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Existe Uma Aceleração Da História
Existe Uma Aceleração Da História
Como primeiro resultado preliminar, podemos entao dizer que exis= tem, sim, aceleragées, nao da histéria, mas apenas na histéria, depen do do estrato de experiéncia considerado, seja ele determinado primeira-_ mente pela politica, pela técnica ou pela economia. A “prépria historia” ow a “historia em si” nao parece se qualificar como sujeito de uma agio. com sentido acelerador. Pois essa histéria, por si mesma, contém todas as- medidas de comparacao necessérias para medir se ela se acelera ou retar-_ da. Temos aqui 0 conceito de uma histéria que € abstraida teoricamente_ das historias empfricas e que representa, a0 mesmo tempo, tanto seu su: jeito quanto seu objeto. Esse conceito de uma histéria que contém em si_ a condigao de todas as histérias possiveis s6 foi desenvolvido no século” XVIIL. Ele nao permite estabelecer medidas fora de si mesmo que permi tiriam demonstrar ou até mesmo calcular uma aceleragao “da historia’. Hegel, que deduz as fases da histéria mundial a partir do trabalho do es- | pirito do mundo, reconheceu isso claramente. Mesmo aceitando que a historiografia tenha sofrido uma aceleragao, ele diz: “Em tempos recentes todas as relacdes mudaram. Nossa formacao percebe rapidamente ¢ logo _ transforma todas as ocorréncias em relatos para a imaginacdo”* Mas 0 espirito do mundo, que avanga pelas nagdes e individuos a custa deles,_ que sé progride por desvios e mediagées, “nao s6 tem tempo de sobra”: ele nem se importa com 0 tempo. “No que diz respeito a lentidao do es- ® C£.R, Koselleck, artigo “Krise’ in Otto Brunner et alii (orgs.), Geschichtliche Grund- begriffe, v. 3, Stuttgart, 1972, p. 639ss. 2 G.W.E Hegel, Die Vernunft in der Geschichte, org. J. Hoffmeister, Hamburgo, 1955, Existe uma aceleracao da histéria? pirito do mundo: ele nao precisa se apressar ~ mil anos sao aos seus olhos como um dia; ele tem tempo de sobra, justamente porque se encontra fora do tempo, é eterno.” Além disso, essa lentidao “é aumentada ainda mais por aparentes retrocessos, por periodos de barbarie”” Hegel, que desenvolve e busca compreender a Hist6ria Una [die Eine Geschichte] a partir do espirito do Deus até entao cristao, tem bons moti- vos para apelar aquele versiculo do Salmo 90, que, dependendo da situa~ ao, podia ser citado tanto para a retardagao quanto para a aceleracao: “Pois mil anos sao aos seus olhos como 0 dia de ontem, que passou, € como a vigilia da noite.” Essa parabola ambigua nos remete novamente as precondic6es apocalipticas dos axiomas modernos da aceleragao. 2. A categoria da abreviacdo do tempo entre o apocalipse e o progresso Até agora, chegamos a conhecer a aceleracao como conceito de expe- riéncia da modernidade, com duas variantes que nos ensinaram a com- preendé-la como possibilidade de histérias que se repetem ou como re- sultado de uma inovagio técnico-industrial. Agora, perguntaremos pelos critérios de aceleragao usados antes do limiar de nossa época, para assim, em retrospecto, obtermos novos conhecimentos. Nos textos apocalipticos da tradigao judaico-crista, a abreviagao do tempo desempenha um papel que é ativado com frequéncia. Poderiamos definir a abreviagao do tempo como conceito da experiéncia religiosa, mas ela extrai seu sentido da expectativa. Na expectativa crista, a abrevia- ¢a0 do tempo € uma graca concedida por Deus, que nao quer que os seus sofram por muito tempo antes do fim do mundo (Mc 13,205 Mt 24,22). fim deve vir antes da sua hora inevitavel. A medida para essa abrevia~ ao 6a propria suspensdo do tempo estipulado para o futuro.’ : Quanto mais Cristo atrasava seu retorno, outra variante da expectati- va comegava a suscitar a pergunta: quanto tempo mais? A razao dessa expectativa era o desejo concreto dos fiéis de verem o tempo ser abre- 2 G.W.E Hegel, Binleitung in die Geschichte der Philosophie, org. J. Hoffmeister, Ham- burgo, 1959, p. 62 e 64.Reinhart Koselleck - Estratos do tempo viado para que pudessem compartilhar a salvagao quanto antes. 3,18 ofereceu a resposta (extraida do Salmo 90), afirmando que, p Senhor, um dia é como mil anos; e mil anos, como um dia. Essa afi ¢ao pretendia oferecer consolo diante de expectativas demasiadamé empiricas — ou seja, remeter a misericérdia de Deus, que, antes do no de Cristo, queria que sua mensagem alcangasse todos os habitantes Terra, para assim completar 0 numero dos eleitos. A retardacao do tornou-se um indicio da misericérdia de Deus, assim como ja o hay sido a anunciada abreviagao do tempo para encurtar o sofrimento eleitos. Nao havia contradi¢ao nisso, contanto que a transposi¢ao pai da expectativa para a certeza da fé pudesse ser parafraseada por ambas variantes. O aspecto decisivo para a nossa investigacao é que o ponto da abreviacao ou retardagao do tempo se encontrava fora do tempo. Al bas as afirmag®es extraiam sua evidéncia apenas da eternidade de De cujo retorno para o nosso mundo criaria um novo mundo. No ambito interpretagao do apocalipse, vemo-nos assim diante de duas determina- 6es relacionais do tempo. Ambas permitiam interpretar eventos hist6ri- Cos, mas sua estrutura interpretativa ndo podia ser deduzida primaria mente das estruturas temporais dos préprios eventos. [irata se, portanto, nao de uma abreviagao histérica dos decursos temporais, mas de uma abreviacao do tempo da histéria, de um fim do mundo antecipada, | Por fim, uma terceira variante é representada pela interpretacao qui- | lidstica do estado intermediério entre expectativa e chegada do fim. Esta também se fundamentava na passage registrada por Sao Pedro e, prin=_ cipalmente, no Apocalipse de Sao Jodo. Os mil anos, que para Deus equi- valem a um dia, sao intercalados como periodo bem-aventurado, duran- te o qual se aguarda 0 ultimo retorno de Cristo. Essa doutrina do estado _ intermediério, durante 0 qual a abreviagao ¢ a retardagao dos prazos de vencimento sao, de certa forma, suspensos, também se nutre de um télos extra-hist6rico. Sempre que as imagens apocalipticas eram aplicadas a ocorréncias empiricas, logo surgiam os problemas institucionais referen- tes a quem teria a autoridade de determinar a exegese correta. A heresia sempre estava a espreita, por tras de cada verificagao empirica da inter- pretacio apocaliptica, por mais que esta também influenciasse impul- Existe uma aceleracao da histéria? Enquanto a doutrina do reino milenar representava um tabu para os Padres da Igreja, principalmente para Agostinho, as determinagdes da abreviagao e da retardagao temporal mantiveram-se como momentos inerentes a expectativa crista. Lutero — que frequentemente formulou expectativas apocalipticas em suas conversas 4 mesa, mas nado em seus escritos teolégicos — é um bom exemplo disso: ora pede 0 adiamento do fim do mundo, ora ja vé o Juizo Final as portas e anseia por ele. Por vezes, os dois argumentos da retardagao se confundem. Um critério da determinagao temporal extra-histrica das previsdes apocalipticas é sua repetibilidade. Uma profecia ou uma expectativa apo- caliptica nao cumprida pode ser repetida infinitamente. Mais ainda; a probabilidade de o previsto ou esperado ainda vir a acontecer aumenta com cada expectativa frustrada. Pois 0 equivoco referente a hora € justa- mente a prova de sua realizacao segura no futuro. Dessa forma, os limites temporais da formula de abreviacao sao determinados meta-historica- mente. Eram