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ECO, U. SEBEOK, T. O signo de três. São Paulo. Perspectiva, 2008. cap. 10.

Hipótese ou abdução hipercodificada – diz de uma dedução praticamente automática


que é feita pelo leitor. O processo de interpretação – decodificação de um código – é
feita de maneira automática ou semiautomática, a não ser que o leitor se depare com
algo que o exija um esforço maior que o usual, como quando está diante de um idioma
que ele não conhece. (dedução automática)

Abdução hipocodificada – diz que, no processo de dedução, o indivíduo escolherá a


resposta que for mais lógica/ provável dentre a série de regras prováveis que forem de
seu conhecimento. Ele escolherá a opção mais plausível, mesmo que ela não seja a mais
correta, tendo como base seu conhecimento, apenas cogitando as explicações da regra
que poderão ser verificadas com testes posteriores. (dedução lógica)

Abdução criativa – diz de uma capacidade em inventar uma nova lei através do
exercício da mente imaginativa. Trata-se da realização de uma meta-abdução. (dedução
criativa)

Meta-abdução – diz de uma dedução feita entre o universo possível da dedução e o


universo da experiência, ou seja, é como o “balanço” feito ao se comparar a dedução
criativa e as deduções lógica e automática, verificando se a dedução é possível dentro da
realidade conhecida.

O signo não possui o objetivo de ser um signo. Ele é lido como signo por alguém que
busca interpretá-lo. É o que observamos na história de Zadig, quando ele analisa os
rastros deixados pela cadela da rainha e o cavalo do rei, interpretando-os e deduzindo
suas características físicas com uma lógica bastante precisa.

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