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Não compete ao Judiciário, no controle de legalidade, substituir banca examinadora para

avaliar respostas dadas pelos candidatos e notas a elas atribuídas.


Excepcionalmente, é permitido ao Judiciário juízo de compatibilidade do conteúdo das
questões do concurso com o previsto no edital do certame
Não há ilegalidade na imediata execução de penalidade administrativa imposta em PAD a
servidor público, ainda que a decisão não tenha transitado em julgado administrativamente.

Primeiro, porque os atos administrativos gozam de autoexecutoriedade, possibilitando que


a APU realize, através de meios próprios, a execução dos seus efeitos materiais,
independentemente de autorização judicial ou do trânsito em julgado da decisão
administrativa.

Segundo, pois os efeitos materiais de penalidade imposta ao servidor público independem


do julgamento de recurso interposto na esfera administrativa, que, em regra, não possui
efeito suspensivo
Critérios de definiçã o do d. administrativo
1) Exegética, Compilado de leis e suas interpretações É critério unidimensional, simples,
empírica, pelos tribunais administrativos unitário.
caótica ou
legalista Desprezava a carga normativa dos Conjunto de leis adm’s vigentes no país
princípios! em dado momento
2) Do poder Somente o poder EXECUTIVO Princípios regentes da organização e
executivo atividades do executivo
3) Relações Relacionamento da APU com os Insuficiente, porém não é errado. O que
jurídicas administrados fazer com os demais direitos que se
relacionam com os administrados?
4) Do serviço Toda atividade do estado se resume a Regula, institui e organiza o
público serviço público funcionamento dos serviços.
Não faz distinção entre atividades de
gestão e de império (considera como um
todo)
Escola puissance publique: [trf 1 2x] o Gestão = Estado atua em posição de
 Diferencia-se da esc. do serviço público igualdade com os cidadãos, regendo-se
 D.A. = coerção e pelas prerrogativas pelo direito privado
inerentes aos atos de império o Império = Estado atua com autoridade
sobre os particulares, tomando decisões
 Atividades de gestão X de império unilaterais, regidas por um direito
exorbitante
5) Teleológico ou Regras e princípios que disciplinam a Aceito no BR, porém doutrina o
finalista atividade do Estado para alcançar seus fins considera insuficiente
6) Residual ou Por exclusão; D.A. É tudo o que não for atividade
negativista judicial ou legislativa

7) Da adm pública Conjunto de princípios que rege a APU O mais aceito pela doutrina
como FORMA DE ATIVIDADE, define suas
pessoas adm, organização e agentes

8) Da distinção  De um lado a atividade exercida (não Considera o sentido OBJETIVO (ativ


entre atividade contenciosa) concreta exercida) e o sentido
jurídica e social  Do outro, os órgãos que a regulam SUBJETIVO (órgãos do estado que
do Estado exercem aquela ativ)
9) Hierarquia Diferencia o D.A. do D.C., classificando Criticado, pois o D.A. também se ocupa
orgânica órgãos do Estado em Superiores e do estudo de órgãos superiores
Inferiores.
O D.A rege os órgãos INFERIORES.
O D.C. rege os órgãos SUPERIORES.

Nosso D.A. é não contencioso!


Critérios da APU em sentido estrito
Formal, Orgânico e Subjetivo. Funcional, Material e Objetivo.

FOS FUMOB
[S de sujeitos] [Atividades]
Conjunto de ÓRGÃOS, PESSOAS, AGENTES ATIVIDADES exercida pelo estado
que integram a adm e EXERCEM FUNÇÃO
ADM. Atividades concretas e imediatas

[Quem realiza?] [O QUE REALIZA?]

O particular em colaboração que, apesar de


executar função pública, não deixa de ser
particular e não integra a APU, ainda que
considerada sob o aspecto subjetivo (TCE
RN).
Adm se confunde com os sujeitos que a Poder de polícia
integram Serviço público
Fomento
Não importa o que é feito, mas sim por Intervenção
quem é feito.

Ato adm é o que ditam os órgãos adm; adm pública


exclui-se os atos emanados pelo legis e jud, [minúscula]
ainda que de mesma natureza Confunde-se com a função administrativa

Acepção operacional [di pietro] ->


Desempenho PERENE, SISTEMÁTICO, LEGAL E TÉCNICO dos serviços próprios ou assumidos
pelo estado para o BEM GERAL

Critério da APU em sentido amplo

FOS Órgãos governamentais e administrativos


FUMOB FUNÇÕES políticas e administrativas
Governo é expressão política de comando, de iniciativa, de fixação de objetivos do
Estado e de manutenção da ordem jurídica vigente.  

A Administração não pratica atos de governo; pratica tão somente atos de execução.

3 critérios para a definição de GOVERNO

Formal Conjunto de Poderes e órgãos


constitucionais
Subjetivo Complexo de funções estatais básicas
Operacional Condução política dos negócios públicos

Estado
1. É a pj jurídica de direito público externo constituída por 3 elementos
indissociáveis: povo, território e governo soberano.
2. Quanto à organização política do estado
 Unitário – centralização política
 Federado – descentralização política, coexistindo diversos poderes
políticos

Princípios Jurídicos:

“Mandamento nuclear de um sistema, disposição fundamental que se irradia sobre


diferentes normas, compondo-lhes o espírito e servindo de critério para exata
compreensão e inteligência delas, exatamente porque define a lógica e a racionalidade
do sistema normativo, conferindo-lhe a tônica que lhe dá sentido harmônico.”

Regras Jurídicas:

Comandos direcionados a regular situação determinada, possuindo, portanto, caráter


menos abstrato.
Regras jurídicas colidentes – aplicar os critérios hierárquico, cronológico e da
especificidade.

Prazos da 9.784

Intimar e comunicar
atos
3
Intimação para
instrução

reconsiderar

5 prática de atos
P ra zo s 9 78 4

alegações finais de
recursos

direito de manifestar-
se
10
Interpor recurso

15 Parecer do orgão

30 +30 Decidir recurso

SERVIÇO PÚ BLICO

o Prestação de serviço público é uma das clássicas funções da APU.


o Cf nem outra lei traz seu conceito, é puramente DOUTRINÁRIO
o Decreto 6.017/07 traz a definição -> atividade ou comodidade material fruível
diretamente pelo usuário, que possa ser remunerado por taxa ou preço público,
inclusive tarifa.
o A atividade em si não permite concluir se se trata de um serviço público.
o É um conceito em constante mutatação

É toda atividade material que a lei atribui ao Estado para que a exerça diretamente ou por meio de seus
delegados, com o objetivo de satisfazer concretamente às necessidades coletivas, sob regime jurídico total ou
parcialmente de direito público.
Em sentido AMPLO, seria toda e qualquer atividade que o Estado exerce para alcançar seus objetivos,
abrangendo, as funções legislativa, jurisdicional e administrativa
Em sentido RESTRITO, seria apenas as atividades exercidas pela Administração ou por particulares a fim de
satisfazer concreta e materialmente as necessidades da coletividade

CF: Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre
através de licitação, a prestação de serviços públicos.

