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Minuta - Elementos para uma Pol BRASIL INVESTIMENTOS ANUAIS PARA ATENDIMENTO DAS DEMANDAS URBANAS E RURAIS METAS DE UNIVERSALIZAGAO: AGUA 20 ANOS. : COLETAE TRATAMENTO DE ESGOTOS 20 ANOS 00 RS (RILHOES) ang 20 090 423 4 8 6 7 8 8 10 2 13 MH 18 18 47 18 19 20 —AeUA EESGOTOS URBANO —AALIReescoTos RURAL rer Grafico 3 - Universalizagao de agua em 15 anos e de esgoto em 20 anos - Cenario 2 tica Nacional de Saneamento Ambiental ~ SNSA - MCIDADES Pag. 19 ee : BRASIL INVESTIMENTOS ANUAIS PARA ATENDIMENTO DAS DEMANDAS URBANAS E i RURAIS METAS DE UNIVERSALIZAGAO: AGUA 15 ANOS COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTOS 20 ANOS 14,00 12,00 10,00 8,00 6,00 4,00 RS (BILHOES) 2,00 0,00 ' ! i | | | | | ‘ ANO | “TOTAL ANUAL | | —AGUA —iraramento DE ESGoTOS | —SREFERENGIA (20 ANOS) Para 0 lerceiro cendtio foi concebida a universalizagdo do sistemia do abastecimento de gua em um prazo maximo de 10 anos, do subsistema de coleta de esgotos em 15 anos e do subsislema de tratamento de esgolos®no mesmé prazo de 20 anos. A concrelizagdo do mesmo demandaria um esforgo inicial, nos primeiros 10 anos de 33,5% sobro os valores do primeiro cenério, 0 que coresponderia a um valor a maior nesle periodo de R$ 24,1 tbilhées, o investimento no primeiro ano seria da ordem de R$ 8,0 bihdes (0,61% do PIB). Grifico 4 ~ Universalizagao da agua em 10 anos, coleta de esgoto em 15 anos e tratamento de esgoto ‘em 20 anos -Cenario 3 ‘Pig.. 20 INVESTIMENTOS ANUAIS PARA ATENDIMENTO DAS DEMANDAS URBANAS E RURAIS METAS DE UNIVERSALIZAGAO: AGUA 10 ANOS - COLETA DE ESGOTOS 15 ‘ANOS - TRATAMENTO DE ESGOTOS 20 ANOS 1203 4 5 6 7 8 8 1 1 2 13 4 18 16 17 1 19 20 ano. GUA — arene saaIS —— | | RATAMENTO DE ESGOTOS oral aNUAL {| i REFERENCIA (20 ANOS) # Heche ‘Nao foram realizados estudos com a mesma abrangéncia para residuos sdlidos; @ no ha estimativas de investimentos para a superaggo dos problemas de drenagem urbana. Entretanto, existe um estudo realizado ‘em 2002 pelo Ministério do Meio Ambiente, e pela Caixa Econdmica Federal sobre algumas necessidades de investimentos em residucs sdlidos num horizonte de 10 anos, a partir de dados da PNSB 2000 do IBGE. Fol também considerada a evolugo da populagao nesse periodo. © estudo considera a necessidade de investimento em equipement para universalizardo da coleta de tx, cconsiderando a complementago da frota atual, sua menutengdo, e reposiedo anual de 20% da frota existente. “Tambm considerou os investimentos necessérios para a infra-estrutura para instalagao de aterros sanitarios fem municipios com populagéo inferior a 1,5 mithdo de habitantes e para o fechamento dos lixdes em ‘municipios com populagéo afé 100 mil habtantes. Nao foram considerados os custos de aquisipdo de terrenos para 0s arras, nem para aquisicdo de equipamentos para sua operagao. No caso do encerramento dos lies, no foram previstos recursos para remediagdo das freas degradadas. No caso da coleta so necessérios, segundo o estudo, R$ 279 milhdes para a ampliagao da frota de coleta de lixo e R$ 3.974,0 mihdes para a manutengao da frota em bom estado e reposigdo de 20% anvalmente, totalizando R§ 4,2 bilhdes em 10 anos para a universalizagao da coleta, Para a implantagdo de aterros em municipios com até 1,5 milhdo de habitantes sero necessarios R$ 946 milhées, sem considerer municipios deste porte que tenham seus atuais aterros esgotados. Outros RS 434 milhées deveriam ser aplicados nos proximos dez anos para encerrar os lixées em todos os municipios ‘com populacao inferior a 100 mil habitantes. 0 conjunto desses investimentos representa recursos da ordem de R$ 5,6 biltdes, a serem aplicados em dez anes, Observe-se que, pela limitando dos estudos disponive’s, tal valor no inclui custos de fechamento de i Pag.. 21 Minuta - Elementos para uma Politica Nacional de Saneamento Asnbiental - SNSA ~ MCIDADES. lixdes em cidades com mais de 100. 000 habitantes nem a implantagdo de aterros em municipios com mais de 4,5 milhdo de habilantes. Minuta - Elementos para uma Politica Nacional de Sancamento Ambiental ~ SNSA - MCIDADES 2___ As bases de uma nova politica ‘A Poliica Nacional de Seneamento Ambiental traz consigo a expectativa de se constituir em alavanca para 0 ‘2cess0 universal aos servigos, prestados com qualidade, equidade e inlegralidade, com controle € paricipagdo social Deve assim prover os meios para superar as difculdades para a generalizagto. do Stendimento © criar um ambiente institucional e reguiatério que favoreg2 a eficiéncia do gaslo publica, independente da natureza do operador. ‘A formulagéo da Politica Nacional de Saneamento Ambiental parte do pressuposto de que, por razbes elicas © dde saiide publica, todos tém direto & agua potdvel em quantidade suficiente @ vida em ambiente salubre, ‘cabendo ao Estado a responsabilidade de prover a satisfagao deste direito. No ambito setorial, essa Politica contribui para a consecugo dos megaobjetivos tragados para o pais no ambito do PPA 2004-2007: a) aincluséo social e a redugao das desigualdades sociais, 5) 0 crescimento econdmico, ambientalmente sustentavel, com geragao de emprego e renda e redugao das desigualdades regionais, 0) a promogSo e a expansdo da cidadania e o fortalecimento da democracia. i‘ 7 24 Principios APNSA adota 3 principios fundamentais: 2). Universalidade, entendida como a garantia de oferta e de acasso aos serigos de saneemento ambiental 2 todos, indistintamente, mediante solugdes eficazes © adequadas aos ecossistemas e as caracteristicas locals, com respeito 4 identidades culturais das comunidades atendidas e sem prejuizo do interesse coletivo ‘mais amplo, em especial 0s relalivos & sate pibica. 