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Revista Edición 64

Sin Fronteras para la energía

www.cier.org.uy
Automação da Inspeção Diária Desenvolvimento de Metodologia
do Operador com uso de PDA’s para para Aperfeiçoamento de
reduzir o tempo, analisar os dados operadores por Imersão em
e gerar gráficos de tendências Ambiente de Simulação
das unidades geradoras da Pág. 12
UHE TUCURUÍ - “Sequitur”.
Pág. 4

Análisis del Procesos de Medición de Armónicas en


Facturación, Comercial y Técnico de Subestaciones de 13.2 kV
Clientes Libres pertenecientes Pág. 28
a las empresas CGED y CONAFE
Pág. 22

Enero 2015
Presidente de la CIER:
Ing. Jorge Arturo Iporre Salguero Hidrología en Centrales Optimización del costo del
Bolivia
Hidroeléctricas mantenimiento basado en la
Vicepresidente:
Ing. Osvaldo Ernesto Arrúa Pág. 42 priorización de la impedancia de
Argentina puesta a tierra para mejora de
Ing. Víctor Romero Solís
Paraguay la confiabilidade
Pág. 52

ISSN 0379-850 X
GENERACIÓN

REVISTA - CIER Edición 64

Trabajo:
Automação da Inspeção Diária do
Operador com uso de PDA’s para
reduzir o tempo, analisar os dados
e gerar gráficos de tendências
das unidades geradoras da
UHE TUCURUÍ - “Sequitur”.
Autores:
Herbeth Morais Costa, Helder dos Santos Vilhena - Eletrobrás Eletronorte - Brasil
herbeth.costa@eletronorte.gov.br / Fone: (94) 3787-7134
helder.vilhena@eletronorte.gov.br / Fone: (94) 3787-7100

6° SENOP - Seminario Nacional de Operadores de


Sistemas e Instalaciones Eléctricas
Resumo do artigo Implantado na Usina Hidrelétrica Tucuruí, o
Este projeto consiste de um conjunto de
ações implementadas que juntas dão mais Sequitur consiste dos seguintes itens: Um
mobilidade e autonomia ao operador para software para rodar em computadores de
analisar todos os dados inspecionados na mesa ou desktops, um banco de dados que
instalação. Isso devido a um trabalho de eng- roda num de nossos servidores, PDAs (As-
enharia, tecnologia da informação, hardware sistentes Pessoais Digitais ou computadores
e a experiência operacional da instalação. móveis) adquiridos para proporcionar a mo-
Esta sinergia formou o que conhecemos hoje bilidade necessária ao operador e um soft-
como “Sequitur”. ware para rodar nos PDAs.

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que permitem a geração de gráficos e gravação


1. Introdução de dados, mas devido a sua filosofia de cons-
Em 1984, houve a inauguração e início da ope- trução, o armazenamento destes dados é muito
ração comercial da Usina Hidrelétrica Tucuruí, limitado para a construção de um histórico de
na cidade de Tucuruí no estado do Pará a cerca dados que possam gerar gráficos de tendên-
de 350 km da capital do estado. Desde então a cias, que atendam a todas as necessidades da
Operação em Tempo Real da usina tem atua- operação e da manutenção da usina, além da
do na instalação executando suas inspeções requisição destes dados pelo SPCS ser feita uti-
diárias de forma rudimentar, porém mantendo lizando sondas e os dados que os operadores
sob controle a maior usina hidrelétrica genui- registram durante a inspeção são de outros ti-
namente brasileira. pos de instrumentos, o que gera uma redundân-
Desde 2009 temos desenvolvido um trabalho cia do processo, tornando-se favorável ao nosso
para substituir as pranchetas e papéis adota- trabalho de operar e manter.
dos pelos operadores desde a inauguração da Uma das ideias de melhorias às quais chegamos
usina e com isso possibilitar mais agilidade e para eficientizar todos os processos ligados à
produtividade nos registros e análises dos da- coleta de dados dos operadores, foi a de subs-
dos das inspeções operacionais. tituir a prancheta e o papel pelo uso da tecnolo-
Para possibilitar este projeto foi planejado um gia da informação, ou seja, analisamos o que o
trabalho que envolveu engenharia, tecnologia mercado tinha para nos oferecer em relação a
da informação, uso de hardware e software e hardware e o que a nossa mão de obra interna
a experiência de 28 anos de operação da usina. tinha em relação a software e buscamos inovar
nestes dois vetores (Figura 01).

2. Identificando os Problemas
Ao logo dos anos, formulários extensos foram
simplificados e substituídos por formulários
menores e mais objetivos, mas sempre foi man-
tido o mesmo padrão de preenchimento dos da-
dos das inspeções: caneta, papel e prancheta.
No ano de 2009 identificamos a necessidade de
melhorar a forma como os operadores faziam
inspeções nas casas de forças da usina, pois
para isso sempre foram utilizados formulários
impressos presos por pranchetas, preenchidos
padronizadamente com canetas esferográficas
de cor preta.
Dessa forma, começamos a pensar em alter-
nativas de revolucionar e criar um novo padrão
Figura 01 – Softwares e Hardwares foram os insumos para nossa melhoria.
de preenchimento dos dados coletados nas
inspeções e além disso, também queríamos
agilizar e facilitar a análise dos dados coletados
pelos operadores, pois esta etapa do processo
requeria homem hora elevado, já que era neces-
3. Desenvolvimento da Melhoria
3.1. Os Hardwares
sário que o funcionário analisasse página por
Para o desenvolvimento do projeto era preciso
página do formulário preenchido pelo operador
utilizando um tempo excessivo não se tornando cumprir os requisitos básicos, neste caso co-
eficaz. meçamos com o hardware necessário e para
Vale citar que o nosso Sistema de Proteção, isso fizemos um levantamento e verificamos
Controle e Supervisão da Usina, o chamado que precisaríamos de:
SPCS é constituído de hardwares e softwares A. 01 Servidor de Banco de Dados (Figura 02);

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B. 04 PDAs - Assistentes Pessoais Digitais -


Computadores móveis (Figura 03);
C. 01 Ponto de acesso à rede sem fio corpora-
tiva (Figura 04).
O item A nós já tínhamos e o item C foi logo pro-
videnciado pela nossa equipe de tecnologia da
informação, mas o item B não tínhamos dispo-
nível no nosso almoxarifado, dessa forma, tive-
mos que fazer um investimento e adquirir 04
PDAs para iniciarmos o desenvolvimento do
projeto. Dependíamos da aquisição dos quatro Figura 04 – Access Point para permitir a comunicação entre o PDA e a
equipamentos para desenvolvermos os soft- rede corporativa.
wares que iriam gerenciar os dados coletados
pelos computadores móveis. Dessa forma criamos as especificações técnicas
(Tabela 01) e os requisitos mínimos de hardware
que precisávamos para utilização em campo e
a área responsável fez a compra pelos meios le-
gais seguindo as leis governamentais e normas
internas da empresa.

