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1

- Clerom
Cleromanc
ancia Gálica – 
ia Gálica
Celtocrābii̯on
̯on - Condēu
̯ i̯os
̯os Andīliχtos

Premissa

Ao longo dos tempos, nos sítios de escavação


escavação arqueológicos,
arqueológicos, outrora ocupados pelas
tribos Gálicas,
Gálicas, foram
foram achados
achados conjuntos de dados. A maioria são bastante semelhantes
aos que usamos hoje em dia, tendo
t endo o objetivo de serem usados em competições e jogos.
Cont
Co ntud
udo,
o, em Bibr
Bibrac
acte
te – outr
outror
oraa conh
conhec
ecid como  Bibraχt ā  – capital dos  Ae̯ du̯ ī , foi
idaa como
achado um curioso conjunto de dados, sendo que que nenhum deles se assemelhava aos que
foram encontrados em em outras escavações.
escavações. Qual seria o seu objetivo?

Explanação

Como já foi mencionado na introdução desta “tese”, já foram encontrados imensos


exemplos
exemplos de dados
dados cúbicos
cúbicos em
em uma boa parte do mundomundo gálico
gálico – exceto
exceto na Galátia,
Galátia,
tanto quant
quantoo sei – e todos são semel
semelhante
hantess entre si,
si, como
como o leitor
leitor pode compro
comprovar
var nos
nos
seguintes exemplos.

Primeiramente, temos um
um relativamente
relativamente colorido
colorido exemplo de dados
dados expostos
expostos no Musée
1
Lapidaire , que foram feitos
feitos com uma conside
considerável
rável variedad
variedadee de materiais.
materiais. Alguns
Alguns dos
dados ainda preservam a tinta que lhes foi aplicada aquando da altura em que foram
fabricados e usados.

Figura
Figura 1 – Dados
Dados de jogo,
jogo, alguns dos
dos quais
quais ainda pintado
pintados.
s.

1
- www.musee-lapidaire.org

 Não reproduza, em papel ou eletronicamente, nem cite este documento sem autorização do autor. Em tais
casos, e para colocar
colocar dúvidas, envie um email para: condeuios.andiligtos@gmail.com
condeuios.andiligtos@gmail.com
2

O exemplo seguinte provém da magnífica escavação que está a ser feita na commune de
Acy-Romance2, na região de Champagne-Ardennes, no norte França. Os dados em
questã
que stãoo – não exatam
exatament
entee cúbic
cúbicos
os – são feitos
feitos de osso
osso (sem
(sem ter sido
sido prec
precisa
isado
do qua
quall o
animal) e foram achados nas ruínas de um antigo silo. Isto revela que a casta que lhe
deu uso foifoi a produtora, ou seja,
seja, o seu uso era, tal como
como seria de esperar, para fins
lúdicos.

Figu
Figura
ra 2 – Dado
Dadoss de jog
jogo feitos em osso.

O últim
últimoo exem
exemplo
plo é o de um único
único dad
dadoo – assim
assim disp
dispos
osto
to na
na expo
exposiç
sição
ão – que foi
encontrado num túmulo que pertenceu, a uma mulher relativamente abastada. Achado
na commune de Peyrehorad
Peyrehorade,
e, o dado
dado estava
estava acompan
acompanhado
hado de agulhas
agulhas para coser
coser e
alguns instrumentos para aplicar maquilhagem; contudo, a descoberta já data da época
Galo-Roma
Galo-Romana,na, nomeadam
nomeadamente
ente do
do séc. III EC.

Figura
Figura 3 – Dado de jogo
jogo feito
feito em madeir
madeira.
a.

2
- http://www.gaulois.ardennes.culture.fr/en

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casos, e para colocar
colocar dúvidas, envie um email para: condeuios.andiligtos@gmail.com
condeuios.andiligtos@gmail.com
3

Como sabemos que os os dados acima mostrados


mostrados tinham uso lúdico?
lúdico? Além dos locais em
que foram
foram achados
achados – que oferecem
oferecem provas
provas de quem eram os indivíduos
indivíduos que outrora os
usaram
usaram – temos exempl
exemplos
os vindos
vindos dos povos mais
mais próximos.
próximos. Que melhor
melhor exemplo
exemplo do
que alguns dados
dados romanos achados
achados em Londres?
Londres?

Figura
Figura 4 – Dados
Dados de jogo
jogo roma
romanos,
nos, feitos de madeira.

 Na figura acima, é possível observar que não diferem muito dos dados das Figuras 1 e
2. Este exemplo dispõe
dispõe até de um recipiente
recipiente para agitar e atirar os dados para cima
cima de
uma superfície, tal como acontece nos tempos modernos, principalmente em casinos.

Então, quão diferentes eram os dados


dados achados
achados em Bibracte? Consideravelmente,
Consideravelmente, como
 pode ver na figura abaixo.

