ModuloIII Sistemas de Informacion de Aguas en Portugues

4
Estação hidrometeorológica da sede da ANA, Brasília/DF

Autora: Flávia Rodrigues / Banco de Imagens ANA.
O SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE
RECURSOS HÍDRICOS (SNIRH)
O Sistema Nacional de Informações sobre implementado, com destaque para os princi-
Recursos Hídricos, estabelecido pela Políti- pais subsistemas já desenvolvidos e em uso
ca Nacional de Recursos Hídricos, é o grande por diversos entes integrantes do Singreh.
banco de dados e informações nacional sobre
recursos hídricos e visa dar suporte ao fun-
cionamento do Singreh, bem como auxiliar a 4.1 Aspectos legais do Snirh
aplicação dos demais instrumentos de gestão
de recursos hídricos e outros mecanismos de
A Lei nº 9.433/1997 consolida, em termos
gestão integrada. A Política Nacional estabe-
legais, os sistemas de informações sobre re-
lece ainda, conforme apresentado no Capítu-
cursos hídricos como instrumento essencial à
lo 3, que as informações geradas pelos diver-
gestão das águas e à implementação da Po-
sos órgãos integrantes do Singreh devem ser
integradas ao Snirh. lítica de Recursos Hídricos. É também nesse
momento que surge a primeira menção a um
Dessa forma, neste Capítulo são abordados “Sistema Nacional de Informações sobre Re-
alguns aspectos do Snirh relacionados aos cursos Hídricos”. Assim, esta seção é focada
normativos que o disciplinam, à base concei- nos principais pontos dos diplomas legais que
tual que orientou sua concepção e estrutura- disciplinam a estruturação e o funcionamento
ção e como, de fato, o sistema vem sendo do Snirh.
47
4 O SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE RECURSOS HÍDRICOS (SNIRH)
Cadernos de Capacitação em Recursos Hídricos – Volume 8
Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997 e diretrizes da PNRH, organizar, implantar e

gerir o Snirh21.
O Snirh é um dos instrumentos de gestão pre-

vistos na Lei nº 9.433/199717, que instituiu a Cabe ainda à ANA, segundo a Lei, discipli-
PNRH. Essa mesma lei define que o Snirh é nar, em caráter normativo, a implementação,
um sistema de coleta, tratamento, armazena- a operacionalização, o controle e a avaliação
mento e recuperação de informações sobre dos instrumentos da Política Nacional de Re-
recursos hídricos e fatores intervenientes em cursos Hídricos, o que inclui o Sistema de In-
sua gestão18. Versa ainda que as informações formações sobre Recursos Hídricos que, em
geradas pelos diversos órgãos integrantes do âmbito nacional, se configura no Snirh.
Singreh serão integradas ao Snirh.
Resolução CNRH nº 13, de 25 de setembro de 2000

Os princípios básicos desse sistema, segundo
a Lei, são19:
A resolução nº 13 do CNRH define que a ANA
• Descentralização da obtenção e pro- coordenará os órgãos e entidades federais,
dução de dados e informações; cujas atribuições ou competências estejam
relacionadas com a gestão de recursos hídri-
• Coordenação unificada do sistema; cos, mediante acordos e convênios, visando
promover a gestão integrada das águas e em
• Acesso aos dados e informações ga- especial a produção, consolidação, organiza-
rantidos à toda sociedade. ção e disponibilização à sociedade das infor-
mações e ações referentes:
Os objetivos do Snirh estabelecidos na Lei
são20: • à rede hidrométrica nacional e às ati-
vidades de hidrologia relacionadas com o
• Reunir, dar consistência e divulgar os aproveitamento de recursos hídricos;
dados e informações sobre a situação qua-
litativa e quantitativa dos Recursos Hídricos
• aos sistemas de avaliação e outorga
no Brasil;
dos recursos hídricos superficiais e subter-
• Atualizar permanentemente informa- râneos, em todo território nacional;
ções sobre disponibilidade e demanda de
Recursos Hídricos no Brasil; • aos sistemas de avaliação e conces-
são das águas minerais;
• Fornecer subsídios para elaboração
de planos de recursos hídricos. • aos sistemas de coleta de dados da
Rede Nacional de Meteorologia;
Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000
• aos sistemas de informações dos se-
A Lei nº 9.984/2000 é a lei de criação da Agên- tores usuários;
cia Nacional de Águas. Por meio dela, cabe à
ANA, obedecendo os fundamentos, objetivos • ao sistema nacional de informações
sobre meio ambiente;
17 Artigo 5º, inciso V da Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997.

18 Artigo 25 da Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997.
19 Artigo 26 da Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997.
20 Artigo 27 da Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997. 21 Artigo 4º, inciso XIV da Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000.
48
Sistemas de Informação na gestão de águas: conhecer para decidir
• ao sistema de informações sobre ge- Em síntese, a estrutura de um Sistema Nacio-

renciamento costeiro; nal de Informações sobre Recursos Hídricos
deve consistir, no mínimo, dos seguintes com-
• aos sistemas de informações sobre ponentes (Proágua, 2000):
saúde;
• redes de monitoramento quali-quan-
• a projetos e pesquisas relacionados titativas, convencionais ou com aquisição
automática de dados;
com recursos hídricos;
• banco de dados contendo séries his-

• a outros sistemas de informações re-
tóricas hidrológicas, meteorológicas e de
lacionados à gestão de recursos hídricos.
qualidade das águas; cadastro de usuários,
de obras hídricas, relação de municípios,
Outra definição importante é que cabe à ANA características físicas, socioeconômicas;
articular-se com órgãos e entidades estaduais, mapas e imagens; informações documen-
distritais e municipais, públicas e privadas, inclu- tais, tais como: leis, planos, estudos, reso-
sive as agências de água ou de bacias, cujas luções e informações primárias. Todas as
atribuições ou competências estejam relaciona- informações que contenham componentes
das com a gestão de recursos hídricos, visando espaciais devem ser mantidas em formato
a implantação e funcionamento do Snirh. compatível com sistemas de informação
georreferenciada, quando pertinente;
A Resolução do CNRH definiu também que os
dados e informações constantes do Snirh deve- • sistema de informações geográficas
rão ser, preferencialmente, georreferenciados. para integrar os demais componentes;
• módulos para o funcionamento de mo-

4.2 Aspectos conceituais do Snirh
delos de simulação;
Do ponto de vista da concepção e estruturação

• sistemas de apoio à decisão, seja para
do Snirh, é importante frisar que, além das ex-
outorgas, alocação de volumes em reserva-
plícitas necessidades específicas de monito- tórios, ocorrência de eventos extremos, ela-
ramento e gerenciamento das bacias, devem boração de planejamento integrado e disse-
ser consideradas questões de flexibilidade e minação de informações entre os usuários.
adaptabilidade dos bancos de dados implanta-
dos, a publicação das informações adquiridas,
Dessa forma, as diversas demandas por in-
uma vez que as decisões de gestão em recur- formações sobre recursos hídricos foram a
sos hídricos requerem o adequado suporte de base para definir a estrutura do Snirh e sua
dados e informações, sistematizados e dispo- composição por seis subsistemas integrados e
níveis aos atores e segmentos interessados. interdependentes, sendo três finalísticos (Pla-
Outro ponto que merece destaque é a neces- nejamento e Gestão, Dados Quali-quantitati-
sidade de integrar esse sistema aos bancos de vos e Regulação de Usos) e três integradores
dados dos estados sobre essa temática. (Inteligência Hídrica, Inteligência Documental
e Inteligência Geográfica). A Figura 14 ilustra
Além disso, como já ocorre com o IBGE, por esquematicamente a estrutura do Snirh.
exemplo, ressalta-se a importância da articulação
do Snirh com sistemas de informações desenvol- Os subsistemas componente do Snirh cor-
vidos em áreas correlatas à de recursos hídricos. respondem ao conjunto de aplicações
49
Sistema SNIRH
REGLA PLANN
Subsistema de Subsistema de
Regulação IH Planejamento
de Uso Inteligência e Gestão
Hídrica
IG ID
Inteligência Inteligência
Geográfica Documental
PADRA QUALT INTEL

