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DESENVOLVIMENTO DE SIMULAÇÃO DA LINHA DE

PRODUÇÃO DE UM PROCESSO SIDERÚRGICO

DEVELOPMENT OF SIMULATION OF THE PRODUCTION


LINE OF A STEEL PROCESS

Resumo:
O aço vendo sendo trabalhado a milhares de anos, estando presente nos
mais diversos setores da economia. Com o conhecimento adquirido ao
longo do tempo, os processos de produção na indústria de fabricação do
aço evoluíram ao ponto de fazer com que este elemento ocupe uma
posição de destaque na economia mundial. O presente artigo traz uma
simulação de como seria todo processo real da linha de produção de
uma siderúrgica. A partir do conhecimento adquirido na disciplina de
aquisição de dados, foi utilizado software Factory IO para simulação
física, enquanto que a programação por linguagem Ladder ficou a cargo
do software TIA portal V15. Um CLP virtual também foi utilizado para
tornar possível a interação dos elementos. Simulação de processos visa
antecipar possíveis contratempos e ainda ajustar/corrigir eventuais
falhas na produção.
Palavras chave: Aço, Siderúrgica, Simulação, Linha de Produção.

Abstract:
Steel has been working for thousands of years, being present in the most
diverse sectors of the economy. With the knowledge acquired over
time, the production processes in the steelmaking industry have evolved
to the point that this element occupies a prominent position in the world
economy. This article provides a simulation of what the entire real
process of a steelmaker's production line would be like. Based on the
knowledge acquired in the data acquisition discipline, Factory IO
software was used for physical simulation, while Ladder language
programming was in charge of the TIA portal V15 software. A virtual
PLC was also used to make the interaction of the elements possible.
Process simulation aims to anticipate possible setbacks and also adjust
/ correct any production flaws.
Keywords: Steel, Steel, Simulation, Production Line.
1. INTRODUÇÃO

No atual estágio de desenvolvimento da sociedade, é impossível


imaginar o mundo sem o uso do aço. A produção do aço é um forte
indicador do estágio de desenvolvimento econômico de um país
(INSTITUTO AÇO BRASIL, 2020).
As usinas siderúrgicas pelo mundo podem ser descritas em dois grupos: usinas
integradas e usinas semi-integradas. A usina integrada é quando o aço é processado a partir de
ferro primário, ou seja, a matéria prima é o minério de ferro, no qual é transformado em ferro
na própria usina siderúrgica, nos altos fornos. O produto que é produzido no mesmo é chamado
de ferro gusa, sendo transformado em aço através do processo operacional de conversão na
aciaria em fornos convertedores e refinos secundários (MOURÃO, 2007).
Já a usina semi-integrada é aquela que o aço é obtido a partir de ferro secundário, ou
seja, a matéria prima é sucata de aço, não havendo necessidade de redução do minério de ferro
(processo do alto forno); a sucata obtida é transformada em aço comercial por meio do emprego
de fornos elétricos de fusão são consideradas recicladoras de aço (MOURÃO, 2007).
No geral, o aço é composto por uma liga de ferro e carbono, sendo que o ferro se
encontra em toda crosta da terra, além de ser associado aos componentes químicos oxigênio e
à sílica. Portanto, o minério de ferro é constituído de um óxido de ferro, misturado com areia
fina. Já o carbono, o qual se encontra em abundancia na natureza, se obtém em diversas formas.
Na siderurgia a aquisição do carbono e proveniente do carvão mineral, e em alguns casos, o
carvão vegetal (INSTITUTO AÇO BRASIL, 2020).

1.1. JUSTIFICATIVA
No atual estágio de desenvolvimento da sociedade, é impossível imaginar o mundo sem
o uso do aço. A produção do aço é um forte indicador do estágio de desenvolvimento econômico
de um país. Portanto, a motivação para este artigo vem da importância de se aprofundar e
simular cada vez mais processos industriais siderúrgicos, a fim de se otimizar e reduzir custos
no processo de produção.

1.2. OBJETIVO
Este trabalho consiste no desenvolvimento de uma simulação por softwares, de um
processo industrial de fabricação de aço a partir de minério de ferro, carvão mineral e calcário,
no caso uma siderúrgica integrada.

1.3. ESTRUTURA DO TRABALHO


O presente artigo encontra-se disposto da seguinte forma:
• Primeiramente no item 2.1 tem-se fundamentado teoricamente o passo a passo de todo
o processo de produção industrial referente a produção do aço;
• Afim de se obter uma visão panorâmica do processo e para facilitar a locação dos
elementos da indústria no modelo virtual, foi criado posteriormente no item 2.2 um
fluxograma fidedigno ao processo de produção que será simulado mais adiante.
• Já no item 2.3, tem-se o desenvolvimento por softwares da simulação do processo.
No capítulo 3 será dissertado a respeito dos resultados obtidos e sobre eventuais
contratempos.
No último capítulo (4), temos a conclusão referente a montagem e simulação dos
elementos onde se espera que os objetivos propostos inicialmente sejam atendidos.

