Você está na página 1de 17
Desenvolvimento Humano 67 Perspectivas Teéricas As teorias geralmente se enquadram em vérias perspectivas teéricas amplas, Cada uma delas enfatiza diferentes tipos de processos de desenvolvimento e possui difer~ entes concepgdes sobre questdes como as que acabamos de disculir. Essas perspecti- vas influenciam as perguntas que os pesquisadores fazem, os métodos que utilizam € os modos como interpretam os dados. Portanto, para avaliar e interpretar a pesquisa, é importante reconhecer a perspectiva tedrica em que ela se baseia, ‘Vamos examinar seis perspectivas (resumidas na Tabela 2-1) que subjazem in- fuentes teorias e a pesquisa sobre desenvolvimento humano: (I) psicanalitica (que se concentra nas emogées e pulsées inconscientes); 2) da aprendizagem (que estuda 0 com= portamento observivel); (3) humanista (que enfatiza o controle das pessoas sobre seu desenvolvimento); (4) cognitiva (que analisa os processos de pensamento); (5) etoldgica (que considera as bases evolucionistas do comportamento); (6) contextual (que enfatiza, © impacto do contexto hist6rico, social e cultural). Nenhuma dessas perspectivas tebri- cas possui todas as respostas; cada uma tem algo a contribuir para nossa compreensio do desenvolvimento humano. Perspectiva Psicanalitica [A perspectiva psicanaltica preocups-se com as fore inconscientes que motivam 0 comportamento humano, No iniio do século XX, o médico vienense Sigmund Preud (48561939) desenvolveu a sicanie,abordagem terapéutica cujo objetivo era fazer 0 pavientecompreender seus confltos emovionas inconseientes, Fazendo perguntas des. finadas a evovarlembrangas hé muito esquecidas, Freud conclutu que a erigem das DerturbajOes etociooeiscité mes experaciestracaateasreprimidas de price i Tinea, A perspective psicanaliica fol expandida © modificada por outos teoricose pra tants, ncusive Erk H. Erikson Sigmund Freud: Desenvolvimento Psicossexual Freud (1953,1964a, 19640) acreditava que a personalidade formava-se nos primeiros anos de vida, momento em que as criangas passam por conffitos inconscientes entre seus impulsos bioldgicos inatos e as exigéncias da sociedade. Ele sugeriu que esses con- flitos ocorrem em uma seqléncia invaridvel de fases de desenvolvimento psicosse- xual, baseadas na maturago, em que o prazer muda de uma zona corporal para outra = da boca para o dnus ¢ depois para os genitais. Em cada fase, 0 comportamento, que & a principal fonte de gratificagdo, muda - da alimentagdo para a eliminagdo e posterior- ‘mente para a atividade sexual, Das cinco fases de desenvolvimento da personalidade que Freud descreveu (ver Tabela 2-2), ele considerava as trés primeiras- as dos primeiros anos de vida - ceruciais. Ele sugeriu que, se as criangas recebem muito pouca ou excessiva gratifica- do em qualquer uma das etapas, esto em risco de desenvolverem uma fixacdo - luma interrupe3o no desenvolvimento que pode aparecer na personalidade adulta, Por exemplo, bebés cujas necessidades ndo sio satisfeitas durante a fase oral, quan- doa alimentagdo é a principal fonte de prazer sensual, podem, quando adultos, de- senvolver o hébito de rocr unhas ou uma personalidade sarcasticamente critica. Os bebés que recebem fanto prazer oral, que ndo querem abandonar essa fase, podem posteriormente comer ou fumar compulsivamente. Uma pessoa que na primeira ine Fincia teve um treinamento higiénico rigido demais pode fixar-se ma fase anal, quan- do a principal fonte de prazer era movimentar os intestinos. Uma pessoa desse tipo pode ser obsessivamente limpa e caprichosa, rigidamente ligada a horarios ¢ roti nas ou provocadoramente deslcixads. Segundo Freud, um acontecimento fundamental no desenvolvimento psicos- sexual ocorre durante a fase falica da segunda infincia, quando a zona de prazer & Indicador Enmore a sis perspectives Teas Scie © desenvolvimento humane edesctova siguras dos teoias represeniatvas do cada uma delas, perspective psicanalitica Visio do desenvolvimento preocupada com as forcas Inconscientes que motivam o ‘comportamento. desenvolvimento psicossexual Na teoria freudiana, uma soqiéneia invardvel de esligios de desenvolvimento da personaldade durante os primeiros anos de vida, infénciae adolescéncia, em ‘ue a gratiagéo muda da boca para o anus © depois para os gona, 68 Diane E. Papali, Sally W. Olds & Ruth D. Feldman EERE ME Scis Perspectivas sobre o Desenvolvimento Humano Crengas ‘Peicanalien Toot pacastonal de Feud 0 comporlamenta & coniralago pov poderonas impulses Inconacentes son ‘A porsonaldags ¢ infusnciada pla socsdado © ‘desonobe-s abavés de uma séra cas Teoria pslossocal de Aprendaagem Sehaviorismo ou teor prendzagem As pessoas sto reatvas;o ambiente ‘racicional Pav, Skinner, Watson) contola o comparamente ora da aprerazagem sot ‘As cane aprender em um contexta soil (sociocogntva) (Bandura) pala observa 6 imtayao de models; a pessoa contrib atvamente para a aprondiagem. Humansta Teoria da autorealzagto de Maslow Ae paseoas tim a capacidase de tomar conta de ‘8 vidas © promover sou préprio desenvelvimento ont a primsira iarcia 8a aclescanca. Posto dosencadcin abvamente 9 dosenvohiment, ‘Teoria do processamento de inlormagSes. Sars humanos ss processadres simbols. Exlsica Teoria do apego de Bowlby eAlneworth Os sees humanos possuem mecansmos para ou seis bares blologcas« evoluccnitas fsotencaapem s80 importantes envohimento © neo Intrigaeos, de meresisoma ao cronosictma Teoria socceutural de actky © contaxto eocioutural da eianga ter importante impacto sobre © desonvoWmonte, Contextual Toole Diosalg transfere-se para os genitais. Os meninos desenvolvem apego sexual as mes (0 complexo de Edipo) ¢ as meninas aos pais (0 complexo de Electra), tendo impulsos agressivos pelo genitor de mesmo sexo, que véem como rival. © menino aprende que uma menina no possui pénis, presume que ele foi cortado e tem medo de que © pai o castre também. A menina experimenta o que Freud chamou de inveja do pé- nis e culpa @ mie por nao ter Ihe dado um pénis. As criangas, com o tempo, resolvem esta ansiedade pela identificagdo com o geni= tor de mesmo sexo ¢ entram na relativamente calma fase de laténcia da terceira infancia. Elas se socializam, desenvolvem habilidades e aprendem sobre si mesmas ¢ sobre a so ciedade. A fase genital, a itima, se estende por tods a vida adulta. As mudangas fisicas da puberdade voltam a despertar a libido, a cnergia que alimenta o impulso sexual. Os impulsos sexuais da fase filica, reprimidos durante a laténcia, agora ressurgem para Auir em canais socialmente aprovados, que Freud definia como relagdes heterossexuais| com pessoas de fora da familia de origem. Téentea Orient Enfore Inaividue Ative Utilizada por Etapes caus ou Passive ‘Observance Sm ores lon wodiieadoe Passe xperénca neervagio einen ‘sim IneragSo de fates inalos Alive Procedimentos nto Expaneca Passo experimeraia