trabalhe de forma mais regular e eu boto o ponto do coração porque é onde eu


quero influenciar o sistema neurovegetativo e coloco o ponto do subcórtex para
o cérebro trabalhar também na sua parte autônoma o controle e o acordar,
dentro desse cérebro, desse sistema cardíaco dentro do corpo.
Então o subcórtex vai ser um ponto que a gente vai utilizar bastante
em conjunto com o SNV, principalmente que o SNV a gente pensa em uma
regulação do pescoço para baixo, de uma víscera, de um órgão, de um
membro. E na regulação da parte de cima, ou seja, a ligação dos cabos
elétricos com o computador central faz parte, o ponto do subcórtex vai entrar.
Seguindo essa borda ainda do antitrago, a gente vai ter um outro
ponto chamado parótida. Parótida é a principal glândula responsável pela
salivação. Ela vai ser utilizada principalmente quando eu tenho dois distúrbios,
um, o principal, que acomete muitos idosos, principalmente, não é só idoso,
mas acomete mais idoso que é uma patologia chamada de patologia da boca
seca. Então por mais que a pessoa beba água, ela vai ficar sempre com a boca
seca, com essa sensação de boca seca, então a gente vai tonificar a parótida
e, com isso, a gente vai estimular a salivação.
E quando o paciente tem dificuldade de deglutição, ele pode ter
dificuldade de deglutição exatamente por falta de saliva, então é um ponto que
a gente pode utilizar, principalmente em tonificação e a gente vai pedir para o
paciente estimular principalmente alguns minutos antes da alimentação. Então
meia hora antes de se alimentar, ele vai estimular, ele vai começar um
processo de salivação e isso vai facilitar a digestão e vai facilitar a deglutição
também do paciente.
Como pode ser utilizado em um quadro de excesso também, um
paciente que tem muita produção de saliva e isso o incomoda, ele tem muita
salivação e acaba que é daquelas pessoas que acabam falando cuspindo em
excesso, um mau controle da salivação, então a gente pode trabalhar esse
ponto também, sedando esse ponto para diminuir um pouco a salivação do
paciente.
Logo abaixo da parótida tem um ponto chamado Ping Suan, em
alguns mapas. Esse mapa que vocês estão vendo já está (ininteligível -
00:09:00) com a tradução. Ping Suan significa ponto antiasma. Então é um
ponto para asma, para bronquite, para dificuldade principalmente respiratória.

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Então o paciente que tem uma dificuldade em inspirar, uma dificuldade de


entrada de ar, de saída ar, seria um ponto que ajudaria na abertura dos
alvéolos. Então é um ponto muito interessante de ser trabalhado, de ser
estimulado, para pacientes com asma.
A gente vai ter um outro Ping Suan lá localizado na pelve também, é
o segundo ponto. Então a gente conjugaria Ping Suan 1, Ping Suan 2, para
problemas de asma. Asma onde? No pulmão, então iria conjugar o ponto do
pulmão. A gente já começa a entender um pouco o raciocínio da formulação de
pontos, sendo que a gente vai ter uma aula só para isso, para entender
realmente como eu junto os pontos todos. Mas para aprender a juntar os
pontos, é importante eu entender o princípio de cada ingrediente, de cada
ponto, para conseguir formular uma receita ideal lá na frente.
Abaixo do Ping Suan, notem que tem uma curvinha onde começa
testa, têmpora, vértex e occipital. Então se a gente tem essa testa, vértebra e
occipital, é exatamente a calota craniana. Esses pontos vão ser muito utilizados
principalmente para dor de cabeça. Então o ponto testa, têmpora, vértex e
occipital vão ser utilizados para dor de cabeça na região da dor de cabeça.
Estou com dor de cabeça na frente, ponto da testa. Ou em alguns mapas vai
ser chamado de ponto do frontal.
Ponto da têmpora, para dor de cabeça mais comum, na zona
temporal, dor de cabeça na lateral da cabeça. Ponto de dor de cabeça no
ápice, vértex é o ponto ápice da cabeça. E dor de cabeça na região posterior,
occipital.
A gente pode utilizar esses pontos também como pontos de
palpação para o diagnóstico de dor de cabeça. Então se o paciente apresenta
dor de cabeça, ele vai estar com esses pontos sensíveis.
O ponto occipital é um ponto também muito utilizado para analgesia
geral do corpo do paciente, então é um ponto também conhecido como
analgesia global. O paciente que tem uma dor generalizada, uma dor muito
forte, o occipital vai ser muito utilizado.
Outras funções que a gente pode ter, por exemplo, o occipital
também aqui na parte posterior do cérebro, é a parte responsável
principalmente pela parte de visão, interpretação de visão. Então é comum eu
utilizar o ponto do occípito para distúrbios oculares, eu posso trabalhar também

