UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA

ÁLGEBRA LINEAR
BASE DE UM ESPAÇO VETORIAL - PARTE II

5 de maio de 2020

ÁLGEBRA LINEAR BASE DE UM ESPAÇO VETORIAL

5 de- PARTE
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BASES DO R3

Definição 1: Um conjunto β = {v1 , v2 , v3 } ⊂ R3 é uma base do R3

se:
a) v1 , v2 e v3 são linearmente independentes (l.i.) ;
b) v1 , v2 e v3 geram o R3 .
Recorde:
a) v1 , v2 e v3 são l.i. se a igualdade

a · v1 + b · v2 + c · v3 = 0 (∗)

só ocorre para a = b = c = 0.

b) v1 , v2 e v3 geram o R3 se qualquer vetor v ∈ R3 pode ser escrito

como combinação linear de v1 , v2 e v3 , isto é

v = a1 · v1 + a2 · v2 + a3 · v3 , a1 , a2 , a3 ∈ R
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5 de- PARTE
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Exemplo 1: (Base canônica do R3 )
O conjunto B = {(1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)} é uma base do R3 ,
conhecida como base canônica.

De fato, os vetores de B são l.i. , pois

a · (1, 0, 0) + b · (0, 1, 0) + c · (0, 0, 1) = 0 =⇒ (a, b, c) = (0, 0, 0)

Logo, a = b = c = 0.

E geram o espaço R3 , pois qualquer vetor v = (x, y , z) ∈ R3 é uma

combinação linear dos vetores de B

(x, y , z) = x · (1, 0, 0) + y · (0, 1, 0) + z · (0, 0, 1)

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Exemplo 2:
O conjunto {(1, 1, 0), (0, −2, 2), (1, 1, 1)} é uma base do R3 .

Devemos mostrar que ocorrem os itens a) e b) da Definição 1:

a) v1 , v2 e v3 são l.i.

De fato, se

a · (1, 1, 0) + b · (0, −2, 2) + c · (1, 1, 1) = 0

então
(a + c, a − 2b + c, 2b + c) = (0, 0, 0)

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5 de- PARTE
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e obtemos o sistema

a+c =0 (I)
a − 2b + c = 0 (II)
2b + c = 0 (III)
De (I) e (III) temos a = −c e −2b = c, substituindo em (II)

−c + c + c = 0 =⇒ c = 0
Sendo c = 0, segue que a = 0 e b = 0.

Concluímos que
a=b=c=0
ou seja, os vetores são linearmente independentes.

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 b) v1 , v2 e v3 geram o R3 .

De fato, seja (x, y , z) ∈ R3 qualquer. Devemos encontar a, b e c tais

que
(x, y , z) = a · (1, 1, 0) + b · (0, −2, 2) + c · (1, 1, 1)
Neste caso,
(a + c, a − 2b + c, 2b + c) = (x, y , z)

e obtemos o sistema

a+c =x (I)
a − 2b + c = y (II)
2b + c = z (III)

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De (I) e (III) temos a = x − c e 2b = −c + z, substituindo em (II)

x − c + c − z + c = y =⇒ c = y − x + z
Sendo c = y − x + z, segue que

a = x − y + x − z =⇒ a = 2x − y − z

e
2b = −y + x − z + z =⇒ b = (x − y)/2

Portanto, temos a combinação linear

x −y
(x, y , z) = (2x − y − z) · (1, 1, 0) + · (0, −2, 2) + (y − x + z) · (1, 1, 1)
2

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5 de- PARTE
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Vejamos, por exemplo, o vetor (2, 4, 0) escrito como combinação dos
elementos desta base:
• v = (2, 4, 0) =⇒ x = 2, y = 4 e z = 0
Substituindo na expressão acima, temos:

2−4
(2, 4, 0) = (2 · 2 − 4 − 0) · (1, 1, 0) + · (0, −2, 2) + (4 − 2 + 0) · (1, 1, 1)
2
ou seja,

(2, 4, 0) = 0 · (1, 1, 0) + −1 · (0, −2, 2) + 2 · (1, 1, 1)

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BASE DE UM ESPAÇO VETORIAL

Caso Geral

Um conjunto β = {v1 , v2 , ..., vn } ⊂ V é uma base do espaço vetorial V

se:
a) v1 , v2 , ..., vn são linearmente independentes (l.i.) ;

b) v1 , v2 , ..., vn geram o espaço V .

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ATIVIDADE 9: ENTREGAR ATÉ DIA 17/05/20

Exercício 1: Mostre que o conjunto

β1 = {(1, 1, 1), (−1, 1, 0), (1, 0, −1)} é uma base do R3

Exercício 2: Escreva os vetores abaixo como combinação linear dos

vetores da base β1 do Exercício 1.
a) u = (2, −3, 4)
b) w = (1, 3, 0)

Exercício 3: Justifique que o conjunto {(1, 1, 1), (1, 0, 1), (1, 2, 1)} não
é uma base do R3 .

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5 de -maio
PARTE II
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