1) Integraidade, enlencida como a garanta de oferta e prestagdo de servigos de saneamento de forma a abbranger todas as suas fases e componentes (abastecimento de agua, esgotamento sanitario, manejo das ‘guas pluviais urbanas®, manejo de residuos sélides, controle ambiental de vetores @ reservatorios de doengas),visando a maximizago dos resultados e a eficdcia das agdes. A populagdo deve ter acesso aos servigas de acordo com suas necessidades, sendo que a promogdo da salubridade ambiental deve ser buscada por polticasintegradas e nao fragmentadas. ¢) Eqiidade, entendida como isonomia no tralamento a todos os cidad’os usuérios dos sarvigos, gerentindodhes a frigdo em igual nivel de qualidade dos beneficios pretendidos ou ofertados. O padrao de servigos ofertados 2 populaczo no deve ser disoriminado segundo a classe social, As taxas ou tarifas cobradas pelos servigos devem ser instrumentas de justiga social e nao fator de exctuséo do acesso aos servigos. ‘S80 também principios da PNSA, com o objetivo de tomé-1a mais eficaz: a) a Prestagdo Adequada dos Servigos, que devem ter como caracteristicas: regularidade, > Concepgdo mals madera da drenagem urbana das aguas pluviais ue da éntase na sustenablldade das intrvengdes. ee fal — SNSA » MCIDADES' Nacional de Saneamento Ambi Flementos para una Pol continuidade, eficiéncia, qualidade, seguranca, alualidade, generalidade, cortesia e modicidade nos pregos. b) a Sustentabilidade, que garante 0 cardler duradouro dos benaficios das ages, ¢ para tanto toma em consideragao os aspectos socials, ambientais e econdmicos relevanles, ¢) a Titularidade Municipal, que significa o reconhecimento da competéncia dos municipios para gerit ¢ prestar, dreta ou indiretamente, seus servigas de saneamento; 4) a Gestio Compartithada/Associada, quando houver servigos ou unidades operacionais comuns a mais de um municipio; ©) a Intersetorialidade respondendo & necessidade de inlegragao das agdes de sanoamento ambiental entre si e com as demais polticas pblicas, em especial com as de satide, meio ambiente, recursos hidricos, desenvolvimento urbano e rural, habitagao e desenvolvimento regional; {) a Cooperagao Interinstitucional entre os drga0s da Unido, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios, com o objetivo de elevar a eficdcia das agdes e explorar as possibildades de complementaridade, ; 9) Ja Gestéo Piblica, na medida em que os servigos de saneamento ambiental s20, por defnigao, piiblices, prestados sob regime de monopdlio, essenciais e vitais para o funcionamento das cidades e para a delerminagao das condigdes de vida da populagao urbana e rural, para a preservago do melo ambiente @ para o desenvolvimento da economia; h) a Participagdo e Controle Social, como forma de os cidadéos interferirem na Gestéo Pablica, direcionando as agdes do Poder Pubiico para os inleresses da comunidado; i) 0 Difeito 4 Informagao, pressuposto da participagdo popular e do controle soci }) 0 Direlto & Educagdo Ambiental para a promogo de novos comportamentos em relagao a0 uso dos recursos rialurals e a correla ulfizagao dos servigos de saneamento ambiental 2.2 Objetos e interfaces da PNSA (© Sanegmento Ambiental compreende um amplo conjunto de agées técnicas e sécio-econémicas entendidas fundaméntalmente como de saiide piblica, lendo por objetivo alcangar niveis crescentes de salubridade ambienlal, compreerdendo 0 abastechmento de agua em condides adequadas; a coleta, 0 tratamento € a disposigao adequada dos esgotos ¢ dos residuos sblides e gasosos; prevengao e controle do excesso de ruidos; 0 manejo das dquas pluviais urbanas e 0 controle ambiental de velores ¢ reservatérios de doengas {ransmissiveis, com a finalidade de promover @ melhorar as condigdes de vida urbana e rural. APNSA considera como seus objetos especificos apenas: 0 abastecimento de agua, a colela, ralamento @ isposiggo adequada dos esgotos @ dos residuos sélidos, excelo o Indust, no meio utbano e rural @ 0 manejo das aguas pluvais urbanas, sendo as demais agdes tratadas no ambito das politicas especticas dos respectivos setores. No plano nacional, a Politica Nacional de Saneamento Ambiental estabelece diretrizes por meio de legislagdo geral, implementa o planejamento de metas gerais e define regras para a aplicagéo dos recursos federais, assumindo cardter indulor no que se refere ao planejamento de metas e aplicagao dos recursos estaduais e mmunicipais Aicionalinente, a PNSA define os instrumentos necessérios para a coordenagao e articulagao dos diversos tentes responsaveis pelo estabelecimento e implementagao das agdes que so seus objelos especiticos e, “Pag. 24 Minuta - Elementos para uma Politica Nacional de Saneamento Ambiental ~ SNSA - MCIDADES ‘compiementarmente, os insirumentos de inlegrago das agGes que tenham interfaces com o saneamento ambiental. ‘Assim, a PNSA estabelece as formas e mecanismos de articulacdo, integracdo e cooperagao politica com os centes federatives envolvides, visando eliminar os potenciais confltos de interesses, a concorréncia nas agdes ea superposigdo na atuagao administrativa, além de promaver a qualficagao ¢ a otimizagao do gasto piblico, Interagem com 0 saneamento ambiental e so considerados na formulagdo e implementagao da PNSA os selores de saide, meio ambiente, recursos hidticos e desenvolvimento urbano, principalmente habitagao @ infraestrutura urbana; a gestéo de areas metropoltanas e de aglomerados urbanos; as poliicas de desenvolvimento regional; turismo; a politica agréria; a politica industrial; as poiiticas de inclusdo social, em especial aquelas volladas para a gerapdo de emprego e renda;’a paltica indigena, a poltica econdmica @ monetaria, com destaque para 0s sistemas e agentes financeiras responsaveis pelo foriento desses setores patos financiamentos das agdes e investimentos a eles associacos. 'APNSA estabelece ainda as formas e mecanismmos de cooperagéo e articulagao necessérias ao planejamento 2 prestagdo dos servos em situagdes que abrangem esparos geogréficos ou agdes comuns a mais de um ete federativ, fzis como: as regides metropolitans e os aglomerados urbanas, as bacias hidrograficas e as regides de um mesmo complex geo-econdmico e social, objeto de poliicas especiais como o semi-aridp, a ‘Amazonia, o Pantanal etc, respeitando as compeléncias e os papéis dos Estados e Municjpios énvolvidos. e Minuta - Elementos para uma Politica Nacional de Sanewmento Ambiental — SNSA -MCIDADES 3___ Objetivos eMetas 3.1 Os objetivos Sao objetivos gerais da Politica Nacional de Saneamento Ambiental a) Contribuir para a promogao e protegdo da saiide da populagao, eliminando o contato da populagao com agontes transmissores de doencas associadas 4 falla de saneamenio e ajudando a diminuir de forma consistente os coefcientes de morbidade e de mortaidade relacionados auséncia de saneamento ambiental, cujps