Interface de Subsistema de
InCOM Dados Padronizados
Subsistema de
Inteligência SNIRH SGINF
Quali- Subsistema de
Interface Inteligente
Quantitativo Segurança da
de Comunicação
de Dados Informação
Figura 14 – Esquema da estrutura do Snirh
computacionais que executam as funções permitir o acompanhamento sistemático da

concebidas para atender aos diversos proces- situação – no que se refere à quantidade e
sos de gestão de recursos hídricos qualidade – dos recursos hídricos no País
e viabilizar o acompanhamento do grau de
Os subsistemas finalísticos estão diretamente implementação dos instrumentos de geren-
relacionados com a regulação, monitoramento, ciamento de recursos hídricos, permitindo
planejamento e gestão dos recursos hídricos, a construção de cenários exploratórios que
enquanto que os subsistemas integradores fornecerão subsídios à elaboração de pla-
são auxiliares e possibilitam a conexão entre nos de recursos hídricos.
os módulos dos diversos subsistemas.
• Quali-Quantitativo (QUALT) – baseia
Esses subsistemas objetivam (SOUSA et al., suas funcionalidades no tratamento de da-
2009): dos decorrentes do monitoramento hidro-
meteorológico do País, tais como dados
• Planejamento e Gestão (PLANN) – fluviométricos, pluviométricos, de águas
dar visibilidade aos processos de planeja- subterrâneas e de qualidade de água, da-
mento e de gestão dos recursos hídricos, dos esses que possibilitam o conhecimento
50
das características qualitativas e quantita- • Inteligência Geográfica (IG) – tem

tivas sobre cursos d’água, aquíferos e dos como objetivo prover dados e informações
índices pluviométricos, com suas distribui- espaciais (georreferenciadas e hidrorrefe-
ções no espaço e no tempo. Os dados ar- renciadas) de suporte à gestão de recursos
mazenados nesse subsistema são proces- hídricos. Especificamente quanto à nature-
sados e servem de subsídios, não só para za espacial de suas funções, o IG utiliza o
os demais subsistemas do Snirh, mas tam- “conceito do hidrorreferenciamento”, que
permite associar e extrair dados e informa-
bém para os sistemas de informações esta-
ções a jusante e a montante de cada trecho
duais e de outras entidades, entre essas os
da rede hidrográfica, e que é obtido a partir
órgãos intervenientes do Singreh.
de um conjunto de processos para trata-
mento topológico da rede hidrográfica com
• Regulação de Uso (REGLA) – compila base no método de Otto Pfafstetter para co-
dados do uso da água, processa-os e dis- dificação de bacias hidrográficas22.
ponibiliza informações sobre usos de recur-
sos hídricos em todo o território nacional, • Segurança da Informação (SGINF) –
visando possibilitar a regulação dos usos permite administrar os usuários, grupos de
nas bacias hidrográficas. Os processos usuários, perfis e componentes funcionais
associados a esse subsistema são: o ca- do Snirh. Além disso, o SGINF disponibiliza
dastro de usuários, de usos e destinações; serviços de autenticação e conformação de
o cadastro e registros de poços; a outorga usuários, sistemas, subsistemas e módu-
de uso; a cobrança pelo uso; a fiscalização; los, para atender as necessidades de segu-
a arrecadação; declarações, certificados e rança interna ou externa ao sistema.
certidões oficiais.
Os subsistemas vêm sendo implantados por
• Inteligência Hídrica (IH) – incorpora etapas, com destaque para o avanço nos sub-
todos os processos necessários para a ge- sistemas REGLA e QUALT, além dos sistemas
ração de informações hidrológicas (simu- integradores. O subsistema PLANN, será ba-
lações de operação e construção de cená- seado no Relatório de Conjuntura dos Recur-
rios, por exemplo), com base em dados de sos Hídricos e encontra-se em fase de imple-
mentação. A Figura 15 ilustra a visão sistêmica
monitoramento e em modelos hidrológicos,
adotada na concepção do Snirh.
para atender às necessidades sobre infor-
mações de disponibilidade hídrica.
Além dos subsistemas, compõem também o Snirh:
• Inteligência Documental (ID) – visa à

• Base de Dados – estrutura de armaze-
elaboração de uma base de dados de docu- namento de dados e informações;
mentos referentes à gestão descentralizada
dos recursos hídricos no Brasil, incluindo
• Plataforma de integração – recursos
aqueles produzidos no âmbito de comitês
de integração computacional entre os vá-
de bacia hidrográfica e outros órgãos ges-
rios intervenientes;
tores. O subsistema permitirá a recepção, o
armazenamento e a captura de informação
• Infraestrutura computacional – ele-
documental, a indexação automática e a
mentos de infraestrutura computacional
disponibilização de informações aos demais
que apoia o funcionamento;
subsistemas do SNIRH e aos sistemas inter-
nos e externos à ANA, como os existentes
nas demais entidades intervenientes. 22 Vide Capítulo 3.
51
52
Recursos Humanos e Organizacionais Infraestrutura computacional
Sistema SNIRH
REGLA PLANN
Subsistema de Subsistema de
Reculação IH Planejamento
de Uso Inteligência e Gestão
Hídrica
IG ID
Usuários intervenientes Inteligência Inteligência
Geográfica Documental
Suporte e atendimento
Capacitação
PADRA QUALT INTEL Servidores
Orgãos intervenientes Interface de Subsistema de
Subsistema de Estações de trabalho

Dados Padronizados Quali- Inteligência SNIRH
Quantitativo Recursos de comunicação
Software básico e de sistema
Base de dados
Plataforma de integração
SGINF
Subsistema de
InCOM Segurança da
Interface Inteligente Informação
de Comunicação Subsistema Subsistema Subsistema
de Dados
SNIRH
Barramento de serviços
Protocolo de integração
Sistemas internos
Sistema Sistema Sistema
e externos
Figura 15 – Esquema ilustrativo da visão sistêmica adotada na concepção do Snirh

