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1 2012 Algebra Modulo2
1 2012 Algebra Modulo2
Anéis
R e f e r ê n c i a s
A Matemática faz parte do nosso cotidiano e, em particular, recorremos Sobre a aritmética dos
aos números para descrever diversas situações do dia a dia. inteiros: Números-Uma
Introdução à Matemática de
Contamos com os números naturais, repartimos um bolo usando os César Polcino Milies e Sônia
números racionais, medimos comprimentos com os números reais, contabili- Pitta Coelho. Editado pela
Editora da Universidade de
zamos prejuı́zos com números negativos. Comparamos dois números inteiros, São Paulo (Edusp), 2000.
dois números racionais e dois números reais. Calculamos raı́zes de polinômios
Para saber mais sobre anéis
com coeficientes reais com números complexos. e o domı́nio principal dos
inteiros: Curso de Álgebra,
Estamos familiarizados com números naturais, inteiros, racionais, reais Volume 1 de Abramo Hefez,
e complexos, que estão relacionados pelas seguintes inclusões: Coleção Matemática
Universitária, Sociedade
Brasileira de Matemática
N ⊂ Z ⊂ Q ⊂ R ⊂ C. (SBM), 1998.
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Instituto de Matemática
Mostraremos que Q é um corpo ordenado e é o corpo de frações de Z
e faremos a construção dos números racionais a partir dos números inteiros
no contexto dos domı́nios ordenados.
Usaremos a divisão euclidiana para escrever os números inteiros não-
negativos em uma base b > 1.
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M. L. T. Villela
Conceito de anel
PARTE 2 - SEÇÃO 1
Conceito de anel
• as matrizes Mn×n(R);
• os números complexos C = { a + bi | a, b ∈ R e i2 = −1 };
Definição 1 (Operação)
Dizemos que um conjunto A está munido com operações de adição ( + ) e
multiplicação ( · ) se, e somente se, para todo par (a, b) ∈ A × A sabemos
associar um único elemento c ∈ A e um único elemento d ∈ A denotados, Lembre que uma associação
desse tipo é uma função.
respectivamente, por:
c = a + b e d = a · b.
+ : A × A −→ A · : A × A −→ A
e
(a, b) 7−→ c = a + b (a, b) 7−→ d = a · b
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Instituto de Matemática
Conceito de anel
Exemplo 1
Todos os conjuntos listados acima são conjuntos munidos de operações de
adição e multiplicação.
Definição 2 (Anel)
Um anel A é um conjunto munido com operações de adição ( + ) e de
multiplicação ( · ), tendo as seguintes propriedades:
A4 (Existência de simétrico)
Para cada a ∈ A, existe a′ ∈ A, tal que a + a′ = a′ + a = θ.
Exemplo 2
N não é um anel.
A adição e multiplicação têm as propriedades A1, A2, A3, M1 e AM, mas
não vale a propriedade A4.
Exemplo 3
Z, Q, R e C, respectivamente, inteiros, racionais, reais e complexos são anéis,
onde o elemento neutro para a adição é o número inteiro 0.
Exemplo 4
Mn×n(R) = { X = (Xij) ; Xij ∈ R, onde 1 ≤ i, j ≤ n } é um anel, com as
operações usuais de adição e multiplicação de matrizes, definidas por:
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Conceito de anel
PARTE 2 - SEÇÃO 1
Exemplo 5
Consideremos o intervalo I = (−1, 1) e seja F (I) o conjunto de todas as
funções de I em R, isto é, Você tem familiaridade com
as funções de variável real e
valores reais.
F (I) = { f : I −→ R | f é uma função }.
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Conceito de anel
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M. L. T. Villela
Conceito de anel
PARTE 2 - SEÇÃO 1
= y·x ,
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Conceito de anel
Exemplo 7
Nos anéis Z, Q, R, C, F (I) e 2Z vale M2.
No anel Mn×n(R), onde n ≥ 2 não vale M2.
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Conceito de anel
PARTE 2 - SEÇÃO 1
mostrando que f · e = f · e = f.
Exemplo 8
Nos anéis Z, Q, R, C, Mn×n(R) e F (I) vale M3.
No anel 2Z não vale M3.
Exercı́cios
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Conceito de anel
√ √
x + y = (a + c) + (b + d) 2 ∈ Z[ 2]
x + y é a adição e x · y é a √ √
multiplicação de números x · y = (a · c + 2b · d) + (a · d + b · c) 2 ∈ Z[ 2]
reais, apenas reescrevemos
√
as parcelas de modo (b) Mostre que Z[ 2] é um anel.
conveniente, usando as √
propriedades comutativa, (c) Mostre que Z[ 2] é um anel comutativo com unidade.
associativa e distributiva das
operações dos números reais.
