FACULDADE ANCLIVEPA

GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA

IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA ANIMAL DE PRODUÇÃO EM BOVINOS DE

LEITE

THAÍS NASCIMENTO RAIMUNDO

SÃO PAULO
2021
 FACULDADE ANCLIVEPA

THAIS NASCIMENTO RAIMUNDO

IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA ANIMAL DE PRODUÇÃO EM BOVINOS DE

LEITE

Projeto Final de semestre apresentado para avaliação

do Curso de Zootecnia, Nível de Graduação,
Faculdade Anclivepa, SP.

Orientadora: Prof. Vânia Fournou

SÃO PAULO
2021
 SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................01
2 DADOS DA PROPRIEDADE..................................................................................02
3 RAÇA DE BOVINO DE LEITE..............................................................................03
3.1 JERSEY......................................................................................................................04
4 ESTRUTURAS NECESSARIAS.............................................................................05
4.1 ESTRUTURA............................................................................................................05
5 GALPÃO ...................................................................................................................06
6 ESTÁBULO...............................................................................................................07
7 CURRAL DE ESPERA............................................................................................08
8 CURRAL DE ORDENHA.......................................................................................09
9 DEPÓSITO DE MATERIAIS.................................................................................10
10 PASTAGEM..............................................................................................................11
11 ALIMENTAÇÃO......................................................................................................13
12 CONCLUSÃO...........................................................................................................14
13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................15
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1. INTRODUÇÃO

Neste projeto iremos abordar a implantação de sistema animal de produção de leite em

fazenda de 250 hectares, arrendada para milho em grão transformando em silagem de milho,
localizada em Castro – Paraná.

Iremos abordar sobre raça de gado leiteiro, estruturas necessárias e plantação já criada
para alimentação.

O gado leiteiro deve ser escolhido de acordo com a região proposta, pois não é todos os
gados que se adaptam em regiões frias ou tropicais. Escolhendo a raça certa com as
características da região o produtor irá conseguir ter uma produção com ótima qualidade, não
tendo intercorrências com os gados.

Para criar gados também é necessário que o produtor tenha estrutura em sua fazenda,
garantindo o bem-estar do animal. A estrutura é um dos pontos de bem-estar que faz com que
o gado produza o produto com qualidade.

A alimentação desses animais é rígida, então caso a fazenda já tenha uma plantação
podemos ver a disponibilidade de transformar essa cultura em alimento para os gados criados.
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2. DADOS DA PROPRIEDADE

Objetivo: Criação de Bovino de Leite

Cidade: Castro – Paraná

Metragem: 250 Hectares

Fazenda Arrendada para o milho em grão ARRENDADA PARA O MILHO EM GRÃO

Produtor quer transformar milho em grão para silagem de milho.

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3. RAÇA DE BOVINO DE LEITE QUE PODE SER UTILIZADAS EM CASTRO –

PARANÁ

Para que o produtor tenha ótimos resultados de produção, é necessário que o zootecnista
auxilie na escolha dos animais que se adaptam com a região proposta pelo produtor.

Indicamos para a produtora Vania Fournou, o inicial de 20 gados leiteiros da raça Jersey
com base na região proposta, para o início de produção de vacas leiteiras.
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3.1 JERSEY

Jersey é uma raça é de porte médio, possui característica rustica dentre as raças leiteiras
de origem europeia.

Essa raça adapta-se em regiões de baixa e alta temperatura. Ela está presente em quase
todos os estados brasileiros, no paraná essa raça é bem comum.

Jersey é uma das raças com maior importância econômica na produção de leite, possui
boa produtividade, alta fertilidade, boa facilidade de parto, além disso ela produz leite com altos
teores de sólidos, principalmente gordura e proteína.

Algumas limitações dessa raça é a vulnerabilidade á mastite, cetose e febre do leite. Sua
produção média é de 4.500 kg, com 5,3% de gordura e 3,8% de proteína.