intercambiveis os dados empiricos usados para verificar que os eventos acelerados também anunciavam os tltimos tempos. Con- tanto que se recorresse a esses textos, isso se aplica até Lutero e o século XVII, para entdo, no decorrer da modernidade, se limitar a circulos cada vez menores, que ja nao se estendiam mais ao ambito de decisdes politicas. Partindo dessa posicdo, verificamos constatagdes, cada vez mais fre- quentes a partir do século XVI, de que o tempo estaria se abreviando, mas jd sem referéncias ao apocalipse. A afirmagao de espacos temporais que se abreviam permanece integrada a um horizonte de expectativas (ou seja, no futuro ocorrerao progressos em ritmo cada vez mais acelerado), mas a afirmacao é enriquecida-por novos repertérios de-experiéncia que ja nao sio mais interpretados no sentido cristo. O nucleo experiencial, que serviu como ponto de partida, era constituido pelas descobertas e inven- Ges da ciéncia natural em ascensio. Como tendéncia geral do periodo: do século XVI ao século XIX, podemos constatar: as esperangas e expectati- vas, inicialmente estimuladas pelo cristianismo e enriquecidas por uto- pias que se seguiram as invencGes e descobertas, foram cada vez mais ul- trapassadas por maximas de experiéncia da ciéncia natural. A abreviacao temporal, que, vindo de fora, impusera um fim precoceReinhart Koselleck - Estratos do tempo veis da experiéncia, registrada na propria hist6ria. A novidade é q agora, jd nao € o fim que aproxima com mais rapidez; s4o os progr atuais que, comparados com o lento progresso dos séculos passados, pi sam a ser cada vez mais rapidos. O télos de dominar a natureza e de o: nizar a sociedade de modo mais justo se transformara em uma deter na¢do temporal fluida, e cada intengao antecipadora podia ser facilm interpretada como progresso retardado. Portanto, nao se trata de mera secularizagao. Por mais que as exp tivas apocalipticas (na forma de esperancas milenares) tenham influfd no novo conceito de aceleragao, o nticleo de experiéncia, ao qual as no expectativas apelavam, nao podia mais ser deduzido do apocalipse. Mas a influéncia da tradico apocaliptica continua. Ela emerge, co’ mediagdes miiltiplas, sempre que o objetivo da histéria precisa ser deft nido — objetivo este que precisa ser alcancado de forma cada vez mais ré: pida pelo ser humano. Isso se torna evidente no século XVIII, quando a categoria da aceleracao se estendeu do crescente dominio da natureza & sociedade, ao desenvolvimento moral e a historia como um todo. Pode- mos até mesmo dizer que a histéria s6 pode ser exposta como um modo de ser do homem quando passou a ser interpretada como Progressiva ¢ acelerada. ‘No fim do século XVIII, principalmente durante a Revolucao France: sa, aumentam as vozes que sujeitam toda a histéria a uma perspectiva da aceleracao crescente. A pergunta se a sequéncia de periodos cada vez mais curtos pode ser determinada objetivamente ou se ela se deve apenas a q uma percepcao subjetiva aparece na maioria dos autores, explicita ou implicitamente. Lessing, ainda muito distanciado, atesta ao quiliasta ilu- minado que ele mesmo deseja precipitar 0 futuro de forma acelerada. Assim verbaliza-se a vinculagao do decurso histérico real as esperangas, aos planos e aos atos dos seres humanos, que Kant entao procura funda- mentar com tanto empenho e tanta sutileza. Por meio dos eventos da Revolugao Francesa, especialmente por meio da reacao das pessoas a esses eventos, Kant acredita poder comprovar empiricamente a obrigacao mo- ral de buscar e provocar o progresso, aumentando assim a esperanca de criar, em periodos cada vez mais curtos, uma reptblica justa e uma or- Existe uma aceleracao da hist6ria? Ele nunca foi tao longe quanto