• Recursos humanos e organizacionais • Permitir o gerenciamento de uma

– sustentam o desenvolvimento e a opera- base de dados hidrometeorológica, arma-
ção dos sistemas. zenada centralizadamente em um banco
de dados relacional.
Como o desenvolvimento do Snirh se deu pos- • Permitir a entrada de dados por parte
teriormente a existência de vários outros siste- das entidades que operam a rede hidrome-
mas já utilizados na gestão de recursos hídricos, teorológica.
muitos destes foram incorporados ao primeiro e
não é à toa que é comumente denominado como • Calcular funções hidrometeorológicas
“um sistema de sistemas”. Abaixo teremos uma básicas.
breve descrição dos principais sistemas que
compõem os subsistemas do Snirh.
• Visualizar dados por meio de gráficos,
imagens etc.
4.3 Sistemas para gestão de dados hidrológicos
(Subsistema QUALT) Algumas das vantagens do HIDRO são a sua
facilidade de acesso – pode ser acessado de
forma local ou remota (intranet ou internet) –,
O Subsistema QUALT reúne um conjunto de sis-
além da possibilidade de exportação de dados
temas que têm como objetivo apoiar o proces-
para arquivos de intercâmbio, em formatos
so de gestão de dados hidrológicos oriundos da
adequados para serem manipulados por ou-
Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN). Tais
tros programas de computador.
sistemas permitem a coleta, armazenamento,
tratamento, consistência e divulgação de dados
fluviométricos, pluviométricos, evaporimétricos, Esses dados permitem o conhecimento das
sedimentométricos e de qualidade de água que características da qualidade e da quantidade
possibilitem o conhecimento das características de água dos corpos hídricos, bem como os ín-
qualitativas e quantitativas dos recursos hídri- dices pluviométricos de uma determinada re-
cos e dos índices pluviométricos, com suas dis- gião, com suas distribuições no espaço e no
tribuições no espaço e no tempo. Esses dados tempo, e são obtidos por meio da Rede Hidro-
servem de subsídio para os demais subsiste- meteorológica Nacional.
mas do Snirh e para os sistemas de informa-
ções estaduais e de outras entidades. A seguir
são apresentados os principais sistemas que
compõem o QUALT.
A REDE HIDROMETEOROLÓGICA
NACIONAL
Sistema de Informações Hidrológicas (HIDRO)
A Rede Hidrometeorológica Nacional é
O Sistema de Informações Hidrológicas – HI-
composta por uma série de estações de
DRO é uma aplicação de banco de dados que
monitoramento, cobrindo toda a extensão do
armazena e processa dados oriundos do moni-
território brasileiro, e em 2013 contava com
toramento hidrológico e meteorológico do País,
cerca de 6.500 estações fluviométricas,
o que inclui o levantamento de informações so-
8.500 estações pluviométricas, 4.000 esta-
bre chuva, vazão, sedimentos e qualidade de
ções de qualidade da água e 800 estações se-
água dos corpos hídricos. O HIDRO é uma fun-
dimentométricas (Figuras 17 a 20).
ção do Subsistema Quali-quantitativo do Snirh
e tem como principais objetivos (ANA, 2002):
53
A ANA é a entidade responsável pelo monitora- conveniadas ou contratadas. A ANA recebe e

mento hidrometeorológico em escala nacional, também disponibiliza os dados oriundos das
sendo que as operações de campo das esta- estações de monitoramento operadas pelas
ções da ANA são executadas por entidades empresas do setor elétrico.
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Estações de qualidade da água

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Figura 18 – Estações de qualidade da água da Rede Nacional em

operação em 2013
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Estações sedimentométricas
Figura 19 – Estações sedimentométricas da Rede Nacional em

operação em 2013
VEJA MAIS: Os mapas com a localização das estações que compõem a Rede
Hidrometeorológica Nacional podem ser obtidos por meio do Portal Snirh, na internet, no
endereço http://www.snirh.gov.br.
55
A ANA mantém acordos de cooperação com di- ou poder público. Além disso, são essenciais
versas entidades federais, estaduais e interna- para apoiar pesquisas, estudos e projetos que
cionais e, em razão disso, conta com dados e in- demandem o conhecimento do potencial, do
formações de monitoramento de alguns estados regime e das disponibilidades hídricas, em
e de vários países como Uruguai, Chile, Bolívia, quantidade e qualidade, visando atender aos
Argentina, Paraguai, Peru, Colômbia, Equador,
múltiplos usos. Ações preventivas e de defesa
Venezuela, Suriname e Guiana Francesa.
contra eventos hidrológicos críticos, tais como
secas e enchentes, também necessitam dos
As informações produzidas pela Rede são
dados e informações gerados pela Rede.
imprescindíveis para as tomadas de decisão
da ANA e dos órgãos estaduais de recursos
hídricos. São, também, fundamentais para Para a realização do monitoramento hidroló-
aqueles cujas atividades estão relacionadas gico, são utilizadas estações fluviométricas
direta ou indiretamente aos recursos hídricos, e pluviométricas convencionais, com obser-
sejam eles pertencentes aos setores usuá- vadores de campo, ou telemétricas, utilizando
rios, entidades da sociedade civil organizada sensores automáticos.
ESTAÇÃO DE MONITORAMENTO CONVENCIONAL
Nas estações convencionais as coletas dos dados às 7h para medição da chuva diária acumulada.
são realizadas diariamente por observação de Na Figura 20 é possível observar uma estação
campo, com auxílio de observadores hidrológi- pluviométrica convencional.
cos, às 7h e 17h para leitura do nível do rio e
Figura 20 – Estação pluviométrica convencional
56
ESTAÇÕES TELEMÉTRICAS
Os avanços tecnológicos das últimas décadas nos remotamente. Esta modernização possibilitou a
setores de informática e telecomunicação possi- melhoria da rede existente com um número maior
bilitaram a modernização dos equipamentos na de informações por dia. Propiciou, também, o au-
área de hidrologia. Sendo assim, os valores das mento da confiabilidade dos dados, permitindo
variáveis hidrológicas passaram a ser obtidos uma avaliação quase que “instantânea” da dispo-
também por meio de uma diversidade de senso- nibilidade hídrica, e a disponibilização de dados
res automáticos, armazenados in loco nas Plata- mais atualizados para a sociedade. A Figura 21
formas de Coleta de Dados (PCDs) e transmitidos ilustra uma estação telemétrica da ANA.
Figura 21 – Estação telemétrica
Quanto à rede de monitoramento da qualidade Oxigênio (DBO), coliformes fecais, sólidos

da água, a periodicidade de coleta de amostras em suspensão, e diversos outros.
da maior parte dessas estações é trimestral,
sendo avaliados nas campanhas cinco parâ- Com relação ainda ao monitoramento da quali-
metros, a saber: pH, Turbidez, Condutividade dade das águas, em 2013 a ANA criou, por meio
Elétrica, Temperatura e Oxigênio Dissolvido de Resolução23, a Rede Nacional de Monitora-
(OD), além da determinação de vazão. Algu- mento da Qualidade das Águas (RNQA), que
mas redes monitoram ainda diversos outros pa- vem sendo implementada em etapas e em par-
râmetros, tais como Demanda Bioquímica de ceria com os estados.
23 Resolução ANA, nº 903, de 22 de julho de 2013.
57
A REDE NACIONAL DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS (RNQA)
A RNQA tem como objetivos:
• Permitir a análise da tendência de evolução da qualidade das águas superficiais no País;
• Avaliar se a qualidade atual atende aos usos estabelecidos pelo enquadramento dos corpos
d’água;
• Identificar áreas críticas com relação à poluição hídrica;
• Aferir a efetividade da gestão sobre as ações de recuperação da qualidade da água;
• Apoiar as ações de planejamento, outorga e fiscalização.
Os dados da RNQA também fazem parte publicação e disponibilização dos dados hidro-
da base de dados disponibilizada por meio lógicos provenientes do monitoramento realiza-
do HIDRO. do por meio da Rede Hidrometeorológica Nacio-
nal sob responsabilidade da ANA. No sistema é
VEJA MAIS: Para acessar as informações possível ao usuário fazer seleção das estações
contidas no HIDRO, visite http://hidroweb. de interesse, selecionar os dados (chuva, va-
ana.gov.br e siga as instruções do Portal. zão, cota, etc.) e fazer o download dos dados
nos formatos texto (.txt) e Access (.mbd). O ar-
quivo no formato Access pode ser importado no
Sistema de Disponibilização de Dados programa HIDRO Desktop e executar as fun-
Hidrológicos (HIDROWEB) ções necessárias à análise dos dados. As Figu-
ras 22 e 23 ilustram telas do Hidroweb.
O Sistema de Disponibilização de Dados Hi-
drológicos (HIDROWEB) tem como objetivo a
Vertedor para medição de vazão de tomada d’água, Salgueiro/PE