lentcos figorasoe Procadinentos Nao Experéncia medifcads tivo # paso euperimaniais cantibeos pot flores inaios garosos Diseusedo dos Nao Ineragao 6 fatoresinatos Enrevitasfexives sm Interagdo de tatoras bsorvagdo metcunea Inst © exparena Avs Poxisa laboratoral Nae Ieragdo 6 fates nate Wo @ paso rontoremento perience tecrolégco do respostas Fsiogicas Naluraliaicn © Nao Interasao de fatores Avo Obsorvarao natralisica NBO Ineragao oe atresinatoe anslee 2 experiencia Rive Peas transculral Nao Experenca ative obssrvagao de cians Freud propés trés partes hipotéticas da personalidade: 0 id, 0 ego e o superego. Os recém-nascides sf0 governados pelo id, a fonte de motivos ¢ desejos que esta presente no nascimento. O id busca satisfago imediata, Quando a gratificagdo demora, como corre quando cles precisam esperar para serem alimentados, os bebés comeram a se ver como separados do mundo extemno. O ego, que representa a razio ou 0 senso co- mum, desenvalve-se durante o primeiro ano de vida; seu objetivo & encontrar modos realistas de gratificar 0 id que sejam aceitiveis para o superego, o qual se desenvolve aproximadamente aos 5 ou 6 anos. O superego inclui a consciéneia e incorpora deveres ptoibigdes socialmente aprovados ao proprio sistema de valores da crianga. O sup. rego é muito exigente; se suas demandas nao so atendidas, a crianga pode sentir-se culpada ¢ ansiosa Freud descreveu diversos mecanismos de defesa, modos mediante os quais as pes- soas inconscientemente lidam com a ansiedade distorcendo a realidade, Por exemplo, uma crianga pode reprimir (bloquear da consciéncia e da meméria) sentimentos ou ex- perincias que causam ansiedade, Ou uma crianga que esti enfrentando um fato in- 10 Diane F. Papalia, Selly W. Olds & Ruth D, Peldman (0 médico vienense Sigmund Fraud desenvolou uma teor'a cofginal,infuonte @ controversa sobre 0 desenvolvimento psicossexual na infanca, baseada ras recordagaes de sous pacientos adultos. Sa fa Anna, que aqui ‘aparece com 0 pai, seguiu seu exemple profisional © formulou ‘40s propria teotias sobre 0 esenvolvimento da personaldade. BEER [tapas de Desenvolvimento Conforme as Diversas Teorias Estiglos Psicossexuals (Freud) ‘ral ascimanio aos 2 T8moses). ‘Apna ont de pracer do bebe convo tviadosIgdas& boca (supa aliments) ‘Aral( 12-18 mososa05 3.005) (Crangaobtém grag sansa retendo e expelnd a ees. Zona de yaiteacso 6 2 980, ‘anale 0 abandono das aa 6 ida importante Fico (36 anos). Cranga tomas epegads ao gentor {0 sex0 oposto © posterormente to ientca ‘cam ganitor do mosmo sexo. Desenvolese 0 spores. Zona de gatfeseo vansiere-2e pa rego genital faves rai turbulent. ‘ental puberdad idee adit) ‘essurgmentodosimpusos sonunieda fase fea, anges Estaglos Pslcossocials (Erikson) Confanga versus deaconfange sia fnaseimento aos 12-18 meses. Babs desrvohe alata de 200 mundo & um bigar bom seg, Vite: esperags Autonoma vorsusvererta divide (12-18meses aos 3anos). Canga ‘esarwate um equlivio ene Independéncewauo-stcncia, vorgonha evi. Vise: vontade naive vers cups (08 6 ones Cranga deservone iniiatva quando experimenta nove vcades © ro 6 dominasa pola cuba Virude: propos Proautiidode veraueinferoriase (G anes purer). Cnanga ‘dove aprender habia cara ou ententat fentienos de incompeténis, Vitude: bide. laentiade (puberdaveaoinco i code acuta). Acolosconis ‘dove Satoinar a sontiso pessoa ce idenidade ("Quem sou 0u7) ou sant canfosdo sobre papi. Vitude fetid, Intimidde verssislament (ie adutajven). Posza procua formar compremssos ‘racasso, pode sofrer do Isclmento euto-absorgto, Viride:amer, erated vers estagna; 0 (ide adult Aduto madre proocupa-s om ostablocar © tnentar a nova goraesa, ou lon sorte enpobreciment estos Virude:conideragto, Irtegndodoversus dsesporo (ede souta tar) © ios aang a aestagto da propria ‘wea, 0 que bs permit osespera pala inoapacdade Virus: sabedra, Estigios Cognitivos (Piaget) Sereno (rascinento aoe? nos). Bebé gradutnent toma cae do rpriar sida om reago 2 ambiente por mes de abide sorsiia Pré-opertéo (22 7 anos (cian desarvlve um sora represeraioale uta simtoks pra repasertar pessoas, gars @ vertos. Unga © beads imaghatvas so importantes mantestgiee desse stig. O pensameria sna no & begio. Operas concretas (701! ano) Crianga pode rosaWer problemas logeamente quando des enfocam 0 ‘qu e agora, mas no caper ce pensar om termos abstats. Operates fomais (17 anes a toda @ lade auto) Pena pose ponear fom termot abstatoe, dar com suaptes hpoties © pense: sobre possbiaces. quietante, como o nascimento de um irmao ou o ingresso na escola, pode regredir-re- fornar a um comportamento anterior, como sugar 0 polegar ou urinar na cama, ‘A teoria de Freud fez contribuigdes historicas, e muitos de seus temas centrais, foram validados pela pesquisa. Freud conscientizou-nos da importancia dos pensa- ‘mentos, dos sentimentos e das motivagdes inconscientes; do papel das experiéneias de infancia na formaeao da personalidade; da ambivaléneia das respostas emocio- nais, especialmente dos pais; dos modos mediante os quais as imagens mentais dos primeiros relacionamentos influenciam os relacionamentos posteriores (Westen, 1998). Fle também abriu nossos olhos para a presenga de impulsos sexuais desde 0 nascimento. Embora muitos psicanalistas atualmente rejeitem sua estreita énfase ‘aos impulsos sexuais e agressivos, o método psicanalitico de Freud influenciou ‘muito a psicoterapia da modernidade. ‘Alguns aspectos das teorias de Freud so diflceis de testar. A pesquisa questionou. ‘ou invalidou muitos de seus conceitos - por exemplo, a idéia de que o superego e a identidade de género (consciéncia de set do sexo masculino ou feminino) sAo conseqlén- cias de conflitos durante a fase falica (Emde, 1992), Por outro lado, os conceitos de per- sonalidade oral e anal e de sentimentos edipianos na segunda inféneia t8m apoio subs. tancial da pesquisa (Westen, 1998). Em alguns aspectos, a teoria de Freud desenvolveu-se em fungdo de seu lugar na histéria e na sociedade, Grande parte dela, como, por exemplo, o conceito de inve- ja do pénis, parece rebaixar as mulheres, sem diivida, em fungdo de suas raizes no sis- tema social dominado pelo masculino da cultura européia da era vitoriana. Além so, Freud baseou suas teorias sobre desenvolvimento normal; ndo em uma populagao de criangas medianas, mas em uma clientela de adultos de classe média alta, em sua maioria mulheres, que faziam terapia. Sua concentragao em fatores biolégicos e da maturagdo e nas primeiras experiéneias no leva em conta outras influgneias sobre a personalidade, inclusive posteriores. Muitos dos seguidores de Freud, incluindo Erik Erikson, ampliaram o foco de Freud, salientando iniluéncias sociais ¢ a evolucao de relacionamentos imaturos autogratificantes para relacionamentos maduros e interde- pendentes (Westen, 1998), Erik Erikson: Desenvolvimento Psicossocial Erik Erikson (1902-1994), psicanalista nascido na Alemanha, era parte do circulo inti- mo de Freud em Viena ate fugir da ameaga do nazismo e ir para 0s Estados Unidos cm 1933, Sua empla experiéneia pessoal e profissional levou-o a modifica e estender 4 teoria freudiana, enfaizando a influéneia da sociedade sobre o desenvolvimento da personalidade Enquanto Freud sustentava que as experiéncias da infncia motdavam perma nentemente a personalidade, Erikson afirmava que o desenvolvimento do ego é vital cio. A teoria do desenvolvimento psicossocial de Erikson (1950,1982; Erikson, Erikson ¢ Kivnick, 1986) abrange oito estdgios durante o ciclo vital (ver Tabela 2-2), os quais se- to discutidos nos capitulos apropriados. Cada estégio envolve uma “crise” na pers0- nalidade - uma questio de desenvolvimento que & particularmente importante naque- Je momento ¢ que continuaré tendo alguma importancia durante toda a vida, As erses, que surgem de acordo com um cronograma de maturag30, devem ser satisfatoriamen. te resolvidas para um saudivel desenvolvimento do ego. 0 éxito na resolugdo de cada uma das oito crises exige que um trago positivo se- ja equilibrado por um trago negativo correspondente. Embora « qualidade positive deva predominar, alguma medida do trago negative & igualmente necessira, A crise da primeira infncia, por exemplo, & confianca versus desconfianca bisica. As pessoas precisam acreditar no mundo e nas pessoas, mas elas também precisam adquirir ce- ta desconfianca para se protegerem éo perigo. O éxito na resolusdo de cada crise € 0 desenvolvimento de uma determinada virtude ou forya~na primeira crise, a "virtu- de" da esperanea ‘A tooria de Erikson sustentou-se melhor do que a de Freud principalmente por sua nfase is ifluéncis socais eculturais c ao desenvolvimento depois ds adolescencia. En- * tretano, alguns dos coneetos de Erikson, como os de Freud, so difieis de testa. © psicanalista Erik H. Erikson dvergia da teoria treudiara a0 fenfatizar as intncias da sociedade, e ndo especialmente as biolégicas, sobre a personalidade Enkson dizia que 0 desenvolvimento ocorre pola passagem por oito erses ou Pontos do virada durante todo 0 sic vita. desenvolvimento psicossocial Na teoria de Erkson,é 0 procosso social e culturalmente influenciado de desenvoWimento do ego ou do eu; ele consiste de tite estagios ao longo do ciclo de vid, cada um girando em torno do uma crise que pode ser resolvida alcangando-se um fequilrio saudével entra traos positivos e negatwvos altematvos. VERIFICADOR oes & cepar de Y lentticar principal intoresse da perspectva psicanliica?| Citar as cinco fases de desenvolvimento do Froud & as trés pares da personalidado? Citar as contribuigses do Freud para o estdo co desenvolimenta humane? Citar dos aspectos om que a teoria de Erikson diere da e Froud? Explcar 0 conceito de crises de desenvolvimento de Erkson? 72 Diane E. Papalia, Sally W. Olds & Ruth D. Feldman perspectiva da aprendizagem Visa do desenvolvimento hhumano segundo a qual as rmudangas no comportamento resulta da experiéncia ou adaplago ao ambiente; 0s dois principals ramos s80 0 Behavirismo @ a teoria da aprendizagem socal aprendizagem Mudanga duradoura no comportamanto que aco como resultado da experiéneia behaviorismo “Tectia da aprendizagom que onfaiza 0 eatudo cos compertamentos ¢ fatos ‘observaveis e 0 papel previsivel do ambiente para causar 0 compertaments condicionamento cléssico Tipo de aprendizagem em que um ‘estimulo anteriormento neuro (ue originalmenta nfo provocava uma determinada resposta) dquo a eapacidade de provocat lima resposta depos que 0 stimulo 6 repetidamente ‘associaca @ outro astimulo que ormalmente provaca a resposta. Rayner modo em Albertinho” Volaria os afuais padrdes ‘icos para a pescuisa ‘enizetanto, fomeceu informagées vaiosas sobre 0 ‘comportamento humana. Em tum experimento como est, ‘onde voc’ tragaria a nha que separa a necessidade de ‘onhecimento da sociedad @-08 ditotos do um bobs? + Algumas objegses dicas {foram fetas 20 objetivo bohaviorsta de controlar ou moldar o comportamento. Se (8 cintistas do esenvalvimento pudossom moldar as pessoas ce modo 2 aliminar © comportamento ‘anti-social, voce acha que tes deveriam fazor seo? Perspectiva da Aprendizagem {A peetpectiva da sprenlizngem preacapa-se em descobrir as les objtivas que gover tamu o comportantato obgervdvel. Os eeicos da oprendizagem sustentam que'o de- Senvolvimento resulta de aprendizagem, ums mudanga de longa duragdo no compor- tamealo bascade na experiencia ou ndsplagto ao ambiene. Os ledticos de aprendia- tgom vem o desenvolvimento come algo continue (endo em ctapas) eenfatizam a mi- danga quanttativa ‘0s tericos da aprendizagem ajudaram a tomar oestudo de desenvolvimento ha- amano mais centiico, Suas palavras sto definides com preciso, v suas torias podem Ser tesadas no laboratério. Por salieniarem as influenias ambiental, ajudam a expi- Car as iferengas cultuais o comportamento (Horowitz, 1982) DDuas importantes teoras da aprendizagem sto. behaviorismo ea teorada aren zagem socal Behaviorismo 0 behaviorismo (ou comportamentalismo) é uma tcoria mecanicista, a qual descreve 0 comportamento observado como uma resposta previsivel a experiéncia. Embora a bio- Togia estabelega limites sobre o que as pessoas fazem, os behavioristas véem o ambien- te como algo muito mais influente. Eles sustentam que os seres humanos em todas as idades aprendem sobre o mundo da mesma forma que outros organismos: reagindo a ccondigdes ou a aspectos de seu ambiente que acham agradaveis, dolorosos ou ameaga- dores. Os behavioristas procuram eventos que determinem se um determinado com- portamento ird ou nao se repetir. A pesquisa comportamental concentra-se na aprend- cagem associativa, na qual se forma uma ligag3o mental entre dois fatos. Dois tipos de aprendizagemassociativa sio 0 condicionamento classico eo condicionamento operante Condicionamento Classico Avido por registrar os momentos memoriveis de Arma cem imagens, seu pai tirou fotografias dela ainda bebé, sorrindo, engatinhando e exibindo suas outras habilidades, Sempre que oflash disparava, Anna piscava, Certa vez, quando ‘Anna tinha apenas 11 meses de vida, ela viu o pai levar a cimera até o olho....e acabou pis- ‘eando antes doflash, Anna havia aprendido a associar a cdmera a luz.intensa, de modo que, naquela ocasito, a visto da cdmera bastou para ativar seu reflexo de piscar. © piscar de Anna é um exemplo de condicionamento clissico, no qual uma pes- soa ou um animal aprende uma resposta reflexiva a um estimulo que originalmente nao a provocava, depois que o estimulo ¢ repetidamente associado a um outro que pro- vvoca arespasta. 