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Ossufo Rafael Faque Ossufo

Conservação de populações e espécies

Universidade Pedagógica

Nampula

2019
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Ossufo Rafael Faque Ossufo

Conservação de populações e espécies

O trabalho de carácter avaliativo da cadeira de BC


no curso de licenciatura de ensino de Biologia 5º
ano apresentado pelo docente.

Dr: Mansur Sumalgy

Universidade Rovuma

Nampula

2019
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Índice
Introdução..........................................................................................................................4

Conservação de populações e espécies..............................................................................5

Conclusão........................................................................................................................10

Bibliografia......................................................................................................................11
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Introdução
O presente trabalho subotina se ao tema de Conservação de populações e espécies,
Proteger as espécies-chave é uma prioridade para os esforços de conservação, pois caso
se perca uma espécie-chave na área de conservação, muitas outras espécies poderão
também ser perdidas. Os predadores de topo de cadeia estão entre as espécies-chave
mais óbvias, pois eles são importantes para controlar as populações de herbívoros.

Mesmo a eliminação de um pequeno número de predadores, embora constituindo uma


minúscula porção da biomassa da comunidade, pode potencialmente resultar em
mudanças climáticas na vegetação e em grande perda da diversidade biológica. Por
exemplo, o peixe-boi da Amazônia alimenta-se de grandes quantidades de plantas
aquáticas. A redução de peixes-boi na Amazônia causa um crescimento exagerado de
biomassa e queda da fertilização da água (estrume do peixe-boi), reduzindo-se as
populações de peixes.
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Conservação de populações e espécies


Essas espécies-chave afetam a organização da comunidade em um grau mais elevado do
que se poderia prever, baseado apenas na quantidade de indivíduos ou sua biomassa.

Proteger as espécies-chave é uma prioridade para os esforços de conservação, pois caso


se perca uma espécie-chave na área de conservação, muitas outras espécies poderão
também ser perdidas. Os predadores de topo de cadeia estão entre as espécies-chave
mais óbvias, pois eles são importantes para controlar as populações de herbívoros.

Mesmo a eliminação de um pequeno número de predadores, embora constituindo uma


minúscula porção da biomassa da comunidade, pode potencialmente resultar em
mudanças climáticas na vegetação e em grande perda da diversidade biológica. Por
exemplo, o peixe-boi da Amazônia alimenta-se de grandes quantidades de plantas
aquáticas. A redução de peixes-boi na Amazônia causa um crescimento exagerado de
biomassa e queda da fertilização da água (estrume do peixe-boi), reduzindo-se as
populações de peixes.

Em síntese, a eliminação de uma espécie-chave pode causar uma série de extinções


caracterizada por extinção em cascata, o que resulta numa degradação do ecossistema e
em uma diversidade biológica menor em todos os níveis tróficos.

Devolver as espécies-chave à comunidade não significa ter a comunidade de volta a


suas condições originais, se outras espécies e componentes do ambiente físico, tal como
a cobertura de solo, tiverem sido perdidos.

A identificação das espécies-chave tem várias implicações importantes para a


Biologia da Conservação:
a) como foi dito, a eliminação de espécies-chave de uma comunidade pode precipitar a
perda de muitas outras espécies;
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b) para proteger uma espécie em que se tenha interesse especial, poderá ser necessário
proteger as espécies-chave das quais ela depende direta ou indiretamente;
c) se um número reduzido de espécies-chave puder ser identificado, a sua conservação
será facilitada na hipótese deste ambiente estar ameaçado pelas atividades humanas.

As unidades de conservação, ou outros fragmentos naturais protegidos (APP e Reservas


Legais) funcionam como abrigos naturais de populações inteiras e muitas vezes, pode
ainda abrigar espécies-chave importantes. Em geral, grandes unidades (espaços) contêm
mais espécies do que pequenos fragmentos, por isso, conhecer as comunidades nos
fragmentos antes de se criar espaços protegidos por lei, para não se criar grandes
“vazios-verdes”, é necessário.

Determinados habitats podem conter recursos-chave que, apesar de ocuparem apenas


uma pequena área, são necessários a muitas espécies na comunidade.

Por exemplo, os riachos e aguadas (várzeas e veredas) em áreas de cerrado se


restringem a uma pequena área em relação à total, mas é a única fonte de água
superficial neste ecossistema, tanto para plantas como para animais.

A disponibilidade de uma praia deserta para deposição de ovos de tartaruga é outro


exemplo de recurso essencial para a espécie. Na Bahia, algumas unidades de
conservação foram criadas para este fim, e existe um conflito claro entre os
ambientalistas e o ramo do turismo para exploração destas praias.

Gradientes acentuados de altitude podem constituir-se em um aspecto essencial para


áreas de conservação. Muitos vertebrados e insetos que se alimentam de frutas e néctar
exigem um suprimento contínuo de alimento. Uma forma pela qual eles podem
satisfazer suas necessidades é se mover de uma comunidade para outra, à procura de
novas fontes de alimento. Um gradiente de altitude acentuado, como a encosta de uma
montanha, é tipicamente ocupado por uma série de diferentes comunidades de plantas,
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portanto, migrar para cima ou para baixo na encosta de uma montanha é um


comportamento eficiente para um animal à procura de novas fontes de alimento.

