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Seminário para o componente

Arqueologia do Nordeste
Capítulo I: HISTÓRIA DA PRÉ-HISTÓRIANO NORDESTE e
Capítulo II: HABITAT E PRÉ-HISTÓRIA: O MEIO GEOGRÁFICO

Gabriela Martin

Discente: Lauro José Cardoso


Docente: Henry Luydy e Carlos Etchevarne

Abril 2021
Breve Biografia de Gabriela Martin
Possui graduação em Filosofia e Letras
(História) - Universitat de Valencia
(1960), especialização em Arqueologia
Romana no Instituto de Studi Liguri,
Bordighera - Itália (1962 e 1963) e
Etruscologia - Universidade de Perugia -
Itália (1969), doutorado em História
Antiga - Universitat de Valencia (1967) e
pós-doutorado em Teoria e Método em
Arqueologia - Universitat de Barcelona
(1985). Atualmente é docente no
Programa de Pós-graduação em
Arqueologia da UFPE, e Diretora
Científica da Fundação Museu do
Homem Americano - Fumdham,
Subcoordenadora do Instituto Nacional
de Arqueologia, Paleontologia e
Ambiente do Semiárido - Inapas / CNPq,
Pesquisadora da Fundação Seridó e
Editora Honorária da Revista Clio
Arqueológica. Tem experiência na área
de Arqueologia clássica e em
Arqueologia Pré-histórica, atuando
principalmente nos seguintes temas:
pré-história brasileira e arte rupestre
brasileira. Bolsista de PQ- CNPq, nível
Sênior.  
Apresentação do livro
Publicado em 2013. É um livro abrangente,
que recorre a diversas fontes de dados e
esmiúça as várias nuances do pensamento
e da pesquisa sobre a pré-história no
Nordeste brasileiro. Organizada em oito
capítulos, a obra se dedica desde à análise
do olhar mítico-colonizador a respeito das
terras brasileiras até as projeções para o
futuro da pré-história no Nordeste. Este
livro está dedicado especialmente aos
estudantes universitários que se
interessam pelo nosso passado pré-
histórico e não sabem o que devem ler para
obter uma visão global de quando, como e
onde surgiram as primeiras ocupações
humanas no Nordeste, anteriormente à
colonização portuguesa. Pretende-se,
também, oferecer uma síntese do estado
atual do conhecimento da pré-história do
Nordeste do Brasil, mais concretamente do
estado atual das pesquisas, procurando-se
não cair em generalizações. Está também
dedicado aos estudantes das ciências
humanas, que, embora não tenham
escolhido a pré-história como
especialidade, terão a oportunidade de se
dedicar a um conhecimento sucinto das
origens mais antigas do homem do
Capítulo I
História da pré-história no nordeste
 Nascimento da pesquisa arqueológica do Brasil
 Naturalistas, antropólogos, etnólogos, botânicos, geólogos e
paleontólogos estrangeiros
 Estudiosos de sociedades primitivas remanescentes

