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Dee el oer) a) Cree Lac en en Objetivos: + Estudo dos dispositivos tiristores: SCR e TRIAC; + Estudo dos dispositivos de disparo: DIAC, Diodo Schockley, SUS. SBS; Estudo dos disposi UuTePUT: para circuitos de disparo pulsados: Estudo dos dispositivos e circuitos especiais de disparo: Transformadores de Pulso, Acopladores Opticos com Tiristores e Circuito Integrado TCA785: * Desenvohimento pratico de projetos de circuitos para controle de poténciaemC.C.eC.A. Autor: JOSE LUIZANTUNES DE ALMEIDA Douter em Engenharia (EPUSP), Prof Engenharia MecatronicafEléica da Professor da Faculdade de Tecnologia (Coordenador dos cursos de Paulista UNIP ba-FAl vu MN ae: Pameaanoc) ald eke) 21301 Aas 12 Dispositivos | Semicondutores: as ANALOGICA TIRISTORES Controle de Poténcia emC.C.eC.A. 2 we BURICG 8p M1ONL0D - SFYOL STALL Seo PUCONES SonscdsTG —_vaTFTG NTN T TT 3 12 EDIGAO a ee YvgeUvrUVUUUVYUNYUUUNNVNUUNYNUYNYUVUUYNYYYUUUUY Seja Nosso Parceiro no Combate Copi egal Acipia toga 6 ctmo, fe oto, 0 lator esis cometendo un grave ete, qu8 # eit 8 produrko de obras teraras,prjudcando grotesonals que serte alegicos pelo crime pratcado, Juries a nés nesta coronta conta a pratari.Diga no a cépla Hoga Seu Cadastro E Muito importante para Ns ‘Ao preacher € femeter& fiche de cadesto constant no tral desta publeasso, woes ‘esserdarecebo ormagbes sobre nossos angemertes en sua rea de preerénca ‘Gonhocendo meiner nosses ores suns prferincias, vamos roduziettlos que atan dam suas necessidades. Obrigado pea sua escotha, Fale Conosco! Everunis problemas relerentes a0 conte deste livo serho encaminhados sols) respecve(s) autores) para escarecimont, exceuando-so as divides que czar respeilo 4 pacctes de sotwares, 28 quaissugermes cue sam encamrnadas 205 dsirbutcores © rovendoderes desses produto, que ostio heiltacos aprestar todos os escarecimentes. (0 problomas 56 podem ter amviacos por 1. E-mail: producao@ erica.comtr 2. Fax (11) 61974080 7 ZA 8. Carta: Rua Sto Gi, 189- Tauape CEP 03401-090- So Paulo - SP José Luiz Antunes de Almeida Dispositivos Semicondutores: Tiristores Controle de Poténcia em CC e CA 12" Edigfio Sao Paulo 2008 - Editora Erica Ltda. {leas @ prin! can ce en 18 pura, do Cio Para, ot Ue 6896, de 17 21680) em fea de pto mua, crianene cam Busca apeenieo renzagies Gees (gos C2, 09 Farhi, 104,10 10 «1s 20308 Ltrs b.10, co 1.08198 Looe Dies AK). (oa Eta aceam ue ns 35 romaos au apnsrats etc ores 2 pe Sr ze faa tan fm legal. Erin ao et quan eta, opts cv mpl, Se qn ose des magi rare sere 20 ead casonco Os tones dhs « press jomertua ecrac, fram lz pees para state exer, ne ve etn cm obra, ro etn a it “strc se pao Everts tas esbri risa combate se faa Bia Dados Interaclonais de Catalogagdo na Pubileaglo (IP) {(Chmaca Brasileira do Livro SP, Bras) “Alda, Jose sz Arivies Ge, 05H ‘Dispostvos somicerdore: trices ecto de potncia am CC # CA/ Jose Lulz Artures de Amelga 11 ed. Sbo Paulo: Encn, 2007, = (Colao shite « Use, Sere ltr Analog a). Biotogaia ISBN 976.85.7198.290.1 sy glpEtnic Antcca- Sistemas 2, Semendures 2 Trios 1 Tho, 06-9645 (000-621.3615207 Incices para cago esteraize 1. Teistores:Dispostivs sericondutores : Engenhara eltuOnca 6213615207 Consetno Estoril er Esioss: —Anoric Caled Loveegs —Etnayfo: Gast MLL Geshe Ceboce aati ‘iar Pdige Taye, Eero CenrAvesCaz Capac: Eton Arona des Stes SaundoCreuensiner Fe (eer ison eta CorsitorTéenes: Pale Sls 0.Camajo Sagano: ane Arscads St DesenosTecres: Made Meta Soiss Ago ata Cortncia Mavi 8. Farge ‘Ge trane Teancs so CEETEPS aitora Fria Lida, un So Gi, 169- Tatuape (CEP: 09401.090 Sie Paulo -SP Fone: (11) 2205-3068 Fax: (11) 6187-4060 won ectorseriea.combr Dedicatoria Dedico este livro a: Christina Camilla Luiz Francisco Maria Cristina Objetivos Estudo dos dispositivos tiristores: SCR e TRIAC; Estudo dos dispositivos de disparo: DIAC, Diodo Schockley, SUS e SBS; Estudo dos dispositivos para circuitos de disparo pulsados: UJT e PUT; Estudo dos dispositivos e circuitos especiais de disparo: Transformadores de Pulso, Acopladores Opticos com Tiristores Gireuito Integrado TCA785; Desenvolvimento pratico de projetos de circuitos para controle de poténcia em CC e CA. Indice Capitulo 01 -Introdugao 1.1 OSCR, Rapido e Rasteiro 1.2 OGatilho Exercicios Propostos Capitulo 02 - Diodos e Transistores 2.1. Diode 2.2 Transistor Exercicios Propostos Capitulo 03 - SCR 3.1 Curva Ideal do SCR. 3.2. Curva Real do SCR 3.3. Analogia com Dots Transistores.. 3.4 Outros Métodos de Disparo do SCR 3.5. Métodos de Comutagso de um SCR 3.6 OSCR em Corrente Alternada Exercicios Propostos Capitulo 04 - TRIAC 4.1 Caracteristicas Gerais 4.2. Modos de Disparo do TRIAC. 4.3 OTRIAC em Corrente Alternada Exercicios Propostos Capitulo 05 - Controle de Fase com SCRs e TRIACS 5.1 Controle de Fase com SCR 5.2. Controle de Fase com TRIAC Exercicios Propostos. ou o 03 04 05, 05, 12 18 a1 21 22. 24 28 31 38 44 45 45 47 50 51 53 53 60 66 Capitulo 06 - Dispositivos de Disparo 6.1. Disparo por Rede Delasadora 62 DIAC 6.3 Diode de Quatro Camadas (Schockley) 6.4 SUS- Chave Unilateral de Silicio 6.5. SBS - Chave Bilateral de Silicio Exercicios Propostos: Capitulo 07 - Circuitos de Disparo Pulsados com UJT e PUT 7.1 Transistor de Unijungao - UT 7.2 Oscilador de Relaxagao com UST. 7.3. Transistor de Unjuncdo Programsvel - PUT 7.4 Oscilador de Relaxegio com PUT Exercicios Propostos Capitulo 08 - Componentes e Ci 8.1 _Isolagio dos Pulsos de Disparo 8.2. Transiormadores de Pulso. 8.3. Acopladores Opticos. 8.4 Circuito Integrado TCA 785 Exercicios Propostos. Respostas dos Exercicios Propostos 69 69. n 4 5 8 80 81 81 83 96 99 104 107 107 108 12 15 130 133 { Capitulo 1 - INTRODUCGAO 4.10 SCR, Répido e Rasteiro 1.2 0 Gatilho - Exercicios Propostos Autor: Voce sabe o que é um tiristor? Talvez saiba 0 que é um SCR? Pois é, as vezes os dois nomes se confundem, pois estdo relacionados com ‘0 mesmo componente. Tiristor 6 0 nome de uma familia de componentes da qual o SCR faz parte. O SCR 6 um diodo controlado, muito utiizado em equipamentos de controle industrial, Neste lio, serdo estudados varios tiristores ¢ suas aplicagdes em diversos equipamentos uilizados na indiistria, © SCR Gilicon Controlled Rectifjer ou Retificador Controlado de Silicio) é um dispositive de trés terminais, chamadosanodo (A), catodo (K) e gatilho (G), como mostraa figura 1.1. Os nomes anodo (positive) e catodo- (negative) vieram acompanhando @ evolugéo dos dispositivos eletronicos, desde as vilvulas, e estio relacionados como sentido de conducaode corrente no SCR. Ja, o terminal de gatilho sera melhor entendido quando for explicado © funcionamento detalhado deste dispositivo. Introdugso ‘A (Anode) c (Getitho) — K (Catodo) Figura 1.1 - Simbolo do SCR Leitor(a) - Parece um diodo, mas tem uma perna @ mais! Na verdade, © SCR @ mesmo um diodo, s6 que controlado. Se for aplicada uma tensio negativa no anodo e positiva no catedo, 0 SCR nao vai conduzir. No circuito da figura 1.2, a lampada L permanece apagada Lampada(12v/6") Ay) scr Tie 105 - K+) 10 | | Roe Figura 1.2 - SCR Polarizado Reversamente Leitor(a)- O que este resistor de Ik esté fazendo no gatilho? Autor-Calme, ele é necessério para garantir que o SCR nao dispare quando a gente néo quiser! Devagar vamos entender. E os valores dos componentes 4 foram colocados porque, se vocé quiser, ja pode ir ‘montando os circuitos pora ganhar conjianga. Nocasoda figura 1.2,0SCR comporta-secomoumdiodoreversamente polarizado, no conduzindo e deixando a lampada L apagada. E agora, se a fonte de 12V fosse invertida? A lampada acenderia? A resposta ¢ nao! Aqui é que aparece a diferenca em relag&o a um iodo. Mesmo polarizado diretamente, cu seja, anado positivo ern relagao a0 catedo, © SCR ainda ndo conduz, E necessério algo mais! O Gatilho Esse algo mais, € um pulso ou tensdo positive aplicada no gatilho. conforme pode ser visto na figura 1.3, \Lampada 12/6) . Att) 4 r0K0[]R,! ‘SCR nie 106 cr) L of ch og Figura 1.3 - SCR Polarizado Diretamente Estando a chave CH, aberta, ainda que a fonte de 12V tenha sido invertida, 0 SCR bloqueia a condugéo de corrente e a lampada L. fica ‘apagada, Isto é que da a caracteristica de controle. Quando for desejado, a lampada pode ser acesa, fechandc CH, Leitor(a)- A lampada acendeu e afastou as trevas da ignordncia. Agora jé sabemos como funciona um SCR! Autor - Mas,... ainda néo! Falta alguma coisa, muito importante Apés acender a lampada, ou seja, apés disparar o SCR, a chave CH, pode ser aberia sem fazer com que a lampada se apague. Essa é uma caracteristica de destaque dos tiristores, em geral O gatilho serve s6 para disperar o SCR e, posteriormente, perde fungio Para bloquear o SCR, ¢ necessério que a corrente que ele conduz entre anode 2 Introdugao 3 «¢ catodo seja anuiada. No circuito da figura 1.3, sso s6 & possivel se a fonte de 12V for desligada, Exemplo: ’ OSCR TIC 106B tem as seguintes caracteristicas basicas: Tensio de Pico Reversa Vpwss = 2000 Corrente Média (até Te 30°C) | Ina = SA para corrente continua Iyyy = 3,2A para sendide retiicada (180° de conducéc) | Queda de Tensio em Condo | Ving =1,7V @ Ine = 5A Verificar se este SCR pode ser aplicado nas condigdesdos circuitos das figuras 1.2 e 1.3. No circuito da figura 1.2, como nao hé corrente, a tenséo sobre a lampada énula. Assim, toda a tenséo da fonte de 12V aparece como tensio reversa sobre o SCR. Como o mesmo suporta até 200V de tenséo reversa (Way) 30 h& problema Uma lampada de 12V e 6W tem uma corrente nominal de: P_6 | v2 | __ Nocircuito da figura 1.3, quardo o SCR conduz e a lampada acende, ‘SCR apresenta uma queda de tensio de 1,7V (Vy): Desta forma, sobram 10,3V paraa lémpada, que tera, portanto, uma corrente menor que 0,54. Como © SCR suporta até 5A (Ij,), ndo haverd problema, 5A Exercicios Propostos 1.1 Quaissioas semelhancas ¢ diferencas basicas entre umdiodo e um SCR, quando polarizados direta ¢ reversamente? 1.2 Qual o significado dos parametros do SCR: Vass kyps Vasu @ lin? 1 2.1 Diodo 2.2 Transistor - Exercicios Propostos Autor - Agora que vocé jé sabe como funciona o SCR, deve estar curioso para scber comoeleé por dentro. Para isso, vamos ver, rapidamente, alguns conceitos sobre diodos e transistores. Depois, vocé vai ver que existe até um jeito de fazer uma montogem com dois transistores, funcionando como um SCR. (ee a eee A figura 2.1 mostra um diodo, simbolizando as camadas de sili P e tipo N que o compoem jo tipo Diodos¢ Transistors D remmen tegpmtines tie so cog" “eSieg” sean / if oda \’ S66S66!'00/00!6656 56566!00/00' 6666 GSSH!100/O0:'6O56 65666:900]/90,6666 Pe@mod) $s Ni (Catodey Rota Oia tas Simboto do Diodo spe Figura 2.1 - Estrutura Fisica e Simbolo do Diodo ‘A cemada P, chamada anodo (A), € composta de fons de stomos aceitadores (como © boro, por exernplo), que foram introduzidos na rede de sllcioeaceitaram um elétron, torando-se ionsnegativos. Comisso,surgiramn as lacunas. A camada N, chamada catodo (K), é composta de ions de atomos doadores (como © fésforo, por exemplo), que foram introduzidos na rede de silicio e doaram um elétron, tornando-se fons positives. Com isso, surgiram os elétrons livres. Na regio de juncao, existe uma camada de fons descobertos, que néo tem associados os portadores lives (elétrons ou lacunas). Esta regio, denominada regio de carga espacial (RCE), surgiu durante a formago da ung, quando lacunasmigraram doladoP para olado N e elétrons migraram do lado N pare 0 lado P, provocando uma recombinagao entre os portadores (cada elétron preenche uma lacuna), criando uma pelicula de cargas nas bordas da juncio. 6 Tal movimentacdo ocorreu devido a uma tendéncia, puramente cestatistica, de igualarer-se as concentragdes de particulas, j8 que existem mais lacunas no lado P do que no lado Ne mais elétrons no lado N do que ro lado P Essa pelicula de carga forma uma barreira de potencial, pois os ions positives descobertos no lado N, tendem a impedir que lacunas saiam de Pe sigam para.c lado N (cargas de mesmo sinal repelernse). ‘Omesmo ocome com os elétrons do lado N, que sio impedidos de irem para o lado P. Assim, no diodo desenergizado, a barreira de cargas impede novos Geslocamentos de portadores, havendo um equilibrio dinamico das concentragées. Diodo em Polarizagéo Reversa Quando 0 diodo é polarizado reversamente, ou seja, no lado P & colocada uma tens3o negativa em relagac ao lado N, ocorre uma transico. (aumento) na regiao de carga espacial, como mostra a figura 2.2. 666:0/@:666 6 55!0]O! GGG | caowe 655'0/O;EO6§F o 655:0/0:666 > REN (a) Inicio da Polarizas0 Reversa Diodos e Transistors 7 —— ®@@'1 66 ‘node @@'! OG | cacwo o—4 ' ee o @0:66 ©0'! 