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PETER TOMPKINS e CHRISTOPHER BIRD A VIDA SECRETA DAS PLANTAS CIRCULO DO LIVRO CIRCULO DO LivRO S.A. Caixa postal 7413 So Paulo, Brasil digo integral Titulo do original: “The secret life of plants” ‘Copyright by Peter Tompkins ¢ Christopher Bird ‘Tradugao de Leonardo Fides ‘Capa de Alfredo Aquino: Composto pela Linoart Lida. Licenga editorial para Toro ecneademado 0 Creo do Live ‘pela Abril SA, por eortesa da Exped Cultural ¢ Industai Expansto Editorial S.A. Sio Paulo proibida a venda 2 quem 1975 nko pertenga ao Clreulo Agradecimentos Tntrodugdo .............. PARTE 1 — PESQUISAS MODERNAS As plantas ¢ a percepgio extra-sensorial . As plantas podem ler sua mente Plantas que abrem portas ... Visitantes do espaco ....- Ultimas deseobertas soviétic PARTE 1 — PIONEIROS DOS MISTERIOS DAS PLANTAS A vida vegetal ampliada 100 milhées de vezes . ‘A metamorfose das plantas... .. Quando as plantas crescem para Ihe agradar © mago de Tuskegee ea PARTE 111 — EM SINTONIA COM A MUSICA DAS ESFERAS A vida harménica das plantas ............ " Plantas ¢ eletromagnetismo 2.2.2... .s sss Os campos de forca, os homens e as plantas 0 mistério das auras vegetais ¢ humanas “YARTE IV — FILHOS DA TERRA © solo: alimento basico da vida ....... _ 05 produtos quimicos, as plantas e 0 homem “Plantas vivas ou planetas mortos Os alquimistas vegetais PARTE V — A RADIANCIA DA VIDA Procura magica de plantas para a satide . ‘Pesticidas radionicos ees Mente sobre matéria : Fidhorn eo jardim do Eden . GRADECIMENTOS Os autores expressam sua gratidio a todos os que ajuda afazer este livro, que exigiu pesquisas intensas na Europa, Estados Unidos ¢ na Unido Soviética. ‘Agradecem em especial aos bibliotecérios da U. $. Li- ‘brary of Congress, sobretudo a Legare H. B. Obear, chefe da gan Division, ea seus assistentes. Na Stack and Reader sion, agradecem a Dudley B. Ball, Roland C. Maheus, Sartain, Lloyd A. Pauls ¢ Benjamin Swinson, que ilitaram muito seu trabalho, Agradecem ainda a Robert V. Allen, da Slavic and Cen- “tal European Division, e a Dolores Moyano Martin, da Latin ‘American Division, Library of Congress, e a Lida L. Allen, ‘dt National Agricultural Library, em Beltsville, Maryland. Agradecimentos muito especiais s20 devidos a dois cien- Histas moscovitas, o biofisico Dr. Viktor Adamenko, conhe- ido por suas pesquisas bioenergéticas, e © Prof. ‘Sin or de estudos da Academia Timiriézev de Ci lis, que pronta e gentilmente nos fornecerain dados nao iveis nos Estados Unidos, como o fez Rostislav Donn, Iheiro comercial da Embaixada francesa em Moscow, Agradecem finalmente as suas respectivas companheiras, ‘fom as quais este livro nunca chegaria a gréfica, Com excecio de Afrodite, ndo existe nada neste planeta is adorével que uma flor, nem nada mais essencial que planta, A verdadeira matriz da vida humana ¢ 0 relvado /que se veste a Mée Terra. Sem plantas verdes ndo pode- jamos respirar nem comer. Um milhao de labios movedicos, face inferior de cada folha, cuida de devorar diéxido de ttos quadrados dle superficie folia? véem-se diaria- nte envolvidos nesse milagre da fotossintese, produzindg io € comida para os bichos ¢ o homem, Dos 375 bilhoes de toneladas de alimentos que consumi= mos por ano, a maior parte provém das plantas, sintetizada por ‘as, do ar e do solo, com a ajuda da luz solar. O restante & wecido por produtos animais que, por sua vez, derivam das Intas, Através da dogura da fotossintese é que se tormam 03303 @ comida, a bebida, os inebriantes, as drogas ¢ os re- ios que mantém o homem vivo e radiantemente saudavel, juando usados com acerto. Amidos, gorduras, éleos, ceras, gelulose — tudo isso é produzido pelo agiicar. Do berco & pultura, o homem recorre 3 celulose para a obtencio de irigo, Toupas, combustivel, cestos, fibras, cordas, instrumen- icais, bem como do papel no qual ensaia sua filosofia, extraordinéria quantidade de plantas usadas com. proveito homem 6 indicada por quase seiscentas paginas do Di- Tnstintivamente advertidos das vibragdes estéticas das 5, que so satisfatOrias do ponto de vista espiritual, os humanos se sentem mais felizes e possuidos por maior estar quando convivem com a flora. Requisitos indispen- 4 mesa, ou em festividades, so as flores, que acompa~ inda 0 nascimento, o casamento, a morte. Quer por ou amizade, quer para agradecer a hospitalidade ou 9 homenagear uma pessoa, damos flores de presente, O que os jardins so para as casas, embelezando-as, so, para as cida- ‘des € 05 paises, os parques e as reservas florestais. A primeira coisa que uma mulher pensa em fazer, para dar mais vida a tum cémodo, € enfeité-lo. com um vaso ou uma jarra de flores, E a maioria dos homens, se instados, € capaz de descrever 0 paraiso, seja no céu ou na terra, como um jardim repleto de orquideas luxuriantes e habitado por uma ninfa — ou duas, ‘0 dogma aristotélico de que as plantas tém alma, mas no sensagdes, atravessou a Idade Média ¢ perdurou até 0 século xvii, quando Carl von Linné, 0 grande pioneiro da boténica moderna, declarou que as plantas s6 diferem dos bichos e do homem por sua falta de movimento, conceito esse gue setia derrubado pelo famoso botiinico do século xix Char- les Darwin, 0 qual provou que cada gavinha est4 dotada de lum poder de movimento independente. Segundo Darwin, as plantas “sé adquirem ¢ exibem esse poder quando isso apre- senta alguma vantagem para elas”. No inicio do século xx, um talentoso biélogo vienense com o nome gaulés de Raoul Francé langou a idéia, chocante para os fildsofos da natureza contemporaneos, de que as plan- tas movem seus corpos com uma liberdade, tum desembarago © uma graga tio grandes quanto 0 homem ou o bicho mais capacitado — © que s6 ndo apreciamos isso pelo fate de as plantas se moverem a um passo bem mais Iento que o nosso. As raizes das plantas, disse Francé, eseavam perscrutan- temente a terra, 0s brotos e vergénteas giram em cfrculos definidos, as folhas e flores vergam ¢ tremem com as mudan- gas, as gavinhas se enroscam inquiridoras e se estendem com bracos fantésticos para sondar o ambiente. Apenas por nio se dar ao trabalho de observé-las 6 que 6 homem julga as plantas desprovidas de movimentos e sensagSes. Poetas e filésofos como Johann Wolfgang von Goethe ¢ Rudolf Steiner, que tiveram paciéneia de observar as plantas, descobriram que clas crescem em direcdes opostas, penetran- do por um lado no solo, como que atraidas pela gravidade, € irrompendo, por outro, pelos ares, como que puxadas por alguma forma de antigravidade, ou levitagao. Radiculas vermiformes, que Darwin comparou a um oé- ebro, valem-se de finos filamentos brancos para escavar cons- 19 mente para baixo, aglomerando-se firmemente no solo