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CAPÍTULO 12 – Segurança

12.0 Introdução

Este capítulo analisa os tipos de ataques que ameaçam a segurança dos computadores e os dados
contidos neles. Um técnico é responsável pela segurança dos dados e do hardware de uma empresa.
Você vai aprender a trabalhar com os clientes para garantir que a melhor proteção possível seja
implantada.
Para proteger com sucesso os computadores e a rede, um técnico deve entender os dois tipos de
ameaças à segurança dos computadores:
 Física - Eventos ou ataques que roubam, danificam, ou destroem equipamentos, como servidores,
switches e cabeamento
 Dos dados - Eventos ou ataques que removem, corrompem, negam acesso a usuários
autorizados, permitem o acesso a usuários não autorizados ou roubam informações

12.1 Ameaças a Segurança


12.1.1 Tipos de Ameaças a Segurança

12.1.1.1 Malwares

Os computadores e os dados contidos neles devem ser protegidos contra malware:


 O malware é qualquer software criado para realizar atos mal-intencionados. A palavra malware é
uma abreviação de software mal-intencionado.
 É comumente instalado em um computador sem o conhecimento do usuário. Esses programas
abrem janelas adicionais ou alteram a configuração do comutador.
 O malware pode modificar navegadores web para abrir páginas específicas que não são as
páginas desejadas. Isso é conhecido como redirecionamento do navegador.
 Também pode coletar informações armazenadas no computador, sem o consentimento do usuário.
O primeiro e o mais comum tipo de malware é um vírus de computador. Um vírus é transferido para
um outro computador por e-mail, unidades USB, transferências de arquivos e, até mesmo, por meio de
mensagens instantâneas. O vírus se esconde conectando-se a código de computador, software ou
documentos no computador. Quando o arquivo é acessado, o vírus é executado e infecta o computador.
Exemplos de que o vírus pode fazer estão listados na Figura 1.
Outro tipo de malware é um Cavalo de Troia. Um cavalo de Troia geralmente parece com um
programa útil, mas carrega código mal-intencionado. Por exemplo, cavalos de Troia geralmente estão
incluídos em jogos on-line gratuitos. Esses jogos são baixados para o computador do usuário, mas
também contêm um cavalo de Troia. Ao se jogar o jogo, o cavalo de Troia é instalado no sistema do
usuário e continua a operar, mesmo depois que o jogo foi fechado. Existem vários tipos de cavalos de
Troia, conforme descrito na tabela na Figura 2.
Ao longo dos anos, o malware continuou a evoluir. A tabela na Figura 3 descreve outros tipos de
malware.
Para detectar, desativar, e remover o malware antes que ele infecte um computador, sempre use o
software antivírus, o antispyware e as ferramentas de remoção de adwares.
É importante saber que esses programas ficam desatualizados rapidamente. Portanto, é
responsabilidade do técnico aplicar as atualizações, patches e as definições de vírus mais recentes, como
parte de uma programação de manutenção regular. Muitas empresas estabelecem uma política de
segurança por escrito que indica que os funcionários não têm permissão para instalar nenhum software
que não seja fornecido pela empresa.

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12.1.1.2 Atividade – Identificação dos Tipos de Malware


12.1.1.3 Phishing

O phishing é quando uma pessoa mal-intencionada envia um e-mail, chamadas de telefone ou


coloca um texto com a intenção de fazer o destinatário fornecer informações pessoais ou financeiras. Os
ataques de phishing também são usados para levar os usuários a instalar, sem saber, o malware em seus
dispositivos.
Por exemplo, um usuário recebeu um e-mail que parece ter vindo de uma empresa externa
legítima, como um banco. A pessoa que ataca pode solicitar a verificação das informações, como um
nome de usuário, uma senha ou um número PIN, para evitar, possivelmente, que algum resultado ruim
ocorra. Se o usuário fornecer as informações solicitadas, o ataque de phishing será bem-sucedido.
Uma das formas de ataque de phishing é chamado de spear phishing. Isso ocorre quando um
ataque de phishing é direcionado a um indivíduo ou a uma empresa específica.
As empresas devem educar seus usuários, com relação aos ataques de phishing. Raramente há
necessidade de fornecer informações pessoais ou financeiras on-line. As empresas legítimas não pedirão
informações confidenciais por e-mail. Desconfie. Em caso de dúvida, faça contato por correio ou telefone,
para garantir a validade da solicitação.
12.1.1.4 Spam

Spam, também conhecido como lixo eletrônico, é e-mail não solicitado, nem autorizado. Na maioria
dos casos, o spam é usado como um método de anúncio. Entretanto, o spam pode ser usado para enviar
links perigosos, malware ou conteúdo enganoso. O objetivo é obter informações confidenciais, como o
número na previdência social ou informações da conta no banco. A maioria dos spams é enviada por
vários computadores em redes que foram infectadas por um vírus ou por um worm. Esses computadores
infectados enviam o máximo de lixo eletrônico possível.
O spam não pode ser interrompido, mas seus efeitos podem ser reduzidos. Por exemplo, a maioria
dos ISPs filtram os spams, antes que eles atinjam a caixa de entrada do usuário. Muitos programas
antivírus e de e-mail executam automaticamente a filtragem de e-mail, como mostra a figura. Isso significa
que detectam e removem spam de uma caixa de entrada.
Mesmo com essas funcionalidades de segurança implementadas, alguns spams ainda podem
passar. Observe alguns dos indicadores mais comuns de Spam:
 Um e-mail sem assunto.
 Um e-mail solicitando uma atualização de uma conta.
 Um e-mail cheio de palavras escritas incorretamente ou pontuação estranha.
 Links no e-mail são longos e/ou incompreensíveis.
 Um e-mail disfarçado como correspondência de uma empresa legítima.
 Um e-mail que solicita que você abra um anexo.
As empresas também devem conscientizar os funcionários sobre os perigos de se abrir anexos de
e-mail que possam conter um vírus ou um worm. Não presuma que os anexos de e-mail são seguros,
mesmo quando são enviados de um contato confiável. O computador do remetente pode estar infectado
por um vírus que está tentando se espalhar. Sempre varra anexos de e-mail, antes de abri-los.
12.1.1.5 Ataques TCP/IP

Para controlar a comunicação na Internet, o computador usa o suite de protocolos TCP/IP.


Infelizmente, algumas funcionalidades do TCP/IP podem ser manipuladas, resultando em vulnerabilidades
na rede.
Como mostrado na Figura 1, o TCP/IP é vulnerável aos seguintes tipos de ataques:
 Negação de Serviço (DoS) – (Figura 2) o DoS (Denial of Service, Negação de Serviço) é um tipo
de ataque que cria, anormalmente, uma grande quantidade de requisições aos servidores de rede,
como e-mail ou servidores web. O objetivo do ataque é sobrecarregar, completamente, o servidor,
com requisições falsas, criando uma negação de serviço para usuários legítimos.
 DoS Distribuído (DDoS )– (Figura 3) um ataque DDoS (Distributed DoS, DoS Distribuído) é como
um ataque DoS, mas é criado usando muito mais computadores, algumas vezes em milhares, para
iniciar o ataque. Os computadores são infectados, primeiro, com malware, depois, se tornam
zumbis, um exército de zumbis, ou botnets. Depois que os computadores são infectados, ficam
dormentes, até que precisem criar um ataque DDoS. Os computadores zumbis que estão em
diferentes localizações geográficas dificultam o rastreamento da origem do ataque.
 Inundação de SYN – (Figura 4) Uma requisição SYN é a comunicação inicial enviada para
estabelecer uma conexão TCP. Um ataque de inundação de SYN abre, aleatoriamente, portas TCP
na origem do ataque e prende o equipamento de rede ou o computador com uma grande
quantidade de requisições SYN falsas. Isso faz com que sessões sejam negadas para os outros.
Um ataque de inundação de SYN é um tipo de ataque DoS.
 Spoofing - Em um ataque de spoofing, um computador finge ser um computador confiável, para
obter acesso aos recursos. O computador usa um endereço MAC ou um endereço IP forjado para
representar um computador que é confiável na rede.
 Man-in-the-Middle – (Figura 5) Um invasor executa um ataque Man-in-the-Middle (MitM) com a
intercepção de comunicações entre computadores para roubar informações que transitam por toda
a rede. Um ataque de MitM também pode ser usado para manipular mensagens e transmitir
informações falsas entre hosts, pois os hosts não reconhecem que as mensagens foram alteradas.
 Replay - Para executar um ataque de replay, as transmissões de dados são interceptadas e
registradas por um invasor. Essas transmissões são reenviadas para o computador destino. O
computador destino processa essas transmissões repetidas como autênticas e enviadas pela fonte
original.
 Envenenamento de DNS - Os registros DNS de um sistema são alterados para apontar para
servidores impostores. O usuário tenta acessar um site legítimo, mas o tráfego é desviado para um
site impostor. O site impostor é usado para capturar informações confidenciais, como nomes de
usuário e senhas. Um invasor poderá, assim, recuperar os dados desse local.

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12.1.1.6 Atividade: Identificação de Ataques TCP/IP


12.1.1.7 Ataques de Dia Zero

Um ataque de dia zero, às vezes conhecido como uma ameaça de dia zero, é um ataque de
computador que tenta explorar as vulnerabilidades do software que são desconhecidas ou não divulgadas
pelo fornecedor do software. O termo hora zero descreve o momento em que a exploração é descoberta.
Durante o tempo que os fornecedores de software demoram para desenvolver e liberar um patch, a rede
está vulnerável a essas explorações, como mostrado na figura. A defesa contra esses ataques rápidos
requer que os profissionais de rede adotem uma visão mais sofisticada da arquitetura da rede. Não é mais
possível conter as intrusões em alguns pontos da rede.

12.1.1.8 Engenharia Social

A engenharia social ocorre quando um invasor tenta acessar o equipamento ou uma rede,
enganando as pessoas para que forneçam as informações necessárias para o acesso. Por exemplo, na
Figura 1, o engenheiro social ganha a confiança do funcionário e o convence a divulgar as informações de
nome de usuário e senha.
A tabela na Figura 2 descreve algumas técnicas de engenharia social usadas para obter
informações.
Aqui estão algumas precauções básicas para ajudar a proteger contra engenharia social:
 Nunca forneça suas credenciais de login (por exemplo, nome de usuário, senha, PIN).
 Nunca publique as informações de credenciais em sua área de trabalho.
 Bloqueie o computador quando deixar sua mesa.
Para proteger um local físico, a empresa deve:
 Implementar uma lista de controle de acesso ou de entrada contendo aqueles que tem a entrada
permitida.
 Não deixe que ninguém o acompanhe por meio de uma porta que requer um cartão de acesso.
 Sempre peça a identificação de pessoas desconhecidas.
 Restrinja o acesso aos visitantes.
 Acompanhe todos os visitantes.

