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(Cliqueapostilas - Com.br) Contabilidade Comercial I
(Cliqueapostilas - Com.br) Contabilidade Comercial I
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Contabilidade Comercial II
martins.manoel@gmail.com
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SUMÁRIO
1. ESCRITURAÇÃO DO CONTRIBUINTE DE ACORDO COM A LEI FISCAL..............................................................3
2. TRATAMENTO TRIBUTÁRIO DAS DESPESAS..................................................................................................7
3.1.CONSIDERAÇÕES GERAIS .................................................................................................................................22
3.2.FATO GERADOR DO IMPOSTO DE RENDA.............................................................................................................22
3.3.PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL................................................................................23
3.4.DECLARAÇÃO DE RENDIMENTO..........................................................................................................................23
3.5.REGIME DE COMPETÊNCIA................................................................................................................................23
3.8. IMPOSTO DE RENDA - LUCRO PRESUMIDO.........................................................................................................39
3.9. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO PRESUMIDO...........................................................................................42
3.10. IMPOSTO DE RENDA - LUCRO ARBITRADO........................................................................................................43
3.11. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO ARBITRADO..........................................................................................45
3.11. SIMPLES....................................................................................................................................................46
4. INCENTIVOS FISCAIS PARA DEDUÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA..................................................................73
4.1. PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR (PAT)......................................................................................73
4.2. CARÁTER CULTURAL E ARTÍSTICO......................................................................................................................77
4.4. INCENTIVOS REGIONAIS DE REDUÇÃO E/OU ISENÇÃO DO IMPOSTO.........................................................................86
O pagamento mensal por estimativa é uma forma de recolhimento permitida às pessoas jurídicas
tributadas pelo lucro real. ........................................................................................................................94
Assim, no caso de a empresa tributada pelo lucro real optar pelo pagamento mensal por estimativa, no
momento do recolhimento do imposto (ou seja no pagamento mensal), já tem de aproveitar o benefício
do reinvestimento....................................................................................................................................94
Na hipótese de determinação do imposto devido mensalmente com base em balanço ou balancete de
suspensão ou redução, podem ser deduzidos os seguintes incentivos fiscais: Regionais de Redução e/ou
Isenção do Imposto, e de Redução por Reinvestimento, correspondentes a todo o período abrangido
pelo balanço ou balancete........................................................................................................................94
Para as empresas dos setores industrial, agroindustrial e de construção civil, que estejam em operação
na área de atuação da SUDENE ou da SUDAM, é permitindo o reinvestimento de parte do Imposto de
Renda, até o ano de 2013, observando os seguintes percentuais: ..........................................................94
De 1998 a 2003 - 30% ..............................................................................................................................94
De 2004 a 2008 - 20% ..............................................................................................................................94
De 2009 a 2013 - 10% ..............................................................................................................................94
Base: art. 612 do Regulamento do IR/99. Inciso I do art. 2º da Lei nº 9.532, de 1997..............................94
O reinvestimento corresponde a 30% do Imposto de Renda devido, calculado sobre o lucro da
exploração, acrescido de outra parcela (50% desses 30%) de Recursos Próprios. O incentivo do
reinvestimento pode ser utilizado até 31/12/2013, conforme Art. 3º, da MP 2.199-14, de 24/08/2001. 94
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A pessoa jurídica sujeita à tributação com base no lucro real deve manter escrituração com observância das leis
comerciais e fiscais (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 7º). A escrituração deverá abranger todas as operações
do contribuinte, os resultados apurados em suas atividades no território nacional, bem como os lucros,
rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior.
É facultado às pessoas jurídicas que possuírem filiais, sucursais ou agências manter contabilidade não
centralizada, devendo incorporar ao final de cada mês, na escrituração da matriz, os resultados de cada uma
delas.
Os livros comerciais e fiscais poderão ser escriturados por sistema de processamento eletrônico de dados, em
folhas contínuas, que deverão ser numeradas, em ordem seqüencial, mecânica ou tipograficamente, observado
o disposto no § 4º do art. 258 do RIR.
Livros Comerciais
A pessoa jurídica é obrigada a seguir ordem uniforme de escrituração, mecanizada ou não, utilizando os livros e
papéis adequados, cujo número e espécie ficam a seu critério.
Nota:
SÚMULA 439 DO STF: Estão sujeitos à fiscalização tributária, ou previdenciária, quaisquer livros comerciais,
limitado o exame aos pontos objeto da investigação.
Livro Diário
Sem prejuízo de exigências especiais da lei, é obrigatório o uso de Livro Diário, encadernado com folhas
numeradas seguidamente, em que serão lançados, dia a dia, diretamente ou por reprodução, os atos ou
operações da atividade, ou que modifiquem ou possam vir a modificar a situação patrimonial da pessoa jurídica.
Livro Razão
A pessoa jurídica tributada com base no lucro real deverá manter, em boa ordem e segundo as normas
contábeis recomendadas, Livro Razão ou fichas utilizados para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os
lançamentos efetuados no Diário, mantidas as demais exigências e condições previstas na legislação.
Livros Fiscais
A pessoa jurídica, além dos livros de contabilidade previstos em leis e regulamentos, deverá possuir os
seguintes livros:
I – para registro de inventário;
II – para registro de entradas (compras);
III – de Apuração do Lucro Real – LALUR;
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IV – para registro permanente de estoque, para as pessoas jurídicas que exercerem atividades de compra,
venda, incorporação e construção de imóveis, loteamento ou desmembramento de terrenos para venda;
V – de Movimentação de Combustíveis, a ser escriturado diariamente pelo posto revendedor.
No Livro de Inventário deverão ser arrolados, com especificações que facilitem sua identificação, as
mercadorias, os produtos manufaturados, as matérias-primas, os produtos em fabricação e os bens em
almoxarifado existentes na data do balanço patrimonial levantado ao fim da cada período de apuração.
No LALUR, a pessoa jurídica deverá (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 8º, inciso I):
I – lançar os ajustes do lucro líquido do período de apuração;
II – transcrever a demonstração do lucro real;
III – manter os registros de controle de prejuízos fiscais a compensar em períodos de apuração subseqüentes,
do lucro inflacionário a realizar, da depreciação acelerada incentivada, da exaustão mineral, com base na receita
bruta, bem como dos demais valores que devam influenciar a determinação do lucro real de períodos de
apuração futuros e não constem da escrituração comercial;
IV – manter os registros de controle dos valores excedentes a serem utilizados no cálculo das deduções nos
períodos de apuração subseqüentes, dos dispêndios com programa de alimentação ao trabalhador, vale-
transporte e outros previstos neste Decreto.
Notas:
PN CST 96/78: Os valores que podem ser excluídos do lucro líquido do exercício, na determinação do lucro real,
são aqueles que, em virtude de serem dotados de natureza exclusivamente fiscal, não reúnem requisitos para
poderem ser registrados na escrituração comercial.
PN CST 34/81: As pessoas jurídicas sujeitas à apuração do imposto de renda com base no lucro real, seja qual
for o tipo societário adotado, estão obrigadas ao cumprimento dos preceitos da Lei nº 6.404, de 15.12.1976 (Lei
das Sociedades Anônimas) para efeito de determinação dos resultados.
IRPJ – COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZO – O prejuízo fiscal a ser compensado pelo contribuinte é aquele
corretamente escriturado e demonstrado no Livro de Apuração do Lucro Real.
As pessoas jurídicas que, de acordo com o balanço encerrado no período de apuração imediatamente anterior,
possuírem patrimônio líquido superior a um milhão seiscentos e trinta e três mil, setenta e dois reais e quarenta e
quatro centavos e utilizarem sistema de processamento eletrônico de dados para registrar negócios e atividades
econômicas, escriturar livros ou elaborar documentos de natureza contábil ou fiscal ficarão obrigadas a manter,
em meio magnético ou assemelhado, à disposição da Secretaria da Receita Federal, os respectivos arquivos e
sistemas durante o prazo de cinco anos.
Documentação Técnica
O sujeito passivo usuário de sistema de processamento de dados deverá manter documentação técnica
completa e atualizada do sistema, suficiente para possibilitar a sua auditoria, facultada a manutenção em meio
magnético, sem prejuízo da sua emissão gráfica, quando solicitada.
A escrituração ficará sob a responsabilidade de profissional qualificado, nos termos da legislação específica,
exceto nas localidades em que não haja elemento habilitado, quando, então, ficará a cargo do contribuinte ou de
pessoa pelo mesmo designada.
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A escrituração será completa, em idioma e moeda corrente nacionais, em forma mercantil, com individuação e
clareza, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borraduras,
rasuras, emendas e transportes para as margens.
Devem ser registradas na escrituração comercial a apuração do resultado de contratos de longo prazo, a
avaliação de investimentos em sociedades coligadas ou controladas pelo valor do patrimônio líquido, inclusive
de filiais, sucursais, agências e representações no exterior, a apuração de resultados de empreendimentos
imobiliários e a reavaliação de bens do ativo.
Ao fim de cada período de incidência do imposto, o contribuinte deverá apurar o lucro líquido mediante a
elaboração, com observância das disposições da lei comercial, do balanço patrimonial, da demonstração do
resultado do período de apuração e da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados. O balanço ou
balancete deverá ser transcrito no Diário ou no LALUR.
Omissão de receita
Notas:
O saldo credor de caixa (caixa negativo) é indício lógico de falta de escrituração de receitas.
A falta do registro de custos, despesas, pagamentos pela aquisição de bens permanentes ou de direitos de
qualquer natureza, admite a presunção de omissão de receitas, pois a ausência do registro faz pressupor que
este foi efetuado com dinheiro á margem da contabilidade.
O chamado "passivo fictício" tem seu fundamento na seguinte lógica: pagam-se, por exemplo, duplicatas a
fornecedores com dinheiro do "caixa dois". Como não há saldo de caixa(contábil) suficiente, não se procede a
baixa porque ocorreria o “estouro do caixa” contábil (saldo credor de caixa). Desta forma, mantém-se o passivo
pendente de registro, embora pago, baixando-o quando o caixa contábil apresenta condições. A forma de
identificar o passivo fictício mais comumente encontrado nas empresas é comparar o saldo da conta
fornecedores, existente na data do balanço, com as duplicatas representativas deste saldo. Pela análise da data
da quitação verifica-se a ocorrência ou não de passivo fictício, ou seja, as duplicatas quitadas antes do balanço,
ainda pendentes contabilmente, representam passivo fictício.
Suprimentos de Caixa
Provada a omissão de receita, por indícios na escrituração do contribuinte ou qualquer outro elemento de prova,
a autoridade tributária poderá arbitrá-la com base no valor dos recursos de caixa fornecidos à empresa por
administradores, sócios da sociedade não anônima, titular da empresa individual, ou pelo acionista controlador
da companhia, se a efetividade da entrega e a origem dos recursos não forem comprovadamente demonstradas.
A presunção de omissão de receita, neste caso, tem seu fundamento na idéia de que o “caixa dois”, suprido por
receita omitida da contabilidade, vem abastecer o caixa contábil, quando este necessita de recursos. Assim,
simula-se um suprimento do caixa, cuja origem estaria na pessoa do sócio. Quando algum sócio assim proceder,
é importante que estes recursos sejam perfeitamente identificáveis, especialmente quanto à origem.
Recomenda-se repassar o dinheiro emprestado para a empresa por cheque ou transferência eletrônica de
fundos. Assim, fica inquestionável a origem e a efetividade do suprimento de caixa, via operação bancária.
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Caracteriza omissão de receita ou de rendimentos, inclusive ganhos de capital, a falta de emissão de nota fiscal,
recibo ou documento equivalente, no momento da efetivação das operações de venda de mercadorias,
prestação de serviços, operações de alienação de bens móveis, locação de bens móves e imóveis ou quaisquer
outras transações realizadas com bens ou serviços, bem como a sua emissão com valor inferior ao da operação.
Nota: pode-se identificar a falta de emissão de documentos fiscais através do seguinte procedimento: contagem
dos valores disponíveis no caixa, em moeda, cheques ou depósitos efetuados no dia; na seqüência compara-se
tais valores com as Notas Fiscais ou documentos equivalentes emitidos no dia, identificando, assim a falta de
emissão destes. Evidentemente, devem ser considerados os saldos de caixa de dias anteriores. Outra forma de
comprovar é mediante o exame de duplicatas cobradas, em carteira ou em cobrança bancária sem respaldo
equivalente em notas fiscais.
Verificada por indícios a omissão de receita, a autoridade tributária poderá, para efeito de determinação da base
de cálculo sujeita à incidência do imposto, arbitrar a receita do contribuinte, tomando por base as receitas,
apuradas em procedimento fiscal, correspondentes ao movimento diário das vendas, da prestação de serviços e
de quaisquer outras operações (Lei nº 8.846, de 1994, art. 6º).
É facultado à autoridade tributária utilizar, para efeito de arbitramento, outros métodos de determinação da
receita quando constatado qualquer artifício utilizado pelo contribuinte visando a frustrar a apuração da receita
efetiva do seu estabelecimento (Lei nº 8.846, de 1994, art. 8º).
A omissão de receita poderá, também, ser determinada a partir de levantamento por espécie de quantidade de
matérias-primas e produtos intermediários utilizados no processo produtivo da pessoa jurídica.
A diferença de controle quantitativo ocorre quando o controle de estoques (se houver) acusar diferenças. Por
exemplo: comprou-se 100 unidades da mercadoria Y, vendeu-se 40, mas no estoque estão apenas 10. A
diferença tributável é de 100 - 40 - 10 = 50. Mas é importante frisar que, nos estabelecimentos industriais,
sempre há alguma perda de material ou refugo, que poderá distorcer esta análise.
Depósitos Bancários
A situação mais comum é a existência de contas bancárias não contabilizadas, em nome da pessoa jurídica.
Como não estão registrados, os valores de depósitos ou créditos nas respectivas contas dificilmente podem ter
sua origem comprovada. Daí a presunção de omissão de receita.
Tratamento Tributário
Verificada a omissão de receita, a autoridade determinará o valor do imposto e do adicional a serem lançados de
acordo com o regime de tributação a que estiver submetida a pessoa jurídica no período de apuração a que
corresponder a omissão.
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Dedutibilidade: os custos, despesas e encargos, cuja dedutibilidade é admitida pela legislação tributária, são os
usuais ou normais, segundo o tipo de transação, operação ou atividade da empresa. Em qualquer circunstância,
são sempre indedutíveis os dispêndios feitos por mera liberalidade, isto é, não necessários à atividade da
empresa e à manutenção da respectiva fonte produtora.
Pagamentos Sem Causa ou a Beneficiário não Identificado - São indedutíveis as importâncias declaradas como
pagas ou creditadas a título de comissão, bonificações, gratificações ou semelhantes, quando:
Despesas não Documentadas - São indedutíveis as despesas não documentadas, bem como as comprovadas
unicamente com notas fiscais, simplificadas ou cupons de máquina registradora, salvo se corresponderem a
pequenos valores, ocasionalmente de difícil comprovação.
A legislação do Imposto de Renda dispõe que os gastos com reparo, conservação ou substituição de partes e
peças de bens do ativo imobilizado da pessoa jurídica, destinados a mantê-los em condições eficientes de
operação, caso não resultem em aumento da vida útil do bem, poderão ser lançados como custo ou despesas
operacional. Entretanto, se de tais melhorias resultar aumento de vida útil do bem superior a um ano, os gastos
respectivos deverão ser ativados para servirem de base a futuras depreciações ou amortizações.
Quanto a veículos, são indedutíveis as despesas pagas ou creditadas a sócios, acionistas, dirigentes,
empregados, ainda que resultantes de obrigação legal (indenização), quando não ficarem comprovados os
seguintes requisitos:
Ex.: O custo de substituição de um motor de veículo foi R$ 8.000,00 quando o veículo já se encontra depreciado
em 80%, aumentando sua vida útil em mais 3 anos. O valor de baixa do motor substituído será de 80% sobre R$
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8.000,00 = 6.400,00 e o dispêndio total será imobilizado, representando um acréscimo na conta veículos veículo,
de 20% sobre o valor da nova aquisição. A contabilização poderá ser feita da seguinte forma:
D = Veículos
C = Caixa / Bancos / Fornecedores 8.000,00
3) Supondo-se que o valor de aquisição do veículo fosse R$ 20.000,00, a nova representação da conta
veículos e depreciação acumulada - veículos, respectivamente, ficaria assim definida:
O valor de R$ 8.000,00, incorporado ao imobilizado, poderá ser depreciado pelo novo prazo de vida útil (4 anos)
do veículo, juntamente com o valor residual de R$ 4.000,00 passando a base para R$ 12.000,00. Se o bem já
estiver totalmente depreciado, o valor de R$ 8.000,00 poderá ser depreciado no período do novo prazo de vida
útil esperado em virtude da substituição do motor.
a) aplicar o percentual correspondente à parte não depreciada do bem sobre o custo de substituição das
partes e peças;
b) apurar a diferença entre o valor total dos custos de substituição e o valor determinado na letra a;
c) escriturar o valor de a a débito de conta de resultado;
d) escriturar o valor de b a débito da conta do ativo imobilizado que registra o bem, o qual terá seu novo valor
contábil depreciável no novo prazo de vida útil previsto.
Cálculos:
O novo valor contábil será depreciado no novo prazo de vida útil, ou seja, 4 anos ( 1 ano restante da aquisição
original + 3 anos de aumento referente a nova aquisição). A taxa de depreciação será de 100% / 4 = 25% a a
A lógica deste procedimento é a seguinte: suponha que a empresa esteja substituindo peças de um veículo
A rigor, o valor das peças antigas a serem substituídas deverá ser diminuído do valor do equipamento como
perda, antes de ser adicionado a este o valor gasto com as peças novas. Como é difícil a determinação do valor
das peças antigas, estima-se que este corresponderá a uma fração do valor da peça nova, equivalente ao
percentual não depreciado do bem. Observe que este segundo procedimento, do ponto de vista da legislação
tributária, é mais favorável à empresa, pois há registro como custo ou despesa de uma parcela do gasto,
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diminuindo diretamente o resultado do exercício em que este foi incorrido, acarretando um imposto de renda
menor.
Contabilização:
D – Depreciação Acumulada
C – Veículos 16.000,00
D – Veículos
C – Caixa ou Bancos 6.400,00
Bens Não Relacionados com a Produção ou Comercialização - A partir de 01.01.96, é vedada a dedução na
base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido, bem como para fins de apuração do lucro real, dos
seguintes valores:
a) das contraprestações de arrendamento mercantil e do aluguel de bens móveis ou imóveis, exceto quando
relacionados intrinsecamente com a produção ou comercialização dos bens e serviços;
Contribuições e Doações
São indedutíveis as despesas com doações e contribuições não compulsórias, na apuração do lucro real e na
base de cálculo da contribuição social sobre o lucro
São dedutíveis,
dedutíveis os seguintes valores:
2) doações efetuadas:
a) a projetos culturais e artísticos;
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b) às instituições de ensino e pesquisa cuja criação tenha sido autorizada por lei federal, até o limite de um e
meio por cento do lucro operacional, antes de computada a sua dedução e a mencionada no item © e desde que
cumulativamente:
b.1 - comprove finalidade não-lucrativa;
b.2 - aplique seus excedentes financeiros em educação;
b.3 - assegure a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica, ou ao Poder Público, no
caso de encerramento de suas atividades;
c) a entidades civis, legalmente constituídas no Brasil, sem fins lucrativos, que prestem serviços gratuitos em
benefício de empregados da pessoa jurídica doadora, e respectivos dependentes, ou em benefício da
comunidade onde atuem, até o limite de dois por cento do lucro operacional, antes de computada a sua
dedução, desde que:
c.1 - a entidade civil beneficiária tenha sido reconhecida de utilidade pública por ato formal de órgão competente
da União, exceto quando se tratar de entidade que preste exclusivamente serviços gratuitos em benefício de
empregados da empresa doadora;
c.2 - as doações em dinheiro sejam feitas mediante crédito em conta corrente bancária diretamente em nome da
entidade beneficiária;
c.3 - a doadora mantenha em arquivo, à disposição da fiscalização, declaração segundo modelo aprovado pela
Secretaria da Receita Federal, fornecida pela entidade beneficiária, em que esta se compromete a aplicar
integralmente os recursos recebidos na realização de seus objetivos sociais, com identificação da pessoa física
responsável pelo seu cumprimento, e a não distribuir lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes,
mantenedores ou associados, sob nenhuma forma ou pretexto.
Aluguéis
a) a sócios ou dirigentes da empresa, seus parentes ou dependentes, na parcela que exceder ao preço de
mercado, ou pelo total, quando não corresponderem ao efetivo uso pela empresa, do bem locado;
c) que não decorram das atividades normais da empresa nem sejam necessárias à sua manutenção.
São também indedutíveis os aluguéis pagos a título de arrendamento mercantil, se contratado com o próprio
fabricante ou entre pessoas jurídicas direta ou indiretamente coligadas ou interdependentes.
Seguros
b) de diretor, gerente ou empregado não sócio, na proporção da parcela de indenização que couber a outrem, na
eventual ocorrência de sinistro.
Fretes e Carretos
Os dispêndios feitos a este título são indedutíveis quando não comprovados por documento hábil, como
conhecimento de transporte ou recibo do transportador.
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embalagens, estes integram o custo de aquisição não devendo ser contabilizado em separado.
Despesas de Viagens
São indedutíveis as despesas de viagens e as diárias não comprovadas ou não vinculadas à atividade da
empresa, bem como as que abrangerem dependentes de diretores ou empregados.
a) não forem de valores razoáveis, tanto em relação aos preços vigentes no local da prestação do serviço,
quanto em relação à estrutura de cargos e salários da empresa;
b) visarem indenizar gastos com pessoas sem vínculo empregatício com a empresa;
c) excederem aos efetivos gastos com transporte, alimentação, pousada e correlatos, no local da prestação do
serviço eventual e temporário;
d) não puderem ser habilmente comprovados com o bilhete de passagem (deslocamento), nota fiscal de serviços
(refeições) e recibo do estabelecimento hoteleiro (pernoite);
e) não constarem de relatórios internos da empresa, demonstrando os valores pagos a cada empregado a esse
título.
Também são indedutíveis tais despesas quando relativas a períodos de férias ou a viagem de funcionário que se
transfere definitivamente para outro estabelecimento da empresa.
Propaganda
a) não relacionadas com a atividade da empresa nem destinadas à captação de recursos para aumento de
capital;
a) propaganda, publicidade, anúncios e publicações, no País e no Exterior, pagos ou creditados a pessoa física
(assalariados ou autônomos) a empresas jornalísticas, de radiodifusão, televisão, inclusive sob a modalidade de
merchandising;
b) arranjos de vitrines e decorações especiais, inclusive em áreas externas, pagos ou creditados nas condições
indicadas na letra ä”acima;
f) gastos com a promoção de produtos, participação em feiras e exposições, e com a manutenção de filiais e
escritórios;
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Salários
Comissões e Corretagens
Desfalques
São indedutíveis os prejuízos por desfalques, apropriação indébita ou furto, quando provocados por:
a) sócio;
b) empregados ou terceiros, se não houver inquérito trabalhista ou queixa-crime policial.
Para fins de apuração lucro real, bem como da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro, é vedada a
dedução de despesas com a alimentação de sócios, acionistas e administradores. Quando fornecida
indistintamente a todos empregados poderão ser dedutíveis. A dedutibilidade aplica-se inclusive, às cestas
básicas de alimentos fornecidas pela empresa, indistintamente, a todos empregados, e independente da
existência de Programa de Alimentação do Trabalhador.
As perdas no recebimento de créditos decorrentes das atividades da pessoa jurídica poderão ser deduzidas
como despesas, para determinação do lucro real. (Art. 9°. da Lei 9.430/96)-.
I - em relação aos quais tenha havido a declaração de insolvência do devedor, em sentença emanada do Poder
Judiciário;
a) até R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por operação, vencidos há mais de seis meses, independentemente de
iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento;
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b) acima de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) até R$ 30.000,00 (trinta mil reais), por operação, vencidos há mais de
um ano, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento, porém, mantida a
cobrança administrativa;
c) superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), vencidos há mais de um ano, desde que iniciados e mantidos os
procedimentos judiciais para o seu recebimento.
III - com garantia, vencidos há mais de dois anos, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais
para o seu recebimento ou o arresto das garantias;
IV - contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica declarada concordatária, relativamente à parcela que
exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar, observado o disposto no parágrafo 5°.
No caso de contrato de crédito em que o não pagamento de uma ou mais parcela implique o vencimento
automático de todas as demais parcelas vincendas, os limites a que se referem as alíneas ä”e “b”do inciso II
serão considerados em relação ao total dos créditos, por operação, com o mesmo devedor.
Considera-se crédito garantido o proveniente de vendas com reserva de domínio, de alienação fiduciária em
garantia ou de operações com outras garantias reais.
No caso de crédito com empresa em processo falimentar ou de concordata, a dedução da perda será admitida a
partir da data da decretação da falência ou da concessão da concordata, desde que a credora tenha adotado os
procedimentos judiciais necessários ao recebimento do crédito. A parcela do crédito cujo compromisso de pagar
não houver sido honrado pela empresa concordatária poderá, também, ser deduzida como perda.
Não será admitida a dedução de perda no recebimento de créditos com pessoa jurídica que seja controladora,
controlada, coligada ou interligada, bem como com pessoa física que seja acionista controlador, sócio, titular ou
administrador, da pessoa jurídica credora, ou parente até o terceiro grau dessas pessoas físicas.
O Art. 9º. da Lei nº. 9.249/95 autoriza as empresas tributadas pelo real a contabilizar como despesas os juros
s/capital próprio.
Os juros são dedutíveis na apuração do lucro real, desde que não ultrapassem a 50% de um dos seguintes
valores:
a) do lucro líquido correspondente ao período-base do pagamento ou crédito dos juros, antes da provisão para o
Imposto de Renda e da dedução dos referidos juros; ou
O efetivo pagamento ou crédito dos juros fica condicionado à existência de lucros, computados antes da
dedução dos juros, ou de lucros acumulados e reservas de lucros, em montante igual ou superior ao valor de
duas vezes os juros a serem pagos ou creditados.
Os juros ficarão sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte à alíquota de 15%, na data do pagamento ou
crédito ao beneficiário, o qual deve ser recolhido (pago) até o terceiro dia útil da semana subseqüente à do
pagamento ou crédito dos juros.
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No caso de beneficiário pessoa jurídica tributada com base no lucro real, o imposto retido poderá ainda ser
compensado com o retido por ocasião do pagamento ou crédito de juros, a título de remuneração de capital
próprio, a seu titular, sócios ou acionistas.
Para fins da remuneração, não será considerado como integrante do patrimônio líquido, o valor:
da reserva de reavaliação de bens e direitos da pessoa jurídica;
da reserva especial de correção monetária dos bens Ativo Permanente;
da reserva de reavaliação de bens imóveis e de patentes, capitalizada nos termos do art. 436 do RIR/99, em
relação às parcelas não realizadas;
ajustes de avaliação patrimonial
atenção: poderão ser computados no cálculo dos juros, as parcelas das reservas mencionadas, que forem adicionadas ao
lucro líquido (para fins de apuração do lucro real) e à base de cálculo da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido.
Caso os juros sobre o Capital Próprio sejam creditados aos sócios e acionistas em vez de pagos e houver algum
tipo de remuneração no período entre a data do crédito e a do efetivo pagamento (juros sobre juros), essa
remuneração é equiparada a uma aplicação financeira de renda fixa e sobre seu valor incide imposto de renda
na fonte à alíquota de 20% (Lei 9.779, de 19-01-1999, art. 5º e Instrução Normativa SRF nº. 12, de 10-02-1999,
art. 1º.).
(*) Incorporada Reserva de Reavaliação de bens imóveis (parcela não realizada e controlada na parte B do
LALUR: R$ 40.000,00)
(**) No saldo desta conta, não está incorporado o Resultado do Exercício de 31-12-2008, equivalente a R$
800.000,00, antes da provisão para o Imposto de Renda e da dedução dos juros sobre o capital próprio.
Contabilização:
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Observações:
2) O efetivo pagamento ou crédito dos juros é condicionado à existência de lucros, computados antes da
dedução dos juros, ou de lucros acumulados e reservas de lucros, em montante igual ou superior ao valor de
duas vezes os juros a serem pagos ou creditados.
3) O valor dos juros pagos ou creditados pela pessoa jurídica, a título de remuneração do capital próprio, poderá
ser imputado ao valor dos dividendos de que trata o art. 202 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, sem
prejuízo da incidência do imposto de renda na fonte quando do pagamento ou crédito.
4) Aos juros e outros encargos pagos ou creditados pela pessoa jurídica a seus sócios ou acionistas, calculados
sobre os juros remuneratórios do capital próprio e sobre os lucros e dividendos por ela distribuídos, aplicam-se
as normas referentes aos rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa, inclusive quanto ao informe de
rendimentos a ser fornecido pela pessoa jurídica.
ISENÇÃO E NÃO-INCIDÊNCIA
A incidência do imposto de renda na fonte sobre os juros remuneratórios do capital próprio não se aplica à
parcela correspondente à pessoa jurídica imune, mesmo na hipótese referida no § 9º do art. 9º da Lei nº 9.249,
de 1995, revogado pelo art. 88 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996. O pedido de restituição ou de
compensação do imposto, no caso de retenção indevida, somente poderá ser formulado pela entidade imune.
RESPONSABILIDADE/RECOLHIMENTO
PRAZO DE RECOLHIMENTO
Até o terceiro dia útil da semana subseqüente à do pagamento ou crédito dos juros remuneratórios.
Tributos e Contribuições
Os impostos pagos pela empresa na aquisição de bens do ativo permanente poderão, a seu critério, ser
registrados como custo de aquisição ou deduzidos como despesa operacional.
Esta opção não é válida para os impostos pagos na importação de bens, que deverão ser sempre contabilizados
como custo de aquisição.
Multas
a) de natureza contratual,
contratual como as decorrentes do não cumprimento de obrigação assumida em compra e venda
mercantil, as estipuladas por atraso no pagamento de aluguel, etc.;
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b) de natureza fiscal (isto é decorrentes de infrações à legislação de impostos, taxas e contribuições parafiscais),
de que não resulte falta ou insuficiência de pagamento de tributo. Ex.: multa por não ser feita a declaração anual
de movimento econômico no prazo regulamentar;
c) de natureza fiscal quando forem compensatórias (isto é, quando guardarem equivalência com a lesão
provocada e não forem excluídas pela denúncia espontânea). Ex.: multa por atraso no recolhimento de tributo;
d) de natureza fiscal,
fiscal quando decorrerem de falta ou insuficiência do pagamento de tributos ou forem punitivas
(isto é, multas ëx-offício”, em que o arrependimento oportuno e formal da infração teria feito cessar a punição da
empresa). Ex.: multa fixada em auto de infração, multa em lançamento suplementar decorrente de revisão de
declaração de imposto de renda;
e) de natureza não fiscal,
fiscal porém impostas para punir inobservância de preceitos de ordem pública. Ex.: multas
de trânsito, do Procon, do Ibama, etc.;
O Art. 88, XIII, da Lei nº. 9.430/96 revogou os art. 29 e 30 do Decreto-lei nº. 2.341/87 que fixam os limites de
dedutibilidade, respectivamente, das remunerações dos administradores e dos conselheiros fiscais ou
consultivos das empresas. A revogação se justifica por dois motivos, primeiro porque a distribuição de lucros tem
isenção do imposto de renda na fonte e na declaração do beneficiário. O segundo motivo é que sobre a
remuneração dos administradores incide a contribuição previdenciária de 20%.
As despesas não contabilizadas no período de competência em que a empresa apurou Imposto de Renda e
Contribuição Social podem ser contabilizadas e deduzidas no período seguinte, até o limite do lucro do exercício
anterior. Isso, porque a empresa estaria apenas postergando a despesa.
A multa e juros de mora ocorrem apenas quando há postergação do recolhimento do imposto, quando uma
despesa é lançada em um período posterior, há uma postergação de despesa, como conseqüência uma
antecipação do imposto, não cabendo nesta situação recolhimento de multas, juros e etc.
A empresa deve ficar atenta para contabilizar a despesa até o limite do lucro de competência, pois
contabilizando mais despesas do que o lucro tributável do período da despesa, inicia-se uma compensação
indevida de prejuízo fiscal, ficando sujeito ao pagamento de multa, juros de mora e diferença de imposto.
Quando a empresa contabiliza despesas relativas a exercícios anteriores, nos quais apurou prejuízos, está
limitada à compensação do prejuízo em 30% do lucro apurado. Desta forma, o fisco pode limitar a compensação
do prejuízo e tornar indedutível a despesa, que é de exercício anterior, em 70%.
Se a empresa não optar em correr risco, é aconselhável apropriar as despesas no período de competência,
alterando a contabilidade bem como a DIPJ, compensando o prejuízo com lucros futuros, observando a limitação
do 30%. Uma forma de minimizar o prejuízo e a tributação em exercícios seguintes, se faz verificando a
possibilidade contabilizar receitas pelo período de competência , que estão contabilizados no período seguinte,
como exemplo: atualização SELIC, atualização de clientes em atraso, apropriação de receitas líquidas e certas
e ainda não faturadas tipo serviços e fretes a faturar.
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PROVISÕES
A entidade deve ajustar os valores reconhecidos em suas demonstrações contábeis para que reflitam os eventos
subsequentes que evidenciem condições que já existiam na data final do período contábil a que se referem as
demonstrações contábeis.
A seguir são apresentados exemplos de eventos subsequentes ao período contábil a que se referem as
demonstrações contábeis que exigem que a entidade ajuste os valores reconhecidos em suas demonstrações
ou reconheça itens que não tenham sido previamente reconhecidos:
a) Decisão ou pagamento em processo judicial após o final do período contábil a que se referem as
demonstrações contábeis, confirmando que a entidade já tinha a obrigação presente ao final daquele período
contábil. A entidade deve ajustar qualquer provisão relacionada ao processo anteriormente reconhecida;
b) Obtenção de informação após o período contábil a que se referem as demonstrações contábeis, indicando
que um ativo estava desvalorizado ao final daquele período contábil ou que o montante da perda por
desvalorização previamente reconhecida em relação àquele ativo precisa ser ajustada. Por exemplo:
(i) falência de cliente ocorrida após o período contábil a que se referem as demonstrações contábeis
normalmente confirma que já existia um prejuízo na conta a receber ao final daquele período, e que a
entidade precisa ajustar o valor contábil da conta a receber; e
(ii) venda de estoque após o período contábil a que se referem as demonstrações contábeis pode
proporcionar evidência sobre o valor de realização líquido desses estoques ao final daquele período;
(c) determinação, após o período contábil a que se referem as demonstrações contábeis, do custo de ativos
comprados ou do valor de ativos recebidos em troca de ativos vendidos antes do final daquele período;
(d) determinação, após o período contábil a que se referem as demonstrações contábeis, do valor referente ao
pagamento de participação nos lucros ou referente às gratificações, no caso de a entidade ter, ao final do
período a que se referem as demonstrações, uma obrigação presente legal ou construtiva de fazer tais
pagamentos em decorrência de eventos ocorridos antes daquela data; e
(e) descoberta de fraude ou erros que mostram que as demonstrações contábeis estavam incorretas.
Pressuposto da Continuidade
A entidade não deve elaborar suas demonstrações contábeis com base no pressuposto de continuidade se sua
administração determinar após o período contábil a que se referem as demonstrações contábeis que pretende
liquidar a entidade, ou deixar de operar ou que não tem alternativa realista senão fazê-lo.
A deterioração dos resultados operacionais e da situação financeira após o período contábil a que se referem as
demonstrações contábeis pode indicar a necessidade de considerar se o pressuposto da continuidade ainda é
apropriado.
Se o pressuposto da continuidade não for mais apropriado, o efeito é tão profundo que este Pronunciamento
requer uma mudança fundamental nos critérios contábeis adotados, em vez de apenas um ajuste dos valores
reconhecidos pelos critérios originais.
A seguir, estão relacionados exemplos de eventos subsequentes ao período contábil a que se referem as
demonstrações contábeis que não originam ajustes, os quais normalmente resultam em divulgação:
(a) combinação de negócios importante após o período contábil a que se referem as demonstrações contábeis
ou a alienação de uma subsidiária importante;
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(c) compras importantes de ativos, classificação de ativos como mantidos para venda, outras alienações de
ativos ou desapropriações de ativos importantes pelo governo;
(d) destruição por incêndio de instalação de produção importante após o período contábil a que se referem as
demonstrações contábeis;
(f) transações importantes, efetivas e potenciais, envolvendo ações ordinárias subsequentes ao período contábil
a que se referem as demonstrações contábeis;
(g) alterações extraordinariamente grandes nos preços dos ativos ou nas taxas de câmbio após o período
contábil a que se referem as demonstrações contábeis;
(h) alterações nas alíquotas de impostos ou na legislação tributária, promulgadas ou anunciadas após o período
contábil a que se referem as demonstrações contábeis que tenham efeito significativo sobre os ativos e passivos
fiscais correntes e diferidos;
(i) assunção de compromissos ou de contingência passiva significativa, por exemplo, por meio da concessão de
garantias significativas;
(j) início de litígio importante, proveniente exclusivamente de eventos que aconteceram após o período contábil a
que se referem as demonstrações contábeis.
Para efeitos fiscais, a provisão consiste na constituição de uma conta cuja contrapartida poderá ser computada
na apuração do lucro real, na qual são registrados valores com objetivo de apropriar no resultado de um período
de apuração, segundo o regime de competência, custos ou despesas que provável ou certamente ocorrerão no
futuro.
Quando a provisão constituída não chegar a ser utilizada ou for utilizada só parcialmente, o seu saldo, por
ocasião da apuração dos resultados do período de apuração seguinte, deverá ser revertido a crédito de
resultado desse período de apuração e, se for o caso, constituída nova provisão para vigorar durante o período
de apuração subseqüente.
Na determinação do lucro real somente poderão ser deduzidas as provisões expressamente autorizadas pela
legislação tributária (RIR/99, art. 335).
A partir de 01/01/96, a legislação do imposto de renda somente autoriza a constituição, como custo ou despesa
operacional, das seguintes provisões (Lei nº 9.249/95, art. 13, I) (RIR/99, art. 335):
III - provisões técnicas das companhias de seguro e de capitalização, bem como das entidades de previdência
privada, cuja constituição é exigida em lei especial a elas aplicável (RIR/99 art. 336);
A pessoa jurídica ainda poderá constituir contabilmente as provisões que não se encontrem expressamente
previstas como dedutíveis para fins da legislação do imposto de renda, e entenda serem necessárias à sua
atividade ou aos seus interesses sociais. Todavia, na hipótese de a provisão constituída na contabilidade ser
considerada indedutível para fins da legislação do imposto de renda, a pessoa jurídica deverá fazer, no LALUR,
parte A, a adição do respectivo valor ao lucro líquido do período, para a apuração do lucro real. No período
seguinte, a provisão deverá ser revertida e excluída do lucro líquido para apuração do lucro real.
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a) PROVISÃO DE FÉRIAS
A provisão de férias é dedutível como custo ou despesa operacional, na apuração do Lucro Real (tanto para o
IRPJ como para a CSSL), conforme artigo 337 do RIR/99.
O limite do saldo da provisão será determinado com base na remuneração mensal do empregado e no número
de dias de férias a que já tiver direito na época do encerramento do período de apuração. As importâncias
pagas serão debitadas à provisão, até o limite do valor provisionado.
A provisão contempla a inclusão dos gastos incorridos com a remuneração de férias proporcionais e dos encargos sociais,
cujo ônus cabe à empresa.
A provisão de 13º Salário é dedutível como custo ou despesa operacional, na apuração do Lucro Real (tanto
para o IRPJ como para a CSSL). O valor a ser provisionado corresponderá ao valor resultante da multiplicação
de um doze avos da remuneração, acrescido dos encargos sociais, cujo ônus cabe à empresa, pelo número de
meses relativos ao período de apuração.
Por lei o 13º salário deve ser pago até o dia 20 de dezembro de cada ano, então dificilmente estará provisionado
nos saldos do balanço de 31 de dezembro, exceto quando não pago no período determinado pela Lei. No
entanto, o lançamento contábil mês a mês da provisão do 13º Salário e dos encargos evitará que a empresa
antecipe IRPJ e CSSL indevidamente, podendo a empresa reduzir e suspender o pagamento dos tributos em
um determinado mês, pelo balancete de redução ou suspensão. Diferença significativa terá a empresa que optou
pelo lucro real trimestral.
A empresa que adota a participação dos trabalhadores nos lucros, quando distribuída de acordo com a Lei
10.101/2000, não se sujeita á incidência de INSS e FGTS ou qualquer outra verba trabalhista.
Outro detalhe é que a pessoa jurídica poderá deduzir como despesa operacional as participações atribuídas aos
empregados nos lucros ou resultados, dentro do próprio exercício de sua constituição. Não há necessidade que
a participação esteja “paga” para que seja dedutível, podendo ser contabilizada nos balancetes ou balanço,
segundo o regime de competência.