custos oneram as agdes na érea de saide, b) Contribuir para a preservacao e conservagdo do meio ambiente, promovendo a salubridade do meio ambiente urbano ¢ rural, ullizando os recursos naturais de forma sustentavel e revertendo a degradagdo do meio ambiente, em especial 0 comprometimento dos mananciais de gua doce, decorrente da disposigao inadequada de esgotos sanitirios ¢ de residuos sélidos; ¢) Contribuir para a redugdo das desigualdades socials, garantindo a todos os cidadéos formas e meios de acesso 20s servigos de abaslecimenio de agua, esgotamento sanitério, colela e disposi¢go dos residuos sdlidos, e controle das inundagdes, em especial para as camadas mais pobres da populagdo e regises mais carentes qo pais; ) Promover a cidadania, por meio da parlicipag’o social no processo de planejamento, controle e acompanhamento das ages @ alividades de todos os agentes envohidos com o saneamento ambiental ras diferentes esferas cle govern, em especial dos prestadores de servicos; e) Contribuir para o desenvolvimento nacional, desempenhando papel relevante num novo ciclo de desenvolvimento da economia, propiciando a gararao de emprego @ renda em todo o pais e, em especial, nas regides mais pobres. ) Promover 0 desenvolvimento institucional do setor de saneamento ambiental, estabelecendo de forma clara e legal o ordenamento inslitucional do selor de saneamento ambiental para orienta, articular e dar lunidage as agdesdos diferentes agenles federais que atuam no setor; 9). Promover a eficacia da a¢do governamental, ariculando as ages em saneamento ambiental nas rés esferas de governo e promovendo a integragao com as demais poliicas relacionadas ao saneamento ambiental. ‘Ném disso @ PNSA tem como objetivos especificos promover: a) abastecimento de toda 2 populagao urbana e dos povoados rurais com Sgua de boa qualidade e sem intermiténcia, promovendo 0 uso rocional, a protegao dos mananciais e o combate ao desperdicio; b) a colela, o tratamento @ a disposi¢aio adequada dos esgotos sanitarios, promovendo a recuperagao da qualidade das guas interores ¢ a balneablidade das praias, valorizando quando conveniente a solugao de tralamento e disposigao final indvidualizada (lossa sépticae dispositivo de infltayao), c} a limneza urbana e particularmente a colela e a disposigo adequada dos residuos sdlidos nas cidades e povoados mais, incentivando a gestdo integrada e o manejo diferenciado dos residuos com a minimizagzio da geracdo, a reutiizagdo e a reciclagem dos residuos, a insergao social dos catadores de lixo como agentes ‘econdmicos @ ambientais © a recuperagdo das éreas degradadas pela disposigdo inadequada de residuos; 4) a adogdo pelas cidades de instrumentos de prevengao, minimizagdo e gerenciamento das enchentes, ‘orientado pelo adequeato planejamento do uso do solo e pela reduyao das vazdes de cheias; —SNSA - MCIDADES. Minuta - Elementos para uma Politica Nacional de Saueamento Ambients 2} alendimento das populayées rurals dispersas, das populagies indigenas, de povos da floresta, de quilombolas e outras minorias étnicas com solugdes compativeis com suas caracteristcas sdcio-culturais, 4} a organizagéo, o planejamento ¢ o desenvolvimento do setor de saneamento ambiental, com énfase na ccapacitagdo gerenciale de recursos humanos em geral, @) @ integragdo dos recursos institucional, econdmico-financeiros e administrativos disponivels, e de Doliticas, pianos, programas e ages governamentais de saneamento ambiental, saide, meio ambiente, habitagdo, uso e ocupanao do solo; 1) desenvolvimento cientfico © tecnolégico e a difuséo dos conhecimentos gerados de interesse para 0 saneamento ambiental; ’) a institucionalizagao generalizada de instancias de participagdo e controle social para o saneamento ambiental. 3.2 Asmetas © prazo de alcance pretendido para a Politica Nacional de Saneamento Ambiental é de 20 anos. Os estudos mais recentes indicam a necessidade de investr cerca de 0,45% do PIB (com hipétese de crescimento médio de 4% *) por 20 anos para realizar os investimentos necessérios @ universalizagao dos servigos de agug esgolos neste prazo, para a populacéo urbana e a rural que vive em aglomerados. Um ritmo de investimento ‘mais intenso permite alcangar a universalzagéo em prazos menores, No entanto, varios outros fatores, além da disponitilidade de recursos para financiar os investimentos e da capacidade técnica e operacional de construir, operar e manter os sistemas, influenciam na velocidade de consecugéo das metas de universalizagao. A retomada do desenvolvimento com distribuicao de renda seguramente tomara menos ardua a tarefa de construir cidades democraticas ¢ saudaveis, No quadro atual, destacam-se as caracteristicas de parcela significativa da demanda ndo atendida, que se concentra nas cidades menores e mais pobres do pais e nas periferias ou areas de ocupagdo e urbanizagao precaias das grandes cidades e regides melropolitanas, Nos pequenos municipios, como é sabido, as caréncias vo da capacidade institucional do poder local capacidade econdmica dos usuarios. Nas favelas e invasdes das cidades de maior porte a pobreza da populapdo combina-se com a inviabilidade de instalar redes que funcionem adequadamente, especialmente as de coleta de esgoto. ‘A auséncia de saneamento impée custos sociais cuja magnitude se reflele no aumento dos indices de morbi- rmortalidade, na redugéo da produtividade humana e no aumento do absentefsmo @ no comprometimento da qualidade ambiental das Sgues,solo e ar. A implementaco dos servicos de saneamento @, por outro lado, uma das principais chaves para 0 desenvolvimento local e a implantagéo de infraestrutura sanitaria em uma comunidade gera empregos de beixa qualiicagao, melhorando o peril da distrbuiqao da renda e, quando & 0 caso contribui para a fixagéo das populagdes no campo é nas cidades de menor porte, contribuindo para minorar 08 enormes desequilbrios na ocupagdo do lerritrio brasileiro e de inchago das nossas metiopoles. ‘Am disso, a implantagdo de infra-esirutura de saneamento nao impée énus balanga comercial brasilera por n3o depender de produtos importados ja que o pais dispde da infra-estrulura produtiva necesséria 2a produgo dos insumos. ‘0 prazo pretendido para alcance dos objetivas da Politica Nacional de Saneamento