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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

CAMPUS CATALÃO
CURSO DE QUÍMICA
DISCIPLINA: Química Geral I – Experimental
DOCENTE: Alberthmeiry Teixeira de Figueiredo

REAÇÕES DE ÓXIDO-REDUÇÃO

Alunos: Michelle Aparecida Machado


Weber Duarte Mesquita
Catalão, 29 de Maio de 2009
1 - INTRODUÇÃO

Historicamente falando, o termo oxidação era aplicado a processos onde o


oxigênio era aceito por uma substância. Mais tarde, a aceitação do hidrogênio também
foi chamada de redução e assim a perda de hidrogênio teve de ser denominada
oxidação. Prosseguindo, outras reações, nas quais o oxigênio e o hidrogênio não eram
envolvidos, tiveram de ser classificadas como oxidação ou redução até que uma
definição mais ampla de oxidação e redução, baseada na liberação ou aceitação de
elétrons, fosse elaborada. Essas reações são denominadas reações de óxido-redução ou,
abreviado, reações redox. [1]
As reações redox formam a terceira das classes principais das reações
químicas. Algumas dessas reações são muito úteis para a indústria. O ferro, por
exemplo, é extraído pela combinação do minério de ferro com o monóxido de carbono
(CO), num alto-forno. A ferrugem é um dos resultados de uma reação redox, na qual o
ferro se oxida e forma o óxido de ferro (ferrugem), e o oxigênio do ar é reduzido. Outro
exemplo de reação redox é o da prata em contato com o ar. Quando a prata perde seu
aspecto brilhante dizemos então que a mesma oxidou. [2]
A espécie que produz a oxidação em uma reação redox é chamada de agente
oxidante . Ao agir, o oxidante aceita os elétrons liberados pelas espécies que se oxidam.
A espécie que produz redução é chamado de agente redutor . Os mais fortes agentes
redutores são os metais altamente eletropositivos, como o sódio (Na), que facilmente
reduz os compostos de metais nobres e também libera o hidrogênio da água. Entre os

oxidantes mais fortes, podem-se citar o flúor (F) e o ozônio ( O3 ). Agentes redutores
fortes são substâncias com muito mais baixo potencial de redução, como o cloreto de
estanho (II)( SnCl2), o ácido sulfuroso (H2SO3), o sulfeto de hidrogênio(H2S) e o
tiossulfato de sódio (Na2S2O3), reagem completa e rapidamente com o iodo, mesmo em
solução ácida. [3]

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2 - OBJETIVOS

 Analisar substâncias e identificar os agentes redutor e oxidante nas reações


de óxido - redução.

 Resolver as questões propostas para fixação do conteúdo teórico.

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3 - PARTE EXPERIMENTAL

3.1 – Materiais e Reagentes Utilizados

• Tubos de ensaio
• Pipeta graduada com capacidade de 3 ml
• Pipeta graduada com capacidade de 5 ml
• Pêra
• Ácido sulfúrico (H2SO4)
• Solução de iodeto de potássio (KI)
• Solução de permanganato de potássio (KMnO4)
• Diclorometano (CH2Cl2)
• Dicromato de potássio (K2Cr2O7)
• Peróxido de hidrogênio (H2O2)
• Fosfato monobásico de potássio (KH2PO4)
• Cloreto de amônio (NH4Cl)
• Água sanitária (NaClO)
• Oxalato de amônio ( (NH 4COO) 2 )

3.2- Procedimento Experimental

Parte A:

 Utilizando – se a pipeta com capacidade de 3 ml , pipetou-se 1,5 ml da


solução de dicromato de potássio (K2Cr2O7) colocando a mesma em um tubo de ensaio e
adicionou-se 0,25 ml de ácido sulfúrico (H2SO4) agitou - se. Em seguida, adicionou-se
0,15 ml de iodeto de potássio (KI) agitou e observou-se os resultados.