PU. A lei disporá sobre:

I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de
sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;

II - os direitos dos usuários;

III - política tarifária;

IV - a obrigação de manter serviço adequado.

Interess
e
Sujeito coletivo
estatal

Regime
de d.
público

Serviço público
3 Elementos que estão presentes nos serviços públicos

Evoluções históricas da prestação dos sv publicos


1. Ausência do Estado na prestação
2. Prestação direta
3. Prestação indireta via concessão ou permissão
4. Prestação com distribuição de riscos [PPP]

Os serviços públicos são aqueles definidos em lei como tal. Trata-se de critério formal. Sendo assim, o
fato de o serviço ser prestado em sua totalidade pelo setor privado não afasta a caracterização pública
do serviço.

pode ser prestado:


Delegáveis 1. pelo Estado centralizadamente
2. por meio das entidades da ADM indireta. Sua prestação pode ser delegada a particulares
3. Chamados de impróprios
Somente pode ser prestado pelo ESTADO, centralizadamente , ou garantia da defesa nacional, segurança inte
Indelegáveis pelas PJ de direito público integrantes da ADM indireta. fiscalização de atividades
Incluem os serviços próprios ou propriamente ditos (Q636524)

Exigem poder de império

Adm presta Serviços pró-comunidade


Propriamente 1. diretamente à sociedade [se destinam a atendimento de necessidad
ditos 2. sem delegar a 3° [indelegáveis] gerais da sociedade]
[essenciais] 3. reconhece sua essencialidade e necessidade
Ex: água, enérgia elétrica
Aqueles que a adm... = serviços pró-cidadão
De utilidade 1. Reconhece sua conveniência, mas não sua essencialidade [proporciona facilidades diretamente ao cida
pública ou necessidade
2. Presta diretamente OU delega a 3° Ex: fornecimento de gás

Exclusivos  Os fixados na CF que atribuem aos Entes determinadas Diferente do indelegáveis, pois mesmo sen
competências exclusivo, pode ser delegável
 Prestados diretamente ou por 3°‘s
[gás canalizado do Estado]
Não exclusivos  Os que os particulares podem exercê-los, independentemente Sujeitos ao controle estatal, pelas agência
[não privativos] de delegação do Estado. reguladoras
Como: Educação, Saúde, Assistência social e Prev social [poder de polícia]

Privativos Aqueles atribuídos a apenas um ente pela CF


Comuns Os de competência concorrente
Administrativos Os que a adm faz para atender suas necessidades internas ou dar apoio aos finalisticos
Ex: imprensa oficial
Econômicos Produzem renda ou lucro
[ regra -> tarifa]
Sociais Atender interesses sociais básicos (saúde, educação, cultura) – podem ser prestados por particulares, independente
delegação do Poder Público
ADM direta e
Direta Indireta
Poder Público
(CF 175) Concessão,
Indireta permissão ou
Prestação autorização

Serviços Por sua conta e risco


privados Particulares (sem delegação; sujeito
(ordem social) ao poder de polícia)

Critérios do serviço pú blico


São os 3 elementos constitutivos do serviço público

Subjetivo ou orgânico Material ou essencialista Formal


(Sujeito)
Estado define por LEI o que é serviço
público.
Atividade desenvolvida pela APU sob o
Atividade desempenhada Atividade destinada a satisfazer as regime de direito público.
diretamente pelo Estado. necessidades coletivas.
[Prevalecente -> Formalista]
Prestação direta ou indireta. Material -> deve corresponder a uma
atividade de interesse público Atentar para a existência de atividades de
interesse público que não são
propriamente serviços públicos, pois são
abertas à livre iniciativa dos particulares
(saúde e educação). Quando executadas
por particulares, submetem-se
exclusivamente ao regime privado,
embora sejam serviços de utilidade
pública.
A corrente formalista BR não leva em
conta apenas o aspecto formal, mas
considera também um material (ligado a
natureza da atividade). Somente pode ser
serviço público uma prestação, um “fazer
algo” que configure uma utilidade ou
comodidade material para a sociedade.

Conforme esse entendimento, não são serviços


públicos:

1. a atividade jurisdicional, a atividade legislativa e a


atividade de governo (atividade política);
2. o fomento em geral (qualquer prestação cujo
objeto seja “dar algo”, em vez de um “fazer”);
3. Todas as atividades que impliquem imposição de
sanções, condicionamentos, proibições ou
quaisquer restrições do tipo “não fazer” (polícia
administrativa e intervenção);
4. as obras públicas, porque, nestas, não é o “fazer
algo”, em si mesmo considerado, que representa
uma utilidade ou comodidade material oferecida à
população; é o resultado desse “fazer”, qual seja, a
obra realizada, que constitui uma utilidade ou
comodidade que pode ser fruída pelo grupo social.

Concessão de serviço publico é diferente de Concessão de uso;


A concessão de serviço público consiste na delegação de  A concessão de uso [dec 267/67] é o contrato ADM pelo
serviço publico [lei 8987/95], mediante licitação, na qual o Poder Público atribui a utilização exclusiva de um
modalidade concorrência, à PJ ou consórcio de empresas bem de seu domínio a particular, para que o explore
que demonstrem capacidade para seu desempenho, por segundo sua destinação específica.
sua conta e risco e por tempo determinado; são  Pode ser remunerada ou gratuita, por tempo certo ou
remunerados por cobrança de TARIFA do usuário do indeterminado
serviço;  Sempre precedida de autorização legal e, normalmente,
de concorrência para o contrato
 é para fins de uso de terrenos publicos ou particulares
remunerada ou gratuitamente, por tempo certo ou
indeterminado, como direito real resolúvel, para fins
específicos de regularização fundiária de interesse social,
urbanização, industrialização, edificação, cultivo da terra,
aproveitamento sustentável das várzeas, preservação das
comunidades tradicionais e seus meios de subsistência ou
outras modalidades de interesse social em áreas urbana.
 Pode ensejar a cobrança de preço publico do
concessionário
 Q336704

Classificações de Serviço público

1 É aquele que, por essencial, é privativo do Estado e só por ele pode ser prestado (indelegável).
Originário [Defesa nacional, fiscalização]
Atos de império, essenciais, prestados diretamente pelo Estado
Serviços público propriamente dito

É o que não é considerado essencial, mas sim conveniente à coletividade, podendo ser prestado por
Derivado particular (delegável).
Interesse da coletividade, não essenciais, delegáveis

Serviços de Utilidade Pública

2 Exclusivo De titularidade do Estado, prestados diretamente pela ADM ou indiretamente mediante concessão,
permissão ou autorização.