Autor: Fernando Setembrino / Banco de Imagens ANA.
58
Figura 22 – Tela do Sistema Hidroweb
Figura 23 – Tela do Sistema Hidroweb
59
Sistema de Monitoramento Hidrológico em Tempo potencial energético e permite a realização de

balanço hídrico em tempo “quase real”, o que
Real (Telemetria)
melhora o controle dos recursos hídricos, dis-
ponibiliza dados mais atualizados para a so-
A Agência Nacional de Águas realiza o monito-
ciedade e propicia uma ampla conceituação
ramento hidrometeorológico, em tempo quase
do uso racional e múltiplo dos recursos hídri-
real, em cerca de 500 estações distribuídas nas
cos. As Figuras 24 e 25 ilustram telas com in-
12 regiões hidrográficas brasileiras. A ANA tam-
formações do Sistema Telemetria.
bém é responsável pelo acompanhamento de
cerca de 1.200 estações de monitoramento em
VEJA MAIS: Para conhecer as informações
tempo quase real de origem do setor elétrico.
disponibilizadas pelo Telemetria, basta aces-
sar a página da ANA na internet (www.ana.gov.
A coleta e transmissão destes dados é realiza-
br), clicar em Serviços e no menu de Informa-
da por Plataformas Automáticas de Coleta de
ções Hidrológicas clicar em “Dados Hidrológi-
Dados (PCDs). Uma PCD é um equipamento,
cos em Tempo Real”. As informações também
geralmente alimentado por energia solar, com-
podem ser acessadas pelo Hidroweb.
posto basicamente por datalogger (CPU24),
sensores e um sistema de transmissão. O da-
talogger é responsável por controlar a aquisi- Sistema de Acompanhamento de Reservatórios (SAR)
ção (realizada pelos sensores hidrológicos),
armazenamento (in loco) e transmissão remo-
O Sistema de Acompanhamento de Reserva-
ta dos dados. No caso da ANA os dados são
tórios (SAR) contempla dados e informações
transmitidos por meio do Sistema Brasileiro de
de reservatórios, permitindo consultas, espa-
Coleta de Dados (por meio dos SCD/INPE),
cialização da informação e análises da opera-
Sistema DCS/GOES (NOAA/USA) e rede de
ção de diversos reservatórios.
telefonia celular (GSM/GPRS). Um sistema,
denominado Telemetria, instalado na ANA, é
O SAR abrange os reservatórios de usos múlti-
responsável pela aquisição, processamento
plos monitorados pela ANA e parceiros institu-
e qualificação dos dados transmitidos pelas
cionais, bem como os reservatórios das usinas
PCDs. A disponibilização dos dados é feita
hidrelétricas do Sistema Interligado Nacional
pelo sistema Hidroweb, no Portal Snirh.
(SIN). Podem ser obtidas informações sobre
a localização do reservatório, a sua capacida-
Os dados transmitidos remotamente permitem
de de armazenamento de água, a situação de
a avaliação quase “instantânea” da disponi-
reservação em datas definidas pelo usuário,
bilidade hídrica nos locais monitorados. Esse
dentre outras. É possível, também, por meio
sistema auxilia no acompanhamento de even-
do sistema, exportar as informações sobre os
tos de cheias e secas, melhora a avaliação do
reservatórios em formato de planilhas.
24 CPU é a sigla em inglês para Central Processing As figuras 26 e 27 ilustram a tela inicial do SAR
Unit que, em português, significa “Unidade Central de e uma tela de resultado de consulta da situa-
Processamento”. É também conhecida como o processador,
onde é feita a maior parte dos cálculos e processamento de
ção dos reservatórios no estado da Paraíba.
dados de aparelhos eletrônicos.
60
Figura 24 – Tela do Sistema Telemetria
Figura 25 – Tela do Sistema Telemetria
61
Figura 26 – Tela inicial do SAR
Figura 27 – Tela resultado de consulta do SAR
62
VEJA MAIS: Para acessar as informações do SAR, visite http://sar.ana.gov.br/.
Sistemas para Análise de Dados Hidrológicos

(SiADH)
O Sistema para Análise de Dados Hidrológicos – Um dos principais resultados – dos mais de
SiADH é um aplicativo desenvolvido pela Agên- 50 gerados pelo SiADH – refere-se à análise
cia Nacional de Águas – ANA que tem como de curvas-chave. Nessa análise devem ser
objetivos principais facilitar e padronizar as aná- observados, principalmente, os seguintes fato-
lises de consistência de dados fluviométricos. A res: distribuição uniforme dos desvios nos grá-
principal funcionalidade do sistema é a exporta- ficos de desvio versus cota e de desvios ver-
ção automática de vários gráficos e tabelas em sus tempo e bom ajuste verificado pela análise
formato de imagens, facilitando as análises de visual das curvas-chave traçadas, verificando
vazões e cotas e permitindo ao usuário a identi- suas compatibilidades entre si (Lopes et al.,
ficação de inconsistências e possíveis incoerên- 2013). As Figuras 28 a 31 ilustram algumas
cias nos dados hidrológicos armazenados em das imagens geradas pelo Sistema que auxi-
banco de dados (Lopes et al., 2013). liam na análise de consistência de dados.
Figura 28 – Resultado de Vazões Médias Mensais (Incremental Negativo – Incrementais Mensais) do SiADH
63
Figura 29 – Teste de Continuidade de Vazões Médias Mensais
Figura 30 – Curva de Permanência de Cotas
64
Figura 31 – Gráfico de Vazões Específicas Diárias para Diversas Permanências versus Área de Drenagem
VEJA MAIS: Para fazer o download gratuito do sistema e saber mais informações, basta
acessar http://arquivos.ana.gov.br/infohidrologicas/cadastro/AnexoI_Sistemas_Computacio-
nais.zip.
4.4 Sistemas para regulação de usos de recursos Cadastro Nacional de Usuários de Recursos
hídricos (Subsistema REGLA) Hídricos (CNARH)
O CNARH foi desenvolvido pela ANA em par-