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12.2 Procedimentos de Segurança


12.2.1 Diretiva de Segurança Local do Windows

12.2.1.1 O que é uma Política de Segurança

Uma política de segurança é um conjunto de objetivos de segurança que garantem a segurança de


uma rede, dos dados e dos sistemas de computacionais de uma empresa. A política de segurança é um
documento em constante desenvolvimento, baseado em mudanças na tecnologia, nos negócios e nas
necessidades dos funcionários.
A política de segurança geralmente é criada e gerenciada pela gerência da empresa e pela equipe
de TI, conforme ilustrado na Figura 1. Juntas, elas criam um documento que deve responder às perguntas
listadas na Figura 2.
Uma política de segurança, normalmente, inclui os itens descritos na Figura 3. Essa lista não é
abrangente e pode incluir outros itens relacionados especificamente à operação de uma empresa.
Neste curso, focamos em configurar a diretiva (política) de segurança local no Windows.

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12.2.1.2 Acessando a Diretiva de Segurança Local do Windows

Na maioria das redes que usam computadores Windows, o Active Directory é configurado com
domínios em um servidor Windows. Computadores Windows são membros de um domínio. O
administrador configura uma diretiva de segurança de domínio que se aplica a todos os computadores que
participam do domínio. As diretivas de contas são configuradas automaticamente, quando um usuário faz
login no Windows.
A diretiva de segurança local do Windows pode ser usada para computadores independentes que
não fazem parte de um domínio do Active Directory. Para acessar a Diretiva de Segurança Local no
Windows 7 e no Vista, use o seguinte caminho: Iniciar > Painel de Controle > Ferramentas
Administrativas > Diretiva de Segurança Local
No Windows 8 e 8.1, use o seguinte caminho: Pesquisar > secpol.msc e clique em secpol.
A ferramenta de diretiva de segurança local será aberta, como mostrado na figura.

Nota: em todas as versões do Windows, você pode usar o comando Executar secpol.msc para abrir a
ferramenta de diretiva de segurança local.

12.2.1.3 Nomes de Usuário e Senha

O administrador do sistema geralmente define uma convenção de nomenclatura para nomes de


usuário para criar logins de rede. Um exemplo comum de nome de usuário é a primeira letra do nome da
pessoa e depois todo o sobrenome. Mantenha a convenção de nomenclatura simples, para que as
pessoas não tenham dificuldade de lembrar. Os nomes de usuário e as senhas são informações
importantes e não devem ser revelados.
As diretrizes de senha são um componente importante de uma política de segurança. Qualquer
usuário que fizer logon em um computador ou se conectar a um recurso de rede deve ter uma senha. As
senhas ajudam a evitar roubo de dados e atos mal-intencionados. As senhas também ajudam a confirmar
se o registro de eventos é válido, garantindo a identidade do usuário.
Três níveis de proteção de senha são recomendados:
 BIOS – (Figura 1) Impede que o sistema operacional seja inicializado e que as configurações da
BIOS sejam alteradas, sem a senha adequada.
 Login – (Figura 2) Impede o acesso não autorizado ao computador local.
 Rede – (Figura 3) Impede o acesso aos recursos de rede por pessoal não autorizado.
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12.2.1.4 Configurações de Segurança para Diretivas de Conta

Ao atribuir senhas, o nível de controle de senha deve corresponder ao nível de proteção


necessário. Atribua senhas fortes, sempre que possível. A Figura 1 mostra diretrizes para criar senhas
fortes.
Use a Diretiva de Senha em Diretivas de Conta para aplicar requisitos de senha. As
configurações na Figura 2 atendem aos seguintes requisitos:
 Aplicar histórico de senhas - O usuário pode reutilizar uma senha depois que 24 senhas
exclusivas tenham sido salvas.
 Validade máxima da senha - O usuário deve mudar a senha depois de 90 dias.
 Validade mínima da senha - O usuário deve esperar um dia, antes de alterar a senha novamente.
Isso evita que os usuários digitem uma senha diferente 24 vezes para usar novamente uma senha
anterior.
 Tamanho mínimo da senha - A senha deve ter pelo menos oito caracteres.
 A senha deve atender aos requisitos de complexidade - A senha não deve conter o nome da
conta do usuário ou as partes do nome completo do usuário que excedam dois caracteres
consecutivos. A senha deve conter três das seguintes quatro categorias: letras maiúsculas, letras
minúsculas, números e símbolos.
 Armazenar as senhas usando criptografia reversível - Armazenar senhas usando criptografia
reversível é essencialmente o mesmo que armazenar versões de texto simples das senhas. Por
esse motivo, esta política nunca deve ser ativada, a menos que os requisitos de aplicativos
superem a necessidade de proteger as informações de senha.
Use a Diretiva de Bloqueio de Conta em Diretivas de Conta, para impedir tentativas de login por
força bruta. Por exemplo, a configuração mostrada na Figura 3 permite que o usuário digite o nome de
usuário e/ou senha errados cinco vezes. Depois de cinco tentativas, a conta é bloqueada por 30 minutos.
Depois de 30 minutos, o número de tentativas é redefinido para zero e o usuário pode tentar entrar
novamente. Essa política também protegeria contra um ataque de dicionário, onde cada palavra do
dicionário é utilizada para tentar obter acesso.

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12.2.1.5 Gerenciamento Local de Senha


O gerenciamento de senha para computadores Windows independentes é feito localmente pela
ferramenta Contas de Usuário. Para criar, remover ou modificar uma senha no Windows, use o seguinte
caminho, como mostrado na Figura 1: Painel de Controle > Contas de Usuário
Para impedir que usuários não autorizados acessem computadores e recursos de rede locais,
bloqueie a estação de trabalho, notebook ou servidor, quando não estiver presente.
É importante garantir que os computadores estejam seguros, quando os usuários estiverem
ausentes. Uma política de segurança deve conter uma regra sobre a necessidade de se bloquear um
computador, quando a proteção de tela for iniciada. Isso garantirá que, depois de um curto período de
tempo longe do computador, a proteção de tela será iniciada e o computador não poderá ser usado, até
que o usuário faça login novamente.
Em todas as versões do Windows, use o seguinte caminho: Painel de Controle > Personalização
> Proteção de tela. Escolha uma proteção de tela e um tempo de espera e selecione a opção Ao
reiniciar, exibir tela de logon, conforme mostrado na Figura 2.

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12.2.1.6 Configurações de Segurança para Diretivas Locais

A maioria das configurações no ramo Diretivas Locais da Diretiva de Segurança Local está além
do escopo deste curso. Entretanto, você deve ativar a auditoria para cada Diretiva de Auditoria. Por
exemplo, na figura, a auditoria é ativada para todos os eventos de logon.
Algumas configurações em Atribuição de Direitos de Usuário e Opções de Segurança serão
alteradas no laboratório.
12.2.1.7 Exportando a Diretiva de Segurança Local

Se a Diretiva de Segurança Local em cada computador independente for a mesma, use a


funcionalidade Exportar Diretiva, como mostrado na figura. Salve a diretiva com um nome, como
workstation.inf. Depois, copie o arquivo da diretiva para uma mídia externa ou unidade de rede, para usar
em outros computadores independentes. Isso é particularmente útil quando o administrador precisa
configurar diretivas locais abrangentes para direitos de usuário e opções de segurança.

12.2.2 Protegendo o Acesso a Web


12.2.2.1 Segurança da Web

Há várias ferramentas web (por exemplo, ActiveX, Flash) que podem ser usadas por invasores
para instalar um programa em um computador.
Para evitar isso, os navegadores têm funcionalidades que podem ser usadas para aumentar a
segurança da web:
 Filtragem ActiveX
 Bloqueador de Pop-ups
 Filtro SmartScreen
 Navegação InPrivate
12.2.2.2 Filtragem ActiveX

Ao navegar na web, algumas páginas podem não funcionar corretamente, a menos que você
instale um controle ActiveX. Alguns controles ActiveX são escritos por terceiros e podem ser mal-
intencionados. A filtragem ActiveX permite a navegação na web sem execução de controles ActiveX.
Depois que um controle ActiveX tiver sido instalado para um site, o controle será executado em
outros sites também. Isso pode prejudicar o desempenho ou apresentar riscos à segurança. Quando a
filtragem ActiveX está ativada, você pode escolher os sites nos quais é permitida a execução de controles
ActiveX. Os sites que não forem aprovados não poderão executar esses controles e o navegador não
mostrará notificações para que você os instale ou os ative.
Para ativar a filtragem de ActiveX no Internet Explorer 11, use o seguinte caminho: Ferramentas >
Filtragem ActiveX
O exemplo na figura exibe que a filtragem ActiveX está ativada. Clicar em Filtragem ActiveX
novamente desativaria o ActiveX.
Para visualizar um site que contém o conteúdo ActiveX quando a filtragem ActiveX está ativada,
clique no ícone azul Filtragem ActiveX na barra de endereços e clique em Desativar a filtragem
ActiveX.
Depois de analisar o conteúdo, você pode ativar novamente a filtragem Active X seguindo as
mesmas etapas.
12.2.2.3 Bloqueador de Pop-ups

Um pop-up é uma janela do navegador web que é aberta sobre outra janela do navegador web.
Alguns pop-ups são iniciados durante a navegação, como um link em uma página que abre um pop-up
para fornecer informações adicionais ou um close de uma imagem. Outros pop-ups são iniciados por um
site ou por um anunciante e são, geralmente, indesejados ou irritantes, especialmente quando vários pop-
ups são abertos ao mesmo tempo em uma página web.
A maioria dos navegadores web oferece a capacidade de bloquear janelas pop-up. Isso permite
que um usuário limite ou bloqueie a maioria dos pop-ups que ocorrem durante a navegação na web.
Para ativar a funcionalidade Bloqueador de Pop-ups do Internet Explorer 11, use o seguinte
caminho, como mostrado na Figura 1: Ferramentas > Bloqueador de Pop-ups > Ativar bloqueador de
pop-ups
Quando o Bloqueador de Pop-ups está ativado, as configurações do Bloqueador de Pop-ups
podem ser personalizadas. Para alterar as configurações do Bloqueador de Pop-ups no Internet Explorer,
use o seguinte caminho, como mostrado na Figura 2: Ferramentas > Bloqueador de Pop-ups >
Configurações do Bloqueador de Pop-ups
As seguintes configurações do Bloqueador de Pop-ups podem ser configuradas, como mostrado na
Figura 3:
 Adicionar um site para permitir pop-ups
 Alterar notificações ao bloquear pop-ups
 Alterar o nível de bloqueio. Alto bloqueia todos os pop-ups, Médio bloqueia a maioria dos pop-ups
automáticos e Baixo permite pop-ups de sites confiáveis.
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12.2.2.4 Filtro SmartScreen