0s principios do condicionementa clissico foram desenvolvides pelo fisiologista russo Ivan Pavlov (1849-1936), 0 qual criou experimentos em que os cics aprendiam & salivar quando ouviam uma sinela que tocava na hora da alimentago, O behaviorista norte-americano John B. Watson (1878-1958) aplicou as teorias de estimulo-resposta em. criangas, afirmando que poderia moldar qualquer bebé do modo que desejasse. Em uma das primeiras e mais eélebres demonstragdes de condicionamento clissico em se- res humanos (Watson e Rayner, 1920), ensinou um bebé de 11 meses, conhecido como “Albertinho", a temer objetos brancos peludos. Neste estudo, Albert foi exposto a um ruido intenso quando estava prestes a acati- ciar um rato branco peludo. Assustado com o ruido, ele comegou a chorar. Apés repeti- ddas associagdes do rato ao ruido intenso, Albert choramingava de medo sempre que via © rato. Embora a ética dessa pesquisa seja bastante questionével, o estudo realmente de- monstrou que um bebé poderia ser condicionado a temer coisas que antes no temia, 0s criticos destes métodos, as vezes, associam o condicionamento ao controle do pensamento ¢ & manipulagao, Na verdade, como vimos no exemplo de Anna, 0 condicionamento clissico é uma forma natural de aprendizagem que ocorre mesmo sem intervengdo, Ao aprenderem quais fatos ocorrem juntos, as eriangas podem prever o que ird acontecer, e esse conhecimento torna o mundo delas um lugar mais organizado e previsivel Condicionamento Operante Terrell est tranguiilamente deitado om seu bergo Quando ele sorri, sua mae aproxima-se do bergo e brinca com o bebé, Mais tarde, 0 pai faz a mesma coisa, A medida que a sequncia se repete, Terrell aprende que algo que ele faz (sorrir) pode produzir algo de que ele gosta (atengdo carinhosa dos pais); assim, ele fica sorrindo para atrair a atengo dos pais, Um comportamento originalmente aci- dental (sorrir) tomou-se uma resposta condicionada, Este tipo de aprendizagem é chamado de condicionamento operante porque © individuo aprende com as conseqiiéncias de "operar" sobre o ambiente. 0 psicé= logo norte-americano B. F. Skinner (1904-1990), © qual formulou os principios do condicionamento operante, trabalhava principalmente com ratos e pombos, mas afirmava (1938) que os mesmos principios aplicam-se aos seres humanos. Ele des cobriu que um organismo terd a tendéncia de repetir uma resposta que foi reforga- dae ira suprimir uma resposta que foi punida. O reforgo & uma conseqiiéncia do comportamento que aumenta a probabilidade de que o comportamento repita-se no caso de Terrell, a stengao dos pais reforya o sorriso dele, A punigao & uma conse- qéncia do comportamento que diminui a probabilidade de tepetigao. Uma conse- giiéncia sera um reforgo ou uma puni¢ao dependendo da pessoa. 0 que é reforgo para uma pessoa pode ser punigao para outra. 0 reforgo pode ser positivo ou negativo. O reforco positivo consiste em dar uma re- ‘compensa, como comida, troféu, dinheiro ou elogio - ou brinear com um bebs. O refx {¢0 negativo consiste em tirar alguma coisa da qual o individuo nao gosta (conhecido co- ‘mo evento aversivo), como, por exemplo, um ruido intenso. O reforgo negativo, as vezes, & confundido com punigdo, Entretanto, eles slo diferentes. A punigdo suprime o com. portamento, ocasionando um evento aversivo (como bater numa crianga ou aplicar um choque elétrico em um animal) ou refirando um evento positivo (como assistir & televi- sto). O reforgo negativo estimula a repetigao de um comportamento pela remogao de tum evento aversivo. O reforgo é mais eficaz quando segue um comportamento resposta nio é mais reforgada, com o tempo id retormar a scu base), Isso se chama extingdo, ‘Se, depois de certo tempo, ninguém brinca com Terrell quando ele sorr, ele pode nao parar de sorrir, mas sorrird muito menos do que se seus sorrisos ainda trouxessem reforso. ‘A modificacdo do comportamento, ou erapia comportamental, é uma forma de con- dicionamento operante utilizada para eliminar um comportamento indesejével ou pro- ‘mover um comportamento positivo. Isso pode ser feito por modelagdo: reforgar respos- tas que sejam cada vez mais parecidas com a resposta desejada. A modificagao do com- portamento ¢ particularmente eficaz entre eriangas com necessidades especiais, tis co- ‘mo jovens com deficiéncias mentais ou emocionais. Teoria da Aprendizagem Social (Sociocognitiva) Ateoria da aprendizagem social sustenta que as eriansas, em especial, aprendem com- portamentos sociais pela observagio ¢ imitagdo de modelos, O psicdlogo norte-ameri- ano Albert Bandura (nascido em 1925) desenvolveu muitos dos principios da teoria da aprendizagem social, também conhecida como feoria sociocognitiva, que hoje 6 mais in- fuente do que o behaviorismo. Diferentemente do behaviorismo, a teoria da aprendizagem social (Bandura, 1977,1989) vé o aprendiz como ativo. Enquanto os behavioristas considera que 0 ambiente moléa a pessoa, os teéricos da aprendizagem social acreditam que a pes- s0a também atua sobre o ambiente - na verdade, até certo pont, eria o ambiente Embora os teéricos da aprendizagem social, como os behavioristas, enfatizem a ex- perimentago Inboratorial, eles acreditam que as teorias bascadas na pesquisa com animais nado podem explicar o comportamento humano, As pessoas aprendem em lum contexto social, ea aprendizagem humana é mais complexa do que simples con- dlicionamento, Os teéricos da aprendizagem social reconhecem # importancia da cognigio; véem as respostas cognitivas as percepgdes, em vez de respostas basica- mente autométicas a0 feforgo ou & punis20, como centrais para o desenvolvimento ‘Assim, a teoria da aprendizagem social é uma ponte entre a teoria da aprendizagem clissica e a perspectiva cognitiva, De particular importincia na teoria da aprendizagem social € a abservagdo e imita- go de modelos. As pessoas adguirem novas capacidades através da aprendizagem por observasio ou viciria, ou seja, observando os outros. Elas demoustrem sua aprendiza {gem imitando © modelo, as veres, quando o modelo ndo esté mais presente, Segundo @ teoria da aprendizagem social, a imitagdo de modelos ¢ o elemento mais importante na Desenvolvimento Humana 73 condiclonamento operante Tipo de aprendizagem am que ‘uma pessoa tende a repeir um ‘comportamento que fei reforgado (ou cassar um comportement {que foi punido. reforgo No condicionamento operante, & tum estimulo expermentada depois de uma experiencia, que aumenta a probabildade do quo 0 compartamento so repita, punigto No cendiclonamento operanta, & Lm stimu experimentade apes um comportamento, que diminul a prababiligade de que 9 comportamento s0 repita © psictlogo Albert Bandura 6 0 Principal partidario de teoria da aprondiza seciaeog teorla da aprendizagem social Teoria proposta por Bandura de {que 08 comportamentos 80 adquiridos pola observacao e pola Imitagao de modelas; também chamada de fon sococogntva aprendizagem por observagao ou vicar Na teorla da aprordizagom social, 6 a aprencizagem que ocorre ‘observando 0 comportamento de ‘outras pessoas. 