66 N Simbolo do Diodo a K 0 > a (0) Apés a Estabilizagio da Polarizagio Reversa Figura 2.2 - Diodo em Polarizagao Reversa A figura 2.2{e) mostra o instante em que ¢ aplicada a tensdo reverse. Essa tens&o soma-se a barreira de potencial existente, deixando o lado N mais positivo ¢ 0 lado P mais negative. Assim, 2umenta 0 niamero de ions descobertos na regido de carga espacial (RCE), cuja largura aumenta (de x, para x) Neste caso, 0 diodo nao conduz, Existe, no entanto, uma pequena corrente reversa (da ordem de WA nos diodos de baixa corrente, chegando order de mA nos diodos de poténcia). Essa corrente é constituida tanto por 0,2V 16 Diodos e Transistors 17 Exercicios Propostos 2.1 Calcular a corrente nos diodos: Ratha a) » 2.2 Caleular V, no circuito abaixo: asv ov eo +8 2.3 Mostrar que 0 circuito do exercicio 2.2 é uma porta logica AND. 2.4 Celcular 0 -esistor R. para saturar transistor do circuito a seguir quando V,=5V. 18 Versv-——-_{ 220K Vea Dados do Teansistor: 2.5 Mostrar que a unido dos circuitos dos exercicios 2.2 ¢ 2.4 implementa uma porta logica NAND, conforme mostra 0 circuito abaixo. Db @ +5 +5 7 Om zo) e mt Diodos e Transistores = 19 Anotacoes ‘ ‘3:1 Curva ideal do SCR 3.2 Curva Real do SCR OO 13.3 Analogla com Dols Transistores 3:4 Outros Métodos de Disparo do SCR —— 3.5 Métodos de Comutacao de um SCR 3.6 O SCR em Corrente Altemada = Bxercicios Propostos Autor Depois de passar por essa onde de lacunas, relembrado como funcionam o dicdo e 0 transistor, vocé esté preparado ara ser iniciado no mundo dos tiristores. Neste capitulo, vacé vai ver um SCR por dentro e aprender como dispard-lo e como bloquetlo, para se — ober o controle desejado, ee —= (C31 Curva Ideal do SCR aT a Ascurvasidealizadasdo diodo edo SCR sto mostradasrespectivamente poles figuras 3.1(2)¢ 3.1/6) i A —+ Com puiso de gatho ‘Sem pulso de gatilho Var Vor (@) Diodo (0) SCR Figura 3.1 - Curvas Idealizadas do Diodo e do SCK 20 scr 21 Tanto no diode como no SCR, quando a tensao é negativa (polarizacao reversa), ccorre © bloqueio e a corrente é nvla pata qualquer teniséo, No diodo, quando a tenséo tende a ficar positiva, o diodo entra em condugéo ea corrente aumenia. Odiodo polarizado diretamente ¢ equivalent’ um curto-circuito, sendo a tensio sempre zero ea corrente limitada apenas pela carga coloceda em série. No SCR, apeser da tensio ser positiva, 0 mesmo ainda permanece bloqueado (corente nula). S6 quando for aplcado um pulso no gatilho, € que ‘0 SCR passara a conduzir corrente, comportando-se como um curto-itcuito. Leitor(a)- Quer dizer entdo que, com tensdo positiva , depois de eplicado o pulso, o SCR é igual a um diodo? Autor-Eisso.i! A grande vantagem do SCR é que vocé controla o seu disparo enquanto o diodo conduz logo que a tensdo torna-se positiva Leitor(a)- Se o SCR s6 dispara com pulso de gatilho, qual deve ser essa corrente e quanto tempo deve durar o pulso? Autor - Caimal Primeiro precisamos entender 0 processo de disparo. Depois veremos; tudo a seu tempo! (2.2 Curva Real do SCR A curva real do SCR é mostrada na figura 3.2. Na verdade, sao vérias ‘curvas que dependem da corrente de gatilho aplicada. &, x Figura 3.2 - Curva Real do SCR. 22 Observando-se a curva teal, pode-se distinguir trés regides: de polarizaco reversa, depolarizacao diretaem bloqueio edepolarizacio direta em conducao. Na regio de polarizacao reversa, para v.<0, praticamente no hi condugao. A corrente, que na curva ideal é nula, aqui tem um valor muito bbaixo, que depende do tipo de SCR. Nos SCRs de baixa corrente, a corrente reversa é da ordem de dezenas a centenas de 1A . Nos de alta corrente, a corrente reversa pode chegar a centenas de mA. Na regiso de polarizacao direta em bloqueio, ha varias curvas parametrizadas pela corrente de gaiilho Ic. Quando l,=0, 0 SCR permanece bloqueado, desde que a tenséo seja inferior a Veo (oreakover voltage outensio de disparo). Quando vjy=Vao, 0 SCR dispara e a corrente cresce, sendo limitada pela resistencia de carga, colacada em série com o SCR Esla é a regido depolarizagao direta em condugao. Paraque oSCR permanega em condurSo, € necessario que a corrente de ancdo atinja um valor minimo de disparo I, (atching current ou corzente de disparo). Caso esse valor no seja atingido, apos © disparo, 0 SCR volta ao estado de bloqueio. Pela figure 3.2, vé-se que, quanto maior o valor da corrente de gatilho, tanto menor a tens80 vx. necessaria para disparar o SCR. Isso.@ verdade até o limite de Io=lcy (gate trigger current ou corrente de gatilho com disparo). A curva correspondente a Ic; esta desenhada tracejada na figura 3.2. Icy & @ minima corrente dé gatilho que garente o disparo do SCR com tenséo direta de condugio V;. Com Ir aplicada, & como se 0 SCR fosse um diodo. Na regio de polarizacao direta em condugao, a queda de tensio no SCR ¢ igual a Vy. Esta tensao tem um valor tipico de 1,5V. ‘Apés o disparo, sendo estabelecida a conducao (i,>|), a corrente de gatilho poderd ser removida, que c SCR permanecera em conducao. O SCR s6 voltaré a0 bloqueio se a corrente i, cair abaixo de |, (holding current ou corrente de manutencao), ou se vax<0 (anodo negativo em relago ao catodo). scr 23, 3.3 Analogia com Dois Transistores Um recurso muito utizado para explicar 0 proceso de disparo do SCR @ a analogia com dois transistores complementares (PNP e NPN), mostrada ra figura 3.3. 4 A pla by 3, “1, a.” os 5 ofel* ofp eel” Pl Py gel 3 a N N k K k (a) Estratura do SCR (o) Exttura de dois Transistores(e) Conexio de dois Transistores Figura 3.3 - Analogia entre as Estruturas de um SCR e de dois Transistores Interligados como SCR Com vyy<0, 0 SCR esté polarizado reversamente, Vé-se na figura 3.3, ‘ve isto ocorre porque hi duas jungSes polarizadas reversamente (J, ¢ J) € uma jungo polarizada diretamente VJ). A corrente é nula em toda a faixa itil a tensBo reversa, A figura 3.4(a) mostra a distribuigso de tenses na polarizacdo reversa. a (@) Polarizagio Reversa (0) Polarizacéo Direta Figura 3.4 - Distribuigao das Tensdes nas Juncoes do SCR 24 Na polarizagao reversa, nao adianta aplicar pulso de gatilho. Isso nem é aconselhavel, pois fara fluir uma corrente de fuga de anodo de valor aproximadamente igual a0 da corrente de qatilho, causando um superaquecimento da juncio. Como conseqiéncia, pode-se danificar 0 componente. Napolarizagio direta, comoé ilustradana figura 3.4(t), existem duas jungdes polarizadas diretamente (J, eJ,}. Entretanto, ainda n&o é possivel fluir corrente pelo SCR, poisa jungao J; esta polarizada reversamente. H4, apenas, uma corrente de fuga de baixo valor. Porém, se for aplicado um pulso de corrente no gatilho, os portadores injetados causarao um fendmeno de avalanche na jungéo Jz, Ievando 0 SCR ao disparo, ara entender melhor o processo dedisparo deum SCR, aanalogia com dois transistores est desenhade na figura 3.5, incluindo as fontes extemas e detalhando as correntes nos transistores. Figura 3.5 - Analogia com dois Transistores Incluindo Fontes Externas ‘e Correntes Equacionando as correntes dos transistores a partir da expresséo completa de I, em funco de Ip, i € lego, chegarse & seg a onde: I, = corrente no anodo do SCR formado por dois transistores B, = ganho de corrente do transistor T; , By = ganho de corrente do transistor Tz Icgoy = comrente de fuga do transistor T, Igo2 = comrente de fuga do transistor T, Autor- Observando a expressdo de I, , vocé, que ja conhece bem o transistor; vai gritar: Leitor(a) - Isso nao é possivel! O B de um transistor é um nimero eleuado. Assim, 0 produto By-f\z dé um numero muito maior do que 1 ¢, portanto, a subtragéo no denominador dé negativa, isto é, acorrente I, negativa. Autor Mas é ai que est6 0 pulo do gato! © B de um transistor varia com a corrente de coletor, da maneira mostrada na figura 3.6. 100 10 on elena) oF 1 10 10 10 10 Figura 3.6 - Variago de com a Corrente de Coletor Assim, de volta & analogia com dois transistores, quando néo ha puiso ‘no gatilho, s6 flui uma corrente pequena pelo SCR. Isso significa que os valores de Ic de T; @ T; 40 baixos e, portanto, o produto By. By € pequeno e bem menor do que 1 Quando for aplicado o pulso no gatilho, apés fechar CH,, a corrente nna base de T; fly;) aumentara. Isso faré com que ler também aumente (leg = Bly), 0 mesmo ocorrendo com In. Aumentando Igy, auimenta ley, © que torna a aumentar Ipp, @ assim sucessivarente. Esse processo @ uma realimentagao positiva ¢ as correntes vSo aumentando até que os dois transistores saturam. Ocorrende a saturagao, 0s terminais dos transistores ficam curto circuitados e toda a tenso Uy da fonte recai sobre a carga Ry, Esta analogia ¢ boa também para mostrar como o SCR continua conduzindo, mesmo sem pulso no gatilho. Apés a saturacao, a corrente de um transistor mantémo outro saturado, Assim, qualquer aumento de corrente de gatilho nao ird alterar as correntes dos transistores. Apenas lr» Vai absorver esse aumento. Desta forma, a corrente de gatilho pode ser retirada, sem que 0 SCR pare de conduzir. Desafio 1: A analogia com dois transistores ¢ incrivel porque, além de servir para cexplicar 0 funcionamento do SCR, ela funciona! Para testar sous conhecimentos, pegue uma lampada de 12V/6W come carga e monte o circuito da figura 3.5 com os transistores pares complementares TIP29 e TIP30. Em seguida, faca os sequintes testes a) Feche CH, e, com a chave CH, aberia, mece as tensdes © as correntes nos transistores ¢ na lampada 'b) Feche a chave CH, ¢ verifique se a lampada acende. Em seguida, mega as tensées e correntes nos transistores'e na lampada. 26 scr 27 * ¢) Tome aabrir CH, e verifique quealampada permanece acesa. Meca fs tensGes © comentes nos transistores e no limpada ¢ compare com ae medidas do iter (b) z Observacao: + Osmedidoresdecorrente devernestar conectados antes de comecar © processo, caso contrario, se a lampada acender e for aberto, qualquer terminal de T, eT, a lampada apagard e os transistores cortardo, (2-4 Outros Métodos de Disparo do SCR ) ‘Além da aplicagio de pulso no gatilho, o SCR pode ser disparado de outras formas. Normalmente, esses disparos s80 indesejados pois, em alguns casos, podem destruir 0 dispositivo. Disparo por Sobretensao O aumento da tensB0 v,,, quando o SCR esta polarizado diretamente, reflete diretamente na jungc J, que se encontra polarizada reversamente, pois, € J, estéo polarizadas diretamente, conforme mostroua figura 3.4(b). A comente do SCR @ muito pequena ¢ formada pelos portadores minoritérios, j& que trata-se.de uma corrente de fuga da jungo polarizada reversamente. Com o aumento de Vax, esses portadores s8o acelerados na jungao J,, podendo atingir uma energia tao grande que provocaréo 0 fendmeno de avalanche Esse fenémeno faz com que muitos elétrons choquernse e saiam das orbites dos atomos da rede. Estando disponiveis para conducéo, esses létrons permite que a comrente de ancdo cresca ‘Aumentando a corrente de anodo, estabelece-se a realimentacao entre T, ¢T,, mantendo 0 SCR disparado. Esse processo de disparo, nem sempredestrutivo, raramente éutlizado na prética. Para o gatilho aberto, ouseja, o=0, a tensso na qual o SCR passa a0 estado de conducéo € chamada tensao de breakover (Vz0) Disparo por Variagao de Tensao (dv/dt) ‘Autor. Vocése lembra da caracteristica de um capacitor? Armazenar carga elétrica, ndo? Pois é! Um capacitor armazena carga elétrica e a corrente que catrega 0 capacitor relaciona-se com a tens8o pela expressio (Ou seja, para haver variagdo de tenso no capacitor (AV), em um intervalo de tempo (At) , € necessério circular uma corrente i pelo capacitor. ‘Quando a variacio de tensio é muito pequena eo intervalo de tempo ‘muito pequeno, essa expressao muda pare: Leitor(a)- E 0 que isso tem a ver com um SCR? Em um SCR polarizado diretamente, a jungo J, esta reversamente polarizada. Nessa un¢ao, existe carga armazenada: ions positives de um lado @ ions negatives do outro. Isso é como um capacitor carregado, Veja a representacdo simbélica na figura 3.7. 28 scr 29 Figura 3.7 - Capaciténcia da Jungio J2 Assim, mesmo naohavendo pulso no gatihho, fechando-seachave CH,, a capacitancia da juncdo J, faré com que circule uma corrente de gatilho. Como a variagéo & muito grande (de zero para V), a corrente resultante sera ‘muito grande. Essa corrente poderd ser suficiente para estabelecer o processo de realimentagao da analogia com dois transistores, que mantém T, eT, saturados, fazendo com que o SCR entre em conducao. Esse disparo, normalmente indesejado, pode ser evitado pela acdo de um circuito de protegao chamado snubber. Esse circuito ¢ formado por um resistor em série com um capacitor, colocados em paralelo com SCR, como mostra a figura 3.8. CCreuito de protesio ‘contra dvidt (Gaubber Figura 3.8 - Protege Contra dv/dt Disparo por Aumento de Temperatura Coniorme ja comentado, a corrente que circula por uma jungao polarizada reversamente é extrenamente dependente da temperatura. Ela & composta por portadores minoritérios gerados termicamente. Na expresso da corrente de anodo, na analogia com dois transistores, aparece um termo (Icyo1 csc: Quando houver um aumento consideravel na temperatura, haverd um aumento também em Icgor € legoe: !sso possibllita 0 estabelecimento da realimentacao, que faz com que o produto By-Bz tenda a Le leve 0 SCR ac estado de condugao. Disparo por Luz ou Radiacao A incidéncia de energia radiante sob a forma de fotons uz), raios gama, réutrons, protons, elétrons ou raios X, sobre uma janela adequadamente colocada no SCR, pode disparé-lo. A jusifcativa para esse disparo é que a radiagao incidente provoca o aparecimento de pares elétror-lacuna, que ir80 ‘aumentar a corrente de fuga que ja citcula pela junc do SCR. Isso faz 0 produto B; Bz tender a 1, estabelecendo a realimentacao que mantém o SCR ‘em conducao, Um dispositivo com esse modo de disparo é chamado LASCR (Light ‘Activated Silicon Controlled Rectifier). Alem dodisparo por luz, esse dispositivo também pode ser acionado pelo gatilho, uma vez que 0 dispositive tem um terminal com essa finalidade. Leitor(a)- Depois que o SCR disparou, como é que ele bloqueia? Bloquear ou comutar um SCR, significa cortar e corrente que ele conduz ¢ impedir que ele retome & conducao. Ou seja, 2 comutagio estera completa, quando a corrente no sentido direto for anulada e a reaplicacio de tensio direta, entre anodo e catodo, nao provecar o retomo do SCR a0 ‘estado de condugéo. Naturalmente, leva um certo tempo para que oSCR possa assumir essa, condigao de bloqueio. [sso pode ser explicado, ainda através da analogia com dois transistores. 