indo-o A medida que avangam. Pequenas cimaras cas, quais uma bola de amido pode retinir, indicam as pontas ii raiz a direcdo da forca de gravidade, | Quando a terra esti seca, as raizes se voltam para um mais ‘imido, penetrando eventualmente em tubos enter- alastrando-se por extensdes de até 12 metros, como jeaso da alfafa, ou desenvolvendo uma energia capaz de firar o concreto. Ninguém ainda contou as raizes de uma Wore, mas o estudo de um tinico pé de centeio indica um de mais de 13 milhoes de radiculas com uma extensio junta de cerca de 608 quildmetros. Nessas radiculas de tsio encontram-se delicados filamentos cujo nimero é es- imado em cerca de 14 bilhdes e cujo comprimento total anda yolta dos 11000 quilémetros, ou seja, quase a distancia um polo ao outro, __ A medida que se gastam em contato com pedras, seixos randes gros de areia, as células especiais de escavagio rapidamente substitufdas por eélulas de idéntica natureza. fas clas morrem quando atingem uma fonte nutritiva, e sio bstituidas entdo por células destinadas a dissolver sais mi- nis ¢ coletar 0s elementos resultantes, Essa nutrigao fun- tal ascende de célula em célula através da planta, a qual wlitui uma unidade singular de protoplasma, a substincia da ou gelatinosa considerada a base da vida fisiea A raiz & assim uma bomba de gua, com a 4gua agindo no um solvente, universal, elevando elementos da raiz a evaporando ¢ voltando & terra para de novo ser o meio it cadcia vital. As fothas de um modesto girassol so ca- de eliminar num dia a mesma quantidade de 4gua que homem transpira. E uma tnica bétula, num dia quente, absorver até 380 litros, exsudando através de suas folhas Nio hé planta que seja uma coisa estética; todo cresci- 10.6 uma série de movimentos; a5 plantas esto constan- mnte preocupadas em vergar, em tremer e dar voltas, que faz a afirmagdo, desereve um dia de verao com ires de bracos polipdides que se estiram de uma latada ila, agitando-se, tremendo em sua fnsia de encontrar VO suporte para os ramos pesados que crescem por trés , Vinte. minutos depois de achar um pouso, a gavinha, descreve um circulo completo em 67 minutos, comeca a u contornar o objeto; dentro de uma hora, sua adesio jé 6 tao firme que serd dificil desprendé-la, A gavinha se enrosca entao como um saca-rolha, erguendo, ao fazé-lo, toda a planta. Uma planta trepadeira que precise de escora se arrastaré Para 0 suporte mais proximo. Se este for mudado de lugar, dentro de poucas horas a planta desviard seu trajeto, pasando @ seguir na nova direcSo. Ser4 que cla pode ver a escora? Serd que a sente, de alguma misteriosa mancira? Uma planta que cresce entre obstaculos ¢ fica impossibilitada de ver um suporte em potencial desenvolve-se em direcdo a um suporte cculto, evitando a érea que no corresponde & sua ansia, As plantas sio capazes de intenfo, garante ainda Francé: Procuram ou se estendem em direcio a0 que querem de ma- neiras tie intrigantes quanto as mais fantasticas criagdes 10- ‘manescas. Longe de levarem uma existéncia inerte, 0s seres vegetais, — 90 0 que os antigos helenos chamavam de bordne — pa- Tecem capazes de perceber e reagir 20 que acontece em seu ambiente a um nivel de sofisticacio que ultrapassa em muito © dos homens. A orvalhinha ou rosela agarra moscas com uma preciséo infalivel, movendo-se na diregdo exata onde se encontram as presas. Algumas plantas parasitas, por seu turno, econhecem © mais sutil vestigio de odor de suas vitimas ¢ so capazes de transpor todos os obstéculos para se arrastar até elas. As plantas parecem saber quais as formigas que surri- piam seu néctar, fechando-se quando elas andam por perto € 6 se abrinde quando o aciimulo de orvalho em seus caules € © bastante para impedir que tais formigas o cscalem. A acécia, mais sofisticada, recorre inclusive aos préstimos de certas formigas, retribuindo-Ihes em néctar a protecio que é por elas dada contra outros insetos e mamiferos herbivoros. Seré por simples acaso que as plantas assumem formas especiais para adaptar-se as idiossinerasias dos insetos que as deverio polinizar, engodando-os com cores ¢ fragrancias especificas, retribuindo-Ihes com seu néctar preferido, arqui- tetando uma rede extraordinéria de canais e toda uma maq naria floral onde possam manter presa uma abelha, como perfeitas armadilhas, para sé a liberar quando o processo de polinizacio se completa? Seré por simples reflexo ou coincidéncia que uma planta como a orquidea Trichoceras parviflorus desenvolve suas pé- 12 las de modo a imitar a fémea de uma espécie de mosca, wendo-o com tal perfeigao que o macho tenta acasalar-se a © nesse exato momento a poliniza? Serd ainda por acaso iio brancas, exercendo assim uma maior atragio sobre “mariposas e borboletas noturnas, as flores que desabro- ght & noite e exalam ao creptisculo um odor mais intenso, ‘que a Tris foetidissima cheira a carne podre apenas em eas onde ocorre uma profusio de moscas, enquanto as flores je confiam ao vento a polinizacao cruzada das espécies limi se 4 uma aparéncia relativamente modesta, em vez de iitsperdicarem energia para fazerem-se belas, perfumadas ou iifentes para os insetos? Para protegerem-se, as plantas desenvolvem espinhos, um Hilo amargo ou secresées gomosas que capturam ¢ matam fnsetos hostis. A recatada malicia ou dormideira (Mimosa ica) dispoe de um mecanismo que reage toda vez que um foUlro, uma Tagarta ou uma formiga se arrasta por seu caule diregio &s folhas delicadas: tio logo exercida uma pressio seus rgios sensitivos, os pediinculos se abaixam, as has se recolhem, como se murchassem, © esse inesperado jovimento, quando néo langa o intruso fora, obriga-o a bater (om retirade, sy, it tertas pantanosas, incapazes de encontrar nitrogénio, Wgumas plantas devoram, para o obter, criaturas vivas, Ha is de quinhentas variedades de plantas carnivoras, a cujo convém as cames de sabor mais distinto, quer de sos, quer de seres mais fartos, © que se valem de infini= ardis para capturar suas presas, desde tentdculos a viscosos ou engenhosos alcapdes afunilados. Os tenté- los das plantas carnivoras nio sio apenas bocas, mas tam- estémagos sustentados por esteios que se destinam a rir € devorar a presa, digerindo a came ¢ 0 sangue endo ido nada seno um esqueleto. A orvalhinha ou rosela, que devora insetos, néo Tiga para Ikos, particulas ce metal ou outras substancias estranhas las em suas folhas, mas sem demora percebe o que hé de tivo num pedaco dé carne. Darwin descobriu que essa inta pode ser excitada quando sobre ela & posto um fio de pesando apenas 1/78 000 de um grio. Uma gavinha, ‘constitui com as radiculas a parte mais sensivel de uma na, se curva quando um fio de seda, pesando apenas }00025 de um grama, € atravessado sobre