3. Seja Z[i] = { a + bi | a, b ∈ Z e i2 = −1 }.
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Propriedades elementares
PARTE 2 - SEÇÃO 2
Propriedades elementares
Proposição 1 (Unicidade)
Seja A um anel. Então,
(i) o elemento neutro aditivo é único;
(ii) o elemento neutro multiplicativo, se existe, é único;
(iii) o simétrico é único.
Demonstração:
′
(i): Sejam θ e θ elementos neutros aditivos do anel A. Então,
θ = θ′ + θ = θ′ ,
e = e′ · e = e′ ,
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Propriedades elementares
a − b = a + (−b),
A subtração é a adição com
o simétrico.
e chamamos de subtração.
As seguintes propriedades são muito úteis e importantes.
a · 0 = a · (0 + 0) = a · 0 + a · 0,
que é equivalente a a · 0 = a · 0 + a · 0.
Somando o simétrico −(a · 0) de a · 0 a ambos os membros da igualdade
acima e usando em (1) a propriedade associativa da adição (A1), temos:
0 = a · 0 − a · 0 = (a · 0 + a · 0) − a · 0
Multiplicando por a à (1)
direita, tomando o simétrico = a · 0 + (a · 0 − a · 0)
−(0 · a) de 0 · a e fazendo as
= a·0+0
modificações convenientes,
mostre que 0 · a = 0. = a · 0,
donde concluı́mos que 0 = a · 0.
(ii) Vamos mostrar que −(a · b) = (−a) · b.
Como 0 = a + (−a), multiplicando à direita ambos os membros dessa
igualdade por b, usando (i) e a distributividade AM, obtemos:
Faça as modificações
convenientes para 0 = 0 · b = (a + (−a)) · b
demonstrar que = a · b + (−a) · b
−(a · b) = a · (−b).
A igualdade acima significa que (−a) · b é o simétrico de a · b.
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Propriedades elementares
PARTE 2 - SEÇÃO 2
a = a · 1 = a · 0 = 0,
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Propriedades elementares
1, se x ∈ (−1, 0) 0, se x ∈ (−1, 0)
f(x) = e g(x) =
f · g = 0, pois f(x) · g(x) = 0, 0, se x ∈ [0, 1) 2, se x ∈ [0, 1)
para todo x ∈ (−1, 1).
Exemplo 10
O anel dos números inteiros Z é um domı́nio, pois o produto de dois inteiros
não-nulos é um inteiro não-nulo.
Proposição 3 (Lei do cancelamento)
Seja A um domı́nio. Se a · b = a · c com a 6= 0, então b = c.
Demonstração: Se a · b = a · c, então somando −a · b a ambos os membros
dessa igualdade, obtemos 0 = a · b − a · b = a · c − a · b = a · (c − b). Como
Em (1) usamos a a 6= 0, pela propriedade M4, 0 = c − b. Somando b, a essa última igualdade,
propriedade associativa da (1)
temos b = 0 + b = (c − b) + b = c + (−b + b) = c + 0 = c.
adição (A1).
Exemplo 11
Volte ao Exercı́cio 4 da
No anel M2×2(Z) das matrizes 2 por 2 com coeficientes no anel dos inteiros,
Seção anterior. Nesse anel, a ! !
unidade, conhecida como 2 3 2 −3
matriz identidade, é
a matriz X = é invertı́vel e X′ = é seu inverso, pois
! 1 2 −1 2
1 0
I=
0 1 verificamos, facilmente, que X · X′ = X′ · X = I.
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Propriedades elementares
PARTE 2 - SEÇÃO 2
Exemplo 12
√
Consideremos o anel comutativo com unidade Z[ 2] do Exercı́cio 2, da Seção
√ √
anterior. O inverso de 1 + 2 é −1 + 2, pois
√ √ √ √
(1 + 2)(−1 + 2) = (−1 + 2)(1 + 2) = 1.
Exemplo 13
Os elementos invertı́veis do anel Z são 1 e −1.
a · b = b · a = 1 e a · c = c · a = 1.
Então,
(1) Em (1) usamos que a
b = b · 1 = b · (a · c) = (b · a) · c = 1 · c = c. multiplicação é associativa
(M1).
Da unicidade do inverso no anel A, costumamos denotar o inverso de
a por a−1.
Definição 8 (Corpo)
Um anel comutativo com unidade é chamado de corpo se, e somente se, todo
elemento não-nulo é invertı́vel.
Exemplo 15
Q, R e C são exemplos de corpos.
Definição 9 (Subanel)
Um subconjunto não-vazio B de um anel A é um subanel de A se, e somente
se, B é um anel com as operações de A.
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Propriedades elementares
Exemplo 16
a. Pelo exercı́cio 1 da seção anterior, nZ é um subanel de Z.
√
b. Pelo exercı́cio 2 da seção anterior, Z[ 2] é um subanel de R.
c. Pelo exercı́cio 3 da seção anterior, Z[i] é um subanel de C.
d. Pelo exercı́cio 4 da seção anterior, M2×2(Z) é um subanel de M2×2(R).