30 ‘Com 0 SCR em condugSo, os dois transistores estao saturados. Desa forma, havera muitos portadores armazenadosna base de cada um deles. Para que 0 SCR bloqueie, é necessério que ambos os transistores cortem, Pera levar um transistor a0 corte, € preciso remover toda a carga armezenade na base: A reaplicagio de uma tensio positive, entre anodo catodo, antes de se comploiar esse processo de descarga dos transistores, Permite que se reinicie o processo de realimentagSo, que mantém os transistores saturacios e, conseqiientemente, 0 SCR em conducéo. Existem trés formas principais de bloqueio de um SCR, analisadas a seguir: Comutagao Natural Quando se reduza corrente de anodo a um valor abaixe de, chamada comtente de manuten¢éo (holding current), o SCR é blequeado. A corrente de manutencdo tem um valor baixo, normalmente cerca de 1000 vezes menor do que a corrente nominal do dispositivo. _Emum circuitoCA, acorrente passa pelo zero emalgum pontodo ciclo. Isso ja leva 0 SCR ao bloqueio, Exemplk Bloqueio pelo Zero da Rede No circuito da figura 3.9, 0 SCR ata como chave para ligar e desligar uma lampada, cH, 127v/100W —— Limpada cH, Re 127 Vac 2204 Tic 106 Figura 3.9 - Comutagio Natural do SCR 32 * Com CH, aberta, mesmo com CH, fechada, o SCR esta bloqueado, pois nao ha corrente de gatilho. Fechando CH,, pelo resistor Ry (2200) circula uma corrente de sgatilho, queé suficiente para disparar o SCR no semiciclo positive da tens&o da rede. Quando a tensio da rede passa por zero, a corrente da lampada ‘anula-se e 0 SCR blogueia. $6 haveré novo disparo no préximo semiciclo. Comutagao Forgada Em circuitos CC, uma vez quea tensdoentre ancdo e catodopermanece ppositiva, deve-se fazer um “truque” para zerar a corrente de anodo. Em vez de equardar a corrente passar por zero (0 que nao acontece neste caso), pode-se provocer o bloqueio através dosmétodos decomutagaio forgada Desviando-se @ corrente por um caminho de menor impedancia, a corrente que passa pelo SCR iré cair abaixo de ly, provocando 0 bloqu Pode-se, também, aplicar tens§o reversa nos terminais do SCR, forgando-o a’ operar na regido de polarizacao reversa de sua curva caracteristica. Com isso, a corrente no SCR torna-se baixa e o SCR ficard bloqueado, ‘Apés 0 bloqueio, deve-se garantir que a tensSo no seja reaplicada a0 ‘SCR imediztamente.Istorestabeleceria oprocesso dereaimentagaonecessério para o disparo do SCR. A tensio reaplicada deve aumentar segundo um parimetro dv/dt, definido nas folhas de dados do SCR. Tudo isso ficaré mais claro apés 05 exemplos sequintes: scr 33 Exemplo: Bloqueio por Chave No circuito da figura 3.10, como se explica 0 bloqueio do SCR? cH, avis “ taeca 1K ai[]oa ew, foe ame re Pere bey, Figura 3.10 - Bloqueio do SCR por Chave em um Circuito de Corrente Continua | Com todas as chaves abertas, 0 SCR esta bloqueado e a lampada apagade. Fechando-se CH,, 0 circuito de lampada e do SCR estara energizadlo. Como noha corrente de gatilho, 0 SCR continuara bloqueado ea lampada apagada, Quando CH, fechar, circularé pelo resistor R, (479) uma corrente suficiente pata alimentar o gatilho do SCR, que disparara e acenderé a lampada. Com a lampada acesa, CH, pode ser novamente aberta, sem que 0 SCR bloqueie e a lampada se apague. Autor E agora? O que fazer para desligar 0 SCR? Leitor(a)- E fécill E s6 desligar CH! Autor- Bem, essando vale. Ea alimentacéo docircuito que est em Jogo. Tente outra.... Que tal fechar CH,? Fechando-se CH,, naturalmente a lampada nao se apagaré, pois a have curto-circuitaré 0 SCR ficando a lampada alimentada diretamente pelatenséoda fonte, Como SCR reaindo é exatamente um curto-circuito, toda a corrente da lampada ira passar pela chave CH, ¢ a corrente do SCR caité a zero. O SCR, ent, iré bloquear. Com o SCR bloqueado, abrindo-se a chave CH, a lampada apagard Assim, 30 seré outra vez acesa se CH, for novamente fechada, provocando a corrente de gatilho no SCR. 34 Exemplo: Bloqueio por Capacitor 3 Ocircuito da figura 3. 11 utiliza um processo de bloqueio por capacitor. ‘cn LQ s2view saka[]m: +L IK ‘330F wim seea[ja Snot | / cs son [) Figura 3.11 - Bloqueio do SCR por Capacitor em um Circuito de Corrente Continua Com CH, e CH, abertas, SCR esta bloqueado, a lampada esta apagada e 0 capacitor descanregado, Fechando-se CH,, alimenta-se o circuito de gatilho. O SCR dispara e a lampada acende. ‘Além da corrente da lampada, ¢ SCR conduz também a corrente de carga do capacitor C,, conforme ilustra a figura 3.12. Wy ; fi ‘2a | nv =e A OnBF uy K Figura 3.12 - Correntes no SCR em Condugao ¢ de Carga do Capacitor O capacitor C, camrega-se de forma exponencial, com uma constante de tempo t= Ry.C;, conforme ihistra a figura 3.13. . sce 35 TRG, 8 Figura 3.13 - Carga Exponencial do Capacitor (Ouseja, passado o periodo corespondente a uma constante de tempo =, 0 capacitor carrega-se, aproximadamente, com 63% da tensao final de 12v. Passadas duas constantes de tempo (1 = 2¢) , o capacitor carrega-se com cercade 86% da tensao final. Assim, apos t = 10+ , pode-se considerar © capacitor totalmente carregado. No caso do circuito da figura 3.11, como t= 12kx3.3p = 004s apés 0,45 do fechamento de CH,, 0 capacitor C, ja estara totalmente carregado. Desta forma, a chave CH, poderd ser aberta sem que o SCR bloqueie ¢ a lampada apague, mas 0 circuito estar preparado para o bloqueio do SCR. Leitor(a) Como isso é possivel? Na figura 3.12, pode-se ver que a placa do capacitor carregada egativamente, esta ligada ao terminal de enodo (A) do SCR, Quando CH, for fechada, o terminal positive do capacitor seré aterrado. Como catado (K) do SCR tambémesté aterrado, o capacitor fica em paralelo come SCR eaplicaumatensio reversa.a0 mesmo, bloquearlu- ©, como mostra a figura 3.14. ¥ cH, Figura 3.14 - Bloqueio do SCR por Aplicacao de Tensao Reversa pelo Capacitor Desafio 2: O circuito da figura 3.11 foi modificado, substituindo-se CH, por um ‘outro SCR, como circuitode disparo correspondente. A figura 3.15 mostra © resultado: Figura 3.15 - Circuito Alternativo de Bloqueio do SCR por Capacitor Mostre que circuitoda figura 3. 15 tem funcionamento idéntico ao da figura 3.11. Comece com todas as chaves abertas e, em sequida: 1a) Feche CH, e veja que a lampada acende; b) Tome a abrir CH, e veja que a lampada permanece acesa; ©) Teche C1, ¢ observe que a lampade apaga (lembre ze que quando ‘0 capacitor estiver carregado com 12V, a corrente que o atravessa ser nla). 36 ser 37 Desafio ‘Substitua o resistor de 12k do circuito da figura 3.15 por uma Jampada de 12U/6W, iguel a L1. Explique por que esse circuito biestavel € uma réplica de um flip-flop. Leitor(a) - Se o SCR é um retificador, por que ¢ maioria dos exemplos dados foram para corrente continua? Autor- Vocé tem razdo! Vamos ver quais as aplicagdes do SCR em corrente alternada. (( 3.6 O SCR em Corrente Alternada ) Exemplo de Aplicagao: SCR como Retificador de Meia-Onda A figura 3.16 representa um circuito retificador de meia-onda por SCR: sarvnioow t cH, Caracteristicas do TIC 1168: OMA @ Vyen6,0VEe Figura 3.16 - Retificador de Meia-Onda por SCR Naturalmente, com CH, aberta, a lampada esiaré apagada 38 * Pelas caracteristicas dadas pelo fabricante, o SCR TIC116B precisa de 20mA de corrente de gatilho para disparar garantidamente, quando V, for de 6 VCC. {A jungao gatilho-catedo nao detxa de ser umn diodo que aparece em paraielo com o resistor R, (1k). Desta forma, logo no inicio do semiciclo ‘positivo, ajunc3o gatihho-catodo curto-cireuita R, e a tensao da rede atinge lum valor suficiente para o disparo do SCR, que conduzira e acendera a lampada. ‘A tensio da rede em que o disparo ocorre pode ser calculeda como segue: tos Sale 2 20300" Sate = Vigte = 36V Como as condigées de disparo fixam dois valores [Vy, = 6V € lor = 20mA), com certeza, entre 3,6V e 6V, 2 comrente necessétia sera atingida para garantir o disparo do SCR. Uma vez que 0 valor de 6V é atingido logo no inicio do semiciclo postivo, aproximadamente 2° (dois gras) para tensio eficaz da rede igual 2127V, praticamente todo o sericiclo postive é aplicado alampade, como mostra a figura 3.17, : ¥ scr 39 Figura 3.17 - Formas de Onda no Circuito Retificador de Meia-Onda, com SCR No semiciclo negativo, o SCR nao conduziré e 0 diodo em série com resistor R, (1800), estando reversamente polarizado, evitara que circule corrente no gatilho. Alm de desnecesséria, essa corente produziria dissipagao no gatitho. | __ Desta forma, a tensdo na lampade estara retificada em meia-onda, ou seja, ela conduzira corrente somente nos semiciclos positives. Neste circuito, qual a real potencia fornecida a lampada? Normaimente, com tenséo alternada, a potéraia de lainpaua seria: + V é 0 valor eficaz da tensio da rede que é aplicada totalmente & lampada onde: R @ a resistencia elétrica da lampada Com apenas meia-onda, o quadrado do valor eficaz da tensio aplicada 8 carga cai a metade e, portanto, a expressao da poténcia é: ve 2R Como a lampada é de 100W, a poténcia real fornecida & lampada & de, aproximadamente, SOW. A Exemplo de Aplicacao: Retificador de Onda- Completa com SCR Para fomecer poténcia total & lmpada, podem ser utilizades os ircuitos das figuras 3.18, 3.19 e 3.20. saryseou on i ne 9 Figura 3.18 - Controle Liga-Desliga com SCR em Onda-Completa com Carga no Lado CC + 40 scr 41 Ao Am ch ’ raTvAoow Dad. wf) qwaos °F V7 ne 168, Figura 3.19 - Controle Liga-Desliga com SCR em Onda-Completa com Carga no Lado CA Tanto no cirzuito da figura 3.18 como no da figura 3.19, o SCR atua como chave. A diferenca @ que no circuito da figura 3.19, a corrente na lampada ¢ alternada. Para contrcle de corrente alternada, pode-se também associar dois SCRs, como mostra a figura 3.20: vaTvA00w rervaoow (2) Semiciclo Positivo (6) Semiciclo Negativo 27300" t o, nie 1168 o ne168 (¢) Onda Completa Figura 3.20 - Controle em Onda Completa com SCR Na figura 3.20(0), no semiciclo positivo da tenséo da rede, Q, estaré bloqueado. Fechada a chave CH, D, conduzité e curto-circuitara 0 resistor R, Como 0 diodo D, esta reversamente polarizado, ele fica em aberto. Assim, o circuito reduz-se 20 da figure 3.20(a), que faz com que oSCR Q, dispare no inicio do semiciclo positvo. Para o semiciclo negativo, Q, estaré bloqueado, D, conduziré curto- circuitando R, @ D, estaré cortado. Assim, 0 circuito reduz-se ao da figura 3.20(b), que faz com que o SCR Q, dispare no inicio do semiciclo negative. esta forma, ¢ possivelaplicartodoo ciclo lampada, quedesenwolvera toda poténcia de 100, Leitor(a)- Mas, néo existe um circuito mais simples, que permita a ‘operacio em corrente alternada? ‘Autor - Claro que existe! Para isso precisamos aprender como funciona um TRIAC. £ 0 que veremos a seguir. 42 ser 43 Exercicios Propostos 3.1 Explique de forma objetiva a cuna ideal de um SCR. 3.2 Quais s80 as trés regides que podem ser destacadas na curva real de um SCR? 3.3 Qual o significado dos parametros do SCR: lor. Iw ks Vs © Vso? 3.4 Descreva, de forma obyetiva, os virios métodos de disparo do SCR que nao utilizam corrente de gatiho. 3.5 No circuitoda figura 3.9, usedo para explicar a comutagao natural quando 0 SCR dispara e quando ele bloqueia? 3.6 No circuito da figura 3.10, usado para explicar a comutacdo forgada com bloqueio por chave, qual a fungao de CH, e em que condigdes © SCR dispara e bloqueia? 3.7 No circuito da figura 3.11, usado para explicer a comutacao forgada com bloqueio por capacitor, de que forma o capacitor atua no SCR? 3.8 No circuito da figura 3.16 (SCR como retificador de meia-onda), qual o maior valor de R, que gerante o disparo do SCR no semiciclo positivo? 3.9 Desenhe as formas de onda das tenses na lampada nos circuitos retificadores de onda completa com SCR das figuras 3.18, 3.19 e 3.20. 