ela. A engenhosidade das plantas em arquitetar formas ex- ede em muito @ dos engenheiros. As estruturas criadas pelo homem nao se comparam 4 capacidade de resisténcia dos longes tubas ocos que suportam pesos fantdsticos contra tem- Porais violentos. O uso de fibras espiraladas pela planta € um mecanismo que dificilmente se rompe e para 0 qual a inven- tividade humana ainda nfo encontrou um correspondente a altura. As células se alongam como salsichas ou tiras que se prendem umas as outras para formar um cordio quase indes- trutivel. Uma drvore engrossa a medida que cresce, cientifi- camente, para suportar maior peso. © cucalipto australiano pode erguer-se sobre um tronco fino até 144 metros acima do solo, ou tio alto quanto a Grande Pirdmide de Queops, e ha nogueiras capazes de agtien- tar até 100000 nozes. A sanguindtia ou corriola-bastarda, por sua vez, mostra-sé perita em dar nés que, depois de secos, ficam tao apertados que arrebentam, impulsionando as se. mentes para que elas germinem o mais longe possivel da planta-mae. As plantas se revelam perceptivas mesmo quanto a orien- tacdo e ao futuro. Habitantes da fronteira © cagadores dos Prados do vale do Mississipi descobriram que as folhas da chamada planta-biissola (Silphium laciniatem), da mesma fa- milia do girassol, indica os pontos cardeais. O alcacuz-in- diano ou jequiriti (Arbrus precatorius) 6 tao acentuadamente sensivel a todas as formas de influéncias elétricas ¢ magnéti- cas que chega a ser usado como planta-barémetro. Os primei- tos botanicos que o utilizaram em experiéncias, nos Kew Gardens de Londres, consideraram-no um meio para previsio de ciclones, furacdes, tornados, terremotos e erupcées vul- cfnicas, Precisas como so quanto as estagies, as flores alpinas sabem quando a primavera se aproxima e abrem caminho através das derradeiras camadas de neve, desenvolvendo seu proprio calor para fundi-las. Reagindo com tal precisfio, presteza ¢ diversidade a0 mundo exterior, as plantas, no entender de Francé, devem ter algum meio de se comunicar com esse mundo, algo compa- ravel ou superior aos nossos sentidos. Francé insiste em que a3 plantas estio constantemente observando e registrando acon- tecimentos e fenmenos sobre os quais 0 homem — preso em 14 fia visto antropocéntrica do mundo, que Ihe é subjetivamente ‘evelada por seus cinco sentidos — nada sabe. Malgrado terem sido vistas, quase universalmente, como Insensiveis autématos, as plantas sio agora consideradas ca- izes de estabelecer distingfo. entre sons inaudiveis para 0 ymem, bem como entre cores que correspondem 90s com- primentos de onda do infravermelho ¢ do ultravioleta e que {Nossa visio nao capta; so especialmente sensiveis aos raios Ke a alta fregiiéncia da televisio. Francé diz ainda que todo o mundo vegetal vive om intonia com os movimentos da Terra, da Lua e dos demais pplanetas do sistema solar — e que um dia hé de se demons- trar que ele é também afetado pelas estrelas ¢ outros corpos Gelestes. Como a forma externa de uma planta se mantém uni- Ufria © ¢ restaurada toda vez que uma parte vem a ser des- (ufda, Francé presume que exista alguma entidade consciente Supervisionando a integridade da forma, alguma inteligéncia dirigindo a planta — seja de dentro, seja de fora. Ha mais de um século ¢ meio, Francé, que concedia as Plantas todos os atributos das criaturas vivas, inclusive “a Teigio mais violenta contra os desmandos e a gratidio mais lirdente pelas atencdes”, poderia ter escrito um A vida secreta as plantas. Mas o que ele chegou a publicar foi bastante ata ser ignorado pelo establishment, quando nao considerado eelicanecte chocante. O que maior desagrado causou foi fia hipdtese de que a percepgao das plantas pode ter origem jum mundo supramaterial de seres o6smicos a que os sibios Hindus se referiram como “devas”, muito antes do nascimen- 10 de Cristo, e que — como fadas, elfos, gnomos, silfides ¢ Jima multid%o de outras eriaturas — foram objeto de visio direta e experiéncia para clarividentes ativos entre os celtas © outros intuitivos. Aos estudiosos da vegetagio da época, a Mdéia pareceu uma maravilha insfpida, inevitavelmente to- imintica. Foi preciso chegar as surpreendentes descobertas feitas por varios investigadores, na década de 1960, para que o mundo das plantas voltasse a despertar a atengio da buma- Hidade. Mesmo assim ainda ha céticos que custam a acreditar we as plantas possam ser enfim as damas de honra de um Visamento da fisica com a metafisica. Hi agora evidéncias em apoio da visto do poeta e do 15 fildsofo, qual seja, a de que as lantas — criaturas que vivem, respi x se eee Pete dotadas de personalidade e dos atributos da alma. S6 nossa cegueira foi que nos fez insistir em considerd-las aut6matos. E mais extraordinario ainda € patentear-se agora que as plantas podem se mostrar capazes, propensas e decididas a cooperar com a humanidade na tarefa herctilea de reconverter este planeta num jardim, a partir da sordidez e da putrefagao que Upificam 0 que o eco- Jogista pioneiro da Inglaterra, William Cobbett, chamaria de “excrescéncia”. Parte I PESQUISAS MODERNAS ‘As plantas @ a percepcao extra-sensorial A janela empocirada do edificio — que dava para Times Square, em Nova York, ¢ abrigava exclusivamente escritérios — tefletia como um espelho uma cena inusitada do Pais das Maravilhas. Mas no se via o Coelho Branco com seu colete e seu relégio de bolso; via-se um homem de orelhas de elfo, ehamado Backster, com uma planta comum de interior, cha- mada Dracaena massangeana, ¢ um galvandmetro. O galya- németro estava ali porque Cleve Backster era 0 mais eximio especialista americano em deteccao de mentiras; a dracena, por iniciativa de sua secretaria, a quem parecera que o drido escritério reclamava um toque verde; e o proprio Backster, devido a um passo decisivo, dado na década de 60, que afetou radicalmente sua vida ¢ pode, de igual modo, afetar o planeta. Noticiadas com destaque pela imprensa mundial, as ex- travagancias de Backster com suas plantas deram motivo a charges e gozagoes de todo tipo; mas a caixa de Pandora que ele abriu para a ciéncia talvez nunca mais se feche. Sua des- coberta de que as plantas parecem ser sencientes causou teagGes fortes e variadas em todo o mundo, a despeito do fato de Backster jamais se ter arrogado uma descoberta, mas sim, apenas, a lembranga de uma coisa sabida — e esquecida Acertadamente ele evitou publicidade ¢ se concentrou em estabelecer a absoluta autenticidade cientifica do que passou a ser conhecido como o “efeito Backster”. ‘A aventura comecou em 1966. Backster passara a noite “em sua escola para operadores de poligrafos, onde ensina a técnica de deteccdo de mentiras a policiais ¢ agentes de se- ca de todo