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FOTOGRAFIA DIGITAL — TEORIA E PRÁTICA

Professora: Maria Magda de Lima Santiago


— Centro Universitário UNA —

Tipos de câmeras e formas de focalização

Câmeras Amadoras Auto-Focus (AF)

As câmeras digitais oferecem o recurso da focalização automática, já


utilizado nas câmeras analógicas mais modernas, numa evolução das
antigas câmeras com foco apenas manual e das amadoras focus-free. O
auto-focus possibilita ao fotógrafo escolher a área de nitidez da cena com
bastante rapidez, desde que corretamente manuseado.
A focalização automática é acionada na meia-pressão do botão
disparador e atua numa área determinada do visor, que deve ser
selecionada. Se regulamos a área de foco para o centro do visor, toda vez
que vamos focalizar devemos primeiro realizar o enquadramento, depois
sair do ângulo escolhido colocando o elemento principal no centro. Nesse
momento pressiona-se o botão de disparo até o meio, mantém essa meia
pressão (para segurar o foco) e então volta ao enquadramento planejado,
quando então aperta-se o restante do botão disparador, capturando a
imagem.
As digitais amadoras permitem uma aproximação máxima de foco
próxima às profissionais (por volta de 30 cm), dependendo da posição do
zoom. Para focalizar detalhes e objetos/seres pequenos podemos acionar o
recurso macro ou close-up (símbolo da flor tulipa), próprio para chegar bem
perto sem perder o foco (entre 2,5 e 5 cm nesse tipo de câmera).

Câmeras Reflexas ou SLR (Profissionais) com AF e MF (Manual-


Focus)
As câmeras com recursos profissionais são chamadas SLR (swins
lens reflex), pois um espelho posicionado a 45 graus reflete a imagem que
vem da objetiva, direcionando-a para um pentaprisma, que a envia ao visor.
Esse jogo de reflexos garante que a imagem vista seja a mesma que será
gravada e armazenada. Quando apertamos o botão disparador esse
espelho se levanta, permitindo que a luz entre através da objetiva, formando
a imagem com fidelidade de enquadramento.
Nas câmeras profissionais a forma de focalização é opcional,
podendo ser automática ou manual. A focalização manual possibilita regular
a distância do objeto à câmera através do anel de foco (localizado na
objetiva). O foco manual pode ser usado para manter o foco no infinito (por
exemplo em fotos de paisagens) ou quando o ambiente é escuro e o foco
automático não consegue fazer a leitura.

O enquadramento
A composição da imagem dentro do retângulo do visor é tarefa
importante, que exige atenção e sensibilidade estética. O objetivo (assunto
principal) do fotógrafo deve estar bem definido e, a partir daí, possibilidades
de enquadramento serão consideradas, através do estudo dos diversos
ângulos. Rodear o assunto, observar a forma como a luz incide sobre ele e
considerar o que vai aparecer no fundo é essencial. Em qualquer situação é
importante buscar eliminar elementos fora do contexto, que poluem a
fotografia, tornando-a confusa.
A análise dos diversos planos da imagem e da importância de cada
um determina a forma como enquadramos. Muitas vezes é necessário
lançar mão do primeiro plano, trazendo elementos para perto da câmera,
enquanto ampliamos o enquadramento para registrar um plano posterior,
revelando mais de uma informação. Através da utilização de recursos mais
avançados, como o controle do diafragma, pode-se eleger as áreas que
terão nitidez além do plano focalizado, enriquecendo a fotografia com as
possibilidades da profundidade de campo.
Fotografar com a câmera inclinada para cima ou para baixo, ao invés
do enquadramento paralelo, influencia o conteúdo informativo da imagem
(se fotografamos uma pessoa de baixo para cima ela transmite a sensação
de poder e vice-versa). Também a distância focal da objetiva que estamos
usando integra os recursos que compõem o conjunto do enquadramento e
que contribuem para uma representação original da cena real.

A distância focal das objetivas


As duas características principais das objetivas são a sua distância
focal (expressa em milímetros) e a maior abertura do seu diafragma
(expressa em números F). Estas duas informações são apresentadas na
frente da objetiva (junto ao encaixe para filtros) e/ou no seu corpo. A
distância focal da objetiva é o ângulo de visão permitido pela posição do
zoom que estamos usando. Assim, uma objetiva zoom significa várias
objetivas em uma, acionadas pelos botões: W – wide, grande angular / T –
tele nas amadoras e pelo anel do zoom nas câmeras profissionais.