 A pré-história brasileira começou com uma mistura de dados


científicos com fantasias sobre civilizações perdidas
 A influência da cronologia bíblica
 “O mito fenício sempre foi caro à fase mitológica da Pré-história
brasileira, particularmente no Nordeste, por uma curiosa série de
coincidências.” p. 26
“Para isso contribuíram a famosa e apócrifa inscrição
fenícia da Paraíba, supostamente achada em 1872, e o
deslumbramento com a cultura fenícia do alagoano
Ladislau Netto, ao voltar dos seus estudos em Paris como
discípulo de Ernest Renan, autoridade à época em
arqueologia púnica. A inscrição a que me refiro foi
achada no inexistente lugar de “Pouzo Alto” no vale do
Paraíba, por um também inexistente Joaquim Alves da
Costa e que teria dela enviado uma cópia ao Marquês de
Sapucahy, presidente do Instituto Histórico, Geográfico e
Etnográfico do Brasil.” p. 26
Ladislau Netto reconheceu seu erro
 A ciência e o erro
“De todos os detratores da obra e descobridores de possíveis erros
de Ladislau Netto, sem dúvida o mais violento é o português Ferraz
de Macedo, autor de uma das mais antigas e raras obras da Pré-
história brasileira, editada em Lisboa, em 1886, simultaneamente
em francês e português, sob o título “Ethnogenia Brazilica, esboço
crítico sobre a Pré-história do Brazil e autochtonia polygenista
baseado nas recentes descobertas archaeológicas da América,
apresentadas na exposição anthropológica do Rio de Janeiro em
1882 ”, Nela o autor sustenta a autoctonia poligenista do homem
americano, porém não é estritamente fiel às idéias de Ameghino,
aceitando que a gênese humana se deu, simultaneamente, em
todos os lugares da terra nos quais as condições da flora e da
fauna, a tornaram possível, inclusive na Oceânia e regiões hoje
imersas nos oceanos. parte mais interessante do livro c a que nada
tem de científica nem arqueológica e está constituída de
informações sobre o conhecimento da “petit histoire” dos homens
que iniciaram a nossa arqueologia” p. 28
 Seria o Ladislau Netto o “pai” da Arqueologia brasileira? Para
Angyone Costa sim
 O mito fenício não se encerra com Ladislau Netto.
“O mais fértil e pitoresco de todos os defensores do mito fenício foi sem dúvida
Ludwig Schwennhagen, austríaco excêntrico e visionário que percorreu os
sertões nordestinos nas décadas de 10 a 20 deste século. De extraordinária
mobilidade, foi visto no Ceará, no rio Grande do Norte, na Paraíba, em
Pernambuco e no Piauí, sempre atrás de perdidas civilizações mediterrâneas.
Escreveu Vários artigos e um livro, enorme compêndio de absurdos, sob o título
“Antiga História do Brasil de 1100 a, C. a 1500 d.C.”, publicado em Teresina (PI),
cm 192H, mas que, curiosamente, ainda teve uma segunda edição, em 1970,
pela editora Cátedra, do Rio de Janeiro. Isso indica como certas crendices ficam
arraigadas no pensamento pseudocientífico. A obra é um incrível tratado sobre
as viagens dos fenícios ao Brasil; o autor, impressionado com as curiosas
formações geológicas do município de Piracuruca, no Piauí, hoje Parque
Nacional de Sete Cidades, transformou-as cm sete cidades fabulosas do império
colonial fenício de além-mar.” p. 31
 A lenda da ilha Brasil e das sete cidades
 “O mito das sete cidades, também relacionado com a ilha
Brasil, surgiu na própria Península Ibérica, no século VIII” p. 32
 A lenda é a seguinte: “Um bispo católico, fugindo da invasão
sarracena que em algumas versões é o próprio rei D.Rodrigo,
último da dinastia visigoda derrotada pelos árabes - embarcara
em Lisboa rumo ao oeste chegando a um país desconhecido,
uma ilha, onde fundara sete cidades.” p. 32
 Divisão da Arqueologia brasileira: mitos heróicos, relatos de
missionários, viajantes e aventureiros e moderna pesquisa
científica.
As origens ditas pré-históricas podem ser distinguidas das três
seguintes formas:
 A interpretação dos textos bíblicos
 As navegações dos fenícios
 O mito da Atlântida
 O Nordeste ficou a margem das pesquisas científicas, no
princípio, na década de 1940 e 1950.
 Destaque para Minas Gerais e Amazônia
 Anos 1960 começa a mudar, como por exemplo o trabalho do
alemão Carlos Ott “Pré-História da Bahia” e L.F.R Clerot em “30
anos de paraíba” ambos publicados em 1969.
“O PRONAPA (Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas, 1965- 1970), dirigido pelos
Evans, pretendia estabelecer as fases e o “estado de conhecimento” da pré-história do
Brasil, financiando os grupos de arqueólogos e instituições existentes na época. Mas a
região Nordeste ficou praticamente fora desse programa, com exceção da Bahia, onde o
arqueólogo Valentin Calderón já trabalhava há vários anos. Registra-se também que o
antropólogo Nassaro Nasser participou do Programa, realizando prospecções
arqueológicas na Bacia do Cunhaú - Curimataú, no Rio Grande do Norte. Numa região tão
extensa como o Nordeste, não existia à época quem realizasse pesquisas arqueológicas
sistemáticas, com exceção de Marcos Albuquerque que em colaboração com Veleda
Lucena, havia instalado um Laboratório de Arqueologia na Universidade Federal de
Pernambuco.” p. 40
 Valentin Calderón, foi na Bahia um caso isolado, com apoios
institucionais e universitários
 Pesquisas arqueológicas na Bahia, no Recôncavo e
Pernambuco, no vale de São Francisco
 Sambaquis
 Museu de Arqueologia e Etnologia da UFBA
 As pesquisas de Niède Guidon no sudeste do Piauí,
principalmente, em São Raimundo Nonato
 A Fundação do Museu do Homem Americano – FUNDHAM
 Sociedade da Arqueologia Brasileira
Capítulo II
Habitat e Pré-História: O Meio Geográfico

 50. 000 anos no que hoje é o atual território brasileiro pode ter chegado as
primeiras pessoas
 Através dos corredores andinos e seguindo os cursos dos rios
 Os registros arqueológicos mais antigos estão nas formações cársticas pelas
chapadas
 Os brejos como lugares importantes para o conhecimento da pré-história brasileira
 A importância do estudo geográfico e hidrográfico. O que é relevo? O que é clima?
O relevo do território brasileiro

Fonte: https://www.google.com/search?q=relevo+do+Brasil
Mapa hidrográfico da região nordeste do Brasil

Fonte: https://www.google.com/search?q=mapa+hidrogr%C3%A1fico+do+nordeste+do+brasil

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