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Filosofia e Religião parte 3

Nietzsche:
Para o filósofo alemão Friedrich Nietzsche, o cristianismo reforçou uma
moral dotada de submissão, pecado e culpa. A própria moral, dirá o filósofo,
é um instrumento para o enfraquecimento dos fortes. Por esse motivo, a
tradição ocidental, resultado desse processo de enfraquecimento, é tão
distinta do Estado Grego que reunia, pelo espírito guerreiro de seu povo e de
uma religião que não o tentava domesticar, as condições para o
aparecimento da tragédia, maior expressão artística dos helenos.
Sobre a religião grega, Nietzsche sublinha no parágrafo 114 de
“Humano, Demasiado Humano” que os helenos não se referiam aos deuses
como se fossem acima de si, ou seja, não tinham uma relação de submissão
em relação a eles. Os deuses serviam como um exemplo do melhor que os
humanos poderiam alcançar, um ideal, diferente do cristianismo que, em
suas palavras “esmagou e alquebrou completamente o homem, e o
mergulhou como que em um profundo lamaçal”. Um aspecto relevante da
religião grega era a inexistência de um livro sagrado. As crenças eram
difundidas com uma visão não dogmática e sem uma autoridade que teria o
direito de proteger os dogmas.

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