Grande Angulares

Variam entre 8 mm e 35 mm. Abrem o ângulo de visão, possibilitando


fotografar em ambientes pequenos, com pouco espaço para que o fotógrafo
se distancie. São essenciais para o fotojornalismo, fotos em ambientes
fechados ou com muitas pessoas e elementos. Sobre o foco, permitem uma
aproximação maior da câmera ao objeto fotografado, se comparadas às
demais objetivas. Ideais para festas de aniversário, auditórios, decoração e
arquitetura, têm como característica uma boa profundidade de campo. Por
outro lado, provocam distorções na imagem, observadas principalmente
quando, no enquadramento, inclinamos a câmera para baixo ou para cima.
Para atenuar as distorções devemos buscar um enquadramento paralelo ao
assunto.
Objetivas Normais

Variam entre 45 mm e 55 mm. Possuem um ângulo visual aproximado


ao do olho humano. São utilizadas para quase todos os tipos de fotografia,
mas indicadas, especificamente, para reprodução de objetos de arte e fotos
de pessoas, pois não distorcem a imagem, que sempre fica com uma
aparência próxima à realidade visual do olho humano. As objetivas normais
fixas (sem o zoom) conseguem ser as mais claras, com as maiores
aberturas de diafragma, pela sua própria construção. Em geral, a
aproximação máxima permitida por uma objetiva normal, sem desfocar o
assunto, é de 20 cm.

Meia-Teles e Tele-Objetivas

Variam entre 70 mm e 300 mm, as mais comuns. As meia-teles (de


70 mm a 135 mm) aproximam o assunto um pouco mais que as objetivas
normais. As tele-objetivas (de 200mm a 1200mm) atuam como um binóculo,
não apresentam distorções, mas causam uma certa compressão na
imagem, tornando difícil distinguir a distância real entre os planos. Têm
como característica uma pequena profundidade de campo, o que
proporciona destaque ao elemento principal (ao perder nitidez no fundo). A
distância mínima de foco pode ser grande nas tele-objetivas, não permitindo
focalização a menos de 1,5 metro, por exemplo.

Objetivas Zoom

São aquelas de distância focal variável, podendo ser grande


angulares (15 mm a 35 mm), de grande angular a meia-tele (18 mm a 70
mm / 35 mm a 80 mm / 28 mm a 105 mm) e de meia-tele a tele (80 mm a
200 mm / 75 mm a 300 mm), entre outras. Com essas objetivas podemos
variar o ângulo de visão apenas com a regulagem do anel do zoom,
proporcionando maior agilidade e comodidade ao fotografar. Atualmente, ao
adquirir um equipamento não precisamos de várias objetivas. A aquisição
de uma ou duas objetivas zoom já garante um boa cobertura em termos de
distâncias focais e menor peso na bolsa de equipamentos.

Objetivas Macro

Utilizadas para fotografias de objetos pequenos (flores, insetos,


comprimidos, partes do rosto, etc), permitem boa aproximação da câmera
ao assunto, podendo-se chegar a menos de 20 cm sem perder o foco. São
menos comuns, mais caras e apresentam pequena profundidade de campo,
favorecendo o elemento principal da imagem.

O primeiro controle de luz — o Diafragma


O diafragma está localizado na objetiva e controla a quantidade de luz
que entra através dela para ―impressionar‖ o sensor CCD (área sensível à
luz na câmera digital). Ele é composto de palhetas que se encaixam,
formando orifícios de tamanhos variados. Em situações de luz intensa a
câmera fecha automaticamente pontos no diafragma, tornando menor o
orifício de abertura. Por outro lado, quando não contamos com boa
qualidade de luz (por exemplo, num dia nublado), o diâmetro do orifício é
ampliado, garantindo assim uma fotometragem correta dentro dessa
condição de luz. As aberturas do diafragma são, com algumas variações:
Estas aberturas são representadas por i: ou pela letra F, além de 1:.
Quanto mais aberto o diafragma menor o número que o identifica (por
exemplo: F 2.8) e, quanto mais fechado, maior o número (por exemplo:
F 22). Quando vamos adquirir uma nova objetiva devemos nos informar
sobre qual é a maior abertura de seu diafragma. Quanto mais clara (ou seja,
quanto menor for o número de sua abertura máxima) mais valorizada ela é,
pois além de captar maior quantidade de luz permite obter pouca
profundidade de campo.
O controle do diafragma é feito por meio de um dial ou através do
multi-selector (o círculo com quatro setas) localizados no corpo da câmera.
Os equipamentos profissionais oferecem aberturas com intervalos de meio
ponto de um diafragma para outro, ou até de um terço de ponto.