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junto com o ponto da visão, estava lá no lóbulo, que a gente viu o ponto do
olho.
O ponto temporal a gente vai utilizar muito para projetos, para
criatividade, para o paciente que está em uma fase de criação, criacional, a
gente usa muito o temporal e o ponto frontal principalmente quando o paciente
vai entrar na parte racional, a parte de estudos. Lembra quando a gente falou
também de função de órgãos e vísceras, se eu trabalho o occípito para visão,
visão é responsabilidade do órgão fígado, então eu posso conjugar, por
exemplo, olho, visão, occípito, fígado. Está feito o protocolo para melhora do
tratamento de visão.
Ah não, quero focar um tratamento, por exemplo, em parte racional,
o paciente quer estudar, quer ficar mais inteligente, ele está fazendo um curso
de aurículo, por exemplo, precisa estimular um pouco mais só a parte de
raciocínio. A gente falou, por exemplo, quando falou de órgãos e vísceras, que
o coração é o principal órgão pela parte racional do cérebro. Então eu posso
botar ponto do cérebro, ponto do coração e região da testa.
Se eu penso em criatividade, o paciente está precisando de uma
fase de criação, de inovação, ele perdeu o emprego, ele não sabe o que fazer
da vida, ele está precisando inventar, a gente pode trabalhar a criatividade, é
principalmente responsabilidade do órgão baço, como a gente já falou em
função de órgãos e vísceras, se você ainda está na dúvida, passe lá de novo
nesse vídeo, dê uma olhada em baço que você vai ver as responsabilidades.
Então eu colocaria temporal, têmpora, junto com o baço para estimular a
criatividade do paciente. Que são algumas das funções interessantes aí.
Logo em cima do occipital a gente tem um ponto chamado pituitária.
Pituitária é sinônimo também de hipófise, dependendo do autor, ele pode
chamar essa glândula, que é uma glândula muito no centro do nosso cérebro,
de pituitária ou de hipófise. O que é pituitária/hipófise? A hipófise, ou pituitária,
é uma glândula responsável por controlar toda a liberação endócrina no nosso
corpo. Então a liberação de endorfina, de dopamina, de serotonina. A liberação
de suco gástrico, a liberação de adrenalina, a liberação de cortisol, a liberação
de qualquer hormônio, testosterona, qualquer hormônio no nosso corpo,
depende de uma glândula. Porém existe a glândula que controla todas as

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glândulas. A glândula que controla todo mundo é chamada de hipófise ou