A Provisão para Devedores Duvidosos é a mais comum das provisões do ativo. De suma importância para as
empresas comerciais, devido a inevitável inadimplência de parte de seus clientes, a Provisão para Devedores
Duvidosos contabilmente deve ser constituída com base em procedimento que reflitam verdadeiramente as
perdas esperadas. Para tanto, faz-se necessário a consideração dos fatores de risco conhecidos a fim de
estimar as perdas com contas a receber.
A Provisão para Devedores Duvidosos é conta do Ativo, possuindo natureza retificadora, uma vez que retifica a
conta Clientes ou Duplicatas a Receber, como fim de apresentar o valor líquido provável de realização dos
créditos em andamento. É debitada pela baixa dos títulos considerados incobráveis, em contrapartida à conta
Clientes.
A conta Provisão para Devedores Duvidosos é creditada pelo valor da provisão constituída, em contrapartida a
uma conta própria do Resultado do Exercício, classificada no grupo das Despesas Operacionais e comumente
denominada Despesas com Devedores Duvidosos.
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Até 1996, eram dedutíveis como despesa, para fins de apuração do lucro real, as importâncias necessárias à
formação de provisão para créditos de liquidação duvidosa. Entretanto, desde o ano de 1997, a sistemática de
provisão constituída com base em percentual aplicável sobre o total dos créditos a receber foi substituída pelo
regime de dedução direta de perdas ocorridas no recebimento de créditos, conforme o disposto na Lei nº
9.430/96, arts. 9º a 14.
PERDAS DEDUTÍVEIS
Para efeito de apuração do lucro real, poderão ser registrados como perda os seguintes créditos:
a) até R$ 5.000,00, por operação, vencidos há mais de seis meses, independentemente de iniciados os
procedimentos judiciais para o seu recebimento;
b) acima de R$ 5.000,00 até 30.000,00, por operação, vencidos há mais de um ano, independentemente de
iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento, porém mantida a cobrança administrativa;
c) superior a R$ 30.000,00, vencidos há mais de um ano, desde que iniciados e mantidos os procedimentos
judiciais para o seu recebimento;
III. com garantia (proveniente de vendas com reserva de domínio, de alienação fiduciária em garantia ou de
operações com outras garantias reais, tais como o penhor de bens móveis e a hipoteca de bens), vencidos há
mais de dois anos, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o
arresto das garantias;
IV. contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica declarada concordatária, relativamente à parcela que
exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar.
Os registros contábeis das perdas admitidas mencionadas acima serão efetuados debitando-se a conta de
resultado e creditando-se:
a) A conta que registra o crédito, em cada de créditos sem garantia de valor até R$ 5.000,00, por operação,
vencidos há mais de seis meses;
b) Conta redutora de créditos nos demais casos (itens I, II-b, II-c, III e IV).
Exemplos:
Ex.01: Um crédito valor de R$ 3.600,00, sem garantia, correspondente a uma duplicata vencida há mais de seis
meses, apresentará o seguinte lançamento:
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CRÉDITOS RECUPERADOS
O total dos créditos deduzidos que tenham sido recuperados, em qualquer época e a qualquer título, deverá ser
computado na determinação do lucro real.
A recuperação do crédito que tenha sido anteriormente contabilizado como perda implica o seu reconhecimento
contábil a crédito de conta de resultado.
Exemplos:
Ex.01: Se o crédito de R$ 3.600,00, que foi baixado na conta de duplicatas a receber, vier a ser recebido, o será
feito o seguinte lançamento:
Ex.02: Se o crédito de R$ 9.200,00, que foi registrado em conta retificadora da conta duplicatas a receber, vier a
ser recuperado, serão feitos os seguintes lançamentos contábeis:
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O imposto tem sua competência distribuída entre os três níveis do governo: União, Estados — incluindo o
Distrito Federal e municípios.
As pessoas jurídicas com fins lucrativos estão sujeitas ao pagamento do imposto de renda por um dos seguintes
regimes:
Lucro Real;
Lucro Presumido;
Lucro Arbitrado e
Simples
Os contribuintes fazem a opção pelo regime de tributação ao qual estarão sujeitos. Uma opção inadequada pode
acarretar muitas perdas desnecessárias, que em alguns casos acabam comprometendo o patrimônio das
empresas.
A partir da vigência do art.16 da Lei nº 7.450/85, todas as pessoas jurídicas são obrigadas a apurar anualmente
os lucros sujeitos à tributação, observando o período base de 1º de janeiro a 31 de dezembro.
Para as pessoas jurídicas que apuram o lucro real, o fato gerador ocorre mensalmente e não mais no
encerramento do ano calendário. A Lei nº 9430/96 substituiu a apuração mensal pela trimestral.
A base de cálculo do Imposto de Renda é o montante real, arbitrado ou presumido da renda e dos proventos
tributáveis (art.44 CTN).
Para as pessoas Jurídicas a ocorrência do fato gerador se dá através da obtenção de lucros em suas operações,
sejam elas industriais, mercantis ou prestadoras de serviços. Os acréscimos patrimoniais decorrentes de
receitas não operacionais (ganhos de capital) também são considerados fatos geradores.
Cabe salientar que os acréscimos patrimoniais oriundos da aplicação de recursos por parte dos sócios para
aumento do capital social não são tidos como tributáveis, pois são recursos aplicados para consecução dos
objetivos sociais, recursos estes que posteriormente irão produzir renda e proventos tributáveis.
As pessoas jurídicas em sua relação obrigacional relativa ao imposto de renda podem assumir duas condições:
Contribuinte e Responsável. Como contribuintes estão sujeitos ao pagamento do imposto de renda através de
uma das formas de tributação existentes: Lucro Real, Lucro Presumido, SIMPLES ou Lucro Arbitrado. Como
responsável estão sujeitas ao recolhimento do imposto de renda retido de terceiros.
As retenções podem ser efetuadas tanto de pessoas físicas como das pessoas jurídicas. Como exemplos de
retenções efetuadas de pessoas jurídicas podemos citar diversas atividades de prestação de serviços que estão
sujeitas a tal retenção: Contabilidade, Advocacia, Economia, Auditoria, Consultoria, Engenharia, Medicina, etc.
As pessoas jurídicas sujeitas à retenção, ao emitirem suas notas fiscais deduzem o valor do Imposto Retido na
Fonte, (normalmente 1,5% do valor da nota fiscal) recebendo o valor líquido da Nota. Tal imposto retido por ser
uma antecipação poderá ser compensado no momento do cálculo do imposto de renda definitivo a ser pago.
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O imposto de renda a ser provisionado é normalmente apurado com base num cálculo estimado, que poderá ter
pequenas diferenças com o que finalmente será declarado e pago no período seguinte. Tal diferença deve ser
ajustada contra os resultados desse período seguinte e, em princípio, não deve ser lançada contra a conta de
Lucros Acumulados, a não ser que a provisão tenha sido constituída por um valor substancialmente maior ou
menor que o efetivamente devido, por um erro de interpretação ou de cálculo, erro esse que a empresa tinha
condições de evitar à época, mas que acabou constatado e corrigido na preparação da declaração da
declaração do imposto de renda, ou mesmo posteriormente.
Nessa circunstancia, tal ajuste representa retificação de erro imputável ao exercício anterior e que não pode ser
atribuído a fatos subseqüentes, representando um Ajuste de Exercícios Anteriores a ser lançado na conta Lucros
Acumulados, nos termos do § 1º do art.186 da Lei nº 6.404/76. Mas erros normais não constituem tais ajustes e,
por isso, são sempre lançados no resultado do exercício seguinte.
Cada pessoa jurídica, com sede no País, constitui um único contribuinte do imposto de renda, devendo
centralizar a contabilidade dos estabelecimentos subordinados, qualquer que seja o número dele, ou incorporar
os resultados apurados pelos mesmos, no caso de opção pela escrituração descentralizada, apresentando uma
única declaração de rendimentos.
Qualquer que seja a forma de apuração dos resultados sujeitos à tributação, real, presumido ou arbitrado, as
pessoas jurídicas deverão apresentar, anualmente, a declaração de rendimentos compreendendo o resultado
das operações do período 1º de janeiro a 31 de dezembro.
O período de apuração do resultado tributável difere de acordo com a opção exercida. As pessoas jurídicas
obrigatoriamente sujeitas à tributação pelo lucro real ou que optarem por essa forma de tributação poderão
pagar o imposto de renda com base no lucro real apurado trimestralmente ou com base no valor estimado
mensalmente, com apuração de resultado anual (Leis nº 8.891/95e 9.430/96).
As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido pagam, trimestralmente, o imposto de renda, mas
o período-base de declaração é a cada trimestre. Os procedimentos para apuração dos lucros e pagamento do
imposto foram alterados com base nos mencionados dispositivos da Lei nº 9.718/98 e na legislação anterior
mantida pelas Leis nº 8.981/95 e 9430/96.
Previsão legal - de acordo com o § 1º do art. 274 do RIR/99, as pessoas jurídicas submetidas à tributação com
base no lucro real deverão apurar o lucro líquido de cada período de apuração com observância das disposições
da Lei nº 6.404/76 (Lei das S/A), o qual será, no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), ajustado pelas
adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação do Imposto de Renda para a
determinação do lucro real.
A Lei das S/A determina, em seu art.177, que os resultados devem ser apurados com observância do regime de
competência, que significa computar todas as receitas auferidas no período, ainda que não efetivamente
recebidas, e todos os custos e despesas incorridos no mesmo período, ainda que não efetivamente pagos.
O regime de competência costuma ser definido como aquele em que as receitas são computadas a partir do
momento em que nasce o direito de recebê-las e as despesas são computadas a partir do momento em que
surge a obrigação de pagá-las. Contrapõe-se, assim, ao regime de caixa, no qual as receitas e as despesas
somente são computadas quando efetivamente recebidas ou pagas respectivamente.
Importa observar que, no tocante às receitas, a simples aquisição do direito de recebê-las impõe o seu
reconhecimento na apuração do resultado, do lado das despesas, nem sempre o seu pagamento ou o
nascimento da obrigação de pagá-las autoriza o seu reconhecimento em conta de resultado.
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Estão obrigadas a apurar o lucro real, conforme art. 14 da Lei 9.718/98, as seguintes empresas:
a) cuja receita total, no ano calendário anterior, seja superior a R$ 48.000.000,00, ou proporcional ao número de
meses do período, quando inferior a doze meses;
b) cujas atividades sejam de instituições financeiras ou equiparadas;
c) que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
d) que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do
imposto;
e) que, no decorrer do ano calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, inclusive
mediante balanço ou balancete de suspensão ou redução do imposto;
f) cuja atividade seja de “factoring”.
As demais empresas que não se enquadrarem em nenhuma das situações acima previstas podem optar pelo
lucro presumido, caso for a melhor alternativa.
Limitação da compensação do prejuízo fiscal e da base negativa da CSSL – lucro real trimestral ou anual
A partir de 01/janeiro/1996, a compensação do prejuízo fiscal (IRPJ) e da base negativa da contribuição social
sobre o lucro está limitada a 30% do lucro do exercício após adições e exclusões do lucro real. Assim se a
empresa teve prejuízos em anos anteriores de R$ 150.000,00 e no ano apurou lucro de R$ 110.000,00, poderá
compensar apenas 30% do lucro, deste ano, ou seja compensa apenas R$ 33.000,00 do prejuízo fiscal
anterior, devendo pagar IRPJ e CSSL sobre R$ 77.000,00 (110.000,00 - 33.000,00).
A empresa que optar por esse regime de lucro real deverá a cada trimestre do ano (31/mar., 30/jun., 30/set. e
31/dez.) levantar balanço acumulado no período trimestral e definitivamente apurar o Imposto de Renda e a
Contribuição Social.
Estatisticamente a opção pelo lucro real trimestral é a menos vantajosa devido ao fato de que empresa fica
limitada em compensar os prejuízos fiscais dentro do próprio ano em 30% do seu lucro. Exemplo:
No 4º Trimestre a empresa poderá compensar somente R$ 120.000,00 (30% de R$ 400.000,00 - lucro), ficando,
assim, um lucro tributável de R$ 280.000,00 (400.000,00 – 120.000,00), incidindo sobre esse valor o Imposto
de Renda + Adicional e a Contribuição Social sobre o Lucro, totalizando um desembolso R$ 89.200,00 (9%
CSSL + 25% IRPJ –6.000,00 (limite isenção adicional IRPJ)).
Porém, se a opção fosse pelo lucro real ANUAL a compensação do prejuízo dentro do próprio ano seria
automática, pois pelo lucro real anual o resultado é apurado acumuladamente dentro do exercício (janeiro a
dezembro), sendo o resultado tributável do ano calendário igual a zero, inexistindo o pagamento de IRPJ e
CSSL.
O único benefício que o Lucro Real Trimestral em relação ao Lucro Real Anual proporciona é quando a empresa
tem lucro em todos os trimestres do ano, assim paga o imposto de renda e a contribuição social a cada trimestre
e tem a opção em dividi-los em 03 quotas iguais, sendo cada quota superior a R$ 1.000,00, acrescidas pela
variação da SELIC (art. 5º da Lei 9.430/96). Porém é muito arriscado prever que a empresa terá lucro fiscal em
todos os trimestres do exercício.
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O lucro Real Anual será apurado no período compreendido de janeiro a dezembro de cada ano, sendo que a
empresa terá que pagar, MENSALMENTE, o imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro calculado
por estimativa com base na Receita Bruta ou em Balanços/ Balancetes de suspensão ou redução, conforme
descrito abaixo:
Com base no resultado do somatório de um percentual aplicado sobre a receita bruta do mês, acrescidos do
ganho de capital e demais receitas. Os percentuais aplicáveis sobre a receita bruta variam de acordo com a
atividade da pessoa jurídica e constam no artigo 15 da Lei nº 9.249/95:
A base de cálculo do imposto, em cada mês, é determinada mediante a aplicação dos seguintes percentuais:
Observação:
1) No caso de atividades diversificadas é aplicado o percentual correspondente sobre a receita proveniente de cada
atividade.
2) As sociedades cooperativas de consumo, bem como as demais quanto aos atos não cooperados, utilizam os percentuais
de acordo com a natureza de suas atividades.
As pessoas jurídicas exclusivamente prestadoras de serviços em geral mencionadas nas alíneas "d.2" a "d.6"
retro, cuja receita bruta anual seja de até R$120.000,00, podem utilizar, para determinação da base de cálculo
do imposto de renda mensal, o percentual de 16% (dezesseis por cento).
Se a receita bruta anual acumulada até determinado mês do ano-calendário exceder o limite anual de
R$120.000,00 (cento e vinte mil reais), a pessoa jurídica deve determinar nova base de cálculo do imposto com
a aplicação do percentual de 32% (trinta e dois por cento) e apurar a diferença do imposto postergado em cada
mês transcorrido, no mês em que foi excedido o limite.
São acrescidos à base de cálculo, no mês em que forem auferidos, os ganhos de capital, as demais receitas e
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a) os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas jurídicas controladoras,
controladas, coligadas ou interligadas;
d) a receita de locação de imóvel, quando este não for o objeto social da pessoa jurídica, deduzida dos encargos
necessários à sua percepção;
e) os juros equivalentes à taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), para títulos federais,
acumulada mensalmente, relativos a impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados;
g) a diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de instituição isenta, a título de
devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos que tenha sido entregue para a
formação do referido patrimônio (Lei nº 9.532, de 1997, art. 17, § 3º, e 81, II);
Observação:
As variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função da taxa de câmbio, serão
consideradas, para efeito de determinação da base de cálculo quando da liquidação da correspondente operação. À opção
da pessoa jurídica, as variações monetárias poderão ser consideradas na determinação da base de cálculo pelo regime de
competência, sendo que a opção aplica-se a todo ano-calendário. (MP n° 1.858-10, de 1999, art. 30 e reedições)l.
a) os rendimentos e ganhos líquidos produzidos por aplicação financeira de renda fixa e variável, inclusive:
a.1) a diferença positiva entre o valor do resgate, líquido do IOF, e o valor de aquisição de quotas de fundos de
investimento, clube de investimentos e outros da espécie – renda fixa;
a.2) o rendimento auferido em operações de mútuo e de compra vinculada à revenda, no mercado secundário,
tendo por objeto ouro, ativo financeiro;
a.3) o rendimento auferido no resgate de quotas de fundo de investimento, clube de investimento e outros fundos
da espécie – renda variável;
a.4) os rendimentos auferidos em operações de swap;
Observação:
Os rendimentos e ganhos líquidos produzidos por aplicações financeiras de renda fixa e variável são considerados na
determinação da base de cálculo do imposto de renda mensal quando não houverem sido submetidos à incidência na fonte
ou ao recolhimento mensal obrigatório. (arts. 65 a 75 da Lei nº 8.981, de 1995; arts. 35 e 28, § 9º, da Lei nº 9.532, de 1997).
b) as recuperações de créditos que não representem ingressos de novas receitas;
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patrimonial;
Observação:
Para efeito de determinar a base de cálculo mensal estimada do imposto de renda, as emissoras de rádio e televisão,
obrigadas à divulgação gratuita de propaganda partidária podem deduzir 0,8 do resultado da multiplicação do preço do
espaço comercializável pelo tempo efetivamente utilizado pela emissora em programação destinada a publicidade
comercial, no período de duração daquela propaganda, conforme regulamentação do Poder Executivo.
1 - demais receitas:
receitas
janeiro R$ 60.000,00 de receita de aplicação financeira (tributado na fonte)
fevereiro R$ 30.000,00 juros de mora sobre duplicatas recebidas em atraso;
março R$ 80.000,00 de receita de aplicação financeira (tributado na fonte)
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A empresa poderá também reduzir ou suspender o pagamento do Imposto de Renda e da Contribuição Social
de cada mês, desde que demonstre, através de balanços ou balancetes mensais, que o valor acumulado já pago
excede o valor do imposto, inclusive adicional ( art. 2º da Lei 9430/96) da seguinte forma:
b.1) Redução
A redução ocorre quando a empresa, em um determinado mês, demonstra que o valor apurado do imposto
menos o valor já pago durante o período acumulado é inferior ao cálculo pela estimativa como base na receita.
Exemplo:
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-Valor do Imposto devido com base nos percentuais aplicado sobre a Receita no mês de junho= R$ 30.000,00
-Valor do Imposto apurado com base no balancete acumulado de jan a jun= R$40.000,00
-Valor do imposto pago, retido ou compensado de jan a jun = R$ 25.000,000
-Saldo a pagar no mês de junho (40.000,00- 25.000,00) = R$ 15.000,00.
-Se a optar pelo balancete de redução haverá um desembolso de apenas R$ 15.000,00, ao invés de R$
30.000,00.
No mês de junho, a forma mais viável é a opção pelo pagamento com base no balancete de redução de janeiro a
junho, apesar de apurar 40.000,00 de imposto, deve ainda ser deduzido os impostos já pagos, retidos ou
compensados nos respectivos meses (25.000,00), restando saldo a pagar de apenas R$ 15.000,00. Sendo que
o recolhimento com base na receita bruta custaria para a empresa R$ 30.000,00, pois os valores pagos nos
meses anteriores não podem ser deduzidos, por não comporem a base de cálculo do mês. Esse estudo deve ser
feito a cada mês do ano, levando em conta também a possibilidade de suspensão do imposto que será visto no
item seguinte.
Observação:
- O mesmo critério adotado para o cálculo do Imposto de Renda deverá ser também adotado para a Contribuição
Social sobre o Lucro, por isso deve ser analisada a melhor alternativa calculando os dois tributos.
- O balancete utilizado para suspender ou reduzir deverá ser transcrito no Livro Diário e no Livro LALUR
transcrever a apuração do resultado.
-Base legal: IN SRF 93/97
b.2) Suspensão
A suspensão do recolhimento do imposto ocorre quando a empresa demonstra através de balancete que em um
determinado mês, o resultado acumulado de janeiro até esse mês, resultou em prejuízo fiscal, inexistindo
imposto a pagar.
Exemplo:
-Prejuízo contábil de R$ 150.320,00, conforme balancete contábil levantado em 30/jun. (resultado acumulado de
janeiro a junho);
-Adições ao lucro real - R$ 30.150,00
- Prejuízo fiscal => 150.320,00 – 30.150,00 = 120.170,00
Como houve prejuízo fiscal no mês de junho (resultado acumulado de janeiro a junho), não há IRPJ nem CSSL a
recolher referente a este mês, sendo necessário apenas a transcrição do Prejuízo no LALUR e manter balancete
no Diário Contábil.
A outra forma de suspensão do recolhimento do imposto e da contribuição social ocorre quando a empresa
demonstra através de balancete, com resultado acumulado, que os valores pagos nos meses anteriores são
superiores ao valor do imposto apurado nesse mês.
Exemplo:
-No Balancete do mês julho, que contempla o resultado acumulado de janeiro a julho, apurou-se um imposto a
pagar de R$ 35.000,00, porém nos meses de janeiro a junho a empresa já recolheu imposto no valor de R$
40.000,00, ou seja, R$ 5.000,00 a mais do que o devido, com isso poderá suspender o pagamento em julho.
Observação:
- O mesmo critério adotado para o cálculo do Imposto de Renda deverá ser adotado para a Contribuição Social
sobre o Lucro, por isso deve ser analisada a melhor alternativa calculando os dois tributos.
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- O balancete utilizado para suspender ou reduzir deverá ser transcrito no Livro Diário e no Livro LALUR
transcrever a apuração do resultado.
-Base legal: IN SRF 93/97.
Apesar do Lucro Real Anual ter mais detalhes a serem observados é mais vantajoso do que o Lucro Real
Trimestral, para fins de economia tributária.
O valor do imposto mensal poderá ser reduzido ao montante correspondente à diferença positiva entre o imposto
devido no período em curso e a soma do imposto de renda devido, correspondente aos meses do mesmo ano-
calendário, anteriores àquele a que se refere o balanço ou balancete levantado, conforme exemplo a seguir:
A diferença verificada, correspondente ao imposto de renda apurado a maior, no período abrangido pelo balanço
de suspensão, não poderá ser utilizada para reduzir o montante do imposto devido em meses subseqüentes do
mesmo ano-calendário, calculado com base na receita bruta e acréscimos.
Caso a pessoa jurídica pretenda suspender ou reduzir o valor do imposto devido, em qualquer outro mês do ano-
calendário, deverá levantar novo balanço ou balancete do período em curso.
O pagamento do imposto de renda relativo ao mês de janeiro do ano-calendário poderá ser efetuado com base
em balanço ou balancete de suspensão ou redução, se ficar demonstrado que o imposto devido no período é
inferior ao calculado sobre a base de cálculo estimada. Os balanços ou balancetes de suspensão ou redução
deverão ser levantados com observância das leis comerciais e fiscais e transcritos no livro Diário até a data
fixada para pagamento do imposto do respectivo mês. Esses balanços ou balancetes somente produzirão efeitos
para fins de determinação do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido do período em
curso.
O período em curso aquele compreendido a partir de 1º de janeiro ou o do início de atividade até o último dia do
mês a que se referir o balanço ou balancete. O imposto devido no período em curso é o resultado da aplicação
da alíquota do imposto sobre o lucro real, acrescido do adicional, e deduzido, quando for o caso, dos incentivos
fiscais de dedução e de isenção ou redução.
Para fins de determinação do resultado contábil, a pessoa jurídica deverá promover, ao final de cada período de
apuração, levantamento e avaliação de seus estoques, segundo a legislação específica, dispensada a
escrituração do livro "Registro de Inventário". A pessoa jurídica que possuir registro permanente de estoques,
integrado e coordenado com a contabilidade, somente estará obrigada a ajustar os saldos contábeis, pelo
confronto com a contagem física, ao final do ano-calendário ou do encerramento do período de apuração, nos
casos de incorporação, fusão, cisão ou extinção da pessoa jurídica.
O resultado do período em curso deverá ser ajustado por todas as adições determinadas, exclusões e
compensações de prejuízos fiscais admitidas pela legislação do imposto de renda. A demonstração do lucro real
relativa ao período abrangido pelos balanços ou balancetes de suspensão ou redução deverá ser transcrita no
Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR). A cada balanço ou balancete levantado para fins de suspensão ou
redução do imposto, o contribuinte deverá determinar um novo lucro real para o período em curso,
desconsiderando aqueles apurados em meses anteriores do mesmo ano-calendário. As adições, exclusões e
compensações de prejuízos fiscais computadas na apuração do lucro real, correspondentes aos balanços ou
balancetes, deverão constar, discriminadamente, na parte A do LALUR, para fins de elaboração da
demonstração do lucro real do período em curso, não cabendo nenhum registro na parte B do referido livro.
Ocorrendo apuração de prejuízo fiscal, a pessoa jurídica estará dispensada do pagamento do imposto
correspondente ao mês em que foi levantado o balanço ou balancete de suspensão ou redução.
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A parcela do lucro real que exceder ao resultado da multiplicação de R$20.000,00 (vinte mil reais) pelo número
dos meses do respectivo período de apuração sujeita-se à incidência do adicional, à alíquota de 10% (dez por
cento). Também se encontra sujeita ao adicional a parcela da base de cálculo estimada mensal, no caso das
pessoas jurídicas que optaram pela apuração anual do imposto de renda, que exceder a R$ 20.000,00 (vinte mil
reais).
A alíquota do adicional é única para todas as pessoas jurídicas, inclusive instituições financeiras, sociedades
seguradoras e assemelhadas.
O Lucro Real é o encontrado na Demonstração feita na "A" do Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), que
pode ser assim esquematizada:
Se houver exclusões com valor absoluto maior que a soma das demais parcelas, mesmo partindo de um lucro
será apurado um Prejuízo Fiscal e, assim, não haverá imposto nem provisão;
Se o resultado contábil for prejuízo, mas houver adições com valor absoluto maior que a soma das demais
parcelas, será apurado um Lucro Real, há provisão e fará aumentar o prejuízo contábil anterior.
Adições — Na determinação do lucro real, devem ser adicionados ao lucro líquido do período —base (trimestral
ou anual):
a) os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer outros valores deduzidos na
apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, não sejam dedutíveis na determinação do
lucro real; e
b) os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na apuração do lucro líquido
que, de acordo com a legislação tributária, devam ser computados na determinação do lucro real.
Exclusões e compensações — na determinação do lucro real podem ser excluídos do lucro líquido do período-
base (trimestral ou anual):
a) os valores cuja dedução seja autorizada pela legislação tributária e que não tenham sido computados na
apuração do lucro líquido do período-base.
b) os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração do lucro líquido que, de
acordo com a legislação tributária, não sejam computados no lucro real.
Exclusões que não podem ser feitas no LALUR
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O LALUR não pode ser utilizado para nele serem consignadas exclusões resultantes da falta de registro, na
escrituração comercial, de custos ou de despesas operacionais, ou ainda, as que tenham por objetivo
complementar valor da mesma natureza insuficientemente registrado, considerando-se os limites máximos
permitidos (exemplo: a depreciação que deixar de ser escriturada ou que na escrituração comercial tiver sido
registrada por valor inferior ao permitido pela legislação do IR não poderá ser excluída do lucro líquido, no
LALUR, para fins de apuração do lucro real).
Concedeu refeições aos empregados, através do PAT, no valor de 12.000,00 (doze mil reais) mensais, sendo
que foi descontado o valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) mensais - Gasto assumido pela empresa R$
10.000,00 (dez mil reais)
Os rendimentos de renda fixa e renda variável foram tributados na fonte à alíquota de 20% (o IRRF nessa
modalidade, é compensável na declaração de rendimentos).
Em março a empresa levantou um Balanço, tendo apresentado a situação de resultado demonstrada abaixo.
Pede-se:
1 - efetuar os cálculos de recolhimento por estimativa de IRPJ e CSSL relativos a janeiro e fevereiro
2 – calcular a CSSL e o IRPJ relativo ao trimestre encerrado em março;
3 - demonstrar se a empresa deverá pagar os impostos relativos ao mês de março por estimativa, ou se fará
suspensão ou redução com base no balancete do trimestre;
4 – demonstrar os valores de IRPJ e CSSL a pagar em abril, se houver.
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Em função dos cálculos e da análise efetuada, conclui-se que em relação à CSSL deve-se suspender o
pagamento, uma vez que não há dívida a ser paga. Ao contrário, já se identifica CSSL a compensar. Em relação
ao IRPJ, decide-se pela redução do valor, para pagar aquele que é efetivamente devido, ou seja, o valor
calculado com base no balanço de março.
PERÍODO DE APURAÇÃO: Trimestral, seguindo as mesmas regras do imposto de renda da pessoa jurídica.
ALÍQUOTA:
ALÍQUOTA 9%
a) Pessoas jurídicas tributadas pelo imposto de renda com base no lucro real:
I – pagamento mensal por estimativa e apuração anual (com ou sem balanços ou balancetes de suspensão ou
redução) – pagamento da CSLL sobre a base de cálculo estimada ou com base nos balancetes de suspensão
ou redução
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b) Pessoas jurídicas tributadas pelo imposto de renda com base no lucro presumido:
I – segue a mesma sistemática de cálculo do pagamento mensal por estimativa, com a ressalva de que o
período de apuração é trimestral.
c) Pessoas jurídicas tributadas pelo imposto de renda com base no lucro arbitrado.
I – receita bruta conhecida: segue a mesma sistemática de cálculo do pagamento mensal por estimativa, com a
ressalva de que o período de apuração é trimestral.
II – receita bruta não conhecida: a base de cálculo será o lucro arbitrado para fins de tributação pelo imposto de
renda.
FORMAS DE CÁLCULO
LUCRO REAL (ANUAL / TRIMESTRAL)
Resultado contábil do período (lucro líquido antes da provisão para o I.R. e da própria CSLL, deduzidas as
participações no lucro: debêntures, empregados, administradores, partes beneficiárias e as contribuições para
instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados)
( + ) Adições
( - ) Exclusões
( = ) Lucro ajustado
( - ) Compensação da BC. negativa acumulada de períodos anteriores (até 30% do lucro ajustado por adições e
exclusões)
Base de cálculo
( x ) Alíquota
Algumas adições ao lucro líquido:
1) provisões indedutíveis (obs. A provisão para o I.R. já está excluída desde o início, daí porque não deve ser
adicionada.)
2) despesas de depreciação, amortização, manutenção, reparo, conservação, impostos, taxas, seguros, bem
como as contraprestações de arrendamento mercantil ou aluguel de bens móveis, exceto quando
relacionados intrinsecamente com a produção ou a comercialização de bens e serviços;
3) resultado negativo da avaliação de investimentos pelo valor de patrimônio líquido;
4) adição do valor da reserva de reavaliação, baixado durante o período-base, cuja contrapartida não tenha
sido computada no resultado do período;
5) valor de ajustes decorrentes de métodos de preço de transferências;
6) valor dos lucros distribuídos disfarçadamente.
7) Valor dos lucros, rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior.
Algumas exclusões do lucro líquido:
1) resultado positivo da avaliação de investimentos pelo patrimônio líquido, que tenham sido computados como
receitas;
2) lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição que tenham sido
computados como receitas;
3) provisões adicionadas em períodos de apuração anteriores, e que tenham sido baixadas no curso do
período base.
Compensação de base de cálculo negativa CSLL – A redução da base de cálculo positiva da CSLL por
compensação da base negativa está limitada a 30% do lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões. Esse
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limite máximo de redução do lucro ajustado não se aplica aos resultados positivo ou negativo (lucro ou prejuízo)
decorrentes da exploração da atividade rural.
BASE DE CÁLCULO: Base de Cálculo das pessoas jurídicas de natureza comercial, industrial ou de prestação
de serviços, apurada por estimativa será a soma dos seguintes valores:
II - os ganhos de capital
capital, as demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas não
compreendidas na atividade, inclusive:
a) os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas jurídicas controladoras,
controladas, coligadas ou interligadas;
III - os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de renda fixa e renda variável.
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A mesma forma de tributação adotada, pela pessoa jurídica, para fins de apuração do imposto de renda, deve
ser adotada para fins de apuração da CSLL. Assim, a pessoa jurídica que levantou balanço ou balancete para
suspender ou reduzir o pagamento do imposto de renda, em determinado mês do ano-calendário, deve apurar a
base de cálculo da CSLL sobre o resultado do período apurado nesse mesmo balanço, ajustado pelas adições
determinadas, pelas exclusões permitidas e pelas compensações de base de cálculo negativa da CSLL,
observados os limites definidos na legislação pertinente.
A pessoa jurídica que levantar balanço ou balancete de suspensão ou redução do pagamento do IRPJ e da
CSLL em 31 de dezembro deve computar os lucros, oriundos do exterior, disponibilizados nos termos do art. 1º
da Lei nº 9.532, de 1997, observado o disposto no art. 74 da Medida Provisória nº 2.158-35 de 24 de agosto de
2001. A pessoa jurídica deve computar também os rendimentos e ganhos de capital, auferidos no exterior, nesse
balanço ou balancete, para fins de incidência da CSLL.
Considerações Gerais
A base de cálculo negativa, das atividades em geral está limitada em 30% do resultado ajustado pelas adições e
exclusões previstas na legislação,
A base de cálculo da CSLL da atividade rural, quando negativa, pode ser compensada com o resultado dessa
mesma atividade, apurado em períodos de apuração subseqüentes, ajustado pelas adições e exclusões
previstas na legislação, sem o limite máximo de redução de trinta por cento (MP nº 1.991-15, de 2000, art. 42, e
reedições).
A partir de 01.01.2003,
01.01.2003 é instituído, em relação aos tributos e contribuições administrados pela Secretaria da
Receita Federal, bônus de adimplência fiscal, aplicável às pessoas jurídicas submetidas ao regime de tributação
com base no lucro real ou presumido.
Cálculo do bônus
O bônus corresponde a:
I – 1% um por cento da base de cálculo da CSL determinada segundo as normas estabelecidas para as
pessoas jurídicas submetidas ao regime de apuração com base no lucro presumido;
II – será calculado em relação à base de cálculo referida no item I, relativamente ao ano-calendário em que
permitido seu aproveitamento.
Não fará jus ao bônus a pessoa jurídica que, nos últimos cinco anos-calendário, se enquadre em qualquer das
seguintes hipóteses, em relação a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal:
I – lançamento de ofício;
II – débitos com exigibilidade suspensa;
III – inscrição em dívida ativa;
IV – recolhimentos ou pagamentos em atraso;
V – falta ou atraso no cumprimento de obrigação acessória.
Na hipótese de decisão definitiva, na esfera administrativa ou judicial, que implique desoneração integral da
pessoa jurídica, as restrições referidas nos itens I e II acima serão desconsideradas desde a origem.
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O período de cinco anos-calendário será computado por ano completo, inclusive aquele em relação ao qual dar-
se-á o aproveitamento do bônus.
PREJUÍZO FISCAL
As compensações do prejuízo fiscais e da base negativas da contribuição social sobre o lucro estão
disciplinadas, respectivamente, pelos arts. 15 e 16 da Lei nº 9.065/95. Em ambas as compensações à base de
cálculo dos tributos não poderão ser reduzidas em mais de 30% . No caso de imposto de renda, se o lucro real a
antes da compensação é de R$ 100.000,00 a compensação de prejuízo fiscal não poderá exceder R$ 30.000,00.
Com relação aos prejuízos fiscais e às bases negativas da CSL de anos-calendário anteriores não há diferença
entre o lucro real mensal e o balanço ou balancete de suspensão ou redução de pagamento. As formas de
apuração terão que observar o limite de 30% na compensação. A diferença surge nos prejuízos fiscais do ano-
calendário em curso.
A pessoa jurídica que paga o imposto de renda com base no lucro real trimestral se apurou prejuízo fiscal no
mês de março, a compensação com lucro real dos trimestres seguintes não poderá reduzir o lucro em mais de
30%.
A pessoa jurídica que paga mensalmente o imposto de renda pelo cálculo estimado, no balanço ou balancete de
suspensão ou no balanço anual em 31 de dezembro, poderá compensar integralmente os prejuízos fiscais e as
bases negativas da CSL de determinados meses do ano-calendário com os lucro de outros meses do mesmo
ano.
Vantagens da opção pelo pagamento mensal em comparação com a apuração trimestral do Lucro Real
Como a apuração trimestral é definitiva, o lucro real de um trimestre não pode ser compensado com o prejuízo
fiscal de trimestre subseqüente, ainda que do mesmo ano-calendário. E, se for apurado prejuízo fiscal em um
trimestre, a compensação desse prejuízo com o lucro real apurado nos trimestres seguintes ficará sujeita à
observância do limite máximo de 30% (trinta por cento) do lucro real, exceto nas empresas rurais ou titulares de
Programa Especial de Exportação. Além disso, o prejuízo não-operacional de um trimestre somente poderá ser
compensado, nos trimestres seguintes, com lucros da mesma natureza.
O mesmo efeito ocorre em relação à Contribuição Social sobre o Lucro, excepcionada a restrição relativa à
compensação de prejuízo não - operacional, mas com o limite de trinta por cento alcançando inclusive as
empresas rurais ou titulares de Programas Especiais de Exportações (BEFIEX). Ao passo que, no regime de
pagamentos mensais, o que prevalecerá será a apuração anual de resultados, de forma que os resultados
positivos e negativos do ano são compensados automaticamente, sem nenhuma restrição, qualquer que seja a
sua natureza (operacional ou não-operacional)
Incidência do adicional 10%
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No regime de apuração trimestral, sobre a parcela do lucro real de um trimestre, que exceder a R$ 60.000,00, a
incidência do adicional de 10% é definitiva, ao passo que no regime de pagamentos mensais, embora incida o
adicional sobre a parcela do lucro tributável mensal que exceder a R$ 20.000,00, essa incidência somente será
definitiva sobre a parcela do lucro real anual que exceder a R$ 240.000,00.
A opção pela tributação com base no lucro presumido será manifestada por ocasião do pagamento da primeira
ou quota única do imposto devido no primeiro trimestre do ano-calendário, vencível no último dia útil de abril.
Considerar-se-á formalizada a opção mediante a indicação, no campo 04 do DARF, do código de receita próprio
do imposto apurado no regime do lucro presumido (2089).
A empresa que a partir do ano-calendário fizer a opção pela tributação co base no lucro presumido não poderá
em hipótese alguma a mudança para o regime do lucro real, em relação ao mesmo ano-calendário.
Relativamente à empresa que no ano-calendário tenha optado pela tributação com base no Lucro Presumido
não obrigada à apuração do Lucro Real e cuja receita total (operacional) mais não operacional, inclusive demais
receitas, (resultados positivos e ganhos de capital) tenha sido igual ou inferior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e
oito milhões de reais) ou ao limite proporcional de R$ 4.000.000,00(quatro milhões de reais) multiplicado pelo
número de meses de atividades no ano, se inferior a doze.
A opção pelo lucro presumido só poderá se feita pela pessoa jurídica que não se enquadrar em nenhum dos
impedimentos relacionados no art. 36 da Lei nº 8.981/95, alterado pelo art. 1º da Lei nº 9.065/95, art.36 da Lei nº
9.249/95 e art.58 da Lei nº 9.430/96. não podem optar pelo regime de tributação as pessoas jurídicas:
A empresa que tiver a intenção de apresentar a declaração pelo lucro presumido terá que recolher
trimestralmente, o imposto e a contribuição social sobre o lucro calculado por estimativa. Em nenhum mês o
recolhimento poderá ser feito com base no lucro real e também não poderá fazer uso da faculdade de suspender
ou reduzir o recolhimento com base na escrituração contábil.
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Início de Atividade - a empresa que iniciar atividade, ou que resultar de incorporação, fusão, que não esteja
obrigada à tributação com base no lucro real, cuja receita bruta total não exceda o limite de R$ 4.000.000,00,
multiplicado pelo número de meses de atividade do ano calendário, poderá optar pela tributação com base no
lucro presumido.
A base de cálculo do imposto apurada será expressa em moeda corrente. Serão acrescidos à base de cálculo os
ganhos de capital, demais receitas e resultados positivos decorrentes de outras receitas não abrangidas pelos
percentuais da estimativa, tais como:
juros ativos, não decorrentes de aplicações financeiras;
descontos financeiros obtidos;
alugueis de bens do ativo permanente;
os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizados entre empresas controladoras,
controladas, coligadas ou interligados, exceto se a mutuaria for instituição financeira autorizada a
funcionar pelo Banco Central do Brasil;
os ganhos auferidos em operações de cobertura realizados em bolsas de valores, de mercadorias e de
futuros ou no mercado de balcão;
os juros relativos a impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados;
as variações monetárias ativas;
os rendimentos e ganhos líquidos produzidos por aplicação financeira de renda fixa e de renda variável;
as multas ou quaisquer outras vantagens pagas ou creditadas por empresas, ainda que a título de
indenização, em virtude de rescisão de contrato;
juros sobre o capital próprio auferido;
recuperação de custos ou despesas, inclusive com perdas no recebimento de créditos, salvo se a
empresa no ano-calendário anterior tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro
Real, ou tenha sido tributada pelo Lucro Presumido ou Arbitrado;
valor resultante da aplicação dos percentuais de determinação do Lucro Presumido sobre a parcela das
receitas auferidas nas exportações às pessoas vinculadas ou aos países com tributação favorecido,
que exceder ao valor apropriado na escrituração da empresa;
os ganhos de capital auferidos na devolução de capital em bens ou direitos;
a diferença entre o valor em dinheiro ou em bens e direitos recebidos de instituição isenta, a título de
devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro ou em bens e direitos entregue para a formação do
referido patrimônio.
