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A obra “Discurso sobre a negritude”  

foi produzida pelo autor Carlos Moore e


retrata o ponto de vista de Aimé Césaire  acerca da negritude, o que é e o que
ela representa. O termo negritude foi criado por Césaire no contexto da
Revolução do Haiti, a qual representou um grande marco no que diz respeito
às revoluções contra o racismo, colonialismo e imperialismo. Ademais,
também é discutido o pan africanismo cultural, que ganhou a sua primeira
Conferência  no ano de 1900, em Londres.

     O livro apresenta um histórico sobre os principais momentos/eventos em


que os negros sofreram com os abusos de outras figuras que se consideravam
de “raças” superiores, uma vez que fora classificadas três classes de raça,
sendo elas: branca, amarela e negra. Assim, iniciou-se uma manifestação por
parte de diversos haitianos sobre a perspectiva do cenário de opressão e
crueldade vivenciado pela população negra, de modo que a negritude
assumiu-se não só como um movimento, mas também como pensamento e
noção. O  antropólogo haitiano Joseph Antenor Firmin foi o primeiro dos
intelectuais que tomou atitude para se manifestar.

     Em suma, o livro traz o conhecimento de que Aimé Césaire, ao longo de


sua vida, apresentou-se como um intelectual bastante ativo, exceto pelos
momentos em que Léopold Sédar Senghor, seu grande amigo, passou a obter
opiniões bastante divergentes das suas e que se tornaram, de certo modo,”
dominantes”. Entretanto, passados alguns anos, Césaire conseguiu,
finalmente, trazer de volta para a sociedade os seus pensamentos.

     Embora seja uma obra excelente, nota-se a falta de maiores detalhes sobre
o período vivido por Aimé Césaire, uma vez que se trata de um ponto de vista
do mesmo, além disso, também carece de maiores esclarecimentos sobre o
período em que este se manteve em silêncio, mais afastado da discussão a
respeito do tema.

     Portanto, considera-se uma produção mais generalista, mas que permite
conhecer um pouco da história de Césaire e, principalmente, sobre a
negritude.

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