A Hipertensão Arterial Sistêmica é uma "doença silenciosa", sendo assintomática até
uma fase tardia da sua evolução no corpo humano. Atualmente não pode mais ser vista apenas como uma condição clínica em que as cifras tensionais estão acima de um determinado valor. Na verdade a hipertensão arterial existe num contexto sindrômico, com alterações hemodinâmicas, tróficas e metabólicas, entre as quais a própria elevação dos níveis tensionais, as dislipidemias, a resistência insulínica, a obesidade, a atividade aumentada dos fatores de coagulação, a redução da complacência arterial e a hipertrofia com alteração da função diastólica do ventrículo esquerdo. Os componentes da síndrome hipertensiva são muitas vezes fatores de risco cardiovascular independentes. Ao tratar a hipertensão devemos Ter em mente os fatores de risco associados e o impacto do tratamento nesses fatores. A droga por vezes benéfica para a redução da PA é maléfica em relação a outro componente da síndrome, como por exemplo, uma droga pode induzir hiperglicemia ou dislipidemia. Assim apesar de um controle satisfatório da PA outros fatores de risco potencialmente maiores podem se sobrepuser, não melhorando a situação clínica do paciente, portanto o tratamento atual não deve se resumir simplesmente á redução dos níveis pressóricos. Coração bombeia o sangue para os demais órgãos do corpo por meio de tubos chamados artérias. Quando o sangue é bombeado, ele é "empurrado" contra a parede dos vasos sanguíneos.