Proposição 5
Um subconjunto não-vazio B de um anel A é um subanel de A se, e somente
se,
(i) se a, b ∈ B, então a + b ∈ B;
(ii) se a, b ∈ B, então a · b ∈ B;
(iii) 0A ∈ B;
(iv) se b ∈ B, então −b ∈ B.
Demonstração : Suponhamos que B é um subanel de A. Então, as operações
de A estão fechadas em B e logo, (i) e (ii) são válidas; além disso, todo
elemento de B tem simétrico em B e vale (iv). Por outro lado, tomando
b ∈ B, por (iv), −b ∈ B e, por (i), 0A = b + (−b) ∈ B. Logo, 0B = 0A ∈ B.
Reciprocamente, suponhamos válidas as propriedades (i) a (iv) em B.
Logo, as operações de A estão fechadas em B e valem A3 e A4. As propri-
edades A1, A2, M1 e AM valem em B porque são válidas em A e B ⊂ A.
Portanto, B é um anel com as operações de A.
Exemplo 17
√
Z[ 3] é um subanel de R.
De fato, sejam a, b, c, d ∈ Z. Então, com a adição e multiplicação de números
reais, temos:
√ √ (1) √ √ (2) √
Em (1) usamos A1 e A2 e (a + b 3) + (c + d 3) = a + c + b 3 + d 3 = (a + c) + (b + d) 3;
em (2), A1 e AM do anel R.
Em (3) usamos AM, M2 e
√ √ (3) √ √
(a + b 3)(c + d 3) = a · c + a · d 3 + b · c 3 + 3b · d
em (4), A2 e A1 do anel R. √
(4)
= (a · c + 3b · d) + (a · d + b · c) 3.
Além disso,
√
a + b 3 = 0, a, b ∈ Z se, e somente se, a = b = 0 e
√ √ √
−(a + b 3) = (−a) + (−b) 3 ∈ Z[ 3], para quaisquer a, b ∈ Z.
Definição 10 (Subcorpo)
Sejam K e L corpos, com K ⊂ L. Dizemos que K é um subcorpo de L se, e
somente se, K é um corpo com as operações de L.
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Propriedades elementares
PARTE 2 - SEÇÃO 2
Exemplo 18
(1) Q é um subcorpo de R.
(2) R é um subcorpo de C.
√
(3) Q é um subcorpo de Q( 2).
√
(4) Q( 2) é um subcorpo de R. Veja os exercı́cios 12 e 13,
item (a)
(5) Q(i) é um subcorpo de C.
(i) D ⊂ K
(a, b) ∼ (c, d) ⇐⇒ a · d = b · c.
Proposição 6
A relação binária acima é uma relação de equivalência em S.
Demonstração: De fato, para todo (a, b) ∈ S, temos a · b = b · a, logo
(a, b) ∼ (a, b).
Suponhamos que (a, b) ∼ (c, d). Então, a · d = b · c e
M2 M2
d · a = a · d = b · c = c · b. Logo, (c, d) ∼ (a, b).
(1)
Suponhamos que (a, b) ∼ (c, d) e (c, d) ∼ (e, f). Então, a · d = b · c
(2)
e c · f = d · e. Multiplicando a igualdade (1) por f e a igualdade (2) por
b, obtemos a · d · f = b · c · f = b · d · e. Pelas propriedades M2 e M1 da
multiplicação em D, temos d · (a · f) = d · (b · e). Como d 6= 0, pela lei do
cancelamento em D, temos a · f = b · e. Portanto, (a, b) ∼ (e, f).
47 UFF
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Propriedades elementares
a c
b
= (a, b) = (c, d) = d
⇐⇒ (a, b) ∼ (c, d) ⇐⇒ a · d = b · c .
a a c
K= b
; a, b ∈ D e b 6= 0 , onde b
= d
se, e somente se, a · d = b · c.
a c a·d+b·c a c a·c
b
+ d
= b·d
e b
· d
= b·d
,
M2. (7)
= (a′ · b) · (c′ · d)
(8)
= (b · d) · (a′ · c′)
UFF 48
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Propriedades elementares
PARTE 2 - SEÇÃO 2
a·c a′ ·c′
Logo, b·d
= b′ ·d′
.̇
Agora devemos mostrar: A1, A2, A3, A4, AM, M1, M2, M3, concluindo
que K é um anel comutativo com unidade. Observe que as propriedades das
operações de K são induzidas das propriedades das operações de D.
Faremos algumas delas.
a c a·d+b·c c·b+d·a c a
A2: b
+ d
= b·d
= d·b
= d
+ b
Em D valem M2 e A2.