Ambiental 6 de 20 anos. A Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental propde considerar as seguintes metas fisicas especiicas, em prazo mais curto que os 20 anos de referéncia, na pressuposigao de que em um proceso de mobilizagao Pag... 27 re ee Mi jental ~ SNSA - MCIDADES - Elementos para, nacional seja possivel viabizer os recursos que permitam atingilas. > 1a) assegutar 0 abastecimento regular de agua potavel para toda a populagdo urbana e rural em alé 10 (dez) anos, garantindo priordade 2o atendimento da populagio do semi-arido;, bb) atender toda populagao urbana com sistemas adequados de coleta de esgotos ou de disposi¢ao local em até 15 (quinze) anos, c)__promover o tratamento adequado dos esgotos sanitarios coletados nas cidaces em até 20 (vinte) anos’; 4d} assequrar a toda a poplagdo rural os meios para a disposi¢ao sanitaria e ambiental de seus dejetos residuos solidos em até 15 (quinze) anos, @) tender com coleta de ixo {eda a populagéo urbana das cidades com mais de 50 mil habitantes em alé § {cinco} anos e a das demais cidades em até 10 (dez) anos; {}_erradicar os lixées e alender com sistemas de disposi¢ao adequada de residuos sélides toda populagao urbana das cidades com mais de 0 mil habitantes em alé 6 (cinco) anos e a das cidades entre 20 mil e 50 mil em alé 10 (dez) anos; eliminando simultaneamente a presenga de caladores em lixdes mediante programas de insergao social 9) telrer todas as criangas e adotescentes que trabalham com lixo até final de 2006; 1h) priorizar o desenvolvimento © a implantagao de sistemas de gestdo integrada e diferenciada de residuos sblidos rientados para a redugdo, reutiizagéo e reciclagem nas cidades com mais de 50 mil habilantes nos préximos § anos. AAs proposfas de metas fisicas deve ser detalharlas cronologicamente e territoriaimente, conforme estratégia inlegrante do Plano Nacional de Saneainento Ambiental @ de suas aluaizagdes, A avaiagao do estagio de cumprimento das melas é matéria do Relatétio Anual de Setubritade Ambiental, previslo mais adiante, las relacionadas & ‘Alem das. motas fisicas acima apresentadas, sao também proposias as seguinles implantogao da Politica para consecugdo at 2000; a) no nivel federal, implementar o arcabougo institucional do Sistema Nacional de Saneamento Ambiental, cordengmento jurigico e os demais elementos do marco rogulalério e os instrumentos de planejamento, avaliago, controle e fiscaizeca0; ) ainda no nivel da Unido, consolidar, integrar © implementar os programas e as ages de saneamento dos diversos érgios no ambito da execugao do PPA ~ 2004/2007; ¢}_ no nivel estadval,estimular e apoiar a implementagao do arcabougo institucional dos sistemas estaduais de saneamento ambiental, 0 ordenamento juridico @ os demais elementos do niarco regulalério, e os instrumentos de planejamento, avaliagdo, controle ¢ fscalizagdo na maioria das Unidades da Federacao; 4d) no nivel municipal, estimular e apoiar a implementagdo do arcabougo institucional de sistemas municipais de saneamento ambiental, 0 ordenamento juridico e os demais elementos do marco regulalério, @ os instrumentos de planejamento, avaliagao, controle e fiscalzago em pelo menos 10% dos municipios brasietos, distrbuidos entre os diverso estados da Federagéo; e) desenvoiver e aperfeigoar novos modelos de gosto e de prestagdo dos servigos de saneamento ambiental e fomentar a reestruturagdo, modernizagao e methoria dos sistemas de prestagao dos servigos; f) desenvolver e implementar modelo de financiamento das agdes de saneamento, identificando, qualiicando, articulando e assegurando fontes adlequadas a0 atendimento dos diversos segmentos da demanda. * Prago maior ue odo esgotamento sailrio em razdo do esforg adicional para trata os esgotos hoje coleledas end ratados. SA - MCIDADES Minuta - Etementos para uma Politica Nacional de Saneamento Ambiental ~ § 4___O Sistema Nacional de Saneamento Ambiental : _ Para atender aos objetivos e realizar as metas proposto o Sistema Nacional de Saneamento Ambiental, apoiado nas bases anteriormente expostas, e composto de instancias de debele e deliberanao, agentes e instrumentos de implementagéo da Poltica Nacional de Saneamento Ambiental no ambito da Uniao, dos Estados, do Distrito Federal e dos Muniofpios. 44 Asinstincias ‘\instancia méxima de participago e controle social do Sistema é a Conferéncia Nacional das Cidades, realzada a cada dois anos, A Conferéncia Nacional é 0 férum de deliberagéo sobre a formutao, definigao de direlizes e revisdo da Poltica e de avaliagdo do Sistema Nacional de Saneamento Ambiental. Trala-se de insténcia com representagéo dos varios segmentos sociais, construida a partir de um processo de mobilizagao ¢ participagao social, mediante realizago prévia de conferéncias municipais © estaduais, que no ambito do saneamento ambiental, indica prioridades de atuagéo a0 Ministério das Cidades. Cabera a Primeira Conferéncia Nacional das Cidades definir a composigao do Conselho Nacional das Cidades e eleger sous membros. 2 ° Nos niveis estadual e municipal, desempenham papel equivalente as Conferéncias Estaduais ¢ as Conferéncias Municipais das Cidades, que devem ser realizadas pelo menos a cada dois anos informando ‘0 proceso de preparacdo das Conferéncias Nacionais e atendendo diretrizes emanadas do Conselho Nacional das Cidades. © Gonselho Nacional das Cidades, érgao colegiado permanente, vinculado ao Ministério das Cidades, com representacao do govemo federal, des govemos estaduals e municipais e de varios segmentos socials, 6 2 instancia maxima de decisdo sobre a gestdo da Polltica Nacionat de Saneamento Ambiental. E também instincia de aprovagéo do Plano Nacional de Saneamento Ambiental, de accmpanhamento de sua execugdo e de deliberago sobre propasigdes de regulagdo normativa geral dos servigos @ ages de ssaneamento ambiental, se constituindo no érgdo regulador do Sistema Nacional de Saneamento Ambiental No Ambito do Conselho Nacional das Cidades sero instituidas quatro camaras setoriais: saneamento ambiental, habitago, programas urbanos, e transito, transporte e mobilidade urbana, A Camara Setorial de Saneamento Ambiental sera composta por representagdes dos governos federal, estaduais e municipais, dos usuarios, dos prestadores de servigo e de entidades