O Subsistema REGLA reúne um conjunto
ceria com entidades estaduais gestoras de
de sistemas que têm como objetivo apoiar
recursos hídricos e seu objetivo principal é o
o processo de regulação de usos de recur- conhecimento do universo dos usuários das
sos hídricos nas bacias hidrográficas, tanto águas superficiais e subterrâneas em uma
superficiais, quanto subterrâneos, de todo o determinada área, bacia ou em âmbito nacio-
território nacional, considerando os domínios nal. O conteúdo do CNARH inclui informações
sobre: a vazão utilizada, local de captação,
compartilhados entre a União e as Unidades
denominação e localização do curso de água,
da Federação. A seguir são apresentados os
empreendimento do usuário, sua atividade ou
principais sistemas do Snirh relacionados à a intervenção que pretende realizar, como de-
regulação. rivação, captação e lançamento de efluentes.
65
O preenchimento do cadastro se aplica para Recentemente a ANA tem utilizado uma nova
pessoas físicas e jurídicas, de direito público e estratégia e empreendido esforços para com-
privado, que sejam usuárias de recursos hídri- partilhar com as Unidades Federadas dados e
cos, sujeitas ou não a outorga25. informações referentes aos usuários de recur-
sos hídricos de domínio estadual. Apesar de
O Sistema CNARH permite que cada usuário alguns estados já utilizarem o CNARH como
preencha os dados relativos ao uso que faz da ferramenta de apoio ao cadastramento de
água, assim como a realização de consultas seus usuários de água, ainda existem estados
e correções em tempo real (on-line) de seu que necessitam compartilhar tais informações.
cadastro, garantindo a possibilidade de atu- Nesse sentido, a Agência tem oferecido aos
alização das informações inseridas. Como o órgãos gestores ou autoridades outorgantes
CNARH é parte integrante do Snirh, a ANA duas formas de compartilhamento das infor-
está continuamente desenvolvendo novos mações cadastrais por meio de uma nova in-
aplicativos e integrando o Sistema CNARH a terface, quais sejam:
outros. Dessa forma, pretende-se que o usuá-
rio tenha acesso a todas as etapas de regulari- • Preenchimento dos dados diretamente
zação do uso da água de seu interesse, desde na nova interface CNARH disponível na web.
o cadastro inicial até a emissão da outorga,
tudo por meio da internet. • Disponibilização dos dados em pla-
nilha específica para carga de dados no
Após essa primeira etapa de cadastramento, CNARH diretamente na nova interface do
a ANA e as entidades gestoras estaduais que CNARH disponível na web 26.
utilizam o CNARH analisam a disponibilidade
de água nas bacias, considerando seu po- Dessa forma, espera-se que em breve o
tencial hídrico e os diversos usos da água e CNARH possua uma base de dados mais
sua distribuição na bacia hidrográfica. Essas abrangente, com informações de usuários de
informações servem como base para análise água tanto de rios de domínio da União quan-
e emissão das outorgas de direito de uso de to de rios de domínio dos estados e do Dis-
recursos hídricos. trito Federal, conforme preconiza a Resolução
CNRH nº 126, de 2011. A Figura 32 ilustra uma
Como o Brasil tem dimensões continentais e das telas da interface web do CNARH para
a necessidade de cadastramento dos usuários o cadastro auto-declaratório pelo usuário de
ainda é um processo recente em muitas bacias recursos hídricos enquanto que a Figura 33
hidrográficas, a implementação do CNARH ilustra a tela para cadastro na interface web
tem sido realizada de forma progressiva. As- do CNARH para preenchimento de dados de
sim, bacias hidrográficas com alto potencial usuários de recursos hídricos pelo órgão ges-
de conflitos pelo uso da água ou com conflitos tor de recursos hídricos.
já instalados têm sido priorizadas. A ANA tem
promovido campanhas de cadastramento dos
usuários com o objetivo de conhecer a deman-
da de água nessas bacias críticas de forma a
auxiliar a gestão, bem como minimizar ou diri-
mir os conflitos existentes.
26 Os dados mínimos exigidos no processo de disponibilização

25 Resolução ANA nº 317/2003, que instituiu o CNARH. são definidos pela Resolução CNRH nº 126, de 2011.
66
Figura 32 – Tela do Formulário do CNARH disponível para usuários de recursos

hídricos
Figura 33 – Tela do Formulário do CNARH para preenchimento de dados de usuários de recursos hídricos pelo
órgão gestor de recursos hídricos
VEJA MAIS: Acesse http://cnarh.ana.gov.br para conhecer melhor o Sistema CNARH.
67
Sistema Digital de Cobrança (DIGICOB)
O Sistema Digital de Cobrança (DIGICOB) é um Atualmente, o DIGICOB é utilizado pelos ór-

sistema cuja finalidade é operacionalizar, geren- gãos gestores de recursos hídricos dos esta-
ciar e arrecadar os recursos oriundos da Cobran- dos de Minas Gerais e Rio de Janeiro.
ça pelo uso dos recursos hídricos. O sistema
permite a realização de simulações de cobrança, O DIGICOB identifica a bacia hidrográfica do
contribuindo com o processo de discussão sobre empreendimento, busca as variáveis relativas
a implementação da cobrança pelo uso dos recur- ao uso de água no CNARH, aplica a metodo-
sos hídricos nas bacias hidrográficas. logia de cobrança correspondente à bacia e
gera os valores de cobrança pelo uso de re-
O DIGICOB tem como característica principal cursos hídricos. Após o cálculo de valores e
a sua interconexão ao CNARH, que disponibi- geração da “ficha de cobrança”, sob coman-
liza ao DIGICOB os dados necessários para do do gestor, o DIGICOB encaminha eletroni-
o cálculo da cobrança pelo uso de recursos camente a ficha de cobrança para o Módulo
hídricos dos diversos usuários de recursos hí- de Arrecadação, para a emissão e envio das
dricos no País. Desenvolvido como um siste- Guias de Recolhimento Único (GRU) aos res-
ma WEB, objetiva a facilidade de acesso dos pectivos usuários.
usuários gestores de cobrança, de forma ple-
namente integrada aos sistemas de Cadastro, As Figuras 34 e 35 ilustram telas do Sistema
Outorga e Fiscalização da ANA. Digicob.
Figura 34 – Tela do Sistema Digicob
68
Figura 35 – Tela do Sistema Digicob com os dados da Cobrança da transposição do Rio São Francisco para as
bacias do Nordeste Setentrional
VEJA MAIS: Para saber mais sobre o instrumento Cobrança pelo uso dos recursos hídricos,
consultar o Volume 7 desta série de Cadernos.
Sistema de Suporte a Decisão para Outorga (SDO) Na análise para a emissão de outorgas devem
ser considerados também a classe de enqua-
dramento do corpo d’água e as prioridades de
A outorga é o instrumento da política de re-
uso definidas nos planos de recursos hídricos.
cursos hídricos que tem o objetivo de asse-
gurar o controle quantitativo e qualitativo dos
Nesse contexto, os sistemas de suporte à de-
usos da água e garantir ao usuário outorgado
cisão podem se constituir em importantes fer-
o direito de acesso a este bem, uma vez que
ramentas para auxiliar no processo de análise
regulariza o seu uso em uma bacia hidrográfi- e emissão de outorgas.
ca. Não é um instrumento de fácil implantação
e administração, uma vez que sua análise
Existem diversos modelos de sistemas de su-
passa, por um lado, pelo conhecimento da porte à decisão para análises de outorga, va-
disponibilidade hídrica – diretamente ligada riando de estado para estado, por tipo de uso
a fenômenos naturais, com comportamentos (captação, consumo ou lançamento) e outros.
aleatórios – e por outro lado, no conhecimento O modelo que apresentaremos é aquele utiliza-
e gestão das demandas, em geral crescentes, do pela ANA nas análises de suas outorgas em
por recursos hídricos. algumas bacias de rios de domínio da União.
69
Na ANA, a verificação da existência de dis- código do trecho em que se encontra a deman-

