3 PARÁGRAFOS DO CAPÍTULO 1 QUE DÁ PRA SEREM RETOMADOS E RELACIONADOS À IMIGRAÇÃO
VENEZUELANA
Com base em Marx, o autor destaca que a acumulação primitiva (e as formas de
mobilidade relacionadas) continua a existir mesmo que sob outras formas e contextos, já que é um elemento permanente do processo de acumulação. Ela já não é condição necessária para a submissão real do trabalho ao capital, mas agora é determinada pelas necessidades de reprodução ampliada do capital . Gaudemar identifica que, uma vez que o capitalismo não se apoderou de toda a produção nacional, existem esferas de acumulação primitiva, onde se estabelecem elementos da passagem da submissão formal para a real. Tais esferas são concernentes às atuais relações geopolíticas entre os países centrais e os dominados, onde evidenciam-se processos de expropriação dos camponeses e também a migração. A acumulação do capital, portanto, é que explica hoje os movimentos migratórios. Gaudemar analisa que as formas da mobilidade do trabalho estão inseridas no processo de acumulação de capital, que sempre reaplica uma parte da mais-valia extraída em capital constante ou variável. Por isso, uma vez que o capital sempre se valoriza, sendo reaplicado, o proletariado também se expande, mas não necessariamente o proletariado empregado, e sim uma superpopulação que constitui o exército industrial de reserva e que também busca um emprego. Sendo assim, é produzida força de trabalho sempre disposta a se vender para o processo de produção