74 Diane B, Papalia, Sally W, Olds & Ruth D. Feldman VERIFICADOR Y Idontifioar 08 principais intoresses, pontos fracos @ 3s principals vtudes da perspectva da aprendizagem? 1 Rolacionar as etapas do ‘condicionamenta classico © ‘dar um exemplo? Y Dzer coma 0 condicionamenta operante ‘fore do condicionamento cltssea? ¥ Diferenciar refergo positive, reforgo negative © punigao © dar um exemplo de cada? ¥ Dizer como a modiieagio de comportamento funciona? ¥ Comparar 0 bshaviorismo & 2 teoria da aprordizagem social (sociocognitva}? ¥ Dar exemolos da aprencizagem social? perspective humanista personalidade que v8 as pessoas ome possuldores da cepaciade de ‘desenvolvimento postive @ Unieamente humanae de escola, ge Na terminologia de Maslow, necessidages que motivar 0 compattamento humane auto-reatizagso Na terminologia oe Maslow. a mais alla na hlerargula de recessidades humenes (que 36 ode ser alc satistetas): a necessidade de potencial forma como as criangas aprendem uma lingua, lidam com a agressividade, desenvolvem lum senso moral e aprendem comportamentos apropriados ao género, Entretanto, a aprendizagem por observaso pode ocorrer mesmo que a crianga nao imite o comporta- mento observado, As criangas promovem ativamente sua propria aprendizagem social escothendo modelos para imitar. A escolha ¢ influenciada pelas caracteristicas do modelo, pela crianga ¢ pelo ambiente. Uma crianea pode escolher um dos pais, ¢ nfo o outro. Ou a crianga pode escolher outro adulto (por exemplo, um professor, uma personalidade da televisio, um desportista ou um traficante de drogas) ou um amigo admirado, além de = ou em vez de - um dos pais ‘© comportamento especifico que as eriangas imitam depende do que elas perc bem que ¢ valorizado em sua cultura. Se todos os professores na escola de Carlos s80 mulheres, ele provavelmente nao imitaré o comportamento delas, pois talvez 0 consid ra “indigno de homem". Entretanto, se ele conhecer um professor do sexo masculino de quem gosta, pode mudar de opiniao sobre o valor dos professores como modelos. Fatores cognitivos, como as capacidades de prestar atengo ¢ de organizar men- talmente as informagdes dos sentidos, afetam o modo como as pessoas incorporam 0 comportamento observado 20 seu comportamento pessoal. Processos cognitivos esto em ago quando as pessoas observam modelos, aprendem "partes" de comportamen- toe mentalmente retinem as partes formando novos padrdes de comportamento, Rita, por exemplo, imita o caminhar de sua professora de danga, mas modela seus passos de Ganga pelos de Carmem, uma aluna um pouco mais adiantada. Mesmo assim, desen- volve seu estilo préprio de dangar, reunindo suas observagées e formando um nove pa- drao. O desenvolvimento da capacidade de utilizar simbolos mentais para o comporta- mento de um modelo permite que as criangas formem padres para julgar seu proprio ‘comportamento, Perspectiva Humanista A perspectiva humanista desenvolveu-se nos anos de 1950 ¢ 1960 em reago ao que al- ‘guns psicélogos identificavam como crengas negativas sobre @ natureza humana que subjazem as teorias psicanalitica e behavorista, Os psicologos humanistas, como Abra- ham Maslow e Carl Rogers, rejetam a ideia de que as pessoas sio basicamente prisionei~ ras de suas primeiras experigneias ineonscientes, de impulsos instintuais ou de forgas ambientais. Diferentemente de Freud, 0 qual pensava que a personalidade define-se n0 inicio da infincia, ou dos behavioristas, que pensam que as pessoas reagem automatica- mente aos fatos, os pensadores humanistas enfatizam a capacidade que as pessoas tém independentemente de sua idade ou das circunstancias - de tomar conta de suas vidas. Os psicélogos humanistas dio especial atengSo a fatores internos na personalidade: sentimentos, valores ¢ esperangas. Eles procuram ajudar as pessoas a promover seu pré- prio desenvolvimento através das capacidades caracteristicamente humanas de escolha, ‘riatividade e auto-realizagao. Eles salientam potencial para um desenvolvimento po- sitivo e saudavel; qualquer caracteristica negativa, dizem eles, so conseqiiéncia de danos infligidos & pessoa em desenvolvimento. ‘Maslow (1908-1970) identificou uma hierarquia de necessidades: uma ordem de lassificagao das necessidades que motivam o comportamento humano (ver Figura 2-1), ‘Segundo Maslow (1954), as pessoas s6 podem empenhar-se para atender necessidades superiores depois que satisfizeram necessidades bisicas. A necessidade mais basica é a sobrevivéncia fisiolégica. Pessoas famintas correm grandes riscos para obter alimento; somente depois de obté-lo podem preocupar-se com o proximo nivel de necessidades, aquelas referentes & sezuranga pessoal. Essts necessidades, por sua vez, precisam estar substancialmente satisfeitas para que as pessoas possam livremente buscar amor e acei- tagdo, estima e realizagio e, por fim, auto-realizacio, a plena realizagao do potencial ‘As pessoas auto-realizadas, disse Maslow (1968), possuem uma agugada percep- ao da realidade, accitam a si mesmas ¢ aos outros ¢ apreciam a natureza. Si reas, altamente criativas, autodirigidas e boas na resolugdo de problemas. El lacionamentos gratificantes, embora também sintam necessidade de privacidade. Pos- suem uma forte compreensio de valores ¢ um carter ndo-autoritério. Respondem & ex- perigncia com renovada apreciagio e muita emogdo. A maioria delas tem experiéncias risticas ou espirituais profundas, chamadas de experiéncias culminantes, que podem tra~ zer um sentimento de autotranscendéncia ou integraydo com algo além de si mesmo. orate Ninguém chega a ser totalmente auto-realizado; uma pessoa saudével esta constante- ‘mente ascendendo @ niveis mais satsfat6rios. ‘A hierarquia de necessidades de Maslow parece fundamentada ne experiéncia ‘humana, mas nem sempre ela se confirma, A historia estd repleta de relatos de auto-sa- crificio, em que pessoas abriram mio do que precisavam para sobreviver para que oU- tra pessoa (am ente querido ou mesmo um estranho) pudesse viver. Apesar disso, teorias humanistas, como a de Maslow, fizeram uma contribuigdo valiosa pela promogio de abordagens, tanto na edueagao dos filhos como no auto-aper- feigoamento adulto, que respeitam a singularidade do individuo. Suas limitagGes como teorias cientificas estio muito relacionadas com a subjetividade; seus conceitos ni sho claramente definidos e por isso slo diffceis de testar. Perspectiva Cognitiva A perspectiva cognitiva preocupa-se com os processos de pensamento ¢ com o compor- tamento que reflete tais processos, Essa perspectiva abrange tanto as teorias organismi: ‘eas como as de influéneia mecanicista, Ela inclui a teoria de estagios cognitivos de Piaget, abordagem de processamento de informagdes, mais recente, ¢ as teorias neopiagetianas, ‘que mesclam elementos de ambas. Ela também inclui os esforgos contemporaneos para aplicar as descobertas da pesquisa