Alíquota - o imposto será calculado mediante a aplicação da alíquota de 15% sobre a base de cálculo
correspondente.
Adicional — a parcela do lucro presumido que exceder a multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses
do período de apuração, sujeita-se à incidência do adicional de 10%.
Prazo de recolhimento — o IRPJ devido será pago em quota única, até o último dia do mês subseqüente ao do
encerramento do trimestre de apuração.
A empresa habilitada à opção pelo regime de tributação com base no Lucro Presumido deverá manter:
Escrituração contábil nos termos da legislação comercial; Livro registro de Inventário, no qual deverão constar
registrados os estoques existentes no término do ano-calendário abrangido pelo regime de tributação
simplificada; em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo decadencial e não prescritas eventuais
ações que lhes sejam pertinentes, todos os livros de escrituração obrigatórios por legislação fiscal específica,
bem como os documentos e demais papéis que sirvam de base para escrituração comercial e fiscal; LALUR,
quando tiver lucros diferidos de períodos anteriores, inclusive saldo a tributar do Lucro Inflacionário.
A escrituração contábil conforme a legislação comercial, não se aplica à empresa que, no decorrer do ano-
calendário, mantiver livro Caixa, em que esteja escriturada toda a movimentação financeira, inclusive bancária.
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Cálculo do Imposto
b) da alíquota adicional de 10% sobre a parcela do lucro presumido trimestral que exceder a R$ 60.000,00 ou,
no caso de início ou encerramento de atividades no trimestre, ao limite equivalente ao resultado da multiplicação
de R$ 20.000,00 pelo número de meses do período de apuração.
O lucro presumido será determinado aplicando-se sobre a receita bruta de vendas de mercadorias e/ou produtos
e de prestação de serviços, apurado em cada trimestre, os percentuais constantes da tabela seguinte, conforme
a atividade geradora. (art. 15 da Lei 9.249/95)
Atividade diversificada
No caso de exploração de atividades diversificadas, será aplicado sobre a receita bruta de cada atividade o
respectivo percentual.
a) se a empresa utilizar esse percentual e a sua receita bruta, acumulada até qualquer um dos trimestres do
ano-calendário, ultrapassar o limite de R$ 120.000,00, ficará sujeita ao percentual normal de 32%
retroativamente aos trimestres anteriores do ano-calendário em curso, impondo-se o pagamento das diferenças
de imposto, apuradas em cada trimestre transcorrido, até o último dia útil do mês subseqüente ao trimestre da
verificação do excesso;
b) as diferenças de imposto pagas dentro do prazo mencionado não sofrerão acréscimos moratórios.
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Pessoas jurídicas submetidas à apuração do lucro presumido devem apurar a CSLL trimestralmente. Nesses
casos, a base de cálculo da CSLL será a soma dos seguintes valores:
I - do valor correspondente a 12% (ou 32%) da receita bruta auferida no trimestre, excluídas as vendas
canceladas, as devoluções de vendas, os descontos incondicionais concedidos e os impostos não cumulativos
cobrados destacadamente do comprador dos quais o vendedor dos bens ou prestador de serviços seja mero
depositário;
II - dos valores correspondentes aos demais resultados e ganhos de capital, assim considerados:
a) os ganhos de capital, nas alienações de bens e direitos, inclusive de aplicações em ouro não caracterizado
como ativo financeiro. O ganho corresponderá à diferença positiva verificada, no mês, entre o valor da alienação
e o respectivo custo de aquisição diminuído dos encargos de depreciação, amortização ou exaustão acumulada;
c) a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa jurídica;
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III - dos rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de renda fixa e de renda variável;
IV - dos juros sobre o capital próprio auferidos.
Regime de reconhecimento de receitas – A CSLL será determinada pelo regime de competência ou de caixa,
segundo a forma utilizada para apurar o imposto de renda.
II - os ganhos de capital
capital, as demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas não
compreendidas na atividade, inclusive:
a) os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas jurídicas controladoras,
controladas, coligadas ou interligadas;
c) a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa jurídica, deduzida dos encargos
necessários à percepção da mesma;
III - os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de renda fixa e renda variável.
a) o contribuinte, obrigado à tributação com base no Lucro Real não mantiver escrituração na forma das leis
comerciais ou fiscais, ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal;
b) a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraude ou contiver vícios,
erros ou deficiências que a tornem imprestáveis para:
- identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; ou
- determinar o Lucro Real;
c) o contribuinte, não obrigado à tributação com base no Lucro Real, deixar de apresentar à autoridade tributária
os livros e documentos da escrituração comercial e fiscal, ou o livro caixa, nos quais deverá estar escriturada
toda a movimentação financeira, inclusive bancária;
d) o contribuinte que optar pela tributação com base no Lucro Presumido indevidamente;
e) o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de escriturar os seus livros comerciais de
modo que demonstre, além dos próprios rendimentos os lucros reais apurados nas operações de conta alheia,
em cada ano-calendário;
f) o contribuinte que possuir patrimônio líquido superior a R$ 1.800,000,00, no balanço patrimonial
imediatamente anterior, não apresentar, quando requisitado pelo fisco, os arquivos em meios magnéticos ou
assemelhados dos sistemas de processamento eletrônico de dados, utilizados para registrar negócios e
atividades econômicas, escriturar livros ou elaborar documentos de natureza contábil ou fiscal, nos prazos
fixados pela legislação em vigor;
g) o contribuinte não manteve, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, livro razão ou
fichas utilizadas para resumir e totalizar, por conta ou subconta os lançamentos efetuados no Livro Diário.
O Lucro Arbitrado não deve ser encarado como modalidade optativa ou favorecido de tributação, pois representa
coercitivamente a determinação do lucro e do imposto para contribuintes que descumprirem as disposições
legais relativas ao Lucro Real e ao Lucro Presumido, e é aplicável a sociedades de qualquer natureza jurídica e
também às empresas individuais, inclusive às pessoas físicas equiparadas às jurídicas pela prática de
operações imobiliárias.
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DO ARBITRAMENTO
Para efeito do arbitramento do lucro aplicam-se, sobre a receita bruta proveniente de vendas de mercadorias ou
produtos e da prestação de serviços, que constituam o objeto da atividade da empresa, os percentuais
constantes da tabela acima acrescidos de 20%;
a) 1,5(um inteiro e cinco décimos) do lucro real referente ao último período em que a pessoa jurídica manteve
escrituração de acordo co as leis comerciais e fiscais, atualizado monetariamente;
b) 0,04 (quatro centésimos) da soma dos valores do ativo circulante, realizável a longo prazo e permanente,
existentes no último balanço patrimonial conhecido, atualizado monetariamente;
c) 0,07% (sete centésimos) do valor do capital, inclusive sua correção monetária contabilizada como reserva de
capital, constante do último balanço patrimonial conhecido ou registrado nos atos de constituição ou alteração da
sociedade, atualizada monetariamente;
d) 0,05 (cinco centésimos) do valor do patrimônio líquido constante do último balanço patrimonial conhecido,
atualizado monetariamente;
e)0,4 (quatro décimos) do valor das compras de mercadorias efetuadas no mês;
f) 0,4 (quatro décimos) da soma, em cada mês, dos valores da folha de pagamento dos empregados e das
compras de matérias-primas, produtos intermediários e matérias de embalagem;
g) 0,8 (oito décimos) da soma dos valores devidos no mês a empregados;
h) 0,9 (nove décimos) do valor mensal do aluguel devido.
O lucro arbitrado é aplicável quando o contribuinte, obrigado a manter escrituração pelo lucro real, não o faz,
sujeitando-se ás regras de tributação previstas nos artigos 530 e 531 do Regulamento do IR.
Importa ressaltar que o contribuinte pode optar pelo arbitramento, nos trimestres que não manteve escrituração
regular (artigo 531, I, do Regulamento do IR).
Esta possibilidade poderá ser interessante para fins de planejamento fiscal, no (s) trimestre (s) em que o
contribuinte tiver um lucro operacional que justifique a opção.
Exemplo:
Um contribuinte, sujeito á apuração do lucro real, apurou no trimestre janeiro-março/2003 um lucro real de R$
1.000.000,00 sobre uma receita total da atividade de R$ 8.000.000,00. Considera-se que não houve ganho de
capital (venda de bens do imobilizado, etc.) no período ou deduções de incentivos fiscais. Sua atividade é
comercial. A tributação será:
Se, no trimestre respectivo, o contribuinte optasse pelo arbitramento, conforme artigo 531, I, do Regulamento do
IR, tributaria o IRPJ pelas regras contidas no art. 41 da Instrução Normativa SRF 93/1997, equivalente, para
atividade comercial, a 9,6% sobre a receita auferida, ou seja:
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R$ 8.000.000,00 (receita total da atividade comercial) x 9,6% = Base de cálculo do IRPJ R$ 768.000,00
R$ 8.000.000,00 x 12% (conforme art. 56 da IN 93/1997) = Base de cálculo da CSL R$ 960.000,00
Há de se considerar, também, que no lucro arbitrado o PIS terá alíquota de 0,65% (sem crédito correspondente),
conforme art. 8, II, da Lei 10637/2002, ao invés de 1,65%.
Pessoas jurídicas submetidas à apuração do lucro arbitrado devem apurar a CSLL trimestralmente. Nesses
casos, a base de cálculo da CSLL será a soma dos seguintes valores:
I - do valor correspondente a 12% (ou 32%) da receita bruta auferida no trimestre, excluídas as vendas
canceladas, as devoluções de vendas, os descontos incondicionais concedidos e os impostos não cumulativos
cobrados destacadamente do comprador dos quais o vendedor dos bens ou prestador de serviços seja mero
depositário;
II - dos valores correspondentes aos demais resultados e ganhos de capital, assim considerados:
a) os ganhos de capital, nas alienações de bens e direitos, inclusive de aplicações em ouro não caracterizado
como ativo financeiro. O ganho corresponderá à diferença positiva verificada, no mês, entre o valor da alienação
e o respectivo custo de aquisição diminuído dos encargos de depreciação, amortização ou exaustão acumulada;
b) os ganhos de capital auferidos na alienação de participações societárias permanentes em sociedades
coligadas e controladas, e de participações societárias que permanecerem no ativo da pessoa jurídica até o
término do ano-calendário seguinte ao de suas aquisições;
c) a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa jurídica;
d) as variações monetárias ativas;
III - dos rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de renda fixa e de renda variável;
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( = ) Base de cálculo
( x ) Alíquota 9%
Regime de reconhecimento de receitas – A CSLL será determinada pelo regime de competência ou de caixa,
segundo a forma utilizada para apurar o imposto de renda.
3.11. Simples
A Lei Complementar 123/2006 estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser
dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios.
Substitui, integralmente, a partir de 01.07.2007, as normas do Simples Federal (Lei 9.317/1996), vigente desde
1997, e o Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Lei 9.841/1999).
O novo Estatuto estabelece regras para tratamento diferenciado à micro e pequenas empresas, especialmente
no que se refere:
1. À apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da união, dos Estados, do distrito federal e dos
municípios, mediante regime único de arrecadação, inclusive obrigações acessórias.
2. Ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive obrigações acessórias.
3. Ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de bens e serviços pelos
Poderes Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão.
1 - no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, auferir, em cada ano-
calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000.00 (duzentos e quarenta mil reais);
2 - no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, que auferir,
em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) a igual ou
inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).
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Considera-se receita bruta, para fins de aplicação do Simples Nacional, o produto da venda de bens s serviços
nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia,
não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
INÍCIO DE ATIVIDADES
No caso de início de atividade no próprio ano-calendário, o limite de receita bruta será proporcional ao número
de meses em que a microempresa ou a empresa de pequeno porte houver exercido atividade, inclusive as
frações de meses.
Exemplo:
Não se inclui no regime diferenciado e favorecido do Simples Nacional, para nenhum efeito legal, a pessoa
jurídica:
II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior,
III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra empresa que
receba tratamento jurídico diferenciado nos termos da Lei Complementar do Simples Nacional, desde que a
receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).
IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não beneficiada
pelo Simples Nacional, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 2.400.000,00 (dois milhões e
quatrocentos mil reais).
V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado, de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que
a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).
IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que
tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores;
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O disposto nos itens IV e VII anterior não se aplica à participação no capital de cooperativas de crédito, bem
como em centrais de compras, bolsas de subcontratação, no consórcio referido no art. 50 da Lei Complementar
123/2006, e na sociedade de propósito específico prevista no art. 56 da Lei Complementar 123/2006, e em
associações assemelhadas, sociedades de interesse econômico, sociedades de garantia solidária e outros tipos
de sociedade, que tenham como objetivo social a defesa exclusiva dos interesses econômicos das
microempresas e empresas de pequeno porte.
EXCLUSÃO
Na hipótese de a microempresa ou empresa pequeno porte incorrer em alguma das situações previstas em
impeditivo de enquadramento, será excluída do regime do Simples Nacional, com efeitos a partir do mês
seguinte ao que incorrida a situação impeditiva.
Exemplo:
Uma empresa de pequeno porte sofreu cisão no mês de outubro/2007. Em novembro/2007, estará
desenquadrada do regime do Simples, passando a contribuir normalmente a partir daquele mês, de acordo com
o regime aplicável às demais pessoas jurídicas (lucro presumido, arbitrado ou real).
a) a microempresa que, no ano-calendário, exceder o limite de receita bruta anual (R$ 240.000.00), passa, no
ano-calendário seguinte, à condição de empresa de pequeno porte.
b) a empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, não ultrapassar o limite de receita bruta anual de
microempresas (R$ 240.000.00), passa, no ano-calendário seguinte, à condição de microempresa.
c) a empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, exceder o limite de receita bruta anual previsto para o
regime (R$ 2.400.000,00) fica excluída, no ano-calendário seguinte, do regime diferenciado e favorecido previsto
pelo Simples Nacional, para todos os efeitos legais.
Exemplos:
1. A empresa MNA Ltda inicia atividade no dia 05/09/2007. Considera-se o período de 4 meses completos
(setembro, outubro, novembro e dezembro), Logo, o limite de EPP para essa empresa, nesse ano-calendário é
de R$ 800.000,00.
2. A empresa JBL Ltda entra em atividade no dia 15/12/2007. Considera-se o período de um mês completo
(dezembro). Logo, o limite de EPP para essa empresa, nesse ano-calendário, é de R$ 200.000,00.
3. Empresa PLB Ltda iniciou atividade no mês de abril de 2007. Totalizou receita bruta durante os meses de
abril, maio e junho no valor de R$ 700.000,00. Essa empresa poderá optar pelo Simples Nacional em julho de
2007? Sim. Entretanto, essa empresa não poderá ultrapassar nesse mesmo ano-calendário o limite de R$
1.800.000,00 (R$ 200.000,00 x 9 meses), hipótese em que estaria excluída do Simples Nacional.
EXCLUSÃO - ESTADOS E MUNICÍPIOS – LIMITE DE RECEITA DIFERENCIADA
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Na hipótese de o Distrito Federal, os Estados e seus respectivos Municípios adotarem limites de receita bruta
diferenciados, caso a receita bruta auferida durante o ano-calendário de início de atividade ultrapasse o limite de
R$ 100.000,00 (cem mil reais) ou R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais), conforme o Estado, multiplicados
pelo número de meses de funcionamento nesse período estará excluída do regime tributário do Simples
Nacional em relação ao pagamento dos tributos estaduais e municipais com efeitos retroativos ao início de suas
atividades.
A exclusão do regime do Simples Nacional não retroagirá ao início das atividades se o excesso verificado em
relação a receita bruta não for superior a 120% (cento e vinte por cento) dos respectivos limites referidos nos
itens “c” e “d” anteriores, hipóteses que os efeitos exclusão dar-se-ão no ano-calendário subseqüente.
MODOS DE EXCLUSÃO
A exclusão do Simples Nacional será feita de ofício ou mediante comunicação das empresas optantes.
As regras previstas e o modo de sua implementação foram regulamentadas pelo Comitê Gestor, através da
Resolução CGSN 15/2007.
EXCLUSÃO DE OFÍCIO
A competência para excluir de ofício ME ou EPP do Simples Nacional é da RFB e das Secretarias de Fazenda
ou de Finanças do Estado ou do Distrito Federal, segundo a localização do estabelecimento, e, tratando-se de
prestação de serviços incluídos na competência tributária municipal, a competência será também do respectivo
Município.
Será expedido termo de exclusão do Simples Nacional pelo ente federativo que iniciar o processo de exclusão
de ofício.
Será dado ciência do termo de exclusão à ME ou à EPP pelo ente federativo que tenha iniciado o processo de
exclusão, segundo a sua respectiva legislação.
Na hipótese de a ME ou EPP impugnar o termo de exclusão, este se tornará efetivo quando a decisão definitiva
for desfavorável ao contribuinte. Não havendo impugnação, este se tornará efetivo depois de vencido o
respectivo prazo.
A exclusão de ofício será registrada no Portal do Simples Nacional na internet, pelo ente federativo que a
promoveu, ficando os efeitos dessa exclusão condicionados a esse registro.
O contencioso administrativo relativo à exclusão de ofício será de competência do ente federativo que efetuar a
exclusão, observados os dispositivos legais atinentes aos processos administrativos fiscais desse ente.
Na exclusão de ofício, caberá o lançamento dos tributos e contribuições apurados aos respectivos entes
tributantes.
A exclusão de ofício das empresas optantes pelo Simples Nacional dar-se-á quando:
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movimentação financeira, negócio ou atividade a que estiverem intimadas a apresentar, e nas demais hipóteses
que autorizam a requisição de auxílio da força pública;
5 - tiver sido constatada prática reiterada de infração ao disposto na Lei Complementar 123/2006;
6 - a empresa que for declarada inapta, na forma dos arts. 81 a 82 da Lei 9.430/1996 e alterações posteriores;
8 - houver falta de escrituração do livro caixa ou o mesmo não permitir a identificação da movimentação
financeira, inclusive bancária;
9 - for constatado que durante o ano-calendário o valor das despesas pagas supera em 20% (vinte por cento) o
valor de ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade;
10 - for constatada que durante o ano-calendário o valor das aquisições de mercadorias para comercialização ou
industrialização, ressalvadas hipóteses justificadas de aumento de estoque, for superior a 80% (oitenta por
cento) dos ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de inicio de atividade;
Nas hipóteses previstas nos itens 2 a 12 anteriores, a exclusão produzirá efeitos a partir do próprio mês em que
incorridas, impedindo a opção pelo regime diferenciado e favorecido pelos próximos 3 (três) anos-calendário
seguintes. O prazo será elevado para 10 (dez) anos caso seja constatada a utilização de artifício, ardil ou
qualquer outro meio fraudulento que induza ou mantenha a fiscalização em erro, com o fim de suprimir ou
reduzir o pagamento de tributo apurável segundo o regime do Simples Nacional.
A exclusão retroagirá a partir da data dos efeitos da opção pelo Simples Nacional, nas hipóteses previstas nos
itens 13 e 14 anteriores.
O prazo de impedimento será elevado para dez anos, caso seja constatada a utilização de artifício, ardil ou
qualquer outro meio fraudulento que induza ou mantenha a fiscalização em erro, com o fim de suprimir ou
reduzir o pagamento de tributo apurável segundo o regime especial previsto no Simples Nacional.
Para fins de impedimento, não se considera período de atividade aquele em que tenha sido solicitada a
suspensão voluntária perante o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).
EXCLUSÃO MEDIANTE COMUNICAÇÃO PRÓPRIA
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A exclusão do Simples Nacional, mediante comunicação das microempresas ou das empresas de pequeno
porte, dar-se-á:
1 - por opção;
2 - obrigatoriamente, quando incorrer em qualquer das situações de vedação previstas pelos incisos II a XXV do
art. 12 da Resolução CGSN 4/2007;
Nota: nesta hipótese, a microempresa ou empresa do pequeno porte não poderá optar no ano-calendário
subseqüente ao do início de atividades pelo Simples Nacional.
4 – obrigatoriamente, quando tenha auferido, no ano-calendário imediatamente anterior, receita bruta superior a
R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).
Prazos de Comunicação
A exclusão deverá ser comunicada à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), por meio do Portal do
Simples Nacional na internet:
a - na hipótese do item 1, a qualquer tempo;
b - na hipótese do item 2, até o último dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência das situações de vedação;
c - na hipótese do item 3, até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário subseqüente ao do início de
atividades;
d - na hipótese do item 4, até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário subseqüente àquele em que
se deu o excesso de receita bruta.
A ME ou EPP cujo estabelecimento ultrapassar os sublimites estaduais para recolhimento do ICMS ou ISS,
deverá comunicar tal fato à RFB, por meio do Portal do Simples Nacional na internet, até o último dia útil do mês
de janeiro do ano-calendário subseqüente ao do início de atividade.
A falta de comunicação, quando obrigatória, da exclusão da pessoa jurídica do Simples Nacional, nos prazos
determinados, sujeitará a pessoa jurídica a multa correspondente n 10% (dez por cento) do total dos impostos e
contribuições devidos de conformidade com o Simples Nacional no mês que anteceder o inicio dos efeitos da
exclusão, não inferior a R$ 500,00 (quinhentos reais), insusceptível de redução.
A partir de 01.01.2009, a multa mínima aplicável será de R$ 200,00, conforme Resolução CGSN 50/2008.
II - na hipótese do item 2 (situação de vedação) a partir do mês seguinte da ocorrência da situação impeditiva;
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Nota: na hipótese da exclusão decorrente de débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou com
as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa, o efeito da
exclusão se dará a partir do ano-calendário subseqüente ao da comunicação pelo contribuinte ou, no caso de
exclusão de ofício, ao da ciência da exclusão.
b) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subseqüente, na hipótese de não ter ultrapassado em mais de 20%
o limite proporcional de receita bruta em relação aos tributos federais, ou os respectivos sublimites específicos,
em relação aos tributos estaduais, distritais ou municipais, conforme o caso.
Nota: para os sublimites estaduais, também se aplicará a tolerância de 20% sobre o limite proporcional da
receita bruta, conforme § 4º do artigo 6º da Resolução CGSN 15/2007.
IV – na hipótese do item 4 (receita bruta acima de R$ 2.400.000,00 no ano anterior) - a partir de 1º de janeiro do
ano-calendário subseqüente ao do que tiver ocorrido o excesso.
Nota: nesta hipótese, será permitida a permanência da pessoa jurídica como optante pelo Simples Nacional
mediante a comprovação da regularização do débito no prazo de até 30 (trinta) dias contado a partir da ciência
da comunicação da exclusão.
A exclusão do Simples Nacional na hipótese em que os Estados, Distrito Federal e Municípios adotem sublimites
de receita bruta inferiores a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais) para efeito de recolhimento
do ICMS e ISS seguirá as regras acima.
As empresas excluídas do Simples Nacional sujeitar-se-ão, a partir do período que se processarem os efeitos da
exclusão, as normas de tributação aplicáveis as demais pessoas jurídicas.
Na hipótese de exclusão por excesso de receita bruta no início de atividades, a microempresa ou a empresa de
pequeno porte desenquadrada ficará sujeita ao pagamento da totalidade ou diferença dos respectivos impostos
e contribuições, devidos de conformidade com as normas gerais de incidência, acrescidos, tão-somente, de juros
de mora, quando efetuado antes do início de procedimento de oficio.
Para efeito de pagamento, o sujeito passivo poderá optar pelo recolhimento imposto de renda e da contribuição
social sobre o lucro liquido na forma do lucro presumido, lucro real trimestral ou anual.
A ME ou a EPP que ingressar no Simples Nacional estando impedida de recolher o ICMS e o ISS na forma
desse regime, em função da adoção de sublimite por ente federativo, e mesmo assim o fizer, o estabelecimento
localizado na jurisdição desse ente ficará sujeito ao pagamento da totalidade ou diferença desses impostos,
devidos de conformidade com as normas gerais de incidência, retroativamente à data dos efeitos de sua opção.
O excesso de receita bruta em relação a sublimite adotado pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, não
implica a exclusão do Simples Nacional, mas impede o recolhimento dos tributos estaduais e municipais nesse
regime, limitando-se esse impedimento aos estabelecimentos localizados nesses entes federativos.
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O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes
impostos e contribuições:
VI - Contribuição para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de
24 de julho de 1991, exceto no caso das pessoas jurídicas que se dediquem às atividades de prestação de
serviços previstas especificamente;
VII - Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços e sobre Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal (ICMS);
O recolhimento da guia única do Simples Nacional não exclui a incidência dos seguintes impostos ou
contribuições devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, em relação aos quais será observada a
legislação aplicável às demais pessoas jurídicas:
I - Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou valores Mobiliários (IOF);
III - Imposto sobre exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou Nacionalizados (IE);
V - Imposto de Renda, relativo aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou
variável;
VI - Imposto de Renda relativo aos ganhos de capital auferidos na alienação de bens do ativo permanente;
VII - Contribuição provisória sobre movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de
Natureza Financeira (CPMF);
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XI - Imposto de Renda relativo aos pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa jurídica a pessoas físicas;
XV - demais tributos de competência da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos municípios, não
relacionados especificamente.
A diferença entre as alíquotas internas (17% ou 18%) e as alíquotas interestaduais (7% ou 12%), com
mercadorias destinadas a ativo imobilizado e uso ou consumo do estabelecimento destinatário será devido
observando a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas.
Desta forma, a diferença será calculada tomando-se por base as alíquotas aplicáveis às pessoas jurídicas não
optantes pelo Simples Nacional.
Exemplo 1
A Empresa X, estabelecida no Paraná, efetuou a compra de uma determinada mercadoria da Empresa Y com
sede no estado de Santa Catarina, no valor de R$ 100.000,00.
ICMS destacado na NF: R$ 12.000,00 = (R$ 100.000,00 x 12%)
ICMS alíquota interna PR: R$ 18.000,00 = (R$ 100.000,00 x 18%)
Diferencial de alíquota: R$ 6.000,00 = (R$ 18.000,00 – R$ 12.000,00)
O valor de R$ 6.000,00 deve ser recolhido ao estado do Paraná em guia própria e obedecendo aos preceitos da
legislação estadual, como data de vencimento e código de recolhimento.
Exemplo 2
A Empresa A, estabelecida no Espírito Santo, efetuou a compra de uma determinada mercadoria da Empresa B
com sede no estado de São Paulo, pelo valor de R$ 100.000,00.
ICMS destacado na NF: R$ 7.000,00 = (R$ 100.000,00 x 7%)
ICMS alíquota interna ES: R$ 17.000,00 = (R$ 100.000,00 x 17%)
Diferencial de alíquota: R$ 10.000,00 = (R$ 17.000,00 – R$ 7.000,00)
O valor de R$ 10.000,00 deve ser recolhido ao estado do Espírito Santo em guia própria e obedecendo aos
preceitos da legislação estadual, como data de vencimento e código de recolhimento.
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O Imposto de Renda, relativo aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou
variável, será definitivo, não se compensando ou restituindo para o optante pelo Simples Nacional.
Fica dispensada a retenção do imposto de renda na fonte sobre as importâncias pagas ou creditadas a pessoa
jurídica inscrita no Simples Nacional. Esta dispensa não se aplica ao imposto de renda relativo aos rendimentos
ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável.
A retenção do PIS/COFINS/CSLL por serviços prestados (Lei 10.833/2003) não será exigida na hipótese de
pagamentos efetuados a pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional, em relação às suas receitas
próprias.
As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional ficam dispensadas do
pagamento das demais contribuições instituídas pela União, ficando ainda dispensadas das contribuições para
as entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical, de que trata o
art. 240 da Constituição Federa1, e demais entidades de serviço social autônomo.
A "Nota B.8", alínea "b" do Anexo da Portaria MTE 1.207/2008 também estabelece que, embora a contribuição
sindical seja de recolhimento obrigatório, em alguns casos, como no caso das microempresas e empresas
optantes pelo SIMPLES, a contribuição sindical não é devida.
A Coordenação Geral de Relações do Trabalho do MTE emitiu a NOTA TÉCNICA/CGRT/SRT Nº 02/2008 a qual
dispõe sobre a dispensa do recolhimento da Contribuição Sindical Patronal pelas ME e EPP optantes pelo
Simples Nacional.
A referida nota dispõe no item 6, o parecer da Consultoria Jurídica do Ministério do Trabalho e Emprego quanto
à interpretação adequada a ser conferida aos arts. 13. § 3º e 53 da Lei Complementar nº 123, de 2006, o qual
transcreve-se na íntegra:
Item 6:
"Pelo exposto, temos que com a revogação do art. 53, da LC nº 123, de 2006, permanece válida a interpretação
exarada por esta Pasta quando ainda vigente a Lei nº 9.317/96, no sentido de que as microempresas e as
empresas de pequeno porte optantes pelo simples nacional estão isentas do recolhimento das contribuições
sindicais de que trata a Seção I, do Capítulo III, do Título V, da Consolidação das Leis do Trabalho."
Porém, vários sindicatos insistem em um entendimento diferente, e exigem de seus associados a contribuição
respectiva, apesar da determinação legal. Em suma, alegam que a dispensa não é objetiva, e que a lei não
poderia atribuir dispensa genérica a um tributo.
Recomenda-se que cada empresa analise a questão, decidindo recolher ou não a contribuição sindical conforme
entendimento firmado pelo seu departamento jurídico.
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PRAZO DE PAGAMENTO
Para fatos geradores ocorridos a partir de 01.03.2009, o prazo de pagamento do Simples é até o dia 20 do mês
subseqüente àquele em que houver sido auferida a receita bruta. Quando não houver expediente bancário no
prazo estabelecido, os tributos deverão ser pagos até o dia útil imediatamente posterior.
O CGSN, através da Resolução 11/2007, instituiu o DAS - Documento de Arrecadação do Simples Nacional.
O DAS será impresso exclusivamente por meio do aplicativo a ser disponibilizado no Portal do Simples Nacional
na internet, após a prestação, pelo contribuinte, das informações necessárias à realização do cálculo do valor
mensal devido.
É vedada a impressão do modelo do DAS para fins de comercialização.
Fica vedada a emissão de DAS com valor total inferior a R$ 10,00 (dez reais). O valor devido do Simples
Nacional que resultar inferior a R$ 10,00 (dez reais) deverá ser diferido para os períodos subseqüentes, até que
o total seja igual ou superior a R$ 10,00 (dez reais).
O DAS somente será acolhido por instituição financeira credenciada para tal finalidade, denominada agente
arrecadador.
O acolhimento da arrecadação relativa ao Simples Nacional far-se-á por meio do DAS, em guichê de caixa
bancário ou mediante utilização de meio eletrônico.
Na hipótese de a microempresa ou a empresa de pequeno porte possuir filiais, o recolhimento dos tributos do
Simples Nacional dar-se-á por intermédio da matriz.
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O valor não pago até a data do vencimento sujeitar-se-á à incidência de encargos legais na forma prevista na
legislação do imposto sobre a renda.
Caso tenha havido a retenção na fonte do ISS, o mesmo será definitivo e deverá ser deduzida a parcela do
Simples Nacional a ele correspondente, que será apurada, tomando-se por base as receitas de prestação de
serviços que sofreram tal retenção, não sendo o montante recolhido na forma do Simples Nacional objeto de
partilha com os municípios.
As ME e EPP optantes pelo Simples Nacional não poderão segregar como receitas sujeitas a retenção aquelas
recebidas pela prestação de serviços que sofrerem retenção do ISS na fonte, na forma da legislação do
município, nas hipóteses em que não forem observadas as disposições do art. 3º da Lei Complementar
116/2003.
NORMAS DE RETENÇÃO
A retenção na fonte de ISS das microempresas ou das empresas de pequeno porte optantes pelo Simples
Nacional somente será permitida se observado o disposto no art. 3º da Lei Complementar 116/2003, e deverá
observar as seguintes normas:
I - a alíquota aplicável na retenção na fonte deverá ser informada no documento fiscal e corresponderá ao
percentual de ISS previsto nos Anexos III, IV ou V da Lei Complementar 128/2008 para a faixa de receita bruta a
que a microempresa ou a empresa de pequeno porte estiver sujeita no mês anterior ao da prestação;
II - na hipótese de o serviço sujeito à retenção ser prestado no mês de início de atividades da microempresa ou
empresa de pequeno porte, deverá ser aplicada pelo tomador a alíquota correspondente ao percentual de ISS
referente à menor alíquota prevista nos Anexos III, IV ou V da Lei Complementar 128/2008;
III - na hipótese do item II, constatando-se que houve diferença entre a alíquota utilizada e a efetivamente
apurada, caberá à microempresa ou empresa de pequeno porte prestadora dos serviços efetuar o recolhimento
dessa diferença no mês subseqüente ao do início de atividade em guia própria do Município;
IV - na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte estar sujeita à tributação do ISS no Simples
Nacional por valores fixos mensais, não caberá a retenção do ISS, salvo quando o ISS for devido a outro
município;
V - na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte não informar a alíquota de que tratam os itens
I e II no documento fiscal, aplicar-se-á a alíquota correspondente ao percentual de ISS referente à maior alíquota
prevista nos Anexos III, IV ou V da Lei Complementar 128/2008;
VI - não será eximida a responsabilidade do prestador de serviços quando a alíquota do ISS informada no
documento fiscal for inferior à devida, hipótese em que o recolhimento dessa diferença será realizado em guia
própria do Município;
VII - o valor retido, devidamente recolhido, será definitivo, não sendo objeto de partilha com os municípios, e
sobre a receita de prestação de serviços que sofreu a retenção não haverá incidência de ISS a ser recolhido no
Simples Nacional.
Bases: § 4º do artigo 21 da LC 123/2006, na redação dada pela Lei Complementar 128/2008, e § 2º, art. 3º da
Resolução CGSN 51/2008.
REPASSE
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O banco que arrecadar os valores relativos ao Simples Nacional repassará, do total arrecadado, inclusive
encargos legais, para o:
III - Instituto Nacional do Seguro Social, o valor correspondente à Contribuição para manutenção da Seguridade
Social;
Limite de Isenção
A isenção fica limitada ao valor resultante da aplicação dos percentuais de que trata o art. 15 da Lei nº 9.249, de
26 de dezembro de 1995, sobre a receita bruta mensal, no caso de antecipação de fonte, ou da receita bruta
total anual, tratando-se de declaração de ajuste, subtraído do valor devido na forma do Simples Nacional no
período, relativo ao IRPJ.
Base: § 1° do artigo 6º da Resolução CGSN 4/2007 (na redação dada pela Resolução CGSN 14/2007).
Art. 15 da Lei 9.249:
A base de cálculo do imposto, em cada mês, será determinada mediante a aplicação do percentual de oito por
cento sobre a receita bruta auferida mensalmente, observado o disposto nos arts. 30 a 35 da Lei nº 8.981, de 20
de janeiro de 1995.
§ 1º Nas seguintes atividades, o percentual de que trata este artigo será de:
I - um inteiro e seis décimos por cento, para a atividade de revenda, para consumo, de combustível derivado de
petróleo, álcool etílico carburante e gás natural;
II - dezesseis por cento:
a) para a atividade de prestação de serviços de transporte, exceto o de carga, para o qual se aplicará o
percentual previsto no caput deste artigo;
b) para as pessoas jurídicas a que se refere o inciso III do art. 36 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995,
observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 29 da referida Lei;
III - trinta e dois por cento, para as atividades de:
a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares;
b) intermediação de negócios;
c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza;
d) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito,
seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de
vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).
§ 2º No caso de atividades diversificadas será aplicado o percentual correspondente a cada atividade.
§ 3º As receitas provenientes de atividade incentivada não comporão a base de cálculo do imposto, na
proporção do benefício a que a pessoa jurídica, submetida ao regime de tributação com base no lucro real, fizer
jus.
§ 4º O percentual de que trata este artigo também será aplicado sobre a receita financeira da pessoa jurídica
que explore atividades imobiliárias relativas a loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de
prédios destinados à venda, bem como a venda de imóveis construídos ou adquiridos para a revenda, quando
decorrente da comercialização de imóveis e for apurada por meio de índices ou coeficientes previstos em
contrato. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
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Exemplo:
Uma empresa comercial, com receita bruta mensal em janeiro/2009 de R$ 30.000,00 e Receita Bruta acumulada
em 12 meses de R$ 360.000,00, pretende distribuir lucros do referido mês.
1. Aplica-se o percentual de presunção de lucro (tabela da Lei 9.249/95) correspondente à atividade comercial,
que é de 8%, sobre o valor da receita do mês (R$ 30.000,00 x 8% = R$ 2.400,00).
2. Do valor apurado em (1), será subtraído o valor devido ao Simples Nacional, relativo ao IRPJ (este percentual
está na primeira coluna de cada tabela, após a coluna “alíquota”):
R$ 30.000,00 x 0,27% (alíquota correspondente ao IRPJ na Tabela do Simples - Receita Bruta até R$
360.000,00 - Tabela do Anexo I – Comércio, vigente a partir de 01.01.2009) = R$ 81,00.
3. Subtrai-se (1 – 2) e teremos o valor que ser distribuído lucros com isenção neste mês:
O limite de isenção não se aplica na hipótese de a pessoa jurídica manter escrituração contábil e evidenciar
lucro superior àquele limite.
Ou seja, provado através da contabilidade que o lucro apurado é superior ao determinado mediante a regra do §
1º do artigo 14, poderá este lucro ser distribuído com a isenção do imposto de renda.
Assim, se o comerciante, no exemplo anterior, tiver um lucro contábil de R$ 4.000,00 no mês, poderá distribuir
este valor, sem tributação pelo imposto de renda.
Isto evidencia uma vantagem inequívoca da manutenção da escrita contábil, cabendo aos contabilistas alertarem
seus clientes sobre esta vantagem, providenciando o levantamento patrimonial (balanço de abertura) e início da
escrituração, em 01.07.2007.
A opção pelo Simples Nacional da pessoa jurídica enquadrada na condição de microempresa e empresa de
pequeno porte dar-se-á por meio da internet, sendo irretratável para todo o ano-calendário.
A opção deverá ser realizada no mês de janeiro, até o seu último dia útil, produzindo efeitos a partir do primeiro
dia do ano-calendário da opção.
VEDAÇÕES À OPÇÃO
- que explorem atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, gestão de
crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos (asset
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- de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal;
- que possuam débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou com as Fazendas Públicas federal,
estadual ou municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa;
- que tenham por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de
natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, bem
como as que prestem serviços de instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer tipo de intermediação de
negócios;
- que realizem atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir à prestação de serviços
tributados pelo ISS.
Base: LC 128/2008.
As vedações relativas a exercício de atividades previstas como impeditivas não se aplicam às pessoas jurídicas
que se dediquem exclusivamente às atividades seguintes, ou as exerçam em conjunto com outras atividades
que não tenham sido objeto de vedação:
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V - agência lotérica;
VI - serviços de manutenção e reparação de automóveis, caminhões, ônibus, outros veículos pesados, tratores,
máquinas e equipamentos agrícolas;
VII - serviços de instalação, manutenção e reparação de acessórios para veículos automotores;
XIII - que se dedique a construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de
subempreitada;
XXII – (vetado)
XXIII - elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, desde que desenvolvidos em
estabelecimento do optante;
XXV - planejamento, confecção, manutenção a atualização de páginas eletrônicas desde que realizados em
estabelecimento do optante;
Também poderá optar pelo Simples Nacional a microempresa ou empresa de pequeno porte que se dedique à
prestação de outros serviços que não tenham sido objeto de vedação expressa.
E, a partir de 01.01.2009, deixam de ser vedadas as seguintes atividades, por força da LC 128/2008:
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Escolas técnicas
Escolas profissionais
Escolas de ensino médio
Cursos técnicos de pilotagem
Cursos preparatórios para concursos
Cursos gerenciais
Instalação, reparos e manutenção em geral
Usinagem
Solda
Tratamento e revestimento de metais
Execução de projetos
Paisagismo
Decoração de interiores
Laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica
Tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e métodos óticos, bem como ressonância
magnética
Serviços de prótese em geral
A exploração de atividade de compra e venda de veículos automotores recebidos em consignação, desde que os
contratantes preencham as condições previstas nos arts. 693 e 694 do Novo Código Civil (contrato de comissão
mercantil) e demais exigências da legislação tributária, não se configura como intermediação de negócios e não
veda o ingresso da empresa no Simples Nacional.
VALOR DEVIDO
O cálculo do valor devido do Simples Nacional deverá ser efetuado por meio de aplicativo específico disponível
na internet.
O documento único de arrecadação para recolhimento do valor devido será gerado pelo aplicativo respectivo.
