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Princípio de Engenharia Ambiental

POLUIÇÃO DA ÁGUA

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O que está sendo feito com os corpos hídricos?

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O QUE É POLUIÇÃO HÍDRICA?


“É qualquer alteração nas características físicas, químicas e/ou
biológicas das águas, que possa constituir prejuízo à saúde, à
segurança e ao bem estar da população e, ainda, possa
comprometer a fauna ictiológica e a utilização das águas para
fins recreativos, comerciais, industriais e de geração de energia”
(CONAMA).
O QUE CAUSA A POLUIÇÃO HÍDRICA?

 Crescimento populacional; Alto grau de urbanização


 Desenvolvimento da indústria e seus despejos complexos;
 Aumento da produção agrícola, que resulta numa carga mais
pesada de pesticidas e fertilizantes no ambiente.
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Usos da água

 Consuntivos

 abastecimento humano
 dessedentação de animais
 indústria
 irrigação

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Usos da água

 Não consuntivos

 geração de energia elétrica


 recreação/lazer
 harmonia paisagística
 conservação da flora e fauna
 navegação
 pesca
 diluição de despejos

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CLASSIFICAÇÃO DA ÁGUAS

 RESOLUÇÃO CONAMA nº 357, de 17 de março de 2005;

 Esta nova resolução substitui a 020/86 e apresenta 38 definições de


corpos de águas, suas classificações qualitativas, composições e usos
múltiplos.

 Art.3º As águas doces, salobras e salinas do Território Nacional são


classificadas, segundo a qualidade requerida para os seus usos
preponderantes, em treze classes de qualidade.

 As águas doces são classificadas segundo sua qualidade em treze


classes:

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Fontes poluidoras
 Águas superficiais:
 Esgoto doméstico;
 Efluentes industriais;
 Águas pluviais, carreando impurezas do solo ou contendo esgotos
lançados nas galerias;
 Resíduos sólidos (lixo);
 Pesticidas;
 Fertilizantes;
 Detergentes;
 Precipitação de poluentes atmosféricos (sobre o solo ou a água);
 Alteração nas margens dos mananciais, provocando carreamento do
solo, como conseqüências da erosão.

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Fontes poluidoras
 Águas subterrâneas:
 Infiltração de:
 esgotos a partir de sumidouros ou valas de infiltração (fossas
sépticas);
 esgotos depositados em lagoas de estabilização ou em outros
sistemas de tratamento usando disposição no solo;
 esgotos aplicados no solo em sistemas de irrigação;
 águas contendo pesticidas, fertilizantes, detergentes e poluentes
atmosféricos depositados no solo;
 outras impurezas presentes no solo;
 águas superficiais poluídas;
 Vazamento de tubulações ou depósitos subterrâneos;
 Percolação do chorume resultante de depósitos de lixo no solo;
 Resíduos de outras fontes: cemitérios, minas, depósitos de
materiais radioativos.
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Fontes poluidoras

Pontual ou Difusa

Descarga de efluentes a partir Escoamento superficial urbano,


de indústrias e de estações escoamento superficial de áreas
de tratamento de esgoto agrícolas e deposição atmosférica

São bem localizadas, fáceis Espalham-se por toda a cidade,


de identificar e de monitorar são difíceis de identificar e tratar

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Poluente Origem Efeito Indicador de Método de
Poluição Análise

Matéria Esgotos domésticos Reduz oxigênio DBO, DQO Teste de DBO,


Orgânica E alguns efluentes dissolvido. Causa (mg O2/l) OD e DQO.
industriais mudanças na fauna e
(alimentos, papel, flora.
têxtil, etc.)

Óleos Vazamentos de Impede a absorção de Óleos e Técnica do


tanques de oxigênio. É tóxico pra graxas (mg/l) infravermelho
estocagem, efluentes animais e plantas.
de postos e oficinas.
Sólidos Esgotos domésticos e Aumento da turbidez, SS – sólidos Método da
(em alguns efluentes diminuição da em turbidemétrico,
Suspensão industriais (argila, penetração da luz. suspensão. gravimétrico
e carvão etc.) Causam assoreamento. RS – Resíduo (SS).
Sedimentá sedimetável
vel)
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CLASSIFICAÇÃO DA POLUIÇÃO HÍDRICA

 Bacteriana -> Contato com dejetos humanos portadores de organismos


patogênicos, por via direta e por esgotos sanitários.