ponibilidade hídrica no local de uso solicitado da. Então o sistema lê os valores de disponi-
consiste basicamente de três etapas (COLLIS- bilidade hídrica e de demandas acumuladas
CHONN & LOPES, 2009): correspondentes. Simultaneamente, já são
calculados os indicadores de comprometimen-
• determinação da disponibilidade hídrica, to da disponibilidade hídrica individual e cole-
através de extrapolação de dados de uma es- tivo, e o mês mais crítico do ponto de vista de
tação fluviométrica próxima, regionalização balanço hídrico é identificado (COLLISCHONN
de vazões, vazão regularizada por reservató- & LOPES, 2009).
rio ou modelos chuva-vazão;
Estes indicadores são importantes pois de-
• identificação de todas as demandas monstram o grau de comprometimento do cor-
existentes na bacia a montante do ponto de po hídrico, embasando a decisão de emitir ou
demanda, podendo ser os usuários outor- não a outorga. Além disso, o grau de compro-
gados (federais e estaduais) ou usos iden- metimento determina se o pedido de outorga
tificados em planos e estudos; deve ser levado à Diretoria Colegiada da ANA,
nos casos em que superar 70%, ou se pode
ser aprovada pelo diretor da Área de Regula-
• cálculo de indicadores, determinando
ção27. A Figura 37 ilustra um exemplo de uso
qual a porcentagem da disponibilidade hídrica
do SDO.
local é comprometida individualmente pelo
usuário e qual é o grau de comprometimento
total, considerando todos os usuários. Se os indicadores calculados apresentarem
níveis de comprometimento aceitáveis, a ou-
torga pode ser aceita. Neste caso, deve-se
Convencionalmente, a análise de disponi-
incluir este usuário, e o sistema soma a va-
bilidade hídrica é feita de forma individual,
zão requerida nas demandas a montante de
de acordo com a frequência de entrada de
todos os trechos situados a jusante deste. O
pedidos de outorga, de forma que cada pedido
balanço hídrico é então atualizado, de forma
resulta praticamente em um novo estudo de
que futuras análises já levarão em conta a de-
disponibilidade e demanda. Por exemplo, a
manda inserida. O sistema também apresenta
identificação de todos os usuários a montante
a opção de geração de relatórios, produzindo
de um determinado trecho de rio requer uma
arquivos contendo um resumo do balanço hí-
série de procedimentos de geoprocessamento
drico e dos indicadores.
repetitivos, tornando o processo de análise in-
dividual pouco ágil. Paralelamente, há um alto
potencial de sistematização deste processo
O sistema vem sendo utilizado desde o início de
devido à possibilidade de padronização e pro-
2008, tendo agilizado significativamente a análi-
gramação dessas análises (COLLISCHONN &
se de pedidos de outorga na ANA. Suas maiores
LOPES, 2009).
vantagens são a facilidade de uso e a interface
relativamente amigável. Embora a manutenção
Com base nesta possibilidade, foi desenvol-
e atualização periódica das matrizes de balanço
vido na ANA um sistema de apoio à decisão
hídrico requeiram algum acompanhamento da
para análise de outorga – o SDO. A Figura 36
equipe de desenvolvimento, o uso do Sistema no
ilustra a tela inicial do Sistema.
dia-a-dia dispensa a necessidade de operações
No sistema, o usuário entra com as vazões

captadas e o regime de captação (número de 27 Resolução ANA nº 542/2004 – Delega competência para
horas por dia e dias por mês), bem como o o deferimento de outorga preventiva e de direito de uso de
recursos hídricos, e dá outras providências.
70
Figura 36 – Tela inicial do Sistema de Suporte a Decisão para Outorga
Figura 37 – Exemplo de uso do sistema para análise de outorga de captações
71
de geoprocessamento e conhecimentos mais ferramentas técnicas com o objetivo de auxi-

aprofundados de hidrologia. liar os gestores de águas subterrâneas na to-
mada de decisão, especialmente, em relação
às análises dos pleitos de autorização para
Sistema de Águas Subterrâneas (SAS) perfuração de poços e de outorga de direito
de uso de águas subterrâneas nos estados
A partir da instituição da Política Nacional de (GONÇALVES et al., 2012).
Recursos Hídricos, a qual estabeleceu um
novo modelo para a gestão das águas, os es-
A partir do módulo de Inteligência Hídrica é
tados brasileiros se mobilizaram na tentativa
possível realizar: pesquisa de proximidade en-
de criar seus próprios regulamentos e imple-
tre poços, cálculo do raio de influência do cone
mentar os seus sistemas de gerenciamento
de rebaixamento, balanço hídrico simplificado,
de recursos hídricos superficiais e/ou subter-
delimitação de perímetro de proteção de po-
râneos. Com essa iniciativa, os órgãos gesto-
ços, análise de interação rio-aquífero e aná-
res estaduais bem como diversas instituições
lise de fluxo para poços em meio homogêneo
ligadas ao Singreh foram estimulados a pro-
duzirem muitas informações técnicas com a (GONÇALVES et al., 2012).
finalidade de dar suporte ao planejamento e à
gestão das águas. Entretanto, particularmen- Convém destacar que está previsto o intercâm-
te em relação a dados sobre águas subterrâ- bio de informações entre o Snirh e o Siagas, da
neas, poucos estados atualmente possuem CPRM, uma vez que boa parte dos campos do
mecanismos para sistematizar, armazenar, Submódulo Cadastro de Poços do SAS corres-
recuperar e difundir esses dados, o que dificul- ponde àqueles presentes no SIAGAS. Ambos
ta a organização e produção de informações os módulos interoperam com o subsistema do
para auxílio na definição de estratégias para Snirh denominado de Inteligência Geográfica
implementação dos instrumentos técnicos e – IG, que permite prover dados e informações
legais de suas respectivas políticas de recur- geoespaciais de suporte à gestão, tendo uma
sos hídricos (GONÇALVES et al., 2012). função integradora também entre os demais
subsistemas (GONÇALVES et al., 2012).
Nesse sentido, a ANA deu início ao desenvol-
vimento do Sistema de Águas Subterrâneas O SAS dispõe de ferramentas para visualiza-
(SAS), componente integrante do Snirh. O ção e consulta de informações em ambiente
SAS é um sistema que pode ser operado via web, permitindo executar operações básicas
web, e consiste basicamente de dois módulos:
de um SIG, e de uma base integrada de da-
o primeiro se refere a um banco de dados so-
dos geoespaciais com informações vetoriais e
bre poços e informações relacionadas à licen-
matriciais relacionadas ao tema águas subter-
ça de perfuração e outorga de direito de uso de
râneas (GONÇALVES et al., 2012).
recursos hídricos com o objetivo de proporcio-
nar um conjunto de funcionalidades com vis-
tas a dar agilidade ao armazenamento dessas Apesar de não ser competência da União a re-
informações. A parte voltada a informações gulação de águas subterrâneas28, essa inicia-
derivadas dos procedimentos administrativos tiva da ANA tem como objetivo fortalecer a im-
e técnicos relativos à licença de perfuração e à plementação da gestão integrada de recursos
outorga dos poços cadastrados permitirão um hídricos superficiais e subterrâneos no Brasil
melhor controle do acompanhamento e emis- (GONÇALVES et al., 2012).
são desses instrumentos.
28 De acordo com a Constituição Brasileira (Artigo 26,

