Você está na página 1de 1

Me curvo e me perco.

Imerso em alusões de conforto,

Em pensamentos sem rumo,

Procurando desesperadamente afastar-te.

Tuas palavras marcaram minha alma,

fizeram meu sangue virar água.

Uma água pútrida e fétida,

que escorre para longe de meu peito.

Desde então tudo ficou turvo.

Agora te vejo ficando cada vez mais longe.

Mas percebo que não é você quem se vai.

Sou eu que me afasto. Te deixo. Te abandono.

Eu sigo as trilhas do futuro, enquanto

Você decora o jardim do passado,

Esperando que ele seja um eterno presente.

Parada numa eterna nostalgia,

você encontra-se no centro do jardim.

Imóvel no tempo

És estátua viva.

Mais pedra do que vida.

Você também pode gostar