Os navegadores web também podem oferecer funcionalidades adicionais de filtragem web. Por
exemplo, o Internet Explorer 11 fornece a funcionalidade de filtro SmartScreen. Essa funcionalidade
detecta sites de phishing, analisa sites em busca de itens suspeitos e verifica downloads em uma lista que
contém sites e arquivos conhecidos por serem mal-intencionados.
Para ativar a funcionalidade Filtro SmartScreen do Internet Explorer 11, use o seguinte caminho,
como mostrado na Figura 1: Ferramentas > Filtro SmartScreen > Ativar Filtro SmartScreen
Isso abrirá a janela Filtro SmartScreen da Microsoft, mostrada na Figura 2. Nessa janela, o usuário
pode ativar ou desativar a funcionalidade.
Para ativar a funcionalidade, clique em Ativar filtro SmartScreen (recomendado) e clique em OK.
O conteúdo de uma página web também pode ser verificado. Para analisar a página web atual, use
o seguinte caminho: Ferramentas > Filtro SmartScreen > Verificar o Site
Para relatar uma página web suspeita, use o seguinte caminho: Ferramentas > Filtro
SmartScreen > Relatar Site Não Seguro
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12.2.2.5 Navegação InPrivate


Os navegadores web mantêm informações sobre as páginas web que você visita, as pesquisas que
você realiza e outras informações identificáveis, incluindo nomes de usuário, senhas e mais. Esta é uma
funcionalidade conveniente ao se usar um computador em casa que esteja protegido com uma senha.
Entretanto, essa é uma preocupação ao usar um computador público, como um computador em uma
biblioteca, em um centro empresarial de um hotel ou em um cibercafé.
As informações retidas pelos navegadores web podem ser recuperadas e exploradas por outros.
Eles podem usar essas informações para roubar sua identidade, para roubar seu dinheiro ou para alterar
as senhas em contas importantes.
Para melhorar a segurança ao usar um computador público, os navegadores web fornecem o
recurso de navegação anônima na web, sem retenção das informações. Por exemplo, a funcionalidade de
Navegação InPrivate, no Internet Explorer 11, impede o armazenamento das informações exibidas na
Figura 1. Ao navegar, o Navegador InPrivate armazena, temporariamente, os arquivos e cookies e os
exclui quando a sessão InPrivate é concluída.
Uma janela de Navegação InPrivate pode ser aberta na área de trabalho do Windows ou no
navegador.
Para iniciar a navegação InPrivate no Windows 7, clique com o botão direito do mouse no ícone do
Internet Explorer, conforme mostrado na Figura 2 e clique em Iniciar Navegação InPrivate.
Isso abre outra janela InPrivate do navegador, mostrada na Figura 3. A janela explica a
funcionalidade InPrivate e confirma que a funcionalidade está ativada. Observe também que a barra de
endereços agora identifica essa como uma janela InPrivate, conforme destacado na figura. Fechar a janela
do navegador encerra a sessão de navegação InPrivate. É importante observar que apenas essa janela do
navegador e todas as guias novas abertas nessa janela fornecem a privacidade. Outras janelas abertas do
navegador não são protegidas pela Navegação InPrivate.
Para abrir uma janela de Navegação InPrivate no Internet Explorer 11, use o seguinte caminho,
como mostrado na Figura 4: Ferramentas > Navegação InPrivate
Como alternativa, você pode pressionar Ctrl+Shift+P para abrir uma janela InPrivate.

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12.2.3 Protegendo Dados

12.2.3.1 Firewalls por Software

Um firewall por software é um programa que é executado em um computador para permitir ou


negar tráfego entre o computador e outros computadores aos quais ele está conectado. O firewall por
software aplica um conjunto de regras a transmissões de dados por meio da inspeção e filtragem de
pacotes de dados. O firewall do Windows, ilustrado na Figura 1, é um exemplo de um firewall por software.
Ele é instalado, por padrão, quando o sistema é instalado.
Você pode controlar o tipo de dados enviados de e para o computador selecionando quais portas
serão abertas e o que será bloqueado. Os firewalls bloqueiam conexões de rede de entrada e de saída, a
menos que sejam definidas exceções para abrir e fechar as portas necessárias para um programa.
Para habilitar ou desativar uma porta no firewall do Windows no Windows 7, 8.0, ou 8.1, siga estes
passos:
Passo 1. Painel de Controle > Firewall do Windows > Configurações avançadas.
Passo 2. Escolha configurar Regras de Entrada ou Regras de Saída no painel esquerdo e clique
em Nova Regra… no painel direito, conforme mostrado na Figura 2.
Passo 3. Selecione o botão de opção Porta e clique em Avançar.
Passo 4. Escolha TCP ou UDP.
Passo 5. Escolha Todas as portas locais ou Portas locais específicas para definir portas
individuais ou um intervalo de portas e clique em Próximo.
Passo 6. Escolha Bloquear a conexão e clique em Avançar.
Passo 7. Escolha quando a regra se aplica e clique em Próximo.
Passo 8. Forneça um nome e uma descrição adicional para a regra e clique em Concluir.
Para habilitar ou desativar uma porta no firewall do Windows no Windows Vista, siga estes passos:
Passo 1. Painel de Controle > Firewall do Windows e, depois, clique em Permitir um programa
pelo firewall do Windows.
Passo 2. Clique em Adicionar porta… e configure o nome, o número da porta e o protocolo (TCP
ou UDP).
Passo 3. Clique em OK.

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12.2.3.2 Biometria e Cartões Inteligentes

Os métodos adicionais de proteger o acesso a dispositivos incluem:


 Segurança por Biometria – (Figura 1) A segurança por biometria compara as características
físicas com perfis armazenados, para autenticar pessoas. Um perfil é um arquivo de dados que
contém características conhecidas de uma pessoa. O usuário tem o acesso concedido, se suas
características corresponderem às configurações salvas. Um leitor de impressão digital é um
dispositivo biométrico comum.
 Segurança por Cartão Inteligente - (Figura 2) O cartão inteligente é um cartão de plástico
pequeno, do tamanho de um cartão de crédito, com um chip pequeno incorporado nele. Um chip é
um portador de dados inteligente, capaz de processar, de armazenar, e de proteger os dados. Os
cartões inteligentes armazenam informações privadas, como números de conta bancária, a
identificação pessoal, os registros médicos e as assinaturas digitais. Os cartões inteligentes
fornecem autenticação e criptografia para manter os dados seguros.
 Segurança por Chave Fob – (Figura 3) Uma chave fob de segurança é um dispositivo que é
pequeno suficiente para ser colocado em um chaveiro. Usa um processo chamado autenticação
por dois fatores, que é mais seguro que uma combinação de nome de usuário e senha. Primeiro, o
usuário digita um número de identificação pessoal (PIN). Se inserido corretamente, a chave fob de
segurança exibirá um número. Este é o segundo fator que o usuário deve inserir para entrar no
dispositivo ou rede.
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12.2.3.3 Backup de Dados

Os dados podem ser perdidos ou danificados em condições como roubo, falha do equipamento, ou
um desastre. Por isso, é importante realizar, regularmente, um backup de dados.
O backup de dados armazena uma cópia das informações de um computador em uma mídia
removível de backup que pode ser guardada em um local seguro. Fazer backup de dados é uma das
formas mais eficazes de proteção contra perda de dados. Se o hardware do computador falhar, os dados
podem ser restaurados do backup para um hardware funcional.
Os backups de dados devem ser realizados regularmente e incluídos na política de segurança. Os
backups de dados são, normalmente, armazenados em outro local, para proteger a mídia de backup, se
algo acontecer com a instalação principal. A mídia de backup é reutilizada com frequência para
economizar custos de mídia. Siga sempre as diretrizes de rotação de mídia da organização.
Estas são algumas considerações para backup de dados:
 Frequência - Os backups podem levar muito tempo. Às vezes é mais fácil fazer um backup
completo mensal ou semanal, e depois backups parciais frequentes de todos os dados que tiverem
mudado, desde o último backup completo. No entanto, ter muitos backups parciais aumenta o
tempo necessário para restaurar os dados.
 Armazenamento - Para segurança adicional, os backups devem ser transportados para um local
de armazenamento externo aprovado em uma rotação diária, semanal ou mensal, dependendo das
necessidades da política de segurança.
 Segurança - Backups podem ser protegidos com senhas. A senha é inserida, antes que os dados
nas mídias de backup possam ser restaurados.
 Validação - Valide sempre os backups para garantir a integridade dos dados.
Para realizar um backup de dados no Windows 7 ou no Vista, use o seguinte caminho, como
mostrado na Figura 1: Painel de Controle > Backup e Restauração
Aí, você pode fazer backup de um disco rígido em um disco removível, criar uma imagem do
sistema, ou criar um disco de reparo do sistema.
No Windows 8.0 e 8.1, o item Backup e Restauração foi removido do Painel de Controle. Em vez
disso, use Histórico de Arquivos para fazer backup dos arquivos. O Histórico de Arquivos é encontrado
no Painel de Controle. Na Figura 2, nenhuma unidade que poderia ser usada foi encontrada para concluir
o backup. Primeiro, você precisará configurar uma unidade de Histórico de Arquivos e ativar o Histórico de
Arquivos. Você pode escolher uma unidade externa conectada ou uma unidade interna clicando em
Selecionar unidade no painel do lado esquerdo. Ou você pode selecionar um local de rede, como
mostrado na Figura 2.

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12.2.3.4 Permissões de Arquivos e de Pastas


As permissões são regras que você configura para limitar o acesso à pasta ou ao arquivo para um
indivíduo ou para um grupo de usuários. A figura lista as permissões disponíveis para arquivos e pastas.
Para configurar permissões no nível de arquivo ou de pasta em todas as versões do Windows, use o
seguinte caminho:
Clique com o botão direito do mouse no arquivo ou na pasta e selecione Propriedades >
Segurança > Editar…

Princípio de Menos Privilégio


Os usuários devem ser limitados apenas aos recursos que precisam em um sistema computacional
ou em uma rede. Por exemplo, não devem poder acessar todos os arquivos de um servidor se só
precisarem acessar uma única pasta. Pode ser mais fácil fornecer acesso de usuários à unidade inteira,
mas é mais seguro limitar o acesso somente à pasta que é necessária para realizar seu trabalho. Isso é
conhecido como o princípio de menos privilégio. Limitar o acesso aos recursos também evita que os
programas mal-intencionados acessem esses recursos, se o computador do usuário ficar infectado.