cerebral ao entendimento dos processos cognitivos, Teoria dos Estigios Cognitivos de Jean Piaget Muito do que sabemos sobre como as criangas pensam deve-se ao teérico suigo Jean Piaget (1896-1980). Piaget foi o precursor da "revoluco cognitiva” da atualidade com sua énfase nos processos mentais, Piaget tinha uma visio organismica das criangas, considerando-as seres ativos em crescimento, com seus préprios impulsos internos & padrées de desenvolvimento. Ele via 0 desenvolvimento cognitive como produto dos esforgos das ctiangas para compreender ¢ aluar sobre seu mundo, (© método clinico de Piaget combinava observagio com questionamento flexivel Para descobrir como as criansas pensam, Piaget seguia suas respostas com mais per- guntas. Assim, cle descobriu que uma crianga tipica de quatro anos acreditava que ‘moedas ou flores eram mais numerosos quando dispostos em fila do que quando amontoados ou empilhados. A partir da observago de seus préprios filhos e de outras Desenvolvimento Humano 75 Figura 24 Hierarguia do necessidades do Masiow. Segundo Masiow, as necessdades humanas possuem diferentes priridades. A medida que as nocessidades do cada nivel ‘io alondidas, uma possoa pode char para as necessidades do nivel superior seguinte, (Fonte: Maslow, 1954,) VERIFICADOR, Voc 6 capar de Identiicar os iteresses © pressupostos centrais da perspective humanista? 1 Explcar a hierarquia de necessidades de Maslow? V Enunciar as contibuigdes © 28 limtagées das teorias hhumansta? perspectiva cognitiva Visio do desenvolvimento que se preccupa com as processos de pPensamento 6 com o comportamento que reflete tats processos. 76 Diane E. Papalia, Sally W Olds & Ruth D, Feldman organizagao Naterminologia de Piaget, 6 a integragdo do connecimento a um Seloma para compreender 0 ambiente, esquemas Na terminolog'a de Piaget, sas festuturas cognivas basicas que consistem em padroes ‘exganizados de comportamentos Llzados em diferentes tipos de stuagées, adaptacio Naterminologia de Piaget, 6 0 ajistamento @ novasinformagoes sobre o ambiente através dos processes complementares de assimiagio © acomodagao. assimilagio Na terminologia de Piaget, 6 a ineorporagdo de novas informapdes a uma estrutura cogntvaé existonte, acomodacao Na terminologia de Piaget, sto as ‘mudangas em uma estrutura cogritiva existente para incluir owas informagoes, ‘equilibragao Na terminologia de Plaget, & a tendéneia de tentar ating um ‘equilrio entre elementos cognitvos dentro do organismo & entre ele @ © mundo exter. © pesicélago suo Jean Piaget estudou o desenvolvimento cognitive clas criangas abservando e conversando com seus préprios fos @ ‘com outras crangas. criangas, Piaget criou uma teoria abrangente do desenvolvi- mento cognitivo. Piaget acreditava que o desenvolvimento cognitive inicia com uma capacidade inata de se adaptar ao ambiente ‘Ao buscar um mamilo, tocar um seixo ou explorar os limites de um aposento, as crisngas pequenas desenvolvem uma idgia mais precisa de seu ambiente e uma maior competén- cia para lidar com ele, Para Piaget, © desenvolvimento cognitive ocorre em uma série de estigios qualitativamente diferentes (listados na Tabela 2-2 ¢ discutidos detalhadamente nos capitulos pos- teriores). Em cada estagio, a mente da crianga desenvolve um novo modo de operar. Da infincia & adolescéncia, as operagdes mentais evoluem da aprendizagem baseada na simples atividade sensério-motora ao pensamento ligico- abstrato. Esse desenvolvimento gradual ocorre através: de 1rés principios intererelacionados: organizacdo, adaptacdo cequilibragao Organizagio é a tendéncia de eriar estruturas cogniti- vas cada vez mais complexas: sistemas de conhecimento ou modos de pensar que incorporam imagens cada vez mais precisas da realidade, Essas estruturas, chamadas esque- ‘mas, so padrdes organizados de comportamento que uma pessoa utiliza para pensar © agir em uma situagdo, A medida que as criangas adquirem mais informagdes, os es- quemas tornam-se cada vez mais complexos. Um bebé tem um esquema simples para sugar, mas logo desenvolve esquemas diferentes para sugar um seio, uma mamadeira ou o polegar. Inicialmente, os esquemas para olhar e pegar operam de maneira inde- pendent, Posteriormente, os bebés integram esses esquemas separados em um tinico esquema que lhes permite olhar um objeto enquanto o seguram com @ mio. Adaptagio & o termo utilizado por Piaget para deserever como uma erianga lida ‘com novas informagées que parecem conflitar com o que ela jé sabe. A adaptagao en- volve duas etapas: (1) assimilagio, que & receber informagdes e incorporé-las a8 estru- turas cognitivas existentes, e (2) acomodagdo, que & mudar nossas estruturas cognitivas para incluir novo conhecimento. A equilibragao - um esforgo constante para manter ‘um balango ou equilibrio estivel - determina @ mudanga da assimilagdo para a acomo- dagdo, Quando as criangas no conseguem lidar com novas experiéncias dentro de suas estruturas existentes, organizam novos padres mentais que integram a nova experién- cia, assim restaurando o equilibrio. Um bebé que esta acostumado @ mamar no seio ou ‘na mamadeira e que comeya a sugar o bico do canudo de uma caneca para bebés esta demonstrando assimilagdo - utilizando um esquema jé existente para lidar com um no- ‘vo objeto ou com uma nova situagdo. Quando o bebé descobre que para beber de canu= do sao necessirios movimentos da lingua ¢ da boca um pouco diferentes daqueles ut lizados para sugar o seio ou a mamadeira, ele se ajusta pela modificagdo do esquema anterior. Ele "acomoda" seu esquema de sugagdo para lidar com uma nova experién- cia: a caneca. Assim, assimilagdo ¢ acomodagdo operam juntas para produzir equilibrio © crescimento cognitive. As cuidadosas observagdes de Piaget produziram um grande volume de informa- ses, incluindo algumas descobertas surpreendentes. Quem, por exemplo, teria pensa- do que s6 depois dos 7 anos as criangas se dao conta de que uma bola de argila que foi transformada em uma "salsicha” diante de seus olhos ainda contém a mesma quanti- dade de argila? Ou que um bebé poderia pensar que uma pessoa que saiu de seu cam- po de visio pode nio existir mais? Piaget mostrou-nos que as mentes das criangas no sip miniaturas das mentes dos adultos. Compreender como as eriangas pensam faz ‘com que seja mais facil para pais e professores ensiné-las Mas, como discutiremos nos Capitulos 5 e 7, Piaget subestimou em muito as ca- pacidades de bebés e criangas pequenas. Alguns psicdlogos contemporineos questio- nam os estigios claramente demarcados de Piaget; eles apontam para evidéncias de que o desenvolvimento cognitivo é mais gradual e continuo (Flavell, 1992), Além disso, pesquisas iniciadas no final dos anos de 1960 contestaram a idéia basica de Piaget de que o pensar das eriangas desenvolve-se em um tinica progressio universal que conduz, a0 pensamento formal. Em