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Vinicius Cesar

(Re)Síntese
(junho 2016)

Para Flauta, Vibrafone e Viola


Introdução
(Re)Síntese faz menção ao processo criativo, o qual acredito que seja composto por três
momentos: Percepção, análise e síntese. Tal conceito serviu de guia para a constituição e escolha
de matérias que serviram de estruturas para a composição da obra.

O material inicial desta peça teve origem a partir de um agragado harmônico presente em uma
obra de Pierre Boulez, o qual se destacou em meio a textura (percepção). Com esse agregado
harmônico em mãos, as especulações acerca das possibilidades sonoras revelaram toda sua
potencialidade (análise), onde através de processos markovianos pôde-se dar origem a um novo
agregado harmônico (síntese) que serviu como material para a composição desta obra.

No entanto, não se trata de uma citação, mas sim de um processo cognitivo ligado a criação, onde
arquétipos são transformados dando origem a novas estruturas sem deixar de nos remeter a sua
origem, ou seja, um processo de (Re)Síntese. O que era em Boulez um agregado harmônico,
agora passa a compor outro universo.
Aspectos gerais

• Multifônicos de flauta serão indicados com um diagrama mostrando seu dedilhado especifico

acima das notas que devem soar. Ex.

• Harmônicos da viola serão indicados por três notas com diferentes cabeças. A primeira de
baixo para cima indica a corda onde deve ser executado o harmônico, a segunda onde deve

ser colocado o dedo e a terceira a nota que soará. Ex.


Harmônicos naturais serão indicados pela abreviação nat. acima das notas.
• Ricochet ad lib. da viola no compasso 22 deve ser
executado jogando o arco do talão à ponta sobre a corda e o deixando ricochetear
livremente sem se preocupar com a rítmica. A ultima nota do glissando deve ser
atacada com arco para cima.

• No vibrafone a palavra arco indica a utilização do arco para


produzir as notas indicadas. Deve-se friccionar o arco nas teclas correspondentes.

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