Figura
Figura 5 – Dados
Dados alongados
alongados com
com apenas
apenas uma
uma face gravada,
gravada, datados
datados do séc. II AEC.

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São bastante diferentes, e pouco práticos num contexto de jogo de sorte, pelo que o seu
uso para fins lúdicos deve ser posto em causa.
Para começ
começar,
ar, apenas
apenas uma face das
das peças
peças – feitas de osso
osso (novame
(novamente,
nte, de
de animal
animal não
não
especific
especificado)
ado) e cerâmica
cerâmica – se encontra
encontra gravad
gravada,
a, além de que
que o formato
formato das ditas
ditas cujas
cujas é
diversificado, havendo-as
havendo-as longas
longas e curtas, e em várias cores.
cores. Até o próprio número
número de
marcas é bastante diversificado.

Citand
Citandoo e trad
traduzi
uzind
ndoo a análise
análise facult
facultada
ada pelo
pelo Centre
Centre Archéo
Archéolog
logiqu
iquee Euro
Europée
péenn du Mont
Mont
Beuvray
Beuvray (Landeau
(Landeau 2000:
2000: 5):

“ Estes dados alongados singulares são frequentes em sítios [arqueológicos]


 gálicos da Segunda Idade do Ferro. Claramente não eram utilizados da mesma
maneira que os dados cúbicos,
cúbicos, que já estavam em voga
voga naquela época, no mundo
mundo
mediterrâne
mediterrâneo.o. É tentador
tentador associá-lo
associá-loss a prática
práticass de divinaç
divinação
ão baseada
baseadass em
numerologia.”
numerologia.”

Infelizmente, não consegui encontrar mais exemplos de dados alongados em outros


sítios arqueológicos além do de Bibracte, mas terei de aceitar a afirmação do
documento.

Estes dados lembram o ato que, em Francês, é chamado de  jeter de bouts de bois,
bois, ou
seja, “tirar à sorte”
sorte” com pedaços de madeira. Mas como podemos
podemos ter a certeza
certeza de que os
dados alongados eram usados para divinação? Para tal, teremos de procurar referências
da época, não só gálicas, mas também romanas…

Tacitus, “ Dē Orīgine et sitū Germānōrum”,


Germānōrum”, Capítulo X:

“São [entre outros povos] ,


povos] , os que mais observam augúrios e oráculos. O
costume de tirar à sorte é simples. Cortam uma vara de árvore frutífera e espalham
discretamente, ao acaso, assinalando-as, sobre um pano branco.
branco.
 Depois, se houver consulta de interesse público, o sacerdote da cidade, ou o próprio
chefe
chefe de família
família,, no interess
interessee particul
particular,
ar, que
questio
stiona
na os deuses,
deuses, olhand
olhandoo os céus: peg
pegaa em
três ped
pedaço
açoss e interp
interpreta
reta-os
-os segund
segundoo o sinal
sinal gravad
gravado.
o.
Se houver proibição, nenhuma consulta se faz no mesmo dia dia acerca da mesma coisa; se
 permitirem, exige-se a confirmação dos auspícios.”
auspícios.”

Plīnius, “ Historia Nātūrālis”,


Nātūrālis”, Capítulo XXV:

“Os Gálios
Gálios utiliza
utilizam-n
m-nas
as (a verben
verbenaa [Verbena officinalis] macho e fêmea) para
tirar à sorte e para anunciar as profecias.”
profecias. ”

Estes dois relatos


relatos referem-se a uma prática
prática semelhante para fazer divinação
divinação através de
 pedaços de madeira,
m adeira, método que, juntamente com o uso de dados, é englobado na arte
da cleromancia.
Apesa
Ape sarr de o prime
primeiro
iro excert
excertoo citado
citado não sese referir
referir aos
aos Gálios
Gálios,, mas sim
sim aos
aos povos
povos
3
Germânicos , não deixa de ser curiosa
curiosa a vaga semelhança das duas práticas, sese bem que
o relato de Plīnius não é completo
completo o suficiente
suficiente para sabermos o método utilizado.
3
- É possível
possível postular
postular que
que o método
método descrito
descrito por Tacitus
Tacitus tenha sido o percursor
percursor da divina
divinação
ção através
através de
de
runas,
runas, como levado
levado a cabo mais popularm
popularmente
ente na Escandin
Escandinávia.
ávia.

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 No entanto, é de notar que Tacitus afirma que os Germanos eram os que mais tempo
dedicavam à prática de divinação através de métodos de tirar à sorte, de entre os povos
vizinhos,
vizinhos, ou seja,
seja, os Gálios
Gálios e, possivelm
possivelmente,
ente, os Bálticos.
Bálticos.