3.2. Os Softwares
Para fazer todo o hardware da nossa melhoria
funcionar, especificamos também os softwares
que foram:
A. Sistema para desenvolvimento do software
Figura 02 – Servidor físico para armazenamento das informações dos
softwares.
dos PDAs (Figura 05);
B. Sistema para desenvolvimento do software
dos desktops - computadores de mesa (Figura
06);
C. Software para modelagem do banco de da-
dos (Figura 07);
D. Sistema Operacional dos PDAs (Figura 08).
Todo o sistema de software precisaria estar bem
especificado para evitar incompatibilidades na
sua intercomunicação e no funcionamento dos
softwares do PDA. Assim sendo, para o item A
especificamos o Microsoft Visual Studio® 2008
Professional. Para o item B especificamos o Vi-
sual Basic®, pois neste quesito nós já tínhamos
um software em andamento nesta linguagem o
que nos daria um ganho de tempo no desenvol-
vimento do software para desktop. Para o item
C nós usamos a própria solução da Microsoft®
que acompanha o Microsoft SQL Server® 2005,
banco de dados este que usamos nas nossas
soluções de softwares internas. E para o item D
usamos como sistema operacional móvel o Mi-
Figura 03 – PDA para aquisição de dados no campo pelo operador.
crosoft® Windows Mobile 6.1, que já vem embar-
cado no PDA de fábrica.

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Características Físicas
Dimensões Largura entre 8cm a 10cm - Comprimento entre 23cm a 25cm
Profundidade entre 5cm a 7cm
Peso Entre 500g a 800g
Teclado De no mínimo 53 teclas (sem limites para máximo), com teclas
para números e letras.
Visor Colorido, entre 3,5 polegadas a 4 polegadas (touch screem ou não).
Alimentação Bateria de lítio recarregável e removível com capacidades a
partir de 2200mAh, podendo ser superior a este valor.

Características de desempenho
CPU Processador Intel® XScale com frequência igual ou superior a 624MHz.
Sistema Microsoft® Windows CE 5.0 ou superior ou Microsoft®
operacional Windows Mobile 5.0 ou superior
Memória RAM igual ou superior a 128MB
(RAM/ROM ROM igual ou superior a 128MB
ou Flash) Flash igual ou superior a 512MB
Expansão /
Armazenamento Disponibilidade para uso de Cartão de Memória tipo SD/MMC
em Massa
Mecanismo de captação de tarjas / imagens em 1D e 2D, com
Captura de Dados possibilidades de ler simbologias e capturar imagens e assinaturas,
(Coleta de dados) inclusive em tons de cinza. Com possibilidade de decodificar as
simbologias mais usadas do mercado.

Ambiente do usuário
Temperatura operacional Menor ou igual a -9° C e Igual ou superior a 50° C.
Temperatura de Menor ou igual a -10° C e Igual ou superior a 70° C.
armazenamento
Umidade 5% a 95% sem condensação.
Especificações de Quedas repetidas em concreto: igual ou superior a 1,3m na faixa de
quedas temperatura operacional.
Especificações Igual ou superior a 2.000 quedas de 1,00m
de tombos
Vedação ambiente IP64 vedação de umidade e partícula.
Descarga eletrostática Descarga de ar de +/-15 kVA; descarga direta de +/-8 kVA; contato.

Comunicações de dados sem fio


WLAN 802.11b/g (compatibilidade com padrões de rede melhores e mais atuais
poderão ser aceitos, exemplo 802.11 b/g/n).
Segurança WLAN Certificado para Wifi, WPA, WPA2 (Compatibilidade com mais padrões
de segurança são admitidos).
WPAN Compatibilidade com versões de Bluetooth entre 1.2 e 2.1.

Periféricos e acessórios
Base para carga da bateria e comunicação do coletor de dados com
Berço computadores para efetuar instalação e manutenção das aplicações do
coletor de dados. Slot para carga da bateria extra. (Esta comunicação
poderá ser via USB ou Ethernet).
Bateria Extra 1 Bateria extra (por coletor) compatível com o equipamento especificado e
com capacidade igual ou superior à bateria original.

Tabela 01 – Especificações Técnicas para aquisição dos PDAs.

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GENERACIÓN

3.3. A Linguagem de Programação


A linguagem de programação foi um capítulo
a parte, pois a linguagem a qual estávamos
familiarizados não era compatível com o sis-
tema operacional do PDA, então fizemos uma
atualização em nossas habilidades técnicas de
forma autodidata e conseguimos desenvolver
o software do PDA, sobre a plataforma .NET
da Microsoft e usando a linguagem de progra-
mação C# (ce sharp). A estrutura de funcio-
namento da plataforma está descrita sucinta-
Figura 05 – Visual Studio 2008 Professional, para desenvolvimento de mente na Figura 09, que demonstra o sistema
softwares.
de compilação do software depois de escrito,
utilizando uma das linguagens do .Net. Após o
bloco de Código Nativo, entra o sistema opera-
cional para gerenciar suas tarefas e execuções
de softwares.

Figura 06 – Visual Basic, para desenvolvimento de softwares.

Figura 09 – Estrutura de funcionamento da plataforma .Net com C#.

O uso desta plataforma nos permitiu desenvol-


ver um software bem leve, eficiente, escalonável,
integrado ao Windows Mobile e compatível com
a grande maioria dos PDAs disponíveis no mer-
cado, nos permitindo flexibilidade na escolha de
um modelo de PDA para futuras aquisições.

