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A acusada de bruxaria era arrastada para um rio ou lago,

despida e amarrada. Então, era arremessada para ver se


flutuava. A premissa era de que a água rejeitaria a bruxa - se,
flutuasse era bruxa. Não flutuasse... que pena, né?

As inocentes deveriam ter mais peso que o texto sagrado. Se


pesasse menos que uma Bíblia - que, na época em que eram
enormes e manuscritas, podiam chegar a 80 kg - era bruxa.

A bruxa deveria recitar em voz alta, de memória e sem


enganos, passagens das Sagradas Escrituras. O Pai Nosso era
um dos trechos prediletos.

A vítima da bruxaria era tocada pela bruxa que supostamente


lhe enfeitiçou. Caso o toque provocasse reação, estava
comprovado o sacrilégio.

A urina da acusada era misturada a uma receita de bolo e


entregue a um cão. Caso a pessoa sentisse as mordidas na
própria pele, era considerada culpada.

Essa ainda hoje é um clichê: bruxas têm verrugas na ponta do


nariz. A pele era vistoriada. Verrugas, pintas, cicatrizes ou
marcas de nascença podiam ser consideradas provas de que o
diabo havia tocado a bruxa.

Uma pessoa possuída era posta na mesma sala que a


suspeita, que era forçada a gritar para o demônio para sair do
corpo da vítima. Caso melhorasse, a bruxaria estava
comprovada.

Se a ré fosse vista em sonhos ou aparições, era prova de que


seria bruxa, já que as feiticeiras podiam projetar seu espírito
para fora do corpo.
Caso a suposta bruxa tocasse uma pessoa no meio de um
transe ou ataque e ele melhorasse, estava comprovada sua
culpa.

Ter em casa equipamentos próprios para rituais de magia,


como velas, certas plantas ou um pilão e morteiro para
misturar ingredientes era um caminho direto para a fogueira.

Conversar com bichos de estimação, particularmente gatos,


também era sinal de pacto com o demônio.

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