4.1 Caracteristicas Gerais 4.2 Modos de Disparo do TRIAC 4.3 O TRIAC em Corrente Alternada + Exercicios Propostos 4.1 Caracteristicas Gerais Para evitara necessidade de utlizacao de dois SCRs em antiparalelo, foi desenvolvido um dispositivo, chamado TRIAC. O nome ver de TRI (Triode ou Triodo, de trés terminais) e AC (Alternate Curent ou Corrente Alternada). Ou seja, 0 TRIAC é um triodo que permite ocontrole de corrente alternada Sua caracteristica estética e seu simbolo podem ser vistos na figura 4.1 AMT) s Ahr) (a) Caractertsttca Estatica (2) Stmbolo Figura 4.1 - Curva Caracteristica ¢ Simbolo do TRIAC 44 trac |= 45 ‘Como pode ser visto na sua curva caracteristica, oTRIAC pode conduzir nos dois sentidos de polarizacao. Ele entra em condusao de modo enélogo 20 SCR, isto é, quando for utrapassada a tensio de breakiover (Veo) sem pulso ‘ro gatilho ou quando for aplicada uma corrente de gatilho. Em condugdo, TRIAC apresenta-se quase como um curto-circuito. A queda de tensao entre anodo ¢ catodo situa-se entre 1 e 2V. Lettor(a)- Mas, ¢0 pulto de gatitho? E negatt ou postiva? Autor- Bem lembrado! Essa é uma grande caracteristica do TRIAC. Veja ta! ‘Alem de conduzir em ambos os sentides, © TRIAC pode ser disparado tanto por pulso positive quanto por pulso negativo. Uma visio simplista do TRIAC ¢ a de uma associaggo em antiparalelo, de dois SCRs. Isso, porém, nao consegue explicar por que o TRIAC dispara ‘com pulso negativo. A figura 4.2 mostra a estrutura de um TRIAC, adequada para a cexplicagao dada a seguir. 6 A, 7 N, ny X Pn, " A Figura 4.2 - Estrutura de um TRIAC ‘Como 0 TRIAC é bidirecional, as palavras anodo ¢ catodo fica sem sentido. Os terminais do TRIAC sao chamadcsanodo 1 (A,), anodo 2 (A,) ¢ gatilho (G). A terminologia terminal principal 1 (MT,) ¢ terminal principal 2 (MT,) tambem ¢ utiizada para os anodos. 46. 4.2 Modos de Disparo do TRIAC Costuma se dizer que o TRIAC opera emquatre quadrantes. Tomando- se 0 terminal A, como referéncia, os quatro quadrantes s80 detinides pelas polaridades de A, e G, segundo o grafico e a tabela da figura 4.3, Quadrante [A |G 1 >o | > nfo oy >o | <0, Ye Ta m|w w [<0 | 50 Figura 4.3 » Quadrantes de Operasio do TRIAC A sensibilidade ao disparo varia de quadrante para quadrante, em fungdo das diferengas nos ganhos de amplificagao, em cada caso. Para cbservar o disparodo TRIAC nos diversos quadrantes, considera: se 0 circuito da figura 4.4. saview T a nic 2268) , a mn ara | Figura 4.4 - Circuito para Verificagdo dos Quadrantes de Disparo do TRIAC Odisparoemcadaquadrante depende do valorde R, edas caracterstcas do TRIAC. ‘TRIAC Abaixo, tem-se as caracter'sticas do TRIAC utilizado: sto da Fonte Tensio de Gate Quadrante Igmy Tipico Tory Maximo, im wo (mA) (may (mA) fa 6 1 15, 450 sie 7 B 30 2 Wt a 12 Ww v5 Tense da Fonte Tensio de Gate Quadrante Vga, Tipico Vga Maximo *] Voltando ao exemplo, deve-se calcular o valor de R, para odisparo do | TRIAC nos quatro quatiranies: a) Para o primeiro quadrante, considerando Veq,=2,5V, tern-se: ig -YorMom . 8-25 __28 CT RSR, 22+Rz 22+ Ry A conente minima, que garante o disparo é 50mA. Assim 25 2, =f =r, = 22-22 5k, = 280 Bay Re B22 Pa = 280 50m = Leitor(a)- Nao entendi! INa tabela consta que o valor méximo de IGTMé, por exemplo, de 50mé no quadrantel, Porque foi dito que essa corrente era minima? Autor Claro! A divida é normal. Ovelor del, € ominimo valor de corrente que deve ser aplicadono gatilho, para garentir 0 disparo do TRIAC. Porém, esse valor varia de uma amostra para a outra de TRIACS do mesmo tipo. Considerando-se um lote de TRIACs TIC226B, o valor tipico para Ly @ 15mA (no quadrante D). Pode ser que, neste lote, haja TRIACS ue precisem de 20mA para disparar. entretanto, nao havera nenhum que precise de mais do que 50mA, que é 0 valor méximo dado pelo fabricante Desia forma, garantindo 50mA, ¢ certeza que todos os TRIACS dispararao. v wo © o v7 2 6 1 70) b) Para os quadrantes Ile Ill, o resultado seré igual, pois a corrente —= - minima é a mesma 5 ir az 12 _s 1 z €) Para o quadrante IV, a corrente minima que garante 0 disparo & 12 sw 2 75mA. Tye =8A@ Te = 8'C TC= 85°C —— ———$— 75m = 2-12 sp, Ry =100,tpfa)2 204s 22+R, Tensbes medidas em relgh0 a0 teil A, (MT) Desafio: a) Monte 0 circuito da figura 4.4. Instale um miliamperimetro no circuit de gatitho. Varie 0 valor de Rz, até obter o disparo (lampada acende). Anote 0 valor da corrente de gatilho no instante do dispero. b) Para cada quadrante, observea polaridade necessaria paraasfontes de 12V e SV. Invertaras, quando necessario, para determiner 0 quadrante desejado, ¢) Em cada caso, deslique 0 circuito apés 0 disparo e mega o valor de R,. Compare-os com os valores calculados no exemplo anterior. Observe que poderé haver divergéncias, em funcao das discrepancias observadas e pelo fato da corrente de disparo variar de componente para componente. O fabricante da o valor de Ic apenas como urn parametro de referéncia, A corrente Ig; ¢ © minimo velor de corrente de gatilho que garante, a 25°C neste caso, 0 disparo de qualquer componente do tipo TIC226B, 48 mac = 49 Leitor(a)- Mas, 0 que é isso! De novo falou-se apenas em corrente continua! O TRIAC néo é para corrente clternada? Autor Colma, amigo(a). Veja os exemplos seguintes. , (4.3 0 TRIAC em Corrente Alternada Exemplo de Aplicacao: Controle em Onda- Completa com TRIAC Ocircuito da figura 3.20, estudadono Capitulo3, que utiliza dois SCRs para 0 controle da tensao na carga nos dois semiciclos da tensio da rede, ‘pode ser implementaco utilizando um unico TRIAC, como mostra a figure 45. s27vir00W Cony | Vue n{Jaza av Figura 4.5 - Circuito de Controle de Onda-Completa com TRIAC Este circuito mostra, adicionalmente, o circuito snubber de protege contradv/at. Normalmente, a ordemde grandeza R, eC, €estaapresentada no circuito. Quando o fabricante fomece maiores dados, é possivel calcular co valor de R, e C, por formulas ou gréficos, | 50 Exemplo de Aplica¢ao: Controle de Poténcia numa Carga circuito da figura 4.6 possur uma chave rotativa CH de trés posicoes: sarvjioow ma Figura 4.6 - Cireuito de Controle de Poténcia com TRIAC a) Na posi¢ao central (0), © circuito de gatilho fica sem tensio. Neste caso, 0 TRIAC encontra-se bloqueado e a limpada apagada, b) Mudando-se a chave para a posigo (1), 0 diodo permite aplicar a corente de gatilho no semiciclo positive da rede. Entretanto, o mesmo dicdo abre o circuito no semiciclo negativo da rede. Assim, a lampada & acionada somente nos semiciclos positivos, funcionando com meiapoténcia. | ‘c) Com a chave na posicdo (2), havera corrente de gatilho em ambos | 08 semiciclos, aplicando plena potencia & lampade. ( Exercicios Propostos 4.1 Qual a vantagem do TRIAC em relagao a0 SCR quanto ao sentido de condugao? 4.2 Qual a vantagem do TRIAC em relagao a0 SCR quanto ao disparo pelo gatilho? 4.3 Esbocar as formas de onda de tensao na lampada do circuito da figura 4.6 com a chave rotativa nas posigdes 0, 1 e 2. mac 51 Anotagdes wl {( capitulo 5 - CONTROLE DE FASE COM SCRs E TRIACs ). 5.1 Controle de Fase com SCR 5.2 Controle de Fase com TRIAC - Exercicios Propostos Leitor(a) - Jé entendi tudo! Os tiristores SCR e TRIAC séo como chaves que podem ser controladas eletronicamente. Quando ha corrente de gatilho, as chaves fecham, quando néo ha, as chaves néo fecham. Alem disso, tanto o SCR quanto 0 TRIAC, sé deixam de conduzir no instante em que a corrente cai a zero. Autor: Belo resumo! Mas, nao é tudo oque o SCR eo TRIAC podem fazer. Vejamos o que mais é possivel fazer com 0 SCR e o TRIAC. 5.1 Controle de Fase com SCR Com um circuito adequado, é possivel fazer com que o SCR dispare em instantes diferentes em relacdo ao sinal elternado de entrada (tens da rede) através do controle de fase, cu seja, & possivel controlar a tensao fomecida a carga e, portento, controler a sua poténcia. Exemplo de Aplicagao: Controle de Fase numa Carga Resistiva Na figura 5. 1, a carga R, esté represeniada por um resistor de 1002 € 0 SCR escolhido tem Ig=200A @ Vo=0,6V. Calcular os valores do resistor fixo R, e do potenciémetro R,, para disparo do SCR em 2,15" 30°,60" ©90° (angulos de disparo em relagdo & tensio da rede). ¥ 52 Controle de Fase com ScRse TRIACS = SS. * [Joon , a Vrede Vrede @) fr, 7c 1058 Ree{ tk Figura 5.1 - Controle de Fase com SCR O circuito gerador-resistor de gatilho pode ser simplificado, utilzando um circuito equivalente de Thevenin. Vrodo, av Figura 5.2 - Circuito do Controlador de Fase Simplificado Onde: Veese R Rog, Vp, = Miste-Rox é TH Rey +Ry Rm Rex +R, O objetivo é calcular o valor de R, para os diversos angulos de disparo desejados. A corrente de gatilho é dada por: Ig = Uma Nor ic Substituindo Vp, ¢ Rr, nesta expressdo e isolando R,, obtém-se: ¥ R, = Viste Rex 06.Rox 06 + Roe le Como V,,, € 0 valor da tensdo da rede no instante do disparo do tiristor, para CSda angulo a desejado, esta tensio pode ser calculada por Vase = Vp-senee onde, a tensio de pico da rede & dada por: Vp = Vetcar: V2 = 127.-V2 =179,6V Considerando ky=200A, a equacéo de R, fice: Vaie1H~O61K 06+1k200n ~~ "* 250. Viete 750 Assim, com os valores de a, pode-se calcular V,.. e, finalmente, R, para os angulos de disparo desejados, como mostra a tabela abaixo: a(graus) —V,.,. (V) RQ) z 63 7125 1s 465. | 57.375 30" 9,8 | 111.500 60" 155,5 | 193.625 | 90 179,6 | 223.750 Desta forma, pode-se escolher um resistor R, fixo de 6k8Q em série com um potenciémetro R, de 220k, para formarem R,- As tensbes sobre a carga para os diversos angulos de disparo esto mostradas na figura 5.3. . ¥ 54 Controle de Fase com SCRse TRIACS = OD Gane Wa-15 ease (a= 60 (a= 90 Figura 5.3 - Tensdes na Carga para os Diversos Angulos de Disparo do| SCR Leitor(a)- Que interessante! Entao é por isso que 0 SCR é chamacio de diodo controlado? Autor - Exatamente! ‘Além de refificar a tensio de entrada, fica claro, pelo exemplo, que 0 SCR permite controlar a tensdo aplicada 4 carga e, portanto, @ poténcia fornecida a ela Exemplo de Aplicagao: Tensao Média na Carga Caleular o valor médio da tensao na carga, para os valores de & do Exemplo de Aplicacao anterior © valor médio, para uma senéide retificada em meia-onda, com Angulo de disparo «., é dado pela expresso: Vp.(1+ 605) 2n Para este exernplo, a equagao fica: Vn = ZEEE = 0) _ 2858.1 + cone) Com essa expresso, pode-se mohtar a tabela abaixo: avereus) | VM) 2 87 ns — 56,2 | 30° 53,3 60° 42,9 90° 286 56 Controle de Fase com SCRse TRIACS = 7 Leitor{a) - Mas, por que calcular 0 valor médio? Autor - E que muitas cargas (como um motor de maquina de costura) respondem a variacées de valor médio da tenséo aplicada Variando-se 0 valor médio da tensdo aplicada na carga, € variada’uma grandeza (velocidade, por exemplo) da carga Exemplo de Aplicagao: Tensio Eficaz na Carga Calcular o valor eficaz da tensao aplicada na carga, para os valores de a do Exernplo de Aplicagio anterior Ovalor eficaz, para uma senéide retificada em meia-onda, com angulo de disparo a, ¢ dado pela expressao: T_@ , sen2a aC an” 8x Veticas Observagao: Nesta expresso, a deve ser dado em radians. Para este exemplo, a expresso fica como segue: iT sen 2a 4 an" 8x Vetens= 1796, Com essa expresso, pode-se montar a tabela abaixo: a(graus) | afrad) | Vina z /90 89,8 15° x/12 89,6 ao | x76 88,5 60" /3 80,5 90° 4/2 635 Leitor(a)- Mas, por que calcular 0 valor eficaz? Autor- A razéo&a mesma do caso do valor médio. Existem carges, como uma resisténcia de aquecimento, cujo desempenho depende do olor eficaz. Variando-se o valor eficaz aplicado a resistencia, obtém-se uma veriagao da temperatura de umn fomo ouda ternperatura de um liquido. Exemplo de Aplicacao: Poténcia na Carga Calcular a poténcia fornecida a carga, para os valores de « do Exemplo de Aplicago anterior. A poténcia dissipada por uma carga resistiva ¢ dada pela expresso: Para este exemplo, a expresséo fica: Vine 100 Com essa expresso, pode-se montar a tabela abaixo a(eraus) | Vena | PO) 2 898 80,64 1s" 89,6 80,28 __30" | 885 78,32 | 60" 805 90" 635 Com todos estes exemplos, deve ter ficado claro como € possivel controlar a tensio ou 2 poténcia fomecida a uma carga. 58 Controle de Fase com SCRseTRIACs © OD. 5.2 Controle de Fase com TRIAC © TRIAC também pode ser utiizado para controle de fase de tensdo altemada. A tinica diferenca @ que o TRIAC conduz corente em ambos os sentidos, ou seja, o controle de fase pode ser feito nos semiciclos positive e negativo. Por iss0, em cada semiciclo deve ser aplicada corrente no gatilho, no instante em que o disparo for desejado. Exemplo de Aplicagao: Controle de Fase numa Carga Resistiva Dado o circuito absixo, calcular R, pare « = 2°15°,30°,60° 90" & desenher as formas de cnda da tensio na carga. R, 1000 WF | Figura 5.4 - Controle de Fase com TRIAC Para garantir 0 disparo em qualquer quadrante, deve-se garantir a minima corrente necesséria para o disparo, nas piores condicbes. Considerando-se Ic-=75mA ¢ Vqr=2,5V, resulta: 127/2sena~25 Hesne=2S _, Vp-sena— Vc piven Ver 75m Jor R, ~ 2394,73 sen u~ 33,33 Para os diversos valores de a, pode-se montar a tabela abaixo: agraus) | «'(graus)) RO) Q | 502 is | gs | 5865 jee 30 | 210° | 1.1640 240° | 2.0406 | 270° | 23614 Assim, R, pode ser formado pela associagao série de um resistor fixo R, de 472 e um potenciémetro R, de 3k30 [As formas de onda da tensio na carga esto mostradas na figura 5.5. 