Figura 07 – SQL Server 2005, sistema gerenciador de banco de dados. 3.4. A Entrada de Dados
Para uma maior agilidade de entrada de dados
nas inspeções dos operadores, evitamos que
eles utilizassem, desnecessariamente, o teclado
e para isso utilizamos a leitura de código de ba-
rras (Figura 10).
Utilizando um feixe de laser para leitura em
ambientes de baixa luminosidade, o PDA traduz
o código de barras e identifica o equipamento
a ser inspecionado deixando para o operador
a tarefa de apenas digitar o valor de leitura do
Figura 08 – Windows Mobile 6.1, sistema operacional do PDA. instrumento (Figura 11).

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“quase” confinamento é o cotidiano de todo ope-


rador de usina, pois ele precisa acessar poços de
turbinas, galerias de falhas, poços de drenagens,
assim como acessos por escadas e muito con-
creto, o que dificulta qualquer cobertura eficien-
te de rede wireless.
Dessa forma o Sequitur foi desenvolvido para
trabalhar 99% do tempo desligado da rede cor-
porativa, sendo que ele só a utilizará quando do
sincronismo dos dados com o servidor, o que
possibilita essa mobilidade que o operador ne-
cessita.
Além disso, o software instalado nos desktops,
que também foi batizado de Sequitur, permite
uma análise mais aprofundada dos gráficos de
tendências e dos acompanhamentos de pendên-
cias encontradas durante as inspeções, o que
Figura 10 – Coletor de dados do PDA, laser para ler os códigos de barras. auxilia o operador a fazer registros de Notas para
composição das Ordens de Serviços ou acom-
panhá-las no sistema mySAP ERP que a empre-
sa utiliza como principal software de gestão em
todas as suas unidades.
Os códigos de barras estão dispostos estrategi-
camente para identificar os equipamentos que
serão inspecionados. Eles é que permitem ao Se-
quitur reconhecer o equipamento e carregar os
parâmetros do equipamento na memória e per-
mitir uma autoanálise. Quando o operador digi-
tar no campo dos valores obtidos das grandezas
mensuradas, ele toma a decisão imediata assim
que o Sequitur exibe o diagnostico, se for o caso.
Utilizando os princípios de engenharia e Gestão
Antecipada do programa de qualidade TPM de-
nominados de matrizes QA (Garantia da Qua-
Figura 11 – Operador executando sua inspeção e lendo o código de barras. lidade) e QM (Manutenção da Qualidade) [1], o
Sequitur para PDA foi constituído para auxiliar os
Essa estratégia permite que o operador dedique operadores num pré-diagnóstico que, baseado
mais atenção à finalidade da atividade que é ins- no que o operador identificar no campo, o soft-
pecionar. ware exibe observações e orientações em forma
de cheklist, a serem realizadas pelo operador, fa-
cilitando a solução de determinadas pendências
4. A Infraestrutura Completa nos equipamentos.
Depois de concluída (Figura 12), a melhoria foi Para suportar tudo isso, na base de funciona-
batizada de “Sequitur”, palavra de origem latina mento do sistema, temos o servidor e o nosso
que significa “seguir”, um verbo de ação que re- banco de dados que comporta todos os dados e
presenta a mobilidade que o sistema tem para as informações compiladas no campo. Por meio
seguir o operador aonde ele for sem limitações dele podemos consultar informações desde
de disponibilidade de rede sem fio ou luminosida- quando o programa foi implantado, sem limites
de, visto que trabalhamos num ambiente onde o de armazenamentos.

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GENERACIÓN

Figura 12 – Esquema de funcionamento básico do Projeto Sequitur

redução de perdas por defeitos anuais na casa de


5. Atualizações força 1. Esta redução foi de 87% e foi mensurada
O Sequitur e toda sua infraestrutura de software na árvore de defeitos da planta. Além disso, cal-
foram desenvolvidos na Operação em Tempo culamos a redução de papel com a implantação
Real e isso nos permite uma constante atuali- da melhoria e traçamos um horizonte de 10 anos
zação, seja para corrigir um defeito ou para im- e identificamos que a economia de papel, calcu-
plementar novas funcionalidades. Esta condição lada em árvores que deixarão de ser desmatadas
nos é favorável, pois permite uma comunicação chega a duas, isso estimando que uma árvore
mais direta com o desenvolvimento do projeto, equivalha a 20 resmas de papel A4.
sendo a prioridade de qualquer alteração defini-
da pelo próprio gerente de operação.

6. Resultados
Conforme podemos ver na Figura 13, no gráfico
de redução de Homem X Hora ao Ano dos ope-
radores, houve uma redução de 78% no tempo
gasto com o processo de inspeção e análise da
inspeção. Na Figura 14 visualizamos o gráfico de Figura 13

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REVISTA - CIER | Edición 64

E-mail: herbeth.costa@eletronorte.gov.br
Fone: (94) 3787-7134
Helder dos Santos Vilhena – Licenciatura Ple-
na em Matemática formado na Universidade
Federal do Pará - UFPA, em 2002. Especiali-
zação em Engenharia Elétrica com ênfase em
Automação e Controle de Processos - UFPA,
em 2009, 21 anos de Eletrobras Eletronorte.
De 2006 até 30/08/2011 como gerente do se-
Figura 14 – Casa de Força 1 tor de operação do tempo real e de 01/09/2011
aos dias atuais como gerente de divisão da
operação da Superintendência de Geração Hi-
dráulica da UHE TUCURUÍ.
E-mail: helder.vilhena@eletronorte.gov.br
Fone: (94) 3787-7100

Figura 15

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] PALMEIRA, Jorge Nassar e TENÓRIO, Fer-
nando Guilherme, Flexibilização Organizacio-
nal, Aplicação de um modelo de produtividade
total, 1ª Edição pp 157, Brasília, 2002.