O Simples Nacional é calculado com base na receita bruta do mês. Aplica-se sobre a respectiva receita a
alíquota prevista, obtendo-se então o valor devido.
Na hipótese de a ME ou a EPP possuir filiais, deverá ser considerado o somatório das receitas brutas de todos
os estabelecimentos.
Caso a empresa obtiver receita de duas ou mais diferentes atividades (comércio, indústria, locação de bens e
serviços), tiver vendas de exportações ou sujeitas à substituição tributária (PIS, COFINS ou ICMS) ou ainda
sofrer retenção do ISS (para serviços), deverá separar tais valores, para informação no respectivo aplicativo de
cálculo no Portal Nacional do Simples Nacional.
Isto porque as receitas relativas a operações sujeitas a substituição tributária, a tributação concentrada em uma
única etapa (monofásica) e a antecipação tributária com encerramento de tributação deverão ser segregadas em
função dos tributos objetos da substituição, para não haver dupla incidência tributária (Simples +
Substituição/Antecipação Tributária ou Tributação Monofásica).
As normas de sobre o cálculo e o recolhimento, bem como respectivas tabelas do Simples Nacional, encontram-
se estabelecidas na Resolução CGSN 51/2008.
Apenas a título de exemplos, e observando que o cálculo efetivo é realizado pelo programa, cita-se:
Exemplo 1:
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Empresa comercial, que não auferiu receita de exportação ou de venda de mercadorias sujeitas à substituição
tributária, apurou R$ 10.000,00 de revendas de mercadorias, em janeiro/2009, sendo que a receita bruta
acumulada nos doze meses anteriores ao do período de apuração é R$ 150.000,00.
Então teremos:
Exemplo 2:
Então teremos:
Vendas de produtos no mercado interno – Tabela Anexo II – Alíquota de 8,86%.
Venda de produtos para exportação – exclusão das alíquotas relativas aos tributos sobre as parcelas de
exportação não sujeita a:
COFINS – 1,16%
PIS – 0,28%
ICMS – 2,84%
IPI – 0,50%
Alíquota efetiva = 8,86% - 1,16% - 0,28% - 2,84% - 0,50% = 4,08%
R$ 50.000,00 x 8,86% = R$ 4.430,00
R$ 20.000,00 x 4,08% = R$ 816,00
Total Devido = R$ 4.430,00 + R$ 816,00 = R$ 5.246,00.
Exemplo 3:
Empresa de administração e locação de imóveis de terceiros, auferiu receita destes serviços, no mês de
janeiro/2009, de R$ 50.000,00. Não houve retenção ou substituição tributária, sendo o ISS devido ao próprio
Município.
A receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao do período de apuração é R$ 400.000,00.
Como se trata de atividade sujeita a tabela do Anexo V, então teremos que obter dados da folha de pagamento
da empresa respectiva, assim determinados:
Como (r) é maior ou igual a 0,35 e menor que 0,40, aplica-se penúltima coluna da Tabela do Anexo V.
Então teremos:
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Além deste cálculo, deve-se ainda incluir o percentual do ISS previsto no Anexo IV, pois o ISS não está previsto
na alíquota do Anexo V em vigor desde 01.01.2009. Então teremos, a título de ISS:
A microempresa (ME) e a empresa de pequeno porte (EPP) optantes pelo Simples Nacional contribuem na
forma estabelecida nos artigos 13 e 18 da Lei Complementar 123/2006, em substituição às contribuições de que
trata o art. 22 da Lei nº 8.212/91.
As ME e EPP optantes pelo Simples Nacional ficam dispensadas, na forma do § 3º do art. 13 da Lei
Complementar 123/2006, do pagamento das demais contribuições instituídas pela União, inclusive as
contribuições para as entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema
sindical, de que trata o art. 240 da Constituição, e demais entidades de serviço social autônomo.
As ME e EPP optantes pelo Simples Nacional são obrigadas a arrecadar e recolher, mediante desconto ou
retenção, as contribuições devidas:
I - pelo segurado empregado, podendo deduzir, no ato do recolhimento, os valores pagos a título de salário-
família e salário-maternidade;
III - pelo segurado, destinadas ao SEST e ao SENAT, no caso de contratação de contribuinte individual
transportador rodoviário autônomo;
IV - pelo produtor rural pessoa física ou pelo segurado especial, incidentes sobre o valor bruto da
comercialização de produto rural, na condição de sub-rogadas;
V - pela associação desportiva, incidente sobre a receita bruta decorrente de contrato de patrocínio, de
licenciamento de uso de marcas e símbolos, de publicidade, de propaganda e de transmissão de espetáculos
desportivos, quando forem as patrocinadoras; e
VI - pela empresa contratada, incidentes sobre o valor bruto da nota fiscal, fatura, ou recibo de prestação de
serviço mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada;
As ME e EPP optantes pelo Simples Nacional que prestarem serviços mediante cessão de mão-de-obra ou
empreitada estão sujeitas à retenção referida no art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991, sobre o valor bruto da nota
fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços emitidos.
A partir de 01.01.2009
A partir de 01.01.2009, com a nova formatação do anexo V, prevista pela LC 128/2008 que incluiu o INSS em
suas tabelas, apenas dois grupos de atividades permanecem tributadas pelo anexo IV, com a cota patronal
previdenciária paga à parte do simples nacional (diretamente à RFB), por meio da guia da previdência social
(GPS):
1. construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada, execução de
projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração de interiores.
2. serviço de vigilância, limpeza ou conservação.
DAS ATIVIDADES
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O INSS será recolhido de acordo com as atividades dispostas nos anexos I a V da Lei Complementar 123/2006.
A partir de 01.01.2009, para as atividades que se enquadrem no anexo IV da Lei Complementar 123/2006, o
valor do INSS não está incluso no percentual mensal a recolher, devendo, para essas hipóteses, recolher as
contribuições segundo a legislação aplicável aos demais contribuintes ou responsáveis, ou seja, de acordo com
o art. 22 da Lei nº 8.212/91.
A partir de 01.01.2009, as regras de elaboração da folha de pagamento, no caso de atividades sujeitas ao Anexo
IV estão ainda por ser regulamentadas pela Receita Federal do Brasil.
GFIP/SEFIP
As ME e EPP optantes pelo Simples Nacional, no que se refere às contribuições sociais previstas no art. 22 da
Lei nº 8.212/91, serão tributadas da seguinte forma:
Nota: A contribuição a ser recolhida na forma do item III corresponderá ao resultado da multiplicação do valor da
Nota
contribuição calculada conforme o disposto no art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, pela fração, cujo numerador é a
receita bruta auferida nas atividades enquadradas no anexo IV e/ou V da Lei Complementar 123/2006, e o
denominador é a receita bruta total auferida pela empresa.
Isenção:
Isenção As ME e EPP optantes pelo Simples Nacional ficam dispensadas, na forma do § 3º do art. 13 Lei
Complementar 123/2006, do pagamento das demais contribuições instituídas pela União, inclusive as
contribuições para as entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema
sindical, de que trata o art. 240 da Constituição, e demais entidades de serviço social autônomo.
Exemplo 1
(Empresas enquadradas exclusivamente nas atividades dos anexos I, II e III)
Estas empresas só recolherão o valor do INSS retido dos empregados e dos demais contribuintes individuais,
além das demais hipóteses de retenção ou incidência listados no item "INSS - Recolhimentos Devidos".
Exemplo 2
(Empresas enquadradas exclusivamente nas atividades dos anexos IV e V)
Para as empresas que estão enquadradas nas atividades dos anexos IV e V (Serviços), precisam calcular o
valor do INSS conforme previsto no art. 22 da Lei nº 8.212/91.
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Empregador - 20% (vinte por cento) sobre o valor da folha e pagamentos a contribuintes individuais (pró-labore,
autônomos);
SAT - variável conforme FAP;
Empregados - valor retido dos empregados e demais retenções dos contribuintes individuais (pró-labore,
autônomos);
15% sobre pagamentos a Cooperativas de Trabalho.
Considerando o cálculo dos encargos previdenciários de uma instituição de ensino, por exemplo, o valor a
recolher sobre a folha de pagamento dos empregados será com base no código FPAS 574:
Contribuição (%)
FPAS 20%
SAT ou RAT 1%
TERCEIROS 0%
Notas:
1. Considerando o Fator Acidentário Previdenciário - FAP, o valor do recolhimento do SAT/RAT poderá
aumentar ou diminuir de acordo com o índice de desempenho da empresa.
2. O empregador deverá também observar as demais hipóteses de retenção ou incidência listados no item
"INSS - Recolhimentos Devidos".
Exemplo 3
Fórmula:
Nota: entendemos que se trata da receita bruta mensal, correspondente ao mês de competência do INSS.
Se determinada empresa com 20 empregados que possui atividades enquadradas de forma mista, obtém receita
bruta total de R$ 150.000,00, sendo deste total R$ 85.000,00 das atividades dos anexos IV e V e tendo pago R$
12.000,00 no total da remuneração da folha de pagamento, temos:
Entendemos que o cálculo da contribuição para o SAT é da mesma forma, ou seja, utiliza-se a mesma fórmula
de acordo com o percentual enquadrado no código FPAS. Considerando os dados do exemplo 2, teríamos:
Portanto, para estas empresas de atividades mistas, será necessária a apuração contábil das receitas das
respectivas atividades para que seja possível a apuração do cálculo da contribuição previdenciária.
Notas:
1. Considerando o Fator Acidentário Previdenciário - FAP, o valor do recolhimento do SAT/RAT poderá
aumentar ou diminuir de acordo com o índice de desempenho da empresa.
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2. O empregador deverá também observar as demais hipóteses de retenção ou incidência listados no item
"INSS - Recolhimentos Devidos".
As ME e as EPP deverão ratear o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviço em:
I - montante correspondente à prestação de serviços em atividades exclusivamente enquadradas nos anexos de
I a III da Lei Complementar nº 123/2006;
→ Neste caso, a contribuição devida será substituída pelo regime do Simples Nacional;
III - montante correspondente à prestação concomitante de serviços em atividades enquadradas nos anexos IV
ou V, em conjunto com outra que se enquadre em um dos anexos de I a III, da Lei Complementar 123/2006.
→ Neste caso, a contribuição devida será calculada à alíquota de 15% (quinze por cento), multiplicando-se o
resultado pela fração cujo numerador é a receita bruta auferida nas atividades enquadradas no anexo IV e/ou V
da Lei Complementar 123/2006, e o denominador é a receita bruta total auferida pela empresa.
GFIP/SEFIP
A IN RFB 763/2007 dispunha sobre as informações a serem declaradas em Guia de Recolhimento do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP) pelas empresas optantes pelo
Simples que exerciam atividades tributadas na forma dos anexos IV e V da Lei Complementar 123/2006.
No caso dos serviços previstos no § 2º do art. 6º da Lei Complementar 116/2003, adiante listados, prestados
pelas microempresas e pelas empresas de pequeno porte, o tomador do serviço deverá reter o montante
correspondente na forma da legislação do município onde estiver localizado, que será abatido do valor a ser
recolhido na forma do § 3º do art. 21 da LC 123/2006:
I – o tomador ou intermediário de serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no
exterior do País;
II – a pessoa jurídica, ainda que imune ou isenta, tomadora ou intermediária dos serviços descritos nos subitens
da lista anexa à LC 116/2003, a seguir listados:
3.05 – Cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas de uso temporário.
7.02 – Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil, hidráulica ou
elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e
irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e
equipamentos;
7.04 – Demolição.
7.09 – Varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final de lixo,
rejeitos e outros resíduos quaisquer.
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7.10 – Limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas,
parques, jardins e congêneres.
7.12 – Controle e tratamento de efluentes de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e biológicos.
7.16 – Florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres.
7.17 – Escoramento, contenção de encostas e serviços congêneres.
7.19 – Acompanhamento e fiscalização da execução de obras de engenharia, arquitetura e urbanismo.
11.02 – Vigilância, segurança ou monitoramento de bens e pessoas.
17.05 – Fornecimento de mão-de-obra, mesmo em caráter temporário, inclusive de empregados ou
trabalhadores, avulsos ou temporários, contratados pelo prestador de serviço.
17.10 – Planejamento, organização e administração de feiras, exposições, congressos e congêneres.
A prestadora do serviço, optante pelo Simples Nacional, poderá segregar essa receita de modo a reduzir da
base de cálculo do Simples Nacional o valor referente a ela.
As ME e EPP optantes pelo Simples Nacional não poderão segregar como receitas sujeitas a retenção aquelas
recebidas pela prestação de serviços que sofrerem retenção do ISS na fonte, na forma da legislação do
município, nas hipóteses em que não forem observadas as disposições do art. 3º da Lei Complementar
116/2003.
EXEMPLO:
Uma empresa situada no município de Campo Largo (PR), contratante de serviço de vigilância de uma EPP
sediada em Curitiba (PR), deverá fazer a retenção do respectivo ISS, recolhendo-o ao município de Campo
Largo (PR).
A EPP situada em Curitiba (PR) excluirá o valor da receita sujeita à retenção do ISS, para fins de aplicação da
alíquota do ISS da tabela do Simples.
DESTAQUE DA RECEITA
III - as receitas decorrentes da prestação de serviços, bem como a de locação de bens móveis;
V - as receitas decorrentes da exportação de mercadorias para o exterior, inclusive as vendas realizadas por
meio de comercial exportadora ou do consórcio previsto na LCMEEPP.
Para efeito de determinação da alíquota, o sujeito passivo utilizará a receita bruta acumulada nos doze meses
anteriores ao do período de apuração.
Exemplos:
Empresa apurou os seguintes dados de receitas de revendas de mercadorias para o país, sem substituição
tributária:
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Ao vender algum bem ou direito, a empresa optante pelo Simples deverá apurar o ganho de capital.
A tributação do ganho de capital será definitiva mediante a incidência da alíquota de 15% (quinze por cento)
sobre a diferença positiva entre o valor de alienação e o custo de aquisição diminuído da depreciação,
amortização ou exaustão acumulada, ainda que a microempresa e a empresa de pequeno porte não mantenham
escrituração contábil desses lançamentos.
A ME ou a EPP optante pelo Simples Nacional que não mantiver escrituração contábil deverá comprovar,
mediante documentação hábil e idônea, o valor e data de aquisição do bem ou direito e demonstrar o cálculo da
depreciação, amortização ou exaustão acumulada.
Na apuração de ganho de capital, os valores acrescidos em virtude de reavaliação somente poderão ser
computados como parte integrante dos custos de aquisição dos bens e direitos se a empresa comprovar que os
valores acrescidos foram computados na determinação da base de cálculo do imposto.
O imposto de renda calculado, decorrente da alienação de ativos, deverá ser pago até o último dia útil do mês
subseqüente ao da percepção dos ganhos.
Base: § 3º a § 6º - art. 5º - Resolução CGSN 4/2007.
Código DARF
A partir de 21.12.2007, fica instituído o código de receita 0507 - IRPJ - Ganho de Capital - Alienação de Ativos
de ME/EPP Optantes pelo Simples Nacional, conforme Ato Declaratório Executivo CODAC 90/2007.
IMUNIDADE
Sobre a parcela das receitas sujeitas a imunidade, serão desconsiderados os percentuais dos tributos sobre os
quais recaia a respectiva imunidade, conforme o caso.
A incidência do Simples Nacional pode se dar, à opção do contribuinte, na forma regulamentada pelo Comitê
Gestor, sobre a receita recebida no mês (“regime de caixa”), sendo esta opção irretratável para todo o ano-
calendário.
A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional que, durante o primeiro semestre de 2007, foi tributada na forma do
Simples Federal com o reconhecimento de suas receitas à medida do recebimento deverá reconhecer, no mês
de junho de 2007, as receitas auferidas e ainda não recebidas, conforme determina a Instrução Normativa RFB
nº 752, de 09/07/2007.
Até 31.12.2008 a receita bruta, para fins de apuração do Simples Nacional, será reconhecida pelo regime de
competência (“faturamento”).
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Na hipótese de a ME ou a EPP possuir filiais, deverá ser considerado o somatório das receitas recebidas por
todos os estabelecimentos.
Nas prestações de serviços ou operações com mercadorias a prazo, a parcela não vencida deverá
obrigatoriamente integrar a base de cálculo dos tributos abrangidos pelo Simples Nacional até o último mês do
ano-calendário subseqüente àquele em que tenha ocorrido a respectiva prestação de serviço ou operação com
mercadorias.
Exemplo:
Nota Fiscal de serviços emitida em Janeiro/2009, no valor de R$ 5.000,00, cujo recebimento é previsto para
Março/2009. O contribuinte é optante pela tributação pelo Simples segundo o regime de caixa.
Entretanto, o cliente ficou inadimplente, e não pagou respectiva nota, até 31.12.2010. O valor de R$ 5.000,00
deverá ser incluído como receita bruta no mês de dezembro/2010.
O optante pelo regime de apuração segundo o regime de caixa deverá manter registro dos valores a receber, no
modelo constante do Anexo Único da Resolução CGSN 45/2008, no qual constarão, no mínimo, as seguintes
informações, relativas a cada prestação de serviço ou operação com mercadorias a prazo:
I - número e data de emissão de cada documento fiscal;
II - valor da operação ou prestação;
III - quantidade e valor de cada parcela, bem como a data dos respectivos vencimentos;
IV - a data de recebimento e o valor recebido;
V - saldo a receber;
VI - créditos considerados não mais cobráveis.
Na hipótese de haver mais de um documento fiscal referente a uma mesma prestação de serviço ou operação
com mercadorias, estas deverão ser registradas conjuntamente.
Fica dispensado o registro em relação às prestações e operações realizadas por meio de administradoras de
cartões, inclusive de crédito, desde que a ME ou a EPP anexe ao respectivo registro os extratos emitidos pelas
administradoras relativos às vendas e aos créditos respectivos.
A adoção do regime de que trata o caput pela ME ou EPP não a desobriga de manter em boa ordem e guarda os
documentos e livros previstos da Resolução CGSN n° 10, de 28 de junho de 2007, inclusive com a
discriminação completa de toda a sua movimentação financeira e bancária, constante do Livro Caixa.
Na hipótese de descumprimento do registro dos valores não recebidos, será desconsiderada, de ofício, a opção
pelo regime de apuração de receitas pelo regime de caixa, para os anos-calendário correspondentes ao período
em que tenha ocorrido o descumprimento. Nesta hipótese, os tributos abrangidos pelo Simples Nacional deverão
ser recalculados pelo regime de competência, sem prejuízo dos acréscimos legais correspondentes.
As ME e as EPP optantes pelo Simples Nacional deverão adotar para os registros e controles das operações e
prestações por elas realizadas:
I - Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a sua movimentação financeira e bancária;
II - Livro Registro de Inventário, no qual deverão constar registrados os estoques existentes no término de cada
ano-calendário, quando contribuinte do ICMS;
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III - Livro Registro de Entradas, modelo 1 ou 1-A, destinado à escrituração dos documentos fiscais relativos às
entradas de mercadorias ou bens e às aquisições de serviços de transporte e de comunicação efetuadas a
qualquer título pelo estabelecimento, quando contribuinte do ICMS;
IV - Livro Registro dos Serviços Prestados, destinado ao registro dos documentos fiscais relativos aos serviços
prestados sujeitos ao ISS, quando contribuinte do ISS;
V - Livro Registro de Serviços Tomados, destinado ao registro dos documentos fiscais relativos aos serviços
tomados sujeitos ao ISS;
VI - Livro de Registro de Entrada e Saída de Selo de Controle, caso exigível pela legislação do Imposto sobre
Produtos Industrializados - IPI.
Dispensa de Livros
Os livros obrigatórios poderão ser dispensados, no todo ou em parte, pelo ente tributante da circunscrição fiscal
do estabelecimento do contribuinte, respeitados os limites de suas respectivas competências.
O empreendedor individual com receita bruta acumulada no ano de até R$ 36.000,00 fica dispensado das
obrigações de escriturar os livros contábeis e fiscais.
Livros Específicos
I - Livro Registro de Impressão de Documentos Fiscais, pelo estabelecimento gráfico para registro dos impressos
que confeccionar para terceiros ou para uso próprio;
O ente tributante que adote sistema eletrônico de emissão de documentos fiscais ou recepção eletrônica de
informações poderá exigi-los de seus contribuintes optantes pelo Simples Nacional, observando os prazos e
formas previstos nas respectivas legislações.
Normas de Escrituração
Os livros e documentos fiscais serão emitidos e escriturados nos termos da legislação do ente tributante da
circunscrição do contribuinte, com observância do disposto nos Convênios e Ajustes Sinief que tratam da
matéria, especialmente os Convênios Sinief s/nº de 15 de dezembro de 1970, e nº 6, de 21 de fevereiro de 1989.
Controles Especiais
As ME e as EPP optantes pelo Simples Nacional ficam obrigadas ao cumprimento das obrigações acessórias
previstas nos regimes especiais de controle fiscal, quando exigíveis pelo respectivo ente tributante.
Os documentos fiscais relativos a operações ou prestações realizadas ou recebidas, bem como os livros fiscais
e contábeis, deverão ser mantidos em boa guarda, ordem e conservação enquanto não decorrido o prazo
decadencial e não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes.
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A legislação do Imposto de Renda tem diversos incentivos fiscais. Por desconhecimento, muitos contribuintes
deixam de utilizar tais dispositivos legais, pagando, assim, maior imposto.
De acordo com o art. 614 do Regulamento do Imposto de Renda/1999, não podem se beneficiar da dedução dos
incentivos de que trata este manual:
É permitido às pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real deduzir do Imposto de Renda devido, a título
de incentivo fiscal, entre outros, o valor correspondente á aplicação da alíquota do imposto sobre a soma das
despesas de custeio realizadas no período em Programas de Alimentação do Trabalhador (PAT).
Para cadastrar-se no PAT, a pessoa jurídica deve apresentar e registrar formulário junto ao ECT ou enviar via
internet constante no "site" do MTE (www.mte.gov.br), mantendo o comprovante de postagem da agência ou o
comprovante de adesão via internet. Estes documentos têm validade por prazo indeterminado.
As empresas que firmarem o termo de adesão a partir de 2.000 não precisam renovar o formulário, no entanto,
aquelas que o fizeram antes, devem renovar o mesmo, que a partir dessa renovação será válido por prazo
indeterminado.
A adesão ao PAT consiste na apresentação do formulário oficial, devidamente preenchido e instruído com os
seguintes elementos:
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O formulário é adquirido nas agências da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). A inscrição
também pode ser efetuada por meio eletrônico utilizando o formulário constante da página do Ministério do
trabalho e Emprego na INTERNET (www.mte.gov.br).
A empresa deverá informar anualmente no Relatório Anual de Informações Sociais - RAIS sua participação no
Programa.
Base: Art. 2, parágrafo 1 da Portaria Interministerial MTPS/MF/MS 5/1999; e art. 2 da Portaria SIT 3/2002.
A documentação relacionada aos gastos com o Programa e aos incentivos dele decorrentes deve ser mantida à
disposição da fiscalização, de modo a possibilitar seu exame e confronto com os registros contábeis e fiscais
exigidos pela legislação pertinente.
Bases: parágrafo 2, art. 4 da Portaria Interministerial MTPS/MF/MS 5/1999 e § 1 e 2 do art. 2 da Portaria SIT
3/2002.
Na emissão dos documentos de legitimação, deverão ser adotados mecanismos que assegurem proteção contra
falsificação.
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Extensão do programa
Empregados de sub-empreiteira
De acordo com o Parecer Normativo CST 08/82, a empresa empreiteira pode estender o PAT aos empregados
de sub-empreiteira que para ela trabalhem no mesmo canteiro de obras.
É importante ressaltar que no PAT previamente aprovado pelo Ministério do Trabalho, a parcela paga in natura
pela empresa não tem natureza salarial, não se incorpora à remuneração para quaisquer efeitos, não constitui
base de incidência de contribuição previdenciária ou do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) nem se
configura como rendimento tributável do trabalhador (art. 6 do Decreto 05/1991).
Os trabalhadores de renda mais elevada podem ser incluídos no Programa de Alimentação do Trabalhador,
desde que esteja garantido o atendimento da totalidade dos trabalhadores que percebam até 5 salários mínimos,
independentemente da duração da jornada de trabalho.
O benefício concedido aos trabalhadores que percebem até 5 salários mínimos não poderá, sob qualquer
pretexto, ter valor inferior àquele concedido aos de renda mais elevada.
Observados os critérios expostos a seguir, a pessoa jurídica pode deduzir do Imposto de Renda devido com
base no lucro real o valor equivalente á aplicação da alíquota cabível do Imposto de Renda sobre a soma das
despesas de custeio realizadas na execução do PAT, diminuída a participação dos empregados no custo das
refeições.
1) uma vez, via contabilidade valor liquido dos gastos a título de despesa com o PAT, ressaltando-se que essa
dedução não tem limites;
2) a segunda vez, pela dedução direta do imposto, obedecidos os limites adiante comentados.
A pessoa jurídica que custear em comum com outra pessoa jurídica as despesas para a execução do Programa
de Alimentação do Trabalhador poderá beneficiar-se do incentivo fiscal, porém, apurando-se o valor do incentivo
pelo critério de rateio. (art. 6 do Decreto 05/1991).
A pessoa jurídica deve destacar contabilmente, com subtítulos por natureza de gastos, as despesas constantes
do Programa de Alimentação do Trabalhador (art. 7 do Decreto 05/1991).
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Exemplo:
As despesas de custeio admitidas na base de cálculo do incentivo são aquelas que vierem a constituir o custeio
direto e exclusivo do serviço de alimentação, podendo ser considerados, além da matéria-prima, mão-de-obra,
encargos decorrentes de salários, asseio e os gastos de energia diretamente relacionados com o preparo e a
distribuição das refeições.
Desde 01.01.1998, a dedução direta no imposto, relativa ao incentivo ao PAT, fica limitada a 4% (QUATRO POR
CENTO), do Imposto de Renda (sem a inclusão do adicional).
Exemplo:
Dedução do imposto devido por estimativa ou com base no lucro real definitivo
Observados os limites supracitados e os demais requisitos aqui mencionados, o valor do incentivo ao PAT pode
ser deduzido do valor do imposto:
1) devido mensalmente por estimativa, ainda que calculado com base em balanços/balancetes de suspensão ou
redução do imposto mensal;
2) apurado com base no lucro real anual ou trimestral.
A dedução do incentivo ao PAT, como já mencionado, está limitada a 4% do imposto devido, mas o eventual
excesso pode ser utilizado para dedução nos dois anos-calendário subseqüentes com observância dos limites
admitidos.
Para efeito de pagamento mensal do imposto por estimativa, a parcela do incentivo excedente em cada mês
pode ser utilizada nos meses subseqüentes, do mesmo ano-calendário, observados os limites legais.
A participação do trabalhador no PAT é limitada a 20% (vinte por cento) do custo direto da refeição.
Bases: parágrafo 2o do artigo 585 do Regulamento IR/99 e art. 4 da Portaria SIT 3/2002.
Exemplo:
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Para efeito de utilização do incentivo fiscal a Programas de Alimentação do Trabalhador (PAT), o custo máximo
por refeição é de R$ 1,99.
Aplicando-se sobre a base do incentivo (R$ 1,99) a alíquota do Imposto de Renda (15%), encontra-se o limite
dedutível por refeição (R$ 0,2985).
Cálculo do incentivo
O incentivo ao PAT, descontável diretamente do IRPJ, corresponderá ao menor dos seguintes valores:
1) aplicação da alíquota de 15% sobre a soma das despesas de custeio realizadas com o PAT;
2) R$ 0,2985 (15% de R$ 1,99), multiplicado pelo número de refeições fornecidas no período.
Exemplo:
Vamos supor que uma pessoa jurídica optante pelo pagamento mensal do imposto por estimativa (portanto,
sujeita ao lucro real anual) apresentasse, no mês de março, os seguintes dados:
2) despesas realizadas no mês com o PAT, já deduzida a participação cobrada dos empregados: R$ 5.000,00;
I - Determinação da base de cálculo mensal do incentivo ao PAT: R$ 1,99 x 2.500 refeições = R$ 4.975,00
Observe-se que esse é o um valor menor do que os 15 0/o sobre a soma das despesas de custeio (15% de R$
5.000,00 = R$ 750,00). Portanto, prevalecerá o menor valor (R$ 746,25).
Note-se que, como este exemplo toma por base uma empresa que esteja pagando o IR mensal por estimativa, o
excesso apurado (R$ 346,25) poderá ser utilizado nos meses subseqüentes do mesmo ano-calendário,
observados os limites legais.
Cabe fruição do incentivo fiscal de dedução do Imposto de Renda devido por pessoas jurídicas, tributadas com
base no lucro real, que efetuarem doações ou patrocínios em favor de projetos culturais.
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As doações e os patrocínios em favor de projetos culturais somente poderão ser objeto do incentivo fiscal se o
projeto houver sido aprovado pelo Ministério da Cultura (MinC).
a) o título;
b) a instituição beneficiária de doação ou patrocínio;
c) valor máximo autorizado para captação;
d) o prazo de validade da autorização;
e) o dispositivo legal (art. 18 ou 25 da Lei 8.313/91, com a redação dada pelo art. 1 da Lei 9.874/99), relativo
ao segmento objeto do projeto cultural.
O incentivo somente será concedido a projetos culturais que visem a exibição, utilização e circulação públicas
dos bens culturais deles resultantes, vedada a concessão de incentivo a obras, produtos, eventos ou outros
decorrentes, destinados ou circunscritos a circuitos privados ou a coleções particulares.
Para fins do incentivo, a doação ou o patrocínio não poderão ser efetuados a pessoa ou instituição vinculada ao
agente.
a) a pessoa jurídica da qual o doador ou patrocinador seja titular, administrador, gerente, acionista ou sócio, na
data da operação, ou nos doze meses anteriores;
b) o cônjuge, os parentes até o terceiro grau, inclusive os afins, e os dependentes do doador ou patrocinador ou
dos titulares, administradores, acionistas ou sócios de pessoa jurídica vinculada ao doador ou patrocinador.
c) outra pessoa jurídica da qual o doador ou patrocinador seja sócio.
Não se consideram vinculadas as instituições culturais sem fins lucrativos, criadas pelo doador ou patrocinador,
desde que devidamente constituídas e em funcionamento, na forma da legislação em vigor.
Intermediação - inaplicabilidade
Nenhuma aplicação de recursos poderá ser feita com a utilização de qualquer tipo de intermediação.
Considera-se doação:: a transferência gratuita, em caráter definitivo, à pessoa física ou à pessoa jurídica de
natureza cultural, sem fins lucrativos, de numerário, bens ou serviços para realização de projetos culturais,
vedado o uso de publicidade paga para a divulgação desse ato, observando-se que se equiparam a doações:
1) as despesas efetuadas por pessoas físicas ou jurídicas com o objetivo de conservar, preservar ou restaurar
bens de sua propriedade ou sob sua posse legítima, tombados pelo Governo Federal, desde que atendidos os
requisitos correspondentes.
2) a distribuição gratuita de ingressos para eventos de caráter artístico-cultural efetuada por pessoas jurídicas a
seus empregados e dependentes legais.
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Considera-se patrocínio:
1) a transferência gratuita, em caráter definitivo, à pessoa física ou jurídica de natureza cultural com ou sem fins
lucrativos, de numerário para a realização de projetos culturais, com finalidade promocional e institucional de
publicidade;
Nota: Constitui infração o recebimento, pelo patrocinador, de qualquer vantagem financeira ou material em
decorrência do patrocínio que efetuar.
d) as despesas realizadas pelo proprietário ou titular da posse legítima de bens tombados pelo Governo Federal,
objetivando sua conservação, preservação ou restauração, desde que observados os seguinte requisitos:
1) preliminar definição, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHANI), das normas e dos
critérios técnicos que deverão reger os projetos e os orçamentos;
2) aprovação prévia, pelo IPHAN, dos projetos e dos respectivos orçamentos de execução de obras;
3) posterior certificação, pelo IPHAN, das despesas efetivamente realizadas e da circunstância de terem sido as
obras executadas de acordo com os projetos aprovados;
e) o custo de cessão de uso de bens móveis ou imóveis de propriedade do patrocinador, cedidos ao responsável
pela execução do projeto cultural, observado que:
1) o custo de cessão de uso de bens móveis ou imóveis será calculado com base no preço de mercado que o
proprietário deixar de receber durante o período de cessão do bem;
2) havendo dúvida quanto ao valor declarado, a Secretaria de Apoio á Cultura e a Secretaria da Receita Federal
(SRF) poderão solicitar ao doador ou patrocinador laudo técnico de avaliação, assinado por três peritos;
f) as doações em espécie ao Fundo Nacional da Cultura (FNC), desde que comprovadas por meio de recibo de
depósito bancário e de declaração de recebimento firmada pelo donatário;
g) as despesas realizadas por pessoas jurídicas na aquisição de ingressos para eventos de caráter cultural ou
artístico, para doação a seus empregados e dependentes legais, devidamente representados pelas respectivas
organizações de trabalhadores na empresa, desde que sejam objeto de acordo firmado entre as partes e
aprovado pelo Ministério da Cultura.
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Com referência ao valor dos bens doados, observar que, no caso de doações efetuadas por pessoa jurídica, o
valor dos bens móveis ou imóveis doados será::
1) tratando-se de bem integrante do Ativo Permanente, o valor contábil do bem, constante da escrituração
comercial do doador - ou seja, o custo de aquisição (corrigido monetariamente até 31.12.1995, se o bem houver
sido adquirido até essa data) deduzido da respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada;
2) tratando-se de bem não integrante do Ativo Permanente, o custo de sua aquisição ou produção.
A pessoa física ou jurídica responsável pelo projeto cultural aprovado deverá emitir comprovantes, sob a forma e
modelo definidos pela Secretaria de Apoio á Cultura (SAC), em favor do doador ou do patrocinador, devidamente
firmados em três vias, que terão a seguinte destinação:
a) a primeira via deverá ser entregue ao doador ou patrocinador para efeito do benefício fiscal;
b) a segunda via deverá ser encaminhada á SAC, no prazo de 5 dias após a efetivação da operação;
c) a terceira via deverá ficar em poder do responsável pelo projeto cultural por um prazo não inferior a 5 anos,
para fins de fiscalização.
Limite de dedução
A dedução do incentivo referente a doações e patrocínios culturais é limitada a 4% (quatro por cento) do imposto
normal devido (sem a inclusão do adicional do imposto), dele excluído o eventual valor do imposto incidente
sobre a parcela do lucro real correspondente a lucros, rendimentos e ganhos de capital.
“do imposto apurado com base no lucro arbitrado ou no lucro presumido não será permitida qualquer dedução a
título de incentivo fiscal”,
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Assim, observado o limite indicado anteriormente, as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real podem
deduzir diretamente do Imposto de Renda devido importância correspondente a até:
realizados no período de apuração do imposto, em favor de projetos culturais previamente aprovados pelo
Ministério da Cultura.
No caso de empresa optante pelo pagamento do Imposto de Renda calculado mensalmente por estimativa e,
consequentemente, pela apuração anual do lucro real:
a) a parcela excedente ao limite de 4% do imposto normal devido no mês em que forem efetuadas as doações
ou os patrocínios poderá ser deduzida nos meses subsequentes do mesmo ano-calendário até dezembro,
observado o limite legal;
b) observadas as regras mencionadas, do imposto devido sobre o lucro real anual poderá ser deduzido o
incentivo, tomando-se por base as doações e os patrocínios realizados no ano-calendário, até o limite de 4% do
imposto anual.
Observe-se que o valor do incentivo que, em decorrência da limitação, não for aproveitado no ano-calendário da
realização das doações e dos patrocínios não poderá ser deduzido do imposto devido em ano-calendário
subsequente.
Para efeito de determinação do lucro real, os valores correspondentes a doações e patrocínios culturais
realizados terão um dos seguintes tratamentos, conforme o caso:
a) as doações e os patrocínios realizados em favor de projetos culturais aprovados pelo Ministério da Cultura
com base no art. 25 da Lei 8.313/91 podem ser integralmente deduzidos como despesa operacional, sem
prejuízo da dedução do incentivo fiscal (observadas as regras antes mencionadas);
Nota: No caso de doações e patrocínios realizados, a preços de mercado, sob a forma de prestação de serviços
ou de fornecimento de material de consumo para projetos culturais, o cômputo como despesa operacional
limitar-se-á ao custo contábil do bem ou serviço.
b) o valor total das doações e dos patrocínios realizados em favor de projetos culturais aprovados pelo Ministério
da Cultura com base no art. 18 da Lei 8.313/91 (com a redação dada pelo art. 12 da Lei 9.874/99), é indedutível
como despesa operacional, o que significa que deverá ser adicionado ao lucro líquido, para fins de determinação
do lucro real.
Empresa optante pelo pagamento do Imposto de Renda mensal do imposto por estimativa apresente os
seguintes dados correspondentes ao mês de junho/2006 (imposto a ser pago até 31.07.2006):
• imposto normal ` R$ 52.500,00
• (+) Adicional do IR R$ 20.000,00
• (=) Total do IR devido no mês R$ 72.500,00
Se considerássemos que essa empresa tivesse realizado no mês dispêndios em favor de projetos culturais
aprovados pelo Ministério da Cultura, com observância de todas as normas explanadas neste texto, nos valores
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de R$ 5.000,00 (a título de doações) e de R$ 3.000,00 (patrocínios), a parcela incentivada dos gastos seria as-
sim determinada:
Neste caso:
a) o limite de dedução do incentivo no mês seria de R$ 2.100,00 (4% de R$ 52.500,00, que é o imposto normal
devido); e
b) restaria um excedente dedutível nos meses seguintes, até dezembro/2006 (observado o limite de 4% do
imposto normal devido), no valor de R$ 800,00, que é a diferença entre o total da parcela incentivada (R$
2.900,00) e o limite deduzido em julho (R$ 2.100,00).
Doação em espécie
Somente serão consideradas para fins de comprovação do incentivo em espécie, as contribuições que tenham
sido depositadas em conta bancária específica em nome do beneficiário, discriminadas na respectiva prestação
de contas.
As pessoas físicas ou jurídicas responsáveis pelos projetos culturais deverão encaminhar, no prazo de 30 dias
após a execução final do projeto, a respectiva prestação de contas à SAC, que constará de informações sob
forma e modelos a serem por esta definidos, com os seguintes elementos:
Os incentivadores confirmarão perante a SAC, em modelo definido por esta, as informações supra-mencionadas,
prestadas pelos beneficiários, com indicação das formas de incentivo fiscal utilizadas.
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A pessoa física ou jurídica responsável pela execução de projetos culturais deverá possuir controles próprios,
nos quais registre, de forma destacada, a despesa e a receita do projeto, bem como manter em seu poder todos
os comprovantes e documentos a ele relativos, pelo prazo de cinco anos contados a partir da data do
recebimento de doações ou patrocínios.
As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real podem deduzir do imposto devido, em cada período de
apuração, as contribuições feitas aos fundos controlados pelos Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos
Direitos da Criança e do Adolescente, observados os limites e as regras a seguir focalizados.
As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real (e somente estas) podem deduzir do imposto devido o
total das doações efetuadas aos fundos controlados pelos Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos
Direitos da Criança e do Adolescente, devidamente comprovadas, respeitado o limite.
Limite de dedução
O total das doações efetuadas aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente pelas pessoas jurídicas
tributadas com base no lucro real pode ser deduzido diretamente do Imposto de Renda devido, desde que não
exceda o limite de 1 % do imposto normal devido (calculado à alíquota de 15%, sem a inclusão do adicional),
diminuído do imposto correspondente a lucros, rendimentos ou ganhos de capital auferidos no exterior.
A dedução das doações efetuadas aos fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente, se pleiteada em
conjunto com outras deduções, não está submetida a limite global.
Bases: §11 do art. 394 do RIR/99, Instrução Normativa SRF 93/97, § 4º, artigo 2º.
Exemplo:
Aproveitamento do incentivo
a) se a pessoa jurídica for optante pela tributação com base no lucro real trimestral, a dedução será feita no
imposto devido no trimestre em que for efetuada a doação, até o limite de 1% exposto anteriormente;
b) se a pessoa jurídica for optante pelo pagamento mensal do imposto por estimativa (lucro real anual):
1) o valor doado poderá ser deduzido do imposto devido no mês, observado o limite, e a parcela excedente do
incentivo, em cada mês, poderá ser deduzida do imposto devido nos meses subsequentes do mesmo ano-
calendário, observando sempre o referido limite;
2) as doações feitas no ano-calendário poderão ser deduzidas do valor do imposto anual devido até o limite
mencionado.
Bases: Inciso 1 e § 49 do art. 9, § 4 art. 23 e inciso 1 do §2 art. 38 da Instrução Normativa SRF 93/97.
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As doações aos fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente só podem ser utilizadas como dedução direta
do imposto, observados o limite e os critérios supracitados.
E vedada a dedução do respectivo valor como despesa operacional, tanto para efeito da determinação do lucro
real quanto da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro, o que significa que os valores da espécie,
contabilizados como despesa, constituirão adição ao lucro líquido do período, na determinação da base de
cálculo desses tributos.