Não exclusivo Não são de titularidade do Estado;


Podem ser prestados pelos particulares, independentemente de delegação
Cabe ao Estado supervisionar, regular e acompanhar.

3 Próprio Atende a necessidades coletivas.


São prestados diretamente pelo PP, de forma indelegável.
São dominados propriamente ditos

Impróprio Quando serviços não exclusivos são prestados por particulares = serviços públicos impróprios
São aqueles que atendem às necessidades coletivas, mas que não são de titularidade e nem são prestados pelo Estado, mas
apenas por ele autorizados (anuência, mas não é delegação), regulamentados e fiscalizados (são prestados por particulares,
sob regime de direito privado).
Na verdade, são verdadeiras atividades privadas controladas pelo poder de polícia do Estado.
Segundo Di Pietro, são considerados serviços públicos, porque atendem a necessidades coletivas; mas impropriamente
públicos, porque falta um dos elementos do conceito de serviço público, que é a GESTÃO, direta ou indireta, pelo Estado

Administrativo Aquele que a ADM executa para satisfazer suas próprias necessidades internas ou para preparar outros
serviços que são prestados ao público (atividades-meio)

4 Comercial ou É o que atende às necessidades coletivas de ordem econômica, produzindo lucro para quem o presta.
econômico (NÃO se enquadram nessa categoria as atividades econômicas em sentido estrito, regidas pelo art. 173
Conforme
da CF)
a

atividade
Social É o que atende às necessidades coletivas de ordem social, como saúde, educação e cultura, abrangendo
ainda os serviços assistenciais e protetivos.
prestada
Podem ser prestados por particulares, independentemente de delegação.
5 Geral – uti Prestado a toda a coletividade, indistintamente. Beneficia grupos indeterminados de indivíduos, não
universi sendo possível ao Poder Público identificar, de forma individualizada e exata, quanto cada usuário
utiliza do serviço.
Prestados a grupamentos indeterminados de indivíduos, de acordo com as opções e prioridades da
APU, e em conformidade com os recursos de que disponha.

Os indivíduos não têm direito subjetivo próprio para sua obtenção, muito embora possam suas
associações mostrar à Administração a necessidade de serem atendidos.
Financiados por Impostos
(Segurança pública, iluminação pública e saneamento básico)

Individual – uti Aquele usufruído individual e diretamente pelo cidadão, sendo possível mensurar quanto do serviço
está consumido por cada usuário, separadamente.
singuli Prestados a destinatários individualizados, sendo mensurável a utilização por cada um dos indivíduos.

Criam direito subjetivo quando o indivíduo se mostra em condições técnicas de recebê-los.

Se o serviço é prestado a outro que esteja na mesma situação jurídica, pode o interessado pleitear que
a prestação também o alcance. A não ser assim, vulnerado estaria o princípio da impessoalidade (art.
37, CF). Ocorrendo a vulneração, poderá o prejudicado recorrer à via judicial para reconhecimento de
seu direito.
Remunerados por taxa (obrigatório) ou tarifa (facultativo) (energia, telefone, água)
6 Obrigatório Remunerados por impostos (obrigatório)
Facultativo Remunerados por tarifa

Remunerações
Taxa Tarifa [espécie]
/ preço público [gênero]
o Remuneração de natureza legal  Remuneração de natureza contratual
o Devida em razão de serviço específico e  Paga quando o concessionário ou
divisível, prestado ao contribuinte ou posto permissionário presta um serviço público;
a sua disposição  Regulado por uma agência reguladora
o Não nos uti universi, sim nos uti singuli (anatel..) – TCU fiscaliza a A.R.
o Natureza tributária  Sem natureza tributária
o Observa princípios, como a noventena  A tarifa não será subordinada à legislação específica
anterior e somente nos casos expressamente
previstos em lei, sua cobrança poderá ser
condicionada à existência de serviço público
alternativo e gratuito para o usuário.
As taxas são uma espécie de tributo. São devidas em razão de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto a sua disposição. As taxas, como todo tributo, são estabelecidas por lei e, ademais, são
compulsórias, ou seja, a pessoa não pode deixar de pagá-la, ainda que não utilize o serviço (ex: taxa de coleta de lixo)

Tarifa não é um tributo. Trata-se de uma espécie de preço público, cobrado por particulares delegatários de serviço
público a título de contraprestação pecuniária pelo serviço prestado. São estabelecidas mediante contrato e apenas são
cobradas no caso de utilização efetiva do serviço, a exemplo das tarifas de energia elétrica e de água

ASSIM COMO A ENERGIA ELÉTRICA,

É legítima a cobrança da tarifa básica [mínima] pelo uso dos serviços de telefonia fixa

VEDAÇÃO DE COBRANÇA POR ESTIMATIVA, DEVENDO-SE TOMAR POR BASE A TARIFA MÍNIMA

CDC SOMENTE SE APLICA AOS SERVIÇOS DIVISIVEIS E REMUNERADOS POR TARIFA


POSSIVEL TARIFAS PROGRESSIVAS ESCALONADAS COM BASE NA CAPACIDADE CONTRIBUITIVA

Serviço de coleta de lixo é uti singuli, pode ser cobrado taxa.

Sum 670 STF- > iluminação publica não pode ser remunerada mediante taxa.

SV 19 -> A TAXA COBRADA EXCLUSIVAMENTE EM RAZÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE COLETA,


REMOÇÃO E TRATAMENTO OU DESTINAÇÃO DE LIXO OU RESÍDUOS PROVENIENTES DE IMÓVEIS
NÃO VIOLA O ARTIGO 145, II, DA CF
Inadimplemento de PJ de direito público = corte de luz é possível, desde que não aconteça
indiscriminamente, preservando-se as unidades essenciais [hospitais..]

Só são reversíveis os bens efetivamente imprescindíveis ao contrato. Assim, somente são


reversíveis os bens vinculados, próprios ou afetos à execução do serviço, na conformidade do
respectivo contrato. Os reversíveis são bens vinculados à prestação dos serviços públicos e tais
serão sempre aqueles necessários à prestação do serviço. São classificados como bens de uso
especial - enquanto mantiverem a relação com a prestação do serviço.