BIOGRAFIAS
Herbeth Morais Costa – Formação Técnica
em Eletrotécnica pelo IFPA (2002). Aprovado
em concurso público e trabalha na Eletrobras
Eletronorte desde 2004. Formação Superior
em Desenvolvimento de Sistemas e de Soft-
ware pela UNAMA - Universidade da Amazô-
nia (2010) e atualmente trabalha no Setor de
Operação em Tempo Real desenvolvendo os
projetos Sunergia, Sequitur e Visum, com ex-
periência de 5 anos no turno de operação em
tempo real e 8 anos em desenvolvimento de
softwares para a área de gestão, produção e
operação da Usina Hidrelétrica Tucuruí.

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OPERACIÓN

REVISTA - CIER Edición 64

Trabajo:
Desenvolvimento de Metodologia
para Aperfeiçoamento de
operadores por Imersão em
Ambiente de Simulação
Autores:

Ângelo Andelnyr Sampaio Alves, Enéas Macedo Ribeiro Júnior - ELETROBRÁS FURNAS - Brasil
angeloan@furnas.com.br / Fone: (21) 25284476
eneasmr@furnas.com.br / Fone: (21) 27522400

6° SENOP - Seminario Nacional de Operadores de Sistemas


e Instalaciones Eléctricas
ou Subestações, tem início com o Concurso Pú-
Resumo do artigo
Este artigo apresenta a experiência obtida por
blico. Os candidatos aprovados nesta fase pos-
suem formação técnica na área de eletrotécnica
Furnas Centrais Elétricas, no desenvolvimento ou eletrônica, podendo ter ou não experiência no
e emprego de uma plataforma para Treinamen-
to Imersivo, para a formação e aperfeiçoamen- setor.
to de Operadores de Usinas ou Subestações. Em uma segunda fase do processo de admis-
Além dos baixos custos para o desenvolvimen- são, o candidato participa do “CTB” ou “Curso
to, implantação e operacionalização, o empre- de Treinamento Básico” ministrado no Centro de
go dos meios e métodos aqui apresentados, Treinamento de Furnas, que possui caráter eli-
favorece a produção e retenção de conheci- minatório, sendo composta por aulas teóricas e
mentos. práticas. O candidato que concluir mais esta eta-
pa com sucesso é encaminhado para a lotação
final em uma das diversas instalações do Siste-
1. INTRODUÇÃO ma Furnas, onde é concluída a sua capacitação.
No âmbito Furnas Centrais Elétricas o processo Durante a sua vida profissional, o Operador de
de formação de um novo Operador de Usinas Usinas ou Subestações participa do “Programa

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de Certificação”, que possui período trienal, e


visa garantir que o colaborador reúna condições Custo: O emprego de plataforma tecnológica
físicas, mentais e técnicas para atuar na Ope- orientada ao “software livre”, participação da for-
ração de uma determinada Instalação. ça de trabalho local no desenvolvimento dos apli-
Considerando as mudanças que o Setor Elétri- cativos e na tutoria do processo de treinamento
co Brasileiro tem sofrido nos últimos anos, nos como, também a aplicação dos “Turnos de Si-
aspectos de aumento de complexidade da rede, mulação” no próprio local de atuação do Trei-
interfaces de controle, regulação no setor, com- nando, são os fatores determinantes para que a
petitividade e principalmente no impacto que a solução apresentada necessite de baixos valores
adoção da Parcela Variável ocasiona às receitas de investimento, tanto para o desenvolvimento
das Empresas, é que se tornou evidente que a quanto para a operacionalização.
metodologia até então empregada necessitava
de melhorias.
3. Premissas
São raros os momentos onde o Operador de
2. Objetivo uma Instalação entra em contato diretamente
Aprimorar processo em uso nas dependências com o equipamento a ser manobrado, durante
de Furnas Centrais Elétricas, para a formação e um evento de restabelecimento. Via de regra, as
aperfeiçoamento de Operadores de Usinas ou mudanças de estado em chaves seccionadoras
Subestações, nos seguintes tópicos: e disjuntores se dão através da realização de co-
mandos em algum tipo de interface, que pode
Eficiência: Acelerar o processo de melhoria de ser um painel elétrico, a IHM de um relé digital ou
desempenho através da disseminação de con- ainda uma estação de trabalho onde está sen-
hecimentos de forma planejada, associada à ex- do executado algum aplicativo para supervisão
posição do Treinando a vivências em situações e controle. Então, a percepção sobre o estado
de crise, com o emprego de técnicas de Treina- dos equipamentos que estão sob o controle do
mento Imersivo. Operador se dá através de meios indiretos. As
interfaces de controle e supervisão produzem
Treinamento Humanizado: Todo o processo é informações sobre o estado do equipamento co-
gerenciado e conduzido por um funcionário que mandado, como também a ordem de grandeza
tem a função de ser o facilitador da atividade. dos valores analógicos presentes nos equipa-
Desta forma se pretende potencializar os resul- mentos de geração ou transmissão.
tados obtidos com o emprego de equipamentos Partindo desta percepção é que as soluções de
simuladores para fins de treinamento, uma vez simulação baseiam-se. Para levar um Indivíduo a
que os conteúdos a serem ministrados são volta- acreditar que se está em meio a uma situação de
dos às necessidades imediatas de conhecimen- crise em uma Sala de Controle de uma Usina ou
tos dos Treinandos. Subestação, basta fazer com que as interfaces
de supervisão e controle produzam informações
Escalabilidade: Os equipamentos simuladores coerentes com uma perturbação naquela Unida-
empregados no treinamento podem ser amplia- de. Se os estímulos sensoriais produzidos duran-
dos ou suas configurações podem ser modifica- te a simulação como também o próprio ambien-
das de acordo com as necessidades da Usina ou te forem suficientemente realistas, é possível
Subestação que estão representando. proporcionar ao Treinando a sensação de “trans-
portação” o que é descrito por (1) como “um mo-
Conectividade: Para permitir o treinamento de mento onde há um forte elo entre o Indivíduo e
situações que envolvam mais de uma Instalação, o ambiente virtual com o qual está interagindo”.
os equipamentos simuladores desenvolvidos O efeito que este tipo de interação proporciona
podem atuar em uma operação conjunta, repro- ao participante daquela atividade de treinamento
duzindo o funcionamento de um trecho da Rede é análogo a vivenciar a uma situação de crise na
sob concessão da Empresa. realidade, porém todo o processo ocorre em um