representatives com interesse na area. Compete a Cémara avaliar, opinar e deliberar preliminarmente sobre as proposigGes ¢ os temas relalivos ao Saneamento Ambiental encaminhados ao Conselho Nacional das Cidades ou formuladas no 2mbito do proprio Conselho, ordenando o temério e subsidiando as discussdes e delberagées finais do Conselho. A Secretaria Nacional de Seneamento Ambiental deseripenhara o papel de Secretaria Executiva da Camara Setorial de Saneamento Ambiental. ‘A composigdo da Camara e 0 processo de escolha dos seus membros se daréo com base em diretrizes a serem aprovadas na Primeira Conferéncia Nacional das Cidades. [No exercicio do seu papel de érgao de apoio e assessoramento ao Conselho Nacional das Cidades, a Camara Pag...29 eB nento Antbiental - SNSA - MCIDADES: Minuta - 8 tos para w Setorial de Saneamento Ambiental deve ter, no minimo, as seguintes atvibuigées: a) elaborar parecer sobre 0 Plano Nacional de Saneamento Ambiental © sobre as proposigées que devam ser incluidas nos projetos de lei sobre o plano plurianual, as dretrizes orgamentarias e 0 orgamento da Unido; b) submeter 20 Conselho para aprovacdo e publicagdo relalério anual sobre a “Siluagao de Salubridade Ambiental”; ©) subsidiar © Conselho no exercicio de suas fungdes normativas, deliberalivas e reguladoras relativas & formulago, implementago e acompanhamento da Politica Nacional de Saneamento Ambiental; 4) propor os mecanismos de articulagdo @ inlegrago dos agentes que compiem o Sistema Nacional de ‘Saneamento Ambiental, visando a eficacia na execugao da Politica Nacional; ©) propor a0 Conselho dratizes para a formulagao dos programas de trabalho da Unido (PPA), os critérios de elegibilidade e as regras para selegSo, priorizagéo, hierarquizagao e avaliagdo de agdes e para a aplicagao de recursos no ambito do Orgamento Geral da Unido; 1) supervisionar 0 desenvolvimento € a gestéo do Sistema Nacional de Informagdes sobre Saneamento Ambiental 9) oferecer parecer 20 Consatho sobre contitos no émbito do Sistema Nacional de Saneamento Ambiental; hi) promover a articulagdo do Conselho Nacional das Cidades com ouiros consefhos selorias de interesse para o saneamento ambiental, especialmente: o Conselho Nacional de Satide, © Conselho Nacional de Meio ‘Ambiente @ 0 Conselho Nacional de Recursos Hidricos e com 0 Conselho Curador do FGTS com vistas a inlegragao das agSes de inleresse da Poltica Nacional de Saneamento Ambiental ‘No plano estadiil, 0 Sistema Nacional de Sancamento Ambiental requet a inslitucionalizagao, per meio de lei, de instancks colegiada permanente com represenlayrdo do governo estallual, dos municipais e clos cliferentes segmentos socinis. Sua compesigao deve alender crilétios ce representatividade similares a0 do. orgao ni al e conlemplar a representagao das diversas regides estarluais, com pfocesso de escolha democratica de seus membros. Seus regulamento ¢ competéncias devem estar em consondncia com as dielrizes gerais estabelecidas na Politica Nacional de Saneamnento Ambiental ¢ em seus instumentos, @ assim sendo, a instancia estadual pode se organizar como Conselho Estadual das Cidades ou como Conselho Estadual de Saneamenlo Ambiental, ou ainda ter suas fungdes desempenhadas por outro conselho estadualintersetorial, desde qu garantida’a consondncia com as diretrizes da Politica Nacional de Saneamento Ambiental, Quando a instancia colegiada estadual tiver cardler mul-setorial 6 recomendada a criegdo de cémara selotial de sangamento ambiental, nos moldes do nivel federal. Este Conselho Estadual ¢ a instancia maxima de decisdo sobre a gestéo da Politica Estadual de Saneamento Ambiental, E também instincla de aprovagzo do Plano Estadual de Saneamento Ambiental, de ‘acompanhamento de sua execugao e de deliberagao sobre proposigdes de regulagdo normativa das agées da politica estadual, se constituindo no érg&o regulador do Sistema Estadual de Saneamento Ambiental, apoiado Por ., + tecnico especializado, tancia estadual, no minimo: ‘So de responsabilidace 1 a) fommutar a proposta da Poltica Estadual de Saneamento Ambiontal, a ser institucionalizada por li: )_aprovar periodicaments o Plano ['stadual de Saneamento Ambiental e 0 Relalorio sobre a "Situagao da Selubridade Ambiental no Estado"; c) implementar os mecanismos de arliculagao e inlegragéo dos agentes que compéem o Sistema Estadual ‘de Saneamento Ambiental, visando a efcdcia na execugdo da Politica Estadual; 8) propor ao Conselho diretrizes para a formulaeo dos programas de trabalho do Estado (PPA), os erilérios ig. 30 Minuta - Elementos para uma Politica Nacional de Saneamento Ambiental ~ SNSA - MCIDADES de elegbildade e as regras para seley20,prcrizagéo, hicrarquizaydo @ avaliagao de aqtes @ para a aplicagao de recursos no ambit do orcamento estadual, @) coordenar a prestagdo de ascsténcia técnica aos municipios por 6rgzo e entidades estaduais; 4) supenisionar o desenvolvimento © a gestao do Sistema Estadual de Infonmagces sobre Saneamento ‘Ambiental, em articulayao com o Sistema Nacional, {) resolver confitos no ambito do Sistema Estadual de Saneamento Ambiental 5) promover a ariculagdo com outras insténcias estaduais setoriais de interesse para 0 saneamento ambiental No nivel local, 0 Conselho Municipal da Cidade (ou outro conselho municipal equivalente, que incorpore ‘entre suas alrbuigbes aquelas relativas a0 saneamento ambiental) é a instancia colegiada permanente de carater deliberativo e consultivo que integra o Sistema Nacional de Saneamiento Ambiental. © Conselho seré criado por lei municipal e incorporara necessariamente representantes do govemo municipal, dos prestadores de servigas de abastecimento de agua, de esgotamenio sanitari, de gestao de residuos s6lidos e drenagem urbana, dos usuarios atendidos e por atender, Cabe, no minimo, ao Conselho Municipal a aprovagao do plano municipal a requlagéo, a fiscaizagSo, 0 controle social e a avalagdo da prestagao dos servigos; 0 estabelecimento de diretrizes e a aprovagdo- de propostas para aplicagdo dos recursos do orzamento municipal e sua fiscalizag3o @ @ apreciagao de propostas de reajustes e revisdes de tarifas ou taxas. A semelhanga dos demais niveis, 0 Conselho Municipal @ a insténcia reguladora em nivel local do Sisterpa Municipal de Saneamento Ambiental, devendo ser assessorado por 6rgéo tecnico na execugao déssa tarefa, ‘A composigao do Conselho e o processo de escalha de seus membros devem assegurar amplas condigoes para a efetiva partcipardo social na gestéo da Poltica @ dos servigas de saneamento ambiental no ambito trunicipal. Para evitar confit de interesse, os representantes de prestadores de servigas no devem ter direto a voto em questdes relativas & regulazio de seus préprios servigos. 