ART. 35 § 1o Extinta a concessão, retornam ao poder concedente TODOS os bens reversíveis,


direitos e privilégios transferidos ao concessionário conforme previsto no edital e estabelecido no
contrato.
Art. 36. A reversão no advento do termo contratual far-se-á com a indenização (NÃO PRÉVIA)
das parcelas dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou
depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do
serviço concedido
Não é obrigatória a denunciação à lide de empresa contratada pela APU para prestar serviço de
conservação de rodovias, nas ações de indenização baseadas na responsabilidade civil objetiva do
Estado

A concessionária NÃO pode interromper o fornecimento de água / energia por dívida relativa à
recuperação de consumo não-faturado, apurada a partir de débito pretérito, em face da
essencialidade do serviço, posto bem indispensável à vida (essencial).

É ilegítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais:


a) Inadimplência decorrer de débitos pretéritos – pressuposto de que deve ser de conta regular
b) Débito originar-se de suposta fraude [gato] no medidor de consumo, apurada
unilateralmente pela concessionária;
c) Inexistir aviso prévio ao inadimplente
d) Valor do débito for irrisório.
e) Quando puder afetar o direito à saúde e à integridade física do usuário
f) Débitos contraídos por morador anterior
g) PJ direito público prestadora de serviços essenciais

A obrigação de pagar por serviço de natureza essencial, tal como água e energia, não é propter
rem, mas pessoal, isto é, do usuário que efetivamente se utiliza do serviço.

Mero inadimplemento de conta de luz: Pode cortar com prévio aviso.

Fraude no medidor (gato de luz): procedimento da ANEEL + Ampla defesa e contraditório +


Cobrança retroage apenas 90 dias da constatação da fraude.
Legítimo o corte:
1. quando inadimplente o usuário, desde que precedido de notificação
2. por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações, desde que precedido de
notificação
3. Quando inadimplente PJ de direito público, desde que precedido de notificação e a
interrupção não atinja as unidades prestadoras de serviços indispensáveis à população
A cobrança mensal de assinatura, no serviço de telefonia, sem que chamadas sejam feitas, desde
que prevista no contrato, não constitui abuso proibido pelo CDC, porque se trata de serviço
necessariamente disponibilizado, de modo contínuo e ininterrupto, ao usuário.

 Serviços facultativos -> remunerados por tarifa; usuário usa se quiser e quando
quiser; inadimplemento = concessionária pode suspender a prestação

 Serviços compulsórios -> impostos coercitivamente pelo Estado; cobrança de TAXA;


Não há abertura para suspensão da prestação pelo inadimplemento, visto que a
Fazenda tem outros meios hábeis para a cobrança, como inscrição na dívida ativa.

C continuidade
E eficiência
S segurança
A atualidade
R regularidade

G generalidade
M modicidade nas tarifas
C cortesia
Principais princípios
Não podem sofrer interrupções irresponsáveis.
Imposição de prazos rigorosos ao contraente
Permite que a adm assuma imediatamente o serviço e utilize todos os bens reversíveis.
Exceções, para o usuário:
Continuidade
1. Situações emergenciais
2. Após aviso prévio –
a) Razões de ordem técnica ou de segurança das instalações
b) Por inadimplemento do usuário
Permite a encampação.
Aplicabilidade da Exceptio non adimpleti contractus [exceção do contrato não cumprido] = nos particulares,
o descumprimento de 1 parte abre a possibilidade da outra descumpri-lo também. Nos contratos adm, não é
aplicada integralmente! Porém, autoriza a concessionária parar a prestação quando o Poder concedente
descumpre, por conta da previsão do artigo art. 78, XIV e XV da Lei n° 8666. Passou a ser autorizada de
forma expressa a oposição dessa cláusula, quando o atraso do pagamento pela Administração seja
superior a 90 dias [STJ] ou, para alguns da doutrina, quando a APU suspende a execução do
contrato por prazo superior a 120 dias, possibilitando ao contratado a suspensão do cumprimento
de suas obrigações ou mesmo a rescisão judicial ou amigável por culpa da APU, com indenização
do particular.
Nesse último caso (rescisão contratual), o contratado, nos termos do art. 79, § 2º da Lei n°
8.666/1993, terá direito a ser ressarcido dos prejuízos regularmente comprovados que houver
sofrido (danos emergentes), tendo ainda direito à devolução da garantia, pagamentos devidos pela
execução do contrato até a data da rescisão e pagamento do custo da desmobilização.

Não é considerada clausula exorbitante.

O reequilíbrio econômico-financeiro de contrato administrativo representa um


contraponto à possibilidade de alteração unilateral do contrato pela APU, funcionando
como mecanismo de garantia da continuidade do serviço contratado.
Decorre deste princípio a possibilidade de preencher, mediante institutos como a
delegação e a substituição, as funções públicas temporariamente vagas.
Generalidade ou Os serviços devem ser prestados, sem discriminação, a todos que satisfaçam as condições
universalidade para sua obtenção.
Atualidade, Devem ser continuamente atualizados, inserindo-se as novas tecnologias e tendências,
aperfeiçoamento, para evitar as obsolências.
clausula de Estreita relação com a eficiência
A clausula do progresso permite que a adm altere unilateralmente as disposições
progresso.
contratuais, visando ao avanço tecnológico, não tendo a concessionária direito adquirido a
manutenção do regime anterior
Modicidade das O preço das tarifas deve ser razoável, não onerando o usuário de maneira excessiva.
tarifas Previsão das receitas alternativas e complementares, para obter melhor acessibilidade e
atratividade.
CONCESSÃO PERMISSÃO AUTORIZAÇÃO

- Natureza: contrato - Natureza: contrato de Natureza: ato


administrativo adesão administrativo unilateral

- Licitação: sempre exigida - Licitação: sempre exigida Licitação: dispensada, mas


(concorrência [a subconcessão pode ser adotada
tbm]; Exceção: A concessão (NÃO necessariamente na discricionariamente
será por leilão quando o modalidade concorrência!
serviço estiver no programa Pode ser outra) Prazo: determinado ou
nacional das privatizações indeterminado
(PND).] - Prazo: sempre determinado
Vínculo: precariedade e
- Prazo: sempre determinado - Vínculo: precariedade e revogabilidade
revogabilidade
- Vínculo: Definitividade Partes: PJs ou PFs
Precariedade autoriza a
- Partes envolvidas: PJ’s  ou revogação unilateral, porém Situações transitórias,
consórcios de empresas, por o contratado tem direito à instáveis ou especiais.
conta e risco destes. indenização pelos Pode ter como objeto
investimentos feitos. serviços de titularidade
- Não é cabível revogação do exclusiva do Poder Público
contrato administrativo - Partes envolvidas: PJ’s ou
PF’s,(CONSÓRCIOS NÃO) por
sua conta e risco

- Lei prevê revogabilidade


unilateral do contrato pelo
concedente

Têm natureza de contrato de adesão e são formalizados por


contrato administrativo
A lei 8.987 não fixa prazos, mínimos ou máximos, para duração dos contratos de prestação
de serviço público. Assim, não se aplica o disposto no art. 57 da 8.666. No entanto, tais
prazos devem ser DETERMINADOS. (Não se aceita prazos ilimitados)
Lei 8987, Art. 2°
II - Concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente,
mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de
empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo
determinado;

III - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total
ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de
interesse público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de
concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio que demonstre capacidade para a sua realização,
por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e
amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado;

IV - Permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante licitação, da


prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
Art. 2o PPP é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou
administrativa.