O segundo módulo, denominado de Inteli- incico I), as águas subterrâneas são de domínio dos
gência Hídrica – IH, oferece uma gama de estados ou do Distrito Federal.
72
4.5 Sistemas para planejamento e gestão O Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídri-
cos no Brasil vem sendo apresentado por meio
de recursos hídricos (Subsistema PLANN e
de dois documentos: o Relatório de Conjuntu-
Conjuntura)
ra, com periodicidade quadrienal, e os Relató-
rios de Conjuntura – Informes, de periodicida-
Além dos sistemas que suportam os proces-
de anual. O Relatório de Conjuntura apresenta
sos de gestão de recursos hídricos descritos
o estado da arte e o balanço dos últimos quatro
nos itens anteriores, o Snirh também disponi-
anos. Foi concebido para ser importante apoio
biliza um conjunto de informações sobre re-
para a avaliação do grau de implementação do
cursos hídricos. Essas informações permitem
Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH)
visualizar um panorama dos recursos hídri-
e da Política Nacional de Recursos Hídricos,
cos e da sua gestão, em escala nacional. O
bem como orientar as revisões e atualizações
acompanhamento dessas informações é uma
do referido Plano. Os Relatórios de Conjuntu-
maneira eficiente de monitoramento da situa-
ra – Informes buscam atualizar as informações
ção dos recursos hídricos, do ponto de vista
do Relatório de Conjuntura no intervalo entre
da quantidade e da qualidade da água, além
suas edições. Mais compactos, têm como ob-
de avaliar a evolução da estrutura institucional
jetivo avaliar, essencialmente, as modificações
para gestão desses recursos. Tal conhecimen-
relativas ao ano precedente, no que diz res-
to possui caráter estratégico, pois subsidia a
peito à ocorrência de eventos hidrológicos ex-
identificação de carências e diretrizes para a
tremos, às condições de qualidade das águas
definição de ações futuras.
superficiais e aos demais fatos relevantes em
relação aos usos dos recursos hídricos, além
Dentro da estrutura formal do Snirh, o subsis-
da evolução da gestão. Ao fornecer uma visão
tema de planejamento consiste no módulo de
atualizada, os Informes têm, adicionalmente, a
divulgação dessas informações, em escala na-
função de subsidiar a elaboração do Relatório
cional. A sua estrutura tem como principal re-
de Conjuntura.
ferência a concepção adotada no Relatório de
Conjuntura dos Recursos Hídricos, elaborado
A Figura 38 mostra a relação entre o Relatório
e publicado anualmente pela Agência Nacional
de Conjuntura e seus Informes.
de Águas. A forma operacional de publicação
das informações do subsistema de planeja-
mento se dá através do portal Snirh, que está Tais relatórios tornaram-se uma referência para
em constante atualização pela ANA. o acompanhamento sistemático e periódico da
condição dos recursos hídricos e de sua ges-
tão, bem como para a identificação dos resulta-
Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil dos da implementação da Política Nacional de
Recursos Hídricos no Brasil. Ressalta-se ainda
O Conselho Nacional de Recursos Hídricos, por a apropriação das informações trazidas pelo
meio da Resolução nº 58/2006, atribuiu à ANA a Relatório de Conjuntura em diversas ações go-
responsabilidade pela elaboração do Relatório vernamentais, como a contextualização de pro-
de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil, gramas que compõem o Programa Plurianual
de forma sistemática e periódica. Nesse con- (PPA), a elaboração do Relatório de Qualidade
texto, a ANA, por atribuição estabelecida na re- do Meio Ambiente (RQMA) e o desenvolvimen-
ferida Resolução, começou a elaborar os Rela- to do Painel Nacional de Indicadores Ambien-
tórios de Conjuntura dos Recursos Hídricos no tais e de Desenvolvimento Sustentável, no âm-
Brasil, com periodicidade anual e cuja primeira bito do Sistema Nacional de Informação sobre
versão foi publicada em 2009. Meio Ambiente (Sinima).
73
Figura 38 – Dinâmica de elaboração dos relatórios Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil
Os dados utilizados na elaboração do Conjun- • Situação dos recursos hídricos:

tura, com diferentes formatos e períodos de caracteriza, fundamentalmente, o estado
atualização, são coletados na ANA, nos ór- geral dos recursos hídricos sob o ponto de
gãos gestores estaduais de recursos hídricos vista quali-quantitativo, abrangendo a ocor-
e meio ambiente e junto a agentes federais que rência dos eventos hidrológicos, principal-
detêm informações sobre os temas aqui abor- mente precipitação, e seus rebatimentos
dados, como o Inmet, a SRHU e a Secretaria nas vazões observadas e em eventos crí-
de Biodiversidade e Florestas (SBF) do MMA, ticos (secas e enchentes); a situação dos
o DNOCS, a Secretaria Nacional de Irrigação setores usuários da água; o balanço entre
(Senir) do Ministério da Integração Nacional oferta de água e as demandas; e a situação
(MI), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e da qualidade das águas superficiais.
dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama),
Fundação Nacional do Índio (Funai), entre • Situação da gestão dos recursos
outros. O estabelecimento de uma estrutura hídricos: caracteriza o estado da gestão
complexa de apropriação da informação, por dos recursos hídricos em escala nacional,
meio da articulação de uma “rede de conexões com foco nas principais alterações legais
entre iguais”, aperfeiçoada a cada ano, consti- verificadas no período; na organização
tui importante conquista do Singreh e permite institucional do Singreh; na implementa-
a construção de uma visão do sistema como ção dos instrumentos de gerenciamento de
um todo, consolidando o Relatório de Conjun- recursos hídricos; nos comitês e agências
tura como referência para o acompanhamento de água; e nos recursos financeiros prove-
sistemático e periódico da condição dos recur- nientes da cobrança pelo uso da água.
sos hídricos e de sua gestão.
A Figura 39 detalha a estrutura adotada no Re-

Assim sendo, o Relatório de Conjuntura está latório de Conjuntura 2013.
estruturado segundo dois grandes grupos, a
saber:
74
Figura 39 – Estrutura de temas do Relatório de Conjuntura – 2013
Importante destacar que a base de dados do Portal do SNIRH