o mundo. Num impulso stbito, decidiu colo- de um dos seus detectores sobre uma folha cena. Planta tropical que lembra vagamente uma pal- com folhas grandes e um denso cacho de flores mitidas, € também conhecida como arvore-do-dragao (do latim em virtude da crenca popular de que sua resina con- 17 , tém sangue de do. Baekster estava interessado em saber em quanto Gore oo que modo a folha seria afetada pela gua despejada nas raizes, i ¢ a agua subia pelo caule sedento, 0 galva- an Fapiek de Backster, néo indicava a menor i i i dada i contrariando assim o qué seria de esperar, Tet coadubiiidade elétrica da planta umida. Em ver de ir para cima, @ ponta que tragava © grafico tendia mais a descer, gerando ainda com freqiiéncia uma linha bem serri- ae galvandmetro € a. parte de um detector de mentiras poligréfico que, quando lignda a um ser humano por fios que eonduzem em uma baixa corfente ¢létrica, faz com que uma agu- Jha se mova ou uma ponta trice um grafico num Papel qua- , em resposta a imagens mentais ou as mais ee encivas, Tnventado no fim do século xvi padre vit , Maximilian Hell, S. J., astrénomo da triz Maria Teresa, teve seu nome derivado 0 fisico ¢ fisiologista italiano que descobriu animal”, © galvandémetro & agora usado em “um circuito elétrico chamado “ponte de Wheat- ‘honra de Sir Charles Wheatstone, fisico inglés ‘simples, essa ponte avalia a resisténcia, de er elétrico do corpo humano — ou sua ser medido 4 proporgdo que flutua sob ¢ das emogées. O procedimento € submeter o suspeito a um estruturado” ¢ observar as dracena na xicara de café quente que tomava, Nenhuma rea- gio notavel foi registrada pelo medidor, Backster considerou 9 problema por alguns minutos ¢ concebeu entio uma ameaga maior: queimar a propria folha a qual os elétrodas haviam sido ligados. No instante em que lhe veio & cabeca a idéia de fogo, ¢ antes que cle pudesse se mexer para apanhar um f6s- foro, ocorreu no grafico uma mudanga dramitica, sob a forma de uma prolongada ascensdo da ponta que realizava o traga- do. Backster nfio se mavera, nem para se aproximar da planta, nem em direcdo & maquina. Poderia a dracena ter lida sua mente? Saindo finalmente da sala ¢ voltando com uma caixa de fésforos, Backster notou que outra sibita alteracao se regis- trara no grafico, evidentemente causada por sua determinacac em levar a cabo a ameaga. Embora relutasse, dispds-se a queimar a folha. Dessa vez foi menor a reagao espelhada no grafico, Mais tarde, enquanto ele assumia atitudes fingidas, como se realmente fosse por fogo na planta, jd nenhuma reagdo se notava. Evidenciava-se que a planta era capaz de distinguir entre a intencao real ¢ a simulada, Backster teve vontade de sair pelas ruas, correndo ¢ anunciando ao mundo: “As plantas pensam!” E porém, absorveu-se na investigagio mais meticulosa do fend- meno, a fim de estabelecer exatamente como, e através de que meio, a planta reagia a seu pensamento. Seu primeiro passo foi certificar-se de que nao fechara os olhos as possiveis explicagdes légicas para o fato. Haveria algo de extraordindrio sobre a planta, ou sobre ele, ou ainda sobre o instrumento particular que utilizara? O assunto exigiu um estudo mais detalhado, quando ele ¢ seus colaboradores, izando outras plantas ¢ outros instru- Mentos em outros locais do pais, foram capazes de fazer observacdes semelhantes. Bananas, laranjas, cebolas, alfaces, mais de 25 variedades de plantas ¢ frutas foram ao todo testadas, As observagées, sempre coincidentes, implicavam um novo enfoque da vida, com algumas conotagdes explosivas Para a ciéncia. Até entao, o debate entre cientistas © parapsi- célogos sobre a existéncia da percepgao extra-sensorial tinha sido altamente controvertido, sobretudo devido a dificuldade em estabelecer com seguranga quando realmente ocorre um fenémeno dessa natureza. O maximo a que se chegara — gra- gas ao Dr. J. B. Rhine, cujas experiéncias no campo tveram 19 iniéio na Universidade de Duke — fora estabelecer que, nos seres humanos, os fendmenos extra-sensoniais ocorrem com tamanha frequéncia que ja ndo faz sentido atribui-los apenas 2 Sar ninel en) Backster considerou que a capacidade de aprender sua intengo, revelada pelas plantas, fosse alzuma forma de percepgdo- extra-sensorial. Mas acabou renuncianda a expressdo, que sc aplica a percepgao- efetuada acima © além dos sentidas estabelecides do tato, da visio, da audigao, do paladar e do olfate. Como as plantas nao parecem ter olhos, ouvidos, nariz nem boca, ¢ como os botanicos, desde o tem- po de Darwin, nunca Ihes concederam um sistema nervoso, Backster deduziu que sua fungdo perceptiva devia ser algo de mais basico. r i Esse ponto de vista levou-o a conjetura de que os cinco sentides humanos possam ser fator de limitagao, enco- brindo uma “j 4 primaria” possivelmente comum 4 ‘natureza. “Talvez as plantas, sem olhos", presumiu “consigam enxergar melhor do que nds.” Gracas 0 sentidas basicos, os homens podem optar livremente perceber indistintamente ou nao perceber de ter comentou a respeito: “Quando a visdo de uma agrada, voce pode desviar o olhar ou recusar-se 1ém nunca tirasse os outros da cabeca, ¢ suas plantas eram capazes de pe: ampliou seu escritério © decidiu rio cientifico, tipico da era es- ‘meses seguintes, foram obtidos gri- espécies mais variadas. O fendmeno ndo a folha era arrancada da soincidir com o tamanho dos elé- tinuava a ser acusada pelo eta esmigalhada ¢ seus pedacos As plantas reagiam ae 1 a aMeagas em potencial, cachorro ou de uma pes- racdes dramat raifico gerado pela plant antes de a a comecar a correr de ur tava impedir seus movimentos. * explicou cle pulir y na presenca da v Tr menos atencdo As inten ‘A Gltima coisa que uma planta que outra Ihe crie problemas. Mas elas parecem al vida animal durante todo o tempo em que esta set redor. Com sua extrem podem requerer um controle atento.” Backster observou que, ameagada por um perigo imi- nente, um dano grave, uma planta “apa morte fingida, reagindo assim, por autodefesa, de modo se melhante a um gambi — se nao mesmo a um ser humano. © fenémeno foi dramaticamente demonstrado quando um fisiologista canadense visitou o laboratério de Backster para presenciar a reagao de suas plantas. A primeira delas nao deu resposta alguma. Backster experimentou a segunda, a ter ceira — e nada. Verificou entao scus instrumentos poligrifi- cos ¢, ainda em vio, testou mais duas p 8, SO a sexta reagiria de modo suficientemente claro para demonstrar o fenomeno. Interessado em saber o que poderia ter outras plantas, Backster perguntou ao visit seu trabalho o forca a fazer mal as plantas?” *Sim'’, respondeu o fisiologista. “Eu liquido as plantas com as quais trabalho, Torr num forno para obler seu peso