vez disso, os processos cognitivos das criangas parecem in- timamente aliados # um conteddo especifico (sobre o que esto pensando), bem como ao contexto de um problema e os tipos de informagies e pensamento que uma cultura considera importante (Case © Okamoto, 1996). Finalmente, a pesquisa sobre cogni¢o adulta sugere que a concentraeao de Piaget na logica formal como dpice do desenvolvi- ‘mento cognitivo é estreita demais. Ela nio explica a emergéncia de capacidades madu- ras, como a resolugao pratica de problemas, a sabedoria e a capacidade de lidar com si- tuagdes ambiguas e verdades concorrentes. A Abordagem do Processamento de Informagdes Anova abordagem do processamento de informagées procura explicar 0 desenvolvi- ‘mento cognitivo pela observagao ¢ andlise dos processos mentais envolvidos na per cepeo € no manuscio da informagdo. Os cientistas que utilizam essa abordagem estu- dam como as pessoas adquirem, lembram e utilizam a informagao através da manipu- lagdo de simbolos ou imagens mentais. A abordagem de processamento de informagdes nJo é uma teoria Gnica, e sim uma estrutura ou um conjunto de pressupostos, que sub- jazem uma ampla gama de teorias © pesquisas. Os te6ricos do processamento de informagdes comparam o cérebro a um compu- tador. As impresses sens6rias entram; 0 comportamento sai. Mas o que acontece nes~ se interim? Como o eérebro transforma sensagdo e percepgio (de um rosto desconheci- do, por exemplo) em informacao utilizével (a capacidade de reconhecer esse rosto)? Os pesquisadores do processamento de informagies inferem 0 que ocorre na mente, Por exemplo, eles podem pedir a uma crianga que recorde uma lista de palavras e entdo observam alguma diferenga de desempenho se a crianga repete a lista repetidas vezes antes de pedir-se a cla que recorde as palavras. Através de estudos desse tipo, os pesquisadores do processamento de informagdes desenvolveram modelos computacio- ais ou fluxogramas que analisam as etapas especificas pelas quais o cérebro parece pasar na reunido, no armazenamento, na recuperagdo e na utilizagao da informagao. A despeito do uso do modelo de computador "passivo", os teéricos do processa- mento de informagSes consideram que as pessoas so pensadores ativos sobre seu mundo. Diferentemente de Piaget, eles, em geral, ndo propsem estégios de desenvolvi- mento, embora nao deixem de assinalar aumentos relacionados com a idade na veloci- dade, complexidade e eficigneia do processamento mental, no volume e na variedade de material que pode ser armazenado na meméria, A abordagem do processamento de informagdes oferece um modo valioso de reu- nir informagdes sobre 0 desenvolvimento da memsria e sobre outros processos cogni- tivos. Ela tem pelo menos trés aplicagdes priticas. Primeiro, ela permite aos pesquisa~ dores estimar a futura inteligéncia de um bebé a partir da eficiéncia da pereepgao e do processamento sensério. Segundo, pela compreensio de como as criangas obtém, recor dam ¢ utilizam as informagoes, pais e professores podem ajudé-las a melhor conhecer seus préprios processos mentais e suas estratégias para aperfeigod-los, Finalmente, 08 psiedlogs podem utilizar os modelos de processamento de informagées para testar, diagnosticar ¢ tratar problemas de aprendizagem. Pela identificagdo da dificuldade no sistema de processamento de informagdes, podem dizer se a dificuldade esti na visio ou na audi¢do, ateng3o ou memorizagao da informago (Thomas, 1996). Teorias Neopiagetianas Durante a década de 1980, em resposta as eriticas &teoria de Piaget, psicélogos do desen- volvimento neopiagetianos comegaram a incorporar alguns clementos da teoria de Pia- get abordagem de processamento de informagGes, Em vez. de deserever um tinico siste- sma geral de operagSes mentais cada vez mais logicas, os neopiagetianos concentram-se ‘em conceitos, estratégias e habilidades especificas. Fles acreditam que as criangas desen- volvem-se cognitivamente ao se tornarem mais eficientes no processamento de informa- g8es. Segundo Robbie Case (1985,1992), existe um limite para a quantidade de informa~ «es que uma crianga é capaz de manter na mente. Praticando uma habilidade, como con- tar ou ler, a crianga pode tornar-se mais ripida e mais proficiente, liberando "espago’ Desenvolvimento Humano 77 abordagem do processamento de Informagses E a abordagem de estudo do desenvalvimento cognitive pela bservagao © andlse dos processos mentais envoWidos na percepeao e no manuseio da Informagao, 78 Diane E. Papalia, Sally W. Olds & Ruth D. Feldman. VERIFICADOR ees & capa de Contrastar os pressupostos @ métodos de Piaget com os da teoria da aprensizagom classca e da abordagem de processamanto de informagses? Lstar ts principos it Felacionagos que ocasionam desenvalvimenta cognitive, segundo Piaget, dar um ‘exemple do cada un? contibuigbes © a3 8 eoria de Plage?” Y Deserover 0 que 08 pesquisadores do processamento de informagées fazem © Aescreverirés possives rmodos de aplcar sta pesca? 1 Exolcar como a teoria de Cave utliza tanto a abordagem de Piaget como ' abordagem de processamenio do informagées? v7 Expliear como a pesquisa sobre 0 cérebro pode contribuir para a comproensdo dos processos cognitvos? abordagem da neurociéneia ‘cognitiva E a abordagem para 0 estudo do desenvolvimento cognitive que Iga 0s processos cerebrais aos processos cognives perspectiva etolégica Visto co desenvohimento humano ‘que se concentra ras bases Biolégicas © evolucioistas do ‘comportamento, ‘mental para informagdes adicionais e resolugdo de problemas mais complexos. A matu- rago dos processos neurolégicos também expande a capacidade de meméria disponivel, Recentemente, Case (Case ¢ Okamoto, 1996) testaram um modelo que modifica a idéia de estruturas cognitivas de Piaget. Diferentemente das estruturas operatdrias de Piaget, como as operagSes concretas ¢ formas, que se aplicam # qualquer campo do pensamento, as estruturas de Case so conceituais dentro de dominios especificos, como rnlimeros, compreenso de historias e relagdes espaciais. No modelo de Case, as crian- ‘648, quando adquirem conhecimento, passam por estgios em que suas estruturas con- ceituais tornam-se mais complexas, mais bem coordenadas e multidimensionais. Por exemplo, a compreensio de uma erianga de conceitas espaciais comega com o reconhe- cimento da forma dos objetos, avanga para a nogdo de seu tamanho € localizagao rela- tiva e depois para uma compreensio da perspectiva A abordagem neopiagetiana & um esforgo promissor para explicar os processos pelos quais ocorrem mudangas qualitativas na cognicgo c limitagdes da aprendizagem em qualquer estigio. Por sua Enfase & eficiéncia de processamento, ajuda a explicar as diferengas individuais de capacidade cognitiva e o desenvolvimento desigual em dife- rentes dominios, ‘A Abordagem da Neurociéncia Cognitiva Na maior parte da historia da