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ADUANEIRO - Módulo 2
1 INTRODUÇÃO
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2 PROCESSO DE FORMAÇÃO DO COMÉRCIO
EXTERIOR BRASILEIRO
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Em 1822, sob o clima liberal que se espalhava no ocidente e de forma
particular nas Américas, D. Pedro I proclama a independência do Brasil e
em 1824 outorga a Carta Magna, o que refletiria de forma significativa no
controle da economia brasileira nas décadas que viriam. Devido ao
Tratado Comercial, o Brasil sofreu com o déficit na balança comercial,
encontrou no café e na extração da borracha um meio de impulsionar o
comércio exterior brasileiro.
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A partir da década de 50, no Governo de Juscelino Kubitschek, a
economia brasileira entra em uma nova era. Seguindo o plano de metas,
o Brasil se desenvolve de forma acelerada e consolida seu processo de
industrialização. O Plano de Metas para o período 1956-61 previa a
instalação de novos ramos nos setores industriais, como o de
automóveis, autopeças e insumos industriais, além da produção de
alguns bens de capital.
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editada, em 14 de agosto de 1957, com a Lei de Tarifas Aduaneiras, que
instaura em nosso sistema aduaneiro a tarifa “ad valorem”, que de acordo
com a Nomenclatura Aduaneira de Bruxelas, permite a elevação de
tarifas para proteção das indústrias nascentes.
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3 PRINCIPAIS ÓRGÃOS DO COMÉRCIO EXTERIOR
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Comex Vis
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Câmara de Comércio Exterior (Camex)
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Ministério das Relações Exteriores (MRE)
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Receita Federal do Brasil (RFB)
• Controle Aduaneiro:
A Receita Federal regulamenta tudo o que tenha relação direta ou
indireta com o comércio exterior. Tanto na exportação quanto na
importação, as operações que envolvem pagamento de tributos,
como: PIS, IPI, COFINS, são controlados pela Receita Federal. A Receita
também é responsável pelo acompanhamento de entrada de pessoas
no país e os bens que elas trazem consigo do exterior.
• Combate ao crime:
A RFB auxilia também as investigações que combatem crimes
relacionados as importações e as exportações, funções fiscais e
administração dos tributos federais, como: falsificação de notas
fiscais, sonegação e fraude fiscal, descaminho, tráfico de drogas e
animais, contrabando e pirataria. Logo, é necessário que haja um
trabalho em conjunto entre a Receita, a Polícia Federal, o Ministério
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4 CLASSIFICAÇÃO FISCAL DE MERCADORIAS
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importações e de exportações, as regras que regem os procedimentos
não advieram da elaboração de leis pelo poder legislativo.
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Assim sendo, para que o importador, ou o exportador, ou o fabricante ou
o produtor determinem a correta classificação fiscal de suas mercadorias,
faz se necessário que o mesmo seja conhecedor do Sistema
Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias, conhecido
simplesmente como Sistema Harmonizado (SH), tal como previsto no
Acordo Geral de Tarifas e Comércio (General Agreement on Tariffs and
Trade – GATT), do qual o Brasil é um dos signatários, e encontra-se
vigente desde 1.988. Este sistema já sofreu algumas alterações com
intuito de adequá-lo à evolução do comércio exterior, sendo a mais
recente em 2012.
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ocupada dentro do capítulo ao qual a mercadoria pertence, de acordo
com suas características próprias.
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O Brasil como signatário do GATT acata e aplica as normas do Sistema
Harmonizado – SH. Entretanto, para a identificação da classificação fiscal
será necessário a identificação dos dois últimos dígitos – 7º e 8º – que
representam o Item, e o Subitem, respectivamente dentro da
Nomenclatura Comum do MERCOSUL – NCM.
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A classificação fiscal de mercadorias utilizada no Brasil é a combinação
dos seis dígitos do Sistema Harmonizado – SH e a inclusão de dígitos que
permitem a identificação de mercadorias no território nacional e do
MERCOSUL.
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cujo valor nela se possa exprimir” indica que o tributo pode ser
cobrado em: indexadores, títulos da dívida pública e ação de
pagamento em bens imóveis.
• Tributo não é sanção de ato ilícito: é necessário fazer a distinção
IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO
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esse relacionamento, que precisa ser uniforme, pois no âmbito
internacional a personalidade jurídica dos Estados-membros não deve
ser projetada, e sim a própria Federação, como um todo.
Fato gerador
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marítimas a partir da costa. Logo, saber em qual momento a mercadoria
entrou no país é uma tarefa muito complicada, pois não há ninguém e
nenhuma fiscalização no meio do oceano, na linha das 12 milhas
marítimas, para atestá-lo. Portanto, sem ter certeza se o navio entrou nas
águas territoriais antes da meia-noite ou após da meia-noite, não se
pode definir se a legislação aplicável é a de ontem ou a de hoje.
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refere o inciso XXI do artigo 618 (Nova Redação dada pelo Decreto n°
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4.765/03).
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§ 2º - Para efeito de ocorrência do fato gerador, considerar-se-á entrada
no Território Nacional a mercadoria que constar como tendo sido
importada e cuja falta venha a ser apurada pela autoridade aduaneira.
(Parágrafo único renumerado para § 2º pelo Decreto-Lei nº 2.472, de
01/09/1988)
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Alíquotas
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medida em que estabelecem uma grande diferença de preço entre o
produto importado regularmente e aquele procedente de descaminho,
sem imposto. Passando a funcionar a lei natural, na qual a tendência para
a sonegação cresce na medida em que é maior a alíquota do tributo.
(MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário, 2008, p. 287).