 Orgânica -> Recebimento de grande quantidade de matéria orgânica,


proveniente de esgotos domésticos ou industriais;

 Química -> Presença de substâncias provenientes de processos industriais,


uso de pesticidas e de fertilizantes.

 Térmica -> Elevação da temperatura da água aos receber despejos com


temperatura elevada provenientes de destilarias, usinas atômica, etc.

 Radioativa -> Recebimento de descargas radioisótopos de usinas


nucleares.
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POLUIÇÃO ORGÂNICA

 Os esgotos domésticos, muitos tipos de resíduos industriais, os dejetos


agrícolas e especialmente os pecuários, são constituídos
preponderantemente de matéria orgânica, elemento que serve de alimento
aos seres aquáticos, sejam peixes, sejam bentos, plâncton, bactérias, etc.

 quanto maior o volume de matéria orgânica – esgotos – for lançado em


um corpo d’água, maior será o consumo (demanda) de oxigênio usado na
respiração dos seres aquáticos (em especial, das bactérias
decompositoras).

 Quando todo o oxigênio se extingue, as bactérias e outros seres que


dependem do oxigênio para a respiração também são extintos e em seu
lugar surgem outros seres microscópicos capazes de se alimentar e
“respirar” na ausência do oxigênio.
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CARGA POLUIDORA
A carga poluidora de um efluente gasoso ou líquido é a expressão da
quantidade de poluente lançada pela fonte. Para as águas, é freqüentemente
expressa em DBO ou DQO; para o ar, em quantidade emitida por hora, ou
por tonelada de produto fabricado" (Lemaire & Lemaire, 1975).

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DBO (DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO)
Refere-se à quantidade oxigênio necessária para estabilizar, por processos
bioquímicos, a matéria orgânica carbonácea.
→DBO520 (DBO5 ou DBO)
Teste padrão ⇒ Medida a 5 dias (20º C)
Dia 0 Dia 5

DBO = 7 – 3 = 4 mg/L

OD = 7 mg/L OD = 3 mg/L

Finalidades do teste

Visualização da taxa de degradação do despejo ao longo do tempo


Visualização da taxa de consumo de oxigênio ao longo do tempo
Critério para dimensionamento da maioria dos sistemas de tratamento de esgotos
e legislação ambiental são baseados nesse parâmetro
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DQO (DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO)
Refere-se à quantidade oxigênio necessária para estabilizar, por meio de um oxidante
em meio ácido (processo químico), a matéria orgânica carbonácea

Algumas vantagens do teste:

teste é realizado em 2 a 3 horas


teste não afetado pela nitrificação

Algumas limitações do teste:

refere-se a matéria orgânica biodegradável + inerte


não é possível visualizar a degradação do despejo ao longo do tempo
constituintes inorgânicos podem ser oxidados e interferir no resultado
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RELAÇÃO ENTRE DQO E DBO

DQO/DBO ⇒ varia com o tipo de efluente e à medida que o esgoto passa


pelas diversas unidades da ETE

baixa ⇒ fração biodegradável elevada


DQO/ DBO
elevada ⇒ fração inerte elevada

Esgotos domésticos brutos ⇒ DQO/DBO entre 1,7 a 2,4

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EUTROFIZAÇÃO

 A eutrófização é o crescimento excessivo das plantas aquáticas, tanto


planctônicas quanto aderidas, a níveis tais que sejam considerados como
causadores de interferências com os usos desejáveis do corpo d’água
(Thomann e Mueller, 1987).

 O principal fator de estímulo é um nível excessivo de nutrientes no corpo


d’água, principalmente nitrogênio e fósforo.

 O nível de eutrófização está usualmente associado ao uso e ocupação do


solo predominante na bacia hidrográfica.

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EUTROFIZAÇÃO

 Problemas estéticos e recreacionais.

 Diminuição do uso da água para recreação, balneabilidade


e redução geral na atração turística devido a:

 Freqüentes florações das águas,

 Crescimento excessivo da vegetação,

 Distúrbios com mosquitos e insetos,

 Eventuais maus odores,

 Eventuais mortandades de peixes.


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APLICAÇÃO DE UMA LEGISLAÇÃO

Cabe aos órgãos ambientais dos estados, territórios e Distrito


Federal efetuar, não só o enquadramento dos corpos de água
no âmbito das classes preconizadas pela Resolução CONAMA
n0. 357/05, como exercer atividade orientadora,
fiscalizadora e punitiva junto às fontes de poluição que
possam alterar os valores dos padrões de qualidade das águas
da classe estabelecida para o corpo d’água receptor.

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