§ 1o Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de


que trata a Lei no 8.987, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

§ 2o Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a


Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra
ou fornecimento e instalação de bens.

§ 3o Não constitui PPP a concessão comum, assim entendida a concessão de serviços


públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, quando não envolver
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.
Concessão constitutiva é realizada com base em um poder mais amplo do Estado, o qual
constitui ao particular um poder menos amplo, como é o caso da concessão de uso de bem
público.
Concessão translativa importa a passagem, de um sujeito a outro, de um bem ou de um
direito que se perde pelo primeiro e se adquire pelo segundo; os direitos derivados dessa
concessão são próprios do Estado, porém transferidos ao concessionário; são dessa
modalidade as concessões de serviço público e de obra pública, as concessões patrocinadas e
as concessões administrativas, estas últimas quando tiverem por objeto a prestação de
serviço público. Nessa concessão translativa, o poder é próprio do estado, só que é
transferido ao particular concessionário.
Extinçã o de concessã o serviço pú blico
[8.987/95] 6 modalidades
[Recuperação judicial não é forma de extinção]
1. Fim do prazo de vigência
Advento do 2. Extinção de pleno direito, por decurso do tempo
termo 3. Ocorre automaticamente
4. Dispensa declaração do Poder
contratual ou 5. Extinto o contrato de concessão por decurso do prazo de vigência, cabe ao Poder Público
reversão a retomada imediata da prestação do serviço, até a realização de nova licitação, a fim de
assegurar a plena observância do princípio da continuidade, não estando condicionado o
termo final do contrato ao pagamento prévio de eventual indenização, que deve ser
pleiteada nas vias ordinárias (a lei 8987 só exige prévia indenização para encampação)
Retomada por:
1. LEI autorizadora específica ENcampação  ENteresse público
2. Prévia indenização!
Encampação, 3. Razões de interesse público [ato discricionário]
 Não cabe aplicar sanção
Resgate ou  Indenização pelos danos emergentes (parcelas não depreciadas ou amortizadas
retomada de investimentos) oriundos da extinção do contrato, mas não a dos lucros
cessantes.
 Cabível somente na concessão!
[Espécie de rescisão  Motivo? Conveniência e oportunidade
administrativa 1]
 Difere da caducidade dos atos adm, que ocorre quando norma superveniente
que torna a situação anterior com ela incompatível, não decorrendo de ato de
vontade da Administração
 Motivo? Inexecução total ou parcial do contrato OU Descumprimento das
obrigações por parte da concessionária
Caducidade  Apuração por PAD c/ ampla defesa, instaurada por DECRETO, COM indenização
(parcelas não depreciadas ou amortizadas do investimento dos bens reversíveis).
 A indenização não é previa, mas é apurada no curso do processo.
 Desconta-se da indenização eventuais multas e danos causados pela contratada.
 Quando se extingue a concessão, há a reversão de todos os bens afetos à prestação
[Espécie de rescisão do serviço, aí o contratado tem o direito à indenização em relação aos bens.
administrativa 2]  Extinta, o Poder Público não fica responsável por QQ espécie de encargos
remanescentes da concessionária com 3° e empregados.

Requisitos prévios:
 cientificação da concessionária acerca do descumprimento contratual
 prazo para que promova as adequações necessárias;
 instauração de PAD c/ contraditório e ampla defesa;
 comprovação de inadimplência
Hipóteses legais:
 serviço prestado de forma inadequada
 descumprimento de normas jurídicas concernentes à concessão;
 Paralisação do serviço, salvo caso fortuito ou força maior;
 perda de condições para a adequada prestação do serviço;
 a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos
prazos;
 não atendimento de intimação para regularização; e
 não atendimento à intimação para, em 180 dias, apresentar a documentação relativa a
regularidade fiscal.
 Art. 27. A transferência de concessão ou do controle societário da concessionária
sem prévia anuência do poder concedente implicará a caducidade da concessão.
[Hipótese única de Caducidade vinculada – em regra é discricionária]

 Concessionário pode intentar ação judicial para rescindir


Por culpa do  Tem indenização aos danos emergentes da extinção, mas não os lucros cessantes
poder 

Deve manter o serviço em pleno funcionamento até o trânsito em julgado
Chamada de RESCISÃO JUDICIAL – não se confunde com a rescisão da 8666 (que é
concedente unilateral)
 Não é cabível a exceptio non adimpleti contractus nos contratos de concessão, nem
mesmo na hipótese de descumprimento por prazo superior a 90 dias
1. Por ilegalidade ou defeito no contrato ou na licitação
Anulação 2. Pode ser decretada pelo Concedente ou pelo Judiciário
3. Indenização apenas quanto às partes já executadas do contrato
Contrato é personalíssimo, por isso esta modalidade induz à extinção do contrato
Falência ou
extinção da
empresa ou
de pleno
direito

INTERVENÇÃ O
[Ato não punitivo, dispensando contraditório prévio – ato investigatório, não punitivo]

 Para assegurar a regularidade e a adequação da prestação do serviço


 Concedente tem a faculdade de intervir
 Decreto do Poder designará...
a) Interventor
b) Prazo da intervenção
c) Objetivos
d) Limites
 Após o decreto  Até 30 dias  Instaurar PAD  até 180 dias, sob pena de
INVALIDADE  P/ Concluir o PAD.
 Após concluir o PAD, há 2 caminhos
1. Adm será devolvida à concessionária, precedida de prestação de contas pelo
interventor.
2. Extinção da concessão
 Prazo máximo desde a decretação até a conclusão = 210 dias

Por se tratar de ato complexo, a concessão inicial de aposentadoria só se aperfeiçoa após


exame no tribunal de contas. Assim, após a perfeição do ato, dispara-se o prazo
decadência de 5 anos para que a adm possa anular o ato (no período entre a concessão
na adm e a apreciação no tribunal, não há andamento do prazo). Findo o prazo de 5 anos,
não se pode anular a aposentadoria, por conta do princípio da segurança jurídica, salvo
se comprovada má-fé do beneficiário. Antes mesmo de o tribunal de contas apreciar a
matéria, se a adm detectar irregularidade na aposentadoria, poderá sim tomar imediatas
providências para a suspensão do pagamento, uma vez que a recepção de valores
indevidos causará dano ao Erário e adm não pode ficar inerte frente a uma ilegalidade.
Isso pode ser feito com base na autotutela. Ainda, é possível que o tribunal, mesmo após
analisar o mérito da aposentadoria, encontre alguma irregularidade. Para tanto, a corte
poderá instaurar processo de revisão, desde que observado o prazo decadencial de 5
anos.