0 a
A3: O elemento neutro da adição é 1
, pois para todo b
∈ K temos
0 a 0·b+1·a
1
+ b
= 1·b
= ab .
a c
e a·c e (a·c)·e a·(c·e) a c·e a c e
M1: b
· d
· f
= b·d
· f
= (b·d)·f
= b·(d·f)
= b
· d·f
= b d
· f
1
M3: O elemento neutro multiplicativo, a unidade de K, é 1
, pois para todo
a
b
∈ K temos
1 a 1·a a
1
· b
= 1·b
= b
Falta verificar as
Verifique as outras propriedades.
propriedades: A1, A4 e M2.
a
Observe que b
= 10 se, e somente se, a = a · 1 = b · 0 = 0.
Assim, todo ab 6= 01 é invertı́vel e ab ∈ K é seu inverso, pois ab · ab = a·b
b·a
= 11 .
(ii) Observamos que a1 = b1 ∈ K se, e somente se, a = b.
Podemos ver D como um subconjunto de K, identificando cada a ∈ D
a
com ∈ K. Neste caso, D = { a1 ; a ∈ D} e
1
A segunda igualdade
a b a·1+b·1 a+b a −a 0 a b a·b a·b
1
+ 1
= 1·1
= 1
, 1
+ 1
= 1
e 1
· 1
= 1·1
= 1
. significa que
−a1
= −a1
.
Logo, D é um subanel de K.
(iii) Se L é um corpo que contém D como subanel, então para quaisquer
a, b ∈ D com b 6= 0 temos: a · b−1 ∈ L e
a·b−1 = c·d−1 se, e somente se, a·d = (a·b−1)(b·d) = (c·d−1)(b·d) = b·c.
Logo, K ⊂ L. .
Exemplo 19
(1) O corpo dos números racionais Q = ab ; a, b ∈ Z e b 6= 0 é o corpo de
frações do domı́nio Z.
√ √
(2) O corpo Q( 2) é o corpo de frações do domı́nio Z[ 2].
Veja os Exercı́cios 12 e 13,
(3) O corpo Q(i) é o corpo de frações do domı́nio Z[i]. item (d).
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Propriedades elementares
Exercı́cios
(a) Se a + c = b + c, então a = b.
(b) Se a + b = a para algum a, então b = 0.
(c) −(a + b) = −a − b.
(d) Se A tem unidade 1, então −1 é invertı́vel.
(a) A = M2×2(Z).
(b) A = Z × Z.
(c) A = Z[i] = {a + bi ∈ C ; a, b ∈ Z}.
(d) A = Q.
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M. L. T. Villela
Propriedades elementares
PARTE 2 - SEÇÃO 2
9. Sejam A um anel, a ∈ A e B = { x ∈ A ; x · a = 0 }.
10. Mostre que todo número racional pode ser representado por uma fração
com denominador positivo.
√ √
11. Seja Q( 3) = { x + y 3 ; x, y ∈ Q }. Mostre que:
√
(a) Q( 3) é um subanel de R.
√
(b) Q( 3) é um corpo.
√ √
(c) Z[ 3] é um subanel de Q( 3).
√ √
(d) Q( 3) é o corpo de frações de Z[ 3].
√ √
12. Seja Q( 2) = { x + y 2 ; x, y ∈ Q }. Mostre que:
√
(a) Q( 2) é um subanel de R.
√
(b) Q( 2) é um corpo.
√ √
(c) Z[ 2] é um subanel de Q( 2).
√ √
(d) Q( 2) é o corpo de frações de Z[ 2].
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Propriedades elementares
UFF 52
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Polinômios com coeficientes em um anel comutativo com unidade
PARTE 2 - SEÇÃO 3
Definição 11 (Polinômio)
Um polinômio com coeficientes em A é uma expressão do tipo
P
n
X O sı́mbolo lê-se como
f(x) = a0 + a1x + a2x2 + · · · + anxn = ajxj, somatório ou soma e
convencionamos escrever
j=0
a0 x0 = a0 .
onde n é um número natural e aj ∈ A, para 0 ≤ j ≤ n.
Convencionamos:
(a) Para cada número natural n, chamar 0(x) = 0+0x+· · ·+0xn de polinômio
identicamente nulo e escrever 0(x) = 0.
(b) Chamar f(x) = a0 de polinômio constante.
(c) Escrever o polinômio f(x) com as j-ésimas potências de x em ordem
crescente ou em ordem decrescente, a saber, f(x) = a0+a1x+a2x2+· · ·+anxn
ou f(x) = anxn + · · · + a2x2 + a1x + a0.
(d) Não escrever o termo ajxj sempre que aj = 0, quando houver algum
termo não-nulo no polinômio.
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Polinômios com coeficientes em um anel comutativo com unidade
Exemplo 20
3 √
a. Dados os números reais a0 = , a1 = −1, a2 = 2 e a3 = 1, temos
2
3 √ 2 3
f(x) = − x + 2x + x ∈ R[x].