pituitária.
Ou seja, se eu estou trabalhando um paciente com depressão, se eu
estou trabalhando com um paciente que precisa emagrecer, sempre que eu
penso em alguma alteração hormonal no corpo do paciente, que precisa ser
regulada, principalmente no sistema nervoso central, eu vou pensar na
pituitária ou na hipófise para fazer esse trabalho.
Então eu quero uma regulação do hormônio da felicidade, da
endorfina, da dopamina. Existe o ponto, que a gente vai ver no dorso, que se
chama o ponto da alegria, mas, ao mesmo tempo, eu tenho que vir aqui na
hipófise para estimular a secreção glandular da dopamina e da endorfina nesse
paciente, tonificar esse hormônio da alegria.
Ou, por exemplo, eu posso pegar o ponto da hipófise, o meu
paciente, por exemplo, foi diagnosticado com uma gastrite, em que o médico
falou que principalmente ele tem uma baixa produção de proteção gástrica. O
estômago dele não tem uma boa proteção e, por isso, ele precisa tomar um
medicamento ou precisa tomar um cuidado com certas alimentações. Eu posso
trabalhar, por exemplo, o ponto da hipófise junto com o ponto do estômago.
Muitas vezes as pessoas pensam assim: quantos pontos são necessários? Por
exemplo, se eu focasse só em uma gastrite de um paciente que tem uma
dificuldade em excreção de proteção contra suco gástrico, eu poderia focar
somente nos pontos hipófise, estômago e talvez o SNV, o sistema nervoso
simpático, três pontos já seriam o suficiente para tratar o meu paciente. Vocês
vão ver que, muitas vezes, menos é mais. Quanto mais eu coloco ponto, mais
eu, às vezes, disperso o meu corpo e menos ele fica focado no que tratar.
Então esse é um ponto importante.
A gente tem logo do lado da pituitária e do occipital, uma área
triangular em amarelo, que se chama área da vertigem. Então essa área da
vertigem a gente vai focar principalmente quando a gente tem um paciente com
alterações de equilíbrio, quando esse paciente apresenta alterações de
labirintite, esse ponto eu vou trabalhar junto com o que a gente já viu, com o
ponto do ouvido interno, lá embaixo, vai ser um ponto muito importante.
Essa área em verde, área da neurastenia, a gente já viu que tem um
ponto lá no lóbulo chamado ponto da neurastenia, o que significa neurastenia?

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O esgotamento físico e o esgotamento mental. Então sempre que eu tenho um


esgotamento físico e mental, eu vou ter um paciente que vai ter uma vontade
de não viver. O paciente só quer dormir, só quer descansar, ele não quer fazer
mais nada na vida e, muitas vezes, ele está no automatismo, é um distúrbio
que a gente pode falar que é do coração, porque um dos sintomas que vai
aparecer, principalmente psíquico, vai ser uma apatia. Então esse paciente não
tem mais sorriso, não tem mais graça de viver e a apatia é uma das principais
sensações, como a gente viu nos 5 elementos e na função dos órgãos e
vísceras do coração, função do elemento fogo e do coração.
A gente tem aqui do lado do ponto da vertigem e do ponto da
neurastenia o ponto do tronco cerebral, que vai ser tratado principalmente para
pacientes com distúrbios de patologias de base de cérebro. Então é muito
utilizada, por exemplo, para Parkinson, para distúrbios de Coréia, atetose,
distúrbios de equilíbrio por um acidente vascular encefálico, então é um ponto
muito utilizado para esses distúrbios.
E logo em cima do ponto cerebral, a gente tem o ponto da tireoide.
Então se o paciente tem distúrbios de hipotireoidismo diagnosticado, a gente
vai trabalhar tireoide sedando-a, lembra? Tireoide é uma glândula e aí se eu
quero controlar uma glândula, junto da tireoide eu vou utilizar o ponto da
pituitária ou ponto da hipófise, que é a mesma coisa. Então para controlar essa
tireoide que está ou em hipo, aí eu tonifico, ou se ela está em hiper, eu vou
sedar, sedando todos os pontos no corpo do paciente.
Abaixo ali da neurastenia, tem um ponto chamado antidepressivo.
Esse ponto vai ser muito utilizado em conjunto, muitas vezes, com o ponto da
alegria. Então a gente vai trabalhar o ponto antidepressivo junto com o ponto
da pituitária, junto com o ponto da alegria e se é depressão, medo e pânico são
sensações do elemento água. Então a gente vai ter que tonificar principalmente
o órgão rim. Então a função do rim é exatamente trabalhar esses distúrbios de
depressão, então é o ponto que a gente vai trabalhar nesse paciente.
Tem um ponto ali logo no inicinho da fossa escafoide, bem logo no
início, que se chama ponto da libido. Esse ponto é muito interessante para
colocar em paciente que está sofrendo por alguma doença que inibe a libido
ou, por exemplo, o paciente pode te procurar exatamente por esse distúrbio,
falar que não tem mais vontade, está se sentindo assexuado, não tem mais