Condorcet, que acreditava firmemente que seria possivel prever, orientar e acelerar os progressos da humanidade sim que o fio da meada correto fosse encontrado na histéria de todos os progressos””” Mas em ambos os teoremas a obrigacao, a desejabili- dade ow a constatagao de um progresso acelerado sao vinculadas ao pré- prio ser humano agente, por mais que evoquem garantias histérico-filo- séficas, fazendo analogia com um plano natural (Kant) ou com leis gerais (Condorcet). Talvez a experiéncia da série de éxitos obtidos pelas ciéncias naturais e da tecnificacao emergente tenha inspirado essa autoconfianga em Con- dorcet. Em todo caso, 0 conceito de aceleracao, impregnado da historia da filosofia a partir do século XVIII, s6 podia ser usado de forma sensata quando era possivel identificar um objetivo que precisava ser alcangado de forma acelerada, Temos aqui a analogia com a determinagao da meta extratemporal, j4 presente nos textos apocalipticos. Na Festa da Constituigao de 1793, Robespierre invocou a feli a liberdade como destino do homem; agora, na Revolucao, todos os cida- daos eram obrigados a realiz-las de forma acelerada. No mesmo ano, Condorcet formulou aquela “loi révolutionnaire”, cuja meta seria susten- tar, dirigir e acelerar a revolugao.” Duas décadas e meia mais tarde, Joseph Gorres deduz de modo es- peculativ que “o grande curso mundial da hist6ria [...] se acelera uni- formemente” e “a abreviacgao dos periodos, na medida em que se aproxi- mam do presente, ¢ inconfundivel”." Essa incorporagao das expectativas apocalipticas a interpretagao da hist6ria i impregna também a escola fran- cesa dos positivistas. Os homens devem realizar agora aquilo que, no ~apocalipse, é esperado dos designios ocultos de Deus. Recorrendo a Con- » Condorcet, Esquisse d'un tableau historique des progrés de Pesprit humain (1793), trad. alema, org. Wilhelm Alff, Frankfurt am Main, 1963, p. 278s, 43, 371 e 385, e R. Koselleck, Vergangene Zukunft, Frankfurt am Main, 1979, p. 83. © C£,a nota 26 do ensaio a seguir. Para a escala de variantes das sentengas de acelera- ¢40, veja Horst Giinther (org.), Die Franzésische Revolution. Berichte und Deutungen deutscher Schriftsteller und Historiker, Frankfurt am Main, 1985, p. 552, 831, 837 (Wieland), 652 (Forster), 1.054 e 1.070 (Wilhelm Schulz). + Joseph Gérres. Europa und die Revolution (1819), in Wilhelm Schellberg (org.), Ge-Reinhart Koselleck « Estratos do tempo. dorcet, Saint-Simon exige também que os séculos passados sejam orde- nados conforme os progressos sucessivos do espirito humano, “et vo verrez clairement les moyens a employer pour accélérer son perfectionn ment’. Em Saint-Simon e seu aluno Comte, todas as andlises sociais, econémicas ¢ politicas da histéria do mundo, entrelagadas, permani nos limites de aumentos de velocidade observaveis e se submetem a imperativo de impeli-la de modo acelerado. Aqui, como em Schiller, © Juizo Final € integrado a propria histéria. “La Grande Crise finale” seria a Revolugao Francesa, que levaria ao reordenamento pacifico da socie- dade, Sua condi¢ao, no entanto, ¢ a teoria socioldgica. $6 ela seria capaz de realizar “la réorganisation totale, qui peut seule terminer la grande crise moderne’, transformando os conhecimentos do passado em um pla- nejamento providencial do futuro. Apesar de se preservar 0 vocabulério do Juizo Final, a metaférica apocaliptica jé esvanecera. j Qual é 0 trago comum a todos esses testemunhos? Evidentemente, — essa aceleracao, reivindicada e evocada para toda a histria mundial, nao € tanto um conceito de experiéncia controlado, é antes um conceito uté- pico de expectativa. Uma promessa de caréter quase religioso havia manchado o lapso de tempo que devia ser percorrido de forma acelerada. Mas as determina- g6es de objetivo nao ultrapassavam os limites deste mundo e, no século XIX, receberam o renovado impulso dos progressos técnicos. Num ensaio de 1838 do Brockhaus sobre as ferrovias, a organizacao mundial da paz de uma humanidade autodeterminada é definida como postulado de uma _ necessidade moral. O autor prossegue: Desde sempre, a histéria tem orientado 0 seu rumo por esse alvo ver- dadeiramente divino. Com 0 tempestuoso avango das rodas da ferro- via, ela o alcangaré com séculos de antecedéncia.