Contudo, existem
existem provas indiretas do uso de métodos de de tirar à sorte na Gália, queque estão
registada
registadass no calendário
calendário de Coligny.
Coligny. Neste
Neste valioso artefa
artefacto,
cto, encontram-
encontram-se,se, num dia
(aparente
(aparentemente
mente aleató
aleatório)
rio) do princípio
princípio de cadacada mês, as seguinte
seguintess inscriçõe s:  PRINNI 
inscrições:
 LAGET e
 LAGET  e PRINNI LOVDIN . A primeira primeira anotação
anotação aparec
aparecee apenas
apenas uma vez em cada cada mês
nefasto
nefasto (de 29 dias),
dias), enqua
enquanto
nto que a segusegunda
nda aparece
aparece duas vezes
vezes em cada mês propício
propício
(30 dias).
Como Xavier
Xavier Delama
Delamarrerre (2003:
(2003: 253) analisa,
analisa, facilmen
facilmente, termo  PRINNI corresponde
te, o termo  PRINNI  corresponde
a um
um gen
genitivo singular  prinnī 
itivo singular   prinnī , ‘da árvore/madeira’. A dicotomia entre laget e laget  e lou̯ din  – 
cuja etimolo
etimologia gia fica,
fica, na obra de de Delamarre
Delamarre,, por explicar
explicar nana totalidad
totalidadee – seria a de que que
nos meses nefastos, não se deveria levar a cabo a divinação através dos métodos de tirar  t irar 
à sorte,
sorte, por outro lado,lado, nos meses
meses propíc
propícios,
ios, já seria
seria apropriad
apropriadoo fazê-lo,
fazê-lo, no período
período
 propriamente assinalado
assinalado para tal atividade:
atividade: entre cada anotação de  Prinnī lou̯ din.
anotação de Prinnī din.
Apesa
Ape sarr de DeDelama
lamarre
rre (2003:
(2003: 253
253)) prefe
preferir ver  laget como
rir ver laget  como uma forma forma do verbo
verbo ‘deitar’
‘deitar’
‘pou
‘pousa
sar’r’ (*leg-e-)
*leg-e-) na terceira pessoa
pessoa do singular no presente do indicativo, não há forma
de explica
explicarr a voga
vogall interna /a/.
/a/. Assim sendo,
sendo, creio que
que seja mais simples
simples atribui r  laget a
atribuir  laget a
w
uma raiz *slh2 g  - (‘tomar’ ‘agarrar’) do Proto-Indo-Europeu, nomeadamente a uma
variação *(s)lh2 g- que deu origem ao Anglo-Saxónico læccan (‘agarrar’); *(s)lh2 g-
regularmente originaria um Proto-Celta *lag-e/o- e, consequentemente, o Gálico laget ,
ao qual atribuirei o significado de ‘guardar’ ‘armazenar’ (Kroonen 2013: 325). Portanto,
 Prinnī laget sign
laget significa
ifica ‘[ele] gua
guarda
rda das madeiras’
madeiras’..
Quanto a  Prinnī lou̯ din, din, De
Delalama
marrrree (200
(2003:3: 253)
253) menc
mencio iona
na que
que a expr
expres
essã
sãoo seri
seriaa
hipoteticamente aparentada ao Bretão luziañ, luziañ, ‘emara
‘emaranh ar’ (*lou̯ d-e/o-).
nhar’ d-e/o-). Contudo, lou̯ din
 provavelmente é mais do que um verbo, no sentido em que contém não só a raiz verbal
 já referida, mas também um clítico -in que corresponde à forma acusativa singular do
 pronome pessoal masculino is (‘ele’). Assim sendo, lou̯ din é uma contração de um
anterior  lou̯ de-in (‘emaranha-o’), pelo que  Prinnī lou̯ din significa ‘[tu] emaranha-o da
anterior lou
madeira’.

Proposta de Reconstrução

Toma
Tomanndo – no mín mínimo
imo – as prov rovas do calenlendári
dárioo de Co
Coli
liggny e os achados dos
arqueológicos de Bibracte como coincidentes e mutuamente explicativas, será que
reconstru
reconstrucion
cionistas
istas gálicos
gálicos pode
poderiam
riam aproveit
aproveitar
ar este método
método para as as suas prática
práticas,
s, de
modo a não terem de recorrer tanto a métodos de outras culturas?
A minha visão é que tal é, sem dúvida, possível, mas convém que se tenha noção noção de que
se trat
trataa de uma recons
reconstru
truçã
ção,
o, não
não de
de um métod
métodoo mirac
miraculo
ulosam
samententee resg
resgata
atado.
do. No
máximo, pode-se considerar que houve alguma inspiração divina na reconstrução deste
método,
método, uma vez vez que o contacto
contacto com osos deuses
deuses e o saber dos valores
valores que
que eles defende
defendem m
foi essenci
essencial
al para que este método
método fosse engen
engendrado
drado..