42 Osagentes ‘S40 agentes do Sistema Nacional de Saneamento nos ambitos da Unido, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipio, entre outros: 1) Ministéio das Cidades e sua Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (SNSA) ¢ Ministéios com interface com o saneamento ambiental, al incluldos os responsaveis pelo planejamento, orgamento © gestéo financeira da Unido ¢ 08 6rg0s a eles vinculados, aticulados peta Comissdo Interministerial Permanente de Coordenagao para o Saneamento Ambiental D) Conselho Nacional das Cidades e sua cémara setorial de saneamento ambiental e 0s Conselhos Nacionais de areas com interface (Saiide, Meio Ambiente, Recursos Hidrices, Desenvoimento Regional, Conselho Curador do FGTS, CONDEFAT, entre outros); «) érgéos estaduais e municipais de saneamento ambiental, e das éreas com interface com o saneamento ambiental, a incluidos os de planejamento, orgamento e gestdo financeira; 4) conselhos estaduals e municioals com compeléncia na area, agéncias e 6rgzos técnicos atuantes na requiagao da prestagdo dos senvicas, €)_presiadores de servgos de saneamento ambiental 4} usuarios dos servigos piblcos de saneamento ambiental, 4g) entidades de ensino, pesquisa e desenvolvimento tecnologico © gerercial, Pag. 31 ae tos par h) empresas consuitoras, construtoras,fabricantes e fornecedoras de maleriais, equipamentos e servigos; i) _associagbes profissionas, sindicatos de (rabalhadores e oulras organizagbes no goveriamentais que tnlitam na area. ‘Ao Ministério das Cidades, por meio da Secretaria Nacional de Saneamenlo Ambiental, cabe a coordenagao ‘das agdes de saneamento ambiental reaizadas pelo Govemo Federal e, especiicamente, a coordenacao da preparagao do Plano Nacional de Saneamento Ambiental a cada quatro anos e do Relatério Anual sobre a “Situagao de Salubridade Ambiental’, o desenvolvimento © a operacionalizagéo permanente do Sistema Nacional de Informagdes em Seneamento Ambiental, 0 apolo 2 modernizagdo e 20 desenvolvimento institucional dos operadores e das insténcias e mecanismos de regulagao e, em colaboragao com o Ministerio da Ciéncia e Tecnologia, o fomento as ages de desenvolvimento cientifco e tecnoldgico de interesse. Os execulivos estaduais e municipais sao responsdvels pela preparagao dos respectivos Planos de Saneamento Ambiental a cada qualro anos @ dos Relatérios Anuais sobre a “Sitvago de Salubridade Ambiental’. 4,3 Osinstrumentos Sao instrurfentos para a execgdo da Politica Nacional de Saneamento Ambiontal nos niveis federal, estadual e municipal os Planos, o Sistema de Financiamenlo das Acces, 9 Sistema de Regulago, Controle @ Fiscalizagéo da Preslagdo de Serviges, os Sisiemas de Iniomagio ¢ de Avaiingao e a ,Legisiagan Complement. 4.34 © Sub-sistoma de planejamento ~ Os Planos de Saaeamento Ambiental © Plano Nacional de Saneamento Ambiental, instiuido no nivel fedoral, tem como objetivos fundamentais rmobiizar, articular, integrar © coordenar a oiganizagéo e alocagdo racional, eficaz e eficiente dos recursos naturaig, tecnolégicos, huranos, institucionais, econémicos e financeiros, com vistas ao alcance de niveis ccrescenles @ sustentaveis de salubridade ambiental para toda a ponulaggo brasileira. O Plano deve abranger 8 agées de abastecimento de agua o esgolamento sanilério, de gestéo de residuos sélidos e de manejo das Aguas pluviais urbanas, Sera elaborado de quatro em quatro anos, em exercicios coincidentes com 0 PPA e com sistematica de avaliagao similar, e de forma articulada com as politicas nacionais de desenvolvimento urban, habitagao, sade pablica, melo ambiente e recursos hidricos. © Plano Nacional de Saneamento Ambiental deverd, observando as diretrizes da PNSA: | elaborar diagnéstico, caraclerizando e avaliando a siltagéo de salubridade ambiental no tertlério nacional, por regides @ por unidade da federagdo, utlizando sistema de indicadores sanitérios, eepidemiologicos, ambientas e sécio-econdmicos e apontando as causas das deticiéncias delectadas; b) eslabelecer objetivos e metas de curto, médio e longo prazo, de ambitos nacional e regionais, para a Luniversalizagdo dos servigos e 0 alcance de niveis adequados de salubridade ambiental no territério nacional, observancio a compatibilidade com os demais planos setoriais nacionais, ¢) idenlifcar e formular diretizes © estralégias para a superagao de evenluais obstaculos de natureza polico-insttucionel, legal ¢ jurdica, econémico-financeira, administativa, cultural e tecnolégica que impegam u cifcultem a consecugdo das melas e objetivos estabelecidos; © Pay., 32 “ Minuta - Elementos para uma Politica Nacional de Saneamento Ambiental - SNSA - MCIDADES 4). propor, com vistas integrar os instrumentos de planejamento (PPA) e execugéo da apao govemamental {100,01 e pianos exta-orgamentéros), os programas, os projelos eas ages necessarias para angi os bjetves e as melas, identficando as respectvas fontes de firanciamento @ estabelecendo os macanismos & procedimentos de incentives aos Estados @ aos Municpios para o desenvolvimento da gestdo ¢ da prestagao dos servigos; ¢) formuiar mecanismos e procedimentos para a avallagéo sistemética da eficiéncia e eficdcia das agbes programadas. Os Planos Estaduais de Saneamento Ambiental devem buscar compatibilidade com os objetivos e metas do Plano Nacional e guardar similaridade na estrutura de elaboragao. 