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A primeira arma eficaz de combate esse predador, chamada de variolização, chegou ao

Rio de Janeiro 100 anos antes da Revolta da Vacina, em 1804, quando D. Maria I
ainda era rainha, e D. João seu príncipe regente. Este rapaz seria o futuro rei
após a morte de seu irmão, D. José, por varíola. Sua mãe, foi apresentada à
variolização (assim como outras casas reais européias) mas se recusou a permitir a
aplicação em seu herdeiro, alegando que se Deus quisesse que morresse, morreria. D.
Maria I, que os portugueses chamam de “Piedosa” e os brasileiros de “Louca”, já
havia enterrado 4 de seus 7 filhos, e não mediu o risco como suficientemente alto.
Conta-se que a morte do primogênito José, o Príncipe do Brasil e herdeiro do trono,
foi um dos estopins para a degeneração da sanidade mental da rainha tão cristã.
Nenhuma perda humana é adequadamente medida antes que ocorra.

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