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OPERACIÓN

ambiente controlado sem conseqüências dano- O processo de treinamento é coordenado local-


sas tanto para o Indivíduo quanto para o Sistema mente em cada Unidade da Empresa através da
Elétrico. figura do “Tutor”. É importante para o bom anda-
Então, a base do trabalho aqui apresentado con- mento do Treinamento, que o funcionário que irá
siste na reprodução realista dos estímulos sen- desempenhar esta função, seja detentor de só-
soriais e das situações vivenciadas nas Salas de lidos conhecimentos sobre os aspectos funcio-
Controle de Usinas ou Subestações, em um Am- nais da Instalação além dos procedimentos em
biente de Simulação. A exposição do Treinando uso na Sala de Controle.
a este “Ambiente Virtualizado” de trabalho para Sugerimos que o Tutor seja o “Supervisor de
o desempenho de atividades com complexida- Operação” justamente por ser este o funcionário
de compatíveis com os seus níveis de conheci- que apresenta a maior bagagem de vivências e
mentos naquele momento, permite ao indivíduo conhecimentos relacionados a ocorrências. É
desenvolver os comportamentos necessários ele que irá detectar as necessidades de conhe-
para atuar de forma adequada em situações de cimento da sua equipe e então elencará os Ce-
crise ou restabelecimento. Porém não propomos nários de Simulação com graus de dificuldades
apenas simulações para situações críticas - pre- adequados ao grupo de Operadores.
conizamos também o emprego de cenários onde O Treinando é notificado através de e-mail cor-
os Treinandos devam executar manobras em re- porativo sobre a data da realização do Turno de
gime normal, com complexidades variadas para Simulação, qual o tema que será abordado e ain-
que possam adquirir perícia. da nesta mesma mensagem, é ofertado a ele um
O aspecto da percepção dos resultados é trata- teste para verificação de conhecimentos através
do sob a luz da “Avaliação Formativa”, uma vez do SICC – “Sistema Integrado de Capacitação e
que esta metodologia, segundo (2) “está ligada Certificação”. O objetivo desta mensagem é as-
a atividades de aprendizagem que envolvem os sinalar para o participante quais os conhecimen-
tos que ele deverá deter e quais comportamen-
processo mais complexos do pensamento” –
tos ele deverá apresentar para obter sucesso
justamente aqueles empregados pelo Operador
durante a fase de Simulação.
por ocasião de um restabelecimento. O objetivo
Tem início então o momento da “Auto-Instrução”,
é perceber com precisão se o participante do
uma vez que o indivíduo deverá buscar por sua
treinamento detém os conhecimentos indispen-
iniciativa, os conhecimentos necessários no ma-
sáveis para o correto desempenho da sua ativi-
terial técnico disponível ou através de consultas
dade e ainda, se é capaz de reproduzir os com-
ao Operador Chefe de Turno ou ainda ao Tutor. O
portamentos necessários durante as situações
padrão de rendimento mínimo do teste objetivo
de crise.
de conhecimentos realizado no SICC é de 75%.
Como ferramenta para reforço positivo de com-
Na data previamente agendada, geralmente du-
portamentos, empregamos o “feedback” após a rante o turno da manhã, o Treinando comparece
realização das atividades de simulação. O intuito ao “Ambiente de Simulação” para a realização do
é de proporcionar ao Treinando uma percepção “Turno de Simulação”, onde o tema sugerido na
realista da qualidade da sua atuação como tam- notificação via e-mail é abordado sob a forma de
bém das oportunidades de melhorias. uma situação de crise na Instalação.
Espera-se que o Operador interaja com as in-
terfaces de comunicação e controle e construa
4. O Processo de Treinamento pelo menos uma solução correta para a situação
O Aperfeiçoamento de Operadores através da proposta, sob os pontos de vista da técnica e das
Imersão em Ambiente de Simulação é uma apli- normas vigentes. O padrão de rendimento míni-
cação da modalidade de “Treinamento Imersivo” mo desta etapa é de 100%.
voltada para a formação e o desenvolvimento de Ao término da atividade o Tutor realiza o “fee-
competências junto à força de trabalho existen- dback” da atuação do Treinando, sendo possível
te nas Salas de Controle das Usinas ou Subes- acessar o conteúdo multimídia produzido duran-
tações – o Operador de Instalações. te a simulação. Tal recurso permite a correção de

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REVISTA - CIER | Edición 64

FIGURA 1 – Fluxo de eventos durante o processo de Treinamento

posturas inadequadas, vícios na Comunicação (telefone “hotline” e rádio intercomunicador) que


Operativa ou ainda o reforço de boas práticas. permitem a reprodução, com alto grau de realis-
Caso o Treinando não tenha atingido os objetivos mo, das atividades desempenhadas pelo Opera-
propostos, o Cenário de Simulação é repetido dor em uma Sala de Controle (ver Figura 2).
em outra data. Os equipamentos e aplicativos que compõe o
Caso o Operador tenha obtido êxito, uma nova “Ambiente de Simulação” foram concebidos de
notificação é enviada, propondo um novo Cená- forma que podem assumir diversos arranjos, vi-
rio de Simulação. O ciclo de atividades se repete sando contemplar a variedade de configurações
até a conclusão de todos os Cenários propostos. e modalidades de operação das Instalações en-
Na Figura 1 temos um fluxograma que ilustra a contradas no ambiente Furnas Centrais Elétri-
seqüência de eventos que compõe o processo de cas.
treinamento. Basicamente um “Ambiente de Simulação” di-
vide-se em duas regiões – uma voltada para re-
ceber o Treinando e outra destinada a atuação
5. Arquitetura do Ambiente do Tutor. Para potencializar o realismo da simu-
O recurso instrucional utilizado durante o proces- lação, é recomendável que estas áreas sejam fi-
so de treinamento é denominado “Ambiente de sicamente separadas e que o contato entre elas
Simulação” que é formado pelo conjunto de “es- se dê apenas através dos meios de comunicação
tações de trabalho” e os meios de comunicação disponíveis.
FIGURA 2 – Ambiente de Simulação