 Utilizando – se a pipeta com capacidade de 3 ml, pipetou-se 1,5 ml da


solução de peróxido de hidrogênio (H2O2) colocando a mesma em um tubo de ensaio e

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adicionou-se 0,25 ml de ácido sulfúrico (H2SO4) agitou – se . Em seguida, adicionou-se
0,15 ml de iodeto de potássio (KI) agitou e observou-se os resultados.

 Utilizando – se a pipeta com capacidade de 3 ml, pipetou-se 1,5 ml da


solução de fosfato monobásico de potássio (KH2PO4) colocando a mesma em um tubo
de ensaio e adicionou-se 0,25 ml de ácido sulfúrico (H2SO4) agitou – se . Em seguida,
adicionou-se 0,15 ml de iodeto de potássio (KI) agitou e observou-se os resultados.

 Utilizando – se a pipeta com capacidade de 3 ml, pipetou-se 1,5 ml da


solução de cloreto de amônio (NH4Cl) colocando a mesma em um tubo de ensaio e
adicionou-se 0,25 ml de ácido sulfúrico (H2SO4) agitou – se . Em seguida, adicionou-se
0,15 ml de iodeto de potássio (KI) agitou e observou-se os resultados.

 Utilizando – se a pipeta com capacidade de 3 ml, pipetou-se 1,5 ml da


solução de água sanitária (NaClO) colocando a mesma em um tubo de ensaio e
adicionou-se 0,25 ml de ácido sulfúrico (H2SO4) agitou - se . Em seguida, adicionou-se
0,15 ml de iodeto de potássio (KI) agitou e observou-se os resultados.

 Utilizando – se a pipeta com capacidade de 3 ml, pipetou-se 1,5 ml da

solução de oxalato de amônio ( (NH 4COO) 2 )colocando a mesma em um tubo de ensaio


e adicionou-se 0,25 ml de ácido sulfúrico (H2SO4) agitou - se. Em seguida, adicionou-se
0,15 ml de iodeto de potássio (KI) agitou e observou-se os resultados.

 Utilizando – se a pipeta com capacidade de 5 ml, pipetou-se 1,5 ml de


diclorometano (CH2Cl2), adicionando - o nas soluções acima citadas observou-se os
resultados para que posteriormente fossem analisados.

Parte B:

Repetiu – se o procedimento anterior, porém substituiu – se o iodeto de


potássio (KI) pelo permanganato de potássio (KMnO4).

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 Utilizando – se a pipeta com capacidade de 3 ml, pipetou-se 1,5 ml da
solução de dicromato de potássio (K2Cr2O7) colocando a mesma em um tubo de ensaio e
adicionou-se 0,25 ml de ácido sulfúrico (H2SO4) agitou - se o resultado. Em seguida,
adicionou-se 0,15 ml de permanganato de potássio (KMnO4) agitou e observou-se os
resultados.

Utilizando – se a pipeta com capacidade de 3 ml, pipetou-se 1,5 ml da


solução de peróxido de hidrogênio (H2O2) colocando a mesma em um tubo de ensaio e
adicionou-se 0,25 ml de ácido sulfúrico (H2SO4) agitou – se . Em seguida, adicionou-se
0,15 ml de permanganato de potássio (KMnO4) agitou e observou-se os resultados.

 Utilizando – se a pipeta com capacidade de 3 ml, pipetou-se 1,5 ml da


solução de fosfato monobásico de potássio (KH2PO4) colocando a mesma em um tubo
de ensaio e adicionou-se 0,25 ml de ácido sulfúrico (H2SO4) agitou – se . Em seguida,
adicionou-se 0,15 ml de permanganato de potássio (KMnO4) agitou e observou-se os
resultados.

 Utilizando – se a pipeta com capacidade de 3 ml, pipetou-se 1,5 ml da


solução de cloreto de amônio (NH4Cl) colocando a mesma em um tubo de ensaio e
adicionou-se 0,25 ml de ácido sulfúrico (H2SO4) agitou – se. Em seguida, adicionou-se
0,15 ml de permanganato de potássio (KMnO4) agitou e observou-se os resultados.

