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A boa lubrificação de um rolamento é fundamental para:
· evitar o contato metálico entre os corpos rolantes, pista e gaiola
· prevenir desgaste
· proteger contra a corrosão
Tendo a lubrificação um papel fundamental na confiabilidade do rolamento, a escolha do lubrificante e do método de
lubrificação apropriados é extremamente importante, tanto quanto a manutenção correta.
Uma vasta gama de óleos e graxas para rolamentos pode ser encontrada no mercado, até mesmo lubrificantes sólidos
utilizados, por exemplo, em condições extremas de temperatura. Para se escolher o lubrificante adequando é necessário
conhecer as condições de operação, ou seja, a velocidade e as influências do ambiente nos rolamentos. A temperatura
de trabalho mais adequada é atingida ao se utilizar a mínima quantidade de lubrificante necessária para uma boa
lubrificação. Mas se o lubrificante está sendo usado com outras funções (vedação, remoção de calor, etc.), é necessário
o uso de quantidades maiores. Durante a operação, o próprio trabalho mecânico, o envelhecimento ou a contaminação
fazem com que o lubrificante perca suas propriedades. Por isso é preciso realizar reabastecimentos, renovações de
graxa ou mesmo a troca de filtragem de óleo em certos períodos de tempo. Para auxiliar o usuário na escolha entre as
várias opções de lubrificação existentes, o fornecedor de lubrificantes deve ser informado detalhadamente sobre todas
as propriedades requeridas, para que as necessidades específicas sejam plenamente atendidas.
Lubrificação com graxa
Usadas na maioria das aplicações para a lubrificação de rolamentos em condições normais, a graxa apresenta algumas
vantagens como:
· facilidade de retirada (principalmente em eixos inclinados ou verticais)
· auxílio na vedação do rolamento contra contaminantes, umidade ou água.
Um rápido aumento na temperatura de trabalho pode ser observado em rolamentos com excesso de lubrificante,
principalmente quando estiver atuando em velocidades altas. Em geral, só o rolamento deve ser totalmente preenchido
com graxa; ao contrário, o espaço livre na caixa ou alojamento deve ter somente de 30 a 50% de seu espaço
preenchido. Porém, a caixa deve ser preenchida completamente com graxa quando os rolamentos trabalharem a
velocidades muito baixas e precisem ser protegidos contra corrosão. Os valores de velocidade de referência para
lubrificação com graxa são menores do que as velocidades para lubrificação com óleo, graças ao pico inicial de
temperatura do início de operação ou quando ele é relubrificado. Depois que a graxa for distribuída no arranjo de
rolamentos, a temperatura de trabalho cairá a níveis bem menores. Os limites de rotação para a graxa são menores do
que os limites para o óleo também devido à ação de bombeamento de certos tipos de rolamentos, que se torna maior
com o aumento da velocidade (nos de esferas de contato angular e de rolos cônicos) ou com o elevado trabalho
mecânico da graxa (em rolamentos de rolos cilíndricos com o máximo número de rolos).
Graxas
Graxas lubrificantes são compostas, basicamente, por óleos ou minerais sintéticos e um agente espessante – sabão
metálico – do qual depende a consistência da graxa. Fatores como a viscosidade do óleo base, a consistência, a faixa
de temperatura, propriedades inibidoras de corrosão e resistência de película lubrificante devem ser levados em
consideração no processo de escolha de um tipo de graxa.
Viscosidade do óleo
Normalmente encontramos valores entre 15 e 500 mm 2 /s a 40°C para a viscosidade do óleo base usado em rolamentos.
Se for necessária uma viscosidade do óleo base maior do que 500 mm 2 /s é aconselhável a lubrificação com óleo, pois
nesses níveis a graxa separa óleo muito lentamente e não lubrifica adequadamente o rolamento. A viscosidade também
é fundamental para a especificação da velocidade máxima permissível, que, por sua vez, é determinada, entre outras
coisas, pela resistência da do agente espessante da graxa ao cisalhamento. O fator de velocidade n dm costuma ser
usado pelos fabricantes para indicar a capacidade de rotação, onde:
n é a velocidade de rotação
d m é o diâmetro médio do rolamento, d m = 0,5 (d + D)
Consistência
O NLGI, ou National Lubricating Grease Institute divide as graxas em várias classes de consistência. Essa consistência
não deve variar com a temperatura de trabalho, pois se a graxa amolece com temperaturas altas ela pode vazar do
arranjo de rolamentos, e, pode dificultar a rotação se engrossar com temperaturas baixas.