Exemplo:
Para fins de comprovação, a pessoa jurídica deve registrar em sua escrituração os valores doados e manter
arquivada a documentação correspondente.
Os Conselhos Municipais, Estaduais ou Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, controladores dos
fundos beneficiados pelas doações, devem emitir comprovante em favor do doador, no qual especifique o nome
e o CNPJ do doador, a data e o valor efetivamente recebido em dinheiro.
O comprovante deverá;
Na hipótese de a doação ser efetuada em bens, o doador deverá comprovar, por meio de documentação hábil, a
propriedade dos bens doados, observado que:
1) o comprovante da doação, além de conter o número de ordem, o nome e a inscrição no CNPJ e o endereço
do emitente e de ser firmado por pessoa competente para dar a quitação da operação, deve conter a identifica-
ção desses bens, mediante sua descrição em campo próprio ou em relação anexa, informando também se
houve avaliação, e o CPF ou o CNPJ dos responsáveis por essa avaliação;
2) considerar-se-á como valor do bem o seu valor contábil (desde que não exceda ao valor de mercado ou, no
caso de imóveis, ao que serviu de base de cálculo do imposto de transmissão).
1) bens não classificados no Ativo Permanente: o valor contábil corresponde àquele pelo qual o bem estiver
registrado na escrituração da pessoa jurídica;
2) bens classificados no Ativo Permanente (exceto participações societárias): o valor contábil corresponde ao
valor pelo qual o bem estiver registrado na escrituração da pessoa jurídica (corrigido monetariamente até
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31.12.1995, se adquirido até essa data), diminuído, se for o caso, de depreciação, amortização ou exaustão
acumulada;
3) participações societárias (registradas no Ativo Permanente): o valor contábil corresponde ao valor pelo qual as
participações estiverem registradas na escrituração da pessoa jurídica, acrescido do ágio ou reduzido pelo
deságio (se o investimento for avaliado pela equivalência patrimonial), e diminuído da provisão para perdas que
tiverem sido computadas, como dedução, na determinação do lucro real.
Nota: a pessoa jurídica deverá baixar os bens doados na sua escrituração contábil.
Ganho de capital – valor dos bens doados avaliados por preço de mercado
O doador poderá optar pelo valor de mercado dos bens, que será determinado mediante prévia avaliação por
meio de laudo idôneo de perito ou empresa especializada de reconhecida capacidade técnica para aferição do
seu valor.
Quando a doação for efetuada por valor superior ao contábil, deverá ser apurado ganho de capital com base na
legislação vigente.
Os Conselhos Municipais, Estaduais ou Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente deverão informar à
Secretaria da Receita Federal (SRF), até o último dia útil do mês de março do ano subseqüente, o valor das
doações recebidas.
A prestação da informação será efetuada em meio digital, nas condições a serem definidas pela Coordenação-
Geral de Fiscalização (Cofis) da SRF.
Na determinação dos limites dos incentivos, não é permitida qualquer dedução a título de incentivo fiscal do
adicional do imposto de renda (§ 4º do art. 3º da Lei nº 9.249, de 1995).
Limites Individuais
Incentivo
Operação de caráter cultural art. 25 e 26 Lei nº 8.313/1991 4%
Operação de caráter cultural art. 18, Lei nº 8.313/1991 4%
Operações de caráter cultural nos termos do § 6º do art. 39 da Medida Provisória nº 2.228-1, de 6 de agosto de
2001, produzidos com os recursos de que trata o inciso X desse mesmo art. 39.
4%
Limites Coletivos
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Incentivo
Operação de caráter cultural art. 25 Lei nº 8.313/1991
Operação de caráter cultural art. 18, Lei nº 8.313/1991
Operações de caráter cultural nos termos do § 6º do art. 39 da Medida Provisória nº 2.228-1, de 6 de agosto de 4%
2001, produzidos com os recursos de que trata o inciso X desse mesmo art. 39.
Produção de obras e projetos audiovisuais, inclusive operações nos termos do § 6º do art. 39 da Medida
Provisória nº 2.228-1, de 6 de agosto de 2001, produzidos com os recursos de que trata o inciso X desse
mesmo art. 39.
Incentivo
Operação de caráter cultural art. 25 e 26 Lei nº 8.313/1991
Operação de caráter cultural art. 18, Lei nº 8.313/1991
4%
Operações de caráter cultural nos termos do § 6º do art. 39 da Medida Provisória nº 2.228-1, de 6 de agosto
de 2001, produzidos com os recursos de que trata o inciso X desse mesmo art. 39.
Incentivo
PAT – Programa de Alimentação do. Trabalhador 4%
As empresas industriais ou agrícolas, que venham a se instalar na área de atuação da SUDENE ou da SUDAM,
poderão ter redução do valor do Imposto de Renda a pagar, calculado pelo Lucro da Exploração, pelo prazo de
dez anos.
Para os projetos protocolizados e aprovados após 24 de agosto de 2000, a Medida Provisória 2.058, de 2000,
prevê redução do imposto sobre a renda exclusivamente àqueles que venham a ser enquadrados em setores da
economia considerados, em ato do Poder Executivo, prioritários para o desenvolvimento regional, nas áreas de
atuação da Sudene e Sudam (MP nº 2.058, de 2000, art. 1º e reedições).
Regulamento
A Portaria MIN 2.091-A/2008 aprova a consolidação do Regulamento dos Incentivos Fiscais, comuns às Regiões
da Amazônia e do Nordeste - SUDAM e SUDENE.
I – 37,5% - trinta e sete e meio por cento, a partir de 1º de janeiro de 1998 até 31 de dezembro de 2003;
II – 25% - vinte e cinco por cento, a partir de 1º de janeiro de 2004 até 31 de dezembro de 2008;
III – 12,5% - doze e meio por cento, a partir de 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2013.
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A SUDENE ou a SUDAM analisa o pleito e, ao aprová-lo, expede Declaração, sendo imprescindível que, de
posse da mesma, a empresa compareça à Delegacia da Receita Federal à qual a empresa estiver
jurisdicionada, solicitando o reconhecimento e a homologação do direito ao benefício pretendido.
A Resolução SUDENE 26-A/2006, consolida o Regulamento dos Incentivos Fiscais administrados pela
SUDENE.
Aspectos gerais
O direito à redução não alcança o Imposto de Renda e adicionais não-restituíveis que já tenham sido pagos à
Fazenda Nacional.
A utilização do benefício da Redução não impede a opção em favor do FINOR, FINAM ou do Reinvestimento,
com relação ao saldo do Imposto de Renda a pagar;
As empresas devem efetuar, em relação às atividades beneficiadas, registros contábeis específicos, destacando
os elementos de que se compõem os respectivos custos, receitas e resultados de cada um dos
estabelecimentos incentivados que operam na área da SUDENE ou da SUDAM.
O valor que deixar de ser pago à Receita Federal em virtude da concessão do Incentivo não poderá ser
distribuído aos sócios e constituirá reserva de capital da empresa para ser utilizada apenas em absorção de
prejuízos ou aumento de capital social.
A parcela de redução do Imposto de Renda será determinada mediante a aplicação, sobre o lucro da exploração
do empreendimento, de percentagem igual à relação, no mesmo período de apuração, entre a receita líquida de
vendas da produção criada pelo projeto e o total da receita líquida de vendas do empreendimento.
Exemplo:
Receitas Líquidas das Vendas da Produção Criada pelo Projeto R$ 1.000.000,00
Receita Líquida Total de Vendas do Empreendimento: R$ 2.000.000,00
% do Lucro da Exploração Incentivado: R$ 1.000.000 dividido por R$ 2.000.000 = 50,00%
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A fruição da isenção fica condicionada à observância, pela empresa beneficiária, dos dispositivos da legislação
trabalhista e social e das normas de proteção e controle do meio ambiente, podendo a SUDENE ou a SUDAM,
conforme o caso, a qualquer tempo, verificar o cumprimento do disposto.
Quando se verificar pluralidade de estabelecimentos, será reconhecido o direito à isenção em relação aos
rendimentos dos estabelecimentos instalados na área de atuação da SUDENE e/ou da SUDAM (Lei 4.239/63,
art. 16, § 1°).
Para os efeitos do disposto neste item, as pessoas jurídicas interessadas deverão demonstrar em sua
contabilidade, com clareza e exatidão, os elementos de que se compõem as operações e os resultados do
período de apuração de cada um dos estabelecimentos que operem na área de atuação incentivada (Lei
4.239/63, art. 16, § 2°).
Se a pessoa jurídica mantiver atividades não consideradas como industriais ou agrícolas, deverá efetuar, em
relação às atividades beneficiadas, registros contábeis específicos, para efeito de destacar e demonstrar os
elementos de que se compõem os respectivos custos, receitas e resultados.
Na hipótese de o sistema de contabilidade adotado pela pessoa jurídica não oferecer condições para apuração
do lucro por atividade, este poderá ser estabelecido com base na relação entre as receitas líquidas das
atividades incentivadas e a receita líquida total, observado o disposto quanto ao lucro da exploração.
Exemplo:
A redução de que trata este item somente se aplica ao imposto e adicionais não restituíveis calculados com base
no lucro da exploração do empreendimento (Decreto-lei 1.598/77, art. 19, § 1°, alínea b, e Decreto-lei 1.730/79,
art. 1°, inciso I). Assim, por exemplo, o lucro decorrente de aplicações financeiras ou ganhos de capital, por
exemplo, não é incentivado.
A competência para reconhecer o direito será da unidade da SRF a que estiver jurisdicionada a pessoa jurídica,
devendo o pedido estar instruído com laudo expedido pelo Ministério da Integração Nacional (MI).
O chefe da unidade da SRF decidirá sobre o pedido em cento e vinte dias contados da apresentação do
requerimento à repartição fiscal competente.
O prazo de fruição do benefício fiscal é igual ao período compreendido entre o ano de início de fruição e 31 de
dezembro de 2013, não podendo exceder a dez anos.
Limites dos incentivos na área da SUDENE e SUDAM a partir de 1998 - novos empreendimentos
I – 75% (setenta e cinco por cento), a partir de 1º de janeiro de 1998 até 31 de dezembro de 2003;
II – 50% (cinqüenta por cento), a partir de 1º de janeiro de 2004 até 31 de dezembro de 2008;
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III – 25% (vinte e cinco por cento), a partir de 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2013.
O disposto neste item não se aplica a projetos aprovados ou protocolizados até 14 de novembro de 1997, no
órgão competente, para os quais prevalece o benefício de isenção até o término do prazo de concessão do
benefício (Lei 9.532/97, art. 3º, caput e § 1º).
Os benefícios fiscais de redução do imposto de renda e adicionais não restituíveis relativos a empreendimentos
já existentes, observadas as demais normas em vigor, aplicáveis à matéria, passam a ser calculados segundo os
seguintes percentuais (Lei 9.532/97, art. 3º, § 2º):
I – 37,5% (trinta e sete inteiros e cinco décimos por cento), a partir de 1º de janeiro de 1998 até 31 de dezembro
de 2003;
II – 25% (vinte e cinco por cento), a partir de 1º de janeiro de 2004 até 31 de dezembro de 2008;
III – 12,5% (doze inteiros e cinco décimos por cento), a partir de 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de
2013.
Ficam extintos, relativamente aos períodos de apuração encerrados a partir de 1º de janeiro de 2014, os
benefícios fiscais de redução do Imposto de Renda (Lei 9.532/97, art. 3º, § 3º).
O valor do imposto de renda que deixar de ser pago em virtude da isenção aos empreendimentos na SUDENE
e/ou SUDAM não poderá ser distribuído aos sócios e constituirá reserva de capital da pessoa jurídica, que
somente poderá ser utilizada para absorção de prejuízos ou aumento de capital (Regulamento do Imposto de
Renda/99, art. 545).
Exemplo:
Valor do IRPJ que deixou de ser pago, em função da isenção e/ou redução: R$ 500.000,00
Contabilização:
LUCRO DA EXPLORAÇÃO
O art. 19 do Decreto-lei nº. 1598/77 criou a figura denominada LUCRO DA EXPLORAÇÃO, que serve de base
de cálculo do limite máximo para redução do imposto de renda devido.
O lucro da exploração é o lucro contábil antes da provisão para pagamento do imposto de renda, ajustado pela
exclusão dos seguintes valores:
I - a parte das receitas financeiras que exceder das despesas financeiras,;
II - os rendimentos e prejuízos das participações societárias; e
III - os resultados não-operacionais.
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Para efeito de cálculo do lucro da exploração, a pessoa jurídica deverá tomar por base o lucro líquido apurado
depois de ter sido deduzida a contribuição social sobre o lucro, contudo por essa contribuição ser indedutível na
determinação do lucro real, não deverá influenciar no cálculo do lucro da exploração, a fim de não penalizar
duplamente as empresas detentoras desse tipo de incentivo fiscal.
Considera-se lucro da exploração o lucro líquido do período de apuração, antes de deduzida a provisão para o
imposto de renda, ajustado pela exclusão dos seguintes valores:
a) a parte das receitas financeiras que exceder às despesas financeiras;
b) os rendimentos e prejuízos das participações societárias;
c) os resultados não operacionais;
d) os resultados obtidos em operações realizadas no exterior;
e) os valores baixados na conta de reserva de reavaliação, nos casos em que o valor realizado dos bens objeto
da reavaliação tenha sido registrado como custo ou despesa operacional e a baixa da reserva tenha sido
efetuada em contrapartida à conta de:
- receita não operacional;
- patrimônio líquido, não computada no resultado do mesmo período de apuração.
f) .........................
g) ...........................
h) os tributos e contribuições com exigibilidade suspensa, na forma dos incisos II a IV do art. 151 da Lei no
5.172, de 25 de outubro de 1966, Código Tributário Nacional (CTN), adicionados ao lucro líquido, para efeito de
determinação do lucro real.
Será adicionada ao lucro líquido, para efeito de determinação do lucro da exploração, a CSLL devida, relativa ao
período de apuração. (MP no 2.158-35, art. 23).
As importâncias acrescidas, controladas na parte B do Livro de Apuração do Lucro Real - Lalur, serão
diminuídas do lucro da exploração no período em que ocorrer o efetivo pagamento dos tributos e contribuições.
Quando a pessoa jurídica beneficiária de incentivos fiscais explorar mais de uma atividade, com incentivo ou
não, deverá manter registros contábeis específicos para demonstrar e destacar o resultado de cada atividade,
com vistas à apuração do lucro da exploração em separado.
Entretanto, quando o sistema de contabilidade da pessoa jurídica não possibilitar a apuração específica do lucro
da exploração, ela deverá adotar o procedimento previsto no art. 549, § 3o do RIR/99, estabelecendo a relação
percentual entre as receitas líquidas de cada atividade e a receita líquida total, com o fim de fazer o rateio do
lucro da exploração para cada atividade.
O cálculo do percentual de cada atividade incentivada é feito extra-contabilmente, mediante a divisão da receita
líquida de cada atividade x 100, pela receita líquida total obtida pela empresa.
O valor correspondente ao lucro beneficiado com isenção do imposto será determinado mediante a aplicação
sobre o lucro da exploração, de percentual resultante da seguinte fórmula (PN CST no 49/79 e ADN CST no
5/81):
Receita líquida da atividade isenta x 100
----------------------------------------------------- = %
Total da receita líquida da empresa
A seguir, o valor correspondente ao lucro das demais atividades/empreendimentos, beneficiados ou não por
incentivos fiscais, será determinado em percentual obtido pela aplicação da seguinte fórmula:
Mediante a multiplicação do percentual obtido na forma da questão anterior, pelo lucro da exploração. Dessa
maneira, proceder-se-á ao rateio de 100% do lucro da exploração às diversas atividades/empreendimentos
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exercidas pela pessoa jurídica, atribuindo-se a cada atividade a parcela do lucro da exploração a ela
correspondente.
Exemplo: para as atividades abaixo, o rateio do lucro da exploração de R$ 2.000.000,00 ficaria assim distribuído:
PARCELA
ATIVIDADE (INCENTIVADA OU NÃO) % S/RECEITA LÍQUIDA TOTAL
CORRESPONDENTE
Atividade isenta 20% R$ 400.000,00
Atividade com redução de 50% 30% R$ 600.000,00
Atividade não incentivada 50% R$ 1.000.000,00
Para o cálculo do adicional do imposto de renda devem ser adotados os seguintes procedimentos:
Quando o lucro real é igual ou maior que o lucro da exploração, o rateio toma como base a proporção entre o
lucro da exploração de cada atividade e o lucro real da empresa aplicado sobre o montante do adicional.
Se o lucro real for menor que o lucro da exploração, o rateio do adicional deve ser efetuado com base na
proporção da receita líquida de cada atividade em relação à receita líquida total
Exemplo:
Dados de uma empresa que atua na área da SUDAM e que goza incentivos de redução do IRPJ.
Considerando as informações acima e o fato da empresa ter gasto R$ 150.000,00 com alimentação aos
trabalhadores e que em suas despesas operacionais estão contabilizados R$ 100.000,00 a título de provisão
para créditos de liquidação duvidosa, pede-se
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Benefício fiscal instituído pelo Governo Federal que permite às empresas dos setores industrial, agroindustrial,
infra-estrutura e turismo, que estejam em operação na área da SUDAM ou SUDENE, reinvestirem parcela do
seu Imposto de Renda decorrente do Lucro de Exploração, em seus próprios projetos de modernização ou
complementação de equipamentos.
As pessoas jurídicas contribuintes do imposto de renda calculado com base no lucro real, que tenham
empreendimentos industriais e agro-industriais, inclusive os de construção civil em operação nas áreas de
atuação da SUDAM ou SUDENE, os percentuais permitidos em lei, acrescidos de 50% de recursos próprios.
Forma de opção
A opção poderá ser manifestada na DIPJ ou no curso do ano-calendário nas datas de pagamento do imposto
com base no lucro estimado, apurado mensalmente, ou no lucro real, apurado trimestralmente, por meio de
DARF específico.
Quando aplicar
Os depósitos do incentivo, inclusive recursos próprios, serão feitos nas datas de pagamento do imposto, nos
prazos a seguir, de acordo com §1º, do Artigo 115, da Instrução Normativa SRF nº 267, de 23/12/2002:
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I - apuração trimestral:
a) se quota única: até o último dia útil do mês subseqüente ao do encerramento do período de apuração;
b) se pagamento em quotas: até o último dia útil do mês a que corresponder.
II - apuração anual: até o último dia útil do mês de março de cada ano.
O incentivo não poderá ser utilizado para reduzir o valor do recolhimento mensal do imposto determinado sobre
base de cálculo estimada apurada com base na receita bruta.
Art. 115 § 2º da IN 267/2002
O pagamento mensal por estimativa é uma forma de recolhimento permitida às pessoas jurídicas tributadas pelo
lucro real.
Assim, no caso de a empresa tributada pelo lucro real optar pelo pagamento mensal por estimativa, no momento
do recolhimento do imposto (ou seja no pagamento mensal), já tem de aproveitar o benefício do
reinvestimento.
As aplicações somente poderão ser efetuadas até o final do prazo previsto para a implantação dos respectivos
projetos.
Regulamento
A Portaria MIN 2.091-A/2008 aprova a consolidação do Regulamento dos Incentivos Fiscais, comuns às Regiões
da Amazônia e do Nordeste - SUDAM e SUDENE.
Para as empresas dos setores industrial, agroindustrial e de construção civil, que estejam em operação na área
de atuação da SUDENE ou da SUDAM, é permitindo o reinvestimento de parte do Imposto de
Renda, até o ano de 2013, observando os seguintes percentuais:
Fica mantido, até 31 de dezembro de 2013, o percentual de trinta por cento previsto no inciso I do art. 2º da Lei
nº 9.532, de 1997, para aqueles empreendimentos dos setores da economia que venham a ser considerados,
em ato do Poder Executivo, prioritários para o desenvolvimento regional.
regional
Base: art. 612 do Regulamento do IR/99, I. Art. 3º, da MP 2.199-14, de 24/08/2001.
Quanto aplicar
O reinvestimento corresponde a 30% do Imposto de Renda devido, calculado sobre o lucro da exploração,
acrescido de outra parcela (50% desses 30%) de Recursos Próprios. O incentivo do
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reinvestimento pode ser utilizado até 31/12/2013, conforme Art. 3º, da MP 2.199-14, de
24/08/2001.
Exemplo:
Uma empresa com empreendimento agroindustrial situado na área de atuação da SUDAM, tem Imposto de
Renda devido sobre o Lucro da Exploração no valor de R$ 200.000,00, e pretende investir, mediante depósito no
Banco da Amazônia, parte desse imposto.
Assim, o valor a ser depositado deverá ser da seguinte ordem:
200.000,00 x 30% = 60.000,00
60.000,00 x 50% = 30.000,00 90.000,00
O Imposto – correspondente a 70% do IR devido deve ser recolhido normalmente através de DARF. O Incentivo
– (30% + recursos próprios) – deve ser recolhido no mesmo prazo fixado para o pagamento do imposto, através
do documento de Guia de Recolhimento, à disposição das empresas em todas agências do BASA.
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IMOBILIZADO
Com a promulgação da Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007, que introduziu diversas alterações na parte
contábil da Lei n° 6.404/76, as entidades devem efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos
valores registrados no imobilizado, a fim de que sejam ajustados os critérios utilizados para a determinação da
vida útil estimada e para o cálculo da depreciação. Essa previsão está contida no § 3º do art. 183 da Lei n°
6.404/76, que também trata da revisão dos itens do intangível.
O Pronunciamento Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado tratou do valor depreciável e do período de depreciação,
estabelecendo, dessa forma, o conceito de valor depreciável e a necessidade de revisão dos critérios utilizados
para a determinação da vida útil estimada dos bens do imobilizado da seguinte forma:
O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada.
O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada exercício, e, se as
expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve ser contabilizada como mudança de
estimativa contábil, segundo o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e
Retificação de Erro.”
Com isso, a obrigação da revisão periódica determinada pelo Pronunciamento Técnico CPC 13, item 54, a ser
efetuada durante o exercício social iniciado a partir de 1o de janeiro de 2009, cuja aplicação em 2009 foi
excepcionalizada, deverá ser efetuada na abertura do exercício social iniciado a partir de 1o de janeiro de 2010.
Nessa data também deverão ser efetuados os ajustes ao custo atribuído (deemed cost) pelo valor justo tratados
nesta Interpretação e no Pronunciamento Técnico CPC 37 e, como decorrência, no Pronunciamento Técnico
CPC 43. Para efeitos comparativos, a não ser que haja evidência forte de que o valor justo desses ativos na
abertura do exercício social iniciado a partir de 1o de janeiro de 2009, diminuído da depreciação contabilizada
nesse exercício, seja significativamente diferente do valor justo apurado na abertura do exercício social a ser
iniciado a partir de 1o de janeiro de 2010, e que os efeitos dessa diferença sejam relevantes e possam induzir o
usuário a erro, poderá ser admitido esse valor como valor justo na abertura do exercício social dessa
demonstração comparativa.
Também, segundo a legislação fiscal, “A Secretaria da Receita Federal publicará periodicamente o prazo de vida
útil admissível, em condições normais ou médias, para cada espécie de bem, ficando assegurado ao contribuinte
o direito de computar a quota efetivamente adequada às condições de depreciação de seus bens, desde que
faça a prova dessa adequação, quando adotar taxa diferente” (art. 310, § 1°, do R.I.R./99, por remissão à Lei nº
4.506, de 1964, art. 57, § 3º).
Observa-se que a legislação tributária procurou se basear em vidas úteis econômicas em condições normais ou
médias. Além dessa regra geral, a legislação tributária permite acréscimos substanciais nessas taxas no caso de
utilização por dois ou três turnos de trabalho, sem necessariamente haver comprovação de ter havido redução
na vida útil desses ativos nessa mesma proporção. Isso tudo pode ter provocado distorções nos valores
contábeis de alguns ativos, especialmente pela exigência anterior da Secretaria da Receita Federal do Brasil -
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RFB da contabilização desses valores adicionais para seu aproveitamento fiscal. Já em algumas outras
situações houve, a título de incentivo fiscal, depreciações em dobro ou o cômputo de toda a depreciação no
próprio ano em que o bem foi adquirido. Nessas outras situações, as entidades normalmente fizeram o registro
da depreciação incentivada em livros fiscais, sem alterar a escrituração societária.
Dessa forma, como regra geral, a utilização das tabelas emitidas pela RFB tem representado a intenção do fisco
e das empresas em utilizar prazos estimados de vidas úteis econômicas, com base nos parâmetros que partiram
de estudos no passado. Pode ter havido, em muitas situações, mesmo com a utilização dessas taxas admitidas
fiscalmente, razoável aproximação com a realidade dos ativos. Todavia, podem ter ocorrido significativos
desvios.
Pode existir ativo com valor contábil substancialmente depreciado, ou mesmo igual a zero, e que continua em
operação e gerando benefícios econômicos para a entidade, o que pode acarretar, em certas circunstâncias, que
o seu consumo não seja adequadamente confrontado com tais benefícios, o que deformaria os resultados
vindouros.
Por outro lado, pode ocorrer que o custo de manutenção seja tal que já represente adequadamente o confronto
dos custos com os benefícios. Assim, a entidade pode adotar a opção de atribuir um valor justo inicial ao ativo
imobilizado e fazer o eventual ajuste nas contas do ativo imobilizado tendo por contrapartida a conta do
patrimônio líquido denominada de Ajustes de Avaliação Patrimonial; e estabelecer a estimativa do prazo de vida
útil remanescente quando do ajuste desses saldos de abertura. Esse procedimento irá influenciar o prazo a ser
depreciado.
O CPC 27 destaca a importância da determinação do valor residual dos ativos, de forma que o valor depreciável
seja aquele montante não recuperável pela alienação do ativo ao final de sua vida útil estimada. Dessa forma, é
fundamental, na determinação do valor depreciável de um ativo imobilizado, a estimativa do seu valor residual, a
fim de proceder à adequada alocação da depreciação ao longo da vida útil estimada do bem. Ressalte-se que,
se o valor residual esperado do ativo for superior ao seu valor contábil, nenhuma depreciação deve ser
reconhecida (item 52 do CPC 27).
Merece destaque a conceituação de vida útil e de vida econômica dos ativos. A primeira refere-se à expectativa
do prazo de geração de benefícios econômicos para a entidade que detém o controle, riscos e benefícios do
ativo e a segunda, à expectativa em relação a todo fluxo esperado de benefícios econômicos a ser gerado ao
longo da vida econômica do ativo, independente do número de entidades que venham a utilizá-lo. Dessa forma,
nos casos em que o fluxo esperado de benefícios econômicos futuros seja usufruído exclusivamente por um
único usuário, a vida útil será, no máximo, igual à vida econômica do ativo. Esse entendimento reforça a
necessidade da determinação do valor residual, de forma que toda a cadeia de utilização do ativo apresente
informações confiáveis.
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bem, etc.), a fim de solicitar ou não novas avaliações, com regularidade tal que as estimativas de vida útil e valor
residual permaneçam válidas em todos os exercícios.
Esse procedimento, para todas as entidades, adotantes ou não do custo atribuído, deve observar,
primordialmente, o aspecto da oportunidade das avaliações, com monitoramento da vida útil e do valor residual
dos ativos, de forma a permitir a necessária alteração do plano de depreciação na hipótese em que o contexto
econômico onde a entidade opera sofra alterações relevantes que afetem o nível de utilização dos ativos,
mudança na curva esperada de obsolescência e outros fatores.
Adicionalmente, para realizar seus trabalhos, os avaliadores devem conhecer ou buscar conhecimento a respeito
de sua utilização, bem como das mudanças tecnológicas e do ambiente econômico onde ele opera,
considerando o planejamento e outras peculiaridades do negócio da entidade. Nesse contexto, a avaliação pode
ser efetuada por avaliadores internos ou externos à entidade.
Os avaliadores devem apresentar relatório de avaliação fundamentado e com informações mínimas que
permitam o pleno atendimento às práticas contábeis. Assim, esse relatório deve conter:
(a) indicação dos critérios de avaliação, das premissas e dos elementos de comparação adotados, tais como:
(i) antecedentes internos: investimentos em substituições dos bens, informações relacionadas à sobrevivência
dos ativos, informações contábeis, especificações técnicas e inventários físicos existentes;
(ii) antecedentes externos: informações referentes ao ambiente econômico onde a entidade opera, novas
tecnologias, benchmarking, recomendações e manuais de fabricantes e taxas de vivência dos bens;
(iii) estado de conservação dos bens: informações referentes a manutenção, falhas e eficiência dos bens; e
outros dados que possam servir de padrão de comparação, todos suportados, dentro do possível, pelos
documentos relativos aos bens avaliados;
(c) valor residual dos bens para as situações em que a entidade tenha o histórico e a prática de alienar os bens
após um período de utilização; e
(d) a vida útil remanescente estimada com base em informações e alinhamento ao planejamento geral do
negócio da entidade.
Considerando a importância das avaliações efetuadas e os efeitos para as situações patrimonial e financeira e
para as medições de desempenho das entidades, os relatórios de avaliação devem ser aprovados por órgão
competente da administração, a menos que o estatuto ou contrato social da entidade contenha requerimento
adicional, o qual deve ser cumprido.
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entre a base fiscal e o montante escriturado do ativo (diferença temporária) deve dar origem a imposto de renda
e contribuição social diferidos ativos ou passivos.
As entidades que registraram no passado reavaliação sobre ativos não depreciáveis, como, por exemplo,
terrenos, mas não contabilizaram os correspondentes tributos, em atendimento à prática contábil vigente à
época, devem efetuar lançamento contábil a débito de conta retificadora da reserva de reavaliação (que pode ser
por meio de conta retificadora para controle fiscal) e a crédito de provisão para imposto de renda e contribuição
social no Passivo Não Circulante.
Ativo Imobilizado – é representado pelos direitos que tenham por objeto os Bens destinados à manutenção das
atividades da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade industrial ou comercial.
Exemplo: Computadores, Imóveis, Moveis e Utensílios, Veículos, Instalações etc.
Ativo Diferido - é composto pelas aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do
resultado de exercícios futuros. Exemplo: Despesas de Organização, Despesas pré- operacionais etc.
Ativo intangível - é um ativo não monetário identificável sem substância física. Esses ativos não monetários são
recursos que as entidades freqüentemente despendem ou contraem obrigações com a aquisição, o
desenvolvimento, a manutenção ou o aprimoramento de recursos intangíveis como conhecimento científico ou
técnico, desenho e implantação de novos processos ou sistemas, licenças, propriedade intelectual,
conhecimento mercadológico, nome, reputação, imagem e marcas registradas (incluindo nomes comerciais e
títulos de publicações). Exemplos de itens que se enquadram nessas categorias amplas são: softwares,
patentes, direitos autorais, direitos sobre filmes cinematográficos, listas de clientes, direitos sobre hipotecas,
licenças de pesca, quotas de importação, franquias, relacionamentos com clientes ou fornecedores, fidelidade de
clientes, participação no mercado e direitos de comercialização.
A definição de ativo intangível requer que ele seja identificável, para diferenciá-lo do ágio derivado da
expectativa de rentabilidade futura (goodwill). O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill)
reconhecido em uma combinação de negócios é um ativo que representa benefícios econômicos futuros gerados
por outros ativos adquiridos em uma combinação de negócios, que não são identificados individualmente e
reconhecidos separadamente. Tais benefícios econômicos futuros podem advir da sinergia entre os ativos
identificáveis adquiridos ou de ativos que, individualmente, não se qualificam para reconhecimento em separado
nas demonstrações contábeis.
for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado,
individualmente ou junto com um contrato, ativo ou passivo relacionado, independente da intenção de uso pela
entidade; ou
(b) resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente de tais direitos serem
transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações.
for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da
entidade; e
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A depreciação dos bens do ativo imobilizado corresponde à diminuição parcelada do valor dos elementos ali
classificáveis, resultante do desgaste pelo uso, da ação da natureza ou de obsolescência normal.
As causas que podem provocar a depreciação podem ser; o desgaste pelo uso (perdem a capacidade de
produção), ação do tempo (sofrem desgaste do sol, da chuva e de outros elementos do tempo), obsolescência
(provocada pela evolução tecnológica).
De um modo geral, os bens físicos incorporados ao Ativo das empresas, sujeitos a desgaste pelo uso, por
causas naturais ou por obsolescência normal, sofrem uma diminuição em seu valor, que pode ser apropriada ao
custo ou despesa operacional, em cada período-base, mediante o instituto da Depreciação, que é determina
através da Taxa Anual de Depreciação, fixada de acordo com o prazo de vida útil estimada, para cada espécie
de bem.
Métodos de Depreciação
O tempo de vida útil de um bem será determinado em função do prazo durante o qual é possível a sua utilização
econômica (e a produção de seus rendimentos). As empresas poderão fixar quota de depreciação anual
diferente da usualmente utilizada para a espécie, desde que comprove sua adequação ao tempo de vida útil do
bem, de acordo com sua finalidade e condições de utilização, mediante laudo pericial de órgão técnico.
Os prazos usualmente admitidos pela legislação tributária e as respectivas taxas de depreciação são:
Depreciação Normal
As taxas de depreciação anual. fixas em função do prazo durante o qual se possa esperar a utilização
econômica do bem na produção, mais genericamente utilizados são:
Cálculo da Depreciação
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Contabilização
A contabilização da depreciação é extremamente simples, basta debitar uma conta de despesas chamada
Depreciação e creditar uma conta retificadora do ativo no grupo do Ativo Imobilizado chamada Depreciação
Acumulada.
D Despesa com Depreciação - Edifício
C Depreciação Acumulada – Edifício R$ 6.000,00
As empresas poderão, ainda em razão do maior desgaste de seus bens móveis por operarem em mais de um
turno diário de 8 horas, ou como incentivo à implantação, renovação ou modernização de instalações, máquinas
e equipamentos, adotar a depreciação acelerada em razão dos turnos diários de operação ou utilizar
coeficientes de depreciação acelerada incentivada, autorizado para determinadas indústrias e atividades, por
prazo certo.
Pode ser adotada, no caso de bens móveis, em função do número de horas diárias de operação, mediante o uso
dos seguintes coeficientes:
a) 1,5 para operação durante 2 turnos diários de 8 horas
b) 2,0 para operação em 3 turnos diários de 8 horas
Esta depreciação será registrada na escrituração comercial
Tem por finalidade incentivar empresas de determinados setores econômicos, cujo desenvolvimento seja de
interesse do País, a renovar e modernizar suas máquinas, equipamentos e instalações, através da concessão do
benefício fiscal de coeficiente de depreciação acelerada de determinados bens, a vigorar por prazo fixo sem
prejuízo da depreciação normal.
As baixas do Ativo permanentes podem ocorrer por vendas dos bens e/ ou direitos, obsolescência, perdas por
danos etc.
Na baixa por alienação de Bens do Ativo Permanente, temos a seguinte contabilização, conforme exemplo.
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1 -Depreciação:
Valor do veiculo R$ 35.000,00 (x) taxa anual de depreciação 20%; Quota anual de depreciação R$ 7.000,00
Contabilização
Recebimento na venda:
D -Caixa
C -Venda de imobilizado (Receita não operacional) R$ 25.000,00
5.2. Amortização
Antes de falar em amortização, é necessário entender o subgrupo diferido no balanço patrimonial. Sua
composição vem a ser as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de
mais de um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas durante o período que
anteceder o início das operações sociais.
Amortização é a perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade e quaisquer outros
com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou
contratualmente limitado.
As contas deste subgrupo originam-se na fase pré-operacional, sendo comumente conhecidas por DESPESAS
DE ORGANIZAÇÃO (propaganda, despachante,registro de aberturas da empresa)que esta sujeita a amortização
conforme o artigo 183, parágrafo 20, letra b da lei no 6404/76" .
Os direitos mais sujeitos a amortização, são: patentes de invenção, fórmulas e processos de fabricação, direitos
autorais, licenças, autorizações ou concessões, custos das construções ou benfeitorias em bens locados ou
arrendados, ou em bens de terceiros, quando não houver direito ao recebimento de seu valor, o valor dos
direitos contratuais de exploração de florestas por prazo determinado.
Os custos e despesas mais comuns, como objetos de amortização são; as despesas de organização pré-
operacionais e pré-industriais, os custos de pesquisa científica ou tecnológica para criação ou aperfeiçoamento
de produtos, despesas e outros encargos com a reestruturação, reorganização ou modernização de empresa
etc.
Através do parágrafo único do artigo no 268, a fixação do prazo mínimo para amortização vem a ser cinco anos,
na maioria das amortizáveis.
Amortização é a perda do valor do capital aplicado em Ativos, representa uma despesa e consiste na
transferência gradual do Ativo para o Resultado de cada exercício.
Objetos de amortização:
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Método de Cálculo:
Amortização do período = Valor do direito / n. de período de duração
Contabilização:
D -Amortização (Despesa)
C- Amortização Acumulada (Redutora do ativo permanente)
5.3. Exaustão
Exaurir significa esgotar completamente. Em termos contábeis, a exaustão se relaciona com a perda de valor
dos bens ou direitos do ativo, ao longo do tempo, decorrentes de sua exploração (extração ou aproveitamento)
mineral ou florestal.
Método de Cálculo:
Exaustão Anual = custo de aquisição / prazo estimado para esgotamento
Contabilização:
D -Despesas de exaustão
C- Exaustão Acum. (Redutora do ativo permanente)
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6. VARIAÇÕES MONETÁRIAS
Uma transação em moeda estrangeira é uma transação que é feita ou que exige liquidação em uma moeda
estrangeira, incluindo transações que surgem quando uma entidade:
compra ou vende produtos ou serviços, cujo preço é estabelecido numa moeda estrangeira;
toma emprestado ou empresta fundos, quando os valores a pagar ou a receber são estabelecidas numa moeda
estrangeira;
de alguma outra forma adquire ou dispõe de ativos, ou incorre ou liquida passivos estabelecidos em uma moeda
estrangeira.
Uma transação em moeda estrangeira deve ser contabilizada, no seu reconhecimento inicial, na moeda
funcional, aplicando-se, à importância em moeda estrangeira, a taxa de câmbio à vista entre a moeda funcional e
a moeda estrangeira na data da transação.
A data da transação é a data na qual a transação se qualifica para reconhecimento de acordo com as práticas
contábeis adotadas no Brasil. Por motivos práticos, muitas vezes é usada uma taxa que se aproxima da taxa real
na data da transação. Por exemplo, a taxa média de uma semana ou um mês pode ser usada para todas as
transações, em cada moeda estrangeira, ocorridas durante aquele período.
Entretanto, se as taxas de câmbio flutuarem significativamente, o uso da taxa média de um período não é
adequado; o mesmo ocorre se as transações não se distribuírem de forma relativamente homogênea durante o
período.
os itens não-monetários que são mensurados ao custo histórico em uma moeda estrangeira devem ser
convertidos usando-se a taxa cambial da data da transação; e
os itens não-monetários que são mensurados ao seu valor justo em uma moeda estrangeira devem ser
convertidos usando-se as taxas cambiais da data em que o valor justo for determinado.
Quando o ativo não for monetário e for expresso em moeda estrangeira, o valor contábil será determinado
comparando-se:
o custo ou valor contábil, conforme o caso, convertido à taxa de câmbio vigente na data da determinação do
valor (i.e., a taxa na data da transação para um item medido em termos de custo histórico); e
o valor líquido realizável ou o valor recuperável, conforme o caso, convertido à taxa de câmbio vigente na data
da determinação do valor (ex., a taxa de fechamento na data do balanço).
Essa comparação pode gerar perda por desvalorização a ser reconhecida na moeda funcional sem que seja
reconhecida na moeda estrangeira e vice-versa.
As variações cambiais que surgem da liquidação de itens monetários ao converter itens monetários por taxas
diferentes daquelas pelas quais foram inicialmente convertidas durante o período, ou em demonstrações
contábeis anteriores, devem ser reconhecidas como receita ou despesa no período em que surgirem.
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Quando itens monetários surgem de transações em moeda estrangeira e há uma mudança na taxa de câmbio
entre a data da transação e a data da liquidação, o resultado é uma variação cambial. Quando a transação é
liquidada dentro do mesmo período contábil em que ocorreu, toda a variação cambial é reconhecida nesse
mesmo período. Entretanto, quando a transação é liquidada num período contábil subseqüente, a variação
cambial reconhecida em cada período, até a data de liquidação, é determinada pela mudança nas taxas de
câmbio ocorrida durante cada período.
Variações monetárias são as atualizações dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, sempre que
referidas atualizações não forem prefixadas, mas sim determinadas posteriormente em função da taxa de
câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou contratual.
São exemplos de variações monetárias:
a) ativas - ganhos de câmbio, correção monetária pós-fixada e outras formas de atualização não prefixadas.
(RIR/99, art. 375);
b) passivas - perdas de câmbio, correção monetária e outras atualizações não prefixadas.( RIR/99, art. 377).