Restringindo Permissões de Usuário


Permissões de compartilhamento de arquivos e de rede podem ser concedidas a indivíduos ou com
a participação em um grupo. Essas permissões de compartilhamento são muito diferentes das permissões
NTFS de nível de arquivo e de pasta. Se um indivíduo ou um grupo tiverem as permissões negadas para
um compartilhamento de rede, essa negação se sobreporá a qualquer outra permissão concedida. Por
exemplo, se você negar a alguém permissão para um compartilhamento de rede, o usuário não poderá
acessar esse compartilhamento, mesmo se o usuário for o administrador ou fizer parte do grupo
administrador. A política de segurança local deve descrever quais recursos e o tipo de acesso são
permitidos para cada usuário e grupo.
Quando as permissões de uma pasta são alteradas, tem-se a opção de aplicar as mesmas
permissões para todas as subpastas. Isso é conhecido como propagação de permissões. A propagação
de permissões é uma maneira fácil de aplicar permissões rapidamente a vários arquivos e pastas. Depois
que as permissões da pasta pai tiverem sido definidas, as pastas e os arquivos criados dentro da pasta pai
herdam as permissões da pasta pai.
Além disso, a localização dos dados e a ação realizada nos dados determinam como as
permissões são propagadas:
 Dados movidos para o mesmo volume – Manterão as permissões originais
 Dados copiados para o mesmo volume – Herdarão novas permissões
 Dados movidos para um volume diferente – Herdarão novas permissões
 Dados copiados para um volume diferente – Herdarão novas permissões
12.2.3.5 Criptografia de Arquivos e Pastas

A criptografia é, geralmente, usada para proteger os dados. Criptografia é onde os dados são
transformados usando um algoritmo complicado para torná-los ilegíveis. Uma chave especial deve ser
usada para transformar as informações ilegíveis, novamente em dados legíveis. Programas de software
são usados para criptografar arquivos, pastas e, até mesmo, unidades inteiras.
O EFS (Encrypting File System, Sistema de Criptografia de Arquivos) é uma característica do
Windows que pode criptografar dados. O EFS está vinculado diretamente a uma conta de usuário
específica. Apenas o usuário que criptografou os dados poderá acessá-los depois de eles terem sido
criptografados usando EFS. Para criptografar os dados usando EFS em todas as versões do Windows,
siga estes passos:
Passo 1. Selecione um ou mais arquivos ou pastas.
Passo 2. Clique com o botão direito nos dados selecionados >Propriedades.
Passo 3. Clique em Avançado...
Passo 4. Marque a caixa de seleção Criptografar conteúdo para proteger os dados.
Passo 5. Os arquivos e as pastas que foram criptografados com EFS são exibidos em verde, como
mostrado na figura.
12.2.3.6 BitLocker do Windows

Você também pode escolher criptografar um disco rígido inteiro, usando um recurso chamado
BitLocker. Para usar BitLocker, pelo menos dois volumes devem estar presentes em um disco rígido. Um
volume do sistema é deixado não criptografado e deve ser de pelo menos 100 MB. Esse volume mantém
os arquivos necessários para o Windows inicializar.
Antes de usar o BitLocker, o TPM (Trusted Platform Module, Módulo de Plataforma Confiável) deve
ser ativado na BIOS. O TPM é um chip especializado instalado na placa-mãe. O TPM armazena
informações específicas do sistema host, como chaves de criptografia, certificados digitais e senhas. Os
aplicativos, como o BitLocker, que usam criptografia, podem usar o chip de TPM. Para ativar o TPM, siga
estes passos:
Passo 1. Ligue o computador e entre na configuração da BIOS.
Passo 2. Procure a opção TPM nas telas de configuração da BIOS. Consulte o manual da sua
placa-mãe para localizar a tela correta. O utilitário de configuração do ThinkPad da Lenovo é mostrado na
Figura 1.
Passo 3. Escolha Habilitar ou Ativar o chip de segurança.
Passo 4. Salve as alterações na configuração da BIOS
Passo 5. Reinicialize o computador.
Para ativar o BitLocker em todas as versões do Windows, siga estes passos:
Passo 1. Clique em Painel de Controle > Criptografia de Unidade BitLocker.
Passo 2. Na página Criptografia de Unidade BitLocker, clique em Ativar BitLocker no volume
do sistema operacional.
Passo 3. Se o TPM não estiver inicializado, o assistente Inicialização do Hardware de
Segurança do TPM será exibido. Siga as instruções fornecidas pelo assistente para inicializar o TPM.
Reinicie o computador.
Passo 4. A página Salvar a senha de recuperação tem as seguintes opções:
 Salvar a senha em uma unidade USB - Esta opção salva a senha em uma unidade USB.
 Salvar a senha em uma pasta - Esta opção salva a senha em uma unidade de rede ou em outro
local.
 Imprimir a senha - Esta opção imprimirá a senha.
Passo 5. Depois de salvar a senha de recuperação, clique em Avançar.
Passo 6. Na página Criptografar o volume de disco selecionado, marque a caixa de seleção
Executar Verificação de Sistema BitLocker.
Passo 7. Clique em Continuar.
Passo 8. Clique em Reiniciar agora.
Passo 9. A barra de estado Criptografia em Andamento é exibida. Depois de o computador ter
sido reiniciado, você pode verificar se o BitLocker está ativo, como mostrado na Figura 2. Você pode clicar
em Administração do TPM para exibir os detalhes do TPM, como mostrado na Figura 3.

Nota: a criptografia BitLocker também pode ser usada em unidades removíveis usando o BitLocker To Go.
O BitLocker To Go não usa um chip de TPM, mas ainda fornece criptografia dos dados e exige uma
senha.

FIGURA
1
FIGURA
2

FIGURA
3

12.2.3.7 Apagando Dados

A proteção dos dados também inclui a remoção de arquivos de dispositivos de armazenamento


quando não são mais necessários. Simplesmente excluir os arquivos ou reformatar a unidade pode não
ser o suficiente para garantir a privacidade. Por exemplo, a exclusão de arquivos de uma unidade de disco
rígido não os remove completamente. O sistema operacional remove apenas a referência ao arquivo na
tabela de alocação de arquivos (FAT). No entanto, os dados ainda permanecerão na unidade. Esses
dados não são removidos completamente, até que o disco rígido armazene outros dados no mesmo local,
substituindo os dados anteriores.
Por esse motivo, as ferramentas de software podem ser usadas para recuperar pastas, arquivos, e,
até mesmo, partições inteiras. Podem ser uma bênção, se a exclusão tiver sido acidental. Mas também
podem ser desastrosas se os dados forem recuperados por um usuário mal-intencionado.
Por esse motivo, a mídia de armazenamento deve ser totalmente apagada usando um ou mais dos
seguintes métodos:
 Software para apagamento de dados - Também conhecido como apagamento seguro, consiste
em uma ferramenta de software projetada, especificamente, para sobrescrever dados
repetidamente, tornando-os ilegíveis.
 Varinha de desmagnetização – (Figura 1) consiste em uma varinha com ímãs muito poderosos
que é colocada sobre os pratos expostos do disco rígido, para destruir ou eliminar o campo
magnético de um disco rígido.
 Dispositivo de desmagnetização eletromagnética - Consiste em um ímã com uma corrente
elétrica aplicada a ele para criar um campo magnético muito forte. O dispositivo pode destruir ou
eliminar, muito rapidamente, o campo magnético de um disco rígido.
Esses métodos são descritos com mais detalhes na Figura 2.

Nota: é importante lembrar que as técnicas de apagamento e desmagnetização de dados são irreversíveis
e os dados nunca podem ser recuperados.

Os SSDs são compostos de memória flash, em vez de pratos magnéticos. As técnicas comuns
usadas para apagar dados, como a desmagnetização, não são eficazes. Para garantir completamente que
os dados não possam ser recuperados de um SSD, execute um apagamento seguro. Isso também se
aplica ao SSD híbrido
Outras mídias e documentos de armazenamento (por exemplo, discos óticos, eMMC, pen drives)
também devem ser destruídos. Use um triturador ou um incinerador que sejam projetados para destruir
documentos e todo tipo de mídia. Para os documentos confidenciais que devem ser guardados, como
aqueles com informações secretas ou senhas, guarde-os sempre trancados em um local seguro.
Ao pensar que dispositivos devem ser apagados ou destruídos, lembre-se de que dispositivos além
dos computadores e dos dispositivos móveis armazenam dados. As impressoras e dispositivos
multifuncionais podem também conter um disco rígido que armazena em cache documentos impressos ou
digitalizados. Essa funcionalidade de armazenamento em cache pode ser desativada em alguns casos, ou
o dispositivo precisa ser apagado regularmente para garantir a privacidade dos dados. É uma boa prática
de segurança configurar autenticação de usuário no dispositivo, se possível, para impedir que uma pessoa
não autorizada altere as configurações que se referirem à privacidade.
FIGURA
1

FIGURA
2
12.2.3.8 Reciclagem e Destruição do Disco Rígido

Empresas com dados confidenciais devem sempre criar políticas claras para descarte de mídia de
armazenamento. Há duas opções disponíveis, quando uma mídia de armazenamento não é mais
necessária.
As mídias podem ser:
 Recicladas - Discos rígidos que foram apagados podem ser reutilizados em outros computadores.
A unidade pode ser reformatada e um novo sistema operacional instalado. Dois tipos de
formatação podem ser realizados, como mostra a Figura 1.
 Destruídas - A destruição completa do disco rígido garante, completamente, que os dados não
sejam recuperados de um disco rígido. Os dispositivos especificamente projetados como
esmagadores de disco rígido, trituradores de disco rígido, incineradores, etc, podem ser usados
para grandes volumes de unidades. Danificar a unidade fisicamente, com martelo, como mostra a
Figura 2, também é eficaz.
Uma empresa pode escolher um fornecedor externo para destruir suas mídias de armazenamento.
Esses fornecedores geralmente têm algum vínculo e seguem regulamentações governamentais rígidas.
Eles também podem oferecer um certificado de destruição. Esse certificado fornece evidências de que a
mídia foi completamente destruída.

FIGURA
1
FIGURA
2

12.2.3.9 Atividade – Identificação da Terminologia de Proteção de Dados

12.2.4 Proteção contra Software Mal-Intencionado

12.2.4.1 Programas de Proteção Contra Software Mal-Intecionado

Malware inclui vírus, worms, cavalos de Troia, keyloggers, spyware e adware. Eles foram criados
para invadir a privacidade, roubar informações, danificar o sistema ou excluir dados corrompidos.
É importante que você proteja os computadores e dispositivos móveis com software antimalware de
qualidade. Os seguintes tipos de programas antimalware estão disponíveis:
 Proteção antivírus - Programa que monitora, continuamente, por vírus. Quando um vírus é
detectado, o usuário é avisado e o programa tenta colocar o vírus em quarentena ou excluí-lo,
como mostra a Figura 1.
 Proteção contra adware – o programa procura continuamente por programas que indicam
publicidade em seu computador.
 Proteção contra phishing – O programa bloqueia endereços IP de sites de phishing conhecidos
na web e avisa o usuário sobre sites suspeitos.
 Proteção contra spyware – Programa que varre o computador em busca de keyloggers e ouros
tipos de spyware.
 Fontes confiáveis/não confiáveis – Programa que avisa sobre programas não seguros prestes a
serem instalados ou sobre sites não seguros na web, antes de serem visitados.
Pode ser necessário usar vários programas diferentes e fazer várias varreduras para remover
completamente todos os softwares mal-intencionados. Execute apenas um programa de proteção contra
malware por vez.
Várias empresas de segurança confiáveis, como McAfee, Symantec e Kaspersky, oferecem a
proteção contra malware completa para computadores e dispositivos móveis.
Desconfie de produtos antivírus falsos mal-intencionados que podem aparecer durante a
navegação na Internet. A maioria desses produtos antivírus falso exibe um anúncio ou um pop-up que
parece como uma janela de aviso real do Windows, como mostra a Figura 2. Eles geralmente afirmam que
o computador está infectado e deve ser limpo. Clicar em qualquer lugar na janela pode iniciar o download
e a instalação do malware.
Quando se deparar com uma janela de aviso suspeita, nunca clique na janela de aviso. Feche a
guia ou o navegador para ver se a janela de aviso some. Se a guia ou o navegador não fechar, pressione
ALT+F4 para fechar a janela ou use o Gerenciador de Tarefas para encerrar o programa. Se a janela de
aviso não sumir, varra o computador usando um bom programa antivírus ou de proteção contra adware
conhecido, para garantir que o computador não esteja infectado.
Clique aqui (https://zvelo.com/introduction-to-rogue-antivirus/) para ler um blog sobre malware
antivírus falso.
Software não aprovado ou não compatível não é apenas um software que é instalado de forma não
intencional em um computador. Também pode vir de usuários que queriam instalá-lo. Pode não ser mal-
intencionado, mas ainda pode violar a política de segurança. Esse tipo de sistema não compatível pode
interferir no software da empresa ou nos serviços de rede. O software não aprovado precisa ser removido
imediatamente.
FIGURA
1