Para a lubrificação de rolamentos, costumase usar graxas à base de sabão metálico de consistência 1, 2 ou 3, sendo
que as de consistência 3 são adequadas para arranjos de rolamentos com eixo na vertical, com um disco defletor sob os
rolamentos para que a graxa não escape dos mesmos. Devemse usar graxas mecanicamente estáveis em aplicações
sujeitas a vibração, pois a graxa é continuamente lançada sobre o rolamento, e somente a consistência não é suficiente
para garantir uma lubrificação adequada.
Graxas à base de poliuréia tem sua consistência alterada dependendo do grau de cisalhamento da aplicação. Elas são
relativamente rígidas a baixas velocidades de rotação e, acima de certa velocidade, tornamse moles ou semifluidas, o
que torna seu uso arriscado em aplicações com eixo na vertical, pois pode vazar.
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Faixas de temperaturas
Os tipos de óleo base, do agente espessante e dos aditivos utilizados determinam a faixa de temperatura onde uma
graxa pode trabalhar. Para se determinar o limite inferior de temperatura, ou seja, a menor temperatura na qual uma
graxa permite o início de operação do rolamento sem dificuldade, é preciso conhecer o tipo de óleo base e sua
viscosidade. Já o limite superior de temperatura, que indica a máxima temperatura na qual a graxa ainda proporciona
uma boa lubrificação no rolamento, é determinado pelo tipo de agente espessante. Quanto mais a temperatura aumenta,
mais uma graxa envelhece ou oxida, provocando efeitos nocivos na lubrificação. Lembrese: limite superior de
temperatura não é a mesma coisa que o “ponto de gota” especificado pelos fabricantes e que somente indica a
temperatura na qual uma graxa perde sua consistência e se torna fluida.
Tipo de graxa Faixa de temperatura de trabalho
(Sabão) recomendada
de até
°C
Presença de água
Os inibidores de corrosão adicionados à graxa e a seu agente espessante determinam as propriedades inibidoras dessa
graxa. Uma das funções da graxa é proteger o rolamento contra a corrosão e, por isso, não pode ser expelida desse
rolamento, no caso da entrada de água no mancal, como acontece com graxas comuns à base de sabão de sódio. As
que apresentam melhor proteção são as graxas à base de sabão de lítio ou cálcio com aditivos à base de chumbo.
Porém, esses aditivos à base de chumbo estão sendo substituídos por outras combinações de aditivos que, apesar de
não oferecerem a mesma proteção, não fazem mal à saúde ou ao meio ambiente.
Capacidade de carga
Há tempos as graxas contendo aditivos EP eram aconselhadas para rolamentos altamente carregados como, por
exemplo, em laminadores, já que esses aditivos aumentavam a capacidade de carga da película lubrificante. Porém, a
maioria desses aditivos era composta à base de chumbo e têm substituído por outros compostos, sendo que alguns
podem agressivos aos aços utilizados em rolamentos, reduzindo sua vida. Ao escolher uma graxa com aditivo EP,
busque uma garantia do fabricante de que o aditivo utilizado não é prejudicial ao rolamento, ou, quando a graxa
apresenta bom desempenho, verifique se a sua formulação não foi alterada.
Miscibilidade
A miscibilidade das graxas é fundamental quando é necessário trocar uma graxa por outra, pois, ao misturar graxas
incompatíveis podem ocorrer falhas do rolamento, pela brusca variação na consistência e queda da máxima temperatura
de operação da mistura. Para que isso não aconteça devemse misturar graxas com o mesmo agente espessante e
óleos base similares. Porém, graxas com sabão à base de lítio e de cálcio geralmente são miscíveis entre si, mas não
com graxas com sabão à base de sódio. Embora as propriedades de lubrificação não sejam, em geral, alteradas, as
misturas de graxas compatíveis podem ter uma consistência menor que a de cada graxa individualmente. Por isso, em
arranjos de rolamentos onde a baixa consistência acarreta vazamentos de graxa, devese trocar totalmente a graxa na
relubrificação, em vez de apenas completála.
