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TÉCNICAS DE MELODIA – POR TURI COLLURA

AS ESCALAS DO CAMPO HARMÔNICO MAIOR

Nas edições passadas da revista, comecei a falar das três abordagens à


improvisação: a vertical, a temática e a horizontal. Apresentei algumas idéias
sobre como abordar as primeiras duas. Hoje trato de alguns conceitos básicos
ligados à abordagem horizontal. Nessa abordagem a relação escala/acorde é o
ponto de partida. Se faz importante conhecer as escalas que cabem sobre cada
acorde. As primeiras escalas a serem conhecidas são as derivadas pela escala
maior. Nos próximos números tratarei de outras.
É importante entender que cada tonalidade é composta, na sua forma mais
simples, por um campo harmônico diatônico e pelas relativas escalas. A escala e
o acorde são as duas faces de uma mesma moeda, a escala sendo a
representação horizontal e o acorde sendo a representação vertical. A figura
mostra a correlação escala/acorde e as escalas construidas sobre cada grau.

Como usar as escalas

Escala Jônica: usa-se nos acordes com 7M que têm função de tônica (I7M).

Escala Dórica: é, talvez, a escala menor mais usada na improvisação, sendo a


escala dos acordes com função de IIm7.

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Escala Frígia: se usa sobre o IIIm7. Devido à sua sonoridade muito


característica, fora do contexto tonal se usa em músicas que requerem
especificamente esta sonoridade (veja, por exemplo, a música La Fiesta, de
Chick Corea). A escala Frígia é caracterizada por uma segunda menor. Pode
também ser usada sobre um acorde de dominante, gerando uma sonoridade de
dominante sus4 alterada.

Escala Lídia: é usada no acorde de IV7M. É usada, também, nos acordes de


I7M(#11). A diferença entre as escalas Iônica e Lídia é somente o #4,
respeitando, ambas, as notas dos acordes 7M (1-3-5-7M). A escala Lídia se usa,
também, nos acordes bII7M, bIII7M, bVI7M, bVII7M.

Escala Mixolídia: é a escala original do acorde de dominante. Usa-se sobre os


acordes de 7a caracterizados por 9a e 13a maiores.

Escala Eólia: ou escala menor natural. Se usa esta escala na presença de um


VIm7. Esta escala oferece o 6° grau menor.

Escala Lócria: caracterizada pelas notas b2 e b5, esta escala pode ser usada
nos acordes meio-diminutos.

Nos próximos números apresentarei outras escalas, outros campos harmónicos


e o que fazer com esse material. Não perca.

TURI COLLURA é pianista e compositor, professor da


EM&T de Vitória. É autor do método “Improvisação:
Práticas Criativas para a Composição Melódica na
Música Popular”. Gravou recentemente seu CD
“Interferências”, com composições e arranjos próprios.
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