60 Controle de Fase com scRseTRIACs = 61 (ea=90" na Carga Exemplo de Aplicagao: Tensao Média, Tensao Eficaz e Poténcia na Carga ‘0s valores mécio e eficaz da tenséo ¢ a poténcia na carga As equagées da tensio médi, tensio eficaz e potencia na carga para uma sendide controlada por fase nos dois semiciclos esto mostradas a seguir ¥ Figura 5.5 - Formas de Onda da Tensi ara 05 Angulos de disparo do Exemplode Aplicagao anterior, calcular =Vp | Observacao: ‘| ComoTRIAG, sendoo angulo de disparo igualnos dois semiciclos, 1a forma de onda da tensSo na carga € simétrica e, portanto, seu valor medio é nulo. Para este exemplo, estas equagées ficam: 2 T_@ , sen2a vi =127,42.|--= = Nese Vatee = 127-12 9 39 a 100 Assim, pode-se montar a tabela abaixo: (araus)| (rad) | V.(V) | Vereu(V) | POW) 2 [n/m | 0 | 1270 | 161,29 | ae [x2 | o | 1268 | 160,78 go | r/6 | 0 | 1252 | 156,75 eo | /3 o | 139 | 12973 oo | n/2 0 898 | 80,64 —— | Comparando-se os resultados obtidos no circuito de controle de fase com SCR e no circuito de controle de fase com TRIAC, percebe-se que este iltimo @ mais eficiente Nos exemplos anteriores, as cargas sioiguiais. Nocontrole com TRIAC, 6 possivel aplicar plena tensao a carga, jé que tanto 0 semiciclo positivo como negativo da tensdo da rede sao uliizados. 62 Controle de Fase com SCRs e TRIACS §— 63 Se a carga fosse uma limpada, por exemplo, com SCR, ela nunca estaria acesa com poténcia maxima, Outro fato bastante interessante pode ser observado ao compargrem- se as tabelas de poténcia. No controle com SCR, para a= 2° (cu seja roximo de zero), a poténcia na carga é 80,64W. Na figura 5.312), observa- se que praticamente meia sendide é aplicada & carga. No controle com TRIAC, para c= 90°, a poténcia na carga também @ 80,64W. No figura 5.5\e), observa-se que dois trechos de 1/4 de sendide so aplicados a carga, o que corresponde, também, a meia sendide. esta comparagio, conclui-se que a poténcia entregue a cargadepende dos trechos de sendide que sio aplicados & mesma. Assim, o controle com TRIAC permite fomecer maior poténcia para a carga. Se houver um circuito que permita ao angulo de disparo variar de zero até 180°, 0 controle de poténcia com TRIAC sera continuo. Neste caso, poder-se-é variar a poténcia na carga desde zero até 0 valor maximo. Leitor(a)- Muito bom! Agora jé sei que posso controlar o instante em que 0 SCR e 0 TRIAC podem disparar. Portanto, tenho 0 dominio completo sobre os tiristores! Autor- Espere um pouco sé! Vocé reparou que nos exemplos vistos até este momento, néo foram utilizados éngulos maiores do que 90° no semiciclo positive € 270° no semiciclo negativo? Leitorfa) - E mesmo! Autor - I: isso que esté faltando explicar. Nos circuits até agora mostrados, o &ngulo de disparo nio passa de 90° no semiciclo positive e 270" no semiciclo negativo. Por exemplo, os valores do resistor R, do circuito da figura 5.1 foram calculados para der 0 valor necessario de corrente de gatilho no instante desejado da tensao da rede. AA figura 5.6 ajuda a entender melhor. 64 (a) Tensio de Disparo (b) Cireuito Equivalente Figura 5.6 - Detalhe do Célculo do Resistor Rx para a Corrente de Disparo Necesséria com a= 30 Na figura 5.6(a), @ mostrado que, no instante de dispero, a tenséo da rede éde 89,8V. Na figura 5.6(b), émostrado 0 circuito equivalente, indicando 0s valores ja calculados anteriormente, para o exemple da figura 5.1, com. a= 30" O valor da corrente de gatilho é: 9911 que é 2 corrente de gatilho necesséria para garantir o disparo, Se fosse usado 0 mesmo raciocinio para disparo com a= 150", a tenséo instantanea da rede seria: Controle de Fase com SCRseTRIACs = 6D. Veede = 127.V2.sen 150" = 89,8V Ora, esse @ 0 mesmo valor de tensio da rede para a = 30°. Assim, um valor de R, ajustado com esse valor de tensio de rede, faria o disparo otorrer em 30° e'néo em 150° Portanto, com esse circuito de disparo, & impossive! atingir angulos maiores do que 90°. A figura 5.7 ajuda a esclarecer este ponto. Vc) Figura 5.7 - Detalhe da Tensio de Disparo paraa = 30° ¢ «= 150 Assim, 0 controle sobre a tensdo na carga nao é ainda completo com 08 circuitos de disparo mostrados. O capitulo seguinte mostraré varios Vp = 0,66%20 +07 = Vp = 139V Considerando-se n = 0,66 (médio) e adctando-se V, = 2V, obtém-se | a inequagao que define R,, aa shr sO 4.5KO = Ry £1,22M0 . Eomobends Ry aun (cerca de’3 vezes maior do que o valor ‘minimo), para conseguir a freqliéncia de operacdo desejada, da express da freqiiéncia, calcula-se C;; a ¥ 15.108 500.In| \ Sera escolhido C; = 150nF, um valor comercial préximo. R,, pode ser calculado pela expresso dada pelo fabricente, Porém, como neste casoniohé restricio de temperatura, seré usedo Rg = 1000 Exemplo de Aplicacao: Oscilador de Relaxacao © circuito abaixo mostra um oscilador de relaxacso com WT sincronizado com a tenséo da rede: Figura 7.12 - Oscilador de Relaxagio com UST Sincronizado com a Rede Este circuito pode ser dividido em duas partes. A parte & direita do zener & 0 circuito do oseilador normal. . 92 Cireuitos de Disparo Pulsados com UsTe PUT —- 93. * Leitor(a)- Esperecil Ali no tem Vzq. Ocircuito ndo tem fonte de alimentacao? Autor- Claro, é 0 zener que iré estabilizar a tensdo da rede pare alimentar 0 oscilador. Veja como isso é possivel. No semiciclo negativo da tensio da rede, serd aplicada uma tenséo direta ao zener, que iré funcionar como um diodo normal. A figura 7.13 detalha 0 caso: Figura 7.13 - Condugao do Diodo Zener Polarizado Diretamente Leitor(a)- Mas isso coloca em curtocircuito 0 oscilador? Autor - Naturalmente! No semiciclo negativo da tensdo da rede, o SCR a ser controledo no everia mesmo conduzir. Assim, para nao haver dissipacao desnecessaria, no gatilho, o oscilador de relaxagao nao funciona, jé que se encontra sem alimentacao (diodo zener ern curto) No semiciclo postive, até que a tens8o de rede atinja a tensio V,, 0 diodo zener estaré bloqueado, A partir dai, 0 oscilador de relaxagao ficara alimentado com Vg = V;. Como a tensio de pico da rede é muito maior ue V,, isto ocorrera logo no inicio do semiciclo positiv. Uma vez alimentado, o circuito oscilaré normalmente ¢ primeiro ppulso (com angulo & em relacdo & tensdo da rede) ira disparar 0 SCR. Os demais pulsos séo desnecessérios, mas inevitaveis neste circuito. A figura 7.14 mostra as formas de onda de interesse + Figura 7.14 - Disparo Sincronizado com a Rede no Semiciclo Positivo Como os sinais s8o repetitivos, ou seja, as condigdes de carga repetern-se em todos os semiciclos negativos, o primeiro pulso ocorrer& sempre no mesmo ponto. Com isso, o SCR dispararé sempre com o mesmo angulo Se, antes do circuito, for colocado um retificador de onda completa, © disparo podera ocorrer sempre no mesmo ponto, também no semiciclo negativo. A figura 7.15 mostra as formas de onda resultantes. Figura 7.15 - Disparo Sincronizado com a Rede nos Dois Semiciclos 94 Circuitos de Disparo Pulsados com UST e PUT 95 Transistor de Unijungao Programével UT © PUT [Programable Unijunction Transistor ou transistor de unijungo programavel] é um dispositivo de quatro camadas, semelhante ao SCR. A, ciferenca & que no PUT, o terminal de gatilho situa'se na regido N, proxima a0 anodo. Principio de Funcionamento do PUT A figura 7.16 iisira a estrutura fisica simplificada, 0 simbolo ea analogia com doi (a) Estrutura Fisica Simplificada (b) Simbolo(c) Analogia com Dois Transistores Figura 7.16 - Transistor de Unijunedo Programével - PUT Apesar de sua semelhanga fisica com 0 SCR, 0 PUT & chamado transistor de unijuncio, por ser utiizado em circuitos, onde poderiam ser llzados UJTs convencionais. As caracteristicas elétricas do PUT e do JT. so semelhantes, mas a tenséo de disparodo PUT € programavel. Alem disso, © PUT @ mais rapido e mais sensivel do que o UJT. Em circuitos de temporizadores, de periodo longo, o desempenho do PUT é superior, face a sua menor corrente de pico no disparo. A figura 7.17 mostra 0 circuito de polerizacao de um PUT. carga cage (0) Cireuito Basico (©) Circuito Equivalente Figura 7.17 - Circuito de Polarizagao de um PUT Analisondo 0 seu circuito equivalente da figura 7.17(b) ¢ © circuito andlogo do PUT com dois transistores da figura 7.16{¢), conclui-se que, se V, “Veg — FV, Vp = Ven. Ra +Ry Se, por analogia com o UJT, for chamada de 11 a expresséo: Circuitos de Disparo Pulsados com UsTe PUT 97 Poressa expresso, fica claropor que PUT é chamado de programvel, pois, enguanto no UJT o parameiro 1 @ uma caracteristica construtiva, no PUT ele ¢ fixado por resistores externos. Quando T, entra em condugio, sua corrente de coletor alimenta a base de T,, que entra em condugéo. Com T, em condugéo, aumenta a corrente de basede T,, aumentando a corrente de coletor de T, e, novamente, a corrente de base de T, Trata-se, portanto, de um processo de realimentagéo da analogia com dois transistores, que faré T, e T; saturarem, Como consequéncia, o PUT permaneceré disparado. Para o PUT retornar & condigéo de bloque'o, é necessério tirar os dois transistoresda seturacdo.Iss0 86¢ possivel fazeridoa comrente de anodo i, cair abaixo de um valor Iy, analoga & comrente de manutengio dos SCRS: A figura 7.18 mostra a caracteristica estatica do PUT. Figura 7.18 - Caracteristica Estitica do PUT A semelhanca das caracteristicas do PUT e do UJT mostra por que 0 PUT ¢ considerado um UJT programavel. Em um PUT, I>, I. Vp e 1) s80 definidos pela escolha de componentes externos. 7.4 Oscilador de Relaxagéo com PUT O circuito do oscilador de relaxacdo com PUT esta mostrado na figure 719 Figura 7.19 - Oscilador de Relaxacao com PUT ‘O funcionamento deste circuito é analogo ao do oscilador com UIT. Ao ligarse a forte Vpg, estando © capacitor inicialmente descarregado, estara aplicada ao gatilho a tensdo equvalente V,, Como a tensao de anodo é nula (er = 0), 0 PUT estaré bloqueado, 0 capacitor inicia sua carga, tendendo a atingir Vss. Antes, porém, a tensio no capacitor atinge o valor Vp de disparo do PUT (vcr = va = Vs). Este disparara, tomando-se um caminho de baixa impedancia para a descarga de Cy-sobre Ry Durante a descarga do capacitor, havera um ponto em que a corrente pelo PUT cairé abaixo de I, bloqueando-o. Com isso, 0 capacitor voltard a catregar-se, alingindo novemente V,, repetindo-se o ciclo. A freqlléncia de oscilagao sera: 98 itos de Disparo Pulsados com UT e PUT = 9D Aligagaodo oscilader de relaxa¢éo com PUT ao gatilhode um SCResté mostrada na figura 7.20. Vae—4 Figura 7.20 - Disparo de SCR por um Oscilador de Relaxagio com PUT Exemplo de Aplicacao: Projeto de um dor de Relaxacao com PUT Para o circuito da figura 7.21, com Ve = 20V, Ci Rs = 1002 deseja-se calcular os demais componentes, para que circuito oscile em 120Hz, O PUT 2 ser utlizado é 0 2N6028, que tem as sequintes caracteristicas: 20 4p Ry pur Pa Figura 7.21 - Oscilador de Relaxagao com PUT Para océlculo de Ry, ¢ Rg, Parte-se das equacées de R, e V, abaixo: Rgy Ry R, = Backer ¢ Vg 2Vpg.< Ba Rom ReisRy: © YS" MOORS +Ree que podem ser reescritas da seguinte forma: Rpa-Re Veg Ry e R; ° 3)" Raz Ro Vs Rego = Adotando-se os parametros Vs = 10V e Rg = 10kQ, tense: Vy 20 Rugg = Y82..Rg = Rpg = = x10k = Rag = 20K. 2 = Ye Ro = Roz = 75 Nba ¥ 20kx10k . PUT - 2N6028 32 -Ro D0k=10K 7 Rar = 20K Ro=la. Com os valores de Ry, ¢ Ry,, Pode-se calcular 11 ¢ a tensao de disparo 4, 0,7uA (typ) IMA (max) do PUT (ey = vy = Vp 1, 25uA (min) 270uA (typ) 20k "= 204+ 20K 7 "= 8 Vs=10V__e _Rg=1Ma |_bO08uAtye) | OSHA tman) Vp = 1. Vg + Vp = Vp = 05x20+4 0,7 => Vp = 10,7 1, 18nA (yp) 25yA (max) v ¥ 100 - Circuitos de Disparo Pulsados com wT ePuT 101 ———$<—<—<—<— - * ‘A faixa de valores epropriada para resistor R, pode ser caleulada pela mesma equacao do UJT. Assim, adotandose V, = 1V, obtemse a inequacdo que define R,; , Vee -W cg < Mea =¥ Ip sRys 20-10 Tk sys 760k2 Ry $9,3MO. Como o Cr = 0,01NF (proposto pelo projetc), 0 valor de R, para a frequéncia desejada é calculado por: 1,202Ma Rr 7. 120x0,01x1 0" xin 1+ Pode-se, assim, escolher Ry = garantem a oscilacao. 2M. , que esta dentro dos limites que Para esbogar as formas de onda das tenses Vy, Vg € Vy nos terminais do PUT, séo necessérios ainda os valoresde tensdo dos pulsos do catodo (&,), utlizados para o disparo dos tiristores e da tenséo do gatilho (v,) quando 0 PUT esta bloqueado: ‘Tensdo dos pulsos do catodo: Vk = Vp - Wy = Vx =10,7-1=9 Vg = 9,7 *] Tensao do gatilho com PUT bloqueado: Vo = Vag = Vg = 0.5120 = Vg = 10V Assim, as formas de onda das tenses v,,.v,¢ v, ficam como mostra a figura 7.22 00 4 v,=107 Figura 7.22 - Formas de Onda no Oscilador de Relaxa¢0 com PUT 102 Circuitos de Disparo Pulsados com UsTe Pur — 103. Exercicios Propostos 7.1 Dado 0 circuito do oscilador de relaxagao de figura 7.2, pede-se: a) Verificar se 0 valor de R, & adequado para garantir a oscilacéo do cireuito, 1b) Qual a frequiencia de oscilacdo esperada? Dados do Circuito | Parametros do UJT Vy = 20V tay = KD. 17 Ip =1WA L=7mA W=15V 7.2 Em um oscilador de relaxagao a UJT (com 11=0,7), como 0 da figura abaixo, o capacitor & carregado a partir de uma fonte de corrente de mA. 20v-—+ on a) O que acontece com @ forma de onda da tensio no capacitor? ‘b) Qual a freqliéncia de saida? Ubs.: Desprezar 0 tempo de descarga do capacitor. 