psicologia, tebricos e pesquisadores estudaram processos cognitivos sem considerar os mecanismos fisicos do cérebro em que esses processos ocor- rem, Hoje, quando novos instramentos tomam possivel ver 0 cérebro em ago, os parti- dirios da abordagem da neurociéneia cognitiva afirmam que uma compreensio precisa do funcionamento cognitive deve ser relacionada aos processos que ocorrem no eérebro. ‘A pesquisa cerebral apéia importantes aspectos dos modelos de processamento de informagées, como a existéncia de estruturas separadas para manejar a memoria consciente e inconsciente. A pesquisa neuroldgica também pode langar luz sobre ques- ‘Bes como se a inteligéncia é geral ou especializada c o que influencia a prontidao de ‘uma erianga pequena para a aprendizagem formal (Bymes ¢ Fox, 1998) Perspectiva Etolégica ‘A perspectiva etolégica concentra-se nas bases biolégicas e evolucionistas do compor- tamento. Ela vai além do valor adaptativo imediato que um comportamento tem para © individuo a fim de examinar sua fungao na promogdo da sobrevivencia do grupo ou da espécie, Na década de 1930, dois zodlogos curopeus. Konrad Lorenz ¢ Niko Tinbergen, desenvolveram a disciplina cientifica da efologia, 0 estudo do comportamento de espé- cies animais mediante sua observaco, geralmente em seu ambiente natural. Nos anos de 1950, o psicdlogo John Bowlby estendeu os principios etolégicos ao desenvolvimen- to humano, Os etologistas acreditam que, para cada espécie, uma variedade de comporta- mentos inatosiespecificos a cada espécic, foram desenvolvidos para aumentar suas chances de sobrevivéncia. Os etologistas fazem pesquisas comparativas para identifi- car quais comportamentos s4o universais e quais so especificos a uma determinada es- pécie ou sto modificados pela cultura. Eles também identificam comportamentos que so adaptativos em diferentes periodas do tempo de vida; por exemplo, um bebé pre- cisa ficar perto da mae, mas para uma crianga mais velha, a exploragao mais indepen- dente é importante. (0 Quadro 2-1 discute mais profundamente o valor adaptativo da imaturidade sob uma perspectiva evolucionista.) Bowlby (1951) estava convencido da importancia do vinculo entre mile ¢ bebé & desaconselhava a separagao dos dois sem oferecer um substituto de boa qualidade. Sua conviceae provinha em parte do exame de estudos ecologicos sobre a formagao de vin- culos entre animais ¢ também de sua experiéncia com criangas perturbadas em uma eli- nica psicanalitica em Londres. Mary Ainsworth, originalmente colega mais jovem de Bowlby, estudou bebés africanos ¢ norte-americanos ¢ criou a hoje conhecida "Situagao Estranha" (ver Capitulo 6) para medir o apego aos pais, A pesquisa sobre apego baseia- se na idéia de que o bebé e o genitor sao biologicamente predispostos a se apegarem um. a0 outro e que esse apego promove a sobrevivéncia do bebé. Até 0 momento, a abordagem etolégica tem sido aplicada principalmente a algu- mas questdes de desenvolvimento especificas, como apego, dominancia e agressivida- de entre amigos ¢ habilidades de resolugo de problemas do dia-a-dis, Bla aponta para 0 valor da observago cuidadosa das criangas em seu ambiente natural. Seus métodos podem ser frutiferamente combinados com outras técnicas, como 0 questionamento verbal (P, H. Miller, 1993) Perspectiva Contextual Segundo a perspectiva contextual, 0 desenvolvimento sé pode ser compreendido em seu contexto social. Os costextualistas véem 0 individuo nao como uma entidade sepe- rada que interage com 0 ambiente, mas como uma parte inseparavel dele. (A aborda~ gom do desenvolvimento no ciclo vital de Baltes, apresentada no Capitulo 1, & forte- ‘mente influenciada pelo pensamento contextual.) A Teoria Bioecolégica de Urie Bronfenbrenner A atualmente influente teoria bioecolégica do psicélogo norte-americano Urie Brox- fenbrenner (1979, 1986, 1994; Bronfenbrenner ¢ Moris, 1998) descreve a gama de in- fluéncias em interasao que afetam o descavolvimento de ume pessoa. Todo organismo bioldgico desenvolve-se dentro do contexto dos sistemas ecoldgicos que favorecer ou prejudicam seu crescimento, Assim como precisamos compreender # ecalogia do ocea- no ou da floresta se quisermos compreender o desenvolvimento de um peixe ou de um Desenvolvimento Humano 79 VERIFICADOR Voct ¢ capar ae Identifcar a principal preocupagdo eos pressupostos da perspectiva ‘tolgica? Dizer que tipos de tépicos 08 pesqusadoros eloligicos ‘studam 0 assinlar 08 usos do seus métodes? perspectiva contextual Visto do desenvoWimento que v8 © ingividve coma inseparavel do contexte social teorla bloecolégica € a abordagem de Bronfenbrenner para a compreensso dos Aperfetcoando 0 Conhecimento 'm comparasio com outros animais alé com outros pri= ‘malas, os seres humanos levam muito tempo para crescer. Por texemplo, os chimpanzés levam cerca de oito anos para atingir fa maturidade reprodutiva, os macacos Rhesus, cerce de 4 anos, t lémures, apenas cerca de 2 anos. Qs seres bumanos, em con traste, sé amadurecem fisicamente depois do inicio da adoles- céncia e, pelo menos nas sociedades industrializadas moder- nas, normalmente atingem a maturidade cognitiva ¢ psicasso- cial ainds mais tarde, Do ponto de vista da teoria evolucionista darwiniana,es- te protongado perlodo de imaturidade éessencial para a sobr vivenciae para o bem-estar da espévie. Os seres humanos, mais do que qusisquer outros animais, vivem de sua inteligéncia. AS comunidades ¢ as culturas humanas sio altamente complexas, existe muito @ aprender. A inffncia prolongada serve de pre- paragdo essencial para a idede adulta ‘Além de seu valor a Tongo prazo, alguns aspectos da ima- turidade (discutides com mais pormenores posteriormente nes- te livro) cumprem propésitos edaptatives imediatos. Por exem- plo, alguns rellexos primitives, como © de mover a eabey busca do mamilo, protegem ¢ recém-naseido ¢ desaparecem quando nio sio mais necessirios. O desenvolvimento do cér bro humano, a despeito de seu rapido creseimento pré-natal, ‘muito menos completo no nascimento do que o dos cérebros de ‘outros primatas; se o cérebro do feto aleangasse plenamente o tamanko humano antes do nascimenta, sua cabega seria muito igrande para passar pelo canal de parto, Em vez disso, 0 cérebro humano continua crescendo durante toda a inféncia ¢, com 0 tempo, ultrapassa em muito of eérebras de nossos primos si ‘mios nas capacidades para linguagem e pensemento processos e dos contextos do desenvolvimento, Quadro 2-1 © Valor Adaptativo da Imaturidade © desenvolvimento mais lento do cérebro humano Ihe proporciona maior flexibiidade ou plasticidade, uma ver que rem todas as conexdes estio permanentemente definidas em idade precoce. "Esse flexibilidade comportamental e cognitiva talver seja a maior vantagem adaptativa da espécie humana (Bjorklund, 1997, p. 157), Ela ajuda a explicer a resiliéncia de

Você também pode gostar