Contudo, além
além de basear
basear este sistema
sistema divinatório nos escritos de Plīnius e Tacitus, assim
como nos achados arqueológicos previamente referidos, irei ter em conta outro método
divinatório muito antigo, queque foi usado nos Estados Helénicos e no sudoeste da
Anatólia: a astragalomancia.
astragalomancia. Este método
método consistia,
consistia, na sua
sua forma original, em pegar
pegar em

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casos, e para colocar
colocar dúvidas, envie um email para: condeuios.andiligtos@gmail.com
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5 astrágalos4 aleató
aleatório
rioss – ou seja
seja,, ossos
ossos que articu
articulam
lam a tíbia
tíbia ao calc
calcân
âneo
eo – e lançá
lançá-lo
-los,
s,
ou em tomar apenasapenas um astrágalo e lançá-lo 5 vezes vezes sucessivas. Em tempos mais mais
recentes, foi cada vez mais comum ver dados com marcas negras a substituir os
astrágalo
astrágaloss de anima
animall e os seus curiosos
curiosos formatos
formatos com valor numérico
numérico próprio.
próprio. Fosse
Fosse
qual fosse a forma, a cada cada sequência
sequência específica de números e seu valor total era
atribuído
atribuído um verso
verso muitas
muitas vezes
vezes relativo
relativo a um deus ou deusa,
deusa, que
que serviria
serviria como
conselho.
Tendo em conta a influência dos Helenos sobre os Gálios, especialmente no que toca
trocas comerciais – sendo que que belíssimas
belíssimas objetos
objetos de origem helénica
helénica já foram achados
em túmulos
túmulos reais
reais gálicos,
gálicos, como
como em Vix Vix (Côte d’Or)
d’Or) – não é de todo
todo despropo
despropositad
sitadoo
 pensar que os Helenos poderão ter tido alguma influência em alguns aspetos da
sociedade gálica, sendo comum que inovações populares sejam transmitidas facilmente
entre culturas
culturas (Koch 2006: 1742-1743).
1742-1743).
Uma vez que o sistema atestado em Bibracte claramente requeria o uso de um sistema
de numerol
numerologia
ogia,, irei propor
propor um géner
géneroo de híbrido
híbrido entre
entre a astrag
astragalom
alomancia
ancia helénica
helénica e o
método gálico, com as necessárias adaptações à cosmovisão dos Gálios e demais povos
Celtas.

Antes de mais, é preciso ter em atenção o número de peças que foram encontradas, e
que se presume
presume ser
ser o número
número total do conjunto
conjunto (per figura
figura 5):

Número de pontos Tamanho Padrão


3 Médio (± 3cm) Organizado
4 Curto Organizado
5 Curto Desorganizado com uma marca
descentrada
5 Médio Organizado
6 Médio Desorganizado com marcas em
extremidades diferentes
6 Médio Organizado
7 Curto Organizado
9 Longo (5cm) Organizado e em fila única

Excl
Exclui
uind
ndoo a curcurio
iosa
sa sel
seleç
eção
ão dede núme
númeroross – algo
algo queque tam
també
bém
m ocor
ocorria
ria em
astragalomancia,
astragalomancia, se bem que com outros valores,
valores, mas, igualmente,
igualmente, sem critérios claros – 
creio que é necessário
necessário ter em conta a disposição atribuída a cada conjunto
conjunto de pontos.
Porque é que,
que, por exemplo, uma das peças
peças com 6 pontos temtem 4 juntos uns dos
dos outros,
mas 2 separados dos outros 4? E porque é que a outra peça com 6 pontos os tem clara e
 premeditadamente
 premeditadamente divididos em 3 conjuntos de 2 pontos? Dificilmente terá sido uma
decisão esporádica. A minha visão é que a forma como os pontos estão dispostos pode
influenciar qual o procedimento divinatório,
divinatório, pelo que tal será referido posteriormente.
posteriormente.

Tendo
Tendo em conta os relatos de Tacitus
Tacitus e de Plīnius,
Plīnius, os materiais
materiais podem
podem ser variados,
variados, se
 bem que o mais tradicional seria a madeira, que deu origem à expressão francesa  jeter 
de bouts de bois,
bois, que tem um “antece
“antecedente
dente”” numa inscrição
inscrição gálica
gálica tardia na telha
telha nº16
nº16
de Ch
Chât
âtea
eaububle au:: incorobo u̯ idō (‘para o atirar da madeira’), nominativo singular 
leau
inco
incoro
ronn u̯ idō
idō , semelhante ao Irlandês Antigo di chor cruinn (Delamarre 2003: 190).

4
- Em Heléni
Helénico
co Antigo: astrágaloi (ἀστράγαλοι).
Antigo:

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7

Porém, a julgar pelos dados achados em Bibracte, é perfeitamente possível e aceitável


usar outros materiais,
materiais, como osso e barro.

Em seguida, segue-se uma detalhada explicação da metodologia aplicada para utilizar 


este método divinatório.
O primeiro passo
passo deverá ser o fabricar
fabricar dos dados,
dados, com um ou mais materiais por 
conjunto, sendo
sendo que a escolha
escolha fica ao critério das
das preferências do praticante, ou das
limitações em achar os materiais. Creio que seja importante que as disposições de
 pontos sejam mantidas
mantidas idênticas
idênticas àquelas achadas
achadas no conjunto
conjunto de Bibracte.
Bibracte.