0s Planos Municipais de Saneamento Ambiental sero elaboradas em consonancia com os respectivos Planos Diretores Municipais e revisados a cada quatro anos. Eles devem conter os elementos basicos para a operacionalizagdo da politica e a execugao das agdes e abranger 0 abastecimento de agua, 0 esgotamento sanittio, agestéo dos residuos sdlidos e o manejo das aguas pluvias urbanas. Integram os planos municipais de saneamento ambiental, observadas as caracteristicas locais: a) dlagnéstico da sitvagéo de salubridade ambiental no &mbito local com a identificagéo das demangas atuais e futuras, incluindo outros aspectos relevantes da prestagao dos servigos; aH b) _adefnigdo de metas temporais e de prioridades para atendimento; ©) aideniifcagdo e selegéo de altemativas para a ampliagdo, melhora ¢ atuaizagdo da oferta dos servigos; ¢)__ 0s planos de investimentos e fontes de financiamento; e) condigies para a sustentabilidade econémica e financeira, incuindo a politica de remunerago dos servigos e de subsidios para a garantia do acesso universal; 4) organizagéo necesséria para a preslagao dos servigos; 4) Instrumentos normativos e legais necessérios; i) programas de educagao sanitéria e ambiental e de moblizagdo social. ’ Os Relatérios Anuais sobre a “Situado de Salubridade Ambiental” se constituem nos instrumentos de ‘acompanhamento e avaliagdo da implementacdo dos Planos de Saneamento Ambiental nas respectivas esferas de govemo. 43.2 0 Sub-sistema de Financiamento (© Subsistema de Financiamento abrange os seguintes temas: remunerayao por parte dos usuarios ‘subsidios cruzados entre usuérios de mesmo sistema, subsidios cruzados entre usurios de diferentes sistemas, subvengdo govemamental e fundos de universalizagao dos servigos, fontes e mecanismos de financiamento oneroso, estuturagdo de capital e recuperagdo de prestadores de servigos, condigdes para efcdcia do sistema financeiro e politica trbutéria e incentives fiscals. 1) Remuneragao por parte dos usuarios e subsidios cruzados entre usuarios de mesmo sistema ‘A Poltica Nacional de Saneamento Ambiental, tendo como principio a prestagao adequada e universal dos servigos de forma sustentavel, preconiza, como regra geral, a recuperacao integral dos custos dos servigas pela cobranga aos usuarios de tarfas ou de taxas especificas, A existéncia de usuérios que nao tenham ‘capacidade econdémica de pagar integralmente os custos do servo que Ine € prestado coloca limite para esta Minuta - Elementos para uma Politiea Nacional de s diretriz @ exige a implementagdo de politica de ‘subsidio que permita 0 acesso, universal...Em. qualquer: hipotese, tem-se como premissa a prastagao do servigo'em regime de eficiéncia, tanto na implantagéo ou expans3o quanto na operaao, manulengao e reposigao, visando assegurar a modicidade nos pregos cobrados aos usuérios ‘A fixagao de tarilas e taxas para a remuneragao dos servigos ¢ de competéncia do Municipio na qualidade de responsive pola prestagao. Mas cabe & Unido estabelecer dietrzes gerais (Art. 21 da CF) para as politicas e sistemas de cobrangas dos servigos e estabelecer normas gerais em matéria de legislagSo tributéra (Art, 146 da CF) a serem observadas pelos Estados © Municipios na insftuigdo de suas legislagdes proprias © na regulamentagao da prestagao dos servigos no ambito de suas competéncias. As diretrizes @ normas gerais. devem abordar pelo menos as seguintes questdes: a) Em relagdo a taxas: incidéncia sobre servigos piiblicos de saneamento ambiental A taxa é a modalidade de cobranga pela prestagao de servigos piblicos especificos e divsiveis de aplicagao mais ampla e abrangente, pois, além de ser instrumento adequado para a recuperacéo dos custos dos servigos aplcdvel de forma individualizada e proporcional sua ulilzago pelos usuérios, em sendo espécie de tributo, é 0 Gnico meio que pode ser aplicado de forma compulséria pela disposigao desses servigos pelo poder piblico, quando predomina interesse piiblico coletivo de seguranga, educagao e saiide, como no caso do saneamento ambiental. ‘ : ‘A sua adocao, no entanto, néo tem sido de aplicayao paclifica pelas municipalidades, pois falta na legislagao tributiria dofhigo suficientemente ampla ou abrangente dos elementos conceiluais caracterizadores le falos geradores elou de bases de calculo de taxas que possam abarcar, de forma irefulével, servigos piiblcos como os de drenagem urbana e de coleta, tratamento e disposigao final de residuos sdlidos urhanos.sto tem levado a oconéncias sistoraticas de questionamentos juridicos sobre a constitucionalidade de normas imunicipais que tatam da cobranga desse tribulo sobre os referidos servigos. Estes falos e, mais jmportante, a necessidade dos municipios manterem estaveis essas fontes de receilas e a continudta exigéncia de recursos complementares aos seus insulicientes orgamentos, para o alendimento da demanda crescente por esses servigos nas zonas urbanas, toma necessaria a definigéo ou alteragéo de diretrizes normativas de ambito federal orientadoras dos municipios na instiluigao e regulamentacao da cobranga desse tributo, nos seguintes termos: a) Alterar o ait, 77, do Cédigo Tributério Nacional, passando a ter a seguinte redagao: “Wt. 77 - As laxas cobradas pela Unido, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municpios, no émbito die suas respectivas atrbuigdes, 16m como fato gerador 0 exercicio regular do poder de polica, ou, a ullizagéo cu atribuicéo, efetiva ou potencial, de servigo publica espectico e lola! ow parcialmente divisivel, deta ov inirelomente prestado ao contnbuinte ou posto & sua disposigao.” §1°-A fara nao pode ler base de célculo ou fato gerador idénlicos aos que correspondam a imposto nem ser caiculada em fungao do capital das empresas, nao caracterizando identidade da sua base de célculo com a de imposto a adcdo parcial do elementos ou atribulos fisicos comuns uflizados em suas formulagdes. §2-A taxa pode incidir sobre tiblico especifico parcialmente divisive! somente em relacéo 4 parcela de fuigdo, alvibuigéo ou @ disposigao individual do contribuinte, Minuta - Elementos para uma Politica Nacional de Saneamento Ambiental ~ SNSA - MCIDADES §.3°- A tava pode ter valores unitérios estabelecidos de forma progressive para uma mesma categoria de usuarios de um servico, em razao direta ou inversa, conforme caso, das quantidades ulizadas ou atribuidas a cada contribuinte. 