 Utilizando – se a pipeta com capacidade de 3 ml, pipetou-se 1,5 ml da


solução de água sanitária (NaClO) colocando a mesma em um tubo de ensaio e
adicionou-se 0,25 ml de ácido sulfúrico (H2SO4) agitou - se . Em seguida, adicionou-se
0,15 ml de permanganato de potássio (KMnO4) agitou e observou-se os resultados.

 Utilizando – se a pipeta com capacidade de 3 ml, pipetou-se 1,5 ml da

solução de oxalato de amônio ( (NH 4COO) 2 )colocando a mesma em um tubo de ensaio


e adicionou-se 0,25 ml de ácido sulfúrico (H2SO4) agitou - se. Em seguida, adicionou-se
0,15 ml de permanganato de potássio (KMnO4) agitou e observou-se os resultados.

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4 - RESULTADOS

Tabela 1
Substâncias utilizadas, cores obtidas na reação com iodeto de potássio.

Cor da reação com


Substância
Iodeto de Potássio

Dicromato de potássio (K2Cr2O7) Laranja


Peróxido de hidrogênio (H2O2) Amarelo
Fosfato monobásico de potássio (KH2PO4) Incolor
Cloreto de amônio (NH4Cl) Incolor
Água sanitária (NaClO) Incolor
Oxalato de amônio ( (NH 4COO) 2 ) Incolor

Tabela 2
Substâncias utilizadas, cores obtidas na reação com permanganato de potássio.

Cor da reação com

Substância Permanganato de
Potássio

Dicromato de potássio (K2Cr2O7) Marron


Peróxido de hidrogênio (H2O2) Incolor
Fosfato monobásico de potássio (KH2PO4) Violeta
Cloreto de amônio (NH4Cl) Violeta
Água sanitária (NaClO) Violeta
Oxalato de amônio ( (NH 4COO) 2 ) Amarelo

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5 - DISCUSSÕES

Das substâncias analisadas neste experimento algumas apresentaram reação de


óxido – redução. Têm – se por definição que: Oxidação é a perda de elétrons e redução
é o ganho de elétrons. A reação redox é a combinação de oxidação e redução.[3]
Na parte A do experimento, após a adição de iodeto de potássio que é incolor,
as substâncias que ficaram incolores (como apresentado na tabela 1), não sofreram
reação de óxido – redução.
Na parte B do experimento, após a adição do permanganato de potássio que
tem coloração violeta, as substâncias que ficaram violeta (como apresentado na tabela
2), não sofreram reação de óxido - redução.
Na reação com o iodeto de potássio (parte A), as substâncias oxidantes são: o
dicromato de potássio e o peróxido de hidrogênio, pois os mesmos ganharam elétrons. E
a substância redutora (ou agente redutor) é o iodeto de potássio, pois o mesmo perdeu
elétrons.
Na reação com o permanganato de potássio (parte B), as substâncias oxidantes
são: o dicromato de potássio e o permanganato de potássio, pois os mesmos ganharam
elétrons. E as substâncias redutoras (ou agentes redutores) são: o peróxido de
hidrogênio e o oxalato de amônio, pois os mesmos perderam elétrons.

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6- CONCLUSÕES

Com a realização deste experimento pode – se observar que em reações de


óxido - redução algumas substâncias podem apresentar atuar como agente redutor em
uma reação e oxidante em outra reação, pois isto depende do meio e das substâncias
envolvidas na reação.
Também adquiriu - se conhecimento prático sobre os processos de oxidação e
redução em diferentes substâncias, e assim foi possível melhor fixação do conteúdo .

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7 - QUESTÕES

As semi - reações de óxido – redução e as equações globais balanceadas das


substâncias utilizadas neste experimento são apresentadas a seguir:

Parte A

1- Reação de Dicromato de potássio (K2Cr2O7) e Iodeto de potássio (KI), em


meio ácido.