FIGURA
2

12.2.4.2 Reparando Sistemas Infectados


Quando um programa de proteção contra malware detecta que um computador está infectado, ele
remove a ameaça ou a coloca em quarentena. Mas o computador provavelmente ainda está em risco. A
primeira etapa para reparar um computador infectado é remover o computador de rede, para evitar que
outros computadores sejam infectados. Desconecte fisicamente todos os cabos de rede do computador e
desative todas as conexões sem fio.
A próxima etapa é seguir todas as políticas de resposta a incidentes que estejam em vigor. Isso
pode incluir notificação da equipe de TI, salvar arquivos de log em mídia removível, ou desligar o
computador. Para um usuário doméstico, atualizar os programas de proteção contra software mal-
intencionado instalados e realizar varreduras completas de todas as mídias instaladas no computador.
Muitos programas antivírus podem ser configurados para serem executados na inicialização do sistema,
antes de carregar o Windows. Isso permite que o programa acesse todas as áreas do disco, sem ser
afetado pelo sistema operacional ou por qualquer malware.
Pode ser difícil remover vírus e worms de um computador. Ferramentas de software são
necessárias, para eliminar os vírus e reparar o código de computador que o vírus modificou. Essas
ferramentas de software são fornecidas pelos fabricantes do sistema operacional e por empresas de
software de segurança. Baixe essas ferramentas de um site legítimo.
Inicialize o computador no modo de segurança, para evitar que a maioria dos drivers sejam
carregados. Instale programas adicionais de proteção contra malware e realize varreduras completas para
remover ou colocar em quarentena malwares adicionais. Pode ser necessário entrar em contato com um
especialista para garantir que o computador tenha sido completamente limpo. Em alguns casos, o
computador deve ser reformatado e restaurado de um backup, ou o sistema operacional pode precisar ser
reinstalado.
O serviço de restauração do sistema pode incluir arquivos infectados em um ponto de restauração.
Depois de o computador ter sido limpo de todo malware, os arquivos de restauração do sistema devem ser
excluídos, como mostra a figura.
12.2.4.3 Atualizações dos Arquivos de Assinatura

Os fabricantes de software devem criar e distribuir, regularmente, novos patches para corrigir falhas
e vulnerabilidades nos produtos. Como novos vírus estão sempre sendo desenvolvidos, o software de
segurança deve ser continuamente atualizado. Esse processo pode ser realizado automaticamente, mas
um técnico deve saber atualizar manualmente qualquer tipo de software de proteção e todos os programas
de aplicativos do cliente.
Os programas de detecção de malware procuram padrões no código de programação do software
em um computador. Esses padrões são determinados analisando vírus que são interceptados na Internet
e em redes locais. Esses padrões de código são chamados assinaturas. Os produtores de software de
proteção compilam as assinaturas em tabelas de definição de vírus. Para atualizar arquivos de assinatura
do software antivírus, primeiro verifique se os arquivos de assinatura são os arquivos mais recentes. Você
pode verificar o status do arquivo, navegando para a opção Sobre do software de proteção ou iniciando a
ferramenta de atualização do software de proteção.
Para atualizar o arquivo de assinatura, siga estes passos:
Passo 1. Crie um ponto de restauração no Windows. Se o arquivo carregado estiver corrompido,
definir um ponto de restauração permite que você volte para a forma como as coisas estavam.
Passo 2. Abra o programa antivírus. Se o programa estiver configurado para executar ou obter
atualizações automaticamente, pode ser necessário desativar a funcionalidade de automatização, para
realizar essas etapas manualmente.
Passo 3. Clique no botão Atualizar.
Passo 4. Depois que o programa estiver atualizado, use-o para varrer o computador.
Passo 5. Quando a varredura tiver sido concluída, verifique o relatório para ver se há vírus ou
outros problemas que não puderam ser tratados e os exclua você mesmo.
Passo 6. Configure o programa antivírus para se atualizar e ser executado automaticamente, de
acordo com um cronograma.
Sempre recupere os arquivos de assinatura do site do fabricante, para garantir que a atualização
seja autêntica e não esteja corrompida por vírus. Isso pode colocar grande demanda no site do fabricante,
especialmente quando vírus novos são lançados. Para evitar criar muito tráfego em um único site, alguns
fabricantes distribuem seus arquivos de assinatura para download em vários sites de download. Esses
sites de download são chamadas espelhos.

CUIDADO: ao baixar arquivos de assinatura de um espelho, certifique-se de que o site espelho seja um
site legítimo. Sempre siga um link para o site espelho vindo do site do fabricante.
12.2.5 Técnicas de Segurança

12.2.5.1 Tipos Comuns de Criptografia de Comunicação

A comunicação entre dois computadores pode exigir uma comunicação segura. Para isso, os
seguintes protocolos são necessários:
 Codificação hash
 Criptografia simétrica
 Criptografia assimétrica
A codificação hash, ou hashing, garante a integridade da mensagem. Isso significa que garante que
a mensagem não seja corrompida ou modificada durante a transmissão. Hashing usa uma função
matemática para criar um valor numérico, chamado resumo da mensagem que é exclusivo para os dados.
Se mesmo um único caractere for alterado, a saída da função não será a mesma. A função pode ser
usada apenas em um sentido. Portanto, saber o resumo da mensagem não permite a um invasor recriar a
mensagem, tornando difícil que alguém intercepte e altere as mensagens. A codificação hash está
ilustrada na Figura 1. O algoritmo de hash mais popular agora é o SHA (Secure Hash Algorithm, Algoritmo
de Hash Seguro) que está substituindo o algoritmo MD5 (Message Digest 5, Resumo de Mensagem 5).
A criptografia simétrica garante a confidencialidade da mensagem. Se uma mensagem
criptografada for interceptada, ela não poderá ser entendida. Ela só poderá ser descriptografada (ou seja,
lida), usando a senha (ou seja, chave) com a qual foi criptografada. A criptografia simétrica requer que os
dois lados de uma conversa criptografada use uma chave de criptografia para codificar e decodificar os
dados. O remetente e o receptor devem usar chaves idênticas. A criptografia simétrica é mostrada na
Figura 2. A criptografia AES (Advanced Encryption Standard, Padrão de Criptografia Avançada) e o
algoritmo de criptografia de dados triplo mais antigo (3DES) são exemplos de criptografia simétrica.
A criptografia assimétrica também garante a confidencialidade da mensagem. Requer duas chaves,
uma chave privada e uma chave pública. A chave pública pode ser amplamente distribuída, incluindo ser
enviada por e-mails em texto simples ou publicada na web. A chave privada é mantida por uma pessoa e
não deve ser divulgada a nenhuma outra pessoa. Essas chaves podem ser usadas de duas maneiras:
 A criptografia de chave pública é usada quando uma única organização precisa receber o texto
criptografado de várias fontes. A chave pública pode ser amplamente distribuída e usada para
criptografar as mensagens. O destinatário é o único participante que tem a chave privada, usada
para descriptografar as mensagens. A criptografia assimétrica que usa uma chave pública é
mostrada na Figura 3.
 No caso das assinaturas digitais, uma chave privada é necessária para criptografar uma
mensagem e uma chave pública é necessária para decodificar a mensagem. Essa abordagem
permite que o destinatário tenha confiança sobre a origem da mensagem, pois somente uma
mensagem criptografada usando a chave privada do autor pode ser descriptografada pela chave
pública. RSA é o exemplo mais popular de criptografia assimétrica.

Nota: a criptografia simétrica requer que os dois sistemas sejam pré-configurados com uma chave secreta.
A criptografia assimétrica exige que apenas um sistema tenha a chave privada.

FIGURA
1
FIGURA
2

FIGURA
3

12.2.5.2 Service Set Identifiers (SSIDs)


Como as ondas de rádio são usadas para transmitir dados em redes sem fio, é fácil para os
invasores monitorar e coletar dados sem se conectar, fisicamente, a uma rede. Os invasores têm acesso a
uma rede, estando dentro do alcance de uma rede sem fio desprotegida. Um técnico precisa configurar
access points e placas de rede sem fio com um nível de segurança apropriado.
Ao instalar serviços sem fio, aplique técnicas de segurança sem fio, imediatamente, para evitar
acesso não desejado à rede. Os access points sem fio devem ser configurados com segurança básica
compatível com a segurança da rede existente.
O SSID (Service Set Identifier, Identificador do Conjunto de Serviços) é o nome da rede sem fio.
Um roteador ou access point sem fio transmite o SSID por padrão, para que os dispositivos sem fio
possam detectar a rede sem fio. Quando a transmissão do SSID tiver sido desativada no roteador ou
access point sem fio, como mostra a figura, insira manualmente o SSID em dispositivos sem fio, para se
conectar à rede sem fio.
Desativar a transmissão do SSID oferece muito pouca segurança. Se a transmissão do SSID
estiver desativada, um usuário que quiser se conectar à rede sem fio e que conheça o SSID da rede pode,
simplesmente, inseri-lo manualmente. Quando um computador estiver procurando uma rede sem fio, ele
transmitirá o SSID. Um hacker avançado pode facilmente interceptar essas informações e usá-las para
representar o roteador e capturar suas credenciais.

12.2.5.3 Modos de Segurança Sem Fio

Use um sistema de criptografia sem fio para codificar a informação que está sendo enviada para
evitar captura e uso indesejados de dados. A maioria dos access points sem fio é compatível com vários
modos diferentes de segurança, como mostra a figura. Como discutido em um capítulo anterior, sempre
implemente o modo de segurança mais forte (WPA2) possível.
Muitos roteadores oferecem WPS (Wi-Fi Protected Setup, Configuração Protegida de Wi-Fi). O
WPS permite a configuração muito fácil de segurança Wi-Fi. Com o WPS, o roteador e o dispositivo sem
fio terão um botão que, quando os dois forem pressionados, a segurança Wi-Fi entre os dispositivos será
automaticamente configurada. Uma solução de software que usa um PIN também é comum. É importante
saber que o WPS não é seguro. É vulnerável a ataques de força bruta. O WPS deve ser desligado como
uma prática recomendada de segurança.