Possibilidades de se exigir na habilitaçã o, que sã o mais difíceis


1) Comprovação de aptidão para desempenho das atividades, feita
por atestado emitida por PJD publico ou privado limitada a:
Capacitação técnico-profissional
2) A adm pode exigir comprovada experiência prévia
Na qualificação 3) Nas obras, compras e serviços de grande vulto e alta
técnica complexidade, poderá exigir metodologia de execução
4) Pode fazer exigências mínimas relativas a instalação de
canteiros, máquinas, equips e pessoal técnico especializado,
considerados essenciais.
[veda exigência de propriedade e de localização prévia]

Na qualificação 1) Garantia limitada a 1% do valor estimado da contratação


econômico- [=garantia de proposta]
financeira 2) Veda exigência de valores mínimos de faturamento anterior,
índices de lucratividade e rentabilidade
3) Pode exigir capital mínimo ou PL mínimo [para entregas futuras
ou contratações de obras e serviços]

# PPP
 “Instrumento contratual concebido para incentivar o investimento privado no setor
público, por meio de repartição objetiva de riscos entre o Estado e o privado”
 4° fase da evolução do sv públicos
 11.079/04 = lei nacional
 Usar investimentos privados no st público, ante a escassez de recursos públicos.
 Espécie de joint-venture
 Há repartição de riscos entre as partes
Inclusive os referentes a...
1) Caso fortuito
2) Força maior
3) Fato do príncipe
4) Álea econômica extraordinária
 PPP = concessão especial, formalizada por contrato administrativo.
 Não há delegação de funções Estatais exclusivas, como poder de polícia, regulação,
jurisdição.
 2 MODALIDADES
1) Patrocinada =
 Concessão de sv ou obras de acordo com a 8.987
 Contraprestação pecuniária do PÚBLICO + TARIFA dos usuários
 Contraprestação da APU = limitada a 70% da remuneração do parceiro privado,
salvo lei em contrário.
 Pagamento feito somente se o serviço foi disponibilizado, salvo, se previsto
no contrato, quando há parcela do serviço já fruível.
 APU pode reter pagamentos no $$ necessário p/ reparar eventuais
irregularidades detectadas nos bens reversíveis.
 Possibilidade de pagamento por remuneração variável, vinculada ao
desempenho, conforme metas e padrões de qualidade e disponibilidade
definidos no contrato.
 O contrato poderá prever o aporte de recursos em favor do parceiro
privado para a realização de obras e aquisição de bens reversíveis, desde
que autorizado no edital de licitação, se contratos novos, ou em lei
específica, se contratos celebrados até 08.08.2012.
 Administrativa =
 Contrato de prestação de sv
 APU é usuária direta ou indireta do sv
 Ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de
bens
 VEDAÇÕES
1) Contrato com valor menor que 10 milhões
2) Período de prestação menor que 5 anos
3) Tenha como objeto ÚNICO o ...
a) Fornecimento de mão de obra
b) Fornecimento e instalações de equipamentos
c) Execução de obra
 Modalidade = concorrência, salvo as PPP inseridas no Programa Nacional de
Desestatização que podem ser por leilão.
 Antes da celebração do contrato = deve-se constituir sociedade com proposito
específico [SPE]
o Ela implanta e gere o objeto de cada PPP
o O contrato é celebrado exclusivamente com a SPE
o Transferência definitiva do controle da SPE condicionada à autorização expressa
da APU
o SPE pode ter forma de companhia aberta, c/ valores mobiliários admitidos a
negociação no mercado
o APU é vedada a ser titular da maioria do capital votante da SPE

# contratos administrativos
 Considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da APU e
particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a
estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada.”
 Contratante = APU
 Contratado = particular
 A ordem de serviço é o "start" para o contratado iniciar a execução do contrato
 O prazo de vigência contratual é o período em que o contrato produz efeitos
jurídicos e vincula as partes à prestação e à contraprestação assumidas.
 E o prazo de execução? É o período previsto no contrato para que o particular
execute as obrigações contratualmente assumidas (etapas de execução, de
conclusão, de entrega)
 Contratos da administração = contratos semipúblicos + contratos administrativos

Semipúblico Administrativo
o Direito privado  Acordos firmados pela APU e por PF ou PJ, dirigidos, por
o ADM em igualdade com exemplo, à prestação de serviços e ao uso de bem
particular público.
 Predominância de direito público
 Lacunas resolvidas pelas normas de direito privado
[subsidiária]
 São contratos de adesão – é cláusula exorbitante
 Características dos contratos

Consensual Não é imposto;


Depende de manifestação;
Bilateral

Formal Escrito [vinculado] – sem forma livre Formalizado na


repartição pública
Salvo -> pequenas compras de pronto pag de
até 5k = verbal SALVO -> direito
real sobre imóveis
= cartório de notas

Oneroso
Comutativo Interesse das partes são opostos = vantagem x desvantagem

Diferente dos contratos de organização = quando há interesses


comuns para atingir 1 objetivo – franquia e consórcio

Intuitu Vencedor da licitação = vencedor


personae Vedação parcial da subcontratação
Só pode subcontratar até o limite admitido pela adm e edital;
diferente da subrrogação; não afasta o intuitu e a responsabilidade

TRAFICO
 Responsabilidades dos encargos

Fiscal + comercial = da empresa contratada!!


Trabalhista
 Regra = da empresa
 Exceção = SUBSIDIÁRIA do estado [sum 331 TST] – quando se comprovar
sua omissão culposa no exercício do dever de fiscalização ou de adequada
escolha da empresa a contratar (= culpa in vingilando e culpa in eligendo
Previdenciária = SOLIDÁRIA com o Estado

 Nos contratos privados comutativos, aplica-se a chamada exceção do contrato não


cumprido, que autoriza uma das partes a interromper a execução do contrato se a
outra parte não cumprir o que lhe cabe.
 Nos contratos administrativos, ao contrário, a exceptio non adimpleti contractus
SOMENTE pode ser invocada pelo contratado, com o fim de suspender a execução
contratual, após 90 dias de inadimplemento por parte da APU, e desde que
presente justa causa.
 A regra geral é que os termos dos contratos sejam cumpridos = Princípio pacta
sunt servanda, ou “os pactos devem ser cumpridos”.
 Existe outra regra igualmente aplicável, expressa ou implicitamente, aos contratos
de execução prolongada – inclusive aos contratos administrativos. Trata-se da
regra rec sic standibus, que significa que o contrato deve ser cumprido, desde que
presentes as mesmas condições existentes no cenário dentro do qual foi o pacto
ajustado.

