Antigamente, o tempo era ocupado com subjetividade, pensando sobre
assuntos relacionados a interioridade humana. A partir da Idade Moderna, o tempo passou a ser ocupado de forma objetiva, uma vez que o emprego começou a ser inerente a vida humana, dando sentido ao indivíduo. Antes do séc. XV, a riqueza e o status quo provinham de relações familiares. Já a partir do séc. XV, com a ascensão da burguesia, consolidação do capitalismo e a contrerreforma com ideias calvinistas, a riqueza passa a ser obtida por meio do emprego, que diferentemente do trabalho, possui jornada, contrato e remuneração. A intensificação do trabalho surge nos modelos de produção fordista e taylorista, cujos objetivos eram trabalhar mais em menos tempos, gerando mais lucros. Apesar desses modelos de produção terem sidos superados, algumas empresas mantêm essa estrutura até hoje, submetendo seus funcionários a condições insalubres de trabalho, principalmente nos países mais pobres, onde trabalha- se mais e a mão-de-obra é barata. Na Modernidade, a sociedade era neurótica e na Contemporaniedade, ela passa a ser depressiva. Isso se deve ao trabalho excessivo que possui como consequência a perda da subjetividade do ser, substintuindo-a pela subjetividade da empresa. Buscando combater esse modelo opressor de trabalho, cria-se o movimento slow, o qual busca desacelerar a vida humana, visando o bem-estar individual e a valorização do tempo singular