7.3 Dado o circuito da figura abaixo: a) Mostre que ele @ analogo ao circuito do Exercicio Proposto 7.2, calculando, inclusive, a corrente de carga do capacitor ) Qual a freqiiéncia de oscilago? 7.4 No circuito do oscilador de relaxacao com PUT da figura 7.21 escolha novos valores para R; ¢ Cy, para obter a freqléncie de oscilago em 480Hz 7.5 Determine 1, Vs e Vp, para um PUT polarizado com Vex = 24V © Ry) = 2Rre 104 Circuitos de Disparo Pulsados comustePuT = 105 Anotacoées ((contsio- couronenresecncuiros esPeciniD= IsPARO 8.1 Isolagao dos Pulsos de Disparo 8.2 Trensformadores de Pulso 8.3 Acopladores Opticos 8.4 Circuito Integrado TCA 785 - Exercicios Propostos Leitor(a) - Agora que eu 34 sei tudo sobre SCR, TRIAC, DIAC, osciladores com UIT etc, a que vem esse capitulo? Autor: Calma! Hé ainda alguns detathes a ver, como a maneira de isolar os pulsos de disparo de um tiristor e analisar circuitos especiais de disparo. 8.1 Isolacao dos Pulsos de Disparo Os SCRs e TRIACS sto dispositivos para controle de poténcia, cue trabalham com tenses e correntes elevadas, quando comparadas com os circuitos de sinal Os circuitos de sinal séo os circuitos analégicos cu digitais que operam com até dezenas de volt e até centenas de miliampere, Para que os dispsitivos de sinal, utlizados nos circuitos de disparo, néo sejam afetados pelas tensées e correntes dos circultos de potencia, € necessério isolé-los galvanicamente. Leitor(a)- 0 que & isso? Autor - Isolagao galvénica significa que nao ha percurso para a corrente de um lado para outro do circuito, Leitor(a)- Mas, por que isso é necessario? 106 Componentes ¢ Circuitos Especiais de Disparo = LO7 Autor- Para evitar que dispositivos sensiveis a tensées elevados sejam destruidos. Por exemplo, se.a tensdo de ruptura de um iransistorde sinal for de 35V, qualquer tensao maior do que esta poderd danificé-lo Leitor(a) -E 0 que garante 2 isolagdo da parte de sinal. Autor- Dispositivos como transformadores de pulso e acopladores 6pticos, que serdo estudados a seguir. 8.2 Transformadores de Pulso Os transformadores de pulso sao especialmente projetados para transmitir os pulsos de cisparo aos SCRs e TRIACS. A figure 8.1 dium exemplo de uilizacao do transformadr de pulsonum Circuito de disparo com UJT. Vow Isolagio Gatvinica Figura 8.1 - Aplicagao do Transformador de Pulso projeto dos transformadores de pulso deve atender a algumas condigdes, entre as quais 2 de que 0 acoplamento entre primério e secundério deve sero mais perfeito possivel Leitor(a)- Mas por que esta exigéncia? E que no disparo, a corrente injetada no gatilho propaga-se transversalmente no material sem:condlutordo SCR. Duranteessanronagacho, a reas a atingidas vio se tornando condutoras, deixando circular a corrente de anodo, A figura 8.2 simboliza a propagagao da érea condutora 108 4 " 6 ¢ el . N n i La t 1 ! K K k (0) Inicio do Espalhamento (6) Espalhamento Parcial (c) Espalhamento Total Figura 8.2 - Espalhamento da Area de Condugio do SCR Durante 0 Disparo Se 0 acoplamento nao for adequado, durante o disparo, a area condutora pode nao se espalhar rapidamente, fazendo com que a corrente de anodo se concentre toda em uma drea pequena. £0 que se chamade ponto quente. Isso tende a queimar 0 SCR. Uma outra caracteristica desejada para os transformadores de pulso que a isolagao entre os enrolamentos seja elevada (tipicamente da ordem de kV) para evitar que tenses desenvolvidas nos enrolamentos, em funcdo da ‘operacao normal do conversor, possam causar-Ihes dans. As condigGes de acoplamento e isolag3o sé0, portanto, conflitantes entre si, E necessério, assim, encontrar uma solugao de compromisso entre a isolago requerida e o tempo de subida do pulso de disparo. Em conversores com mais de um tiristor, 0s tirstores alternam-se em conduso, isto @, ora conduz um, ora conduz outro. Quando a carga for resistiva, esta transi¢ao sera imediata. Neste caso, nao existe problema, Quando a carga for indutiva, haveré um intervalo entre o instante de disparo ¢ 0 momento em que realmente o SCR entraré em conducao. Desta forma, deve-se manter o pulso aplicado por um intervalo de tempo razoével, para garantir que o SCR esteja em condigées de disparo no momento adequado, Isso resulta em pulsos largos, que tendem a saturar 0 niicleo do transformador de pulso. Componentes ¢ Circuitos Especisis de Disparo = LOD. Para evitar essa saturagao, usa-se um esquema chamado de disparo por pulsos de alta freqiiéncia. O pulso largo é transformado em um conforme ¢ ilustrado na figura 8.3 e (2) Palso de Gatitho Desejado (b) Pulso Modulado em Alta Fregiiéncia Figura 8.3 - Disparo por Trem de Pulsos de Alta freqiiéncia A tensio Vs € 0 pulso ou tensao de gatilho desejada. Trata-se de uma tensio de baixa frequéncia, que tenderia a saturar o transformador e distarcer a tenséo aplicada ao gatilho, Ac. & uma tenséo com envoltéria vg, € possui alta freqiiéncia quando ha necessidade de se aplicar pulso no gatilho, O circuito da figura 8.4 faz exatamente o desejado no disparo por trem de pulsos: 110 NAIL a FS a 2 = z 3 . 8 z | rit 4 i Hs ptetotiy Figura 8.4 - Circuito de Disparo por Trem de Pulsos Leitor(a)- Mes que complicado! Como isso funciona? Autor- E simples, veja a explicacéo. ( conhecido circuito integrado 555, montado na configuracéo astével, gera um sinal de alta frequéncia (5 10 kHz) em sua saida (pino 3), cujo valor dependedeR,,R, C,. Apés pessar pela porta légica AND, o sinalé amplifcado polo transistor e acoplado ao SCR através do transformador de pulso. 111 Componentes e Circuitos Especiais cle Disparo O diode D, evita que aparecam sobretensées no transistor, quando este cortar. Neste instante, a energia armazenada no niicleo do transformador € dissipada pelo resistor de 330. No secundrio do transformador, D, retifica os pulsos, impedinds que seja aplicada tenséo negativa a0 gatho do SCR 3 Acopladores Opticos Outre maneira de isolar pulsos de disparo é através de acopladores “opticos Basicamente, um acoplador éptico é constituido de um LED (diodo ‘emissor de luz) infravermelho e um fotodetector. O fotodetector pode ser ‘um transistor ou até um SCR ou TRIAC, arranjados num mesmo involucro A figura 8.5 ilusira duas possiilidades, ‘ 6 A x K (@) Transistor como Fotodetector (b) SCR como Fotodetector Figura 8.5 - Acopladores Opticos inconveniente em usar acopladores épticos com transistor 6 a necessidade de uma fonte adicional, para polarizar © circuito de coletor do transistor e fornecer @ corrente de gatiho. Uma solugio interessante é usar acopladores épticos com tiristores, como 0 MOC3011 da Motorola, que usa um TRIAC como fotodetector, que vemos na figura 8.6, moca011 2 Figura 8.6 - Circuito Integrado MOC3011 Com 0 MOC3011 é possivel acionar um outro TRIAC diretamente @ partir de um sistema digital, como se vé na figura 8.7. rR, MOC3011 Fin Pustoow +5V. =" Oy 6) FA ” , i - ; = x @, nav HLY|, DV Sine al Figura 8.7 - Circuito de Disparo com MOC3011 Desejando acionar 0 TRIAC Q,, 0 sistema digital deve fornecer nivel logic “1” a entrada de controle da porta NAND. Assim, 0 pino 2 do MOC3011 vai para nivel lbgico “0” e o LED D; fica polarizado diretamente, disparando 0 fotodetector Q, e, como canseqiiéncia, o TRIAC Q, Exemplo: | Considerando o circuito da figura 8.7, e dadas as caracter | TRIAC Q, e do circuito integrado MOC3011. ticas do a) Verificar se oMOC3011 esta sendo usado dentro de seus parametros rmiximes 'b) Calcular 0 valor da tensio da rede no instante de disparo do TRIAC |, | +] 112 113 Componentes ¢ Circultos Especiais de Disparo | Parametros do TRIAC Q, = Va | 2V : ler 100 mA. Parametros do MOC3011 LED tk [20a tiny] 50 mA (max) ve | 13V@10m sid TRIAC Vise-Voes] 250V (min) V; | 3V (max) @ 100mA 1, | 1,2 A (max) a) No MOC3011, a corrente I, de entrada no pino 1 (anodo do LED) deve ser inferior a 50mA, pare nao danificar o dispositivo, e deve ser superior a 10mA, para garantir 0 disparo de Qy Nocasode se desejardispararo TRIAC Q,, tendono pino 2nivellogico "0", a corrente |, vale: ° preemes 5-Vp _ 5-13 Ine =e mA | Rp 300 7129 Desta forma, o MOC3011 esta protegido ite 0 dispar: | TRIAC intemo Q,. ———EEE Paraverificar se o TRIAC Q, esta protegido, consideraremos as piores condigées para a sua corrente de anodo (corrente no pina 6}, fechando a | malha: fase da rede - R, -R, - Q, - neutro da rede, ou seja: V, = OV (para Q))€ Ve; = OV (para Q,), apenas para efeito de célculo, ¥ Mas, para isso, @ necessério calcular o valor de Ry Vinte - 127? = = = 2 Ry Py 700 161,292 Portanto, a corrente méxima no pino 6 sera: = Us = 12742 6° R, +R, 180+16129 Isto garante que o TRIAC interno nao sera danificado, pois opera com corrente menor que @ méxima permitida (|, =1,2A) = 0526A 'b) A tensio da rede, no instante de disparo, @ obtida supordlo-se que | [= 100 mA eV, = 2V sejam aplicados a0 TRIAC Q, (ainda bloqueado] € considerando-se o pior caso pare Q,, isto é, V, = 3V (max): =3-2 | 180+16129 ° ro00x10-9 = Yee = 39,13V Assim, quando a tens8o da rede atingit 39,13 V, o TRIAC Q, seré disparado. 8.4 Circuito Integrado TCA 785 A grande utilizacao de circuitos tiristorizados, a cos ircuitosdedisparo, deumargemaoaparecimentod de disparo. A finalidade desses circuitos integrados & 2 de facilitar 0 projeto de circuitos de disparo e torné-los mais compactos e confivets. Em muitos aparelhos usados industrialmente, destaca-se a utlizagaio do ircuito integrado TCA785 da Siemens, mostrado na figura 8.8, que sera estudado a seguir. 114 ‘Componentes e Circuitos Especiais de Disparo 115 TCA 785 (a) C1 TCA785 . DPE >—ncarrnabon (6) Diagrama de Blocos Figura 8.8 - Circuito Integrado de Disparo TCA785 Leitor(a) - Mas que complicado! Como isso funciona? E preciso conhecer tudo o que tem dentro dele? Autor Néo, logo veremos que o seu uso e ker simples. Ocircuito interno sera explicado apenas para fixar oconceito dodisparo por pulsos. Alémdisso, 0 conhecimentode como o TCA785 funciona, ajudaré a entender os circuitos de disparo e como projeté-os. A figura 8.9 mostra uma parte do diagrama de blocos do TCA785. Detector de r Passagem por Zero Figura 8.9 - Detalhe Parcial do TCA785 Todo circuito de disparo, em retificadores controlados, deve ser sincronizadocoma rede, ou ocorreré o disparo aleatério dos tiristores, uma vez que cada pulso sera aplicado num instante diferente, que n&o esté relacionado com a tenséo da rede. Um ponte de referéncia para sincronismo éa passagem da rede por zero. [sto ocorre a cada 8,33 ms, aproximadamente, em redes de 60Hz. NoTCA785, existe um detector de passagem por zero (bloco DP2), que gera um pulso de sincronismo toda vez que 2 tensio da rede passa por zero. A entrada para a tensdo de referéncia de sincronismo é no pino 5, como mostra a figura 8.10 116 Componentes ¢ Circultos Especiats de Disparo = 117 ead 6) ® po oF (a) Conexio da Referéncia Pino § (0) Tensio de Referéncia Figura 8.10 - Referéncia para 0 Detector de Passagem por Zero A fonte de alimentagao para os circuitos internos é de 3,1V, regulada elo proprio TCA785, a partir da tensio de alimentacio do circuitointegrado (V2). Isto permite que o Cl possa ser alimentado com diversos niveis de tensio (8V s Vs <18V) A tensio de 3,1V esta também disponivel extermamente (pino 8), Podendo ser filtrada (por C,, na figura 8.9) para reduzir a ondulacao. A base de sincronismoé um gerador de rampa, cuja caracteristica @ ajustada por Ry e C,, nos pinos 9 ¢ 10, respectivamente. Leitor(a)- Mas, 0 que é um gerador de rampa? O gerador de rampa forece uma tensdo que varia linearmente com © tempo (reta). Ou seja, a tenséo dobra se 0 intervalo de tempo dobrar. Em outras palavras, a tensio cresce proporcionalmente ao aumento do tempo, como se vé, por exemplo, na figura 8.11 118 Figura 8.11 - Saida de um Gerador de Rampa Pelografico da figure 8.11 ,quando a variacdo de tempo for de 0,15 (por ‘exemplo, de 0s a 0,15 ou de 0,25 a 0,35), 2 variacdo de tenséo sera Sempre ‘a mesma (0,1V). Um capacitor é regido pela expressao: onde dv éuma pequena variagao de tensaoe dt uma pequena variag30, de tempo. A interpretagao da equagao do capacitor é que, havendo variacao da tensao no tempo (dv/dt), havera corrente circulando pelo capacitor. Além disso, essa corrente ser4 proporcional ao valor do capaciter. Exemplo: Sedv = 100mV edt = 0, 1m, isso significa que, em 0,1ms, a tensionos terminais do capacitor variou de 100mV. Neste caso, sendo o capacitor de AUF , de acordo com a expressio acima, a corrente pelo capacitor ser de 3 = 1e10-*, 1000" a seals c= Ima long ste Oust © 119 Componentes e Circuitos Especiais de Disparo De tudo isso, concluise que, se a carrente que flui pelo capacitor for constante, a variagdo de tens8o seré proporcional 8 variagdo do tempo, ou ecja Assim, com I, constante, a tensao aumentaré segundo uma reta em relacéo ao tempo, como aquela da figura 8.11. No TCA7BS, ocorte justamente o descrito acima. O capacitor Cy & carregado linearmente através de uma fonte de corrente constante, cujo valor pode ser controlado por Ry, segundo a expressio: oer onde K = 1,1 @ Veoy = 3,1V. Osvalores minimoe maximode lox, respectivamente, 10WA ¢ 100018 devem ser observados. O mesmo ocome com Re, que deve estar entre 3KO e 300k Finalmente, 2 tenso Vg da rampa, no capacitor Ca, crescelinearmente com o tempo, conforme a equacdo: Para o correto funcionamento do circuito, devem ser considerados os valores minimo e maximo de C,, respectivamente, SOOpF e 1XF. Um valor elevado de C, tomaria a descarga do mesmo muito lenta, comprometenco novo ciclo de carga e, conseqiientemente, o sincronismo do disparo, Exemplo: Se Ry = 1000 e Cy = O,1NF, tem se: — * bal leg = SN Icy = 341A > 'en = Jo0,108 34ad0-° 1 Vea = 1 t= Ven = 341. Von = Ce 01x10 “ Leitor{a)- Muito bem! Agora que eu jé sei como gerar a rampa, 0 préximo passo é gerar o pulso de disparo, néo 6? Autor. Sim, mos vamos devagar. A tensio da rampa Va ¢ comparada com a tensao de controle Ve, no pino 11 do TCA785, como mostra a figura 8.12. ‘inal Apiicado ao Bloco L6gico Figura 8.12 - Comparador de Disparo do TCA785 No instante tp, correspondente ao &ngulo de disparo «em relacdo 20 sinal da rede, quando as tensées se igualarem (Vx = Vc), a. mudanga ce estadonna sada Vp do bloco Comparador de Disparo indicaré 2o bloco Légica de Formagao de Pulsos, que um pulso de disparodeve ser acoplado.a uma de suas saidas. ‘A tensao da rampa Vox esté limitada a (Vs 2) V, ou seja, 2V abaixo da tenséo de alimentacao. 