2 √
b. Dados os números reais a0 = 2, a1 = − 5, a2 = 0, a3 = −π, a4 = 0
√
e a5 = −2,4, temos g(x) = 2 − 5x − πx3 − 2,4 x5 ∈ R[x].
c. Dados os números reais a0 = 0, a1 = −1, a2 = 3, a3 = 0 e a4 = −3,
temos h(x) = −x + 3x2 − 3x4 ∈ R[x].
d. Dados os números reais a0 = 5, a1 = −1 e a2 = 3, temos r(x) =
5 − x + 3x2 ∈ R[x].
e. Dados os números reais a0 = 2, a1 = −1, a2 = 3, a3 = 0 e a4 = −3,
temos s(x) = 2 − x + 3x2 − 3x4 ∈ R[x].
f. Dados os números reais a0 = 2, a1 = −1, a2 = 3, a3 = 0, a4 = −3
e a5 = a6 = 0, temos t(x) = 2 − x + 3x2 − 3x4 ∈ R[x].
√ √
g. As expressões u(x) = x−2 + 3 x + x5 e v(x) = 6 x3 − 4x2 + 5
não são polinômios porque nem todos os expoentes da variável x são
números naturais.
Igualdade de polinômios:
Os polinômios f(x) = a0 + a1x1 + a2x2 + · · · + anxn ∈ A[x] e
g(x) = b0 + b1x1 + b2x2 + · · · + bnxn ∈ A[x] são iguais se, e somente
se, aj = bj para todo j, tal que 0 ≤ j ≤ n. Escrevemos f(x) = g(x).
Isto é, f(x) e g(x) são iguais apenas quando todos os coeficientes das
correspondentes potências de x em f(x) e g(x) são iguais.
Observe que, se f(x) e g(x) não são iguais, então existe algum número
natural j, com 0 ≤ j ≤ n e aj 6= bj. Neste caso, dizemos que f(x) e g(x) são
diferentes e escrevemos f(x) 6= g(x).
No Exemplo 20, os coeficientes dos termos constantes dos polinômios
h(x) = −x + 3x2 − 3x4 e t(x) = 2 − x + 3x2 − 3x4 são diferentes; logo
h(x) 6= t(x). Enquanto s(x) = t(x), pois todos os coeficientes das mesmas
potências de x em s(x) e t(x) são iguais.
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M. L. T. Villela
Polinômios com coeficientes em um anel comutativo com unidade
PARTE 2 - SEÇÃO 3
Exemplo 21
Os polinômios f(x) = x4 − x5 + 4x2 + 3 − 2x e g(x) = 3 + 4x2 − 2x − x5 + x4
são iguais, porque os seus coeficientes aj da j-ésima potência xj são: a0 = 3,
a1 = −2, a2 = 4, a3 = 0, a4 = 1 e a5 = −1.
Escrevendo os polinômios com as potências de x em ordem crescente, visua-
lizamos imediatamente a igualdade dos polinômios. Temos
f(x) = g(x) = 3 − 2x + 4x2 + x4 − x5.
Exemplo 22
O polinômio constante w(x) = 5 não é identicamente nulo e grau(w(x)) =
0. Volte ao Exemplo 20 e observe que grau(f(x)) = 3, grau(g(x)) = 5,
grau(h(x)) = 4, grau(r(x)) = 2, grau(s(x)) = 4, grau(t(x)) = 4 e que f(x) é
o único polinômio mônico.
Note que:
grau(f(x)) = 0 se, e somente se, f(x) = a 6= 0, a ∈ A.
55 UFF
Instituto de Matemática
Polinômios com coeficientes em um anel comutativo com unidade
Exemplo 23
Sejam f(x) = 4x3 − 3x2 + 4x + 5, g(x) = 2x2 − 5x − 2 e h(x) = −4x3 + 5x2 − 3x + 1
em Z[x]. Então,
f(x) + g(x) = (4 + 0)x3 + (−3 + 2)x2 + (4 + (−5))x + (5 + (−2))
Lembre que
a − b = a + (−b), = 4x3 − x2 − x + 3,
para quaisquer a e b no anel f(x) + h(x) = (4 − 4)x3 + (−3 + 5)x2 + (4 − 3)x + (5 + 1)
A.
= 0x3 + 2x2 + x + 6
= 2x2 + x + 6.
Propriedades da adição:
n
X n
X n
X
Sejam f(x) = ajxj, g(x) = bjxj e h(x) = cjxj em A[x].
j=0 j=0 j=0
UFF 56
M. L. T. Villela
Polinômios com coeficientes em um anel comutativo com unidade
PARTE 2 - SEÇÃO 3
Exemplo 24
Consideremos os polinômios f(x) = 4x3 − 3x2 + 4x + 5, g(x) = 2x2 − 5x − 2
e h(x) = −4x3 + 5x2 − 3x + 1 do Exemplo 23.
57 UFF
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Polinômios com coeficientes em um anel comutativo com unidade
sendo
c 0 = a0 · b0
c 1 = a0 · b1 + a1 · b0
c 2 = a0 · b2 + a1 · b1 + a2 · b0
..
.
