Compositor italiano do final do Renascimento. Nasceu em 1567, em Cremona,
no Ducado de Milão, e morreu em 1643, em Veneza. Foi o grande impulsionador da ópera, para além de introduzir um novo espírito na música religiosa. Começou a estudar música com o diretor musical da Catedral de Cremona, Marcantonio Ingegneri, revelando-se um excelente aluno. Pouco depois, o livreiro mais famoso de Veneza publicou os seus dois primeiros livros de madrigais. Em 1590, ficou ao serviço do duque de Mântua, Gonzaga, tendo ocupado esse cargo durante vinte anos. Em 1613 muda-se para Veneza a fim de assumir o cargo de regente do coro da Basílica de San Marco. Compõe diversas óperas, entre elas Orfeu (1607), a primeira a ter ampla participação de orquestra, e Il Combattimento di Tancredo e Clorinda (1624), além de livros de madrigais (músicas para coral criadas na Itália no século XIV). As partituras de sua segunda ópera, Arianna (1608), se perdem, exceto pela ária conhecida como Lamento, uma das melodias mais cantadas na Itália do século XVII. A principal inovação de Monteverdi é o stile concitato, que, por meio da repetição de notas, confere à música estilo marcial. Em 1642 escreve A Coroação do Papa, considerada obra-prima da música barroca. Monteverdi mostrou como a filosofia da sua música poderia ser utilizada na composição de pequenas áreas, de duetos e de ensembles, e de como seria possível uni-la com a expressividade recitativa, menos em voga no início do século XIX. Os seus trabalhos mais importantes incluem as óperas La Favola d'Orfeo (1607), Il Ritorno di Ulisse in Patria (1641) e L'Incoronazione di Poppea (1642); e as composições dramáticas Il Ballo delle Ingrate (1608), Tirsi e Clori (1616) e La Vittoria d'Amore (1641).