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Com muita raça

O Brasil é assim mesmo, tem gente de todo o canto do mundo. E essa mistura é
a nossa cara, nosso jeito.

Antes de um tal navegante chamado Cabral dar com a cara na Terra do pau-
brasil, por aqui viviam seis milhões de índios. Eles começaram a receber visitas cada vez mais
frequentes de uns homens incrivelmente brancos. Alguns deles deixaram filhos nas índias, que
andavam nuas pelas matas. Mais tarde, esses homens chamados de portugueses trouxeram
(com muita brutalidade), diga-se de passagem) levas de homens negros. Muitos brancos
tiveram filhos como as negras. Muitos negros engravidaram outras índias nuas. Outros
brancos, desta vez loiros e mais alvos ainda, apareceram. Ficaram e tiveram filhos com
mulatas, índias e portuguesas. Depois vieram outros mais morenos e outros com longos
bigodes e jeito para o comércio. E, no começo do século XX, veio um grupo de olhos puxados e
fala estranha (para os daqui, é claro). E toda essa turma se namorou, cresceu e procriou.
Nasceu daqui uma grande mistura racial.

Mas tem algumas pessoas que acham que não fazem parte desse caldeirão. Elas
se imaginam flutuando, como uma gota de óleo em água, sem se misturarem à nossa feijoada.
É só investigar os antepassados para perceber que nosso sangue viajou por lugares que a gente
nunca imaginaria.

Outros tipos de preconceitos se misturam a esse. Pessoas que não aceitam


homossexuais, deficiente físicos, estrangeiros e até patrícios, com o argumento de que não são
dignos de viver em comunidade.

1 – Depois de ler o texto, responda:

a) Por que o preconceito racial não se justifica entre nós?


b) O texto em seu título apresenta duas dualidades de sentido. Quais são elas?

2 – Qual a sua opinião sobre o racismo?

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