A Profundidade de Campo

A profundidade de campo está relacionada às aberturas do


diafragma. Ela significa os planos da imagem que estão nítidos, além do
plano focalizado. Quanto mais aberto o diafragma, menor a profundidade de
campo da imagem; quanto mais fechado o diafragma, mais planos nítidos.
Também está relacionada à distância focal da objetiva que estamos usando
(melhor profundidade de campo nas grande-angulares e pior nas tele-
objetivas e macros).
Considerando-se a abertura F 5.6 como uma abertura média, onde
temos uma razoável profundidade de campo, podemos dizer que os
números abaixo dela (4.0, 3.5, 2.8, 2.0, 1.4, 1.2 ) são de aberturas que
determinam imagens com pequenas áreas em foco. Já as aberturas acima
de F 5.6 (que representam os diafragmas mais fechados: 8.0, 11, 16, 22,
32) garantem, progressivamente, maior definição em todos os planos da
imagem.
O foco no primeiro plano e uma abertura média ou grande do
diafragma garante que os planos posteriores fiquem menos nítidos na
medida em que estão mais afastados do plano focalizado, proporcionando
uma visão natural ao olho humano. Focalizar no segundo plano ou nos
planos do fundo provoca um borrão menos natural e mais acentuado do
primeiro plano.
Já que a qualidade da luz define a abertura do diafragma, devemos
ter grande atenção na focalização do assunto principal. Se temos que
trabalhar com um diafragma mais aberto (situação de pouca luz), já
sabemos que, por isso, teremos uma menor área nítida. Nesse caso, quanto
mais precisa for a focalização melhor, pois garantimos a qualidade de
definição do elemento da imagem que for mais importante.
O segundo controle de luz — o Obturador

O obturador controla o tempo durante o qual o CCD está sendo


exposto à luz, acionado através do botão disparador. Ele é regulado no
corpo da câmera, como o diafragma. As velocidades de obturação são:

8000 4000 2000 1000 500 250 125 60 30 15 8 4 2


1‖ 2‖ 4‖ 8‖ 15‖ 30‖ B
Os números na primeira linha significam tempos de captura que são
frações de segundo: 1/8, 1/15, 1/125, 1/500.
Quanto mais rápido o obturador (1/500, 1/1000, 1/8000), maior a
velocidade de disparo e menor o tempo de exposição à luz. Quanto mais
lento o obturador (1/30, 1/15, 2‖), menor a velocidade de disparo e maior o
tempo de exposição à luz. Podemos concluir, então, que numa situação de
luminosidade intensa a câmera utiliza uma velocidade mais alta (boa
qualidade de luz, menos tempo de exposição do filme a ela). E, em
ambientes com baixa luminosidade, para que a fotometragem da luz seja
correta, é selecionada automaticamente uma velocidade menor, com mais
tempo de exposição, para que essa luz de pouca qualidade impressione
corretamente o CCD.
A velocidade média de obturação é 60. Acima dela as velocidades
são consideradas altas e utilizadas para imobilizar elementos em
movimento. As velocidades abaixo de 30 são consideradas lentas e usadas
em condições de luz piores, como em fotos noturnas ou em imagens nas
quais a intenção é borrar o movimento. Para as velocidades baixas
devemos utilizar o tripé e também o propulsor (cabo de disparo conectado
ao botão disparador, que aciona o obturador sem movimentar a câmera).
Para as velocidades altas pode ser acionado o motor-drive, que proporciona
a captura ininterrupta do movimento, cuja potência depende do modelo da
câmera. As imagens a seguir mostram as câmeras Nikon D5000 e Nikon
D90 identificando os recursos principais.
A Fotometragem