120 Componentes e Circuitos Especiais de Disparo = L121 (O capacitor continua ase carregar até que, no proximo cruzamento por zero, 0 Detector de Passagem por Zero informe o evento ao Registrador de Sincronismo. Esie registrador ira gerar um pulso de sineronismo que saturaré T,. Com T, saturado, 0 capacitor do pino 10 (@,) descarregar-se-a rapidamente, ficando preparado para © inicio da proxima rampa. A informagdo de passagem por zero s6 éliberada apts a descarga de Cy, que € monitorads pelo bloco Az (Monitor de Descarga de C). Leitor(a)- Mas, este circuito integrado tem mais do que uma saida? OTCA785 possui uma safdaQ; (pino 14)e outraQ, (pino 15)defasadas, em 180". EnquantoQ, serve para disparar um SCR no semiciclo positive, Qp pode ser usada pera disparar um segundo SCR no semiciclo negativo, Masha ainda cutras saidas, que logo sero explicadas. Com as informagées dos circuitos anteriores, 0 bloco Légica de Formagao dos Pulsos encarrega-se de colocar nas saidas a forma de pulso selecionada. A duragd0 dos pulsos depende de C,. e do coeficiente B conforme a tabela abaixo (em valores aproximados! Ci2__ | Aberto | 150pF | 220F | 330pF | 6800F | 1000eF | Cute B=620us/n | 20s | 93us | 1361s | 205us | 422s | 620us | 180°-a Como pino 12 aberto, assim quea rampaseigualar’ tensdode controle (pino 11}, sera acoplado um pulso de duragao B = 30ps nasaida Q,(pino 15), sea tensio da rede estiver no semiciclo positivo. Caso a tensio da rede esteja 1no semiciclo negativo, o pulso seré acoplado na saida Q, (pino 14) Seo pino 12 estiver curto-circuitado a terra, a largura dos pulsos seré fixa, estendendo-se do instante do disparo até o inicio do proximo semiciclo. Com isso, conseque-se um pulso longo, de duracéo 180° ~ a, que éutiizado para garantir 0 disparo do tiristor em aplicagdes com carga indutiva, Para cade valor de C,z mostrado na tabela, terse pulsos com outras duragées, dadas pelo parametro B. ‘A figura 8.1 3mosira.a formagao dos pulsos em duas opgdesde duragao dos mesmes. Com Pino 12 Aterrados, Pulses ddeLonga Duragio. Figura 8.13 - Formacao dos Pulsos de Disparo 122 Componentes e Circuitos Especiais de Disparo 123 Exemplo: Para oTCAT8S da figura 8.14, Ry = 100k e Cy 47nF ,compino 12 aberto. Desenhar as formas de onda nos pinos 14 e15, considerando uma tenséo de controle V. = +15v SV. 14) mn oA 785 Ii) 0, n [roy Figura 8.14 - TCA785 como Gerador de Pulsos de Disparo Atensio no capacitor C, cresce linearmente com o tempo, conforme a equagao: Ver lew Bt Cu periodo da rampa em C, é de 8,33ms (1/2 periodo de 60 He). O valor maximo da tensao em C, serd, portanto: ‘eRmax | Mas, 833.10 4710" lor = on = Se Assim: olen slog = Verinax = 177234 Lox Add = len = 4A Vermax = 177234.leR = Vepmax = 177234x34,1410° = Verinax 124 Vv Finalmente, as formas de onda nos pinos 14 e 15 estao mostradas na figura 8.15: (Pino 18) (Pino 14) | Figura 8.15 - Formas de Onda nas Saidas Ql ¢ Q2 do TCA785 3,5V, 0 disparo ocomera em: = to = 4,82ms ns) ums) Ams) ms) Componentes ¢ Circuitos Especiais de Disparo, = 125, (0 TCA785 tem outras opcées para os pulsos de saida. As saidas Q, {pino 4) e Qy (pino 2) sao complemeniares (com sinal ldgico invertido) em relagao as saidas Q, (pino 14) e Q, (pino 15), respectivamente. A figura 8.16 mostra os pulsos Q,, Q,€ 0s seus complementares Qe Qz oy (Pino 15) (pino 6) Figura 8.16 - Pulsos nas Saidas Normais e Complementares Q) e Qe sao saidas em coletor aberto, ou seja, com transistores internos que recebem sinais nas suas respectivas bases, mas que s6 conduzirso ‘quando polarizados corretamente, através dos resistores externos R, e como no circuito da figura 8.17 Nes % ir. hs nai 785 A Figura 8.17 - Polarizagio das Saidas Complementares Osvalores de Re R, devem sercorretamente cakculados, levando-se em conta que a corrente maxima de saida nos coletores dos transistores é de 10mA, Oaterramentodo pino 13 resulta em puisosde longa duragao(180° a) nas saidas Qy e Qz , de modo semelhante ao que ocorre com o pino 12 para as saidas Q, € Q, Existem, ainda, duas saides auxiliares Q,(pino 3) e Q, (pin 7), também em coletor aberto, A sada Q, ¢ andloge a saida Q,, di‘erindo apenas pelo fato de que, em Qy a duragdo do pulso é constente e igual a 180° (8,33ms em 60H2) A saida Q, @ igual a uma associagaa logica NOR das saidas Q; ¢ Qs, sendo util no disparo de TRIACs Na figura 8.18, estao ilustradas as formas de onda das saidas Q, e Q, 126 ‘Componentes e Circuitos Especiais de Disparo = 127 4 (ino 15) iff. a4 (ino 18) Figura 8.18 - Saidas Auxiliares QU e QZ Uma op¢iomuitoimportante no TCA785 é a possitilidade de bloqueio das saidas. As saidas estarao liberadas apenasse o pino 6 tver tensao superior @.4V. Por outro lado, estaré garantido o bloqueio dos pulsos se a tensio no pino 6 for inferior a 2,5V. Leitor(a)- Mas quando isso ¢ wtil? Quandobé defeito em um equipamento que use tristores, ouno sistema ppor ele controlado, & muitas vezes interessante bloquear o funcionamento dos tiristores. A idéia € que um alarme, que indique uma condic3o defeituosa, ossa atuar no pino 6 do ICA/8D, evitando causar maiores danos ac equipamento ou 20 sistema, ‘A condicéo de bloqueio no pino 6 pode ser feita com uma chave de ‘operac3o manual, com um contato de relé ou ainda, usando a saida de um transistor NPN. _ ie ee Leitor(a)- E como o bloqueio funciono? oS Autor- Vamos ver isso em um exemplo. z I eat Exemplo: A figura 8.19 mostra um circuito para 0 bloquéio das seidas do TCA785 Voces R 9), f (| tea Vee «Vpn 785 7 e 43), Figura 8.19 - Bloqueio do TCA785 com Transistor NPN Enquantonéo chegar nenhum sinal debloqueio, otransistor permanece cortado, fazendo com que a tenséo no pino’6 seja de SV,, deixando as saidas do TCA785 liberadas. Com osinalde bloqueio, otransistor sature e atensio no pino 6 cai abaixo de 2,5V, bloqueando as saidas do TCA785. Portanto, basta calcular R. ¢ R, para que o circuito satisfaca essas condigces. A cortente de base seré Votea ~ Vee _,j, 5-07 43 3 128 129 ‘Componentes ¢ Circuitos Especiais de Disparo Para Ip =10HA, obtém-se Rg = 430K. Escolhendo-se um valor comercial proximo, Rp = 390K, resultaré em Ip = 1A. A corrente de coletor minima seré: i Icasin = Bruin! = Ternin = 12521 1x10 = Iepin = 1,38MA_ Qualor de R,,,,, para garantir a saturago do transistor e o bloqueio do TCA785 sera: Rome = Loca Votan 5-025 _, ‘comin least Remin = 3.4420 Sera escolhido 0 valor comercial Re = 390 8.7 Por que 0 TCA785 tem duas saidas Q, ¢ Q,, defasadas de 180°? 8.8 Quando é usado o pino 6 do TCA785? Em condigdes normais de ‘peracdo, qual é o nivel légico aplicado a este pino? 8.9 Projetar um circuitode alimentagaoV. para opino 16 doTCA785, a partir de uma rede de 220V, considerando os seguintes parimetros para TCA785 Parametros do TCA785 Tensoes Admissiveis no Pino 16 (V.) 8< Vs <18M Carga Maxima do TCA785 Iho = 100 mA (+) Consumo Maximo Intemo do TCA785 I= 10 mA Tensao Maxima nos pinos 14 (Q,)e 15 (Q,) Vs- 3 (VI Corrente Maxima dos Pulsos de Saida 60 mA Exercicios Propostos 8.1 Quais os componentes utilizados para isolar partes de sinal e de poténcia em circuitos com SCRs e TRIACS? 8.2 Explique qual a causa de formacdo de um “ponto quente” no disparo de um SCR ou TRIAC. 8.3 O que é 0 sistema de disparo por trem de puisos de alta freqaéncia € por que é utilizado? 8.4 Como funciona a isclario de pulsos de disparo por acopladores aticos’ 8.5 Como funcionaogeradorde rempano TCA785? Que componente ccontrola 0 valor da comrente de carga do capacitor de rampa? 8.6 Porque ocapacitorligado ao pino 10 deve ser descarregado ao final de um semiciclo? Como isso ¢ feito? (+) 60mA (saidas) + 10mA (consumo interno) + 30mA (folga) Esquema Basico do Circuito de Alimentagéo do TCA785: b 4 oS nw , 7 a, up tea | oma ear Zhe | rs | O os 1 60mA 8.10 O fabricante do TCA785 sugere a colocagéo de diodos em antiparalelo com o pino 5, para limitar valor da tensao de sincronismo. Verifique se 0 valor do resistor de 220k, no circuito da figura 8.10, considerando V,qu.=220V, € adlequado para um diodo de sinal 1N4148, que tem corrente maxima de 75mA, 130 Componentes e Circuitos Especiais de Disparo = L3 1. 8.11 Calular o resistor de rampa R,, do pino 9 do TCA785 do Exercicio Proposto 8.9, dado que a alimentarso é Vs = 15V eC, 8.12 Calcular © potenciometro de referencia Hp e o resistor Ry, paga servirem de tensao de controle do pino 11 do TCA785 do Exercicio Proposto 8.9, dado que a impedancia de entrada neste pino é de 15k2, conforme o citcuito abaixo. Vn18v 8.13 Seja ocircuito de disparo mostrado abaixo, onde aparece ay @ conexéo do TCA785 com o TRIAC 2N6344 parecer a) Calcular Re, sabendo-se que 0 TRIAC necessita de loy=75mA € Vox=1V para garantir 0 disparo bb) Por que as saidas 14 ¢ 15 foram conectadas com diodos? +15v 16 44] Tea 785 1 15} 8.14 Interigue os circuites projetados e anialisadus nos Exercicios Propostos 8.9. 8.13, num tinico circuito integrado TCA785, para controlar a poténcia de uma limpada de 220V/100W. Respostas dos Exercicios Propostos Capitulo 1 1.1 - As semelhangas bisicas sio + Tanto um dicdo quanto um SCR funcionam como retificadores, ou seja, permitem a passogem da comente eétrica em apenas um sentido, de anodo para catodo. ‘+ Tanto um diodo quanto um SCR permanecem bloqueados quando polarizados reversamente, com anodo negativo em relacao 20 catodo. As diferencas basicas so: Num diodo, quando a tensio de anodo torna-se ligeiramente mais ppositiva que a de catodo, ele passa a conduzir. Num SCR, mesmo com tensao posttiva doanodo em relacao.ao catodo, ele permanece bloqueado. Para que o SCR conduza, @ necessario que, além da polarizagao direta, seja injetada corrente no terminal de gatilho. Uma ver disparado, o SCR comporta-se como um diodo, podendo ser retirada a corrente de gatilho '» Num diodo, 0 bloqueio ocorre com tenséo reversa, Num SCR, 0 bloqueio pode ocorrer tanto com tensdo reversa quanto pela queda da corrente entre anodo e catodo abaixo de um valor minimo de manutencéo. 1.2- Vay~ Tensdo Maxima Reversa Repetitiva que pode ser aplicada entre anodo e catodo sem danificar o SCR. yyy ~ Corrente Média Nominal que pode circular pelo SCR sem danificé-10. O indice T refere'se ao estado de condugao (on state) € 0 AV refere-se média (average). Este pardmetro esté associado & maxima temperatura de juncao. . Vp ~ Tenséo Maxima nos Terminais do SCR, quando este esta no estado de condugao. ny- Corrente Maxima entre os Terminaisdo SCR, quando este est no estado de condugao. Este parametro também esta associado a temperatura méxima de jungéo. 132 Respostas dos Exercicios Propostos 13.3, Capitulo 2 2.1 - Considerando que 0 diodo polarizado diretamente comporta'se como um curto-circuito: , a) y= 12 mA b) l= 12 mA 2.2 - Considerando que o diodo polarizado diretamente comportase como um curto-circuito, Vs = OV. 2.3 - Toda vee que hower OV (nivel logico 0} em uma das entradas A ou B (ower ambas}, pelo mencs um diodo conduzira ea saida sera nula (nivel légico 0). Sé quando ambas as entradas forem SV (nivel logico 1), 0s diodos estardo cortados, fazendo com que a tenséo de saida seja igual 8 da fonte de alimentacao, isto €, SV (nivel logico 1). Portanto, a tabela-verdade é ry Bl) Ss 0 0 0 0 1 0 J LK 2.4 - Re = 2,46KQ (valor calculado] ouR,, = 2,7k2 (valor comercial mais proximo que garante a saturagéo). 