seco para minha anali Quarenta ¢ cinco minutos depois, quando o fisiologista ja se encontraya a caminho do acroporto, todas as plantas de Backster voltavam a dar em seus grificos uma resposta fiuente. Besa experiéneia se mostrou Gil para que Backster che- Basse & conclusio de que as plantas podiam ser levadas a um ‘desmaio, ou mesmerizadas, pelos seres humanos, de que algo Semelhante talvez fizesse parte do ritual do magarefe, antes de um animal ser abatido de maneira correta. Comunican- do-se @ vitima, 0 matador pode infundir-Ihe tranqililidade e 21 mobilidade, os bichos € as pessoas ou desmaia numa. fluenciada as Por acaso leva-la a uma morte serena, impedindo assim que sua carne conserve residuos de um “medo qui ico”, desagradivel ao paladar talvez mesmo nocive ao consumidor. Isso suscitou a possibilidade de que as plantas ¢ os frutos suculentos quei- ram de fato ser comides, mas s6 numa espécie de ritual amo- roso, com uma comunicagao real entre © que come ¢ © que é comido — algo afim ao rito cristao da comunhao —, ¢ nao na costumeira matanca desapiedada. : “Pode ser”, diz Backster, “que um vegetal prefira passar a fazer parte de outra forma de vida a apodrecer no chio, assim como, 4 sua morte, uma pessoa pode experimentar ali- vio por encontrar-se num plano de existéncia mais elevado,” Certa vez, para mostrar que tanto as plantas quanto as células individualizadas captavam sinais através de algum meio de comunicacao inexplicado, Backster fez uma demons- trago para o autor de um artigo publicado no ‘Sun de Balti- more e posteriormente condensado no Avante Digest. Apés ligar o galvanémetro a um filodendro, Backster dirigiu-se a0 jornalista, como se fosse ele o objeto da pesquisa, ¢ subme- teu-o a um int sobre o ano de seu nascimento. oO ista foi instruido para responder sempre ndo aos sete anos entre 1925 e 1931, seguidamente mencionados por - Backster. Este obteve entéo no grafico a data correta, a qual planta num momento de vigor mais intenso foi repetida por um psiquiatra, © diretor médico do centro de pesquisas > em Orangeburg, no Estado ‘companhia de um colaborador, Douglas Escola de Engenharia de Newark, se- teste um homem que possuia um filoden- le, com o maior carinho, a partir da semente. )@ planta, os dois cientistas fizeram # alunos da escola de Backster, alguns deles policiais traqueja- dos, ofereceram-se como voluntarios para a experiéncia, De olhos vendades, cada aluno tirou de dentro de um chapéu um papelzinho dobrado, um dos quais continha instrucdes para desenraizar, pisotear ¢ destruir completamente uma das duas plantas que se encontravam na sala, O criminoso deveria agir em segredo; nem Backster nem nenhum de seus alunos saberiam sua identidade; sé a segunda planta seria uma tes- temunha. Ligando a planta sobrevivente a um poligrafo e fazendo com que seus alunos desfilassem diante dela, um por um, Backster foi capaz de descobrir o culpado. De fato, abstendo-se de qualquer reago perante os cinco inocentes, a planta ma- nifestou no medidor, quando se aproximou o verdadeiro culpado, uma excitacao feroz. Backster nao se atreveu a afir- mar que a planta tivesse captado ¢ refletido o sentimento de culpa do “vilao”; como esse agira em nome da ciéncia ¢ sua culpa nao fosse assim tao grande, ficava porém em aberto a possibilidade de que a planta se lembrasse e reconhecesse © destruidor de sua companheira Em outra série de observagdes, Backster notou que, a despeito da distancia, parece estabelecer-se entre uma planta @ a pessoa que dela cuida um vinculo de afinidade ou um tipo especial de comunhio, Com o usa de crondmetros sin- cronizados, percebeu que suas plantas continuavam a reagir a seu pensamento € atengao, quer estivesse ele na sala ao lado, no saguao de entrada do edificio ou mesmo varios prédios adiante. De regresso de uma viagem de 24 quilémetros a Nova Jersey, Backster constatou que suas plantas tinham dado Mostras de exuberancia e sinais decisivos ¢ positivos de res- posta no exato momento em que ele decidira voltar para Nova York, Se por prazer em revé-lo, ou por simples alivio, nilo saberia dizer. Sempre que Backster viajava para um ciclo de palestras e falava de suas observagdes de 1966, mostrando um slide da dracena original, a planta, deixada em seu escritorio, acusava uma reacio no grafico no exalo momento em que sua imagem era projetada. Desde que acostumadas a uma pessoa, as plantas parecem capazes de manter com ela uma ligagao solida, onde quer que essa pessoa esteja, mesmo perdida na multidao. Na véspera de ‘Ano Novo em Nova York, Backster imiscuiu-se na balburdia 23 munido de um caderno ¢ um cronometro. . movia entre a massa, anotou suas varias A medida due ue dew, a pressa que o invadiu ao descer GOES, 08 Passos ee enctrd, a iminéncia de ser pisoteado, ao do metr ptens ne eae teve com um vendedor de jornais, a lige ério, verificou que trés de suas Gane ae eearadamcals) tinham mostrado reagdes Sa ae corriqueiras aventuras emocionals. Com a intengo de testar as reagdes das planes longa distancia, Backster recorreu a uma amiga baa zen i = = antas dela continuariam a lhe ser figis durante uma se- vie ia de viagens aéreas que cobririam mais de 1000 quild- fae los Estados Unidos. Gragas a relégios sincronizados, Sai as plantas reagiam as tensGes emocionais de sua dona, de modo inequivoco, toda vez que o avido se pre- parava para aterrissar. ete: Para certificar-se do que podera ocorrer a distancias bem maiores — a milhGes de quilémetros —, para ver se 0 espago se converte em limite para a “percep¢ao primaria” das plantas, Backster gostaria que os pesquisadores de Marte colocassem uma planta com um galvanémetro nesse planeta, ou proximo a ele, permitindo assim observar por telémetro a teagdo da planta as alteragGes emocionais registradas em seu dono na ‘Terra. Considerando que sinais de rédio ou Tv telemetrados — \ransportados por ondas eletromagnéticas a velocidade da luz — levam de seis a seis minutos e meio para chegar a Marte f tempo igual para voltar A Terra, a questo sera saber se de Times Square, Hiekster, no mesmo instante em que for emitido. Se o tempo F ida e volta de uma mensagem telemetrada fosse reduzido tee ante Meveria uma indicacao de que as mensagens men- Gas ou emocionais operam fora do tempo, tal como o con- » © além do espectro eletromagnético. mados b do Oriente que nos mantém infor- ecine is hipétese de ‘uma continacts extratemporal”, seer, fackster. “Tais fontes. afirmam que o umiverso se oaks Gee equilibrio; se esse equilibrio se desfizer em algum delcctat a a tes esperar uma centena de anos-luz part omalia ¢ corrigi-la, A, comunicagao extratemporal. cry essa espécie de concregao unitaria de todas as coisas vivas, poderia ser a resposta para o