Para os especialistas neste tema, o importante é determinar qual a população a ser


trabalhada e identificar fatores bióticos (reprodução, alimentação, ciclos vitais) para se
determinar como e qual a melhor estratégia para propor uma área a ser protegida em
função desta espécie-chave.

A conservação dos ecossistemas naturais, flora, fauna e os microrganismos, garante a


sustentabilidade dos recursos naturais e permite a manutenção de vários serviços
essenciais ao bem-estar humano. O Brasil, por ser um país de destaque por sua
diversidade biológica, tem grandes desafios e responsabilidades em relação à
conservação de espécies.

Com o objetivo de minimizar as ameaças e o risco de extinção de espécies brasileiras da


fauna e flora, o Ministério do Meio Ambiente instituiu o Programa Nacional de
Conservação das Espécies Ameaçadas de Extinção – Pró-espécies, por meio da Portaria
nº 43, de 2014. Esse programa é o resultado de um trabalho conjunto entre MMA,
ICMBio e JBRJ e representa um grande avanço em direção ao cumprimento dos
compromissos assumidos pelo país, com destaque para as Metas de Aichi, os Objetivos
do Desenvolvimento Sustentável e a Aliança Brasileira para Extinção Zero, instituída
pela Portaria nº 287, de 2018.
Atualmente, as principais causas de extinção são a degradação e a fragmentação de
ambientes naturais, resultado da abertura de grandes áreas para implantação de
pastagens ou agricultura convencional, extrativismo desordenado, expansão urbana,
ampliação da malha viária, poluição, incêndios florestais, formação de lagos para
hidrelétricas e mineração de superfície. Esses fatores reduzem o total de habitats
disponíveis às espécies e aumentam o grau de isolamento entre suas populações,
diminuindo o fluxo gênico entre estas, o que pode acarretar perdas de variabilidade
genética e, eventualmente, a extinção de espécies.

Outra causa importante que leva espécies à extinção é a introdução de espécies exóticas,
ou seja, aquelas que são levadas para além dos limites de sua área de ocorrência
original. Essas espécies, por suas vantagens competitivas e favorecidas pela ausência de
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predadores e pela degradação dos ambientes naturais, dominam os nichos ocupados


pelas espécies nativas

Para combater essas ameaças, o Programa Pró-espécies organiza e estabelece as ações


de prevenção, conservação, manejo e gestão, fundamentado em três instrumentos:

 Listas Nacionais Oficiais de Espécies Ameaçadas de Extinção;

 Planos de Ação Nacionais para Conservação de Espécies Ameaçadas de


Extinção (PANs); e

 Bases de dados e sistemas de informação.

As listas de espécies ameaçadas são, inquestionavelmente, a base das iniciativas para


proteger espécies, seja em escala local, regional ou global. As políticas municipais,
estaduais e federais sobre uso e ocupação da terra devem levar em consideração a
presença de espécies ameaçadas. As listas constituem uma poderosa ferramenta na
medida em que podem ser utilizadas como instrumentos legais para qualquer nível de
ação.

O aporte de dados durante o processo de elaboração das Listas Nacionais subsidia o


MMA em normativas para restrição e proibição de usos das espécies ameaçadas e
possibilita a identificação de setores produtivos potencialmente envolvidos, o que
aperfeiçoa o processo de planejamento e implementação de uma Estratégia Nacional.
Além da proteção e recuperação das espécies brasileiras, o MMA também trabalha no
desenho de um modelo de desenvolvimento que assegure a utilização sustentável dos
componentes da biodiversidade.

No entanto, esses objetivos não podem ser alcançados individualmente, seja pelo
próprio ministério ou isoladamente pelo governo. Eles devem ser trabalhados em uma
efetiva aliança nacional, que deve envolver as esferas de governo federal, estadual e
municipal, além dos setores acadêmico-científico, não-governamental e empresarial.

 
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Conclusão
O estudante conclui que o trabalho foi de uma grande valia porque trouxe um bom saber
sobre o tema. O aporte de dados durante o processo de elaboração das Listas Nacionais
subsidia o MMA em normativas para restrição e proibição de usos das espécies
ameaçadas e possibilita a identificação de setores produtivos potencialmente
envolvidos, o que aperfeiçoa o processo de planejamento e implementação de
uma Estratégia Nacional.
Além da proteção e recuperação das espécies brasileiras, o MMA também trabalha no
desenho de um modelo de desenvolvimento.
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Bibliografia

BEGON, M. M. TOWNSEND, C. R. HARPER, J. Ecologia: de indivíduos a


ecossistemas. 2006.
JABLONKA, E & LAMB, MJ. Evolução em quatro dimensões: ADN, comportamento
e a história da vida. 1ª. Ed. São Paulo, Companhia das Letras, 2010.
METTLER, LE. & GREGG, TG. Genética de Populações e Evolução. São Paulo,
Polígono, Editora Da Universidade de São Paulo, 1973.
SNUSTAD, D. PETER; SIMMONS, MICHAEL J. Fundamentos de Genética. 2ª. Ed.
Tradução de Paulo Armando Motta. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan. 2001.
TOWNSEND, C. R. BEGON, M. HARPER, J. L. Fundamentos em ecologia. Porto
Alegre: Artmed, 2006.

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