15
OPERACIÓN

FIGURA 3 – Gerenciador de Cenários – Janela de Edição de Cenários

Na área destinada ao Tutor há um terminal tele- como de toda a comunicação via rádio, telefone
fônico na modalidade “hotline”, um rádio interco- e sons ambientes.
municador e uma estação de trabalho denomi- Em Instalações mais modernas onde todos os
nada “Estação Virtual” - que é a responsável por equipamentos do plantel são controlados atra-
reproduzir o comportamento funcional de uma vés de meios computacionais, é necessária uma
determinada Instalação. A “Estação Virtual” re- estação de trabalho para o Sistema Aberto de
cebe os comandos oriundos das interfaces de Gerenciamento de Energia (SAGE/CEPEL), que
controle ou do “Gerenciador de Cenários” e os opera na modalidade de treinamento.
processa de forma análoga a uma Estação Real. Em Instalações onde os equipamentos do plan-
tel são controlados de forma mista (parte dos
O Tutor tem total controle sobre a simulação equipamentos são controlados através de meios
através da utilização da interface gráfica do “Ge-
computacionais, parte dos equipamentos são
renciador de Cenários” (ver Figura 3).
controlados por painéis elétricos), são necessá-
rias duas estações de trabalho – em uma delas
Esta aplicação proporciona um ambiente gráfi-
está instalado o SAGE na modalidade de treina-
co para programação de eventos, o que permi-
te criar ou modificar um Cenário de Simulação. mento e no equipamento restante está instalado
Através deste aplicativo é possível executar, pau- o “Simulador Tridimensional em Primeira Pes-
sar, reiniciar um determinado Cenário. soa” (STriPP). Esta aplicação permite reproduzir
Na área destinada ao Treinando há um terminal a interação do Treinando com um painel elétri-
telefônico “hotline”, um rádio intercomunicador co e representa de forma realista, o ambiente
e dependendo da configuração da Estação a ser de uma Sala de Controle e seus equipamentos
virtualizada, podem ser necessárias até duas es- componentes para proporcionar a um indivíduo
tações de trabalho. a experiência de interagir de forma absolutamen-
É realizada a gravação em formato de vídeo, via te segura com os punhos e botões em um “painel
câmera IP, das atividades dos Treinandos bem elétrico virtualizado”, facilitando a ele adquirir pe-

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REVISTA - CIER | Edición 64

rícia na utilização deste tipo de interface de con-


trole.
A Figura 4 mostra uma das janelas que represen-
ta a Sala de Controle da Subestação de São José.

FIGURA 6 – O “wiimote” comandando um disjuntor

Para finalizar, em Instalações onde todos os equi-


pamentos do plantel são controlados somente
FIGURA 4 – Sala de Controle de São José no Simulador Tridimensional em
Primeira Pessoa através de painéis elétricos, é necessária apenas
uma estação de trabalho onde está instalado o
A interação do Treinando com o “STriPP” se dá “STriPP”.
através de um controle sem fios, disponível no
mercado sob a marca “Nintendo” – é o “Contro-
lador Wii”. Este sensor de gestos possui giros- 6. Estratégias Empregadas
cópios e acelerômetros em seu interior, o que Para desenvolver, implantar e operar com suces-
significa que ele pode perceber o movimento, so, “Ambientes de Simulação” no âmbito de uma
a inclinação e a rotação do equipamento no es- empresa com as dimensões e heterogeneidade
paço. Comparado com outros dispositivos de in- tecnológica como as presentes nas Instalações
terface, o “Controlador Wii” tem preço acessível, de Furnas Centrais Elétricas, é uma tarefa com-
sendo fácil de utilizar. plexa, para dizer o mínimo.
O resultado que estamos obtendo com a implan-
Na Figura 5 vemos o dispositivo que se torna tação do método aqui descrito, é fruto da ação
possível reproduzir os movimentos necessários conjunta da Operação em Tempo Real com a
para o acionamento do punho de comando de Manutenção Eletroeletrônica em cada Unidade
equipamentos, e na Figura 6 vemos o “wiimote” da Empresa que está desenvolvendo o seu “Am-
em ação. biente de Simulação”. A coordenação técnica,
logística, determinação de perfil e aquisição de
equipamentos ficou a cargo da Divisão de Siste-
mas de Controle e Automação (DSCA.O). A dis-
seminação e desenvolvimento do Método e apli-
cativos necessários ficaram a cargo dos autores
deste artigo.

6.1. ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO


Foi necessária a utilização de estratégias que
permitissem a realização de atividades descen-
tralizadas para permitir que cada Área Cliente
construísse a sua estrutura de treinamento com
o apoio e o conhecimento da força de trabalho
local.
Empregamos o “Desenvolvimento Colaborativo
Compartilhado”, ou seja, parte dos aplicativos
FIGURA 5 – Controlador “wiimote” utilizados na Estação Virtual é desenvolvida pela

17
OPERACIÓN

força de trabalho local da unidade da empre- documentação técnica disponível em cada