Conjuntura contempla as informações geradas
nos diversos estudos de planejamento, como
Conforme já mencionado, para acesso às in-
por exemplo as informações de abastecimento
formações do Snirh, no âmbito do subsistema
produzidas no âmbito do Atlas Brasil, e àque-
de planejamento e gestão, foi construído um
las geradas nos planos de recursos hídricos.
O Subsistema de Planejamento e Gestão do Portal na internet, onde estão disponíveis di-
Snirh possui então como principal referência versas informações sobre recursos hídricos.
as informações consolidadas e atualizadas O Portal é composto por um conjunto de ma-
nessa base do Conjuntura, sendo a sua forma pas interativos relacionados com a temática
de disponibilização das informações através de recursos hídricos. A seguir são exempli-
de um portal com mapas interativos, descrito ficados alguns dos mapas que compõem o
a seguir. portal atual.
75
DIVISÃO HIDROGRÁFICA E HIDROGRAFIA
Figura 40 – Divisão de Regiões Hidrográficas
Figura 41 – Divisão Hidrográfica segundo a Metodologia de Ottocodificação
76
Figura 42 – Espelhos d’água do Brasil
Figura 43 – Principais rios do Brasil
77
DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUPERFICIAL
Figura 44 – Disponibilidade hídrica superficial
QUALIDADE DAS ÁGUAS
Figura 45 – Indicadores de Qualidade de Água
78
BALANÇO HÍDRICO
Figura 46 – Balanço hídrico quantitativo
COMITÊS DE BACIA
Figura 47 – Comitês de Bacia Hidrográfica
79
OUTORGAS DE USO DA ÁGUA
Figura 48 – Outorgas do direito de uso dos recursos hídricos federais
Para todos os subtemas estão previstos ma- seguindo as recomendações do Perfil de Me-
pas interativos e acesso aos seus respectivos tadados Geoespaciais do Brasil, homologado
metadados, com a possibilidade também de pela Comissão Nacional de Cartografia e parte
links a outros subsistemas do Snirh. Também integrante da Infraestrutura Nacional de Dados
prevê-se a possibilidade de download aos ar- Espaciais (Inde). No Portal é possível encon-
quivos de todas as publicações do Relatório
trar amplas informações sobre dados georre-
de Conjuntura.
ferenciados, tais como: localização, coordena-
das, escala, finalidade, etc. O Portal também
VEJA MAIS: O endereço do Portal do Snirh permite acesso a dados em formato vetorial
é http://www.snirh.gov.br. e matricial. Exclusivamente para os dados
produzidos pela Agência Nacional de Águas
é possível baixá-los diretamente pelo Portal.
Portal de Metadados da ANA
Para os demais, há o direcionamento para a
página na internet de origem da informação.
O Portal de Metadados Geoespaciais da ANA
integra a estrutura do Snirh e foi criado para
Atualmente o Portal dispõe de metadados
organizar informações detalhadas alusivas a
dados geoespaciais produzidos e utilizados cadastrados para aproximadamente 170 da-
pela Agência visando ao registro padronizado dos produzidos ou utilizados pelos sistemas
e permanente, e a disseminação e acessibili- da ANA, organizados segundo as categorias
dade destes dados por meio da internet. temáticas do Snirh, como Balanço Hídrico,
Quantidade, Qualidade e Usos da Água. Den-
O Portal foi construído a partir da customiza- tre esses, 70 compõem o módulo de Inteligên-
ção do aplicativo de código livre “Geonetwork”, cia Geográfica (IG) do Snirh.
80
O Portal de Metadados Geoespaciais apresen- • Apoiar os processos de tomada de

ta uma média de 300 acessos diários, e pos- decisão;
sui uma estrutura robusta para download dos
dados pelos usuários da informação geoespa- • Promover abordagens multidisciplina-
cial. Os dados mais acessados correspondem res para um desenvolvimento sustentável;
aos Mapas Temáticos de Domínio dos Corpos
Hídricos Superficiais, Mosaicos de Imagens de
• Reforçar a compreensão de benefícios
Satélite das Unidades da Federação, base de
da informação geográfica.
espelhos d’água e base hidrográfica ottocodi-
ficada do Brasil.
O projeto “GeoNetwork opensource” permite de
uma maneira fácil compartilhar informações temá-
Os objetivos do GeoNetwork são:
ticas georreferenciadas entre várias organizações
que constituem instituições vinculadas à Inde,
• Melhorar o uso integrado, assim como o como é o caso da ANA. A Figura 49 apresenta a
acesso aos dados e às informações espaciais; estrutura do Portal de metadados da ANA.
Figura 49 – Tela inicial do Portal de Metadados da ANA
VEJA MAIS: O endereço do Portal de Metadados Geoespaciais da ANA é http://www.ana.gov.

br/metadados.
81
Laboratório de análises de água da ETA Itamaraty, Águas Vermelhas/MG.

Autor: Eraldo Peres / Banco de Imagens ANA.
82

ModuloIII Sistemas de Informacion de Aguas en Portugues

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ModuloIII Sistemas de Informacion de Aguas en Portugues

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4

Estação hidrometeorológica da sede da ANA, Brasília/DF

Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997 e diretrizes da PNRH, organizar, implantar e

O Snirh é um dos instrumentos de gestão pre-

Resolução CNRH nº 13, de 25 de setembro de 2000

17 Artigo 5º, inciso V da Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997.

• ao sistema de informações sobre ge- Em síntese, a estrutura de um Sistema Nacio-

• banco de dados contendo séries his-

• módulos para o funcionamento de mo-

Do ponto de vista da concepção e estruturação

PADRA QUALT INTEL

Figura 14 – Esquema da estrutura do Snirh

computacionais que executam as funções permitir o acompanhamento sistemático da

das características qualitativas e quantita- • Inteligência Geográfica (IG) – tem

• Inteligência Documental (ID) – visa à

Subsistema de Estações de trabalho

Figura 15 – Esquema ilustrativo da visão sistêmica adotada na concepção do Snirh

• Recursos humanos e organizacionais • Permitir o gerenciamento de uma

A ANA é a entidade responsável pelo monitora- conveniadas ou contratadas. A ANA recebe e

Divisão Hidrográfica Nacional

Figura 16 – Estações fluviométricas da Rede Nacional em opera-

Divisão Hidrográfica Nacional

Figura 17 - Estações pluviométricas da Rede Nacional em opera-

Estações de qualidade da água

Divisão Hidrográfica Nacional

Figura 18 – Estações de qualidade da água da Rede Nacional em

Figura 19 – Estações sedimentométricas da Rede Nacional em

ESTAÇÃO DE MONITORAMENTO CONVENCIONAL

Figura 20 – Estação pluviométrica convencional

Figura 21 – Estação telemétrica

Quanto à rede de monitoramento da qualidade Oxigênio (DBO), coliformes fecais, sólidos

23 Resolução ANA, nº 903, de 22 de julho de 2013.

A REDE NACIONAL DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS (RNQA)

A RNQA tem como objetivos:

• Permitir a análise da tendência de evolução da qualidade das águas superficiais no País;

• Identificar áreas críticas com relação à poluição hídrica;

• Aferir a efetividade da gestão sobre as ações de recuperação da qualidade da água;

• Apoiar as ações de planejamento, outorga e fiscalização.

Vertedor para medição de vazão de tomada d’água, Salgueiro/PE

Figura 22 – Tela do Sistema Hidroweb

Figura 23 – Tela do Sistema Hidroweb

Sistema de Monitoramento Hidrológico em Tempo potencial energético e permite a realização de

Figura 24 – Tela do Sistema Telemetria

Figura 25 – Tela do Sistema Telemetria

Figura 26 – Tela inicial do SAR

Figura 27 – Tela resultado de consulta do SAR

VEJA MAIS: Para acessar as informações do SAR, visite http://sar.ana.gov.br/.

Sistemas para Análise de Dados Hidrológicos

Figura 29 – Teste de Continuidade de Vazões Médias Mensais

Figura 30 – Curva de Permanência de Cotas

O CNARH foi desenvolvido pela ANA em par-

26 Os dados mínimos exigidos no processo de disponibilização

Figura 32 – Tela do Formulário do CNARH disponível para usuários de recursos

VEJA MAIS: Acesse http://cnarh.ana.gov.br para conhecer melhor o Sistema CNARH.

Sistema Digital de Cobrança (DIGICOB)

O Sistema Digital de Cobrança (DIGICOB) é um Atualmente, o DIGICOB é utilizado pelos ór-

Figura 34 – Tela do Sistema Digicob

Na ANA, a verificação da existência de dis- código do trecho em que se encontra a deman-

No sistema, o usuário entra com as vazões

Figura 36 – Tela inicial do Sistema de Suporte a Decisão para Outorga

Figura 37 – Exemplo de uso do sistema para análise de outorga de captações

de geoprocessamento e conhecimentos mais ferramentas técnicas com o objetivo de auxi-

28 De acordo com a Constituição Brasileira (Artigo 26,