2.5 - O circuito do exercicio 2.4 funciona como uma porta inversora Ligado & saida do circuito do exercicio 2.2, que funciona como uma porta, AND, 0 resultado & uma porta NAND, cuja tabela-verdade e: A Ss 0 po [a 0 a 1 fo fa 1 1 0 Capitulo 3 11 - Resposta no tépico 3.1 3.2 -Polarizacio reversa, polarizago direta em bloqueio e polarizagio direta em condugao. Detalhes schre essas trés regives, vide topico 3.2. 3.3» Resposta no tépico 3.2. 3.4 - Disparos por: sobretersao. variagao de tenséo (dv/adlt), aumento de temperatura e luz ou radiacéo. Detalhes sobre esses métodos de disparo do SCR, vide subtopicos correspondentes no topico 3.4. 3.5 - Disparo: Chaves CH, e CH, devem estar fechadas. CH, alimenta oSCRe ocircuito decisparo formado ror CH,,D,,R, eRe. Quandoa tensio da rede atinge um determinado valor no semiciclo positive, ela cria uma corrente em R, suficiente para disparar o SCR, Bloqueio: Com as chaves CH, ¢ CH, fechadas, basta a tenséo da rede passar por zero. Outra forma @ desliger a chave CH;. 3.6 - A chave CH, ¢ usade para curto-circuitar 0 SCR. Como ela se toma um caminho de mener resistencia para a corrente, toda a corrente do Circuito é desviada para ela. Desta forma, a corrente do SCR se anula e ele bloqueia. Portanto, a fungao de CH, é bloquear o SCR OSCR. disporado quando CH, 2 CH, s80 fechadas e CH, permanece aberta. Apos 0 disparo, CH, pode ser aberia e, ao deseiar-se o bloqueio, CH, deve ser fechada. A lampada apaga quendo, com 0 SCR bloqueado, CH, € aberta. 3.7 - O capacitor C, ¢ carregado pelo resistor R, (12K) , ficando com a polaridade indicada na figura 3.14. Quando CH, for fechada, o capacitor aplicara uma tensio reversa sobre o SCR, bloqueando-o. 3.8 O valor de R, iniluencia 0 ponto de disparo do SCR, pois é ele que limita a corrente de gatilho. Desconsiderada a resisténcia da lampada, 0 Circuito equivalente Thévenin para o gatilho (considerando a tenséo da rede fem que ocorre o disparo) @ o da figura a seguir: 134 Respostas dos Exercicios Propostos. = 135 Accorrente de gatilho (desprezando a queda de tensao no diodo gatilho- catodo do SCR) vale aproximadamente: Min. Mrede RnR, A corrente de gatilho para gerantir o disparo é Iq=20mA e a pior condigso € quando 0 angulo de disparo é de 90° (quando a tensio da rede atinge 0 valor de pico). Assim: Io Vyede(90") 1272 Tog = ER = Rina = So ng = Rien = 8.9842 Rison 20x10 > Mme = 8° Qualquer valor de R, acima deste no garantiré o disparo do SCR. 3.9 Circuito da figura 3.18: Circuito da figure 3.19: vw Cireuito da figura 3.20: forma de onda idéntica & da figura 3.19. Capitulo 4 4.1 A vantagem @ que o TRIAC permite 0 controle em ambos os sentidos de condugo, sendo mais adequado para o controle de cargas em corrente alternada, 4.2. vantagem & que 0 TRIAC pode ser disparado tanto por pulso positivo quanto negative. O SCR s6 pade ser disparado por pulso positivo. 4.3 Chave na posigo 0: A lampada esta apagada ea tensio & sempre ula, Chave na posigao 1 136 Respostas dos Exercieios Propostos, = 137 Chave na posicio 2. » | wt Capitulo 5 on 5.1 a) Considerando o pior caso para tensao e corrente (Vc=1,5Ve Ig=20mA), chega-se a seguinte tabela: aigraus) | R,(@) x 673.9 + 04 20° 2.853,7 1472. | eee | 127 a (S962 60" 7.335,4 ——f 90" 8.481,2 | “m4 12788 a 138) - Respodns MaEERicie Pareene 150) Bo 1a ¢) Para uma carge Ry = 161,30 (lampada de 127V/100W), terse (grams) | Veas(V) | 5 89,8 50,0 20° 89,4 49,6 we 85,6 988 | 455 60" 80,5 so | 635 286 25.0 resultado interessante é que para a = 5°, praticamente 1/2 senéide @ aplicada a lampada e, portanto, a poténcia deserwolvida pela lampada é metade da poténcia nominal (50W). Com a = 90" , apenas 1/4 da sendide é aplicado a lampada, quedissipa 1/4 da poténcia neminal (25W), 5.2 a) Considerando Voy=2,0V ¢ I=10mA, chega-se & sequinte tabela: qgraus) | @'(eraus) | RX(Q) o 185° 13653 20 | 200" 5942.7 as | 225 | - 12.4996 60 240" 15.3538 90" 270 | 17.7600 ») 187 157 an 104 1B ne 1278 wr ar sat we sari 1555 1855 seit 140 141 Respostas dos Exercicios Propostos ¢) Para uma carga R, = 161,39 (lampada de 127V/100W), terse: a(graus) | a(rad) | Vn) | Vw) | PW s 0/36 0 127,0 100,0 20° n/9 0 126,4 99, 1 4s" n/a 0 data 209 | 60° n/3 0 - 113,9 804 90° r/2 | 0 898 | 500 O resultado interessante é que para «= 5°, praticamente toda a tensio da rede é aplicada a lémpada e, portanto, a poténcia desenvolvida pela limpada é a poténcia nominal (100W) Com a = 90", 2/4 da sendide sio aplicados a lampada, totalizando 1/2 sendide, ou seja, sua poténcia cai a metade (50W). 5.3 A faixa de controle de potencia da lampada seré. Com SCR: 25 90°, alampada nao € apagaré totalmente, ficando no minimo com meia poténcia Capitulo 6 6.1 Resposta no tépico 6.1. 6.2 Resposta no tépico 6.2. 6.3 Vide Exempla de Aplicagao: Dimmer, no item 6.2. 6.4 A principal vantagem, tanto da SUS quanto da SBS € que, ‘enquanto 0 diodo Schockley tem tensao de disparo fixa, 2 SUS e a SBS ‘possuem um terminal de gatilho adicional. Acrescentando-se componentes ‘externos, como diodos zener ou resistores, 20 terminal de gatilho, as ccaracteristicas de disparo podem ser alteradas. __ 6.5. ASUS, por ser unilateral, dispara apenas com tensdes positivas E adequada, portanto, ao controle de disparo de SCRs, Ja, a SBS, sendo bilateral, permite o controle de TRIACS, pois pode ser disparada tanto por tensSo negaiva quanto positive Capitulo 7 7.1 a) Pela equacao abaixo, que determina os limites de Ry para 0 corto funcionamento do oscilador de relaxagio: sR, s Yea=Ve chega-se a: 2,64 = Ry $53MA Portanto, Ry = 56K garante a oscilacéo. bf 48Hz Respostas dos Exercicios Propostos, 143 7.2 a) Se o capaciter estiver inicialmente descarregado, 0 UT estar’ bloqueado. O capacitor ir carregar-se pela fonte de corrente e, até que sua tensio atinia V,, 0 UJT permaneceré bloqueado. A equacio caracterstica do capacitor & av . at fc onde av=v-Vp e at to Para vp = OV em to = 0s (capacitorinicialmente descarregado), chega “se & seguinte equagdo de carga do capacitor: v = 5000.t Esta 6 a equagdo de uma reta, ou seja, com a fonte de corrente constante, © capacitor carrega-se linearmente até atingir a tens’o de disparo V,. Vv, mV pp + Vp =14,7V Assim, 0 capacitor atinge V; no instante t = 2,94 ms. Uma vez disparado o UJT, 0 capacitor descarrega-se rapidamente por Ry. Desprezando-se esse tempo de descarga, o UIT voliara a disparar em 2.x 2,94 ms = 5,88 ms, e assim por diante Portanto, a forma de onda da tenso no capacitor serd: vert) Ta2,94m, a5 eae) b) O periodo de oscilagao éT .94 ms. A freqiéncia é { = 340H2 7.3 a) O circuito equivalente Thévenin na base do transistor bipolar & 1 / /Ry = 142860 e Vy, = SSR, = 143 y onde: Ry R+Rp Da malha formada por Vs, Riy Vea: Re € Vee. tira-se a corrente de base Ig. Com excegao de B, esta corrente depende apenas de valores fixos. Porém, se B varia (com a temperatura, por exemplo), as correntes de base Is ¢ Vis compensam esta variacéo, de forma que a corrente de emissor permaneca constante e, como conseqiiéncia, também a corrente de coletor, que & a corrente de carga do capacitor. Portanto, esta parte do circuito funciona como uma fonte de corrente constante, Caleulado Ig, chega'se & corrente de coletor I,=5,15mA, que € a comente de carga do capacitor, praticamente igual & da fonte de corrente constante do circuito do Exercicio Proposto anterior. b) A freqiiéncia de oscilagdo é aproximadamente a mesma que a do Exercicio Proposto anterior, ou seja, 340 He 7.4 Mantendo-se Rg; = Rp = 20kQ e adotandose Ry =1,2M2, resultara em Cy = 25nF Escolhendo-se umvalor comercialde 2,7nF, oresistor deve ser alterado para 1,11M@ Portanto, poderd ser usado um resistor fixo de IMA em série com um tmmpot de 220k2 para o ajuste fino da frequencta de oscllayao est 4801 Le 7.5 n=067 - Vg=16V - Vp=167V 144 Respostas dos Exercicios Propostos, = 145, Capitulo 8 8.1 Transformadores de pulso e acopladores épticos. 8.2 Resposta no topico 8.2. 8.3 Resposta no topico 8.2. 8.4 Resposta no topico 8.3. 8.5 Resposte no topico 8.4 8.6 Resposta no topico 8.4 8.7 Resposta no topico 8.4 8.8 Resposta no topico 8.4 8.9 Considerando-se que a carga maxima do Cl sea gnu = 100mA, escolhendo-se uma tensio de alimentagao V; = 15V, pode-se representar 0 Cl. como se fosse uma carga resistiva Rey, da seguinte forma: =e Rg = Rai * y00x0 Escolhida a tenséo de alimentagao de 15V, a tensio zener de DZ fica definida em V,~15V. No esquema bisico, vé-se que 0 capacitor C, esta em paralelo com o diodo zener. Ele ira carregar-se no semiciclo positivo, em direr804 tensio de rede. Noentanto, aoatingir a tensio zener, ele permanece com VegV,=15V. = Rg = 1500 No semiciclo negativo, o diodo retiicador D, cortaré e 0 capacitor descarregar-se-A pelo zener ¢ pela carga Re Se a tenséo no capacitor cair @ um valor abaixo da tens8o zener (por exemplo, 14,5V), 0 zener cortaré. O capacitor iré, ent8o, descarregar-se apenas pela carga, como mostra a figura a seguir 1800 (rca 785) Escolhendo-se um valoradequadamente elevado para Cs, porexemplo, Cg = 1000pF , a descarga sera pequena. Na pior das hipéteses, durante um ciclo de 60H2 (periodo de 16,6ms), 0 capacitor iré descarregar'se sobre 0 resistor de 1502 (Re) A equacio de descarga do capacitor & 1508 e Vco =14,5V, a tensao final do 13. Com C5 =1000HF , Roy capacitor, apbs 16,6ms sera Ves Esta variagio, de 15 a 13V nao aieta a operagio do TCA785, pois 0 mesmo pode operer entre 8 ¢ 18V. O resistor R, deve proteger 0 zener e proporcionar a queda de tensio da rede para os 15V de alimentagdo do Cl. Usando um zener de 1,5W, sua corente maxima S218 lesmx = 100mA ‘A méxima conrente no zener neste circuito ocorrerd quando no houver puso de gatilho nas saidas do Cl, ou sej2, quando a resistencia de carga Ro for muito elevada. Desprezandorse a corrente de consumo do TCA785 (1,=10mA)e adotando'se Rs = 4k70 , a maxima corrente no zener ccorreré no pico da tenséo da rede, isto é 220xV2 -15 0 danifi zene! Fasmancte "F700 = 3A (nBo danifica o diodo zener) ‘A poténcia maxima dissipada pelo resistor R, sera no pico da tenséo da rede, mas como 0 diodo D, bloqueia o semiciclo negativo, pode-se considerar Prrseux COMO: 146 Respostas dos Exercicios Propostos = 147 4700x(63x10-9)2 Prin = “7OOMERNIO™Y" = 9330 Portanto, pode-se utilizar um resistor de 20WW. ‘ O diodo D, pode ser o 1N4005 (600V,1A), compativel com a maxima corrente prevista e com a tensio reversa que aparece nos seus terminais, quando estiver bloqueado (= Vyedeipica) + Ves = 220V2 +15 = 326V) 8.10 A corrente méxima nos diodos seré 141mA, Assim, nao haverd problema com os diodos 1N4148 nesse valor de corrente, 8.11 Atensioderampa élimitada em (V, -2)V. Deste modo, a méxima tensao possivel da rampa seré 13V. Escolhendo-se um valor um pouco abaixo do maximo, por exemplo Ve.=10V, ¢ tendo que t=8,33 ms (metade do ciclo de 60H), chegase a Rp = 60,44k2 Pra limitar o valor mirimo de Ry (3k8¢< Ry < 300K) ¢ permit um ajuste mais facil do valor de tenséo da rampa, pode-se escolher uma associagdo série de um potenciémeto de 100kE2 com um resistor fio de 8.12 Adotando-se Rp = 10k@, um valor comercial da mesma ordem de grandeza de R, ,e considerando que a maxima tenséo de controle no pino 11 WVenar*10V) deverd ocorrer quando Rp tiver valor maximo, terse: Vs By vIRy 77 "Re//Risd= Re = 340 _ Usando Ry = 2k70 (urn valor um pouco menor), permite-se que a tensdo de controle no pino 11 seja pouco maior que Vena. garantindo que Gyo = 180" possa ser obtide. 8.13 a) A correntede gatilho pode ser calculada, analisando-seamalha de gatilho: Assim, © valor maximo de Rg pode ser calculado usando Ig = lor chegando-se a RG;mx = 1372. Portanto, pode ser escolhido um valor comercial préximo um pouco menor, como Rg = 1202 b) As seidas 14 (Q,) e 15 [Q,) munca estaréo smultaneamente no mesmo valor. Sendo este 0 caso de um TRIAC, s8o necessérios pulsos no semiciclo negativo (Q,) e no semiciclo positive (Q,) num mesmo ponto (terminalde gatitho do TRIAC). Assim, para evitarcirculag&o de coreenteentre ambas as saidas, foram colocados os dicdos. 8.14 O circuito completo de controle da poténcia da lampada usando © TCA785, fica como mostrado na figura da pagina sequinte. Notar que foram adicionados quatro capecitores para evitar problemas de ruido: (0,22uF / 250V) entre os terminais da rece, (0,47HF) entre V, € GND, (2,2uF e 0,1uF) ligando respectivamente o pino 11 a V,e a GND. Foram acrescentadas também duas ligagSes: pino 6 em V; (para néo bloquear as saidas)e pino 13 em Vs (saides complementares no esto sendo utilizadas) Finalmente, a0 pino 12 foi acoplado um capacitor C,, = 150 pF, definindo a largura dos pulsos das saidas utilizadas (Q, ¢ Q,) em 93ys, ¢ um indutor L = 15H foi conectado em série com o titistor para limitar a taxa de ‘erescimento da corrente anodo-catodo. 148 Respostas dos Exercicios Propostos 149. Anotagoes

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