sa que está recebendo o equipamento simu- Unidade da Empresa, como também com o
lador. Os demais aplicativos são produzidos emprego dos conhecimentos tácitos da força
pela Coordenação do Projeto já customizados de trabalho local. Assim o trabalho da equipe
às necessidades da configuração da Estação. fica focado para a tarefa de portar o compor-
Surge então a figura do “Desenvolvedor Lo- tamento já mapeado das atuações de pro-
cal”, que é um Operador ou Técnico de Ma- teções, falhas de equipamentos, esquemas
nutenção lotado na Unidade da Empresa que de emergência e etc, imprimindo maior agili-
participará do desenvolvimento da Estação dade aos ciclos de desenvolvimento.
Virtual. Para cumprir este papel, o funcionário Durante o desenvolvimento dos aplicativos
recebeu treinamento preparatório para pro- também houve a preocupação de como os
gramar em Shell Script para posteriormente clientes (Tutores e Treinandos) se relaciona-
desenvolver a “Biblioteca de Comandos da riam com as interfaces dos aplicativos que
Estação”. É justamente através do emprego controlam o processo de simulação. Para
desta biblioteca que se torna possível acionar nomear controles e variáveis, empregou-se
na “Estação Virtual”, equipamentos e alar- a fraseologia típica e mnemônica fortemente
orientada à Cultura Operativa, com o claro ob-
mes, causar falhas, modificar valores analó-
jetivo de diminuir a curva de aprendizado no
gicos entre outras tantas possibilidades, uma
trato com o Equipamento Simulador.
vez que estes funcionários conhecem em pro-
A criação do ambiente gráfico para progra-
fundidade o funcionamento dos equipamen-
mação de cenários para simulação é fruto
tos daquela Instalação.
desta abordagem. O Tutor em uma Instalação
Inicialmente foram selecionadas dez Unida-
possui sólidos conhecimentos sobre as ações
des da Empresa, e cada uma delas indicou
em uma Sala de Controle durante pertur-
dois funcionários para desempenharem o pa- bações, porém nem todos possuem o mesmo
pel de Desenvolvedores – um Operador e um nível de conhecimentos no que se refere à in-
Técnico de Manutenção. formática e muito menos a produção de pro-
A plataforma tecnológica utilizada para a gramas para computadores.
concepção dos aplicativos empregados no O “Gerenciador de Cenários” é a resposta ao
“Ambiente de Simulação” está fortemente desafio de produzir um interpretador de co-
orientada ao “Software Livre” por questões mandos que além de controlar a execução
de compatibilidade com o SAGE – a aplicação dos cenários, permite programar seqüências
utilizada para supervisão e controle no âmbito de eventos em uma simulação. A interface
de Furnas Centrais Elétricas. presente no aplicativo compatibiliza as com-
plexidades típicas desta atividade com as
capacidades do usuário. Ou seja, é indispen-
6.2. ESTRATÉGIAS DE PROGRAMAÇÃO
sável que o Tutor domine profundamente a
Com o objetivo de acelerar o desenvolvimento
operação da Instalação, porém mesmo que
dos aplicativos necessários ao funcionamen-
não possua alguma familiaridade com ferra-
to da Estação Virtual e ao mesmo tempo po-
tencializar o realismo proporcionado através mentas de programação, ainda assim será
deste equipamento, optou-se por aproveitar possível para ele criar, editar e gerenciar a
os códigos, diagramas e arranjos já existen- execução de Cenários.
tes nas Instalações referentes à operação dos No que se refere ao Treinando, a adoção da
equipamentos de geração ou transmissão. tecnologia para detecção de gestos foi a res-
Os mapas das lógicas para intertravamento de posta encontrada para a questão - “como re-
equipamentos e os bancos de dados do SAGE produzir de forma mais realista a interação do
foram explorados de forma a conferir ao Equi- Indivíduo com os punhos de controle?”
pamento Simulador, absoluta fidelidade de A solução adotada faz com que a ação para li-
comportamento durante as manobras como gar ou desligar um determinado equipamento
também durante a produção de alarmes. durante a atividade de treinamento, se aproxi-
A biblioteca de comandos de cada Usina ou me muito daquela que será realizada na Sala
Subestação é desenvolvida baseada na farta de Controle real.

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REVISTA - CIER | Edición 64

Nas Estações atendidas até o momento nas


7. Aplicabilidade do Método dependências de Furnas Centrais Elétricas,
O emprego de Treinamento Imersivo na forma considerando que a atividade de Treinamento
como propomos neste artigo, pode ser rea- é de curta duração (entre quinze a quarenta
lizada em Instalações com as mais diversas minutos por cenário), torna-se viável treinar
configurações, complexidades e interfaces durante o horário de expediente normal. Nes-
de controle, uma vez que o “Ambiente de Si- tas localidades a simulação ocorre durante o
mulação” pode ser desenvolvido para repro- turno da manhã.
duzir com alto grau de realismo, as vivências
em uma Sala de Controle de Usinas ou Sub-
estações.
Em Instalações onde seja possível ministrar o 8. Resultados
treinamento próximo a Sala de Controle, não Em 2011 tivemos o início efetivo da implan-
será necessário deslocar o Treinando para ou- tação dos Ambientes de Simulação nas onze
tra Unidade da Empresa para a realização dos áreas que fazem parte do projeto piloto, a sa-
“Turnos de Simulação”. ber:

Unidade da Empresa Status da Implantação


Centro de Treinamento de Furnas - CTFU
Subestação de São José - STSJ Ambientes de Simulação em Operação
Subestação de Mogi das Cruzes - STMO

Subestação de Samambaia – STSB


Subestação de Ivaiporã - STIV Etapa final de implantação
Usina de Marimbondo - USMR
Subestação de Angra dos Reis – STAN

Subestação de Rio Verde – STRV


Subestação de Poços de Caldas – STPC Preparação para Implantação
Subestação de Itaberá – STIA
Subestação de Macaé – STMH

Os três Ambientes de Simulação já em operação nos permitiram, até o momento da prepa-


ração deste documento (maio de 2012), atingir os seguintes resultados:

Características do Treinamento Número de Turmas Número de Operadores


Formação de Novos Operadores 4 42
Reciclagem de Operadores CT 2 53
Formação para Clientes Externos 1 22
Reciclagem de Operadores “On Site” - 25

Visando atender a demanda de formação de Ainda naquele ano, no mês de setembro oco-
novos Operadores, o CTFU – Centro de Trei- rreu o Curso de Treinamento para Operadores
namento de Furnas foi dotado de um Ambien- de Itaipu Binacional. Já nos meses de feverei-
te de Simulação e a utilização deste recurso ro e março de 2012 ocorreu o treinamento em
instrucional ocorreu entre os meses de mar- caráter de reciclagem para 53 Operadores de
ço, abril e maio de 2011. Na ocasião foram diversas Estações de Furnas.
treinados em caráter de formação, quarenta e Na modalidade de Reciclagem de Operadores
dois novos Operadores pertencentes as 79ª e “On Site” foram treinados em caráter de reci-
80ª turmas do Curso de Treinamento Básico. clagem, quinze Operadores na Subestações