Base de Cálculo
Contribuinte
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entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro;
II - O destinatário de remessa postal internacional indicado pelo
respectivo remetente;
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inciso III, com a redação dada pela Medida Provisória no 2.158-35, de
2001, art. 77);
IV - o expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer
subcontratado para a realização do transporte multimodal (Lei no 9.611,
de 19 de fevereiro de 1998, art. 28); e
V - qualquer outra pessoa que a lei assim designar.
§ 1oA Secretaria da Receita Federal poderá (Medida Provisória no
2.158-35, de 2001, art. 80):
I - estabelecer requisitos e condições para a atuação de pessoa jurídica
importadora por conta e ordem de terceiro; e
II - exigir prestação de garantia como condição para a entrega de
mercadorias, quando o valor das importações for incompatível com o
capital social ou o patrimônio líquido do importador ou do adquirente.
Lançamento
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De forma resumida, o lançamento é o ato ou procedimento
administrativo privativo da autoridade administrativa, que constitui o
crédito tributário. O lançamento tem natureza constitutiva do crédito e
declaratória da obrigação, isso porque a obrigação existe antes do
lançamento e independente dele. O lançamento confere certeza e
liquidez à obrigação tributária, tornando-a exigível, é o momento no
qual a partir dele passa a existir o crédito tributário (ALEXANDRINO,
2006, p.236)
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Versando sobre o assunto, segundo Ives Gandra Martins: "A tradição do
comércio exterior é a de exportar produtos e não exportar tributos. E só
se exporta tributos quando a exportação de produtos com tributos não
retire a competitividade dos produtos nacionais" (MARTINS CREMONINI,
2001)
Nos dois primeiros casos, a tributação foi imposta a fim de evitar que
esses bens saiam de forma legal do país e depois, voltem de forma
clandestina ao Brasil. Como na saída não há tributação de IPI, ICMS, PIS e
COFINS por imunidade e estes bens quando no país observam uma
carga tributária altíssima, por não serem bens essenciais e causarem
danos à saúde pública, há vantagens financeiras em sair de forma legal e
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voltar ilegalmente.
Cabe frisar que, seguindo esta lógica do governo, só há tributação nesses
casos quando a exportação é para a América do Sul ou para a América
Central. Esta possibilidade de cobrar imposto de exportação apenas para
alguns países, sendo dispensado em relação a outros, é prevista no §2°
do artigo 216 do Regulamento Aduaneiro. No que se refere aos dois
últimos casos, as exportações são oneradas, com a cobrança de imposto
para que se evite um desabastecimento no mercado interno. (LUZ, 2006,
p.205)
Fato gerador
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imposto, exteriorizado o fator exportação. (MACHADO, 2004, p.290)
Alíquotas
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inconstitucionalidade a não justificação.
Base de cálculo
Contribuinte
Lançamento
301
declaração. Portanto, o imposto de exportação pode ser tornar objeto de
lançamento de ofício, nos termos do art. 149 do CTN.
A recite que advém desse tipo de imposto, destina-se à formação de
reservas monetárias, na forma da lei, segundo o art. 28 do CTN.
Art. 237. O imposto de que trata este Título, na importação, incide sobre
produtos industrializados de procedência estrangeira (Lei no 4.502, de
1964, art. 1o, e Decreto-lei no 34, de 18 de novembro de 1966, art. 1o).
§ 1o O imposto não incide sobre:
I - os produtos objeto de extravio ocorrido antes do desembaraço
aduaneiro;
II - os produtos chegados ao País nas hipóteses previstas nos incisos I e II
do art. 71, que tenham sido desembaraçados; e
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III - as embarcações referidas no inciso V do art. 71 (Lei no 9.432, de 1997,
art. 11, § 10).
§ 2o Na determinação da base de cálculo do imposto de que trata o
caput, será excluído o valor depreciado decorrente de avaria ocorrida em
produto.
É importante observar que o inciso I do § 1° e § 2° do artigo acima foi
tacitamente revogado pelo art. 80 da Lei 10.833, de 29 de dezembro de
2003 que, acabou por introduzir o fato gerador presumido do IPI:
Alíquotas
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que a CAMEX, um órgão exclusivamente voltado para o comércio
exterior, fizesse alteração em tais alíquotas. Portanto, essas alterações
permanecem sob a competência do Presidente da República (LUZ, 2006,
p.202).
Pelo Decreto nº 6.006, de 28 de dezembro de 2006, o Presidente da
República permitiu que a Receita Federal fizesse a adequação da tabela
de imposto em virtude de alteração na Nomenclatura Comum do
Mercosul (NCM), desde que não seja feita alteração nas alíquotas do IPI,
visto que isto continua sendo de competência exclusiva do Poder
Executivo. Lê-se:
Base de cálculo
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Contribuinte
O artigo 241 do Regulamento Aduaneiro determina: “É contribuinte do
imposto, na importação, o importador, em relação ao fato gerador
decorrente do desembaraço aduaneiro (Lei no 4.502, de 1964, art. 35,
inciso I, alínea "b")”.
Lançamento
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GLOSSÁRIO
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REFERÊNCIAS
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GIL ,Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa . Atlas3.ed.
São Paulo, 1996.
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LONDERO, E. e S. TEITEL 1992, Industrialización, exportaciones de manu-
facturados y contenido de insumos primários. Trabalho apresentado no
XI Encontro Latino-Americano da Sociedade Econométrica, realizado na
Cidade do México, set. 1992, Resumo publicado na Revista Estudios
Económicos, México, p. 121, set, 1992.
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blocos, Instituto SulNorte, Livraria Nobel.
VANEK, J. 1963, The Natural Resource Content of United States Foreign
Trade 1870-1955, MIT Press, Cambridge, Massachusetts.
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