* » Esquisse d'une nouvelle encyclopédie, Oeuvres de Saint-Simon et d’Enfantin, 47 ve, v. 15, Paris, 1865-1878, p. 89, cit. segundo Rolf Peter Fehlbaum, Saint-Simon und die Saint-Simonisten, Basileia e Tubingen, 1970, p. 12. ® Auguste Comte, Cours de philosophie positive, org. Ch. Le Verrier, 2 vs v. 2, Paris, 1949, p. 114 e 157ss. Existe uma aceleracao da histéria? Podemos dizer que aqui nos deparamos com a estrutura temporal formal de uma expectativa apocaliptica. Mas s6 isso. Pois a instancia da experiéncia continuava a ser um instrumento técnico que nao podia sa- tisfazer essa exigéncia escatolégica. Quem quisesse continuar a se ater a determinagées intramundanas de objetivos era forgado a encontrar ou- tros aceleradores. Assim, recorrendo a tradi¢ao apocaliptica e a sua aplicagao no inicio da modernidade, encontramos mais uma resposta. A aceleracao histérica pode ser determinada em dois casos possiveis. Primeiro, pode ser deduzida como abreviagao do tempo das expecta- tivas ligadas as metas: nesse caso, os processos de acelerago sempre si possiveis como postulado e sempre podem ser novamente invocados, malgrado sua concretizacao. Trata-se aqui de um conceito de expectativa que pode ser repetido em qualquer momento. Em termos puramente subjetivos, dele podem ser deduzidas desaceleragoes, retardagoes ou atra- sos — categorias de desejabilidades ou de esperangas frustradas. Em segundo lugar, a aceleracao pode ser deduzida de comparagoes com contextos experienciais do passado, os quais permanecem empirica- mente verificaveis e podem fornecer dados para planejamentos adicio- nais. Nesse caso, trata-se de um conceito puramente experiencial. Finalmente, e com isso termino, existe uma combinagao dessas duas possibilidades, que hoje talvez seja a forma mais frequent estégio técnico-industrial jé alcangado pelos pafses desenvolvidos e que no futuro deverd ser alcangado pelos paises menos desenvolvidos. Disso se segue compulsoriamente que 0 atraso s6 pode ser recuperado por meio de uma aceleragao. Também aqui aparece a simultaneidade do as- sincrénico, que contém um grande potencial de conflitos. Além disso, ‘la consiste no apresenta-se nela um enlagamento de experiéncia e expectativa, cuja diferenga contém o desafio de ser superada de modo acelerado. A expe- riéncia destes é a expectativa daqueles. Condorcet, Comte ou Friedrich List exigiram a aceleragaio dos eventos histéricos principalmente nesse sentido. Em nossos tempos —lembro aqui Khrushchev e Mao Ze-dong -, ela faz parte das atividades cotidianas do planejamento politico, ¢ ja nao conseguimos mais imaginar uma politica e uma economia no con- texto global sem ela. No entanto, nado sabemos por quanto tempo issoReinhart Koselleck « Estratos do tempo sma vez as palavras de Chamisso, que nos ajudou a Ougamos mais daaceleracao: trilhar a trajetoria ge 1837) estive votum solvens em Leipzig para fazer uma No outono Pea g y 1 com 0 espirito do tempo atrelado a ele — nao poderia viagem dete vpecersem tee vistumbrado o desenrolar do futuro a partir das alturas desse vagio trivnfal- Um ano depois Chamisso estava morto. Set re: Max Sydow, 5 partes em 2 v., Berlim, Leipzig, Viena e Stuttgart