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Como Pasteur queria aproveitar um pouco o verão com a sua família no litoral, ele se
programou para se afastar alguns dias, deixando a responsabilidade do laboratório com
seu assistente, Charles Chamberland. Acontece que ele também saiu de férias. Pior:
acabou esquecendo alguns tubos de cultura com bactérias em cima da bancada do
laboratório - e fora da estufa.
Quando Pasteur retornou, ele, sem saber desse detalhe pavoroso, resolveu continuar
inoculando as galinhas e constatou, espantado, que elas não morreram. Provavelmente,
ao ver o cientista debruçado sobre essa questão, Chamberland acabou contando a
verdade e a pesquisa tomou outro rumo. Ao final, Pasteur concluiu que as bactérias
estavam mais fracas por terem perdido a virulência, ou seja, estavam mortas e não
eram mais capazes de provocar a infecção. Elas, no entanto, ainda podiam ativar os
mecanismos de defesa desses animais. O resultado disso foi a vacina contra a cólera
aviária.
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Legenda: Protocolo dos experimentos de Pasteur para a obtenção de formas envelhecidas de culturas do bacilo da cólera,
garantindo a imunização de galinhas.
Louis Pasteur e Edward Jenner dividem as conquistas dos primeiros sucessos das vacinas
em humanos. Ao atender enfermos durante a epidemia de varíola, Jenner, que era
médico na Inglaterra, percebeu que algumas moças e rapazes que ordenhavam vacas
com varíola não adoeciam gravemente como o resto da população. Percebendo que se
tratava de duas formas do mesmo vírus, ele iniciou em 1796 a inoculação de extratos
de lesões dos úberes das vacas em humanos, garantindo a proteção contra a varíola
humana: o vírus Smallpox. Esse processo foi denominado vacinação. Ela deriva do latim
vacca, palavra que significa gado. Jenner é conhecido como o pai da imunologia.