Relubrificação
Se a vida da graxa for menor que a vida esperada do rolamento, esse deve ser relubrificado, sendo que isso deve
acontecer enquanto a lubrificação ainda estiver sendo satisfatória. Uma série de fatores influencia os intervalos de
relubrificação: o tipo do rolamento, a velocidade, a temperatura, o tipo de graxa, etc. As informações sobre intervalos de
relubrificação a seguir não são válidas para aplicações onde possa ocorrer a penetração de água e ou contaminantes
sólidos no arranjo dos rolamentos, quando se deve trocar a graxa com maior freqüência.
Intervalos de relubrificação
O diagrama 1 mostra os intervalos de relubrificação t f para condições normais de operação e vale para rolamentos
aplicados em eixos normais que utilizem graxas com sabão à base de lítio de boa qualidade, sob temperaturas abaixo de
70°C. Quanto maior a temperatura, mais rápido o envelhecimento da graxa. Por isso, em casos de temperaturas
elevadas, é recomendado reduzir pela metade o intervalo obtido no diagrama para cada 15°C de aumento de
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temperatura acima de 70°C, sem que a máxima temperatura de trabalho seja excedida. Para temperaturas abaixo de
70°C podemse aumentar os intervalos, mas como as baixas temperaturas diminuem a separação de óleo não se deve
aumentar o intervalo de relubrificação mais que duas vezes. Muito menos recomendase intervalos de relubrificação
superiores a 30.000 horas. Lembrese que os intervalos do diagrama devem ser reduzidos pela metade para rolamentos
em eixos na vertical. O intervalo também é menor que indicado no diagrama para grandes rolamentos de rolos com
diâmetro do furo de 30 mm ou maiores, graças às altas cargas específicas atuantes, sendo que o melhor é utilizar a
lubrificação contínua. A equação abaixo nos dá a quantidade de graxa a ser fornecida ao rolamento em condições
usuais de aplicação, onde, por exemplo, não existam fontes de calor externa.
Diagrama 1
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Procedimentos para relubrificação
Dependendo do intervalo de relubrificação t f obtido, devese usar um desses procedimentos:
· Para intervalos menores que 6 meses, complete o arranjo de rolamentos em intervalos correspondentes a
0,5 t f. Em, no máximo, 3 preenchimentos a graxa deve ser completamente trocada
· Para intervalos maiores que 6 meses, troque toda a graxa usada por uma nova
Essa recomendação é generalizada, mas pode ser ajustada a cada caso, se forem seguidas as recomendações da
máquina ou da fábrica.
Quantidade de graxa para relubrificação
Pequenas quantidades de graxa nova adicionadas em intervalos regulares substituem apenas parcialmente a graxa
usada. Para se saber a quantidade adequada, use a fórmula:
Gp = 0,005 D B
Onde:
G p = quantidade de graxa, g
D = diâmetro externo do rolamento, mm
B = largura total do rolamento (para rolamentos radiais utilizase a altura total H), mm
A caixa deve possuir engraxadeiras que facilitam o fornecimento de graxa através de uma bomba, como também deve
possuir um furo para saída do excesso de graxa acumulada ao redor do rolamento, evitando um aumento permanente
da temperatura. Mas esse furo deve ser fechado quando se atinge a temperatura de equilíbrio, permitindo que o óleo
que se separou da graxa permaneça no rolamento. Os rolamentos que trabalham em altas velocidades estão mais
sujeitos a um prejudicial aumento de temperatura pelo excesso de graxa em seu espaço livre. Para evitar essa situação,
o uso de uma válvula de graxa no lugar de um furo para saída de graxa previne o excesso de lubrificante no mancal e
permite a relubrificação com a máquina em operação. Essa válvula de graxa é composta basicamente de um disco que
gira solidário ao eixo e forma uma estreita abertura com a tampa lateral da caixa. A graxa usada e o excesso são
lançados por esse disco em uma cavidade anular, deixando a caixa através de um dreno na parte inferior da tampa.