X
cj = a0 · bj + a1 · bj−1 + · · · + aj · b0 = aλ · bµ
λ+µ=j
..
.
cn+m = an · bm .
Propriedades da multiplicação:
Xn m
X r
X
j j
Sejam f(x) = ajx , g(x) = bjx e h(x) = cjxj elementos
j=0 j=0 j=0
de A[x].
UFF 58
M. L. T. Villela
Polinômios com coeficientes em um anel comutativo com unidade
PARTE 2 - SEÇÃO 3
Proposição 8
Seja A um anel comutativo com unidade 1A. Então, A[x] é um anel co-
mutativo com unidade. Mais ainda, se A é um domı́nio, então A[x] é um
domı́nio.
Demonstração: Só falta a última afirmação. Suponhamos que A é um domı́nio
e sejam f(x), g(x) ∈ A[x] não-nulos.
Digamos que grau(f(x)) = m e grau(g(x)) = n. Então, pela proprie-
dade do grau, temos que grau(f(x) · g(x)) = m + n e logo, f(x) · g(x) 6= 0.
Exemplo 25
São anéis de polinômios muito importantes: Z[x], Q[x], R[x] e C[x].
59 UFF
Instituto de Matemática
Polinômios com coeficientes em um anel comutativo com unidade
Exemplo 26
Consideremos os polinômios f(x) = 4x3 − 3x2 + 4x + 5, g(x) = 2x2 − 5x − 2
e h(x) = −4x3 − 3x + 1 em Z[x].
a. Vamos calcular f(x) · g(x).
Usando a propriedade distributiva da multiplicação de polinômios, temos
− 4x3 − 3x + 1
(×) 2x2 − 5x − 2
8x3 + 0x2 + 6x − 2 −2 · (−4x3 − 3x + 1)
UFF 60
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Polinômios com coeficientes em um anel comutativo com unidade
PARTE 2 - SEÇÃO 3
Exercı́cios
Convencionamos não
2. Determine em Z[x]: escrever o sinal da operação
(a) (x4 − 3x2 + 5)(2x + 3) + (x2 + 3x)(4x3 − 6x). de multiplicação de
polinômios. Assim,
(b) 9x2(2x2 + 3) + 4x(3x3 − 2). f(x)g(x) = f(x) · g(x).
61 UFF
Instituto de Matemática
Polinômios com coeficientes em um anel comutativo com unidade
UFF 62
M. L. T. Villela
Anéis ordenados e anéis bem ordenados
PARTE 2 - SEÇÃO 4
a < b ⇐⇒ a ≤ b com a 6= b.
Observamos que num anel ordenado A, para cada a ∈ A vale uma das
seguintes propriedades: a > 0 ou a = 0 ou a < 0.
Exemplo 27
(1) Z é um domı́nio ordenado.
(2) Q = m n
; m, n ∈ Z, n 6
= 0 é um corpo ordenado, pois definimos: A ordem em Q é induzida
pela ordem de Z.
a, b ∈ Q, a ≤ b ⇐⇒ b − a ≥ 0, onde
63 UFF
Instituto de Matemática
Anéis ordenados e anéis bem ordenados
m
n
> 0 ⇐⇒ m, n são ambos positivos ou ambos negativos.
a
b
≤ dc , com b > 0 e d > 0, se, e somente se, ad ≤ bc. (⋆)
UFF 64
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Anéis ordenados e anéis bem ordenados
PARTE 2 - SEÇÃO 4
a, se a ≥ 0
| a |=
−a, se a < 0
Proposição 11
Sejam A um anel ordenado e a, b ∈ A. Então:
(i) | a |≥ 0 e | a |= 0 se, e somente se, a = 0.
(ii) − | a |≤ a ≤| a |.
(iii) | −a |=| a |. A desigualdade ao lado é
conhecida como
(iv) | a · b |=| a | · | b |.
desigualdade triangular.
(v) | a + b | ≤ | a | + | b |.
(vi) | | a | − | b | | ≤ | a ± b | ≤ | a | + | b |.
Demonstração: Faça como exercı́cio.
65 UFF
Instituto de Matemática
Anéis ordenados e anéis bem ordenados
1 1 1 1 1
1> 2
> 3
> 4
> ··· > n
> n+1
> · · · > 0.
Para entender melhor um domı́nio bem ordenado, vamos ver mais pro-
priedades.
Proposição 12
Seja A um domı́nio bem ordenado e seja a ∈ A. Se a > 0, então a ≥ 1.
Demonstração: Suponhamos, por absurdo, que existe um elemento a ∈ A,
tal que 0 < a < 1. Logo, o conjunto
S = {x ∈ A ; 0 < x < 1}
UFF 66
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Anéis ordenados e anéis bem ordenados
PARTE 2 - SEÇÃO 4
Corolário 1
Sejam A um domı́nio bem ordenado e a, b ∈ A. Se a > b, então a ≥ b + 1.