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vontade com o parceiro e o problema não está no parceiro, está nele, ele
perdeu a vontade e tudo mais, o que a gente pode trabalhar? Trabalhar a libido
junto com o ponto de um genital externo, trabalhar o ovário hormonal, esse que
a gente viu aqui no antitrago, que na mulher vai secretar os seus hormônios de
sexualidade e, no homem, também vai secretar os seus hormônios de
sexualidade, levando, assim, a um trabalho de libido.
Sempre que a gente pensa nos orifícios inferiores e em genital
externo, a gente tem que pensar no rim e no fígado. Eu falei nisso quando a
gente estava falando exatamente sobre esses órgãos, então lembre-se o
fígado é responsável por controlar a energia no corpo. Então jogar a energia
para o genital externo vai ser um ponto importante e também o rim controla as
essências, controla os esfíncteres inferiores. E os esfíncteres interiores, um
deles é o genital externo. Então eu colocaria o ponto da libido, o ponto da
pituitária, o ponto do ovário, que no homem seria o ponto do testículo
associado ao ponto do rim, do fígado e do genital externo. Olha, a gente já está
montando aí um protocolo de libido para o paciente.
O ponto nervo auricular magno, esse ponto é importantíssimo, vocês
vão ver depois quando a gente for falar em hélix, que existe o ponto do occipital
menor, então grave esses dois pontos, põe um asterisco, ilumine: nervo
auricular magno e nervo occipital menor são dois pontos que são pontos
analgésicos para o corpo inteiro. Então, por exemplo, patologias em que o
paciente sente dor no corpo inteiro, como fibromialgia, pós-chikungunya,
durante a dengue, em estado febril, em que o paciente está com dor em todo o
corpo, dor nas articulações. Ou um paciente poliqueixoso, que tem múltiplas
artrites, múltiplas queixas, o paciente mais idoso, que você pensa assim: eu
preciso tratar o ponto local da dor, mas o cara tem do no corpo inteiro, o que eu
vou fazer? Aí você pensa nesses dois pontos, nervo auricular magno e nervo
occipital menor, que são dois nervos, é o ponto principal que você pega esses
dois nervos, que são os nervos de pares cranianos, quando a gente falou da
anatomia ocidental e mostrou aí a anatomia ocidental dos pares cranianos que
chegam até a cervical, que são da cervical, que chegam até o pavilhão
auricular e que vão ter uma importante função de analgesia, anestesia e anti-
inflamatória para o corpo, como um todo.

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E aí um ponto aqui final, para a gente fechar, porque aqui a gente já


fugiu um ponto do antitrago, mas está dentro da janela que a gente está vendo,
um ponto do finalzinho da cartilagem da hélix, a gente tem um ponto que se
chama compulsão sexual. Então principalmente quando o paciente estiver
relatando a você uma vontade excessiva de atividade sexual, que está fugindo
ao controle, geralmente não é tão comum um paciente buscar a gente, em um
primeiro momento, para isso, mas conforme a gente vai conversando, pode ser
que ele esteja com uma necessidade muito grande e não esteja conseguindo
controlar essa compulsão sexual e a gente ajuda o paciente exatamente
sedando esse ponto aí.
Então esses são os pontos gerais que a gente tem por essa região
do antitrago, pegando um pouquinho ali da borda da hélix e antihélix, também
aproveitando a janela de recorte que a gente fez. Tendo dúvida sobre cada um,
é importante voltar, passar para frente, para trás, dar um pause e ir anotando
ponto por ponto. Faça o seu trabalho de casa, escreva um pouco sobre cada
ponto, que aí isso te ajuda muito a evoluir na auriculoterapia.

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