12.2.5.4 Plug and Play Universal

UPnP (Universal Plug and Play, Plug and Play Universal) é um protocolo que permite que
dispositivos se adicionem dinamicamente a uma rede, sem a necessidade de intervenção ou configuração
do usuário. Embora conveniente, o UPnP não é seguro. O protocolo UPnP não tem nenhum método para
autenticar dispositivos. Portanto, ele considera cada dispositivo como confiável. Além disso, o protocolo
UPnP tem várias vulnerabilidades de segurança. Por exemplo, um malware pode usar o protocolo UPnP
para redirecionar o tráfego para endereços IP diferentes fora da rede, enviando potencialmente,
informações confidenciais para um hacker.
Muitos roteadores sem fio domésticos e de pequenos escritórios têm o UPnP ativado por padrão.
Verifique, portanto essa configuração e desative-a, como mostra a figura.
A GRC (Gibson Research Corporation) oferece uma variedade de ferramentas de criação de perfil
de vulnerabilidades gratuitas e baseadas em navegador. Clique aqui (https://www.grc.com/su/UPnP-
Rejected.htm) para usar a ferramenta de teste da GRC para determinar se seu roteador sem fio está
exposto a vulnerabilidades de UPnP.
12.2.5.5 Atualizações de Firmware

A maioria dos roteadores sem fio oferece firmware que pode ser atualizado. As versões de
firmware podem conter correções para problemas comuns apresentados por clientes, além de
vulnerabilidades de segurança. Você deve verificar periodicamente o site do fabricante do firmware, para
ver se há atualizações. Depois que for baixada, você pode usar o GUI para carregar o firmware no
roteador sem fio, como mostra a figura. Os usuários devem ficar desconectados da WLAN e da Internet,
até que a atualização seja concluída. O roteador sem fio pode precisar ser reinicializado várias vezes
antes, que as operações normais de rede sejam restauradas.
12.2.5.6 Firewalls

Um firewall por hardware é um componente de filtragem físico que inspeciona os pacotes de dados
da rede, antes que atinjam os computadores e outros dispositivos de uma rede. Um firewall por hardware é
uma unidade autônoma que não usa os recursos dos computadores que está protegendo, portanto, não há
nenhum impacto no desempenho do processamento. O firewall pode ser configurado para bloquear várias
portas individuais, um intervalo de portas ou, até mesmo, o tráfego específico de um aplicativo. A maioria
dos roteadores sem fio também incluem um firewall por hardware integrado.
Um firewall por hardware passa dois tipos diferentes de tráfego para a rede:
 Respostas a tráfego que se origina de dentro da rede
 Tráfego destinado a uma porta que você deixou intencionalmente aberta
Existem vários tipos de configurações de firewall por hardware:
 Filtro de pacotes - Os pacotes não podem passar pelo firewall, a menos que correspondam ao
conjunto de regras estabelecido configurado no firewall. O tráfego pode ser filtrado, com base em
atributos diferentes, como o endereço IP origem, a porta origem ou o endereço IP ou a porta
destino. O tráfego pode também ser filtrado, com base em serviços ou protocolos de destino, como
WWW ou FTP.
 SPI (Stateful packet inspection, Inspeção de Pacotes Stateful) - Este é um firewall que controla
o estado das conexões de rede que passam pelo firewall. Os pacotes que não fazem parte de uma
conexão conhecida são descartados. O firewall SPI está ativado na Figura 1.
 Camada de aplicação - Todos os pacotes que vão para uma aplicação ou que saem de uma
aplicação são interceptados. Evita-se que todo o tráfego externo indesejado chegue aos
dispositivos protegidos.
 Proxy - este é um firewall instalado em um servidor proxy que inspeciona todo o tráfego e permite
ou nega pacotes, com base em regras configuradas. Um servidor proxy é um servidor que é uma
retransmissão entre um cliente e um servidor de destino na Internet.
Firewalls por hardware e por software protegem dados e equipamentos de uma rede contra acesso
não autorizado. Um firewall deve ser usado em conjunto com software de segurança. A Figura 2 compara
firewalls por hardware e por software.

Zona Desmilitarizada
Uma DMZ (Demilitarized Zone, Zona Desmilitarizada) é uma sub-rede que fornece serviços a uma
rede não confiável. Um servidor de e-mail, web, ou um servidor FTP são colocados geralmente na DMZ,
para que o tráfego que usa o servidor não venha para dentro da rede local. Isso protege a rede interna
contra ataques desse tráfego, mas não protege os servidores na DMZ, de qualquer maneira. É comum
para um firewall ou um proxy gerenciar o tráfego de e para a DMZ.
Em um roteador sem fio, você pode criar uma DMZ para um dispositivo, encaminhando todas as
portas de tráfego da Internet para um endereço IP ou um endereço MAC específico. Um servidor, uma
máquina de jogo, ou uma câmera web podem estar na DMZ, para que o dispositivo possa ser acessado
por qualquer pessoa. O dispositivo na DMZ, no entanto, está exposto a ataques de hackers na Internet.
FIGURA
1

FIGURA
2

12.2.5.7 Port Forwarding e Port Triggering

Firewalls por hardware podem ser usados para bloquear portas para impedir o acesso não
autorizado dentro e fora da LAN. No entanto, há situações em que portas específicas precisam ser
abertas, para que determinados programas e aplicativos possam se comunicar com dispositivos em redes
diferentes. Port forwarding (encaminhamento de portas) é um método baseado em regras de
direcionamento de tráfego entre dispositivos em redes separadas.
Quando o tráfego chega no roteador, o roteador determina se o tráfego deverá ser encaminhado
para um determinado dispositivo, com base no número da porta encontrado com o tráfego. Os números de
porta são associados aos serviços específicos, como FTP, HTTP, HTTPS e POP3. As regras determinam
que tráfego é enviado para a LAN. Por exemplo, um roteador pode ser configurado para encaminhar a
porta 80, que é associada ao HTTP. Quando o roteador recebe um pacote com a porta destino 80, o
roteador encaminha o tráfego para o servidor na rede que serve páginas web. Na figura, o port forwarding
está ativado para a porta 80 e associado ao servidor web no endereço IP 192.168.1.254.
O port triggering permite que o roteador encaminhe, temporariamente, os dados, pelas portas de
entrada, para um dispositivo específico. Você pode usar o port triggering para encaminhar dados a um
computador, apenas quando um intervalo designado de portas é usado para fazer uma requisição de
saída. Por exemplo, um videogame pode usar as portas 27000 a 27100 para se conectar com outros
participantes. Essas são as portas para o port triggering. Um cliente de bate-papo pode usar a porta 56
para conectar os mesmos jogadores para que possam interagir uns com os outros. Nesse caso, se houver
tráfego de jogos em uma porta de saída no intervalo de porta configurado do port triggering, o tráfego de
bate-papo de entrada na porta 56 é encaminhado para o computador que está sendo usado para executar
o videogame e o bate-papo com amigos. Quando o jogo acaba e as portas não estão mais sendo usadas,
a porta 56 não tem mais permissão para enviar tráfego de nenhum tipo a esse computador.

12.2.6 Proteção de Equipamentos Físicos

12.2.6.1 Métodos de Proteção dos Equipamentos Físicos

A segurança física é tão importante quanto a segurança dos dados. Quando um computador é
levado, os dados são roubados também. É importante restringir o acesso às instalações usando cercas,
travas de porta, e portões. Por exemplo, uma armadilha é frequentemente usada para evitar tailgating
(utilização não autorizada). É uma pequena sala, com duas portas, sendo que uma deve ser fechada,
antes que a outra possa ser aberta. Proteja a infraestrutura de rede, como o cabeamento, equipamentos
de telecomunicações e os dispositivos de rede, com o seguinte:
 Salas de telecomunicações, gabinetes de equipamentos e racks protegidos
 Cadeados e parafusos de segurança para dispositivos de hardware
 Detecção sem fio de access points não autorizados
 Firewalls por hardware
 Sistema de gerenciamento de rede que detecta mudanças no cabeamento e nos patch panels
 Dispositivos sem fio prevenidos contra reinicializações físicas

Senhas da BIOS/UEFI
A senha de usuário do Windows, do Linux ou do Mac para fazer login em seu computador não
impede que alguém inicialize o computador com um CD ou um pen drive com um sistema operacional
diferente. Depois de ser inicializado, o usuário mal-intencionado poderia acessar ou apagar seus arquivos.
Você pode impedir que alguém inicialize seu PC ou notebook introduzindo a senha da BIOS ou da UEFI.
Embora a criptografia de seu disco rígido seja uma solução melhor, há situações em que você pode
considerar a configuração de uma senha da BIOS ou da UEFI. Por exemplo, os computadores usados
regularmente pelo público ou em um lugar de trabalho público seriam candidatos para uma senha da BIOS
ou da UEFI. Depois de configurada, a senha da BIOS ou da UEFI é relativamente difícil de ser apagada.
Portanto, certifique-se de embra-la.
AutoRun e Reprodução Automática
AutoRun é uma funcionalidade do Windows que segue, automaticamente, as instruções em um
arquivo especial chamado autorun.inf quando novas mídias, como um CD, um DVD ou um pen drive, são
inseridos no computador. Reprodução Automática é diferente de AutoRun. A funcionalidade Reprodução
Automática é uma forma conveniente de identificar, automaticamente, quando novas mídias, como discos
óticos, discos rígidos externos, ou pen drives, são inseridas ou conectadas no computador. A Reprodução
Automática solicita que o usuário escolha uma ação, com base no conteúdo da nova mídia, como executar
um programa, tocar música ou explorar a mídia.
No Windows, o AutoRun é executado primeiro, a menos que seja desativado. Se o AutoRun não
estiver desativado, ele segue as instruções no arquivo autorun.inf. Começando com Windows Vista, o
AutoRun não tem permissão para ignorar a Reprodução Automática. No entanto, você está, ainda, a
apenas um clique de executar, sem saber, um malware na caixa de diálogo da Reprodução Automática.
Portanto, é uma boa prática de segurança determinar quais programas usarão a Reprodução Automática.
A solução mais segura é desativar a Reprodução Automática, como mostra a Figura 1. A Reprodução
Automática é encontrada em Painel de Controle > Reprodução Automática em todas as versões do
Windows, a partir do Vista.

