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O Capitão do congo

Conforme os dizeres populares, um homem rico morreu e deixou uma


grandíssima roça como herança para os seus quatro filhos: os bobos. No entanto,
após revelarem uma incompetência na administração do local, pediram ajuda a
um capitão, que prontamente, se disponibilizou para o cargo. Ele, com a sua
liderança, escolheu vários auxiliares, incluindo o Lôgôzu, para desempenhar a
função de guarda da roça.
Num certo dia, houve uma festa nesta imensidão agrícola, em que todos ali
presentes dançavam e se divertiam ao sabor da orientação do Capitão do congo. E
naquele preciso momento, o feiticeiro (considerado um ser perverso) passava por
perto e aproximou-se com o seu ajudante, Zuguzugu, para observar o ensejo.
Assim que o capitão reparou na presença deles, ordenou aos Anzu cantá que os
convidasse a participar na festa através dos seus cânticos. Mas sem sucesso.
Então, o capitão mais os colaboradores resolveram cercá-los, obrigando-os a
entrar na dança, estando atentos aos gestos dos visitantes, pois não desejavam
que eles enviassem o Anzu môlê para a terra dos pés juntos, por meio de uma
macumba.
Passado algum tempo, eles conseguiram fugir e isso causou uma pequena
paragem nas festividades. Aparecendo o Opé pó logo em seguida, andando e
dançando sobre enormes andas, fazendo com que houvesse uma disposição de
figurantes ao seu redor, que recomeçaram a dançar. Entretanto, minutos depois,
o Demónio também entrou na festa, provocando o regresso do feiticeiro que
desta vez não brincou e matou o Anzu môlê. Foi instalado um ambiente de
consternação entre todos. Por isso, o capitão decidiu acertar contas com o
Lôgôzu, o guarda da roça, por ter permitido a situação terminar desta maneira, e
ele respondeu dizendo que poderia tê-los morto, mas que o seu papel não era
vigiar a roça por dentro e sim por fora.
Os bobos, completamente indiferentes à morte do anjo, cantaram pela
continuidade da folia, alegando a falta de motivo para o seu término.
Prosseguindo o “Danço Congo”.

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