NOTAS:
NOTAS
1) Embora a correção monetária das demonstrações financeiras tenha sido revogada a partir de 1.1.1996, pelo art. 4º da Lei
nº 9.249, de 1995, o art. 8º da mesma lei determina que permanecem em vigor as normas aplicáveis às contrapartidas de
variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações da pessoa jurídica, em função da taxa de câmbio ou de
índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou contratual.
2) Taxa de câmbio - consideram-se variações monetárias, ativas ou passivas as diferenças decorrentes de alteração na
taxa de câmbio, ocorridas entre a data do fechamento do contrato de câmbio e a data do embarque dos produtos
manufaturados nacionais para o exterior (data averbada pela autoridade competente na guia de exportação ou documento
equivalente - Portaria MF nº 356/88). A partir de janeiro de 1996, para fins de reconhecimento da variação monetária
decorrente de atualizações de crédito ou obrigações em moeda estrangeira, deverão ser utilizadas as taxas de compra e de
venda disponíveis no Sistema de Informações do Banco Central - SISBACEN.
As variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função da taxa de câmbio ou de
índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou contratual serão consideradas, para efeitos da legislação do
imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido, como receitas ou despesas financeiras, conforme o caso.
(Lei nº 9.718, de 1998, art. 9º)
NOTAS:
NOTAS
1. A partir de 1º de janeiro de 2000, as variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em
função da taxa de câmbio, serão consideradas, para efeito de determinação da base de cálculo do imposto de renda, da
contribuição social sobre o lucro líquido, bem como da determinação do lucro da exploração, quando da liquidação da
correspondente operação (MP 2.158-35/01, art. 30).
2. À opção da pessoa jurídica, as variações monetárias poderão ser consideradas na determinação das bases de cálculo
acima citadas segundo o regime de competência. Essa opção será aplicada a todo o ano-calendário (MP 2.158-35/01, art.
30).
3. Na determinação da base de cálculo do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro devidos pelas pessoas
jurídicas submetidas ao regime de tributação com base no lucro presumido ou arbitrado, poderá ser excluída a parcela das
receitas financeiras decorrentes da variação monetária dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função
da taxa de câmbio, submetida à tributação, segundo o regime de competência, relativa a períodos compreendidos no ano-
calendário de 1999, excedente ao valor da variação monetária efetivamente realizada, ainda que a operação
correspondente já tenha sido liquidada (MP 2.158-35/01, art. 31, § único).
Embora para efeitos contábeis e tributários ambas recebam o mesmo tratamento, a primeira é a variação do
valor da nossa moeda em relação às moedas estrangeiras; a última é a variação da nossa própria moeda em
relação aos índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou contratual.
Incluem-se como variação monetária as variações cambiais apuradas mediante, (RIR/99, art. 378):
a) a compra e venda de moeda ou valores expressos em moeda estrangeira, desde que efetuada de acordo com
a legislação sobre câmbio;
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b) a conversão do crédito ou da obrigação para moeda nacional, ou novação dessa obrigação, ou sua extinção,
total ou parcial, em virtude de capitalização, dação em pagamento, compensação, ou qualquer outro modo,
desde que observadas as condições fixadas pelo Banco Central do Brasil;
c) a atualização dos créditos ou obrigações em moeda estrangeira, registrada em qualquer data e apurada no
encerramento do período-base em função da taxa vigente.
Desde que destacados em contrato, os juros poderão ser considerados despesas financeiras. Igualmente, a
correção monetária, se for prefixada. Ambos são dedutíveis como custo ou despesa operacional, nos períodos-
base a que competirem.
Caso a correção monetária seja pós-fixada, será considerada "variação monetária passiva".
A variação monetária calculada em função de índices ou coeficientes aplicáveis a direitos ou obrigações, por
disposição legal ou contratual, permanece em vigor. Diferentemente, a correção monetária das demonstrações
financeiras, que era prevista para determinadas contas de ativo e para o patrimônio líquido, foi extinta a partir de
01/01/96, para efeito da legislação comercial e fiscal (Lei nº 9.249/95, arts. 4º e 8º).
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7. AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
(a) investimento em controlada, avaliado pelo método de equivalência patrimonial no balanço individual e sujeito
à consolidação de balanços; ou
(b) investimento em coligada, avaliado pelo método de equivalência patrimonial tanto no balanço individual
quanto no balanço consolidado da adquirente; ou
(c) investimento em joint venture (controlada em conjunto), avaliado pelo método da equivalência patrimonial no
balanço individual da adquirente e apresentado pelo método da consolidação proporcional nas demonstrações
consolidada; ou
(d) investimento tratado como instrumento financeiro, avaliado a valor justo (ou ao custo quando não for possível
uma mensuração confiável a valor justo), tanto no balanço individual da investidora quanto no consolidado e
nunca pela equivalência patrimonial.
Definição
São aplicações em títulos mobiliários, de disponibilidades financeiras que de acordo com a necessidade de
recursos que a empresa venha a ter, poderão ser efetuadas em Títulos de Liquidez Imediata que são aplicações
de curtíssimo prazo enquadrando-se dentro do grupo Disponível, ou, Títulos e Valores Mobiliários que são
aplicações não resgatáveis a curtíssimo prazo, geralmente os prazos dessas aplicações variam de 30 a 360 dias
e se enquadram no subgrupo de Créditos no Ativo Circulante, ou no Subgrupo Créditos no Ativo Não Circulante,
caso o prazo de resgate seja superior a 360 dias.
Critérios de avaliação
De acordo com o art. 183 da Lei 6.404/76, a avaliação desse tipo de investimento dar-se-á pelo custo de
aquisição ou de mercado, dos dois o que for menor. Nos casos de aplicações financeiras, com rendimentos pré
fixados ou não, deve-se considerar em tal avaliação, os rendimentos que são auferidos à medida que decorre o
tempo, devendo seu reconhecimento contábil obedecer ao regime de competência de exercício. Portanto tais
rendimentos devem ser calculados e acrescentados ao custo da aplicação à medida que o tempo decorrer.
Quando a aplicação for por prazo determinado com rendimentos Pré-Fixados, estes serão tratados como
Receitas Financeiras, podendo ser aberta conta específica para melhor detalhar esse tipo de rendimento.
Quando os rendimentos não forem Pré-Fixados, os cálculos de rendimentos deverão ser de acordo com a taxa
de juros negociada ou de mercado e sua classificação contábil é como Receita Financeira.
Quanto ao aspecto tributário, tais rendimentos são tributados na fonte sendo que essa tributação é considerada
como antecipação para efeito de compensação com o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica Investidora. Isso
significa que no momento do resgate, os lançados a título de imposto de renda, devem ser classificados como
direitos a receber do governo.
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Investimentos permanentes
Conceito
O art. 179 da Lei 6.404/76, em seu item III, estabelece que serão classificadas as contas de investimentos:
Classificação:
Participações permanentes em outras empresas: são ações ou quotas de outras empresas que tem como
características de permanente ou aplicações de capital de forma não temporária que tem como intuito usufruir
dos rendimentos desse investimento;
Outros investimentos permanentes: são ativos que não tem uma destinação definida quanto a seu uso na
manutenção da atividade da empresa. Exemplos: terrenos, ouro, obras de arte etc.
De modo geral são avaliados as quotas ou ações não consideradas coligadas ou controladas, os investimentos
em coligadas e controladas não relevantes, individualmente ou em seu conjunto, em relação ao patrimônio
liquido da investidora, bem como os investimentos não relevantes, quando a investidora não exerce influência
significativa. Assim, o custo de aquisição seria o valor despendido na transação.
Ao ocorrer uma perda no investimento de forma permanente deve-se se constituir uma provisão. Essa despesa
criada é uma despesa fiscal indedutível na apuração do IRPJ. As receitas obtidas pelo investimento são
registradas e reconhecidas pelos dividendos. É uma receita operacional segundo a legislação.
OBS.: Caso os dividendos a serem distribuídos forem de provisão de lucros e reservas passadas, esses valores devem ter
um tratamento diferenciado, pois esses fatos já estão inseridos no valor de aquisição dessas ações. Portanto, no ato de
distribuição não deve creditar a conta de receita e sim do investimento (porque a empresa estará recuperando o dinheiro
despendido) destrocando um ativo por dinheiro e não gerando uma receita e sim uma baixa do ativo
D – Dividendos a receber
C - Investimentos - ações
A equivalência patrimonial corresponde a uma forma simplificada de consolidação; por meio dela é consolidado
no ativo da investidora o valor não de cada ativo e cada passivo da entidade investida, mas apenas seu ativo
líquido (patrimônio líquido) na proporção detida pela investidora; e é consolidada no resultado da investidora não
cada receita e cada despesa da investida, mas apenas a parte do resultado líquido pertencente à investidora. É
reconhecida também no investimento da investidora de forma consolidada (e não em cada ativo e passivo seu) a
parte que lhe cabe em cada resultado abrangente registrado pela investida.
Há circunstâncias, todavia, em que a equivalência patrimonial, integral ou proporcional - não completam a visão
que a investidora tem com relação a seus investimentos em outras entidades. Por exemplo, a investidora pode
possuir participações em diversas entidades nas quais exerce influência significativa, mas não as controle
(coligadas), e em outras entidades nas quais exerce controle (completo ou compartilhado), mas não ter nesses
investimentos uma complementação de suas próprias atividades, ou não ter em cada investimento uma
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complementação das atividades dos demais investimentos. A entidade detém esses investimentos como
oportunidades de negócios, que podem ser em ramos diferenciados até por política de diversificação, mas que
são geridos pela investidora de forma individual e acompanhados pela sua evolução individual de valor como
oportunidade de negócio. Não os administra como um processo integrado de criação de valor.
No caso de investimentos efetuados e/ou mantidos com os objetivos acima ou outros objetivos semelhantes,
que propiciem à investidora a mesma forma de visão quando gerencia seus investimentos, pode a investidora
concluir por ser relevante informar os investidores, credores e público em geral de outra forma que não pela
equivalência patrimonial e/ou pela consolidação das demonstrações contábeis. Pode a investidora considerar ser
útil reportar tais investimentos avaliados aos respectivos valores justos e reportar como resultado a mutação
desses valores justos. Ou pode até concluir por serem esses investimentos melhor apresentados se avaliados
ao custo.
Método de equivalência patrimonial é o método de contabilização por meio do qual o investimento é inicialmente
reconhecido pelo custo e posteriormente ajustado pelo reconhecimento da participação atribuída ao investidor
nas alterações dos ativos líquidos da investida. O resultado do período do investidor deve incluir a parte que lhe
cabe nos resultados gerados pela investida.
Ajustes no valor contábil do investimento também são necessários pelo reconhecimento da participação
proporcional do investidor nas variações de saldo dos componentes dos outros resultados abrangentes da
investida, reconhecidos diretamente em seu patrimônio líquido. Tais variações incluem aquelas decorrentes da
reavaliação de ativos imobilizados, quando permitida legalmente, e das diferenças de conversão em moeda
estrangeira, quando aplicável. A parte do investidor nessas mudanças é reconhecida de forma reflexa, ou seja,
em outros resultados abrangentes diretamente no patrimônio líquido do investidor, e não no seu resultado.
Exemplo:
Considerando-se que, em 31 de dezembro de 2009, a empresa "A" (investidora) e a empresa "B" (investida)
apresentaram a seguinte situação:
Empresa "A":
Valor contábil do investimento na Empresa "B" R$ 600.000,00.
Empresa "B":
Capital social R$ 500.000,00
Reservas de capital R$ 600.000,00
Reservas de lucros R$ 900.000,00
Lucro do exercício R$ 700.000,00
Soma R$ 2.700.000,00
O valor contábil do investimento da empresa "A", por sua vez, em 31 de dezembro, passará a ser R$
2.700.000,00 x 30% = R$ 810.000,00, assim desdobrados:
O acréscimo ao patrimônio líquido da empresa "B" refere-se ao lucro apurado em 31 de dezembro de 2002 no
valor de R$ 700.000,00. Como a empresa "A" detém 30% (trinta por cento) do capital social da empresa "B", o
ajuste da conta de investimento foi de R$ 210.000,00, ou seja, 30% (trinta por cento) de R$ 700.000,00.
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Com base nos dados do exemplo, a empresa "A" (investidora) poderá fazer o seguinte lançamento contábil, pela
variação do ajuste na conta "Participação Societária na Empresa "B":"
Coligada é uma entidade, incluindo aquela não constituída sob a forma de sociedade tal como uma parceria,
sobre a qual o investidor tem influência significativa e que não se configura como controlada ou participação em
empreendimento sob controle conjunto (joint venture).
Controle é o poder de governar as políticas financeiras e operacionais da entidade de forma a obter benefícios
de suas atividades.
Controlada é a entidade, incluindo aquela não constituída sob a forma de sociedade tal como uma parceria, na
qual a controladora, diretamente ou por meio de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe
assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos
administradores.
Demonstrações separadas são aquelas apresentadas por uma controladora, um investidor em coligada ou um
empreendedor em uma entidade controlada em conjunto, nas quais os investimentos são contabilizados com
base no valor do interesse direto no patrimônio (direct equity interest) das investidas, em vez de nos resultados
divulgados e nos valores contábeis dos ativos líquidos das investidas. Não se confundem com as demonstrações
contábeis individuais.
Influência significativa se o investidor mantém direta ou indiretamente (por exemplo, por meio de controladas),
vinte por cento ou mais do poder de voto da investida, presume-se que ele tenha influência significativa, a menos
que possa ser claramente demonstrado o contrário. Por outro lado, se o investidor detém, direta ou
indiretamente (por meio de controladas, por exemplo), menos de vinte por cento do poder de voto da investida,
presume-se que ele não tenha influência significativa, a menos que essa influência possa ser claramente
demonstrada. A propriedade substancial ou majoritária da investida por outro investidor não necessariamente
impede que o investidor minoritário tenha influência significativa.
A existência de influência significativa por investidor geralmente é evidenciada por um ou mais das seguintes
formas:
(a) representação no conselho de administração ou na diretoria da investida;
(b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em decisões sobre dividendos e outras
distribuições;
(c) operações materiais entre o investidor e a investida;
(d) intercâmbio de diretores ou gerentes; ou
(e) fornecimento de informação técnica essencial.
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(a) o ágio fundamentado em rentabilidade futura (goodwill) relativo a uma coligada ou controlada (neste
caso, no balanço individual da controladora) deve ser incluído no valor contábil do investimento e sua
amortização não é permitida;
(b) qualquer excedente da parte do investidor no valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis
da investida sobre o custo do investimento deve ser incluído como receita na determinação da parte do
investidor nos resultados da investida no período em que o investimento for adquirido.
Ajustes apropriados devem ser efetuados após a aquisição, nos resultados da investida, por parte do
investidor, para considerar, por exemplo, a depreciação de ativos com base nos respectivos valores
justos da data da aquisição. Da mesma forma, retificações na parte do investidor nos resultados da
investida devem ser feitos, após a aquisição, por conta de perdas reconhecidas pela investida em
decorrência da redução do valor desses ativos ao seu valor recuperável (impairment), tais como, por
exemplo, para o ágio fundamentado em rentabilidade futura (goodwill) ou para o ativo imobilizado.
Utiliza-se a demonstração contábil mais recente da coligada e da controlada para aplicar o método de
equivalência patrimonial. Quando o término do exercício social do investidor for diferente daquele da
investida, esta elabora, para utilização por parte do investidor, demonstrações contábeis na mesma
data das demonstrações do investidor, a menos que isso seja impraticável.
Se a investida tem ações preferenciais com direito a dividendo cumulativo em circulação que estiverem
em poder de outras partes que não o investidor, as quais são classificadas como parte integrante do
patrimônio líquido, o investidor deve calcular sua parte nos resultados do período da investida após
ajustá-lo pela dedução dos dividendos pertinentes a essas ações, independentemente de eles terem
sido declarados ou não.
Quando a parte do investidor nos prejuízos do período da coligada se igualar ou exceder o saldo
contábil de sua participação na coligada, o investidor suspende o reconhecimento de sua parte em
perdas futuras. A participação na coligada é o valor contábil do investimento nessa coligada, avaliado
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pelo método de equivalência patrimonial, juntamente com alguma participação de longo prazo que, em
essência, constitui parte do investimento líquido total do investidor na coligada.
Por exemplo, um componente cuja liquidação não está planejada ou nem é provável que ocorra no
futuro previsível é, em essência, uma extensão do investimento da entidade naquela coligada. Tais
componentes podem incluir ações preferenciais, bem como recebíveis ou empréstimos de longo prazo,
porém não incluem componentes como recebíveis ou exigíveis de natureza comercial ou algum
recebível de longo prazo para os quais existam garantias adequadas, tais como empréstimos
garantidos. O prejuízo reconhecido pelo método de equivalência patrimonial que exceda o investimento
em ações ordinárias do investidor deve ser aplicado aos demais componentes que constituem a
participação do investidor na coligada em ordem inversa de sua antiguidade (isto é prioridade na
liquidação).
Após reduzir a zero o saldo contábil da participação do investidor, perdas adicionais são consideradas,
e um passivo é reconhecido somente na extensão em que o investidor tenha incorrido em obrigações
legais ou construtivas (não formalizadas) de fazer pagamentos por conta da coligada. Se a coligada
subsequentemente apurar lucros, o investidor retoma o reconhecimento de sua parte nesses lucros
somente após o ponto em que a parte que lhe cabe nesses lucros posteriores se igualar à sua parte
nas perdas não reconhecidas.
O investimento em coligada e em controlada (neste caso, no balanço individual) deve ser contabilizado pelo
método de equivalência patrimonial, exceto quando, e se permitido legalmente:
(b) que a controladora que também tenha participação em entidade controlada conjuntamente não apresente
demonstrações contábeis consolidadas; ou
Quando o investimento em coligada e em controlada, previamente classificado como mantido para venda, não
mais atender os critérios necessários para essa classificação, ele deve ser contabilizado pelo método de
equivalência patrimonial desde a data em que tiver sido inicialmente classificado como mantido para venda.
Após a aplicação do método de equivalência patrimonial, incluindo o reconhecimento dos prejuízos da coligada,
e o investidor deve aplicar os requisitos do CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração
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para determinar a necessidade de reconhecer alguma perda adicional por redução ao valor recuperável do
investimento líquido total desse investidor na coligada.
O investidor, em decorrência de sua participação na coligada, também deve aplicar os requisitos do CPC 38
para determinar a existência de alguma perda adicional por redução ao valor recuperável ( impairment) em itens
que não fazem parte do investimento líquido nessa coligada e o valor dessa perda.
Em função de o ágio fundamentado em rentabilidade futura (goodwill), integrar o valor contábil do investimento
na coligada (não é reconhecido separadamente), ele não é testado separadamente em relação ao seu valor
recuperável. Em vez disso, o valor contábil total do investimento é que é testado como um único ativo, em
conformidade com o disposto no Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos,
pela comparação de seu valor contábil com seu valor recuperável (valor de venda líquido dos custos para vender
ou valor em uso, dos dois o maior), sempre que os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 38 indicarem que
o investimento possa estar afetado, ou seja, que indicarem alguma perda por redução ao seu valor recuperável.
A perda por redução ao valor recuperável reconhecida nessas circunstâncias não é alocada para algum ativo
que constitui parte do valor contábil do investimento na coligada, incluindo o ágio fundamentado em
rentabilidade futura (goodwill). Consequentemente, a reversão dessas perdas é reconhecida de acordo com o
Pronunciamento Técnico CPC 01, na medida do aumento subsequente no valor recuperável do investimento. Na
determinação do valor em uso do investimento, a entidade deve estimar:
(a) sua parte no valor presente dos fluxos de caixa futuros que se espera sejam gerados pela coligada, incluindo
os fluxos de caixa das operações da coligada e o valor residual esperado com a alienação do investimento; ou
(b) o valor presente dos fluxos de caixa futuros esperados em função do recebimento de dividendos
provenientes do investimento e o valor residual esperado com a alienação do investimento.
Sob premissas adequadas, os métodos acima devem gerar o mesmo resultado.
O valor recuperável de investimento em coligada é determinado para cada coligada, a menos que a coligada não
gere entradas de caixa de forma independente de outros ativos da entidade.
O ágio fundamentado em rentabilidade futura (goodwill) também integra o valor contábil do investimento na
controlada (não é reconhecido separadamente) na apresentação das demonstrações contábeis individuais da
controladora. Mas, nesse caso, esse ágio, no balanço individual da controladora, deve receber o mesmo
tratamento contábil que é dado a ele nas demonstrações consolidadas.
A Resolução nº 484/78 do Banco Central do Brasil e a Instrução Normativa CVM nº 1/78 da Comissão de
Valores Mobiliários, que disciplinam a aplicação do artigo 248 da Lei 6.404/1976, nas instituições do sistema
financeiro e nas companhias abertas, determinam que o investimento na controlada, qualquer que seja o valor,
independente de ser relevante ou não, deverá ser avaliado pelo método de equivalência patrimonial.
Observe-se, também, que as companhias abertas e instituições financeiras deverão avaliar pelo método de
equivalência patrimonial os investimentos feitos no conjunto de coligadas, mesmo que a porcentagem de
participação no capital da investida coligada seja inferior a 20%, e ainda que não haja influência na
administração da coligada.
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(a) o ágio fundamentado em rentabilidade futura (goodwill) relativo a uma coligada ou controlada (neste caso, no
balanço individual da controladora) deve ser incluído no valor contábil do investimento e sua amortização não é
permitida;
(b) qualquer excedente da parte do investidor no valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis da
investida sobre o custo do investimento deve ser incluído como receita na determinação da parte do investidor
nos resultados da investida no período em que o investimento for adquirido.
Ajustes apropriados devem ser efetuados após a aquisição, nos resultados da investida, por parte do investidor,
para considerar, por exemplo, a depreciação de ativos com base nos respectivos valores justos da data da
aquisição.
Da mesma forma, retificações na parte do investidor nos resultados da investida devem ser feitos, após a
aquisição, por conta de perdas reconhecidas pela investida em decorrência da redução do valor desses ativos
ao seu valor recuperável (impairment), tais como, por exemplo, para o ágio fundamentado em rentabilidade
futura (goodwill) ou para o ativo imobilizado.
Utiliza-se a demonstração contábil mais recente da coligada e da controlada para aplicar o método de
equivalência patrimonial. Quando o término do exercício social do investidor for diferente daquele da investida,
esta elabora, para utilização por parte do investidor, demonstrações contábeis na mesma data das
demonstrações do investidor, a menos que isso seja impraticável.
As demonstrações contábeis do investidor devem ser elaboradas utilizando políticas contábeis uniformes para
eventos e transações de mesma natureza em circunstâncias semelhantes.
Se a investida utiliza políticas contábeis diferentes daquelas empregadas pelo investidor em eventos e
transações de mesma natureza em circunstâncias semelhantes, são necessários ajustes para adequar as
demonstrações contábeis da investida às políticas contábeis do investidor quando da utilização destas para
aplicação do método de equivalência patrimonial.
Se a investida tem ações preferenciais com direito a dividendo cumulativo em circulação que estiverem em
poder de outras partes que não o investidor, as quais são classificadas como parte integrante do patrimônio
líquido, o investidor deve calcular sua parte nos resultados do período da investida após ajustá-lo pela dedução
dos dividendos pertinentes a essas ações, independentemente de eles terem sido declarados ou não.
Quando a parte do investidor nos prejuízos do período da coligada se igualar ou exceder o saldo contábil de sua
participação na coligada, o investidor suspende o reconhecimento de sua parte em perdas futuras.
Após reduzir a zero o saldo contábil da participação do investidor, perdas adicionais são consideradas, e um
passivo é reconhecido somente na extensão em que o investidor tenha incorrido em obrigações legais ou
construtivas (não formalizadas) fazer pagamentos por conta da coligada. Se a coligada subsequentemente
apurar lucros, o investidor retoma o reconhecimento de sua parte nesses lucros somente após o ponto em que a
parte que lhe cabe nesses lucros posteriores se igualar à sua parte nas perdas não reconhecidas.
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O valor do investimento na data do balanço deverá ser ajustado ao valor de patrimônio líquido, mediante
lançamento da diferença a débito ou a crédito da conta de investimento (art. 388 do RIR/99), observando-se o
seguinte:
1 - Os lucros ou dividendos distribuídos pela coligada ou controlada deverão ser registrados pelo contribuinte
como diminuição do valor de patrimônio líquido do investimento, e não influenciarão as contas de resultado;
Exemplo:
Considerando-se que, em 31 de dezembro de X2, a empresa "A" (investidora) e a empresa "B" (investida)
apresentaram a seguinte situação:
Empresa "A":
Empresa "B":
Capital social R$ 500.000,00
Reservas de capital R$ 600.000,00
Reservas de lucros R$ 900.000,00
Lucro do exercício R$ 700.000,00
Soma R$ 2.700.000,00
O valor contábil do investimento da empresa "A", por sua vez, em 31 de dezembro, passará a ser R$
2.700.000,00 x 30% = R$ 810.000,00, assim desdobrados:
Com base nos dados do exemplo, a empresa "A" (investidora) poderá fazer o seguinte lançamento contábil, pela
variação do ajuste na conta "Participação Societária na Empresa "B":"
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Contudo, o valor do ajuste, por aumento ou redução no valor do patrimônio líquido do investimento, não será
computada na determinação do lucro real.
Mudança da avaliação do investimento pelo custo de aquisição para o valor de patrimônio líquido
O investimento avaliado pelo método do custo de aquisição que, posteriormente, tornar-se relevante e influente
deve ser avaliado pelo método de equivalência patrimonial. Essa situação ocorre quando a sociedade
investidora adquire mais ações ou quotas de capital, ou por outros fatores supervenientes.
Capital a integralizar
Por ocasião da aplicação do método de equivalência patrimonial, a parcela do capital ainda não integralizada
não deve ser computada, nem no cálculo da participação percentual nem no valor do patrimônio líquido.
Consideram-se não realizados os lucros ou os prejuízos decorrentes de negócios entre a sociedade investida e a
sociedade investidora. Da mesma forma, consideram-se não realizados os lucros ou os prejuízos decorrentes de
negócios entre a sociedade investida e sociedade coligada ou controlada da sociedade investidora, devendo ser
excluídos do valor do patrimônio líquido, quando:
a) os lucros ou os prejuízos que estejam incluídos no resultado de uma coligada ou de uma controlada e
correspondidos por inclusão ou exclusão no custo de aquisição de ativos de qualquer natureza no balanço
patrimonial da sociedade investidora;
Os lucros e os prejuízos, assim como as receitas e as despesas decorrentes de negócios que tenham gerado
simultânea e integralmente efeitos opostos nas contas de resultado das sociedades coligadas ou controladas,
não serão excluídos do valor do patrimônio líquido.
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Por outro lado, quando a alteração do percentual no capital da sociedade investida corresponder a uma perda, o
registro dessa perda será feito em conta própria de despesa não operacional.
Exemplo:
Considerando-se as seguintes situações na empresa "A" (investidora) e na empresa "B" (investida), cujo
investimento é avaliado pelo método de equivalência patrimonial:
Capital R$ 20.880,00
Reservas R$ 17.400,00
Número de ações do capital 20.880
A empresa "B" efetuou um aumento de capital mediante subscrição de 9.120 ações, sem ágio, no valor de R$
9.120,00, totalmente subscrito pela empresa "A".
Na forma do exemplo proposto, a participação da empresa "A" no capital da empresa "B" passará a ser de:
Conforme podemos constatar no quadro acima, o valor contábil do investimento da empresa "A" passou a ter um
saldo de R$ 30.904,80, resultando, portanto, num acréscimo de R$ 11.764,80, que corresponde a:
O valor do ganho também poderá ser obtido mediante aplicação do acréscimo percentual sobre o valor das
reservas da empresa "B", ou seja: R$ 17.400,00 x 15,20% = R$ 2.644,80
Contabilização:
D - Participações - empresa "B" (Investimentos)
C - Resultados em participações societárias (Resultado)
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No caso de a sociedade investidora optar pela avaliação dos investimentos pelo método de equivalência
patrimonial, em balanço intermediário, deve avaliar todos os investimentos em sociedade coligada ou controlada
que estejam sujeitos à avaliação pelo valor de patrimônio líquido.
O valor contábil do investimento será obtido pela soma algébrica dos seguintes valores (art. 385 do RIR/99):
a) valor de patrimônio líquido pelo qual o investimento está registrado na escrituração contábil;
b) ágio ou deságio na aquisição do investimento, ainda que tenha sido amortizado na escrituração comercial da
sociedade investidora;
c) saldo da provisão para a cobertura de perdas que tiver sido computada na determinação do lucro real.
A provisão para perdas deve ser apresentada no ativo permanente por dedução do valor contábil do
investimento (nele incluídos o ágio e o deságio não amortizados), sendo o excedente apresentado em conta
específica no passivo.
A baixa de investimento relevante e influente em sociedade coligada ou controlada deve ser precedida da
avaliação pelo valor de patrimônio líquido, com base em balanço patrimonial ou balancete de verificação da
coligada ou controlada, levantado na data da alienação ou liquidação ou até 30 (trinta) dias, no máximo, antes
dessa data.
A avaliação do investimento, nesse caso, é necessária para que o ganho ou a perda de capital na alienação ou
liquidação da participação societária seja corretamente apurado.
Os lucros ou dividendos distribuídos pela sociedade coligada ou controlada deverão ser registrados pela
sociedade investidora como diminuição do valor do patrimônio líquido do investimento e não influenciarão as
contas de resultado (§ 1º do art. 388 do RIR/99).
Exemplo:
Considerando-se que a empresa "B" (investida) credite dividendos à empresa "A" (investidora), no montante de
R$ 80.000,00.
O lançamento contábil poderá ser feito pela empresa "A" (investidora) do seguinte modo:
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O valor de R$ 80.000,00 foi excluído da conta de investimentos porque esse mesmo valor foi incluído nessa
conta através de anterior débito de equivalência patrimonial.
A sociedade coligada ou controlada, por sua vez, poderá fazer o lançamento contábil do seguinte modo:
Os resultados da avaliação dos investimentos em sociedade coligada ou controlada com sede no Exterior, pelo
método da equivalência patrimonial deverão ser computados na determinação do lucro real (art. 25 da Lei nº
9.249/95).
Os prejuízos e perdas decorrentes dessas operações não poderão ser compensados com os lucros auferidos no
Brasil (§ 4º do art. 25 da Lei nº 9.249/95).
Está excluído da incidência das contribuições ao PIS e a Cofins, o resultado positivo da avaliação de
investimentos pelo valor do patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados
pelo custo de aquisição, que tenham sido computados como receita (Lei nº 9.718/98, art. 3º, § 2º).
A partir do advento da Lei 6.404/76 e do Decreto-lei nº. 1598/77, os investimentos relevantes nas coligadas ou
controladas devem ser avaliados pelo método da equivalência patrimonial.
No ato de aquisição do investimento avaliável pelo valor do patrimônio líquido, o custo de aquisição deverá ser
desdobrado em:
No item I (ágio) deverá ser registrado o resultado da aplicação do percentual de participação no capital da
coligada ou controlada sobre o montante do patrimônio líquido desta (investida). Assim, por exemplo, a
investidora A tem 60% do capital da B e esta tem patrimônio líquido de 400; a parcela do patrimônio líquido de B
que pertence a A é de 60% sobre 400, ou seja 240. Logo, no item I será registrado o valor de 240.
No item II será registrado o valor da diferença resultante entre o custo de aquisição e o valor do item I. se a
diferença for positiva será registrado como ágio, enquanto que a diferença negativa será registrada como
deságio. Assim, se o investimento foi adquirido por 290, teremos ágio de 50, enquanto se foi adquirido por 200,
teremos deságio de 40.
O Decreto-lei nº. 1598/77 determina que por ocasião da aquisição de participação societária o custo de aquisição
será desdobrado. O termo aquisição é gênero, enquanto compra; subscrição e bonificação são espécies. Isso
significa que o termo compra e subscrição estão compreendidos no termo aquisição. Só pela definição do termo
aquisição verifica-se que o desdobramento do custo do investimento deva ser feito também na subscrição de
capital.
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O aumento de capital por subscrição na empresa coligada ou controlada poderá resultar em ágio ou deságio ou
ainda em ganho ou perda de capital. Vamos examinar alguns casos práticos.
Primeiro Caso:
A empresa B tem participação de 50% no capital da empresa A. os valores hipotéticos são:
Empresa A
Capital.......................................................................................................... 100
Reserva de Capital....................................................................................... 40
Lucro Acumulados....................................................................................... 20 160
Empresa B
Investimento
VPL ............................................................................................................ 80
Ágio ........................................................................................................... 30 110
No aumento de capital de 100 para 200, na empresa A, a empresa B subscreveu 50% a que tinha direito. A
situação passa a ser a seguinte:
Empresa A
Capital ......................................................................................................... 200
Reservas de Capital..................................................................................... 40
Lucros Acumulados .................................................................................... 20 260
Empresa B
Investimentos
VPL ........................................................................................................... 80
aumento de participação por aumento de capital ......................................+50
Ágio ........................................................................................................... 30 160
Note-se que o valor do ágio na empresa B permaneceu inalterado, porque o percentual de participação
permaneceu inalterado.
Segundo Caso:
A empresa D possuía 50% do capital da empresa C. No aumento de capital de 100 para 250 a empresa
subscreveu sozinha a totalidade do aumento. Vejamos como será escriturada a alteração de valor do
investimento:
Empresa C
Empresa D
Investimentos
VPL ........................................................................ 35
Ágio ........................................................................ 20 55
Com o aumento de capital, os balanços, das duas empresas passam a ter os seguintes valores:
Empresa C
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Empresa D
Investimentos
VPL ......................................................................... 35
Aumento capital com aumento de participação....... +141
Ágio ...................................................................... 20
Aumento no valor do ágio em decorrência do aumento na participação + 9 205
O percentual de participação da empresa D, no capital da empresa C, aumentou de 50% para 80%. A hipótese
aqui é de ágio na aquisição de investimento e não perda de capital por variação no percentual da participação
societária. Neste exemplo os demais investidores que deixaram de subscrever o aumento de capital tiveram
ganho de capital.
A Receita Federal entende que a totalidade do valor pago na integralização de capital deverá ser escriturada à
subconta que registra o valor do patrimônio líquido da coligada ou controlada. Isso significa que o valor não será
desdobrado em ágio ou deságio. No primeiro ajuste posterior a diferença será tratada como ajuste de
investimento que não comporá o lucro real.
Terceiro Caso:
A empresa F tem participação de 50% no capital da empresa E. As duas empresas têm a seguinte situação:
Empresa E
Empresa F
Investimento
VPL .......................................................................................... 140
A empresa F subscreveu e integralizou sozinha o aumento de capital de 100 para 200 na empresa E. O
Percentual de participação da empresa F passou de 50% para 75%. Após o aumento de capital os balanços das
duas empresas apresentam as seguintes situações:
Empresa E
Capital .................................................................................. 200
Reservas ............................................................................... 180 380
Empresa F
Investimentos
VPL .................................................................................... 140
Aumento de Capital com aumento de participação............... + 145
(-) Deságio ......................................................................... 45 240
Nesta hipótese trata-se de deságio na aquisição de investimento e não ganho de capital decorrente de variação
no percentual de participação societária. O Ágio ou Deságio deverá ser apurado após o ajuste do investimento
pelo valor do patrimônio líquido de forma global em relação ao investimento na mesma coligada ou controlada.
É importante observar que a cada ágio na subscrição de uma empresa investidora, corresponde ao ganho de
capital de outra investidora que deixou de subscrever o aumento de capital e cada deságio corresponde uma
perda de capital da outra. São duas parcelas distintas, uma é computável na determinação do lucro real e a
outra não.
Quarto Caso:
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A empresa H tem participação de 50% no capital da empresa G. São as seguintes situações das duas
empresas:
Empresa G
Empresa H
Investimentos
VPL .................................................................................... 90
Ágio ................................................................................... 40 130
A empresa H não subscreveu o aumento de capital de 100 para 250. O percentual de participação da empresa
H, na empresa G, diminuiu de 50% para 20%. Após o aumento de capital as duas empresas passaram a ter as
seguintes situações:
Empresa G
Empresa H
Investimentos
VPL ..................................................................................... 66
Ágio .................................................................................... 40 106
Nesta hipótese a empresa H teve perda de capital de 24 em virtude de diminuição no percentual de participação
societária. A perda de capital aqui é inconfundível. Não se pode contabilizar a parcela de 24 como ágio porque
este somente poderá ocorrer na aquisição de investimentos e nunca quando deixar de adquirir.
Se a empresa H não fizer a escrituração da perda de capital por ter deixado de exercer o direito de subscrição,
no encerramento do exercício social será absolvido por ajuste do investimento. Para os efeitos fiscais tanto a
perda de capital por variação no percentual de participação societária como o ajuste de investimento por
variação do patrimônio líquido da coligada ou controlada não são computados na determinação do lucro real.
Quinto Caso:
A empresa J, que não tinha qualquer participação na empresa I, subscreve e integraliza sozinha o aumento de
capital desta de 100 para 200. O balanço da empresa I, antes do aumento de capital, apresenta a seguinte
situação:
Empresa I
Capital ......................................................................................... 100
(-) Prejuízos ................................................................................ 60 40
Empresa I
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Empresa J
Investimentos
VPL .......................................................................................... 70
Ágio .......................................................................................... 30 100
Pela situação acima se conclui que somente haverá perda de capital, quando já tiver participação anterior; não
existindo participação anterior não existe variação no percentual de participação e conseqüentemente perda de
capital. O que existe é ágio na aquisição. A legislação não faz distinção entre aquisição por subscrição e por
compra de terceiros.
Alguns esclarecimentos e alterações importantes são feitos neste tópico. A primeira, e talvez a principal delas,
trata da existência de ágio/deságio na subscrição de ações.
Até algum tempo atrás, era entendimento de muitas pessoas que o ágio e o deságio somente surgiam quando
havia uma aquisição das ações de uma determinada empresa (transação direta entre vendedor e comprador).
Hoje, entretanto, já existe o entendimento de que o ágio ou o deságio pode também surgir em decorrência de
uma subscrição de capital.
Posteriormente, verificou-se que quando essa parcela subscrita decorre, por exemplo, da subavaliação no valor
contábil dos bens, existe a figura do ágio na investidora, mesmo que não tenha havido uma negociação direta
com terceiros.
O entendimento anterior era de que, em função da variação do percentual de participação, a nova equivalência
patrimonial revelava um ganho de variação para a Cia A e, conseqüentemente, uma perda na Cia B, que
deveriam ser contabilizados de imediato nos resultados dos investidores. A explicação para a perda estava
baseada na seguinte construção:
a) - ao aumentar o percentual de participação de 30% para 50%, a Cia B passou a "ganhar", em relação à Cia A,
20% do patrimônio líquido anterior ao aumento (20% de 2.000 = 400);
b) - ao mesmo tempo, ao subscrever a nova emissão por um valor acima do valor patrimonial, ela estaria
entregando para a Cia A 50% do novo valor investido (50% de 1.200 = 600);
c) portanto, a Cia B estaria incorrendo em uma perda líquida no valor de 200 (400 - 600).
Esse entendimento não é verdadeiro. Na realidade, a Cia B pagou uma parcela adicional em função de uma
mais-valia dos bens, que não está refletida nos registros contábeis da Cia XYZ. Só que não o fez diretamente
aos proprietários das ações (Cia A). Portanto, o que existe neste caso é a figura do ágio com fundamento nesta
mais-valia.
8. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
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CAPITAL SOCIAL
A conta de Capital Social representa o investimento efetuada na empresa pelos seus proprietários. Este
investimento pode assumir a forma de ações (se for sociedade anônima) ou quotas (se for uma limitada).
Para atender ao disposto na Lei 6404\76, deverão estar discriminados da conta de Capital Social o montante
subscrito pelos sócios ou acionistas e, por dedução, a parcela ainda não realizada.
Contabilização:
a) pela subscrição:
Capital Social a Realizar
a Capital Social Subscrito...............................R$ 250.000,00
b) pela integralização:
Caixa ou Bancos
a Capital Social a Realizar........................... ..R$ 200.000,00
Se o Capital for integralizado em bens, estes deverão ser avaliados e incorporados ao patrimônio da empresa
pelo preço de mercado, através de laudo que deverá ser aprovado pela Assembléia Geral;
Se o Capital for integralizado em crédito (valores a receber) o subscritor responderá perante a sociedade, pela
solvência do devedor;
Se o Capital autorizado, quando o estatuto da empresa confere ao Conselho de Administração autorização para
aumentar o Capital Social, independentemente de alteração estatutária, bastando a reunião do órgão e o registro
da ata respectiva na Junta Comercial.
RESERVAS DE CAPITAL
São contribuições recebidas dos proprietários e de terceiros que não representam receitas ou ganhos e que,
portanto, não devem transitar por conta de resultado.
O Capital Social somente pode ser aumentado em Assembléia Geral, motivo pela qual a Lei estabelece que o
produto da Correção do Capital deve figurar transitoriamente nessa conta de Reserva de Capital.