Autenticação de Vários Fatores


Anteriormente, discutimos autenticação de dois fatores, usando uma chave de segurança fob. Os
dois fatores são algo que você sabe, como uma senha, e algo que você tem, como uma chave de
segurança fob. A autenticação de vários fatores adiciona algo que você é, como uma varredura de
impressão digital, como mostra a Figura 2. Ao considerar um programa de segurança, o custo de
implementação deve ser equilibrado, com relação ao valor dos dados ou do equipamento a serem
protegidos.

Bring Your Own Device (BYOD)


Os dispositivos móveis pessoais e corporativos também devem ser protegidos. Antigamente, os
únicos dispositivos que tinham permissão para ser usados dentro da infraestrutura corporativa eram os
que a empresa comprava. Com o crescente aumento drástico nos dispositivos pessoais, quase todas as
empresas agora devem criar e seguir uma política de BYOD (Traga o Seu Próprio Dispositivo). Um dos
maiores desafios para a empresa é até que ponto a empresa pode controlar o dispositivo. Informações
sensíveis, confidenciais ou privilegiadas devem ser protegidas, independentemente de quem tem o
dispositivo. Uma política de BYOD pode economizar muito dinheiro para a empresa, mas o usuário deve
concordar com a política e segui-la. Outro desafio para esse recurso é a privacidade dos funcionários.
Quando o funcionário abre mão de algum controle do seu dispositivo, pode também estar abrindo mão de
um pouco da sua privacidade.

Requisitos do Perfil de Segurança


Uma boa prática de segurança é criar e aplicar perfis de segurança a dispositivos móveis. Um perfil
de segurança é, geralmente, um arquivo texto que define as configurações de segurança e especifica as
configurações de um dispositivo. Essas configurações podem ser aplicadas diretamente a um dispositivo,
a um usuário específico, ou a um grupo de usuários. Vários perfis podem ser aplicados ao mesmo tempo
também. É comum haver perfis de segurança para dispositivos BYOD diferentes dos perfis para
dispositivos corporativos. Os requisitos desses perfis de segurança variam, de acordo com a função de um
indivíduo ou grupo, com o tipo de dispositivo ou com o sistema operacional e também com as políticas da
organização.
FIGURA
1

FIGURA
2

12.2.6.2 Hardware de Segurança


As medidas de controle de acesso de segurança física incluem trancas, vigilância por vídeo e
guardas de segurança. Cartões de acesso protegem áreas físicas. Se um cartão de acesso for perdido ou
roubado, apenas esse cartão deverá ser desativado. O sistema de cartão de acesso é mais caro que
trancas e cadeados, mas quando uma chave convencional é perdida, a tranca deverá ser substituída ou a
fechadura deverá ser trocada.
Equipamentos de rede devem ser montados em áreas protegidas. Todo o cabeamento deve ser
embutido em conduítes ou por dentro das paredes internas, para impedir o acesso ou modificação não
autorizado. O conduíte é um invólucro, que protege a mídia de infraestrutura contra danos e acesso não
autorizado. As portas de rede que não estiverem em uso devem ser desativadas.
Dispositivos biométricos, que medem informações físicas de um usuário, são ideais para áreas
altamente seguras. Entretanto, para a maioria das pequenas empresas, esse tipo de solução é caro. A
política de segurança deve identificar o hardware e o equipamento que podem ser usados para evitar
roubo, vandalismo e perda de dados. A segurança física envolve quatro aspectos relacionados: acesso,
dados, infraestrutura e o computador físico.
Existem vários métodos de proteger fisicamente o hardware:
 Usar cabos de segurança nos equipamentos, como mostra a figura.
 Mantenha as salas de telecomunicações trancadas.
 Fixe os equipamentos no local com parafusos de segurança.
 Use gaiolas de segurança ao redor do equipamento.
 Rotule e instale sensores, como tags RFID ( Radio Frequency Identification, Identificação por
Radiofrequência), no equipamento.
 Instale alarmes físicos, acionados por sensores de detecção de movimento.
 Use webcams com software de detecção de movimento e de vigilância.
Para acesso às instalações, há vários meios de proteção:
 Cartões de acesso que armazenam dados de usuário, incluindo o nível de acesso
 Crachás de identificação com fotos
 Sensores biométricos que identificam características físicas do usuário, como impressões digitais
 Guarda de segurança em um posto
 Sensores, como crachás RFID, para monitorar o local e o acesso
Use caixas com trava, cabos de segurança e travas de docking station para notebooks, para evitar
que computadores sejam movidos. Use estojos de disco rígido que podem ser trancados e proteja o
armazenamento e o transporte da mídia de backup para proteger os dados e a mídia contra roubo.

Protegendo os Dados Quando Em Uso


As informações nas telas dos computadores podem ser protegidas contra olhos curiosos com uma
tela de privacidade. Uma tela de privacidade é um painel que é, geralmente, feito de plástico. Impede que
a luz se projete em ângulos agudos, de modo que somente o usuário que olha em ângulo reto pode ver o
que está na tela. Por exemplo, em um avião, um usuário pode impedir que a pessoa sentada no assento
do lado veja o que está em uma tela de computador.

A Combinação Certa de Segurança


Os fatores que determinam o equipamento mais eficiente de segurança a ser usado para proteger
os equipamentos e os dados incluem:
 Como o equipamento é usado
 Onde o equipamento está localizado
 Que tipo de acesso a dados é necessário
Por exemplo, um computador em um lugar público cheio, como uma biblioteca, precisa de proteção
adicional contra roubo e vandalismo. Em um call center cheio, um servidor precisa ser protegido em uma
sala de equipamentos trancada. Onde é necessário usar um notebook em um lugar público, um dongle de
segurança e uma chave fob garantem que o sistema seja bloqueado, se o usuário e o notebook forem
separados.

12.2.6.3 Atividade – Identificação dos Dispositivos de Segurança Física

12.3 Técnicas Comuns de Manutenção Preventiva para Segurança

12.3.1 Manutenção de Segurança

12.3.1.1 Service Packs e Patches de Segurança do Sistema Operacional


Os patches são atualizações de código que os fabricantes fornecem para evitar que um vírus ou
um worm recém-descoberto façam um ataque bem-sucedido. De tempos em tempos, os fabricantes
combinam patches e atualizações em uma aplicação completa de atualização chamada de service pack.
Muitos ataques devastadores de vírus poderiam ter sido muito menos graves, se mais usuários tivessem
baixado e instalado o service pack mais recente.
O Windows verifica, regularmente, o site Windows Update, por atualizações de alta prioridade e
que podem ajudar a proteger o computador contra as mais recentes ameaças de segurança. Essas
atualizações incluem atualizações de segurança, atualizações críticas e service packs. Dependendo da
configuração escolhida, o Windows baixa e instala, automaticamente, todas as atualizações de alta
prioridade que o computador precisar, ou notifica o usuário, conforme essas atualizações estiverem
disponíveis. Os procedimentos para atualizar o Windows foram abordados em um capítulo anterior.

12.3.1.2 Backup de Dados

Você pode fazer um backup do Windows manualmente ou agendar a frequência com que o backup
deve ocorrer automaticamente. Para fazer backup e restaurar dados com sucesso no Windows, os direitos
e permissões de usuário apropriados são necessários.
 Todos os usuários podem fazer backup de seus arquivos e pastas. Podem também fazer backup
de arquivos para os quais têm permissão de leitura.
 Todos os usuários podem restaurar arquivos e pastas para os quais têm permissão de gravação.
 Os membros dos grupos administradores, operadores de backup e operadores de servidores (se
estiverem em um domínio) podem fazer backup e restaurar todos os arquivos, independentemente
das permissões atribuídas. Por padrão, os membros desses grupos têm os direitos de usuário dos
arquivos e diretórios de backup e dos arquivos e diretórios de restauração.
Para iniciar o Assistente de Backup de Arquivos do Windows 7 pela primeira vez, use o seguinte
caminho: Painel de Controle > Backup e Restauração > Configurar backup
Para iniciar o Assistente de Backup de Arquivos do Windows Vista, use o seguinte caminho: Painel
de Controle > Central de Backup e Restauração > Arquivos de backup
Começando com o Windows 8, backup e restauração tornaram-se parte do utilitário Histórico de
Arquivos, mostrado na Figura 1. No Windows 8.1 e 8.0, use o seguinte caminho: Painel de Controle >
Histórico de Arquivos > Ativar
Você precisa designar um local de backup para o Histórico de Arquivos. Um local da rede ou outra
unidade física interna ou externa pode ser usado. Fazer backup de dados pode levar um tempo, portanto,
é preferível fazer backup quando as necessidades de utilização do computador e da rede são baixos.
Clique nas configurações avançadas para alterar os parâmetros de backup, como mostra a Figura
2.
FIGURA
1

FIGURA
2

12.3.1.4 Firewall do Windows

Um firewall nega, seletivamente, o tráfego a um computador ou a um segmento de rede. Os


firewalls trabalham, geralmente, abrindo e fechando as portas usadas por vários aplicativos. Ao abrir
apenas as portas necessárias em um firewall, você está implementando uma política de segurança
restritiva. Qualquer pacote não explicitamente permitido é negado. Ao contrário, uma política de segurança
permissiva permite acesso por todas as portas, exceto aquelas explicitamente negadas. Antigamente,
software e hardware eram enviados com configurações permissivas. Como os usuários negligenciavam a
configuração do equipamento, as configurações permissivas padrão deixavam muitos dispositivos
expostos a invasores. Agora, a maioria dos dispositivos é enviada com configurações o mais restritivas
possível, mesmo que permitindo ainda uma configuração fácil.
12.3.1.6 Manutenção de Contas

Os funcionários de uma empresa, geralmente, precisam de diferentes níveis de acesso aos dados.
Por exemplo, um gerente e um contador podem ser os únicos funcionários em uma empresa com acesso
a arquivos de folha de pagamento.
Os funcionários podem ser agrupados por requisitos de trabalho e o acesso fornecido aos arquivos,
de acordo com permissões de grupo. Esse processo ajuda a gerenciar o acesso dos funcionários à rede.
Contas temporárias podem ser configuradas para funcionários que precisam de acesso de curto prazo. O
controle rígido do acesso à rede pode ajudar a limitar as áreas de vulnerabilidades que podem permitir que
um vírus ou software mal-intencionado entre na rede.

Encerramento do Acesso do Funcionário


Quando um funcionário deixa uma empresa, o acesso aos dados e ao hardware na rede deve ser
encerrado imediatamente. Se o ex-funcionário tiver armazenado arquivos em um espaço pessoal em um
servidor, elimine o acesso desativando a conta. Se a substituição do funcionário exigir o acesso a
aplicativos e ao espaço de armazenamento pessoal, você pode reativar a conta e alterar o nome para o
nome do novo funcionário.