problema em pauta. Backster ndo sabe ao certo que tipo de onda energética conduz até uma planta os sentimentos ou as idéias de um homem. Ocorreu-lhe isolar completamente uma planta, ser- vindo-se ora de uma caixa farédica, ora de um recipiente de chumbo. Mas nem aquela nem este tiveram condigao de inter- ceptar ou obstruir o canal de comunicagao existente entre a planta ¢ o homem. Backster deduziu entio que a onda por- tadora equivalente, seja ela qual for, deve operat de algum modo além do espectro eletromagnético, bem como num sen- tido decrescente — do macrocosmo para 0 microcosmo. Um dia, ao cortar acidentalmente um dedo ¢ se tratar com iodo, Backster notou que a planta entio submetida ao poligrafo reagiu de imediato, aparentemente afetada Por esse fato banal a morte de algumas células digitais, Se bem que tal reacao pudesse ter sido causada pelo estado emocional do préprio Backster, quando ele vira seu Sangue, ou ainda pelo cheiro forte do iodo, o Pesquisador nao tardou em des- cobrit que um mesmo padrio se repetia no grifico sempre que uma planta testemunhava a morte de tecidos vivos, Poderia a planta, a um nivel tao minimizado, ser sensivel @ todo processo de morte celular que ocorria em seu meio ambiente? © padrao tipico Teapareceu, em outra ocasiao, quando Backster Se preparava para tomar uma poredo de iogurte. Intrigado a Principio, ele acabou se dando conta de que o Presunto que misturara ao jogurte continha um presery. quimico que pouco a pouco exterminava os bacilos vivos fustentes no ultimo. Outro padrao inexplicdvel no grafico foi finalmente esclarecido ao evidenciar-se que as plantas Feagiam também a agua quente que escorria pelo encanamento edava morte as bactérias do esgoto, © consultor médico de Backster, Dr. Howard Miller, um citologista de Nova Jersey, concluiu que uma especie de Sonsciéncia celular” deveria ser comum a toda a vida. Para explorar essa hipotese, Backster descobriu um meio de conectar elétrodos a diferentes tipos de células, recorrendo a ca has Paramécios, lévedo, culturas de mofo, Taspas da vd mana, sangue e mesmo sperma, Controlados pelo Erie todos. deram origem a Braficos tao interessantes * Produzidos pelas plantas, Uma sagacidade espan- 25 pelas células de esperma, as quais pareceram ficar seus doadores, real indo a presenca ie outros homens. Tais observagoes leva- espécie de memoria total possa integrar 1 inferéncia, que o cérebro seja apenas tador — € nao necessariamente um tosa foi eve y apazes de identi ae e ignorando a di yam a crer que uma a simples célula ¢, po i omu! eee Ae aiscenanenis de lembrangas. b . “A senciéncia”, diz Backster, “nao parece Dee omiper e ao nivel celular. E provavel que desca a0 molecular, ao até- mico e mesmo ao subatémico. Todas as coisas ja convencio- nalmente tomadas por inanimadas podem nos impor agora zt es es de perseguir um fendmeno de importancia fundamental para a ciéncia, Backster estava ansioso para pu- blicar suas descobertas numa revista especializad iF expondo-as assim a verificagio critica de outros cientistas. A metodologia cientifica requer que uma reacdo registrada seja repetida por outros cientistas, em outros locais, um nimero adequado de vezes. E isso tornava o problema mais dificil. Antes de mais nada, Backster descobrira que as plantas séo capazes de logo acostumar-se tanto a determinadas pes- soas que nem sempre é possivel obter exatamente as mesmas Teagoes com diferentes experimentadores. Incidentes como 0 “desmaio” ocorrido perante o fisiologista canadense davam as vezes a impressao de que o “efeito Backster”, na verdade, era pura invencionice. O envolyimento pessoal, e mesmo 0 conhecimento prévio da hora de realizagao de uma experién- cia, nao raro davam motivo de sobra para que uma planta invocasse” e decidisse no cooperar. Isso levou Backster 4 Sonclusio de que bichos submetidos a uma cruel vivissecca0 talvez captem os intentos de seus torturadores ¢ assim pro- duzam para si — apenas para terminar com o suplicio © BackeaPidamente possivel — os proprios efeitos desejados. ¥ descobriu que, mesmo quando ele e seus colegas, na sala de espera, discutiam um projeto qualquer, as plantas, trés salas adiante, podiam fi q eo temente geradas ser afetadas pelas imagens apare' Worcs ee Sua troca de idéias. Es conceber uma ex Seapets Backster a necessidade de humano. 0 aan neia isenta de qualquer envolvimento desenvolver seu ee de ser todo automatizado. Pare sivel & experiénda pentose est © equipamento indispen- fa perfeita, Backster levou dois anos e meio 26 ¢ consumiu varios milhares de délares, fornecidos em parte pela Fundacio Parapsicologica, imstituigao entao presidida pela faleci ileen Garrett. Diversos cientistas, especializados em diferentes disciplinas, sugeriram um elaborado sistema de controles experimentais. O teste finalmente escolhido por Backster foi matar célu- las vivas, com um mecanismo automéatico, num momento casual em que ninguém se encontrasse no escritério ou em suas proximidades, e ver se as plantas reagiam. Camar6es de agua salgada, da variedade vendida como alimento para peixes tropicais, foram selecionados por ele como vitimas sacrificiais. Era importante para o teste que as vitimas demonstrassem grande vitalidade, pois ja tinha sido notado que o tecido malsao ou a caminho da morte nao mais age como um estimulo remoto, nao mais transmite mensagens de qualquer tipo que seja. Verificar se os camaroes estdéo em boa forma é relativamente facil: em condigdes normais, os machos dedicam metade de seu tempo a cagar e a cobrir as fémeas. O dispositivo incumbido de liquidar esses playhoys mari- nhos consistia de uma pequena tigela que deveria despeja-los, automaticamente, numa panela de agua fervendo. Um pro- gramador mecanico acionaria o dispositivo num momento selecionado ao acaso, impedindo assim que Backster ou scus assistentes tivessem conhecimento da hora exata da ocorrén- cia. Considerando-se a eventualidade de a prépria agéo do mecanismo ser registrada nos graficos, previu-se a colocacéo de outras tigelas, sem camaroes, que em momentos variados deveriam despejar apenas certa quantidade de dgua. _ Cada qual ligada a um galvanémetro, trés plantas fica- Tlam em salas separadas. Um quarto galvanémetro, ligado a uma resisténcia de valor fixo, indicaria as possiveis variagoes causadas por intermiténcias no fornecimento de energia ou Por perturbagoes eletromagnéticas ocorridas perto ou dentro da. area da experiéncia. A mesma luz e uma temperatura uniforme seriam mantidas para todas as plantas, as quais, vindas de uma fonte exterior, por precaugao adicional, quase nao seriam manuseadas e esperariam a hora da prova em Zonas delimitadas com antecedéncia. Devido a suas folhas grandes e