A relação diafragma/obturador é a responsável pela correta medida


da luz. Podemos utilizar formas de fotometragem automáticas, executadas
pela própria câmera (P) ou manuais, aprendendo a fazer a leitura do
fotômetro (M). Também se pode escolher entre os modos de fotometragem
semi-automáticos, em que o diafragma ou o obturador são regulados
manualmente, enquanto a câmera corrige automaticamente o outro
controle.
Assim, ou se tem preferência pela profundidade de campo, regulando
o diafragma no modo A (Nikon) ou Av (Canon) ou se prioriza o controle do
movimento, regulando o obturador no modo S (Nikon) ou Tv (Canon).
Tanto o fotômetro quanto os números do diafragma e do obturador podem
ser vistos no visor monitor e no visor ótico, permitindo ao fotógrafo regular
manualmente o obturador e o diafragma sem ter que ficar olhando no
painel, por cima da câmera.
Confirmando, os semi-automáticos com preferência para diafragma (A
ou Av) nos dão liberdade para escolher a abertura do diafragma, optando
por uma maior ou menor profundidade de campo. Uma vez selecionada a
abertura, basta tocar no botão disparador para que a câmera nos mostre
qual será a velocidade de obturação correspondente. Os automáticos com
preferência para obturador (S ou Tv) nos permitem selecionar o obturador,
optando por exposições rápidas ou lentas, que imobilizam ou borram o
movimento, fornecendo o diafragma correto para cada velocidade escolhida.
Quando começamos a fotografar utilizando essas formas de
fotometragem aprendemos que a liberdade para escolher a abertura e a
velocidade dependem da condição da luz. Não adianta tentar imobilizar o
movimento, usando uma velocidade bem alta, se não temos uma boa
condição de luz – na hora em que regulamos o obturador, a câmera
mostrará que não existe diafragma correspondente para tal velocidade em
tal condição de luz (a imagem ficará sub-exposta). Com o tempo e a prática
concebemos possibilidades mais realistas de fotometragem.
Na regulagem manual, selecionamos obturador e diafragma de
acordo com a leitura do fotômetro (cujo desenho pode variar). Em geral
composto de uma régua em cujas extremidades se vê os sinais + e - , a
fotometragem está correta quando o pontilhado se aproxima do meio da
régua, sinalizado pelo zero. Quando pontilhar na direção do menos está
sub-exposto (devemos abrir mais o diafragma ou baixar a velocidade de
obturação); quando pontilhar na direção do mais está super-exposto
(devemos fechar o diafragma ou aumentar a velocidade de exposição).
Podemos experimentar inúmeras combinações de diafragma e
obturador, em cada condição de luz. Por exemplo: obturador 60 e diafragma
5.6 = obturador 250 e diafragma 2.8 (ao aumentar a velocidade em dois
pontos devemos abrir iguais dois pontos no diafragma, para compensar).
Não precisamos nos preocupar com esses cálculos, que buscamos
conhecer apenas para compreender a lógica da fotometragem. O que temos
que avaliar é se o diafragma e o obturador encontrados vão nos
proporcionar, além da correta medida da luz, uma boa fotografia no seu
aspecto plástico, aplicando a técnica de acordo com os objetivos da captura
da imagem.
A ilustração mostra a relação de proporção entre os controles do
diafragma e do obturador na medida da luz:

Os números ISO e a sensibilidade à luz


O ISO indica a sensibilidade à luz. Um ISO 1600 é mais sensível à
luz que um ISO 400, por sua vez mais sensível que um ISO 100. Para saber
esta diferença basta multiplicarmos:

100 x 2 = 200 (diferença de 1 ponto de diafragma ou obturador entre um ISO e


outro)
200 x 2 = 400 (diferença de 1 ponto do 200 para o 400 e de 2 pontos do 100 para
o 400)
400 x 2 = 800 (diferença de 1 ponto do 400 para o 800, de 2 pontos do 200 para o
800 e de 3 pontos do 100 para o 800)
800 x 2 = 1600 (diferença de 1 ponto do 800 para o 1600, de 2 pontos do 400 para
o 1600, de 3 pontos do 200 para o 1600 e de 4 pontos do 100 para o 1600)
Numa mesma condição de luz informamos à câmera que estamos
com ISO 100, e depois, ISO 400. Supondo que a primeira fotometragem
seja obturador 60/diafragma 5.6, ao mudarmos para ISO 400 obteremos:
obturador 250/diafragma 5.6 ou obturador 60/diafragma 11 ou obturador
125/diafragma 8. Portanto, filmes mais sensíveis nos permitem ganhar
pontos no obturador e/ou no diafragma.
Dessa forma, se vamos fotografar esporte, que exige alta velocidade
de obturação, a preferência será por um ISO 400 ou mais sensível. Este tipo
de filme também deve ser usado quando se pretende ter uma boa
profundidade de campo, pois com ele podemos fechar a abertura do
diafragma sem que prejudiquemos a qualidade da fotometragem.
Os ISO de sensibilidade menor são indicados para boas situações de
luz, como dias claros em horários de luminosidade intensa. Também devem
ser usados quando pretendemos aumentar o tamanho de impressão da
fotografia, já que produzem imagens com melhor definição ao serem
ampliadas. Os ISO acima de 800 não permitem grandes ampliações pois
provocam perda de qualidade.

