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Rodrigo Alvarenga de Souza Ourique

Em Filosofia da Caixa Preta, Vilém Flusser analisa o aparelho fotográfico e


sua aparente dificuldade em categorizá-lo. Em um primeiro momento, o autor divide
objetos culturais em dois: bens de consumo e instrumentos; mas os aparelhos são
objetos do mundo pós-industrial, portanto questões industriais como a de
categorizar não acham respostas competentes ao aparelho. Flusser constata que
instrumentos trabalham, aparelhos não, pois não modificam o mundo físico.
Constata que fotógrafos não trabalham, mas agem e informam - produzem
símbolos, manipulam-os, armazenam-os. O homem em relação ao aparelho não é
nem constante nem variável, mas está amalgamado a ele. Flusser então resume
que aparelhos são caixas pretas que simulam o pensamento humano, que "brincam
de pensar".

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