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  • MONTANARI, M. Comida Como Cultura. São Paulo Ed. SENAC, 2008, P. 55-60.

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    katia
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    Cultura e Antropologia

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    MONTANARI, M. Comida Como Cultura. São Paulo Ed. SENAC, 2008, p. 55-60.

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    fogo, cozinha, civilizagao que dstinguea comida ‘dos homens da dos outros animals? ‘homer ~ como iustamos na paginas anteriores alam de consumir recursos disponves na natuteza, apren- de a produzos, le mesmo, com a pratca da agrcutura da peauiria. 50, no entant, diz respite & fase pet ‘mina de loalizaéo do aimento,ndo as modalidades de seu consumo. Além disso, 0 homem,sendo onivoro, sle- ‘ona o alimente com base em prefeéncas individuals ‘olatiasigadas a valores, sgnifcades, gostos cada ver ‘nas dvetscados. Tudo iso (sobre © que efeitos ‘vais aint, porém, ne basta para identficar © modo Iecomer da esi humana, porque também as outas cies anima, ainda que de modo elementar, desen cle habitos pees gastos diferenciados Endo, principal elemento de dhersdade consiste no fato de que. homem, somente el, &capaz de acender¢ dd usarofogo, ess tecnologia Ihe permite, juntament ‘com outras, fazer czinha, Cozinha & aida humana or excelénds, 60 gosto que transforma o produto “da ‘alureza" em algo profundamente dverso: as modifica ‘Ges quimicas provocadas peo cazimentoe pela combi ago de ingredients permite kar & boca um alimen to, senio totalmente “atc, seguramente“fabricdo". or sso, nos antigosmitos ena endasdecriagio, acon ‘ist do Fogo representa simbolcament, mas também "materialmente, tecncaments) 0 momento constiutiva& fundador da ciilacio humana, O cru © cozido, 305 ‘quais Claude Lévi Strauss dedicou um ensao fama, ‘om azo, representam os pla opastos da contraposigso por outro ade, ambigua e nada simples, como vimos — entre naturezae cultura, Na mitoogia grega,o fog pertoncesomente acs deu- ss, mas apenas até© momento em que o gigante Pro- meteutevela 0 seu sogredo aos homens. E um gesto de Biedade em logo aesssseres nus eindefesos, dos quis ‘© seu imo Fpimeteu, encarregado de dstribur a vias habiilades entre os eres vos, tinha se esquecido- para remediar essa dstracio, Prometey rouba o fogo na ofc- ra do deus Hefeso © 0 presenteia ads homens. Dessa forma, ele se tornao verdadeto aie da ivizacio bu ‘mana, que, com 0 now instrument, conseque se elever do plano animal e aprender as ténicas de dominio da rnatureza.O controled fogo1em qualquer medida peti te 20 homem tornarse divine, na ser mais submisso, ‘mas enor dos prcessos natura, que se prende acon twolar © a modifcar Por iso, Prometey causa aia dos deuses e 6 exemplarmente punido A clorssima carga simbica do acontcimento,cele- brado e representado poo mit, se rele na imagem do rina, que, ligada ao uso do foo, se orna um elmer 1 fundamental constitutive da identdad burnana. Da uele momento em dante, nao & mais posse dizer se homer sem cozinhat a propria comida, a resto da

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