Em segu
seguida,
ida, os dados
dados devem,
devem, ideal
idealmente
mente,, ser
ser consagra
consagrados
dos a uma
uma divinda
divindade
de que
que possa
possa
ser identificada como
como tendo poder sobre certos tipos de divinação
divinação que envolvam
envolvam sorte;
 pessoalmente,
 pessoalmente, identifico Lugus como
como sendo o deus ideal para tal situação,
situação, não só devido
a compara
comparações
ções aos seus
seus semelh
semelhante
antess – Mercurius
Mercurius e Hermê
Hermêss – mas também
também porqu
porquee a sua
sua
iconografia nativa alude para capacidades proféticas não só de forma simbólica como
também
também por via de associa
associação
ção a animais
animais vistos
vistos como representa
representando
ndo a viagem
viagem entre
entre
mundos, como em Euffigneix e Lyon. Lyon. Porém, também é possível apelar
apelar a um deus solar 
 – Belenos, Grannos… – pois também se considerava que o sol tinha poderes oraculares
(como
(como em Roma e Estad Estados
os Helénico
Helénicos),
s), se bem
bem talvez
talvez fosse através
através de métod
métodosos que
recorriam ao uso de substâncias
substâncias psicoativas como
como o meimendro. Ou, então, talvez sejaseja
 possível apelar
apelar às Mātronās / Mātres, uma vez vez que estas podiam
podiam ser representadas
representadas a fiar,
um ato não só de importância doméstica, mas também representativo do destino (Green
1992: 194). Seja qual for a divindade a que se apela, os detalhes do funcionamento do
sistem
sistemaa dev
deverã
erãoo ser
ser minuc
minucios
iosame
amente
nte exp
explic
licad
ados,
os, de modo
modo a que este este poss
possaa
verdadeiramente servir como uma forma de comunicação entre o praticante e a
divindade5.
Os dados deverão ser guardados num saco ou pequena caixa, para que possam ser 
transportados fácil e seguramente, e para queque possam ser ocultos da visão daqueles
daqueles que
 procurariam interferir no processo
processo de tirar à sorte.

Uma vez que a consagração tenha sido completa, é possível começar a usar o método
em questão.
questão. Todavia, existem duas “limitações”:
“limitações”: a primeira é que este método não não é
feito para atribuir simples respostas positivas ou negativas, uma vez que a interpretação
é feita através de versos. As questões a apresentar ao deus ou deusa devem estar num
forma
formatoto semelha nte a:  posso prosseguir em X situação?  Não quer isto significar que
semelhante
seja imposs
impossível
ível dedu
deduzir
zir uma resposta
resposta tão
tão clara e satisfa
satisfatória
tória quanto
quanto um ‘sim’
‘sim’ ou um
‘não’, mas as previsões terão um cariz mais semelhante a conselhos.
O segundo e último ponto a ter em conta, é mais uma recomendação do que uma
limitação, dependendo
dependendo das necessidades
necessidades do praticante.
praticante. Pessoalmente,
Pessoalmente, quando
quando pratico
divinação prefiro
prefiro tentar entrar num
num estado mental
mental diferente do normal,
normal, ou seja, num
estado com perceções
perceções mais “elevadas”.
“elevadas”. Algo semelhante ao ao transe, de modo a melhor 
colocar-me num estado em que seja mais fácil receber sugestões do divino 6, sem ter 

5
- De forma
forma semelh
semelhant
antee ao que
que ocorria
ocorria entre
entre Helen
Helenos
os e Nórdi
Nórdicos
cos,, era norma
normall consag
consagrar
rar um sistem
sistemaa
h
divina
divinatóri
tórioo a um deus
deus espe
específi
cífico:
co: entr
entree Heleno
Helenos,s, poder
poderia
ia ser Herm
Hermêsês e/ou
e/ou Apó
Apóllō
llōn, émis,, ou Athēnâ,
n, T émis
mais normalment
normalmente; e; por outro lado, entre os Nórdicos,
Nórdicos, sabemos
sabemos que Óðinn teria sido a melhormelhor escol
escolha,
ha,
uma vez que este era visto como criador das runas runas que compõem o  Futhark Mais
 Futhark Mais Velho.
Velho. Isto significa
significa que
as questões
questões para as quais
quais se
se desejasse
desejasse uma resposta
resposta seriam dirigidas
dirigidas ao deus
deus responsáv
responsávelel pelo
pelo método
método
divina
divinatóri
tórioo a ser
ser usado.
usado.
6
- Frequenteme
Frequentemente nte crê-se
crê-se que,
que, em certos
certos métodos
métodos dede divinaçã
divinação,
o, a respetiva
respetiva divindade
divindade padroeira
padroeira
influencia
influencia o vaticin
vaticinador
ador enquanto
enquanto este pratica
pratica a sua arte.