4° - A taxa pode ter valores unitérios diferenciados para uma mesma cetegoria ou entre distintas cateqorias de usuarios, estabelecidos em razéo_da_complementaridade das atividades que compdem o servico, da finalidade da utlizacéo do da 0 fisico-quimica das matérias objeto da sua_prestacdo, ou dos dapos ou impactos negativos evitados a0 meio ambiente’. b) —Alterar os incisos I ¢ Il do art. 79, do Cédigo Tributério Nacional, passando a ter a seguinte redagao: ‘Att. 79- Os servigos piiblicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: | -utiizados ou atribuidos 20 contribuinte: 4) - efetivamente, quando por ele usufruidos a qualquer titulo ou quando a ele possam ser objetivamente atnbuidos; I~ divisiveis, quando suscetiveis de utiizagéo, separadamente, por parte de cada um dos seus usuarios, ou 2.6les individualmente atribulveis.* ©) Estabelecer normas ¢ ciilrios gerais de orientagdo para a formulagdo, aplicagao de reajustes e revises de taxas de servigas publcos a serem observadas na legisiagdo e regulamentagao especifica da competéncia de cada ente federativo; Estas medidas visam equacionar os questionamentos sobre a legalidade da cobranga de taxas sobre servigos como os de drenagem urbana, de coleta, tratamento e disposigdo final de residuos sdlidos urbanos, cuja aplicagdo também pode ser estendida, sem maiores implicagées legais, para os servigos de esgotamento sanitério @, em situacGes especizis, para 0 servicos de abastecimento de agua, como em pequencs povoadas cu comunidades onde a micromedicaio ndo seja tecnicamente adequada, em face da impreciséo dos aparelhios de medigdo disponiveis para balxos volumes de consumo individual, e/ou economicamente ‘onerosa, em razdo do peso elevado dos custos de aquisigéo e manutencéo desses aparelhos na composigao do custo final dos senvigos para o usuario, Para os municipios estas medidas criardo também condigdes para a obtengo dos recursos necessérios para geranti 2 oferta, a universalizarao, a manutengo dos referidos servigos de maneira adequada & ‘economicamente sustentavel, Para os prestadores dos servos, dardo seguranca juridica e estabidade das fontes de receita para a recuperagao dos custos relacionados a prestagdo dos mesmos e garantia da sua ‘expanséo e permanéncia, Para os usuérios, propiciaréo oportunidade de obtengdo dos servigos para aqueles ‘ainda ndo atendidos e seguranga na continuidade © melhoria da prestagéo para os j beneficiados, sob requiagdo adequada, que permita o controle @ fiscalizagdo dos servigos prestados e da modicidade de seus custos. b) Em relagao a tarifas Pag. 35 ee 0 Ambiental SNSA - MCIDADES. Minuta - Elements para A taffa &, sem divida, a especie de prego piblico mais adequada e justa para a cobranca da prestagao de, senvigos piblicos especificos e divisiveis @ de ullizago n8o compulséria, mesmo que sua aplcagio seja tecnicamente dificil para todos 0s tipos de servigos dessa natureza, em razdo dos requisilos. legais e materiais exigidos Porém, mesmo para os servigos em que a aplicagao da tarifa & admissivel, como nos caso do abaslecimento de agua e esgotamento sanilério e, com certos limites técnicos, da colela, tratamento e disposi¢ao final de residuos sdtidos, falta ao ordenamento legal brasileiro defini¢go de diretrizes e normas gerais (arts. 21, XX e 22, XXVli, da CF) que condicionem @ ao mesmo fempo orientem a elaboragao e inslitugo dos instrumentos legais e reguiamentares da politica e dos sistemas tariarios (arts. 30, I e V @ 175, Il, da CF) por parte dos, enles federativos titulares dos referidos servigos.¢ ‘A conseqiiéncia dessa situapéo é a confusdo legal e a caréncia de bases formals e dos requisites juridicos e materiais que so encontradas no universo das legislagdes tarifarias que vem sendo praticadas em todo, 0 teritéro nacional, como mostram as diversas agdes judicis que transitam nas instncias judiciass. Agravante dessa situago 6 a no observéncia das competéncias consiitucionais dos municipios sobre a rmaléria (arts. 30 e 175 da CF), na sistemética praticada pelos Estados e suas Companhias de Saneamento, concessionarias dos servigos municipais de agua e esgolos. Continuando a paular-se por arcabougo institucional j& superado (0 do PLANASA), os Estados regulam e fixam as tarifas desses servigos sem ‘qualquer detegagdo Iegaliconsttucional dos municipios concedentes. Em alguns casos, agravando mais essa siluagéo, os Fslados vem delegando tal compeléncia As proprias Concessionarias por eles contioladas, algunas das quais conlam com presenga significaiva de sdcios privados que recebem juros e dividendos cexlaidos de oro preduzidos polas proprias tarifas. Tal quadro © a necessidade de estabelecor orientagdes gerais a serom seguidas nos processos de concessdes privalas de servigos de saneamento ambiental promovidos por diversas municipalidades, exigem a definigdo, no 2mbito federal, de dretrizes legais e normmas balizadoras das pollicas e dos sistemas larifarios a serem seguidas gelos entes federativos a quem compete os servigas piblcos em quesléo, eslabelecendo inclusiv os mecanismos @ procedimentos legais para regularizar a siluago juridica existente em relagso.43 concessées detidas pelas Companhias Estaduais de Saneamento, tratando pelo menos sobre as sequinles matéyias: a) Indicagao dos modelos conceiluais de sistemas tarilaios que podem ser adotados — por exemplo, os modelos de: custo contabilhistérico, custo financeirolequilibrio de caixa ou custo marginal de longo prazo - e dos crlérios gerais de composigao dos mesos, inclusive a tratamento e contabilizago das amortizagées dos investimentos em bens reversive's, nos casos de concesséo e, em especial, os procedimentos a serem seguidos no caso de investimentos recebidos em doagao de lerceiros ou realizados com recursos recebidos a {undo perdido de qualquer fonte; b)_ Detinigdo de critrios e requisitos para a institigdo de “Tarifa Minima, baseada em consumo minimo, @ do “Tarifa Sazonal, para localidades onde ocorrem cicios significativos de mobilidade populacional em periodos cistinlos do ano e obrigue a realizaco de investimentos para atendimento da demanda de pico; estabelecimento de tarifas diferenciadas para uma mesma categoria ou entre distintas calegorias de usuarios, * Enivoravigene, a Li 652878, qv estabolece alguns pcs, mes qua estos, pera a reel aria dos senvigos de gua ¢ esgols peslass plas Conparhias Esa da Saneamono sb 2s recs do PLANASA, prdau Sua pana eels normetva com &ingdo cesse plano ea edigao da CF de 1988 « aconseqienlerevegacdo em 1991 do Decelo Federal n* 82587778, que a regdaeniava.

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