Contas de Convidado
Os funcionários temporários e convidados podem precisar de acesso à rede. Por exemplo, os
visitantes podem precisar de acesso a e-mails, à Internet, e a uma impressora na rede. Esses recursos
podem ser disponibilizados para uma conta especial chamada Convidado. Quando convidados estão
presentes, pode-se atribuir a eles uma conta de convidado. Quando nenhum convidado estiver presente, a
conta pode ser desativada, até que o próximo convidado chegue.
Algumas contas de convidado exigem acesso amplo a recursos, como no caso de um consultor ou
um auditor financeiro. Esse tipo de acesso deve ser concedido somente pelo período necessário para
concluir o trabalho.
Para configurar todos os usuários e grupos em um computador, abra o Gerenciador de Usuários
e Grupos Locais, como mostrado para o Windows 8.1 na Figura. Em todas as versões do Windows, digite
lusrmgr.msc na caixa Pesquisar, ou no utilitário de linha de comando.

Horário de Login
Em algumas situações, convém que os funcionários tenham permissão para fazer login apenas
durante horas específicas, como de 7:00 às 18:00. Logins seriam bloqueados durante outras horas do dia.

Tentativas de Login com Falha


Convém configurar um limite para o número de vezes que é permitido a um usuário tentar fazer
login. Por padrão no Windows, as tentativas de login com falha são configuradas como zero, o que
significa que o usuário nunca será bloqueado, até que essa configuração seja alterada.

Limite de Tempo de inatividade e Bloqueio de Tela


Os funcionários podem ou não podem fazer logoff do computador quando saem do local de
trabalho. Portanto, é uma boa prática de segurança configurar um temporizador de inatividade que fará,
automaticamente, o logoff do usuário e bloqueará a tela, depois de um período especificado. O usuário
deve fazer login novamente para desbloquear a tela.

12.3.1.7 Gerenciando Usuários


Uma tarefa de manutenção regular para administradores é criar e remover usuários da rede, alterar
as senhas das contas ou alterar as permissões de usuário.
Os seguintes itens podem ser feitos ao gerenciar contas de usuários locais:
 Criar uma conta de usuário local
 Redefinir a senha de uma conta de usuário local
 Desativar ou ativar uma conta de usuário local
 Excluir uma conta de usuário local
 Renomear uma conta de usuário local
 Atribuir um script de logon para uma conta de usuário local
 Atribuir uma pasta base para uma conta de usuário local
Há duas ferramentas que podem ser usadas para realizar essas tarefas:
 Controle de Conta de Usuário (UAC, User Account Control) – Use esta opção para adicionar,
remover ou alterar atributos de usuários individuais. Quando conectado como administrador, use o
UAC para definir configurações para evitar que o código mal-intencionado tenha privilégios
administrativos.
 Gerenciador de Usuários e Grupos Locais – Pode ser usado para criar e gerenciar usuários e
grupos armazenados localmente em um computador.

Nota: você deve ter privilégios de administrador para gerenciar usuários.


Para abrir o UAC, use o seguinte caminho: Painel de Controle > Contas de Usuário > Gerenciar
outra conta
Para abrir o Gerenciador de Usuários e Grupos Locais, use o seguinte caminho: Painel de
Controle > Ferramentas administrativas > Gerenciamento do Computador > Usuários e Grupos
Locais
Usando Usuários e Grupos Locais, você pode limitar a capacidade de usuários e grupos de realizar
certas ações, atribuindo direitos e permissões a eles. Um direito autoriza um usuário a realizar certas
ações em um computador, como fazer backup de arquivos e pastas ou desligar o computador. Uma
permissão é uma regra que está associada a um objeto (geralmente um arquivo, uma pasta, ou uma
impressora) e controla quais usuários podem ter acesso ao objeto e de que forma.
Na janela Usuários e Grupos Locais, clique duas vezes em Usuários. Há duas contas
incorporadas:
 Administrador – Esta conta está desativada por padrão. Quando ativada, a conta tem controle
total do computador e pode atribuir direitos de usuário e permissões de controle de acesso a
usuários, conforme necessário. A conta de administrador é membro do grupo Administradores no
computador. A conta de administrador nunca pode ser excluída ou removida do grupo
Administradores, mas pode ser renomeada ou desativada.
 Convidado – Esta conta é desativada por padrão. Esta conta é usada por usuários que não têm
uma conta no computador. Por padrão, a conta não requer uma senha. Ela é membro do grupo
padrão Convidados, que permite que o usuário faça login em um computador.
Para adicionar um usuário, clique no menu Ação e selecione Novo Usuário. Isso abrirá a janela
Novo usuário, como mostra a Figura 2. Aqui você pode atribuir um nome de usuário, um nome completo,
uma descrição e opções de conta.
Clicar duas vezes em um usuário ou clicar com o botão direito e escolher Propriedades abre a
janela de propriedades do usuário, como mostra a Figura 3. Essa janela permite que você altere as opções
de usuário definidas quando o usuário foi criado. Além disso, permite bloquear uma conta. A janela
também permite atribuir um usuário a um grupo, usando a guia Membro de ou controlando a quais as
pastas o usuário tem acesso usando a guia Perfil.
Nota: há também um outro tipo de conta importante, chamado Usuário Avançado. Essa conta tem a
maioria dos poderes de um administrador, como a instalação de programas ou a alteração de
configurações de firewall, mas não tem alguns dos privilégios de administrador, por motivos de segurança.

FIGURA
1

FIGURA
2
FIGURA
3

12.3.1.8 Gerenciando Grupos

Os usuários podem ser atribuídos a grupos para gerenciamento mais fácil.


Os seguintes itens podem ser feitos ao gerenciar grupos locais:
 Criar um grupo local
 Adicionar um membro a um grupo local
 Identificar membros de um grupo local
 Excluir um grupo local
 Criar uma conta de usuário local
Para abrir o Gerenciador de Usuários e Grupos Locais, use o seguinte caminho: Painel de
Controle > Ferramentas Administrativas > Gerenciamento do Computador > Usuários e Grupos
Locais
Na janela Usuários e Grupos Locais, clique duas vezes em Grupos. Há muitos grupos
incorporados disponíveis, como mostra a Figura 1. No entanto, os três grupos mais comumente usados
são:
 Administradores – Os membros desse grupo têm controle total do computador e podem atribuir
direitos de usuário e permissões de controle de acesso a usuários, conforme necessário. A conta
Administrador é um membro padrão desse grupo. Como esse grupo tem controle total do
computador, tenha cuidado ao adicionar usuários a esse grupo.
 Convidado – Os membros deste grupo têm um perfil temporário criado no logon e quando o
membro faz logoff, o perfil é excluído. A conta Convidado (que está desativada por padrão)
também é um membro padrão desse grupo.
 Usuários – Os membros deste grupo podem realizar tarefas comuns, como executar aplicativos,
usar impressoras locais e de rede e bloquear o computador. Os membros não podem compartilhar
diretórios ou criar impressoras locais.
É importante observar que gerenciar o computador como membro do grupo Administradores torna
o sistema vulnerável a cavalos de Troia e outros riscos de segurança. Recomenda-se que você adicione
sua conta de usuário do domínio apenas ao grupo Usuários (e não ao grupo Administradores) para realizar
tarefas de rotina, inclusive executar programas e visitar sites da Internet. Quando for necessário realizar
tarefas administrativas no computador local, use Executar como Administrador para iniciar um programa
usando credenciais administrativas.
Para criar um novo grupo, clique no menu Ação e selecione Novo Grupo. Como alternativa, você
também pode clicar com o botão direito em Grupos e selecionar Novo Grupo… , o que abre a janela
Novo grupo, como mostra a Figura 2. Aqui você pode criar novos grupos e atribuir usuários a eles.

FIGURA
1

FIGURA
2
12.4 Processo Básico de Solução de Problemas de Segurança

12.4.1 Aplicação do Processo Básico de Solução de Problemas de Segurança

12.4.1.1 Identificar o Problema

O processo de solução de problemas é usado para ajudar a resolver problemas de segurança.


Esses problemas variam de simples, como evitar que alguém observe sobre seu ombro, a mais
complexos, como a remoção manual de arquivos infectados de vários computadores ligados em rede. Use
as etapas de solução de problemas como orientação para ajudá-lo a diagnosticar e resolver problemas.
Os técnicos de computadores devem conseguir analisar uma ameaça à segurança e determinar o
método adequado para proteger e reparar danos. A primeira etapa no processo de solução de problemas
é identificar o problema. A figura mostra uma lista de perguntas abertas e fechadas para fazer ao cliente.

12.4.1.2 Criar uma Teoria de Causas Prováveis

Depois de falar com o cliente, você pode começar a criar uma teoria de causas prováveis. Você
pode precisar realizar pesquisa interna ou externa adicional, com base na descrição dos sintomas do
cliente. A figura mostra uma lista de algumas causas prováveis comuns dos problemas de segurança.

12.4.1.3 Testar a Teoria para Determinar a Causa


Depois que você tiver desenvolvido algumas teorias sobre o que está errado, teste-as para
determinar a causa do problema. A figura mostra uma lista de procedimentos rápidos que podem
determinar a causa exata do problema ou até corrigi-lo. Se um procedimento rápido corrigir problema,
você poderá verificar a funcionalidade total do sistema. Caso um procedimento rápido não corrija o
problema, talvez seja necessário pesquisar mais para estabelecer a causa exata dele.

12.4.1.4 Estabelecer um Plano de Ação para Resolver o Problema e Implementar a Solução

Depois de determinar a causa exata do problema, estabeleça um plano de ação para resolvê-lo e
implementar a solução. A figura mostra algumas fontes que você pode usar para reunir informações
adicionais para resolver um problema.

12.4.1.5 Verificar a Funcionalidade Total do Sistema e, se aplicável, Implementar Medidas


Preventivas

Depois que você tiver corrigido o problema, verifique a funcionalidade completa e, se aplicável,
implemente medidas preventivas. A figura mostra uma lista das etapas para verificar a solução.
12.4.1.6 Documentar Descobertas, Ações e Resultados

Na última etapa do processo de solução de problemas, você deve documentar suas descobertas,
ações e resultados. A figura mostra uma lista das tarefas necessárias para documentar o problema e a
solução.

12.4.2 Problemas e Soluções Comuns para Segurança

12.4.2.1 Identificar os Problemas Comuns e suas Soluções

Os problemas de segurança podem ser atribuídos ao hardware, ao software ou a problemas de


conectividade ou a alguma combinação dos três. Você resolverá alguns tipos de problemas de segurança
com mais frequência que outros. A figura é uma tabela de problemas comuns e suas soluções em
segurança.
12.5 Resumo

12.5.1 Conclusão

Este capítulo discutiu segurança de computadores e o motivo pelo qual é importante proteger o
hardware, as redes e os dados. As ameaças, os procedimentos e a manutenção preventiva relacionados
aos dados e à segurança física foram descritos para ajudá-lo a manter o hardware e os dados seguros.
Alguns conceitos importantes para se lembrar deste capítulo são:
 As ameaças de segurança podem vir de dentro ou de fora da empresa.
 Os vírus e worms são as ameaças comuns que atacam dados.
 Desenvolva e mantenha um plano de segurança para proteger dados e equipamento físico contra
perdas.
 Mantenha sistemas operacionais e aplicações atualizados e seguros com patches e service packs.

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