Demonstração: Como a > b, de OA segue que a − b > b − b = 0. Da
proposição anterior temos que a − b ≥ 1 e, de OA, a ≥ b + 1.
Proposição 13
Todo subconjunto não-vazio de inteiros limitado inferiormente tem menor
elemento.
Demonstração: Seja S ⊂ Z, S 6= ∅ e limitado inferiormente, digamos por
k ∈ Z.
Consideremos T = {x − k ; x ∈ S}. Então, T ⊂ Z e T 6= ∅, pois S 6= ∅.
Como x ≥ k, para todo x ∈ S, então x − k ≥ 0 e logo, T é um subcon-
junto não-vazio de inteiros não-negativos. Pelo axioma da boa ordenação,
existe t0 ∈ T o menor elemento de T . Afirmamos que s0 = t0 + k é o menor
elemento de S.
67 UFF
Instituto de Matemática
Anéis ordenados e anéis bem ordenados
r r·d 1 1 c·s c
n·b=n· s
=n· s·d
= n · (r · d) · s·d
≥ c·s· s·d
= d·s
= d
= a.
Exercı́cios
(a) Se a + c ≤ b + c, então a ≤ b.
(b) Se a ≤ b e c ≤ d, então a + c ≤ b + d.
(c) Se a ≤ b e c ≤ 0, então a · c ≥ b · c.
(d) Se a < b e b < c, então a < c.
UFF 68
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Anéis ordenados e anéis bem ordenados
PARTE 2 - SEÇÃO 4
para a, b ∈ A, a < b ⇐⇒ b − a ∈ P.
69 UFF
Instituto de Matemática
Anéis ordenados e anéis bem ordenados
P = {x ∈ A ; x > 0}
UFF 70
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Indução
PARTE 2 - SEÇÃO 5
Indução
S = {n ∈ Z ; n ≥ n0 e P(n) é falsa }.
71 UFF
Instituto de Matemática
Indução
Exemplo 29
Vamos mostrar a validade da desigualdade 3n < 2n, para todo n ≥ 4.
Seja P(n) : 3n < 2n, para n ≥ 4.
Já vimos que P(4) é verdadeira.
Seja n ≥ 4 e suponhamos P(n) verdadeira. Vamos mostrar que P(n + 1)
também é verdadeira.
Temos
Em (1) usamos a hipótese de (1) (2) OA
indução: 2n > 3n e OM. 2n+1 = 2 · 2n > 2 · (3n) = 3n + 3n ≥ 3n + 12 > 3n + 3 = 3(n + 1).
Em (2) usamos que n ≥ 4 e,
por OM, 3n ≥ 12.
Portanto, P(n + 1) é verdadeira. Logo, P(n) é verdadeira, para todo n ≥ 4.
Exemplo 30
n(n+1)
A soma dos n primeiros números inteiros positivos é 2
.
n(n+1)
Seja P(n) a igualdade 1 + 2 + · · · + n = 2
, para n ≥ 1.
1·2
Para n = 1 temos 1 = 2
. Logo, P(1) é verdadeira.
n(n+1)
Seja n ≥ 1 e suponhamos P(n) verdadeira, isto é, 1 + 2 + · · · + n = 2
.
Vamos mostrar que a igualdade vale para n + 1. Temos:
Exemplo 31
(−1)n n!
Seja f(x) = x1 , para x ∈ R\{0}. Para todo n ≥ 1, temos f(n)(x) = xn+1
.
′ −1 (−1)1 ·1!
De fato, para n = 1, a derivada de f(x) é f (x) = x2
= x1+1
e a igualdade
é verdadeira.
(−1)n n!
Seja n ≥ 1 e suponhamos que f(n)(x) = xn+1
. Então,
UFF 72
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Indução
PARTE 2 - SEÇÃO 5
(1) d
f(n+1)(x) = (f(n)(x))
dx Em (1) usamos a definição
de derivada de ordem n + 1,
(2)
d (−1)n n!
= dx xn+1 em (2) usamos a hipótese de
(3) indução e em (3), as
= (−1)nn!(−n − 1)x−n−2 fórmulas de derivação.
n+1
= (−1) xn+2(n+1)!
Exemplo 32
Seja xn uma seqüência definida por:
7 n
Vamos mostrar que xn < 4
para todo n ≥ 1.
,
2
49
De fato, x1 = 1 < 74 e x2 = 3 < 16 = 74 .
k
Seja n ≥ 3 e suponhamos xk < 47 , para todo k tal que 1 ≤ k < n. Então,
73 UFF
Instituto de Matemática
Indução
(1)
7 n−1 7 n−2
xn = xn−1 + xn−2 < 4
+ 4
7 n−2 7
= 4 4
+1
7 n−2 11
= 4
· 4
Em (1) usamos a hipótese de (2)
7 n−2 49
indução e em (2), a < 4
· 16
desigualdade 114
< 4916
e OM. 7 n−2
7 2
= 4
· 4
7 n
= 4
7 n
Pela transitividade da relação de ordem, temos xn < 4
. Portanto, a
desigualdade é verdadeira para n.