2. METODOLOGIA

2.1. INDÚSTRIA DO AÇÕ


Na fabricação do aço o carvão exerce dupla função. Como combustível para alcançar
altas temperaturas como 1.500º Celsius, enquanto que como redutor, o carvão é associado ao
oxigênio que se desprende do minério por sua alta temperatura e deixando o ferro livre. Esse
processo de remoção do oxigênio do ferro que por sua vez se liga ao carbono é chamado de
redução e o qual é transformado no alto forno de siderurgia (INSTITUTO AÇO BRASIL,
2020).

Segundo Chiaverini (2005), o carbono influencia na dureza do aço com percentagens


variando de 0,008% a 2,11%. Se caracterizando os seguintes tipos de aços-carbonos:
− Aços doces: com carbono entre 0,15% e 0,25%;
− Aços meio duros: com carbono entre 0,25% e 0,50%;
− Aços duros: com carbono entre 0,50% e 1,40%.
O carbono possui um teor de aço que varia entre 2,11% e 6,67% e se distingue como
ferro fundido por se tratar de uma liga de ferro e carbono. Tanto o minério quanto o carvão
precisam ser previamente preparados antes de serem postos no alto forno a fim de obter-se
melhoria do rendimento e economia do processo. Nesse processo de industrialização o minério
é transformado em pelotas de sinter ou sinterização, enquanto o carvão é destilado para
obtenção do coque para se obter outros subprodutos carboquímicos (INSTITUTO AÇO
BRASIL, 2020).
Já no processo de redução, o ferro se liquefaz e se transforma em ferro gusa ou ferro de
primeira fusão, conforme se demonstra na Figura 2.1. As impurezas do tipo calcário, sílica e
outra mais, formam a chamada escória de alto forno, que é a matéria-prima empregada para
fabricação de cimento. A etapa seguinte desse processo de industrialização é o refino, onde o
ferro gusa é transportado para a aciaria, ainda em estado líquido, para ser transformado em aço,
através da queima de impurezas e adições de materiais para acertos químicos. Por sua vez o
refino do aço é processado em fornos a oxigênio ou movidos a eletricidade (INSTITUTO AÇO
BRASIL, 2020).
A terceira e última fase do processo de fabricação do aço ocorre na laminação. Quando
ocorre a solidificação, o aço é deformado de maneira mecânica e caracterizado em produtos
siderúrgicos, assim cada siderúrgica tem um modelo de produto final na fase de laminação,
como bobinas, chapas grossas, vergalhões, barras, entre outros (INSTITUTO AÇO BRASIL,
2020).
Aciaria pode ser definidada como a área de refino e lingotamento do aço. Após a etapa
de obtenção do ferro gusa, estes materiais são utilizados como a principal matéria prima para a
fabricação do aço na aciaria e a geração de semi-produtos por lingotamento contínuo ou
convencional, que serão processados posteriormente na etapa de laminação ou, em muito menor
proporção em termos de volume de produção, por forjamento ou corte (RIZZO, 2005).
Na maior parte das empresas atualmente, o processo de fabricação do aço pode ser
subdividido em duas etapas: o refino primário e o refino secundário. No refino primário,
objetiva se principalmente a transformação do ferro gusa em aço através da redução do teor de
carbono destes materiais propiciada pela injeção de oxigênio (processo BOF), ao mesmo tempo
em que de ocorre a fusão da sucata de aço, ferro gusa ou do briquete, com o mínimo de
contaminação e no menor tempo, de forma a aumentar a produtividade da aciaria. Esta etapa
pode ser realizada nas usinas siderúrgicas essencialmente em convertedores a oxigênio ou em
fornos elétricos a arco. Nas fundições também são utilizados os fornos elétricos a indução
(RIZZO, 2005).
No passado, para efetuar de forma controlada a etapa de solidificação, o aço produzido
na aciaria era vertido em moldes metálicos (lingoteiras) nos quais permanecia em repouso até
a sua completa, ou quase em alguns casos, solidificação este processo, ainda em uso para
determinados tipos de aços ou situações especificas de uma empresa, é denominado de
lingotamento convencional. Para aumentar a produtividade, diminuir custos e aumentar a
reprodutividade dos itens de controle do processo, o aço passou a ser vazado da panela para um
distribuidor revestido de material refratário, e deste para um molde de cobre refrigerado a água,
no qual o aço inicia sua solidificação, concluída através do resfriamento direto de sua superfície
com água (RIZZO, 2005).
A seguir, ocorre o corte em comprimentos pré-determinados. Desta forma, é possível
lingotar várias corridas ininterruptas, derivando daí o termo lingotamento contínuo. Por este
método são gerados diretamente os semi-produtos, conforme a Figura 2.2 (placas, blocos e
tarugos) e, mais recentemente, pré-formas, placas finas e chapas/tiras (RIZZO, 2005)
A etapa seguinte desse processo de industrialização é o refino, onde o ferro gusa é
transportado para a aciaria, ainda em estado líquido, para ser transformado em aço, através da
queima de impurezas e adições de materiais para acertos químicos. Por sua vez o refino do aço
é processado em fornos a oxigênio ou movidos a eletricidade (INSTITUTO AÇO BRASIL,
2015).
A terceira e última fase do processo de fabricação do aço ocorre na laminação. Quando
ocorre a solidificação, o aço é deformado de maneira mecânica e caracterizado em produtos
siderúrgicos, assim cada siderúrgica tem um modelo de produto final na fase de laminação,
como bobinas, chapas grossas, vergalhões, barras, entre outros (INSTITUTO AÇO BRASIL,
2015).
2.2.SOFTWARES UTILIZADOS
• TIA Portal V15, que foi escolhido para programação dos CLP’s utilizando
linguagem Ladder e ainda, para programação da Interface Homem-Máquina;
• Factory IO, software 3D utilizado para simulação da parte física do processo
industrial;
• CLP slim V15, que fica encarregado de simular um Controlador Lógico físico,
obtendo interação com o software de programação;