Os canais de lubrificação da caixa devem lançar a graxa diretamente no interior do rolamento ou, se isso não for
possível, adjacente à face lateral do anel externo para garantir que a graxa nova realmente atinja o rolamento,
substituindo a graxa antiga. A graxa necessariamente deve ter características que permitam um bombeamento
adequada na faixa de temperatura ambiente quando se utiliza equipamentos de lubrificação centralizada.
Troca de graxa
A graxa usada deve ser totalmente retirada e substituída por uma nova no final do intervalo de relubrificação tf, e, como
dito anteriormente, o rolamento deve ser completamente preenchido, e o espaço livre do rolamento deve ser preenchido
com graxa em 30 a 50%. O alojamento deve ser totalmente acessível para permitir a renovação da graxa. Para que o
rolamento fique exposto, podese retirar a tampa superior de uma caixa bipartida ou a tampa lateral de uma caixa
inteiriça. Feita a remoção da graxa usada, a graxa nova deve ser colocada primeiramente nos corpos rolantes, com o
máximo cuidado para evitar a contaminação. Se as caixas são providas de bicos graxeiros e furos de saída ou válvulas
de graxa, devese relubrificar o mancal várias vezes em um curto período, até renovarmos totalmente a graxa usada.
Esse processo exige mais graxa do que aquela necessária para uma relubrificação manual.
Lubrificação com óleo
Utilizase óleo para a lubrificação de rolamentos normalmente quando:
· uso de graxa não é permitido pelas altas velocidades ou temperaturas
· devese remover o calor gerado por atrito ou de origem externa
· componentes adjacentes ao rolamento são lubrificados com óleo
Métodos de lubrificação com óleo
O banho de óleo (1) é o método mais simples de lubrificação com óleo, onde ele é captado pelos componentes rotativos
do rolamento e distribuído dentro do mesmo, retornando em seguida ao banho de óleo. O nível de óleo estará correto
quando ficar um pouco abaixo do centro do corpo rolante na posição mais baixa do rolamento, quando estiver parado.
As velocidades de referência estabelecidas nas tabelas de rolamentos aplicamse para lubrificação por banho de óleo.
Velocidades altas aumentam a temperatura do trabalho e aceleram o envelhecimento do óleo. Para que trocas
freqüentes sejam evitadas, utilizamos a lubrificação por circulação de óleo (2), com o auxílio de uma bomba. Antes de
voltar ao rolamento, o óleo precisar passar por um filtro e, caso seja necessário manter a temperatura baixa, por um
processo de resfriamento. Um excesso de óleo no rolamento pode causar um aumento excessivo da temperatura de
trabalho em velocidades muito altas. Nesse caso o método mais aconselhado é o jato de óleo (3), onde o óleo é injetado
a alta pressão em um dos lados do rolamento. Para que parte do óleo penetre na turbulência que rodeia o rolamento, a
velocidade do jato de óleo deve ser de, no mínimo, 15 m/s. Na lubrificação por atomização (4) quantidades de óleo muito
pequenas e bem definidas são transportadas a cada rolamento individualmente através de ar comprimido. Esse
processo permite a operação a temperaturas mais baixas ou a velocidades mais altas do que qualquer outro método de
lubrificação. O óleo é distribuído por uma unidade central em intervalos regulares, transportado por ar comprimido e
injetado no rolamento através de bicos de condensação. Além de refrigera o rolamento, o ar comprimido que transporta o
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óleo, cria uma sobrepressão no mancal, evitando a entrada de contaminantes. Nos métodos de circulação de óleo, jato
de óleo ou atomização, é preciso garantir que o óleo saia do mancal por dutos adequados.
Óleos lubrificantes
A lubrificação de rolamentos normalmente é feita com óleos minerais puros e sem aditivos. Óleos com aditivos são
usados em alguns casos como os de extrema pressão; inibidores de envelhecimento, etc. Os óleos sintéticos só devem
ser usados em casos extremos, por exemplo, em temperaturas de operação muito altas ou muito baixas e, devese
sempre lembrar que, com óleos sintéticos, a formação do filme lubrificante pode ser diferente daquela para óleos
minerais de mesma viscosidade.
Seleção do óleo lubrificante
A viscosidade necessária para uma lubrificação adequada em determinada temperatura de trabalho é o fator decisivo
para a escolha do óleo. Quanto maior a temperatura, menor será essa viscosidade, sendo que essa relação é
caracterizada pelo índice de viscosidade IV. Para rolamentos recomendase o uso de óleos com um índice de
viscosidade de, pelo menos, 85; o que significa pouca alteração da viscosidade com a temperatura.