Tabela 1. Características produtiva e reprodutivas de animais da raça Jersey

CARACTERISTICA MÉDIA
Produção de leite em 305 dias 4,500 kg
Produção diária 15,0 kg
Teor de gordura 5,3%
Teor de proteína 3,8%
Idade ao primeiro parto 28 a 30 meses
Intervalo de partos 13,8 meses
Fonte: Embrapa EAD Gado de Leite
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4. ESTRUTURAS NECESSARIAS

Para criação de gado leiteiro, é necessário que o animal tenha estrutura de qualidade
para que ele possa desenvolver suas atividades da melhor forma e produzir um produto de
qualidade.

4.1 ESTRUTURA

A estrutura para a criação de gados é muito importante, pois para que os gados tenham
ótimos resultados é necessário que tenha uma boa qualidade de vida e bem-estar.

Para que os gados sejam criados com qualidade de vida e bem-estar é necessário que o
local tenha:
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5. GALPÃO

Figura 1- Galpão para gado

No galpão será construído toda estrutura desde o estabulo até deposito de materiais. Então
é necessário que:

• Permita que os animais fiquem de pé;

• Possua ventiladores para expulsar do ar quente do seu interior;
• Tenha muretas nas laterais em substituição às paredes;
• Tenha espaço interno grande o suficiente para que um trator possa trabalhar;
• Tenha teto angulado, permitindo ao ar quente migrar para a ponta do telhado. No meio,
um lanternim, abertura no meio do galpão por onde o ar quente produzido pela vaca e
pela cama sai mais facilmente.
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6. ESTÁBULO

Figura 2 – Estabulo – Vaca Jersey alimentando-se em estabulo.

O estabulo serve para que os animais seja alimentado, medicado e tenha seu momento
de descanso.

É necessário que o estabulo tenha baias individuais permitindo que o animal alcance o
alimento e a água sem esforço, e que o animal possa deitar-se para dormir. Pois isso auxilia no
bem-estar da criação e, um ambiente confortável que diminui o nível de stress.

Dentro das baias é necessário que tenha camas de serragem, porém é necessário
que tenha o piso, ele é todo cercado por uma mureta de concreto de 1,20 de altura. Sobre ele é
depositada uma cama de serragem de madeira (de aproximadamente 15 centímetros. As
fibras da madeira e os dejetos, fezes e urina, são os ingredientes do composto. Uma vez por
mês, é colocado uma nova camada de serragem, porém bem mais fina que a primeira. À medida
que o tempo vai passando, a cama vai subindo até encher o cercado, ou seja, até alcançar a
altura da mureta.
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7. CURRAL DE ESPERA

Figura 3 – Curral de Espera – Vacas Jersey deitadas em curral de espera.

O curral de espera é a infraestrutura de recepção dos animais vindos da pastagem, neste

local os animais estão à espera da ordenha, sem acesso à alimentação suplementar. Para
manuseio de 20 animais adultos, o curral de espera deve ser de aproximadamente 8,10 x 5,80
m (47 m2). Preferencialmente, o piso deve ser de concreto ou cimentado, garantindo maior
durabilidade, mas pode ser também de bloket, pedra, piçarra ou mesmo de chão batido, pois
diminui o custo. O declive deve ser de 2% a 4%.
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8. CURRAL DE ORDENHA

Figura 4 – Curral de Ordenha – Vacas Jersey sendo ordenhada no curral de ordenha.

O curral de ordenha permite que as vacas fiquem posicionadas num único sentido, presas
a argolas de ferro. A área depende do número de vacas em cada grupo de ordenha, sendo
recomendado um espaço 1,5 m por vaca. Recomendam-se grupos de 4 animais, numa sala de
24 m2 (6 x 4 m), o que permite um bom espaço para manejo. O piso deve ser de concreto,
cimentado ou de bloket, com um declive de 2%.
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9. DESPÓSITO DE MATERIAIS

O depósito de materiais, é um compartimento isolado do restante do curral, construído

em alvenaria e permitindo o acesso pela sala de ordenha e pela área externa ao curral. O acesso
externo deve ser utilizado para a entrada de materiais e para limpeza periódica do local. Deve
ser forrado, pintado com cal e piso cimentado.
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10. PASTAGEM

Figura 5 – Pastagem – Vacas Jersey em pastagem.