Patrimônio Líquido
Capital Social subscrito......................R$ 300.000,00
(-) a Realizar.......................................R$ 200.000,00
(=) Realizado......................................R$ 100.000,00
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Contabilização:
Ágio na emissão de ações: Na conta Capital Social, as ações devem figurar somente pelo seu valor nominal. O
excedente, ou seja a diferença entre o preço que os acionistas pagam pelas ações à companhia e i seu valor
nominal deve ser registrada em conta de Reserva de Capital
Contabilização:
Caixa ou Bancos...............................30,00
a Diversos
......a Capital Social .............................................20,00
......a Reserva de Ágio na emissão de Ações......10,00
Doações :O valor das doações recebidas pela companhia constituirá Reserva de Capital.
Essas doações poderão ser em dinheiro ou em bens imóveis, móveis ou direitos. Os ativos recebidos em doação
devem ser contabilizados pelo valor de mercado.
Por exemplo, se a empresa receber um terreno, deverá avaliá-lo para saber quanto lhe custaria caso o tivesse
comprado. Esse deverá ser então o valor do imóvel e do da Reserva de Capital.
Subvenções:
Subvenções Há diversos casos de subvenções, sendo mais comuns aquelas concedidas, às empresas pelo
governo (federal, estadual ou municipal), como incentivo ou ajuda a setores econômicos ou regiões em cujo
desenvolvimento haja interesse especial. Um exemplo são os recursos concedidos pelo governo a empresa
pública e sociedade de economia mista, destinados a aplicação em imobilizações para a expansão, sem
contrapartida representada por recebimento em ações. Nesse caso, são verdadeiras doações com o nome de
subvenções para investimentos que não devem ser registradas como receitas, mas creditadas diretamente
nessa conta de Reserva de Capital.
RESERVAS DE LUCROS
São contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia. Representam lucros reservados e constituem
garantia e segurança adicional para saúde financeira da companhia, porque são lucros contabilmente realizados
Que ainda não foram distribuídos aos sócios ou acionistas.
Reserva Legal : Tem a finalidade de assegurar a integridade do Capital Social. É utilizado para aumentar o
Capital Social ou absorver prejuízo contábeis.
É calculado tendo como base de calculo 5% sobre o Lucro líquido do Exercício, e deve ser constituída antes da
formação de qualquer outra reserva ou da distribuição de dividendos. Limitado a 20% do valor do Capital Social
(corrigido).
b) fixar os critérios para sua determinação com base do lucro do período base;
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Contingências: situação ou condição que pode surgir para a companhia, na qual há possibilidade de ocorrência
de despesas ou perdas, cuja certeza de acontecimento é futura e discutível, tais como:
a) perdas futuras pela expectativa de diminuição nos preços dos produtos da empresa, gerando prejuízos;
b) pela previsão de lançamento de produtos concorrentes com qualidade superior a menores preços;
c) pela previsão de perdas em função de ação da natureza como: geadas, cheias, enchentes, secas, que
gerarão perdas para a empresa.
A constituição da reserva é opcional e a proposta da administração deverá indicar a causa da perda prevista e
justificar, com as razões de prudência que recomendem a sua constituição.
Tem a finalidade de segregar parte do lucro apurado , visando manter tais recursos na companhia par aplicação
em projetos de expansão.
PREJUÍZOS ACUMULADOS
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9. FORMAS DE CONCENTRAÇÃO
Lei das sociedades anônimas (Lei 6.404/76 e alterações posteriores) nos seus artigos 220 a 234 já tratava os
temas relativos à transformação, incorporação, fusão e cisão de sociedades anônimas.
Esta legislação antes da entrada em vigor do novo código, também era utilizada nas reorganizações societárias
dos demais tipos societários, que agora neste particular passaram a seguir as determinações do código civil.
Quanto à reorganização societária das sociedades anônimas envolvendo transformação, incorporação, fusão e
cisão, continuam sendo reguladas pela Lei 6.404/76, porquanto sua condição de lei especial para este tipo
societário.
9.1. Transformação
A transformação de sociedade é a forma de se alterar o tipo societário presente. Por se tratar de modificação do
formado constitutivo em relação ao vínculo societário da pessoa jurídica anteriormente constituída, não se
constitui em dissolução ou extinção da sociedade transformada e sim apenas de sua modificação para outro tipo
societário, a exemplo de uma sociedade limitada que é transformada em uma sociedade anônima e vice-versa.
Assim sendo, na expressão do código civil, juridicamente o ato de transformação independe de dissolução ou
liquidação da sociedade, e obedecerá aos preceitos reguladores da constituição e inscrição próprios do tipo em
que vai converter-se (artigo 1.130).
Portanto, se uma sociedade simples for transformada em uma sociedade empresária, seus atos constitutivos
deverão ser arquivados na Junta Comercial, obedecendo aos requisitos estabelecidos para o novo tipo
societário, por exemplo, para uma sociedade limitada.
Como regra, o artigo 1.114 determina que a transformação depende do consentimento de todos os sócios, salvo
se prevista no ato constitutivo, caso em que o dissidente poderá retirar-se da sociedade, aplicando-se, no
silêncio do estatuto ou do contrato social, o disposto no art. 1.031.
Desta forma, o contrato poderá prevê quorum específico para a transformação, garantindo porém ao sócio que
não concordar com a operação societária o direito de retirar-se da sociedade, sendo ainda assegurado ao
dissidente o valor da sua quota, considerada pelo montante efetivamente realizado, que liquidar-se-á, salvo
disposição contratual em contrário, com base na situação patrimonial da sociedade, à data da resolução,
verificada em balanço especialmente levantado.
Havendo a saída de sócio dissidente o capital social sofrerá a correspondente redução, salvo se os demais
sócios suprirem o valor da quota. Por outro lado, a quota liquidada será paga em dinheiro, no prazo de noventa
dias, a partir da liquidação, salvo acordo, ou estipulação contratual em contrário (artigo 1.031, § 1º. e § 2º.)
A transformação não modificará nem prejudicará, em qualquer caso, os direitos dos credores, porquanto não
tendo estes poderes de ingerência no ato, não fosse a determinação legal, ficariam reféns da boa vontade os
devedores, o que não seria justo.
Quanto à falência da sociedade transformada somente produzirá efeitos em relação aos sócios que, no tipo
anterior, a eles estariam sujeitos, se o pedirem os titulares de créditos anteriores à transformação, e somente a
estes beneficiará.
9.2. Incorporação
O código trouxe no texto do seu artigo 1.116 as características e circunstâncias em que ocorre a incorporação.
Desta forma, na incorporação, uma ou várias sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os
direitos e obrigações, devendo todas aprová-la, na forma estabelecida para os respectivos tipos. Assim sendo,
as sociedades incorporadas deixam de existir passando todo o seu acervo patrimonial a fazer parte a sociedade
incorporadora.
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A operação de incorporação não é um ato de decisão meramente administrativa da sociedade é por excelência
uma decisão que depende de deliberação dos sócios através de votação. A deliberação dos sócios da sociedade
incorporada deverá aprovar as bases da operação e o projeto de reforma do ato constitutivo (artigo 1.117).
A sociedade que houver de ser incorporada tomará conhecimento desse ato, e, se o aprovar, autorizará os
administradores a praticar os atos necessários à incorporação, inclusive a subscrição em bens pelo valor da
diferença que se verificar entre o ativo e o passivo. (§ 1º do artigo 1.117).
Destacamos ainda que o § 2º do artigo 1.117 determina que a deliberação dos sócios da sociedade
incorporadora compreenderá a nomeação dos peritos para a avaliação do patrimônio líquido da sociedade, que
tenha de ser incorporada.
Por fim, uma vez aprovados os atos da incorporação, a incorporadora declarará extinta a incorporada, e
promoverá a respectiva averbação no registro próprio, sobretudo objetivando tornar pública a operação.
9.3. Fusão
A fusão é um processo de unificação de duas ou mais sociedades em que seus patrimônios se unem para
formar uma nova sociedade resultante desta unificação, sendo esta nova entidade sucessora de todos os
direitos e obrigações vinculados às sociedades fusionadas. A fusão pode ocorrer entre sociedades de tipos
jurídicos distintos.
Diferente do que ocorre nos casos anteriores relativos à transformação de sociedades, o artigo 1.119 do código
expressa que a fusão determina a extinção das sociedades que se unem, para formar sociedade nova, que a
elas sucederá nos direitos e obrigações. Assim, formalizada a fusão, extintas estarão as sociedades que
participaram da operação.
Para a operacionalização da fusão é necessário que seja obedecido às determinações do código civil em seu
artigo 1.120. Por este dispositivo legal, a fusão será decidida, na forma estabelecida para os respectivos tipos,
pelas sociedades que pretendam unir-se.
Em reunião ou assembléia dos sócios de cada sociedade, deliberada a fusão e aprovado o projeto do ato
constitutivo da nova sociedade, bem como o plano de distribuição do capital social, serão nomeados os peritos
para a avaliação do patrimônio da sociedade.
Destacamos que não é permitido aos sócios votar o laudo de avaliação do patrimônio da sociedade de que
façam parte.
Os administradores deverão proceder a averbação dos respectivos atos de extinção das sociedades que
participarão da fusão, além formalizar a inscrição da sociedade constituída em decorrência a fusão. Estes
registros deverão ser efetuados nos seguintes órgãos: Junta Comercial, em se tratando de sociedade
empresária e no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas, no caso de sociedade simples.
Por fim, concluído o processo de incorporação, fusão ou cisão, havendo credores que se sintam prejudicados
em decorrência desta reorganização societária, determina o artigo 1.122 que até noventa dias após publicados
os atos relativos à incorporação, fusão ou cisão, o credor anterior, por ela prejudicado, poderá promover
judicialmente a anulação deles.
9.4. Cisão
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No código civil, embora esteja inserido a indicação da cisão no capítulo que trata da reorganização societária,
este diploma legal não trouxe nenhuma determinação sobre conceitos e procedimentos relativos a cisão. Esta
matéria continua sendo regulada pelos artigos 220 a 234 da Lei 6.404/76.
Segundo a lei das sociedades anônimas, a cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu
patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a
companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a versão.
Para efeitos de operacionalização do processo de cisão, são divididos nos seguintes procedimentos: I - Cisão
Parcial para sociedade existente; II - Cisão Parcial para constituição de nova sociedade; III - Cisão total para
sociedades existentes;IV - Cisão total - Constituição de Sociedades Novas;
Por fim, a Instrução Normativa nº 88, de 2 de agosto de 2001, do DNRC - Departamento Nacional de Registro do
Comércio, dispõe sobre os procedimentos e arquivamento dos atos de transformação, incorporação, fusão e
cisão de sociedades empresárias.
O PN CST nº 21/87 definiu, para os efeitos fiscais, que não descaracteriza a cisão o fato de a divisão do
patrimônio da pessoa jurídica resultar em composição societária diferente daquela anterior ao evento. Isso
significa que, por exemplo, a sociedade X composta dos sócios A, B, C e D poderá ser cindida em sociedade X e
Y com qualquer forma de composição dos sócios anteriores, ou seja, a sociedade X poderá ter os sócios A e B e
a sociedade Y ter os sócios C e D.
A definição é muito importante para os efeitos do imposto de renda porque se o fato de algum dos sócios não
participar da nova sociedade descaracterizasse a figura da cisão, a cisão por desentendimento de sócios, por
exemplo, somente poderia ser feita mediante cisão da sociedade em duas outras, com participação de todos os
sócios nas duas sociedades e posterior permuta de ações ou quotas de capital. A permuta caracteriza alienação
e aquisição para efeito de tributação dos lucros das pessoas físicas.
O valor do acervo a ser tomado na incorporação, fusão ou cisão deverá ser o valor contábil ou de mercado (art.
21 da Lei nº. 9.249/95), in verbis
“Art. 21. A pessoa jurídica que tiver parte ou todo o seu patrimônio absorvido em virtude de incorporação, fusão
ou cisão deverá levantar balanço específico para esse fim, no qual os bens e direitos serão avaliados pelo valor
contábil ou de mercado.
Parágrafo 1º O Balanço a que se refere este artigo deverá ser levantado até 30 dias antes do evento.
Parágrafo 2º No caso de pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido ou arbitrado, que optar pela
avaliação a valor de mercado, a diferença entre este e custo de aquisição, diminuído dos encargos de
depreciação, amortização ou exaustão, será considerada ganho de capital, que deverá ser adicionada à base de
cálculo do imposto de renda devido e da contribuição social sobre o lucro líquido.
Parágrafo 3º Para efeito do disposto no parágrafo anterior, os encargos serão considerados decorridos, ainda
que não tenham sido registrados contabilmente.
A avaliação dos bens ou direitos pelo valor contábil ou de mercado atende tanto a legislação fiscal como
societária, desde que não tenha participação da incorporadora no capital da incorporada ou esta naquela. Se na
incorporação, fusão ou fusão não vai ocorrer extinção de investimento que uma possui na outra, não há prejuízo
fiscal para a União ao avaliar os bens ou direitos pelo valor contábil ou de mercado.
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A partir de 01.01.96, com a vigência dos arts. 21 e 31 da Lei nº. 9.249/95, está revogado o art. 380 do RIR/94.
Aqueles dois artigos são incompatíveis com este último. O art. 21 da Lei 9.249//95 concede ao contribuinte a
opção de avaliar os bens e direitos ao valor de mercado ou fazer a incorporação, fusão ou cisão pelos valores de
escrituração contábil.
A maior incompatibilidade está entre o art. 31 da Lei 9.249/95 e o art. 380 do RIR/94. Isso porque, a perda de
capital na extinção de participação societária decorrente de incorporação ou fusão, a partir de 01.01.96, passou
a ser perda não compensável com o lucro operacional. O art. 31 dispõe que prejuízos não operacionais,
apurados pelas pessoas jurídicas, a partir de 01.01.96, somente poderão ser compensados com lucros da
mesma natureza, observado o limite previsto no art. 15 da Lei nº. 9.065/95.
A perda na extinção de participação societária é prejuízo não operacional que não poderá ser computado na
determinação do lucro real para diminuir a tributação do lucro operacional. Essa regra é incompatível com o
disposto no art. 380 do RIR/94 que permite a compensação entre a perda decorrente da extinção de participação
societária e o lucro operacional da pessoa jurídica, podendo amortizá-lo no prazo máximo de dez anos.
Quando na incorporação de sociedades, forem atribuídos, aos bens do ativo, valores superiores aos contábeis,
esses aumentos de valores são denominados reavaliações de bens na incorporação. Essa diferença entre o
valor de reavaliação e o valor contábil dos bens não será computada na apuração do lucro real enquanto
mantida como reserva de reavaliação (art. 388 do RIR/94). Essa reserva de reavaliação será computada na
determinação do lucro real da seguinte forma (art. 383, II, do RIR/94):
no período-base em que a reserva for utilizada para aumento de capital social, no montante capitalizado;
em cada período-base, no montante do aumento do valor dos bens reavaliados que tenha sido realizado no
período, inclusive mediante:
1 - alienação, sob qualquer forma;
2 - depreciação, amortização e exaustão;
3 - baixa por perecimento;
O contribuinte deverá discriminar na contabilização da reserva de reavaliação dos bens realizados que a tenham
originado, em condições de permitir a determinação do valor realizado em cada período-base.
Registro e amortização de ágio ou deságio nas hipóteses de incorporação, fusão ou cisão, de acordo com a
Instrução Normativa SRF nº 011, de 10 de fevereiro de 1999.
Art. 1° A pessoa jurídica que absorver patrimônio de outra, em virtude de incorporação, fusão ou cisão, na qual
detenha participação societária adquirida com ágio ou deságio, apurado segundo o disposto no art. 20 do
Decreto-lei n° 1.598, de 26 de dezembro de 1977, deverá registrar o valor do ágio ou deságio cujo fundamento
econômico seja:
I – valor de mercado de bens ou direitos do ativo da coligada ou controlada superior ou inferior ao custo
registrado na sua contabilidade, em contrapartida à conta que registre o bem ou direito que lhe deu causa;
II – valor de rentabilidade da coligada ou controlada, com base em previsão dos resultados nos exercícios
futuros, em contrapartida a conta do ativo diferido, se ágio, ou do passivo, como receita diferida, se deságio;
III – fundo de comércio, intangíveis e outras razões econômicas, em contrapartida a conta do ativo diferido, se
ágio, ou do passivo, como receita diferida, se deságio.
§ 1° Alternativamente, a pessoa jurídica poderá registrar o ágio ou deságio a que se referem os incisos II e III em
conta do patrimônio líquido.
§ 2° A opção a que se refere o parágrafo anterior aplica-se, também, à pessoa jurídica que houver absorvido
patrimônio de empresa cindida, na qual tinha participação societária adquirida com ágio ou deságio, com o
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fundamento de que trata o inciso I, quando não houver adquirido o bem a que corresponder o referido ágio ou
deságio.
I - o inciso I, integrará o custo do respectivo bem ou direito, para efeito de apuração de ganho ou perda de
capital, bem assim para determinação das quotas de depreciação, amortização ou exaustão;
II - o inciso II:
a) poderá ser amortizado nos balanços correspondentes à apuração do lucro real levantados posteriormente à
incorporação, fusão ou cisão, à razão de 1/60 (um sessenta avos), no máximo, para cada mês do período a que
corresponder o balanço, no caso de ágio;
b) deverá ser amortizado nos balanços correspondentes à apuração do lucro real levantados posteriormente à
incorporação, fusão ou cisão, à razão de 1/60 (um sessenta avos), no mínimo, para cada mês do período a que
corresponder o balanço, no caso de deságio;
§ 5° A amortização a que se refere a alínea "a" do inciso II do § 3º, observado o máximo de 1/60 (um sessenta
avos) por mês, poderá ser efetuada em período maior que sessenta meses, inclusive pelo prazo de duração da
empresa, se determinado, ou da permissão ou concessão, no caso de empresa permissionária ou
concessionária de serviço público.
§ 6° Na hipótese da alínea "b" do inciso III do § 3°, a posterior utilização econômica do fundo de comércio ou
intangível sujeitará a pessoa física ou jurídica usuária ao pagamento dos tributos e contribuições que deixaram
de ser pagos, acrescidos de juros de mora e multa, de mora ou de ofício, calculados de conformidade com a
legislação vigente.
§ 7° O valor que servir de base de cálculo dos tributos e contribuições a que se refere o parágrafo anterior
poderá ser registrado em conta do ativo, como custo do direito.
Art. 2° O controle e as baixas, por qualquer motivo, dos valores de ágio ou deságio, na hipótese de que trata
esta Instrução Normativa, serão efetuados exclusivamente na escrituração contábil da pessoa jurídica, não se
lhes aplicando a norma do parágrafo único do art. 334 do Regulamento do Imposto de Renda aprovado pelo
Decreto n° 1.041, de 11 de janeiro de 1994 – RIR/94.
Este comentário relaciona, passo a passo, os documentos que devem ser providenciados e os respectivos
lançamentos contábeis que devem ser efetuados pelas empresas em um processo de cisão, total ou parcial,
para que este seja efetivado nos termos da legislação tributária e societária vigente.
1. Em relação à sociedade cindida:
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1º Passo
Levantamento do Balanço Patrimonial da empresa cindida "X", antes da cisão, considerando, a título de
exemplo, uma cisão parcial, apresentando o saldo original e o saldo remanescente, elaborado pelo seu
departamento contábil com até 30 dias de antecedência da data do evento, conforme a seguir:
Total do Ativo ... 902.600 493.564 Total do Passivo ... 902.600 493.564
2º Passo
Emissão do "Laudo de Avaliação do Patrimônio Líquido" da sociedade cindida por 3 peritos ou empresa
especializada, não vinculados às pessoas jurídicas sucessora e sucedida, observados, quando couber, os
critérios estabelecidos no artigo 434 do Regulamento do Imposto de Renda (RIR), aprovado pelo Decreto nº
3.000, de 26/03/1999.
3º Passo
Cópias de todos os atos constitutivos da empresa cindida, como o Contrato Social de constituição e todas as
suas alterações contratuais e cadastrais pertinentes.
4º Passo
O departamento contábil da empresa cindida deve providenciar a apresentação das seguintes Informações
Econômico-Fiscais, relativas ao evento de cisão, as quais devem ser entregues até o último dia útil do mês
subseqüente ao do referido evento:
Nota: As declarações relativas ao evento de cisão podem ser apresentadas pela Internet ou nas unidades da
Secretaria da Receita Federal, com exceção da DIRF, que deve ser entregue pela Internet.
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Antes da operação, a empresa cindida "X" aumenta o seu capital social, através da transferência do saldo das
contas "Reservas de Capital" e "Lucros (Prejuízos) Acumulados" para a conta "Capital Social", conforme abaixo:
Após o procedimento anterior, considerando a abertura de conta específica para o evento de cisão, os
lançamentos contábeis, efetuados pela sociedade cindida, serão divididos em 3 grupos, conforme o
esquematizado abaixo:
·
Transferência de Obrigações para a Empresa Sucessora:
VALOR
D/C CONTAS
(R$)
D. Capital Social 253.800,00
C. Conta Transitória para Cisão 253.800,00
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Nota: Os quadros acima são meramente didáticos. Obviamente as contas deverão ser lançadas de modo mais detalhado,
considerando-se até o último grau de sub-contas, adaptando-se a classificação adotada pela sociedade fusionada à
classificação a ser adotada pela sociedade sucessora.
Levantamento do Balanço Patrimonial da sociedade sucessora, antes da cisão, elaborado pelo seu departamento contábil
com até 30 dias de antecedência da data do evento, conforme exemplo a seguir:
DIFERIDO 0,00
2º Passo
Cópias de todos os atos constitutivos da empresa sucessora, como o Contrato Social de constituição e todas as suas
alterações contratuais e cadastrais pertinentes.
3º Passo
O departamento contábil da sociedade sucessora deve providenciar a apresentação das seguintes Informações Econômico-
Fiscais, relativas ao evento de cisão, as quais devem ser entregues até o último dia útil do mês subseqüente ao do referido
evento:
Nota: As declarações relativas ao evento de cisão podem ser apresentadas pela Internet ou nas unidades da Secretaria da Receita
Federal, com exceção da DIRF, que deve ser entregue pela Internet
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Considerando a abertura de conta específica para o evento de cisão, os lançamentos contábeis, efetuados pela sociedade
sucessora, serão divididos em 3 grupos, conforme o esquematizado abaixo, observando-se ainda o seguinte:
a) quando do registro dos bens na empresa sucessora, absorvido da empresa cindida "X", entendemos que é tecnicamente
mais correto não se registrar separadamente a sua depreciação acumulada, devendo o registro já constar deduzido deste
valor; e
b) quando do registro do capital social, ao nosso ver este deverá ser integralizado com os valores constantes do Patrimônio
Líquido da empresa cindida "X", estando as quotas de propriedade dos respectivos sócios ajustadas à nova situação.
D. Disponível 4.600,00
D. Clientes 34.100,00
D. Estoques 72.280,00
C. Fornecedores 36.636,00
C. Empréstimos/Financiamentos 115.600,00
Nota: Os quadros acima são meramente didáticos. Obviamente as contas deverão ser lançadas de modo mais detalhado,
considerando-se até o último grau de sub-contas, conforme a classificação a ser adotada pela sociedade sucessora
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(a) ativos;
(b) passivos;
(e) alterações no capital próprio mediante integralizações dos proprietários e distribuições a eles; e
Essas informações, juntamente com outras informações constantes das notas explicativas, ajudam os usuários
das demonstrações contábeis na previsão dos futuros fluxos de caixa da entidade e, em particular, a época e o
grau de certeza de sua geração.
(f) demonstração do valor adicionado do período, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo
se apresentada voluntariamente;
(g) notas explicativas, compreendendo um resumo das políticas contábeis significativas e outras informações
explanatórias; e
(h) balanço patrimonial no início do período mais antigo comparativamente apresentado quando a entidade
aplica uma política contábil retroativamente ou procede à reapresentação de itens das demonstrações contábeis,
ou ainda quando procede à reclassificação de itens de suas demonstrações contábeis.
A demonstração do resultado abrangente pode ser apresentada em quadro demonstrativo próprio ou dentro das
mutações do patrimônio líquido.
A entidade deve apresentar com igualdade de importância todas as demonstrações contábeis que façam parte
do conjunto completo de demonstrações contábeis.
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Muitas entidades apresentam, fora das demonstrações contábeis, relatório da administração que descreve e
explica as características principais do desempenho e da posição financeira e patrimonial da entidade e as
principais incertezas às quais está sujeita. Esse relatório pode incluir a análise:
(a) dos principais fatores e influências que determinam o desempenho, incluindo alterações no ambiente em que
a entidade opera, a resposta da entidade a essas alterações e o seu efeito e a política de investimento da
entidade para manter e melhorar o desempenho, incluindo a sua política de dividendos;
(b) das fontes de financiamento da entidade e a respectiva relação pretendida entre passivos e o patrimônio
líquido; e
Muitas entidades apresentam também, fora das demonstrações contábeis, relatórios e demonstrações tais como
relatórios ambientais e sociais, sobretudo nos setores em que os fatores ambientais e sociais sejam
significativos e quando os empregados são considerados um importante grupo de usuários.
O conjunto completo das demonstrações contábeis deve ser apresentado pelo menos anualmente (inclusive
informação comparativa). Quando se altera a data de encerramento das demonstrações contábeis da entidade e
as demonstrações contábeis são apresentadas para um período mais longo ou mais curto do que um ano, a
entidade deve divulgar, além do período abrangido pelas demonstrações contábeis:
(b) o fato de que não são inteiramente comparáveis os montantes comparativos apresentados nessas
demonstrações.
A entidade deve, ao divulgar informação comparativa, apresentar no mínimo dois balanços patrimoniais e duas
de cada uma das demais demonstrações contábeis, bem como as respectivas notas explicativas. Quando a
entidade aplica uma política contábil retrospectivamente ou faz a divulgação retrospectiva de itens de suas
demonstrações contábeis, ou ainda, quando reclassifica itens de suas demonstrações contábeis, deve
apresentar, como mínimo, 3 (três) balanços patrimoniais e duas de cada uma das demais demonstrações
contábeis, bem como as respectivas notas explicativas. Os balanços patrimoniais a serem apresentados nesse
caso devem ser os relativos:
Em alguns casos, a informação narrativa apresentada nas demonstrações contábeis relativa a período anterior
continua a ser relevante no período corrente. Por exemplo, os pormenores de disputa legal, cujo desfecho era
incerto à data do último balanço e está ainda para ser resolvida, são divulgados no período corrente.
Os usuários se beneficiam ao serem informados acerca da incerteza existente à data do último balanço e das
medidas adotadas durante o período para resolver tal incerteza.
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Quando for impraticável reclassificar montantes apresentados para fins comparativos, a entidade deve divulgar:
(b) a natureza dos ajustes que teriam sido feitos se os montantes tivessem sido reclassificados.
De acordo com o artigo 176 da Lei 6404/76, as demonstrações contábeis obrigatórias até 31/12/2007 eram: o
balanço patrimonial, a demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, a demonstração do resultado do
exercício, a demonstração das origens e aplicações de recursos e as notas explicativas.
Para as companhias abertas, segundo o § 8 da Deliberação CVM nº 488/05, é composto pelo balanço
patrimonial, demonstração das mutações do patrimônio líquido, demonstração do resultado, demonstração do
fluxo de caixa e a demonstração do valor adicionado, se divulgada pela entidade; notas explicativas, incluindo a
descrição das práticas contábeis.
A Deliberação CVM 488 buscou a aproximação com as normas internacionais, pois, de acordo com o IAS 1, o
conjunto de demonstrações financeiras que deverão ser emitidos pelas companhias são: balanço patrimonial
(balance sheet); demonstração do resultado (income statement); outras demonstrações que evidenciem todas as
mudanças no patrimônio líquido, ou as mudanças no patrimônio líquido, exceto as modificações no capital e as
distribuições para os proprietários; demonstração do fluxo de caixa (cash flow statement); políticas contábeis e
outras notas explicativas (explanatory notes).
Com a publicação das novas normas contábeis por força da Lei 11.638/2007, foi alterado, dentre outros, o artigo
176 da Lei das S/A, sendo que desta forma as demonstrações contábeis obrigatórias a partir de 01.01.2008 são:
o balanço patrimonial, a demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, a demonstração do resultado do
exercício, a demonstração do fluxo de caixa e a demonstração do valor adicionado, complementadas pelas
notas explicativas.
Assim, serão discutidas com maior profundidade as principais convergências existentes entre a legislação
societária brasileira, (Lei 6404/1976), a nova lei contábil (Lei 11.638/2007) e as normas internacionais,
especialmente os seus reflexos no Balanço Patrimonial, na Demonstração do Resultado, e nas mais novas
obrigatoriedades de publicação, a DFC – Demonstração do Fluxo de Caixa e a DVA – Demonstração do Valor
Adicionado.
Regime de Competência
As demonstrações contábeis são preparadas conforme o regime contábil de competência, segundo o qual, os
efeitos das transações e outros eventos são reconhecidos quando ocorrem (e não quando caixa ou outros
recursos financeiros são recebidos ou pagos) e são lançados nos registros contábeis e reportados nas
demonstrações contábeis dos períodos a que se referem. O regime de competência pressupõe a confrontação
entre receitas e despesas.
Continuidade
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As características qualitativas são os atributos que tornam as demonstrações contábeis úteis para os usuários.
As quatro principais características qualitativas são: compreensibilidade, relevância, confiabilidade e
comparabilidade.
10.4.1 Compreensibilidade
Uma qualidade essencial das informações apresentadas nas demonstrações contábeis é que elas sejam
prontamente entendidas pelos usuários. Assim, informações sobre assuntos complexos que devam ser incluídas
nas demonstrações contábeis por causa da sua relevância para as necessidades de tomada de decisão pelos
usuários não devem ser excluídas em nenhuma hipótese, inclusive sob o pretexto de que seria difícil para certos
usuários as entenderem.
10.4.2 Relevância
As informações são relevantes quando podem influenciar as decisões econômicas dos usuários, ajudando-os a
avaliar o impacto de eventos passados, presentes ou futuros ou confirmando ou corrigindo as suas avaliações
anteriores. Por exemplo, informações sobre o nível atual e a estrutura dos ativos têm valor para os usuários na
tentativa de prever a capacidade que a entidade tenha de aproveitar oportunidades e a sua capacidade de reagir
a situações adversas. As mesmas informações têm o papel de confirmar as previsões passadas sobre, por
exemplo, a forma na qual a entidade seria estruturada ou o resultado de operações planejadas.
Informações sobre a posição patrimonial e financeira e o desempenho passado são freqüentemente utilizadas
como base para projetar a posição e o desempenho futuros, assim como outros assuntos nos quais os usuários
estejam diretamente interessados, tais como pagamento de dividendos e salários, alterações no preço das
ações e a capacidade que a entidade tenha de atender seus compromissos à medida que se tornem devidos.
Para terem valor como previsão, as informações não precisam estar em forma de projeção explícita.
Uma informação é material se a sua omissão ou distorção puder influenciar as decisões econômicas dos
usuários, tomadas com base nas demonstrações contábeis. A materialidade depende do tamanho do item ou do
erro, julgado nas circunstâncias específicas de sua omissão ou distorção.
10.4.3 Confiabilidade
Para ser útil, a informação deve ser confiável, ou seja, deve estar livre de erros ou vieses relevantes e
representar adequadamente aquilo que se propõe a representar. Uma informação pode ser relevante, mas a tal
ponto não confiável em sua natureza ou divulgação que o seu reconhecimento pode potencialmente distorcer as
demonstrações contábeis. Por exemplo, se a validade legal e o valor de uma reclamação por danos em uma
ação judicial movida contra a entidade são questionados, pode ser inadequado reconhecer o valor total da
reclamação no balanço patrimonial, embora possa ser apropriado divulgar o valor e as circunstâncias da
reclamação.
Para ser confiável, a informação deve representar adequadamente as transações e outros eventos que ela diz
representar. Assim, por exemplo, o balanço patrimonial numa determinada data deve representar
adequadamente as transações e outros eventos que resultam em ativos, passivos e patrimônio líquido da
entidade e que atendam aos critérios de reconhecimento.
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Em certos casos, a mensuração dos efeitos financeiros dos itens pode ser tão incerta que não é apropriado o
seu reconhecimento nas demonstrações contábeis; por exemplo, embora muitas entidades gerem, internamente,
ágio decorrente de expectativa de rentabilidade futura ao longo do tempo (goodwill), é usualmente difícil
identificar ou mensurar esse ágio com confiabilidade. Em outros casos, entretanto, pode ser relevante
reconhecer itens e divulgar o risco de erro envolvendo o seu reconhecimento e mensuração.
Para que a informação represente adequadamente as transações e outros eventos que ela se propõe a
representar, é necessário que essas transações e eventos sejam contabilizados e apresentados de acordo com
a sua substância e realidade econômica, e não meramente sua forma legal. A essência deve prevalecer sobre a
forma.
forma A essência das transações ou outros eventos nem sempre é consistente com o que aparenta ser com
base na sua forma legal ou artificialmente produzida. Por exemplo, uma entidade pode vender um ativo a um
terceiro de tal maneira que a documentação indique a transferência legal da propriedade a esse terceiro;
entretanto, poderão existir acordos que assegurem que a entidade continuará a usufruir os futuros benefícios
econômicos gerados pelo ativo e o recomprará depois de um certo tempo por um montante que se aproxima do
valor original de venda acrescido de juros de mercado durante esse período. Em tais circunstâncias, reportar a
venda não representaria adequadamente a transação formalizada.
Para ser confiável, a informação contida nas demonstrações contábeis deve guardar neutralidade,
neutralidade isto é, ser
imparcial. As demonstrações contábeis não são neutras se, pela escolha ou apresentação da informação, elas
induzirem a tomada de decisão ou um julgamento, visando atingir um resultado ou desfecho predeterminado.
Os preparadores de demonstrações contábeis se deparam com incertezas que inevitavelmente envolvem certos
eventos e circunstâncias, tais como a possibilidade de recebimento de contas a receber de liquidação duvidosa,
a vida útil provável das máquinas e equipamentos e o número de reclamações cobertas por garantias que
possam ocorrer. Tais incertezas são reconhecidas pela divulgação da sua natureza e extensão e pelo exercício
de prudência na preparação das demonstrações contábeis, que consiste no emprego de um certo grau de
precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no
sentido de que ativos ou receitas não sejam superestimados e que passivos ou despesas não sejam
subestimados. Entretanto, o exercício da prudência não permite, por exemplo, a criação de reservas ocultas ou
provisões excessivas, a subavaliação deliberada de ativos ou receitas, a superavaliação deliberada de passivos
ou despesas, pois as demonstrações contábeis deixariam de ser neutras e, portanto, não seriam confiáveis.
Para ser confiável, a informação constante das demonstrações contábeis deve ser completa, dentro dos limites
de materialidade e custo. Deve ter integridade.
integridade Uma omissão pode tornar a informação falsa ou distorcida e,
portanto, não-confiável e deficiente em termos de sua relevância.
10.4.4 Comparabilidade
Os usuários devem poder comparar as demonstrações contábeis de uma entidade ao longo do tempo, a fim de
identificar tendências na sua posição patrimonial e financeira e no seu desempenho, devendo, também, ser
capazes de comparar as demonstrações contábeis de diferentes entidades a fim de avaliar, em termos relativos,
a sua posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mutações na posição financeira. Conseqüentemente,
a mensuração e apresentação dos efeitos financeiros de transações semelhantes e outros eventos devem ser
feitas de modo consistente pela entidade, ao longo dos diversos períodos, e também por entidades diferentes.
Uma importante implicação da característica qualitativa da comparabilidade é que os usuários devem ser
informados das práticas contábeis seguidas na elaboração das demonstrações contábeis, de quaisquer
mudanças nessas práticas e também o efeito de tais mudanças, de modo que lhes permitam identificar
diferenças entre as práticas contábeis aplicadas a transações e eventos semelhantes, usadas pela mesma
entidade de um período a outro e por diferentes entidades.
Ressalta-se para que para a completa comparabilidade é importante que as demonstrações contábeis
apresentem as correspondentes informações de períodos anteriores.
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A demora indevida na divulgação de uma informação possibilita que ela perca a relevância. Em razão disso a
administração da entidade necessita ponderar os méritos relativos entre a tempestividade da divulgação e a
confiabilidade da informação fornecida. Se para divulgar a informação a entidade aguardar até que todos os
aspectos se tornem conhecidos, a informação pode ser altamente confiável, porém de pouca utilidade para os
usuários que tenham tido necessidade de tomar decisões nesse ínterim.
Para atingir o adequado equilíbrio entre a relevância e a confiabilidade, o princípio básico consiste em identificar
qual a melhor forma para satisfazer as necessidades do processo de decisão econômica dos usuários.
Também deve-se considerar que o equilíbrio entre o custo e o benefício é uma limitação de ordem prática, ao
invés de uma característica qualitativa. Os benefícios decorrentes da informação devem exceder o custo de
produzi-la.
As demonstrações contábeis retratam os efeitos patrimoniais e financeiros das transações e outros eventos,
agrupando-os em classes de acordo com as suas características econômicas. Essas classes são chamadas de
elementos das demonstrações contábeis.
Um ativo é reconhecido no balanço patrimonial quando for provável que benefícios econômicos futuros dele
provenientes fluirão para a entidade e seu custo ou valor puder ser determinado em bases confiáveis. Um ativo
não é reconhecido no balanço patrimonial quando desembolsos tiverem sido incorridos ou comprometidos, dos
quais seja improvável a geração de benefícios econômicos para a entidade após o período contábil corrente. Ao
invés, tal transação é reconhecida como despesa na demonstração do resultado.
Um passivo é reconhecido no balanço patrimonial quando for provável que uma saída de recursos envolvendo
benefícios econômicos seja exigida em liquidação de uma obrigação presente e o valor pelo qual essa liquidação
se dará possa ser determinado em bases confiáveis.
A receita é reconhecida na demonstração do resultado quando resulta em um aumento, que possa ser
determinado em bases confiáveis, nos benefícios econômicos futuros provenientes do aumento de um ativo ou
da diminuição de um passivo. Isso significa, de fato, que o reconhecimento da receita ocorre simultaneamente
com o reconhecimento de aumento de ativo ou de diminuição de passivo. Mas isso não significa que todo
aumento de ativo ou redução de passivo corresponda a uma receita.
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As despesas são reconhecidas na demonstração do resultado quando surge um decréscimo, que possa ser
determinado em bases confiáveis, nos futuros benefícios econômicos provenientes da diminuição de um ativo ou
do aumento de um passivo. Isso significa, de fato, que o reconhecimento de despesa ocorre simultaneamente
com o reconhecimento do aumento do passivo ou da diminuição do ativo (por exemplo, a provisão para
obrigações trabalhistas ou a depreciação de um equipamento).
As despesas são reconhecidas na demonstração do resultado com base na associação direta entre elas e os
correspondentes itens de receita. Esse processo, usualmente chamado de confrontação entre despesas e
receitas (Regime de Competência), envolve o reconhecimento simultâneo ou combinado das receitas e
despesas que resultem diretamente das mesmas transações ou outros eventos; por exemplo, os vários
componentes de despesas que integram o custo das mercadorias vendidas devem ser reconhecidos na mesma
data em que a receita derivada da venda das mercadorias é reconhecida.
Quando se espera que os benefícios econômicos sejam gerados ao longo de vários períodos contábeis, e a
confrontação com a correspondente receita somente possa ser feita de modo geral e indireto, as despesas são
reconhecidas na demonstração do resultado com base em procedimentos de alocação sistemática e racional.
Muitas vezes isso é necessário ao reconhecer despesas associadas com o uso ou desgaste de ativos, tais como
imobilizado, ágio, marcas e patentes; em tais casos, a despesa é designada como depreciação ou amortização.
Esses procedimentos de alocação destinam-se a reconhecer despesas nos períodos contábeis em que os
benefícios econômicos associados a tais itens sejam consumidos ou expirem.
Uma despesa é reconhecida imediatamente na demonstração do resultado quando um gasto não produz
benefícios econômicos futuros ou quando, e na extensão em que os benefícios econômicos futuros não se
qualificam, ou deixam de se qualificar, para reconhecimento no balanço patrimonial como um ativo. Uma
despesa é também reconhecida na demonstração do resultado quando um passivo é incorrido sem o
correspondente reconhecimento de um ativo, como no caso de um passivo decorrente de garantia de produto.
Mensuração é o processo que consiste em determinar os valores pelos quais os elementos das demonstrações
contábeis devem ser reconhecidos e apresentados no balanço patrimonial e na demonstração do resultado.
Diversas bases de mensuração são empregadas em diferentes graus e em variadas combinações nas
demonstrações contábeis. Essas bases incluem o seguinte:
(a) Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes
de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição, podendo ou
não ser atualizados pela variação na capacidade geral de compra da moeda. Os passivos são registrados pelos
valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias (por exemplo,
imposto de renda), pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa que serão necessários para liquidar o
passivo no curso normal das operações, podendo também, em certas circunstâncias, ser atualizados
monetariamente.