vistosas, capazes de nao sofrerem prejuizo com a pressao dos elétrodos, foram selecio- nadas para a experiéncia plantas da espécie Philodendron 27 Diferentes exemplares dessa espécie seriam sub- cordatum. Die! eras a metidos a testes a em vernaculo cientifico, a hipo- ‘Adequadamente, renal formular era a de fe reaver tese que Backster Pretene tinida na vida das p 5 percepcda primaria Give” nade servir de estimulo remo- aa ssa capacidade percep- ue o exterminio da ae oot localizado para coy ee ee ee do envolvimento humane. issivel compre’ aram que as plantas jva e que é pos fincloue independentemente " Jtados experimentals mostr: 0 janta Be tare ¢ sincronizadamente @ morte dos camardes reagiram ft automatizado de controle, rvend o sistema n ls ee - ae cientistas, indicou que essa reagao ; Dead ente ma propor¢ao de cinco para rocessara consistentem seat S possi dades do acaso- ce Uma descrigdo pormenorizada de toda a experiencia e atid constou de um ensaio cientifico publicado, no ae a de 1968, no volume X do The International Journal of Parepycholog com o titulo de “Evidéncia sobre a per- do primaria na vida vegetal”. Competia agora a outros cientistas verificar se seriam capazes de repelir a experiencia de Backster ¢ obter os mesmos resultados. Mais de 7000 cientistas mostraram-se interessados em reimpressdes do texto sobre a pesquisa original de Backster. Em mais de vinte universidades norte-americanas, nao so Gientistas, como também estudantes, revelaram-se dispostos a repetir as experiéncias de Backster, tao logo pudessem obter o equipamento necessario!, Algumas fundacoes inclinaram-se a financiar novas pesquisas. A grande imprensa, que a prin- cipio ignorara o ensaio de Backster, deixou-se possuir por uma febril excitacdo sobre 0 caso a partir do momento em e a National Wildlife assumiu o risco de publicar, em verciro de 1969, um artigo pioneiro. O fato despertou tanta atengao, em todo o mundo, que secretérias e donas-de-casa comecaram a conversar com suas plantas e a nome Dracaena massangeana s¢ tornou familiar. O que mais intrigava os leitores era a idéia de que um. 1 Backster relutou em divulgar os mn « Backster relito os tomes e locais dessas universidades, fn ni prude de BeNa it cc teuhon reatizats 0 momenta que melhor thes comer ae ates com toda 0 ponder carvalho tremesse & aproximagao de um lenhador ou que uma cenoura entrasse em panico quando visse um coelho. Julgan- do por seu turno que as aplicagbes do “efeito Backster” ao diagndstico médico, & investigagdo criminal € a Campos como a espionagem ¢ram por demais fantasticas, os editores da National Wildlife preferiram nao mais tocar no assunto. ‘A revista Medical World News, em 21 de marco de 1969, comentou que finalmente as pesquisas sobre a percepgao ¢x- tra-sensorial podiam encontrar-se “na iminéncia de conquistar a respeitabilidade cientifica que os estudiosos dos fenémenos psiquicos procuram em vio, desde 1882, quando foi fundada em Cambridge a Sociedade Britanica de Pesquisas Psiquicas”. William M. Bondurant, um executivo da Fundagio Mary Reynolds Babcok, sediada em Winston-Salem, na Carolina do Norte, concedeu uma ajuda de 10000 délares para que Backster continuasse suas pesquisas, comentando; “Seu tra- balho indica a possivel existéncia de uma forma primaria de comunicacao instantanea entre todos os seres vivos, a qual transcende as leis fisicas atualmente conhecidas por nds, ¢ sso merece uma investigagao mais cuidadosa’. Backster foi assim capaz de investir em equipamentos mais caros, inclusive eletrocardiégrafos ¢ eletroencefalégrafos. Esses aparelhos, usados normalmente para medir as emissoes elétricas do coragéo e do cérebro, apresentavam a vantagem de nao fazer com que a corrente passasse pelas plantas, limi- tando-se a registrar a diferenga em potencial descarregada por elas. O cardiégrafo capacitou Backster a obter leituras mais sensiveis que as do poligrafo; o encefaldgrafo deu-lhe resultados dez vezes mais fiéis que os daquele. Um fato casual haveria de leva-lo a um campo de pes- quisas totalmente diverso. Uma tarde, ao quebrar a casca de um ovo cru que pretendia dar a seu Doberman pinscher, notou que uma das plantas ligadas a poligrafos manifestara uma reacao vigorosa. Na tarde seguinte, observou a repetigao do fato. Curioso para descobrir o que o ovo poderia estar sentindo, Backster ligou-o a um galvanémetro © uma vez mais Se pos a escuta. Durante nove horas, obteve um grafico pormenorizado do ovo, cuja freqiiéncia — situada entre 160 € 170 batidas Por minuto — correspondia ao ritmo cardfaco de um em- brido de galinha j4 com trés ou quatro dias de incubacao. © ovo em questao, no entanto, tinha sido comprado na 29 _ . préxima € nfo podia estar fertilizado. Mais mercearia, mals Privo e dissecando-o, Backster surpreendeu- tarde, quebrande "pio continha nenhum tipo de estrutura ie el es se 20 Ver ue el qual atribuir a pulsagao, Esse pesquisador tesco eonvencional uma vez mais, parecia ir ter a um campo pot 5 de forga situado fora dos limites de nosso conhecimento Se a aieaso sobre o mundo em que acabara de ingressar foi dada a Backster pelas surpreendentes experién- cias no campo energético realizadas com plantas, arvores, seres humanos ¢ até mesmo células, na Escola de Medicina de Yale, nas décadas de 30 ¢ 40, pelo falecido Prof. Harold Saxton Burr, experiéncias essas que sO agora comegam a ser reconhecidas ¢ compreendidas. e A essa altura, Backster abandonou temporariamente suas experiéncias com plantas para explorar as implicagdes de suas descobertas sobre 0 ovo, as quais, ao que tudo indicava, pode- riam interessar de perto 4s pesquisas sobre a origem da vida — é dio assunto de sobra para um novo livro, As plantas podem ler sua mente Enquanto Backster desenvolvia suas experiéncias no leste dos Estados Unidos, um diligente pesquisador quimico, em- pregado da International Business Machines em Los Gatos, na California, era desafiado a dar um curso sobre “‘criativi- dade” para engenheiros ¢ cientistas de IBM. S6 depois de ter accito @ incumbéncia foi que Marcel Vogel se deu conta de Sua enormidade. Certas questoes ni c : Como define cria questoes nao Ihe satam da cabega: lividade? © que é uma pessoa criativa? Para as, Vogel, que durante anos estudata para scr pobene Sauer a escrever um roteiro para doze se- ‘asd : > noras que, no seu entender, representariam oo fio definitive para seus alunos, inham coment? 