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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS


DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
DISCIPLINA: PRÁTICA E METODOLOGIA DE ANÁLISE DE TEXTOS
FILOSÓFICOS
PROFESSOR: PAULO CESAR GIL FERREIRA JR.

ALUNO: RODOLFO SANTANA GAESCHLIN


MATRÍCULA: 201510267611

QUESTÃO: ELUCIDE A RELAÇÃO ENTRE FACTICIDADE E INTERPRETAÇÃO


FILOSÓFICA A PARTIR DE UM DOS TEXTOS DE HEIDEGGER TRABALHADOS
EM SALA DE AULA

A objetualidade é um ser capacitado para a interpretação e necessitado dela, é o


que nos mostra a hermenêutica. É papel hermenêutica tornar acessível o ser-aí
mesmo. Na hermenêutica configura-se o ser-aí como uma possibilidade de vir a
compreender-se e de ser essa compreensão. Essa compreensão, que surge na
interpretação, não é o que usualmente se chama de compreensão, mas um como do
ser-aí mesmo, o estar desperto do ser-aí para si mesmo.

Se considerarmos a partir da própria facticidade, se deve precisar quando e em que


medida ela solicita a hermenêutica. Assim, a relação entre hermenêuticae faticidade
não é a que se origina entre a apreensão da objetualidade e a objetualidade
apreendida, mas a própria hermenêutica é um como possível distintivo do caráter
ontológico da faticidade. A hermenêutica é algo que o próprio ser é o ser da própria
vida fática. Se chamarmos a faticidade como a “objetualidade” da hermenêutica
(como os livros são a objetualidade da biblioteconomia), diremos então que a
interpretação encontra-se em sua própria objetualidade (como se os livros, o que
são e como são, fossem a biblioteconomia).

A hermenêutica aposta numa determinada situação e a partir dela possibilita a


compreensão. Não é objetivo da hermenêutica deter conhecimentos, antes seu
objetivo é um conhecer existencial, isto é, um ser. A hermenêutica fala do ser
interpretado e para o ser interpretado.

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