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Matrícula: 120115441
Referência: MILL, John Stuart. Sobre a Liberdade; tradução e prefácio Alberto Rocha Barros;
apresentação Celso Lafer – 2. ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 1991
O autor tem como tema a liberdade civil; segundo ele a intervenção da sociedade no
âmbito individual consiste como única finalidade a autoproteção. Ninguém teria o direito de
obrigar os outros a agir segundo a moral reta ou a serem. Por outro lado, a liberdade de que
trata Stuart Mill não é a liberdade absoluta, pois vivemos em sociedade e, portanto, sob
controle social: o indivíduo é limitado socialmente, pois a sua liberdade tem no outro o seu
limite e, neste sentido, ele é responsável pelos atos que prejudiquem outrem e à sociedade.
Ele reconhece a necessidade do controle social, mas este não deve ser ilimitado. No
que diz respeito unicamente ao indivíduo, “a sua independência é, de direito, absoluta. Sobre
si mesmo, sobre o seu próprio corpo e espírito, o indivíduo é soberano”, afirma Mill. Para a
proteção também é necessário amparo contra a tirania da opinião e do sentimento dominantes,
pois deve haver um limite à legítima interferência da opinião coletiva com a independência
individual; acha-lo, e mantê-lo contra as usurpações, é indispensável tanto a uma boa
condição dos negócios humanos como à proteção contra o despotismo político.
Há uma esfera na vida dos indivíduos que deve ser protegida tanto em relação ao
Estado quanto à sociedade: a liberdade de pensar e de sentir, liberdade absoluta de opinião e
de sentimento sobre quaisquer assuntos, em segundo lugar, o princípio de agir como
preferirmos, sujeitos às consequências que possam resultar em terceiro lugar, segue se a
liberdade de associação entre os indivíduos. A sociedade, segundo o autor só poderia ser
considerada livre se essas liberdades forem respeitadas.