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interferências das preocupações do dia-a-dia que, por vezes, são difíceis de abandonar,
nem que momentaneamente.

Antes de interagir com os dados, o adivinho deverá proferir uma prece em que confia o
ato a um deus.
deus. No cimo
cimo de
de umauma montanh
montanha,
a, perto
perto da antiga
antiga localida
localidade
de de Adad
Adada,a, na
na
região
região de Pisi
Pisidía
día (Anató
(Anatólia)
lia),, foi encon
encontra
trada
da uma longa
longa oração
oração aos deu
deuse
sess que
que regia
regiam
ma
astragalo
astragalomanc
mancia;
ia; segue-se
segue-se o primeiro
primeiro conjunto
conjunto de versos
versos (Heineve
(Heinevetter
tter 1912: 34-35):
34-35):

“Senh
Senhor
or Apól
Apóllō
lōnn e “Δέσ
“Δέσπο
ποτα
τα Ἀπόλ
Ἀπόλλωλωνν καί
καί “ Déspota Apóllōn kaí 
kaí 
h
 Hermês, guiem-nos! Ἑρμεία,
Ἑρμεία, ἡγεῖσθαι
ἡγεῖσθαι  Hermeía, hēgeîst  ai
 E a ti que vagueias, te Ἀντίοχος καί Βιάνωρ,  Antíok hos kaí Biánōr,
dizemos isto: παροδεῖτα,  parodeîta,
 Aquieta-te. Aprecia a Ἵοδευ καί χρησμῶν  Híodeu kaí k hrēsmō̂ n
excelência
excelência do
do oráculo,
oráculo, αρετῆς απόλαυσον. aretē͂s apólauson.
 Pois Apóllōn P hoîbos Ἡμεῖν
Ἡμεῖν γὰρ εκ   Hēmeîn gàr ek 
deu-a para nós, προγόνων
προγόνων μαντοσύνην
μαντοσύνην  progónōn mantosúnēn
 Esta arte da divinação, Τήν
Τήν οἱ πόρε
πόρε Φοῖβ
Φοῖβος
ος Tḗn hoi póre
póre Phoîb
Phoîbos
os
dos nossos ancestrais.”
ancestrais.” Ἀπόλλων.”  Apóllōn.”
 Apóllōn.”

Esta oração era proferida por parte do vaticinador,


vaticinador, dirigindo-se não só aos
aos deuses, mas
também à pessoa que o consultava.
Atualmente, pode optar-se por uma tradução e adaptação desta oração, ou por uma da
autoria do praticante, que pode ser, como já foi referido anteriormente, dirigida a uma
ou mais divindades (podendo omitir-se o “cliente”).

O método de tiragem irá seguir o relato de Tacitus, na medida em que todas os dados
devem ser
ser atirados para cima de um pano branco, branco, sendo que, seguidamente,
seguidamente, devem
devem ser 
ser 
escolhido
escolhidoss 3 dado
dadoss – tudo isto por parte do vaticina
vaticinador
dor que tem os olhos
olhos fechados
fechados – que
o vaticinador irá,
irá, então, interpretar
interpretar de acordo com os valores numéricos
numéricos obtidos e a
organização do padrão de cada dado.
 No geral, todos os valores obtidos devem ser somados de modo a obter-se um número
total; porém, existe uma regra essencial: um dado com 5 ou 6 pontos bem organizados 7,
será somado aos outros que o acompanham, enquanto que um dado com 5 ou 6 pontos
desorganizados8, será
será subtra
subtraído.
ído. A título
título de
de exemplo
exemplo,, imagina
imaginando
ndo que o praticante
praticante
selecion
selecionaa os dados
dados 3, 6 (bom),
(bom), e 9,9, todos
todos estes
estes pontos
pontos deverã
deverãoo ser somados
somados de modo
modo a
que se
se obtenha
obtenha um total
total de 18 pontos
pontos.. Todavia,
Todavia, se tivesse
tivesse tirado
tirado 3, 6 (mau),
(mau), e 9 – 
reorganiza
reorganizados
dos como 9+3-6 – o total total seria
seria de 6 pontos.
pontos.
 No caso de se obter um número inferior a 0 ou superior a 21, o adivinho deve reunir 
todos os dados
dados no recipie
recipiente,
nte, e voltar
voltar a lançá-los.
lançá-los.
A tabela
tabela abaixo fornece
fornece todas as combinações
combinações e totais possíveis:

Número de pontos por dado Total


3 4 5 (bom) 12
3 4 5 (mau) 2
3 4 6 (bom) 13
3 4 6 (mau) 1
3 4 7 14

7
- Assinala
Assinalado
do como
como ‘bom’,
‘bom’, na tabela.
tabela.
8
- Assinala
Assinalado
do como ‘mau’.