4° Proprio Vogel no reino da criatividade ssado quando, em erianca, ele se mostrou ansioso pouca cole Serie 4 luz dos vaga-lumes. Encontrando minescéncia nas bibliotec: infor- mou a i mine sla mae que ele Proprio escreveria um eebces ° s tema. Dez anos mais tarde, Luminescéncia nos liquidos e nos sdlidos e sua aplicagdo prdtica era publicado por Vogel em colaboragéo com o Dr. Peter Pringsheim, da Universidade de Chicago. Dois anos depois, Vogel constituia em San Fran- cisco sua propria firma, chamada Vogel Luminescence, a qual se tornaria lider no campo. Em quinze anos de ativi- dade, a firma desenvolveu uma infinidade de novos produtos a cor vermelha vista nas telas de televisio, crayons fluores- centes; rétulos para inseticidas; um aparelho a base de “luz negra” para determinar, pela inspecio de sua urina, a pista secreta de roedores em pordes, esgotos, corticos; e as cores psicodélicas popularizadas pela moda dos posters. Em meados da década de 50, cansado de suas tarefas administrativas rotinciras, Vogel vendeu a companhia e passou a trabalhar para a 1BM. Ai foi capaz de se dedicar integral- mente pesquisa, estudando fendmenos magnéticos, aparelhos 6ptico-elétricos e sistemas de cristais liquidos, desenvolvendo © patenteando invengoes de significagdo fundamental para a armazenagem de informagao em computadores ¢ recebendo prémios que adornam as paredes de sua casa em San José. O momento decisivo no curso sobre criatividade dado por Vogel na 1BM surgiu quando um de seus alunos Ihe deu um. exemplar da revista Argosy com um artigo sobre o tra- balho de Backster intitulado “As plantas tém emogées?”. A primeira reagéo de Vogel foi jogar a revista no lixo, convencido de que Backster era apenas mais um charlatao com o qual nao valia a pena perder tempo. A idéia, no entanto, ficou martelando em sua cabeca. Alguns dias depois, Vogel releu cuidadosamente o artigo e sua opiniao mudou Por completo. ___ Lido em voz alta para os participantes de seus seminé- NOS, O artigo suscitou gracejos e curiosidade. Mas, finda a discérdia, chegou-se A decisao undnime de fazer experiéncias om plantas. No mesmo dia, um aluno telefonou mais tarde Bee Vogel, comunicando-lhe que o ultimo niimero de Popu- pel se referia ao trabalho de Backster e incluia ace de um_instrumento chamado “psicanalisador”, ‘ptava © amplificava as reacoes das plantas e podia ser por menos de 25 ddlares. a iu sua turma em trés grupos é desafiou-os a ee Gas realizagdes de Backster. Ao terminarem inarios, nenhum dos grupos tinha conseguido éxito. 31 to, Vogel comunicou que chegara a al- » Backster, passando a demons. resultados de Backster, pas guns Sa pressentem quando vao ter suas folha ences como reagem aflitas a ameagas ou a atos reais Ft 7 de violéncia — como serem queimadas ou desenraizadas — le cometidos contra elas. Voge! I se indagava por que razio sé ele btivera sucesso. Quando garoto, demonstrara interesse por sae uanto pudesse explicar © funcionamento da mente fae Depois de devorar livros de magic: piritualismo e técnica hipndtica, cl Por sua vez, no entant hegara a dar demonstragoes publicas ipnotizador adolescente. eee fascinar particularmente pela teoria de Mesmer sobre a existéncia de um fluido universal cujo equi- librio ou desajuste explicaria a saude ¢ as doencas, pelas idéias de Coué sobre a auto-sugestao ¢ sua relagao com o parto sem dor ¢ 0 auto-aperfeigoamento, pelos postulados de varios autores sobre a “energia psiquica”, um termo popu- larizado por Carl Jung, o qual, embora diferenciando-a da energia fisica, acreditava-a income! surdvel. Vogel supds que a “energia psiquica”, caso realmente enistisse, deveria ser armazenavel como as outras formas de energia. Mas em qué? Olhando as numerosas substancias quimicas enfileiradas nas prateleiras de seu laboratorio na 1BM, ele se perguntava qual delas poderia ser usada para conter tal energia. Em seu dilema, recorreu a uma amiga espiritualmente bem desenvolvida, Vivian Wiley, a qual examinou as subs- tancias postas diante dela e declarou que, no seu entender, nenhuma cra capaz de oferecer solucao para o problema de Vogel. Este sugeriu A amiga ignorar as idéias preconcel que ele tinha sobre as substincias quimicas e langar mao de qualquer coisa que porventura a intuicao Ihe ditasse. Vivian Wiley pegou duas folhas de uma saxifraga, colocando uma delas em sua mesa-de-cabeccira ¢ a outra na sala. “Todo dia, quando me levantar”, informou a Vogel, “vou olhar para a folha que esta na minha cabeceira e pensar posiliva- eee que ela continue a viver; mas nao darei atengao ee op oa » NAVIN iu a Vogel que fosse a sua cistog ease uma méquina para focografar as folhas. Voze! folha a que iar no que viu. Flacida e j4 toda amarelada, @ : que sua amiga nio dera atencio comecava a desinte- 42 grar-se. Mas a outra ainda estava verde ¢ radiantemente Eneia de vida, como se acabasse de ser trazida do jardim. Algum poder parecia desafiar as leis naturais, mantendo a folha em estado saudavel. Interessado em saber se seria capaz de chegar aos mesmos resultados que sua ami Vogel apa- nhou trés folhas de um olmo defronte de seu laboratério, vanda-as casa ¢ colocando-as numa placa de vidro ao lado de ama, Diariamente, antes do café, Vogel fixava o olhar nas duas folhas da beirada, exortando-as com carinho a permanece- rem vivas; mas ignorava por completo a folha que pusera no centro. Dentro de uma semana, ela ja estava seca, As outras duas, ainda verdes, apresentavam porém uma aparéncia saudé- vel. Para maior surpresa de Vogel, os pedtnculos das folhas vivas pareciam ter cicatrizado as feridas que se tinham aberto quando eles foram destacados da arvore. Vivian Wiley con- tinuou suas experiéncias ¢ mais tarde mostrou a Vogel a folha de saxifraga que guardara viva ¢ verde por dois meses, en- quanto a outra se mostrava completamente desidratada ¢ escura, Vogel se convenceu de ter visto em agao o poder da “energia psiquica”. Ja que a forga do pensamento podia ga- rantir a conservagao de uma folha além do tempo normal, comegou a imaginar quais seriam seus efeitos sobre os cristais liquidos, tema de um estudo intensivo que preparava entao para a IBM Microscopista tarimbado, ele documentara o comporta- mento dos cristais liquidos, ampliando-os até trezentas vezes, em centenas de slides coloridos que, quando projetados, nada fieam a dever 4s obras de um talentoso artista abstrato. Ao bater esses slides, Vogel se dera conta de que “relaxando a mente” ele ficava apto a perceber uma atividade que nao era visualmente revelada no campo microscépico. A tespeito, comentou o seguinte: “Coisas que escapavam 4 outros comecaram a se revelar a mim no microscépio. Nao €Ta com a viséo ocular, mas sim com a visao da mente, que fe as via. Uma vez consciente delas, fui levado por alguma ‘rma superior de compreensao senséria a regular as condi- Soes de luz, de modo a tornar os fenémenos regularmente Perceptiveis ao olho humano ou a uma cimara”. Vogel havia chegado 4 conclusdo de que os cristais sao 33

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