Escala do ISO ou ASA nas câmeras


profissionais mais antigas
Flashes

Inúmeros são os modelos de flashes para câmeras fotográficas - dos


mais antigos, com regulagem apenas manual, aos mais modernos, que se
comunicam eletronicamente com as câmeras - mas a utilização desse
equipamento segue uma mesma regra: uma velocidade máxima de
obturação na câmera e um diafragma baseado na sensibilidade ISO e
calculado pela distância do fotógrafo ao objeto.

Manuais

Nos mais simples há uma tabela com duas colunas perpendiculares,


indicando o ISO e a distância (em metros e pés) da câmera ao assunto. Ao
relacionar essas duas informações, chegamos às aberturas de diafragma
descritas no centro do quadro. Ao fotografar, basta ajustar na câmera o
diafragma indicado na tabela do flash. É importante realizar testes
confirmando a tabela antes de utilizar o equipamento; muitas vezes é
necessário abrir um ou mais pontos, além do que está indicado, para obter
uma exposição correta. Nas câmeras com flash embutido é importante
consultar o manual para saber qual a maior distância alcançada pelo facho
de luz.

Automáticos

Os flashes com regulagem automática, além da manual, facilitam o


trabalho do fotógrafo e são os mais encontrados. Para cada automático há
uma distância mínima e máxima até a qual se pode fotografar com
determinado diafragma. O próprio flash calcula a intensidade da luz que
será emitida, ao medir a distância da câmera ao assunto. Por exemplo:
utilizando filme ISO 400, o automático para diafragma 5.6 é apropriado para
fotografias cujo assunto principal está entre 3 e 6 metros de distância da
câmera.
Nas câmeras profissionais mais modernas os flashes indicados são
os do próprio fabricante, permitindo uma comunicação câmera/flash
independente da regulagem do fotógrafo. Ao ser acoplado à câmera, o flash
é automaticamente informado sobre a sensibilidade ISO que está em uso e
sobre a distância focal da objetiva usada. No automático TTL, quando
alteramos o diafragma ele é automaticamente alterado no visor do flash,
assim como o alcance em metros.
Nessas câmeras podemos trabalhar com o flash utilizando
fotometragem de luz ambiente automática (P) ou manual (M). Em alguns
modelos de câmeras a opção pela fotometragem semi-automática A/Av faz
com que a câmera selecione velocidades mais baixas para tentar
acompanhar a luz ambiente e não é indicada. A opção pela fotometragem
semi-automática S/Tv faz com que o diafragma fique totalmente aberto na
maioria dos ambientes, à noite. A utilização do flash com a fotometragem
manual garante maior controle do obturador pelo fotógrafo.

Sincronismo flash/câmera

A velocidade de sincronismo é o maior valor do obturador que pode


ser usado com o flash. É justamente a última velocidade na qual as cortinas
ainda se abrem totalmente. Se colocarmos um número de obturação acima
deste, a imagem ficará parcialmente iluminada. Todas as velocidades
abaixo dessa são aceitas.
As câmeras profissionais modernas não deixam o fotógrafo errar a
velocidade de sincronismo (ela retorna automaticamente à velocidade
máxima permitida), ao contrário das manuais mais antigas, que exigem
maior atenção.
Em geral, a velocidade de sincronismo é entre 200 e 250 nas
câmeras modernas. Quanto maior a velocidade de sincronismo, mais
possibilidades de fotometragem e de utilização do flash com luz do dia.
Nesse tipo de situação devemos levar em conta o que o fotômetro mostra,
ao contrário do uso do flash à noite. Mas, quando queremos informação
tanto nos primeiros planos quanto nos planos de fundo, à noite, também
devemos considerar a fotometragem da luz ambiente e utilizar um tripé,
além do flash.

Redirecionamento da luz do flash

Quando trabalhamos com flash acoplável (independente do flash


embutido existente em alguns modelos de câmeras profissionais),
utilizamos recursos como o redirecionamento da cabeça do flash e o uso de
rebatedores. Os flashes mais completos têm cabeças com movimentos
verticais e horizontais. O redirecionamento atenua sombras do fundo,
elimina olhos vermelhos (já que o facho de luz não incide diretamente nos
olhos) e torna a iluminação mais natural. .

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