 Não reproduza, em papel ou eletronicamente, nem cite este documento sem autorização do autor. Em tais
casos, e para colocar
colocar dúvidas, envie um email para: condeuios.andiligtos@gmail.com
condeuios.andiligtos@gmail.com
9

3 4 9 16
3 5 (bom) 5 (mau) 3
3 5 (bom) 6 (bom) 14
3 5 (bom) 7 15
3 5 (bom) 9 17
3 6 (bom) 4 13
3 6 (bom) 6 (mau) 3
3 6 (bom) 7 16
3 6 (bom) 9 18
3 7 9 19
4 5 (bom) 5 (mau) 4
4 5 (bom) 6 (bom) 15
4 5 (bom) 6 (mau) 3
4 5 (bom) 7 16
4 5 (bom) 9 18
4 6 (bom) 6 (mau) 4
4 6 (bom) 7 17
4 6 (bom) 9 19
4 7 9 20
5 (bom) 6 (mau) 6 (bom) 5
5 (bom) 6 (bom) 7 18
5 (bom) 6 (bom) 9 20
5 ( bom)
 bom) 7 9 21
6 (mau) 5 (mau) 3 4
6 (mau) 5 (mau) 4 5
6 (bom) 5 (mau) 4 5
6 (bom) 5 (bom) 5 (mau) 6
6 (bom) 5 (mau) 9 10
6 (bom) 7 9 22  nulo, repetir 
7 5 (mau) 3 5
7 5 (mau) 4 6
7 5 (bom) 5 (mau) 7
7 6 (mau) 3 4
7 6 (mau) 4 5
7 6 (mau) 5 (bom) 6
7 6 (mau) 5 (mau) -4  nulo, repetir 
7 6 (bom) 6 (mau) 7
9 5 (mau) 3 7
9 5 (mau) 4 8
9 5 (bom) 5 (mau) 9
9 6 (mau) 3 6
9 6 (mau) 4 7
9 6 (mau) 5 (mau) -2  nulo, repetir 
9 6 (mau) 5 (bom) 8
9 6 (bom) 6 (mau) 9
9 7 5 (mau) 11
9 7 6 (mau) 10

 Não reproduza, em papel ou eletronicamente, nem cite este documento sem autorização do autor. Em tais
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colocar dúvidas, envie um email para: condeuios.andiligtos@gmail.com
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10

Uma
Uma vez
vez obti
obtido
do o núme
númeroro tota
totall de pon
ponto
tos,
s, o vatic
vaticin
inad
ador
or dev
devee cons
consul
ultar
tar o res
respe
petiv
tivoo
orácu
oráculo
lo – que pod
podee ser
ser lido
lido abaix
abaixoo – atrav
através
és de
de uma
uma corres
correspon
pondên
dência
cia entre
entre o númer
númeroo e
uma das letr
letras
as do alfabe
alfabeto.
to.

Total Letra e Preceito Oráculo


1 A A fé trará
trará boas
boas colhe
colheita
itas,
s, tal como
como as eterna
eternass macieir
macieiras as de
aballā –
aballā – macieira  Nantosu̯ eltā dão frutos para os imortais.
B Ao redo
redorr do lume
lume senta
sentam-s
m-see os aliado
aliados,s, pois
pois inspir
inspiradadoo é o
2  Briganti̯
 Briganti̯ ā / Brigindū / Bergūsi̯
 Bergūsi̯ ā hosped
hospedeir
eiroo que partil
partilha
ha a sua rique
riqueza.
za.
/ Belisamā
3 C Tal como
como a ovelha
ovelha é protegida
protegida do lobo,lobo, também
também o homem
homem
cagi̯ os –os – cercado se deve acautelar, pois a miséria é sagaz. sagaz.
4 D Sob
Sob a árvo
árvore
re de
de asse
assemb
mble leia
ias,
s, mais
mais árdárdua
ua sob
sob o céu céu,, o
deru̯ os – os – carvalho digno rei não pode ser detido.
5 Đ Aind
Aindaa que
que perd
perdid
idoo na escu
escuriridã
dão,
o, a Rain
Rainhaha da No Noititee não
não
 Đīronā
 Đīronā abandona
abandona os devot
devotos,
os, e ilumina
ilumina o caminho
caminho propício.
propício.
6 E A bênção de Cernunnos
Cernunnos traz alegria, mas deve ser bem
ecus –
ecus – gado vigiada, pois outros podem tomá-la.
7 F A mamarcha das águas não te tem fifim, tal co como as su suas
 frutu̯ ā – fluxo dádivas
dádivas para
para quem dá.dá.
8 G Em céu, terra, e pântano,
pântano, o seu canto anuncia anuncia o fluir dos
 garanos –
 garanos – garça ciclos.
9 I Em fogo
fogo o metal transforma
transforma-se, -se, e combate
combate a carne,
carne, mas
īsarnon –
īsarnon – ferro ele próprio também pode transformar.
10 ̯I  Nenhum Homem está sozinho, pois vínculos firmes, fi rmes, sob
i̯ ugos –
ugos – jugo o olhar e verdade de Lugus e do Tōtātis.
11 L Quando a dor aperta a visão, a obra é poluída, e o seu
lagu –
lagu – aflição senhor
senhor deve libertar-s
libertar-se.
e.
12 M Cada trilho é domínio do Errante Lugus, Lugus, mas é o viajante
viajante
mantālon –
mantālon – estrada que tem de escolher qual percorrerá.
percorrerá.
13 N Os feitos de cada
cada Homem ditam a sua sua digna porção,
porção, sob a
namau̯ s – distribuição regência de Ogmi̯os, herói em palavra e clava.
14 O Inim
Inimig
igoo de jove
jovens
ns e velh
velhosos,, com
com forç
forçaa na noit
noite,
e, o seuseu
ō χton  – frio veneno
veneno só poupa
poupa o urso.
P O vassalo ocioso reconhece quando o castigo é digno. O
15  poe̯ tus –
tus – punição vassalo prudente procura a excelência para evitar o
castigo.
Qu ̯ A mentira
mentira é licor que envenena
envenena,, a verdade
verdade é água que
16 qu̯ aris –
aris – justeza nutre. Quem verte retidão, será brindado com honra
 perpétua pelos bardos.
17 R  Sábio é aquel
aquelee que faz provisões
provisões parapara o inverno,
inverno, com elas elas
riu̯ ros –
ros – gordura  protegerá a sua
sua raiz e sementes.
sementes.
18 S O do OlhaOlharr Ampl
Amploo é vigi vigiaa do mun mundo do.. Prot
Proteg eger
eráá da
 sonnos –
 sonnos – sol doença
doe nça,, e que
queima
imará
rá o gelo.
gelo.
19 T Virão chuva e relâmpago, e vento irado, mas a
Taranus  prosperidade nascerá.
nascerá.