 PRAZOS
o REGRA = limite dos créditos orçamentários
o EXCEÇÕES:
 INCLUSOS NO PPA = até 4 anos
 SEGURANÇA NACIONAL E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA = até 120 meses
 ALUGUEL DE EQUIPAMENTOS E A UTILIZAÇÃO DE PROGRAMAS DE INFORMÁTICA =
48 meses
 SERVIÇOS DE EXECUÇÃO CONTINUADA = 60 meses + (excepcional) 12 meses = 72
meses no total
 Alterações
o Qualitativas -
o Quantitativas -
o Restrições =
 Cláusulas regulamentares ou de serviços:

i. REGRA = até 25% para supressões ou acréscimos em obras,


serviços e compras
ii. EXCEÇÃO = até 50% para ACRÉSCIMOS em reforma de edifícios ou
de equipamentos
iii. OUTROS = acordo entre as partes
 Cláusulas econômico-financeiras ou monetárias = prévia concordância
da contratada
 Garantias
o De PROPOSTA = art. 31,III
 Até 1% do valor orçado
 Para todos que desejam participar da licitação
 É para qualificação econômico-financeira
o CONTRATUAL = art. 56
 Discricionária, mas com previsão expressa no edital
 Regra= 5% do valor do contrato
 Exceção = até 10% do valor do contrato para obras, serviços e
fornecimentos de alta complexidade e grande vulto, demonstrados
por parecer tecnicamente aprovado pela autoridade competente.
 Nos contratos de PPP = deverá ser exigida garantia de até 10% do
contrato – aqui ela perde a natureza de cláusula exorbitante, porque
a prestação deixa de ser ônus apenas do privado, pois é prevista
também para o parceiro público.
 Modalidades [particular quem escolhe]
 Caução em dinheiro ou títulos da dívida
 Seguro-garantia
 Fiança bancária
 A garantia será liberada ou restituída após a execução do contrato e,
quando for em dinheiro, atualizado monetariamente

 Penalidades administrativas
o Advertência
o Multa [única cumulável]
o Suspensão temporária de participar em licitação – até 2 anos
o Declaração de inidoneidade – enquanto durar os efeitos da punição ou for
promovida a reabilitação
a) Só podem ser aplicadas após instauração de PAD
b) Assegura-se ampla defesa
c) Contra ADV, MULTA e SUPENSÃO = cabe recurso no prazo de 5 dias; contra a
inidoneidade = 10 dias
d) advertência, multa e suspensão podem ser aplicadas no âmbito da própria
comissão processante ou por autoridade administrativa diversa
e) declaração de inidoneidade é de competência exclusiva do MINISTRO DE
ESTADO, SECRETÁRIO ESTADUAL ou SECRETÁRIO MUNICIPAL.
 É Ilícito à APU reter pagamentos à empresa que, contratada por meio de
licitação, passe, no curso da execução contratual, a situação de irregularidade
fiscal.

Teoria da imprevisã o
o Refere-se a situações imprevisíveis e supervenientes à apresentação das
propostas, estranhas à vontade das partes, delas desconhecidas, de natureza
extraordinária e extracontratual;
o Álea econômica = é todo acontecimento externo ao contrato, estranho à
vontade das partes, imprevisível e inevitável, que causa desequilíbrio
muito grande, tornando a execução do contrato excessivamente onerosa
para o contratado
o São inevitáveis e que provocam forte e insuportável desequilíbrio da
equação econômico-financeira.
o É reconhecida a aplicação da teoria da imprevisão para fatos
PREVISÍVEIS, porém de consequências incalculáveis.
o O aumento do piso salarial da categoria, em dissídio coletivo, não se
constitui fato imprevisível capaz de autorizar a revisão do contrato.
o A majoração da folha de pagamento de empresa por força de acordo ou
convenção coletiva de trabalho constitui um fato, se não previsível, ao
menos, de efeitos calculáveis, de modo que não se mostra possível a
revisão contratual, mas apenas a repactuação, respeitado o interregno de
1 ano.
Revisão/recomposição Reajuste Repactuação
Deve-se ao reequilíbrio Tem previsão no edital e É espécie de reajuste, logo
econômico-financeiro do contrato no contrato para que a deve estar previsto em
em função de evento imprevisíveis retribuição pecuniária ao edital.
ou previsíveis de consequências contratado seja corrigida
incalculáveis. por índices, gerais ou Contudo, neste caso a
setoriais. correção refere-se a
Exemplos: caso fortuito e força- contratos de prestação
maior, fato do príncipe, álea Objetiva a manutenção continuada e visa ao
econômica extraordinária dos valores contratuais readequamento aos preços
devido à elevação de de mercado, sempre
custos reais de produção respeitando o prazo
(efeito inflacionário) mínimo de 1 ano da data
do orçamento ou das
É cláusula necessária, sua propostas.
omissão quer dizer que o
preço é fixo e A recomposição dos preços
irreajustável. é realizada com base na
variação de custos de
Pode ser feita por simples insumos previstos em
apostilamento, já que a planilha de composição de
lei de licitações não a preços
considera como alteração
do contrato (art. 65, pg8)

1. Fato do príncipe.
 Decorre de ato ou normativo GERAL
 Emitido pelo Estado-império!
 Reflete indiretamente sobre o contrato
 Pode ser negativo (aumento de tributo ou proibição de algo) ou
positivo (redução de alíquota de imposto)
 Divergência quanto à expedição da ordem geral
o Tem que ser da mesma esfera que celebrou o contrato [di piet]
o Independente da esfera de governo
2. Fato da administração
 Decorre de ato específico, individual, de destinatário certo.
 Reflexo direto sobre o contrato
 Exemplos da 8666

XIII– a supressã o, por parte da Administraçã o, de obras, serviços ou compras, acarretando


modificaçã o do valor inicial do contrato além do limite permitido no § 1.º do art. 65;