O solo deve ser preparado para que a forrageira escolhida seja plantada, sendo realizado
o controle de insetos e pragas. Cabe ressaltar, também, que é fundamental fazer o manejo
adequado da cultura. Para isso, monitore regularmente a pastagem quanto ao ataque de pragas
e à infestação de ervas daninhas.

Deve-se lembrar de fazer o manejo da cultura de acordo com a estratégia do pastejo

rotacionado, respeitando os períodos de descanso em cada área para que a cobertura vegetal se
recupere. Com essas etapas, é garantido que a pastagem será de qualidade para o rebanho.

No local da pastagem é necessário que tenha bebedouros disponíveis com água limpa para o
rebanho.

A cerca elétrica da pastagem é formada por um sistema simples, consistindo em um

eletrificador, que emite os pulsos elétricos de curta duração, baixa corrente e alta voltagem.
Caso o animal encoste no fio, a energia passa pelo corpo do animal até atingir o solo, causando
um incômodo semelhante a uma forte agulhada.

O choque da cerca elétrica instaladas não causa dor, nem danos à sua integridade física,
mas atua como uma barreira psicológica, que desmotiva o animal avançar contra a cerca pela
lembrança do desconforto.
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Suas vantagens são:

• Facilidade e agilidade na implementação;

• Versatilidade de aplicações;
• Viabilidade econômica
• Facilidade no manejo
• Capacidade de amansar animais.
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11. ALIMENTAÇÃO

Foi informado que a fazenda é arrendada para o milho, então para realizar a mudança
de milho em grão para silagem de milho, é necessário que a colheita seja feita seja antes do
tempo, em ¼ pastoso.

Interessante também que inclua outros tipos de forrageiras, possuindo proteína bruta,
matéria mineral, fibras e matéria seca.
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12. CONCLUSÃO

Neste projeto concluímos que para realizar uma implantação de sistema animal de
produção de leite é necessário que um profissional zootecnista escolha o gado que tenha
adaptação de acordo com a região proposta, criando uma estrutura de bem-estar como galpão,
curral de descanso, curral de ordenha, deposito de matérias e uma boa qualidade de alimentação
podendo ser utilizado plantações já criadas na fazenda proposta.

Todo projeto deve-se ser acompanhado por um profissional da área para que não haja
intercorrências, fazendo com que o fazendeiro tenha gastos desnecessário e perca de matérias e
produtos.
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13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COMO COMEÇAR UMA FAZENDA DE GADO DE LEITE. Procreare, 2016. Disponível

em: https://procreare.com.br/como-comecar-uma-fazenda-de-gado-de-leite/. Acesso em junho/
2021

TEIXEIRA, Silvana. Estábulos confortáveis melhoram a produtividade de cava leiteira.

Cursos CPT, 2021. Disponível em: https://www.cpt.com.br/cursos-bovinos-
gadodeleite/artigos/estabulos-confortaveis-melhoram-a-produtividade-de-vacas-leiteiras.
Acesso em junho/2021

VEIGA, Jonas. Criação de gado leiteiro na Zona Bragantina. Embrapa, 2006, Belém/PA.
Disponível em: https://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/389698/1/Cap6.pdf.
Acesso em junho/2021

BELGO. 5 Passos para obter uma pastagem de qualidade para o rebanho. Arames Belgo,
2020. Disponível em: https://blog.belgobekaert.com.br/agro/pastagem-de-qualidade/. Acesso
em junho/2021

BELGO. Cerca elétrica para pastejo. Arames Belgo, 2020. Disponível em:
https://blog.belgobekaert.com.br/agro/cerca-eletrica-para-pastejo-rotacionado/. Acesso em
junho/2021

MELHORAMENTO GENÉTICO E CONTROLE ZOOTECNICO PARA PRODUÇÃO

DE LEITE. Curso E@D Leite, Modulo 1 – Embrapa.