A viscosidade mínima do óleo na temperatura de trabalho permite a formação de um filme lubrificante suficientemente
espesso entre os corpos rolantes e pistas. O diagrama 2 mostra a viscosidade v 1 exigida na temperatura de trabalho,
que garanta uma lubrificação adequada, para óleos minerais. Quando, por experiência ou por cálculos, se conhece a
temperatura de trabalho, podese obter a viscosidade do óleo na temperatura de referência normalizada
internacionalmente de 40°C, ou à outras temperaturas de teste através do diagrama 3, baseado num índice de
viscosidade de 85. Lembrando sempre que, sob condições de operação equivalentes, certos tipos de rolamentos
(rolamentos autocompensadores de rolos, de rolos cônicos e axiais autocompensadores de rolos) atingem temperaturas
de trabalho mais elevadas que outros (rolamentos rígidos de esferas e de rolos cilíndricos). Na escolha de um óleo deve
se levar em consideração que a vida do rolamento pode ser aumentada ao usarmos um óleo cuja viscosidade v à
temperatura de trabalho, seja um pouco maior que v 1 . Mas como o aumento de viscosidade aumenta a temperatura de
trabalho, existe um limite para a melhoria da lubrificação por esse meio.
A utilização de óleo com aditivos EP é aconselhável se a relação de viscosidade k = v/v 1 , for menor que 1; e se k for
menor que 0,4, tornase obrigatório o uso desses aditivos. Se k for maior que 1 e os rolamentos forem de rolos de
tamanho médio ou grande, os óleos com aditivos EP podem melhorar a confiabilidade, mas é bom lembrar que somente
alguns tipos de aditivos EP são benéficos aos rolamentos.
Troca de óleo
As condições de operação e a quantidade de óleo determinam a freqüência necessária para a troca de óleo.
Normalmente, para lubrificação por banho de óleo, uma troca anual é suficiente, se a temperatura de trabalho não
exceder 50°C e houver pouco risco de contaminação. Trocas de óleos freqüentes são necessárias em temperaturas
mais elevadas (a cada 3 meses em 100ºC) ou em condições de operação muito severas. Para lubrificação por circulação
de óleo ou jato de óleo, só é possível determinar o intervalo através de testes e inspeções regulares do óleo, para
verificar se não está contaminado ou excessivamente oxidado. Na lubrificação por atomização, o óleo não é recirculado.
Inspeção e limpeza de rolamentos
Os rolamentos devem ser limpos e examinados freqüentemente, tanto quanto todos os outros elementos de máquinas,
sendo que os intervalos entre tais operações dependem das condições de operação.
Se o rolamento pode ser avaliado em serviço é suficiente que os rolamentos, anéis, gaiola e corpos rolantes e outras
partes do arranjo sejam cuidadosamente limpos e inspecionados uma vez por ano. Mas se a carga for mais pesada,
essa freqüência de inspeção deve ser aumentada, como nos casos de rolamentos de laminadores, que são examinados
em toda substituição dos cilindros.
É feita a limpeza dos componentes do rolamento com o solvente adequado – aguarrás, petróleo refinado, etc. – e, logo
em seguida, protegese com óleo ou graxa para que não aconteça nenhum tipo de corrosão. Esse processo também
deve ser realizado em máquinas que ficam paradas por longos períodos.
Estocagem de rolamentos
Se a umidade relativa do ar no recinto não for superior a 60%, os rolamentos podem ser estocados na embalagem
original não violada por vários anos, pois são tratados geralmente com um composto anticorrosivo.
Devem ser estocados longe de produtos químicos, de canos de água ou qualquer outro tipo reservatório de água. Nunca
expostos ao sol nem armazenados sobre madeira verde ou no chão.
Devem ser estocados na horizontal, principalmente rolamentos de médio e grande porte, e empilhados a uma altura que
não danifique as embalagens inferiores.
Longos períodos de estocagem podem fazer com que rolamentos com placas de proteção ou de vedação apresentem
um torque de partida maior, e também podem deteriorar as propriedades lubrificantes da graxa.
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