XIV – a suspensã o de sua execuçã o, por ordem escrita da Administraçã o, por prazo superior
a 120 dias, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou
guerra, ou ainda por repetidas suspensõ es que totalizem o mesmo prazo,
independentemente do pagamento obrigató rio de indenizaçõ es pelas sucessivas e
contratualmente imprevistas desmobilizaçõ es e mobilizaçõ es e outras previstas,
assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensã o do cumprimento
das obrigaçõ es assumidas até que seja normalizada a situaçã o;

XV– o atraso superior a 90 dias dos pagamentos devidos pela Administraçã o de correntes
de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em
caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao
contratado o direito de optar pela suspensã o do cumprimento de suas obrigaçõ es até que
seja normalizada a situaçã o;

XVI – a nã o liberaçã o, por parte da Administraçã o, de á rea, local ou objeto para execuçã o de
obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais
naturais especificadas no projeto

3. Caso fortuito e força maior


 Diferença com bastante divergência doutrinária
 Hely Lopes:
o A Força maior é o evento humano que, por imprevisível e
inevitável, cria a impossibilidade material da regular execução
do contrato. (Greve dos caminhoneiros)
o Caso fortuito é evento da natureza inevitável e imprevisível
gerador de impossibilidade total da regular execução do
contrato. (tufão)
 Evento imprevisível, mas evitável, ou imprevisível e inevitável, mas
superável quanto aos efeitos incidentes sobre a execução do
contrato, não constitui caso fortuito ou força maior.
4. Interferências imprevistas
 São ocorrências materiais, não cogitadas pelas partes na celebração
do contrato, mas que surgem na sua execução de modo excepcional
e surpreendente, dificultando ou onerando extraordinariamente o
prosseguimento e a conclusão dos trabalhos
 Elas já existiam quando da celebração do contrato, no entanto não
eram conhecidas
 Não são causas impeditivas da execução do contrato, mas geram
maiores dificuldades e onerosidades, ensejando, portanto, a
adequação dos preços e dos prazos.

A ordem de serviço é o "start" para o contratado iniciar a execução do contrato

Atos insuscetíveis de revogaçã o


1) Atos Pois já exauriram seus efeitos Ex: Um ato que concedeu licença ao
servidor; se este já gozou a licença, o
consumados ato já exauriu seus efeitos, não há que
se falar em revogação
2) Atos vinculados Porque nesses o
administrador não tem
liberdade de atuação
3) Atos que gerem Gravados como garantia Ex: O ato de concessão da
constitucional, (art 5°, aposentadoria ao servidor, depois de
direitos XXXVI) ter este preenchido os requisitos
adquiridos exigidos para a sua fruição.
4) Atos que Pois a cada novo ato, ocorre Ex: No procedimento de licitação, o ato
a preclusão do ato anterior de adjudicação do objeto ao vencedor
integram um não pode ser revogado quando já
procedimento celebrado o respectivo contrato
5) Os chamados Porque seus efeitos são Ex: certidão, atestado...
previamente estabelecidos
meros atos em lei
administrativos
Teoria do orgã o
A teoria do órgão, em que os atos dos agentes estão imputados à Pessoa Jurídica a
que ele faz parte, não se aplica às pessoas que, dolosamente [como usurpador de
função, que não possui qualquer vínculo verdadeiro com a adm] ou de boa fé, por
conta de emergência [como no agente de fato] exerçam alguma atividade publica,
visto que não existe investidura do agente no cargo ou função.

Agentes de fato e de direito

Agentes de Investidos regularmente no serviço público.


Direito
Agente de fato Desempenha função pública de forma 1. Agente necessários ou gestores
irregular ou emergencial, sem prévio de negócios públicos. Atuam
enquadramento legal, cometendo espécie em situações excepcionais de
de vício de competência. necessidade pública, como se
fossem agentes de direito,
Os atos praticados de boa-fé podem ser mas sem autorização estatal
válidos, conforme a teoria da aparência
(não a teoria do órgão), desde que não 2. Agentes putativo. Apenas têm
recaia sobre competência exclusiva. aparência de agente. Atuam
com presunção legitimidade,
STJ entende que ele tem direito à por aplicação da teoria da
remuneração pelo exercício da função, aparência, embora sua
mesmo que irregular. Também não investidura no serviço público
precisam devolver os valores recebidos a tenha sido ilegítima. Ex:
título de remuneração. servidor aposentado
compulsoriamente que
continua a trabalhar.
Particular Particular qualquer que finge ser agente público.
usurpador de É tipificado como crime (art. 328).
função Os atos praticados são inexistentes.
Apenas se dispensa o processo seletivo simplificado na contratação de pessoal para
atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, que se enquadrar
numa das 3 situações abaixo:

1 - Calamidade pública
2 - Emergência ambiental
3 - Emergências em saúde pública

O militar que não da área da saúde não pode acumular cargos.


Só pode acumular se for da área da saúde militar + saúde civil.
Logo, se tomar posse em outro cargo civil permanente, será transferido para reserva.

Não existe o requisito constitucional de 60h máximas semanais para os ocupantes de


cargos acumuláveis.
8112

# atos
Vícios de competência Excesso de poder Vício de competência
Usurpação de função Ato inexistente
Função de fato Ato válido, se de boa fé do
Na função de fato, a prática do ato ocorre administrado
num contexto que tem toda a aparência de
legalidade. Por isso, em razão da teoria da
aparência, havendo boa-fé do
administrado, esta deve ser respeitada,
devendo ser considerados válidos os atos
praticados pelo funcionário de fato .
# Questõ es e anotaçõ es importantes
Q79202 Servidor admitido sem concurso público que, até 5 anos antes da promulgação da CF de 1988, se torna
ESTÁVEL no serviço público. É diferente do termo “EFETIVO”, que é o ingresso mediante concurso público e
que se assegura prerrogativas, como a presidência de PAD – 8112. STF -> sem incorporação na carreira, não
tendo direito a progressão funcional nela, ou a desfrutar de benefícios que sejam privativos de seus
integrantes
Q547527 Criação de Fundação pública de dir público -> criada por lei = autarquia.
Fundação pública de dir privado -> autorizada por lei, depois elabora-se seu ato
constitutivo, os quais deverão ser registrados -> após isso é que está criada esta.
Q547900 Agências reguladoras -> têm poder REGULADOR. NÃO É intervenção DIRETA do Estado na economia. É
INDIRETA, mediante fiscalização e controle das atividades, concretizadas por normas e sanções.
Q545686 OS – contrato de gestão OSCIP – termo de parceria Entidades de apoio - Convênio
Agentes

Clássica Moderna

Políticos Políticos

Particulares
Administrativos
colaboração

Honoríficos Serv. estatais

Delegatários Militares

Credenciados

De direito

Agentes Putativo

De fato
Necessário/gestores
de negócio público/ag
público voluntário

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