(b) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa que teriam de
ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data do balanço. Os passivos são
reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para
liquidar a obrigação na data do balanço.
(c) Valor realizável (valor de realização ou de liquidação). Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou
equivalentes de caixa que poderiam ser obtidos pela venda numa forma ordenada. Os passivos são mantidos
pelos seus valores de liquidação, isto é, pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que
se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da
entidade.
(d) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado, do fluxo futuro de entrada líquida de
caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da entidade. Os passivos são
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mantidos pelo valor presente, descontado, do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja
necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da entidade.
A base de mensuração mais comumente adotada pelas entidades na preparação de suas demonstrações
contábeis é o custo histórico. Ele é normalmente combinado com outras bases de avaliação. Por exemplo, os
estoques são geralmente mantidos pelo menor valor entre o custo e o valor líquido de realização, os títulos e
ações negociáveis podem em determinadas circunstâncias ser mantidos a valor de mercado e os passivos
decorrentes de pensões são mantidos pelo valor presente de tais benefícios no futuro.
No balanço patrimonial, as contas deverão ser classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem,
e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da empresa.
As empresas obrigadas a publicar seus demonstrativos financeiros devem estar em consonância com o disposto
no § 1º do art. 176 da Lei nº 6.404/76, que estabelece a publicação das demonstrações de cada exercício com a
indicação dos valores correspondentes nas demonstrações do exercício anterior.
Deve-se proceder ao ajuste das contas patrimoniais e de resultado, na data do levantamento do balanço, para
que elas representem, em realidade, os componentes do patrimônio nessa data, bem como suas variações no
exercício. Dentre os vários ajustes nas contas patrimoniais citamos os mais comuns:
• Inventário dos materiais, das mercadorias, dos produtos manufaturados, dos móveis e utensílios, das
máquinas e equipamentos, das duplicatas a receber e a pagar, e de outros componentes suscetíveis de
serem inventariados;
• Confrontação do saldo de cada conta do razão com os livros e documentos auxiliares tais como: boletim de
caixa, extratos bancários, registros de duplicatas, registros de inventário, controles do ativo imobilizado, caso
seja constatada divergências, e apurada suas causas, deve-se proceder aos ajustes necessários;
• Cálculos de depreciação dos bens, procedendo-se aos respectivos lançamentos. Nas empresas que apuram
custos mensais, as depreciações são apropriadas mensalmente;
• Encerramento das contas de despesas e receitas, transferindo seus saldos para a conta de resultados no
patrimônio líquido;
Após essas operações, estão encerradas as contas de resultado, restando somente as contas patrimoniais;
Elabora-se novo balancete de verificação, no qual aparecerá em lugar das contas de despesas e de receitas, a
conta lucros ou prejuízo, que resume todo o resultado do exercício;
Efetua-se a destinação do resultado do exercício de acordo com o previsto nos atos constitutivos, ou seja, se for
lucro poderá ser destinado à formação de reservas ou ser distribuído aos sócios ou acionistas, se for prejuízo
deverá ser absorvido por lucros/reservas de exercícios anteriores;
Após os ajustes mencionados, as contas remanescentes, são apenas as contas patrimoniais, que serão
separadas e classificadas no balanço patrimonial, sendo o saldo do ativo igual ao do passivo, da seguinte forma:
a) No Ativo as contas são dispostas em ordem decrescente do grau de liquidez dos elementos registrados, ou
seja, as contas com maior liquidez aparecem antes. Assim, obedecendo ao prescrito no Art. 178, desde
01.01.2009 o ativo divide-se em circulante e não circulante.
Ativo circulante
O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios:
(a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo
operacional da entidade;
(c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou
(d) é caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo se encontre
vedada durante pelo menos doze meses após a data do balanço.
O ativo não circulante deve ser subdividido em realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.
O ciclo operacional da entidade é o tempo entre a aquisição de ativos para processamento e sua realização em
caixa ou seus equivalentes. Quando o ciclo operacional normal da entidade não for claramente identificável,
pressupõe-se que sua duração seja de doze meses. Os ativos circulantes incluem ativos (tais como estoque e
contas a receber comerciais) que são vendidos, consumidos ou realizados como parte do ciclo operacional
normal mesmo quando não se espera que sejam realizados no período de até doze meses após a data do
balanço. Os ativos circulantes também incluem ativos essencialmente mantidos com a finalidade de serem
negociados (por exemplo, ativos financeiros dentro dessa categoria classificados como disponíveis para venda)
e a parcela circulante de ativos financeiros não circulantes.
Ativo Realizável a Longo Prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os
derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243),
diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na
exploração do objeto da companhia;
Ativo Imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da
companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que
transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens;
Intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou
exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
b) No Passivo as contas são dispostas em ordem decrescente de grau de exigibilidade dos elementos
registrados, ou seja, as contas com maior exigibilidade aparecem antes. Como no ativo, observado o Art. 178,
desde 01.01.2008 o passivo também é dividido em circulante e não circulante, com a particularidade de ainda
receber o saldo das contas do patrimônio líquido.
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De acordo com o artigo 180 e seguintes da Lei nº 6.404/76, no passivo as contas são classificadas da seguinte
forma:
Passivo circulante
O passivo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios:
(a) espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade;
(c) deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do balanço; ou
(d) a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante pelo menos doze meses
após a data do balanço.
Alguns passivos circulantes, tais como contas a pagar comerciais e algumas apropriações por competência
relativas a gastos com empregados e outros custos operacionais são parte do capital circulante usado no ciclo
operacional normal da entidade. Tais itens operacionais são classificados como passivos circulantes mesmo que
estejam para ser liquidados em mais de doze meses após a data do balanço. O mesmo ciclo operacional normal
aplica-se à classificação dos ativos e passivos da entidade. Quando o ciclo operacional normal da entidade não
for claramente identificável, pressupõe-se que a sua duração seja de doze meses.
Outros passivos circulantes não são liquidados como parte do ciclo operacional normal, mas está prevista a sua
liquidação para o período de até doze meses após a data do balanço ou estão essencialmente mantidos com a
finalidade de serem negociados. Exemplos disso são os passivos financeiros classificados como disponíveis
para venda, saldos bancários a descoberto e a parte circulante de passivos financeiros não circulantes,
dividendos a pagar, imposto de renda e outras dívidas a pagar não comerciais.
A entidade classifica os seus passivos financeiros como circulante quando a sua liquidação estiver prevista para
o período de até doze meses após a data do balanço, mesmo que:
(a) o prazo original para sua liquidação tenha sido por período superior a doze meses; e
(b) um acordo de refinanciamento, ou de reescalonamento de pagamento a longo prazo seja completado após a
data do balanço e antes das demonstrações contábeis serem autorizadas para sua publicação.
Se a entidade espera e tiver a possibilidade de refinanciar ou substituir (roll over) uma obrigação durante pelo
menos doze meses após a data do balanço segundo condição do empréstimo existente, deve classificar a
obrigação como não circulante, mesmo que de outra forma fosse devida dentro de período mais curto.
Contudo, quando o refinanciamento ou substituição (roll over) da obrigação não depender somente da entidade
(por exemplo, se não houver um acordo de refinanciamento), o simples potencial de refinanciamento não é
considerado suficiente para a classificação como não circulante e, portanto, a obrigação é classificada como
circulante.
Quando a entidade não cumprir um compromisso segundo acordo de empréstimo de longo prazo até a data do
balanço, com o efeito de o passivo se tornar vencido e pagável à ordem do credor, o passivo é classificado como
circulante mesmo que o credor tenha concordado, após a data do balanço e antes da data da autorização para
emissão das demonstrações contábeis, em não exigir pagamento antecipado como consequência do
descumprimento do compromisso. O passivo deve ser classificado como circulante porque, à data do balanço, a
entidade não tem direito incondicional de diferir a sua liquidação durante pelo menos doze meses após essa
data.
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O passivo é classificado como não circulante se o credor tiver concordado, até a data do balanço, em
proporcionar um período de carência a terminar pelo menos doze meses após a data do balanço, dentro do qual
a entidade pode retificar o descumprimento e durante o qual o credor não pode exigir a liquidação imediata do
passivo em questão.
O artigo 187 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por Ações), instituiu a
Demonstração do Resultado do Exercício.
A Demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo principal apresentar de forma vertical resumida, o
resultado apurado em relação ao conjunto de operações realizadas num determinado período, normalmente
compreendido de doze meses.
Critério Adotado
Os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.
Nesta conta registra-se a receita bruta das vendas de bens e serviços prestados em operações realizadas pela
empresa.
Na legislação do Imposto de Renda, o conceito de receita líquida é o mesmo da Lei nº 6.404/76, no entanto, em
relação ao conceito de receita bruta, o artigo 279 do RIR/99 define que, "na receita bruta não se incluem os
impostos não cumulativos, cobrados do comprador ou contratante (Imposto sobre Produtos Industrializados) e
do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviços seja mero depositário. Dessa forma para fins de Imposto
de Renda, o ICMS faz parte da receita bruta, mas o IPI não.
Assim sendo, em função do problema apresentado, pode-se adaptar a demonstração do resultado do exercício
da seguinte forma:
I - Faturamento bruto
(-) IPI faturado
I - Vendas Canceladas
Nesta conta, de natureza devedora, são registradas as devoluções de vendas relativas a anulação de valores
registrados como receita bruta de vendas e serviços. Assim sendo, as devoluções não devem ser deduzidas
diretamente da conta de vendas, mas registradas nessa conta devedora.
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Nessa conta serão registrados os descontos concedidos aos clientes relativos às vendas e serviços que devem
ser excluídos da Receita Bruta.
A receita bruta deve ser registrada pelos valores totais, incluindo os impostos sobre ela incidentes (exceto IPI),
que são registrados em contas devedoras. Desta forma os valores dos impostos incidentes sobre as vendas, tais
como: ISS, ICMS, ISS, PIS, Cofins, serão diminuídos da receita bruta.
Estas contas registram os custos de produção de bens ou serviços vendidos, compreendendo o seguinte:
CMV = EI + C - EF
Onde:
CMV = Custo das Mercadorias Vendidas
EI = Estoque de Mercadorias no Início do Período
C = Compras ou Entradas no Período
EF = Estoque de Mercadorias no Final do Período
No caso das empresas industriais, é necessário um sistema de contabilidade de custos, cuja complexidade vai
depender da estrutura do sistema de produção e suas necessidades internas de controle.
Fazem parte deste grupo as receitas e despesas operacionais, as despesas com as vendas, as despesas
financeiras, deduzidas das receitas financeiras, as despesas administrativas e outras despesas enquadradas
como operacionais.
Propaganda e publicidade;
Utilidades e serviços: transporte, depreciação e manutenção de bens, energia elétrica, telefone, água.
II - Despesas administrativas
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As despesas administrativas representam os gastos, pagos ou incorridos, para direção ou gestão da empresa,
tais como:
Despesas com o pessoal: salários, gratificações, férias, encargos, assistência médica, transporte;
Despesas gerais: material de escritório, material de limpeza, viagens, alimentação, jornais e revistas, despesas
legais e judiciais, serviços profissionais contratados, depreciação e manutenção de bens;
Nesse grupo são incluídos os juros, os descontos e a atualização monetária pré-fixada, além de outros tipos de
receitas ou despesas, bem como aquelas decorrentes de aplicações financeiras.
Juros recebidos referente aos juros cobrados pela empresa de seus clientes, por atraso de pagamento e outras
operações similares;
Comissões e despesas bancárias cobradas pelos bancos nas operações de desconto, de concessão de crédito,
etc.
Variação cambial incorrida pela atualização periódica de obrigações ou créditos a serem pagos ou recebidos em
moeda estrangeira;
Atualização monetária que registra as atualizações sobre obrigações ou créditos sujeitos à cláusula de
atualização monetária.
Engloba outras receitas e despesas operacionais decorrentes de atividades acessórias do objeto da empresa,
tais como:
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Nesse grupo são apresentados de forma segregados os resultados decorrentes de outras operações não ligadas
às atividades principais ou acessórias da empresa, tais como:
Ganhos e perdas por desapropriação, baixa por perecimento, extinção, desgaste, obsolescência de bens do
ativo imobilizado.
Nessas contas devem ser registrados o valor relativo à Contribuição Social Sobre o Lucro e do Imposto de
Renda devido sobre o resultado.
Participações e Contribuições
Essas participações e contribuições devem ser contabilizadas na própria data do balanço, mediante débito nas
contas de participações no resultado e crédito nas contas de provisão no Passivo Circulante.
De acordo com o artigo 189 da lei das S/A, do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer
participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o imposto sobre a renda.
Dessa forma, toma-se o lucro líquido depois do imposto de renda e contribuição social, antes das participações e
dele se deduz o saldo eventual de prejuízos acumulados, apurando-se assim a base inicial de cálculo das
participações.
Ressalte-se que o cálculo das participações não é feito sobre o mesmo valor. Deve ser calculado extra
contabilmente, primeiramente a participação das debêntures, do lucro remanescente se calcula a participação
dos empregados, do lucro remanescente desse cálculo, se calcula a participação dos administradores e do
saldo, a participação das partes beneficiárias.
Exemplo:
Considerando-se que determinada empresa tenha definido no seu estatuto, que as debêntures, empregados,
administradores e partes beneficiárias tenham direito a participação de 5% do lucro do exercício. A empresa tem
um saldo de prejuízos acumulados no valor de $ 20.000,00, e o seu resultado do exercício após o Imposto de
Renda e Contribuição Social corresponde a $ 100.000,00, teremos:
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Descrição Valor - $
Lucro após Imposto de Renda e Contribuição Social 100.000,00
(-) prejuízo acumulado 20.000,00
(=) Base de cálculo das participações 80.000,00
(-) Debêntures = 5% de $ 80.000,00 4.000,00
(=) Nova base de cálculo 76.000,00
(-) Empregados = 5% de $ 76.000,00 3.800,00
(=) Nova base de cálculo 72.200,00
(-) Administradores = 5% de $ 72.200,00 3.610,00
(=) Nova base de cálculo 68.590,00
(-) Partes beneficiárias = 5% de $ 68.590,00 3.429,50
(=) Lucro líquido após as participações 65.160,50
O artigo 187 da Lei nº 6.404/76, determina a indicação do montante do lucro ou prejuízo líquido por ação do
Capital Social, o que possibilita melhor avaliação pelos investidores dos resultados apurados pela companhia em
relação às ações que possui.
O lucro por ação é apurado, pela divisão do lucro líquido de exercício pelo número de ações em circulação do
capital social:
Lucro por ação = lucro líquido
Nº de ações
A elaboração da demonstração das mutações do Patrimônio Líquido é facultativa e, de acordo com o artigo 186,
parágrafo 2º, da Lei das Sociedades Anônimas, a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados poderá ser
incluída nesta demonstração.
Por ser uma demonstração mais completa e abrangente, uma vez que evidencia a movimentação de todas as
contas do patrimônio líquido durante o exercício social, inclusive a formação e utilização das reservas não
derivadas do lucro, observam-se, anualmente, em virtude desse aspecto positivo, que a maioria das empresas
opta pela sua elaboração.
As contas que formam o Patrimônio Líquido podem sofrer variações por inúmeros motivos, tais como:
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A elaboração da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é relativamente simples, pois basta
representar, de forma sumária e coordenada, a movimentação ocorrida durante o exercício nas diversas contas
do Patrimônio Líquido, isto é, Capital, Reservas de Capital, Reservas de Lucros, Reservas de Reavaliação e
Lucros ou Prejuízos Acumulados.
Deve-se utilizar um papel de trabalho, utilizando uma coluna para cada uma das contas do patrimônio da
empresa e abrindo uma conta total, que representa a soma dos saldos ou transações de todas as contas
individuais. Essa movimentação deve ser extraída das fichas de razão dessas contas.
As transações e seus valores são transcritos nas colunas respectivas, mas de forma coordenada. Por exemplo,
se temos um aumento de capital com lucros e reservas, na linha correspondente a essa transação, transcreve-
se o acréscimo na coluna de capital pelo valor do aumento e, na mesma linha, as reduções nas contas de
reservas e lucros utilizados no aumento de capital pelos valores correspondentes.
Aumento do Capital
c/Reservas de Capital 3.000,00 (3.000,00)
Aumento do Capital
c/Reservas de Lucro 3.000,00 (3.000,00)
Esta demonstração possibilita uma avaliação precisa das alterações ocorridas no saldo da conta de lucros ou
prejuízos acumulados em relação aos dois últimos exercícios sociais.
De acordo com o artigo 186, parágrafo 2º da Lei nº 6.404/76, a companhia poderá, à sua opção, incluir a
demonstração de lucros ou prejuízos acumulados nas demonstrações das mutações do patrimônio líquido.
"A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do dividendo por ação do capital
social e poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela
companhia."
Deve-se lembrar que a referida demonstração é também obrigatória para as sociedades limitadas e outros tipos
de empresas, conforme a legislação do Imposto de Renda.
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As transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do
período.
Conceito
Os registros dos fatos contábeis são suscetíveis de erros, que poderão ou não interferir na apuração do
resultado e, conseqüentemente, na base imponível do Imposto de Renda relativo ao exercício em determinado
período.
Partindo do pressuposto de que a escrituração contábil é a fonte de informações para a apuração do lucro ou
prejuízo fiscal, qualquer erro no registro de um fato, via de regra, poderá provocar o aumento ou diminuição do
imposto devido em determinado exercício.
Segundo a Lei da S/A, o lucro líquido do exercício não deve estar influenciado por efeitos que pertençam a
exercícios anteriores, ou seja, deverão transitar pelo balanço de resultados somente os valores que competem
ao respectivo período.
Como ajustes de exercícios serão considerados apenas os decorrentes de efeitos da mudança de critério
contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a
fatos subseqüentes.
A modificação de métodos ou critérios contábeis poderá ter ou não efeitos relevantes e, também, poderão
influenciar ou não a apuração do lucro líquido do exercício.
Observe-se que quando a modificação de métodos ou critérios contábeis afetar a apuração do lucro líquido do
exercício, o efeito correspondente deverá ser lançado, conforme o caso, a débito ou a crédito da conta de
"Lucros ou Prejuízos Acumulados".
São exemplos de alterações de critérios contábeis que afetam a apuração do lucro líquido do exercício:
A alteração do método de avaliação dos estoques, quando se utiliza o custeio direto e altera-se para o custeio
por absorção;
Utilização do regime de caixa para o regime de competência, na contabilização do Imposto de Renda ou outros
passivos;
Mudança no método de avaliação dos investimentos deixando de utilizar o método do custo para aderir à
equivalência patrimonial.
Retificação de Erros de Exercícios Anteriores
A retificação de erros de exercícios anteriores poderá afetar, também, o lucro líquido do exercício. Nesse caso, o
valor correspondente à retificação será lançado, conforme o caso, a débito ou a crédito da conta de "Lucros ou
Prejuízos Acumulados". Note-se que os ajustes são aqueles resultantes de efeitos na retificação de erro
imputável a determinado exercício anterior e que não possam ser atribuídos a fatos subseqüentes.
É necessária bastante cautela e prudência para registrar ajustes por erros de exercícios anteriores diretamente
na conta de Lucros Acumulados, não oferecendo esse tratamento a pequenos valores.
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Regra geral, os erros cometidos com contas patrimoniais, tais como inversão de lançamento, contrapartida a
débito em conta indevida ou contrapartida a crédito em conta indevida, não provoca influência na determinação
do lucro e, por inferência, no resultado tributável do exercício.
O reflexo na determinação do resultado do exercício, via de regra, só ocorre quando a contrapartida das contas
patrimoniais transitar pelo balanço de resultados e, conseqüentemente, se traduz em aumento, redução ou
postergação do pagamento do Imposto de Renda.
Os erros contábeis mais comuns que se traduzem em aumento indevido do resultado podem ocorrer devido a:
Receita lançada a maior ou manutenção na contabilidade de valor de receita, cuja nota fiscal já foi objeto de
cancelamento;
Fora os casos retro descritos, é óbvio, existem outros que podem causar distorções na determinação do
resultado.
Supondo-se que os erros que provocam aumento indevido do resultado tenham sido detectados após o
encerramento do período, o procedimento contábil a ser seguido pela empresa será o seguinte:
Transferência do valor do ajuste da conta "Ajustes de Exercícios Anteriores" para a conta "Lucros ou Prejuízos
Acumulados";
Exemplo:
Imaginemos que no ano-calendário de XXX1 a empresa, inadvertidamente, não efetuou o registro contábil
referente ao cancelamento de uma nota fiscal no valor de $ 60.000,00, ocorrendo a sua regularização no período
subseqüente.
Histórico: Valor relativo baixa da duplicata nº ..... referente a nota fiscal nº ..... de ........, cancelada.
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Histórico: Valor relativo Imposto de Renda calculado sobre o valor contido no resultado do ano-calendário de
XXX1 ($ 60.000,00 x 15%).
Caso não haja saldo na conta de provisão para Imposto de Renda, em virtude da empresa já ter efetuado o
pagamento do mesmo, o ajuste deverá ser efetuado, tendo como contrapartida a conta de impostos a recuperar
no Ativo Circulante.
Por sua vez, os erros de natureza contábil que implicam redução indevida do resultado, via de regra, são
ocasionados por:
Registro a débito em conta de resultado referente conserto de bens do ativo imobilizado, que resulte em
aumento da vida útil superior a um ano em relação a sua (s) data (s) de aquisição;
Supondo-se que os erros que provocam a redução indevida do resultado tenham sido detectados após o término
do exercício, o procedimento contábil a ser seguido pela empresa será o seguinte:
Exemplo:
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Histórico: Valor relativo nota fiscal nº .... de ....... da ........... Ltda. referente a reforma do veículo
marca.....tipo.....motor......
Reversões de Reservas
Representa as alterações ocorridas nas contas que registram as reservas, mediante a reversão de valores para
a conta Lucros Acumulados, em virtude daqueles valores não serem mais utilizados.
É o resultado líquido do ano apurado na Demonstração do Resultado do Exercício, cujo valor é transferido para
a conta de Lucros Acumulados.
De acordo com o § 2º do artigo 186 da Lei nº 6.404/76 a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e divulgada pela
companhia, pois não inclui somente o movimento da conta de lucros ou prejuízos acumulados, mas também o
de todas as demais contas do patrimônio líquido.
A Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC), ao contrário da DOAR, passou a ser um relatório obrigatório pela
contabilidade para todas as sociedades de capital aberto ou com patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00
(dois milhões de reais). Esta obrigatoriedade vigora desde a publicação da Lei nº 11.638 de 28/12/2007 e desta
forma torna-se mais um importante relatório para a tomada de decisões gerenciais.
De forma condensada, esta demonstração indica a origem de todo o dinheiro que entrou no caixa em
determinado período e, ainda, o Resultado do Fluxo Financeiro. Assim como a Demonstração de Resultados de
Exercícios, a DFC é uma demonstração dinâmica e também está contida no balanço patrimonial.
A Demonstração do Fluxo de Caixa irá indicar quais foram às saídas e entradas de dinheiro no caixa durante o
período e o resultado desse fluxo.
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Dentre as transações realizadas pela empresa, algumas não afetam o caixa, isto é, não há encaixe e nem
desencaixe de dinheiro, como por exemplo: - Depreciação, amortização e exaustão; - Provisão para devedores
duvidosos; - Acréscimo ou diminuições de investimentos avaliados pelo método de equivalência patrimonial, sem
significar que houve vendas ou novas aquisições.
Apresentação do Relatório de Fluxo de Caixa
Seguindo as tendências internacionais, o fluxo de caixa pode ser incorporado às demonstrações contábeis
tradicionalmente publicadas pelas empresas. Basicamente, o relatório de fluxo de caixa deve ser segmentado
em três grandes áreas:
I - Atividades Operacionais;
II - Atividades de Investimento;
As Atividades de Financiamento são os recursos obtidos do Passivo não circulante e do Patrimônio Líquido.
Devem ser incluídos aqui os empréstimos e financia-mentos de curto prazo. As saídas correspondem à
amortização destas dívidas e os valores pagos aos acionistas a título de dividendos, distribuição de lucros.
Método Direto
Pelo Método Direto a empresa fará o confronto direto entre as contas da Demonstração de Resultado e as
contas do Balanço Patrimonial, detalhando as entradas e saídas de caixa.
Agora é só uma questão de ordenamento das entradas e saídas de caixa, conforme a estrutura internacional
pelo Método Direto. Para os ingressos de recursos, considerar os valores positivos, para as saídas, negativos.
A seguir mostraremos um modelo simplificado de DFC pelo método direto, baseado no modelo FAS 95, ou seja,
fazendo uma segregação dos tipos de atividades:
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Descrição Valor - $
1. Das Atividades Operacionais
(+) Recebimentos de Clientes e outros
(-) Pagamentos a Fornecedores
(-) Pagamentos a Funcionários
(-) Recolhimentos ao Governo
(-) Pagamentos a Credores Diversos
2. Das Atividades de Investimentos
(+) Recebimento de Venda de Imobilizado
(-) Aquisição de Ativo Permanente
(+) Recebimento de Dividendos
3. Das Atividades de Financiamentos
(+) Novos Empréstimos
(-) Amortização de Empréstimos
(+) Emissão de Debêntures
(+) Integralização de Capital
(-) Pagamento de Dividendos
4. Aumento/Diminuição Nas Disponibilidades
Método Indireto
O Método Indireto é aquele pelo qual os recursos provenientes das atividades operacionais são demonstrados a
partir do lucro líquido, ajustado pelos itens considerados na contas de resultado, porém sem afetar o caixa da
empresa. O Método Indireto é feito com base nos ajustes do lucro líquido do exercício que se encontra na
Demonstração de Resultado.
Primeiro passo: Os itens operacionais que não usaram dinheiro, mas foram deduzidos como despesas devem
ser acrescentados de volta ao lucro do exercício. Exemplo: depreciação.
Segundo passo: As alterações ocorridas no Capital Circulante Líquido (AC e PC) também devem ser ajustadas,
porque estão relacionadas com as atividades operacionais.
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Descrição Valor - $
1. Fluxo de Caixa Operacional Líquido
Lucro Líquido
(-) Aumento de Estoques
(+) Depreciação
(-) Aumento de Clientes
(+) Pagamento a Funcionários
(+) Contas a Pagar
(+) Pagamentos de Impostos e Tributos
(+) Aumentos de Fornecedores
2. Das Atividades de Investimentos
(+) Recebimento de Venda de Imobilizado
(-) Aquisição de Ativo Permanente
(+) Recebimento de Dividendos
3. Das Atividades de Financiamentos
(+) Novos Empréstimos
(-) Amortização de Empréstimos
(+) Emissão de Debêntures
(+) Integralização de Capital
(-) Pagamento de Dividendos
4. Aumento/Diminuição Nas Disponibilidades
Quando há um aumento nos ativos circulantes (estoques, contas a receber), o raciocínio é que foi usado dinheiro
do caixa, para comprar estoques ou conceder crédito a clientes. De maneira inversa, se os estoques ou clientes
diminuírem é porque a empresa está tendo receita ou recebimento de clientes.
Os aumentos do Passivo Circulante têm o efeito oposto sobre o caixa. Quando os fornecedores concedem
créditos, o caixa é liberado para outras atividades. Quando a empresa diminui a conta de fornecedores, é que
ela está usando caixa para solver compromissos.
Todos estes ajustes fazem parte das atividades operacionais. As demais atividades de investimento e de
financiamento serão elaboradas nos mesmos moldes do Método Direto, usando-se para tanto os dados do
Balanço Patrimonial.
Conclusão
A demonstração é uma ferramenta que permite ao administrador financeiro melhorar o planejamento financeiro
da empresa, conseguindo, com isso, que o Caixa fique livre de excessos e que a empresa conheça
antecipadamente as suas necessidades de dinheiro.
Dessa maneira, deverá sempre ser comparada com o efetivo desempenho de Caixa da empresa para poder
alcançar toda a sua utilidade nas previsões orçamentárias e de investimentos, assim como ser aperfeiçoada
para tornar-se cada vez mais objetiva e próxima da realidade.
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Outra demonstração de publicação obrigatória para as sociedades de capital aberto, por força da Lei nº 11.638
de 28/12/2007. A riqueza gerada pela empresa, medida no conceito de valor adicionado é calculada a partir da
diferença entre o valor de sua produção e o dos bens produzidos por terceiros utilizados no processo de
produção da empresa.
A atual e a potencial aplicação do valor adicionado mostram o aspecto econômico e social que o seu conceito
envolve: (a) como índice de avaliação do desempenho na geração da riqueza, ao medir a eficiência da empresa
na utilização dos fatores de produção, comparando o valor das saídas com o valor das entradas, e (b) como
índice de avaliação do desempenho social à medida que demonstra, na distribuição da riqueza gerada, a
participação dos empregados, do Governo, dos Agentes Financiadores e dos Acionistas.
O valor adicionado demonstra, ainda, a efetiva contribuição da empresa, dentro de uma visão global de
desempenho, para a geração de riqueza da economia na qual está inserida, sendo resultado do esforço
conjugado de todos os seus fatores de produção.
O Valor Adicionado constitui-se da receita de venda deduzida dos custos dos recursos adquiridos de terceiros.
É, portanto, o quanto a entidade contribuiu para a formação do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
A Demonstração do Valor Adicionado, que também pode integrar o Balanço Social, constitui desse modo, uma
importante fonte de informações à medida que apresenta esse conjunto de elementos que permitem a análise do
desempenho econômico da empresa, evidenciando a geração de riqueza, assim como dos efeitos sociais
produzidos pela distribuição dessa riqueza.
Desde 1992 a CVM tem apoiado e estimulado a divulgação da DVA, por meio do Parecer de Orientação CVM nº
24/92. No Ofício Circular CVM/SNC/SEP/ no 01/00, a CVM sugeriu a utilização de modelo elaborado pela
Fundação Instituto de Pesquisa Contábeis, Atuariais e Financeiras da USP (FIPECAFI).
Modelo do Demonstrativo
Devemos ressaltar que esse modelo não deve inibir a apresentação de demonstração mais detalhada e melhor
adaptada ao segmento de negócio da empresa. Caso a empresa julgue necessária, poderá apresentar essas
informações em notas explicativas às demonstrações contábeis.
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Descrição Valor - $
1. Receitas
1.1. Vendas de mercadorias, produtos e serviços
1.2. Provisão para Credito de Liquidação Duvidosa
1.3. Não Operacionais
2. Insumos Adquiridos de Terceiros
2.1. Materias Primas Consumidas
2.2. Custo da Mercadoria e dos Serviços
2.3. Materiais, Energia, Serviço de Terceiros e Outros
2.4. Perda / Recuperação de Valores Ativos
3. Valor Adicionado Bruto (1-2)
4. Retenções
4.1. Depreciação, Amortização e Exeustão
5. Valor Adicionado Líquido Produzido (3-4)
6. Valor Recebido em Transferência
6.1. Resultado de Equivalência Patrimonial
6.2. Receitas Financeiras
7. Valor Adicionado Total a Distribuir (5+6)
8. Distribuição do Valor Adicionado
8.1. Pessoal e Encargos
8.2. Impostos Taxas e Contribuições
8.3. Juros e Aluguéis
8.4. Juros sobre o Capital Próprio e Dividendos
8.5. Lucros Retidos / Prejuízo do Exercício
Obs: O valor apurado a distribuir (item 7), deve ser totalmente distribuido (item 8).
Pode-se verificar a utilização do critério de cálculo do valor adicionado com base nas vendas, o que torna mais
simples a elaboração da DVA e mais fácil seu entendimento, uma vez que, assim, o valor adicionado fica
relacionado com os princípios contábeis utilizados nas demonstrações contábeis tradicionais, possibilitando sua
conciliação com a demonstração do resultado. Parte-se, desse modo, das receitas brutas e subtrai-se o valor
dos bens adquiridos de terceiros que foi incorporado ao produto final alienado ou serviço prestado, para que se
conheça o valor efetivamente gerado pela companhia. Deve-se destacar, ainda, que a depreciação de ativos
avaliados pelo custo de aquisição deve ser subtraída do valor adicionado bruto para se calcular o valor
adicionado líquido, não devendo ser classificados tais valores como retenções do lucro do período.
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Demonstrações separadas são aquelas apresentadas por controladora, investidor em coligada ou empreendedor
em entidade controlada em conjunto, nas quais os investimentos são contabilizados com base no valor do
interesse direto no patrimônio (direct equity interest) das investidas, em vez de nos resultados divulgados e nos
valores contábeis dos ativos líquidos das investidas. Não se confundem com as demonstrações individuais.
(a) a controladora é ela própria uma controlada (integral ou parcial) de outra entidade, a qual, em conjunto com
os demais proprietários, incluindo aqueles sem direito a voto, foram consultados e não fizeram objeção quanto à
não apresentação das demonstrações contábeis consolidadas pela controladora;
(b) os instrumentos de dívida ou patrimoniais da controladora não são negociados em mercado aberto (bolsas de
valores no País ou no exterior ou mercado de balcão – mercado descentralizado de títulos não listados em bolsa
de valores ou cujas negociações ocorrem diretamente entre as partes, incluindo mercados locais e regionais);
(c) a controladora não registrou e não está em processo de registro de suas demonstrações contábeis na
Comissão de Valores Mobiliários ou outro órgão regulador, visando a emissão de algum tipo ou classe de
instrumento em mercado aberto; e
(d) a controladora final (ou intermediária) da controladora disponibiliza ao público suas demonstrações contábeis
consolidadas em conformidade com os Pronunciamentos Técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis.
Presume-se que exista controle quando a controladora possui, direta ou indiretamente por meio de suas
controladas, mais da metade do poder de voto da entidade, a menos que, em circunstâncias excepcionais,
possa ficar claramente demonstrado que tal relação de propriedade não constitui controle. O controle também
pode existir no caso de a controladora possuir metade ou menos da metade do poder de voto da entidade,
quando houver:
(a) poder sobre mais da metade dos direitos de voto por meio de acordo com outros investidores;
(b) poder para governar as políticas financeiras e operacionais da entidade conforme especificado em estatuto
ou acordo;
(c) poder para nomear ou destituir a maioria dos membros da diretoria ou conselho de administração, quando o
controle da entidade é exercido por esses órgãos;
(d) poder para mobilizar a maioria dos votos nas reuniões da diretoria ou conselho de administração, quando o
controle da entidade é exercido por essa diretoria ou conselho.
O que caracteriza o grupo de empresas como unidade econômica é a existência de um controle único:
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Apresentar a posição financeira-patrimonial e o resultado das operações do conglomerado como uma unidade
econômica, ou seja, como uma nova entidade.
Apresentar a posição de um grupo, em relação ao mundo exterior, em uma única peça contábil.
(a) o valor contábil do investimento da controladora em cada controlada e a parte dessa controladora no
patrimônio líquido das controladas devem ser eliminados;
(b) identificar a participação dos não controladores no resultado das controladas consolidadas para o período de
apresentação das demonstrações contábeis; e
(c) identificar a participação dos não controladores nos ativos líquidos das controladas consolidadas,
separadamente da parte pertencente à controladora. A participação dos não controladores nos ativos líquidos é
composta:
(i) do montante da participação dos não controladores na data da combinação inicial; e
(ii) da participação dos não controladores nas variações patrimoniais das controladas consolidadas desde a data
da combinação.
Quando existirem potenciais direitos de voto, a parte atribuível à controladora nos resultados e demais variações
do patrimônio líquido da controlada é determinada com base na sua atual participação e não deve refletir o
possível exercício ou conversão dos potenciais direitos de voto.
Os saldos, transações, receitas e despesas intragrupo (entre as entidades do grupo econômico), devem ser
eliminados.
Os saldos de balanços e transações intragrupo, incluindo receitas, despesas e dividendos são eliminados. Os
resultados decorrentes das transações intragrupo que estiverem reconhecidos nos ativos, tais como estoque ou
ativo imobilizado, devem ser eliminados. As perdas intragrupo podem indicar redução no valor recuperável dos
ativos correspondentes que precisa ser reconhecida nas demonstrações contábeis consolidadas. Os impostos e
contribuições decorrentes das diferenças temporárias pela eliminação de resultados não realizados nas
transações intragrupo devem ser reconhecidos no ativo ou passivo como tributos diferidos.
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Quando a data de encerramento da controladora for diferente da data da controlada, esta última deve elaborar,
para fins de consolidação, demonstração contábil adicional na mesma data das demonstrações da controladora,
a menos que isso seja impraticável.
Quando as demonstrações contábeis da controlada, utilizadas para fins de consolidação, forem de data diferente
da data de encerramento das demonstrações da controladora, devem ser feitos os ajustes necessários em razão
dos efeitos de eventos ou transações relevantes que ocorrerem entre aquela data e a data das demonstrações
contábeis da controladora.
As demonstrações contábeis consolidadas devem ser elaboradas utilizando políticas contábeis uniformes para
transações e outros eventos iguais, em circunstâncias similares.
Se a entidade do grupo econômico utiliza políticas contábeis diferentes daquelas adotadas nas demonstrações
contábeis consolidadas para transações e eventos de mesma natureza, em circunstâncias semelhantes, são
necessários ajustes para adequar as demonstrações contábeis dessa entidade quando da elaboração das
demonstrações contábeis consolidadas.
As receitas e as despesas da controlada são incluídas nas demonstrações contábeis consolidadas a partir da
data de aquisição. As receitas e as despesas da controlada devem estar baseadas nos valores dos ativos e
passivos reconhecidos na posição consolidada da controladora na data da aquisição. Por exemplo, despesas de
depreciação, reconhecidas na demonstração consolidada do resultado do período, devem estar baseadas nos
valores justos dos ativos depreciáveis reconhecidos na posição consolidada da data da aquisição. As receitas e
as despesas da controlada são incluídas nas demonstrações contábeis consolidadas até a data em que a
controladora perder o controle sobre essa controlada.
A participação dos não controladores deve ser apresentada no balanço patrimonial consolidado dentro do
patrimônio líquido, separadamente do patrimônio líquido dos proprietários da controladora.
O resultado do período e cada componente dos outros resultados abrangentes (reconhecidos diretamente no
patrimônio líquido) são atribuídos aos proprietários da controladora e à participação dos não controladores. O
resultado abrangente total é atribuído aos proprietários da controladora e à participação dos não controladores,
independentemente desses resultados tornarem negativa a participação dos não controladores.
Se a controlada tem em circulação ações preferenciais com direito a dividendos cumulativos classificadas como
componente do patrimônio líquido, as quais estão em poder de não controladores, a controladora calcula a sua
parte no resultado do período após a redução deste pelos dividendos pertinentes a essas ações,
independentemente de esses dividendos estarem declarados.
As mudanças na participação relativa da controladora sobre a controlada que não resultem em perda de controle
devem ser contabilizadas como transações de capital (ou seja, transações com sócios, na qualidade de
proprietários), e não no resultado ou no resultado abrangente.
Em tais circunstâncias, o valor contábil da participação da controladora e o valor contábil da participação dos não
controladores devem ser ajustados para refletir as mudanças nas suas participações relativas na controlada.
Qualquer diferença entre o montante pelo qual a participação dos não controladores tenha sido ajustada e o
valor justo da quantia recebida ou paga deve ser reconhecida diretamente no patrimônio líquido atribuível aos
proprietários da controladora.
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Balanço patrimonial
Notas explicativas e outros quadros analíticos necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos
resultados consolidados
Não é exigida a demonstração consolidada das mutações do PL, por normalmente não haver diferenças entre o
PL da investidora e o consolidado.
A investidora contabiliza os prejuízos apurados pela sociedade controlada até o limite do valor do investimento,
enquanto que o prejuízo total constará no patrimônio líquido da sociedade investida;
A controladora publicará, em cada exercício social, juntamente com as suas demonstrações financeiras, as
demonstrações consolidadas do exercício, com indicações dos valores correspondentes do exercício anterior e
pareceres dos auditores independentes.
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Exemplo 1
A CIA XYZ tem um patrimônio líquido de $ 30.000.000, ela é uma companhia de capital aberto e possui
investimentos em três outras empresas, conforme quadro a seguir:
Empresa A: Empresa B:
160.000 ações ordinárias 400.000 ações ordinárias
---------------------------------- = 53,33% -------------------------------- = 44,44%
300.000 ações ordinárias 900.000 ações ordinárias
2 – Verificar se os investimentos nas sociedades controladas, adicionados os créditos contra essas mesmas
companhias, atingem 30% do patrimônio líquido da sociedade investidora:
Empresa A:
460.000 ações x 5,00 = $ 2.300.000
(+) créditos = $ 1.000.000 $ 3.300.000
Empresa C:
1.200.000 ações x 4,00= $ 4.800.000 $ 8.100.000
Obs.: Como o percentual do investimento da CIA. XYZ nas controladas “A” e “C” não atinge os 30% do
patrimônio líquido da controladora, não é necessário proceder à consolidação das demonstrações financeiras.
Exemplo 2
ATIVO PASSIVO
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Assim, devido os investimentos nas controladas X, Y, Z representarem mais de 30% do patrimônio líquido da
investidora, é necessário proceder à consolidação das demonstrações financeiras.
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