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“Em 7 de setembro de 1822 – fortemente pressionado pelas elites brasileiras, de um lado, e pelas
portuguesas de outro lado – D. Pedro decide-se por afrontar Portugal e declara a independência do Brasil.
Esse ato heroico com direito a brado retumbante às margens do Ipiranga, no entanto, só foi possível, é
claro, com o respaldo da Inglaterra, que intimidou qualquer reação de Portugal, além de, logicamente ter
pago 2 milhões de libras esterlinas a título de indenização a Portugal. Dinheiro emprestado ao Brasil pela
Inglaterra. Outros empréstimos: em 1825, 3 milhões de libras; em 1829, 400 mil; em 1839, 312 mil; em
1843, 732 mil; em 1852, 1.052 milhão. Todos empréstimos tomados junto aos bancos ingleses
comandados pelos Rotchild.
Enquanto os meninos aqui no Brasil brincavam no playground da emancipação, os pragmáticos ingleses
preparavam as faturas. Em 1827, por exemplo, condicionaram o reconhecimento da independência do
Brasil à renovação dos tratados de livre-comércio assinados entre 1808 e 1810. Pode-se dizer que o Brasil
se livrou dos portugueses, mas caiu nas garras dos ingleses.”
COSTA, Marcos. História do Brasil para quem tem pressa. Pag. 66 e 67. Ed. Valentina. 2016