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11

20 U Apesarr de
Apesa de não batalh
batalhar,
ar, até o artesã
artesãoo deve
deve deb
debate
ater-s
r-see ao
Uqu̯ etis  praticar o seu ofício.
21 U
̯ O instrumento do do veloz incursor, que reconhece a ordem
u̯ egnos –
egnos  – carro de guerra  para libertar a fúria dos seus corcéis.
corcéis.

Bibliografia

Delamarre, Xavier (2003),  Dictionnaire de la Langue Gauloise,


Gauloise, Éditions
Errance, Paris.

Green, Miranda J. (1992), Symbol


Symbol and Image
Image in Celtic Religious
Religious Art , Routledge,
London.

Heinevette
Heinevetter,
r, Franz. (1912), Würfel-
Franz. (1912), Würfel- und Buchstabeno
Buchstabenorakel
rakel in Griechenland
Griechenland und 
 Kleinasien,
 Kleinasien, Breslau.

Koch, John T. (2006), Celtic Culture: a Historical Encyclopedia,


Encyclopedia, ABC-CLIO,
California.

Kroone
Kroonen,
n, Guus (2013),,  Etymological Dictionary of Proto-Germanic, Leiden,
Guus (2013)
Brill.

Landeau, Christian (2000),


(2000), “Les
“Les Druides Gaulois – Exposition Temporaire
Temporaire du 29
avril au 5 novembre 2000” in  Révue l’Archéologue (nº spécial),
spécial), Centre
Centre Archéolog
Archéologique
ique
Euro
Europé
péen
en du Mont
Mont Beuv
Beuvraray.
y.

Mortensen
Mortensen,, Jenna
Jenna (2013),
(2013), “Astraga
“Astragaloi:
loi: Greco-Ro
Greco-Roman
man Dice
Dice Oracles”
Oracles” retirado
retirado de
https://ladyofbones.files.wordpress
https://ladyofbone s.files.wordpress.com/2013/06/astrag
.com/2013/06/astragaloi-handout.pdf 
aloi-handout.pdf 

Plīnius, Historia Nātūrālis.
Plīnius, Historia Nātūrālis.

Tacitus, Dē Orīgine et sitū Germānōrum.


Tacitus, Dē Germānōrum.

Agradecimentos

ietárrio e autor do blog  Deo Mercurio9, pela


Ao proprietá pela insp
inspir
iraç
ação
ão provis
provisio
iona
nada
da ao
 partilhar o seu próprio método de divinação baseado em  gramatomancia  por via do
alfabeto Lepôntico 10, assim
assim como
como pela
pela partilh
partilhaa de opin
opiniõe
iõess quan
quanto
to à verten
vertente
te helé
helénic
nicaa da
arte da astragalo
astragalomanc
mancia.
ia.

9
- https://deomercurio.wordpress.com/
10
- https://deomercurio.wordpress.com/2015/11/28/lepontic-g
https://deomercurio.wordpress.com/2015/11/28/lepontic-grammatomancy-in-verse/
rammatomancy-in-verse/

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