Logo, a desigualdade é verdadeira para todo n ≥ 1.
Exercı́cios
(a) Verifique que P(0) é verdadeira e P(1), P(2), P(3), P(4) e P(5) são
falsas.
(b) Mostre, por indução sobre n, que n2 + 5 > 6n, para todo n ≥ 6.
UFF 74
M. L. T. Villela
Indução
PARTE 2 - SEÇÃO 5
(a) am · an = am+n.
(b) (am)n = am·n.
(c) an · bn = (a · b)n.
(d) Se a 6= 0, definimos a0 = 1A e se a é invertı́vel e n < 0, definimos
an = (a−1)−n.
Mostre que se a, b são invertı́veis em A, então as igualdades dos
itens anteriores valem em Z.
75 UFF
Instituto de Matemática
Indução
n n n
n−1 1
Na expressão do somatório
(x + y)n = xn + n−1 x y + n−2
xn−2y2 + · · · + 1
x1yn−1 + yn
Xn
ao lado, convenciona-se n n−i i
escrever yn = x0 yn e = x y
xn = y0 xn .
i
i=0
Desigualdade de Bernoulli Mostre que, para todo número natural positivo n, (1 + c)n ≥ 1 + nc.
UFF 76
M. L. T. Villela
Divisão euclidiana
PARTE 2 - SEÇÃO 6
Divisão euclidiana
a = b · q + r, onde 0 ≤ r <| b |.
77 UFF
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Divisão euclidiana
Teorema 2
Dados inteiros a, b com a ≥ 0 e b > 1, existem naturais a0, a1, . . . , an, . . .,
determinados de modo único, tendo as seguintes condições:
(i) existe um número natural m tal que an = 0, para todo n ≥ m;
(ii) para todo n, temos que 0 ≤ an < b;
(iii) a = a0 + a1b + a2b2 + · · · + anbn + · · · .
Quando a > 0, escrevemos (a)b = amam−1 . . . a1a0, onde m é o maior
ı́ndice tal que am 6= 0.
Demonstração: Fixemos b > 1. Consideremos
S = {x ∈ N ; x tem as condições do enunciado }.
Vamos mostrar que S = N, que é equivalente a mostrar que S′ , seu
complementar em N, é o conjunto vazio.
Suponhamos, por absurdo, que S′ 6= ∅. Como S′ ⊂ N, S′ é limitado
inferiormente. Pelo princı́pio da boa ordenação, S′ tem menor elemento c e
c > 0, pois 0 ∈ S.
Pela divisão euclidiana de c por b, temos c = b · q + r, onde 0 ≤ r < b.
Observamos que 0 < q < c e logo, q 6∈ S′ , isto é, q ∈ S. Portanto,
q = a1 + a2b + · · · + ambm−1,
UFF 78
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Divisão euclidiana
PARTE 2 - SEÇÃO 6
Exemplo 34
Vamos escrever 26 na base 2, isto é, vamos determinar (26)2.
Procuramos a maior potência de 2 que não ultrapassa 26.
Temos que 16 = 24 < 26 < 32 = 25. Fazemos a divisão euclidiana de 26 por
24. Logo, 26 = 1 · 24 + 10.
Procuramos a maior potência de 2 que não ultrapassa 10.
Temos que 23 = 8 < 10 < 16 = 24. Fazemos a divisão euclidiana de 10 por
23. Logo, 10 = 1 · 23 + 2. Portanto,
26 = 1 · 24 + 1 · 23 + 0 · 22 + 1 · 21 + 0 =⇒ (26)2 = 11010
Exemplo 35
Qual o número a, sabendo que (a)3 = 1021 ?
Temos que a = 1 · 33 + 0 · 32 + 2 · 31 + 1 = 27 + 6 + 1 = 34.
Exercı́cios
(a) de a = 25 por b = 7.
(b) de a = 25 por b = −7.
(c) de a = −25 por b = 7.
(d) de a = −25 por b = −7.
79 UFF
Instituto de Matemática
Divisão euclidiana
(e) de a = 32 por b = 6.
(f) de a = 32 por b = −6.
(g) de a = −32 por b = 6.
(h) de a = −32 por b = −6.
(i) de a = 9 por b = 11.
(j) de a = 9 por b = −11.
(k) de a = −9 por b = 11.
(l) de a = −9 por b = −11.
4. Quais os números inteiros que quando divididos por 4 dão resto igual
UFF 80
M. L. T. Villela
Divisão euclidiana
PARTE 2 - SEÇÃO 6
(a) n = 123 e b = 8;
(b) n = 123 e b = 5;
(c) n = 123 e b = 3;
(d) n = 123 e b = 2.
81 UFF
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Divisão euclidiana
UFF 82
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