K 2Cr2 O7 → 2K + + Cr2 O72−


KI → K+ + I−

→ Semi- reação de redução:

2−
Cr2O7(aq )
+ 6e −
+ 14H +
(aq )
→ 2Cr 3+
(aq )
+ 7H 2O (l)
(multiplica - se por 2)

→ Semi- reação de oxidação:


2I(aq )
→ I 2(aq )
+ 2e −

(multiplica - se por 6)

→ Equação global balanceada:

2−
2Cr2O7(aq) + 12I(aq)

+ 28H(aq)
+
→ 4Cr(aq)
3+
+ 6I2(aq) + 14H2 O(l)

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2- Reação de Peróxido de hidrogênio (H2O2) e Iodeto de potássio (KI), em
meio ácido.

H 2O 2 → 2H + + 2O −
KI → K+ + I−

→ Semi- reação de redução:

H 2O 2(aq) + e − + 2H(aq)
+
→ 2H2 O(l)
(multiplica - se por 2)

→ Semi- reação de oxidação:


2I(aq )
→ I 2(aq )
+ 2e−

(multiplica - se por 1)

→ Equação global balanceada:

2H 2O 2(aq ) + 2I (aq

)
+ 4H +
(aq )
→ I 2(aq) + 4H 2O (l)

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Parte B

1- Reação de Dicromato de potássio (K2Cr2O7) e Permanganato de potássio


(KMnO4), em meio ácido.

K 2Cr2O7 → 2K + + Cr2 O72−


KMnO 4 → K + + MnO −4

→ Semi- reações de redução:

MnO −4(aq) + 5e− + 8H+(aq) → Mn (aq)


+2
+ 4H 2O (l)
(multiplica – se por 6)

→ Semi- reação de oxidação:

2−
Cr2O 7(aq) + 2H+(aq) → 2CrO3(aq ) + 6e− + H2 O(l)
(multiplica – se por 5)

→ Equação global balanceada:

2−
5Cr2 O7(aq )
+ 6MnO −
4(aq )
+ 38H +
(aq )
→ 10CrO 3(aq )
+ 6Mn 2+
(aq )
+19H 2O ( l)

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2- Reação de Peróxido de hidrogênio (H2O2) e Permanganato de potássio
(KMnO4), em meio ácido.

H 2O 2 → 2H + + 2O −

KMnO 4 → K + + MnO −4

→ Semi- reação de redução:

MnO −4(aq) + 5e− + 8H+(aq) → Mn (aq)


+2
+ 4H2 O(l)
(multiplica – se por 2)

→ Semi- reação de oxidação:

H 2O 2(aq) → O 2(g ) + 2e −+ 2H (aq)


+

(multiplica – se por 5)

→ Equação global balanceada:

2MnO −4(aq ) + 5H 2O 2(aq ) + 6H+(aq ) → 2Mn (aq


+2
)
+ 5O 2(g) ↑ + 8H 2O (l)

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3- Reação de Oxalato de amônio ( (NH 4COO) 2 ) e Permanganato de potássio
(KMnO4), em meio ácido.

(NH 4COO) 2 → (NH 4 ) 22+ + (COO) 22−

KMnO 4 → K + + MnO −4

→ Semi- reação de redução:

MnO −4(aq) + 5e− + 8H+(aq) → Mn (aq)


+2
+ 4H 2O (l)
(multiplica – se por 2)

→ Semi- reação de oxidação:


(COO) 22(aq) → 2CO2(g ) + 2e−
(multiplica – se por 5)

→ Equação global balanceada:


5(COO) 22(aq) + 2MnO 4(aq

)
+ 16H (aq)
+
→ 2Mn (aq
2+
)
+ 10CO 2(g) ↑ +8H 2O (l)

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8-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] VOGEL, A. Química Analítica Qualitativa. 5 ed. São Paulo: Editora Mestre Jou,
1981. 116p.

[2] BRASIL ESCOLA.. Química. Oxidação e Redução. Disponível em


< http://www.brasilescola.com >. Acesso em 30/05/2009.

[3] ATIKNS, P.; JONES L. Princípios de Química. Questionando a Vida Moderna e


o Meio Ambiente. 3.ed. São Paulo: Bookman, 2006. 92 - 95p.

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