2.3. FLUXOGRAMA DO PROCESSO


O fluxograma logo abaixo, segue o que foi abordado no item 2.1 deste trabalho referente
as etapas do processo de uma siderúrgica e analogamente, o mesmo será utilizado como
referência para montagem inicial dos elementos físicos no Factory IO.

Figura 1 – FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DA SIDERÚRGICA.

FONTE: AUTORES, POWERPOINT 2016.

2.4. DESENVOLVIMENTO DA SIMULAÇÃO


Quadro De Comando Inicial.

Sinterização e Coquearia: Essa Parte da Simulação, onde é feito o processo de sinterização do


minerio de ferro e produção de coque a partir do carvão mineral.
Alto Forno: Nessa Parteda simulação foi usado um tanque de água disponivel no factory io para
simular o Alto-Forno, aqui é onde ocorre a tranformação dos minerios de ferro e carvao mineral
em ferro-gusa.

Aciaria: Para simular a aciaraia foi utilizado a máquina de CNC, aqui é onde ocorre a
transformação de ferro-gusa em aço.
Lingotamento: Aqui ocorre a entrada de aço em forma líquida a altas temperaturas em lingotes
solidos, atraves do processo de resfriamento continuo, foi utilizado o tunel e a esteria inclinada
para simular.

Laminação: Foi utilizado a maquina paletizadora disponivel no factory io para simular o


processo de laminação dos lingotes.
Armazenamento: foi utilizado uma epilhadeira e algumas estantes para simular o
armazenamneto do produto final.
3. RESULTADOS

Como Esperado, foi obtido a simulação muito próxima do esperado, contando com as
limitações disponiveis no Factory IO, alguns pequenos problemas ocorream na estética da
planta no Factory IO, mas no final a simulação ficou próxima do esperado, era também
esperado a simulaçao da IHM, mas a mesma não foi feita, ficando de fora do trabalho.
4. CONCLUSÃO

O Processo de Produção do Aço é algo muito importante para a Engenharia em geral,


simular esse processo, mesmo que de modo simplificado no Factory IO, foi muito
interessante, podemos aprender mais sobre o processo, e também sobre programaçao
Ladder, PLC, e os software da Siemens , TIA PORTAL e também o simulador de Processo
Industrias FACTORY IO.

BIBLIOGRAFIA

[1] CHIAVERINI, Vicente. Aços e ferros fundidos. 7ª ed. São Paulo: ABM, 2005.

[2] MOURÃO, Marcelo Breda. Introdução à siderurgia. São Paulo: ABM, 2007.

[3] RIZZO, Ernandes Marcos da Silveira. Introdução aos processos de refino primário dos
aços nos convertedores a oxigênio. São Paulo: ABM, 2006.

[4] NATALE, Ferdinando. Automação industrial. 4ª ed. São Paulo: Érica, 2002.

[5] MORAES, Cícero Couto de. Engenharia de automação industrial. 2ª ed. Nacional: LTC,
2007.

[6] INSTITUTO AÇO BRASIL. Processo siderúrgico. 2015. Disponível em:


<https://www.acobrasil.org.br/site/processo-siderurgico/>. Acesso em: 24 mar. 2020.
[7] FILHO, FILIPPO GUILHERME. Automação de processos e de sistemas. 1ª ed. São
Paulo: Érica, 2014.

[8] ROQUE, Luiz Alberto Oliveira Lima. Automação de processos com linguagem ladder e
sistemas supervisórios. 1ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014.
Link do Video da Apresentação do Trabalho ( YOUTUBE):

https://www.youtube.com/watch?v=zvBFDf-7vkE

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