19
OPERACIÓN

de São José e dez Operadores na Subestação ou Subestação sob a Regulação vigente. So-
de Mogi das Cruzes, em cenários de pertur- mente equipes devidamente capacitadas,
bação simples, durante o horário de trabal- dotadas de domínio e habilidade, desempen-
ho e sem a necessidade de deslocamento do harão o seu papel de forma adequada uma vez
funcionário para um Centro de Treinamento que o impacto das ações destes profissionais
ou outra localidade. Desta forma o custo para na confiabilidade, qualidade do suprimento de
manter o corpo de Operadores atualizado energia elétrica e no faturamento das Empre-
e com o desempenho melhorado é baixo, se sas, é importante.
comparado a outros métodos. Como descrito por (3) em seu artigo, simples-
Os registros produzidos durante o transcorrer mente desenvolver Equipamento Simulador,
da atividade de treinamento documentam, não é a garantia de que teremos Operadores
entre outras informações, a carga horária da desempenhando as suas funções de forma
simulação, os conteúdos abordados, as ações compatível com as atuais exigências do mer-
do Treinando, a data da realização da simu- cado. Além da questão do ambiente favorável
lação e o número de repetições de cenários. para a realização da atividade, da fidelidade
Tais documentos podem ser utilizados junto dos Cenários e também do realismo, o desen-
aos Órgãos Reguladores para fins de com- volvimento de métodos e normas que regulem
provação, uma vez que produzem a evidência a atividade, são fatores preponderantes para
concreta de que a Empresa pratica o aper- que se alcancem os resultados desejados. Pu-
feiçoamento de seus colaboradores. demos constatar que a abordagem orientada
Consideramos também como resultado posi- às necessidades dos Treinandos, produz me-
tivo, o emprego do Equipamento Simulador da lhores efeitos. Uma vez que ao invés de “sor-
Estação de São José, durante os testes para tear” cenários aleatórios a atividade está vol-
a verificação de condições discrepantes do tada a atender as necessidades concretas de
arranjo de intertravamento naquela Estação. melhoria de desempenho dos Indivíduos, se
obtém construção, transmissão e fixação de
conhecimentos de forma mais rápida.
9. Visão de Futuro A transparência do processo e o emprego do
“feedback” imediatamente após a realização
Com o objetivo de permitir a aplicação de
treinamentos envolvendo trechos do Sistema das atividades, são também fatores facili-
Elétrico sob a concessão de Furnas Centrais tadores da aprendizagem. A adoção destas
Elétricas, onde existam mais de uma Usina ou estratégias facilita a aceitação do processo
Subestação, está prevista a possibilidade de por parte dos Treinandos. Concluindo, o tra-
interconexão de “Ambientes de Simulação”. balho aqui apresentado é a contribuição de
Desta forma é viável simular ocorrências que Furnas Centrais Elétricas para a melhoria da
envolvam Unidades adjacentes da Empresa, qualidade e confiabilidade no que se refere à
em um arranjo denominado “Drill” que resul- Operação de Instalações, uma vez que torna
ta em uma atividade encadeada fortemen- viável o Aperfeiçoamento de Operadores de
te orientada a aperfeiçoar a interação entre forma contínua, compatibilizando os aspec-
equipes no desempenho de missões críticas. tos de eficiência e custo.
Não está prevista a imediata aplicação desta
facilidade uma vez que o processo de treina- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
mento ainda está em fase de implantação, po- [1] UTIEL, W; KIRNER, C.: “Realismo Visual em
rém o recurso está disponível para aplicações Ambientes Interativos como Ferramentas de
futuras. Auxilio à Educação”, Revista Novas Tecnologias
na Educação, CINTED – UFRGS, Julho 2009.

10. Conclusão [2] FERNANDES, D. (2005).: “Avaliação das


Aprendizagens: Desafios às Teorias, Práticas e
Considerando o cenário atual do Setor Elétri-
co Brasileiro, é desafiador operar uma Usina Políticas”. Lisboa: Texto Editores.

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REVISTA - CIER | Edición 64

[3] LEITE, C. R. R; OLIVEIRA, J.J.R; OLIVEIRA, Estação. Atualmente está lotado na Divisão
J.G.: “Uso de Simuladores no Treinamento de de Supervisão, Controle e Automação de Usi-
Operadores da CHESF como Ferramenta para nas e Subestações e participa do desenvolvi-
Disseminação de Conhecimentos na Ope- mento e implantação de ferramentas de
ração do Sistema Elétrico”, II Seminário Inter- apoio à atuação da Operação.
nacional “Reestruturação e Regulação do Se-
tor de Energia Elétrica e Gás Natural” – GESEL Email: angeloan@furnas.com.br
UFRJ, Rio de Janeiro – RJ, 2007. Fone: (21) 2528-4476

BIOGRAFIAS Enéas Macedo Ribeiro Júnior, Técnico em


Ângelo Andelnyr Sampaio Alves, Técnico Eletrotécnica formado pela Escola Técnica
em Eletrotécnica formado pelo Colégio Elpí- João Luiz do Nascimento em 1994, Tecnólogo
dio Evaristo dos Santos em 1984. Atuou por em Gestão para Indústria de Petróleo e Gás
doze anos como Instrutor no Centro de For- formado pela UNESA em 2008, Cursando
mação Profissional Silva Freire (RFFSA/SE- Graduação em Sistemas de Informação pela
NAI). Como técnico especializado na ope- UNESA. Atualmente compõe a Equipe de In-
ração de Usinas e Subestações, atuou por tervenção no Sistema Elétrico em Tempo Real
dois anos na Usina de Angra II (ELETROBRAS na Estação de São José (FURNAS CENTRAIS
ELETRONUCLEAR), por seis anos fez parte ELÉTRICAS) e participa do desenvolvimento e
da Equipe de Intervenção no Sistema Elétrico implantação de ferramentas de apoio à
em Tempo Real na Estação de São José atuação da Operação.
(FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS) e por cinco Email: eneasmr@furnas.com.br
anos atuou na Equipe de Supervisão naquela Fone: (21) 2752-2400

21
DISTRIBUCIÓN

REVISTA - CIER Edición 64

Trabajo:
Análisis del Procesos de
Facturación, Comercial y Técnico
de Clientes Libres pertenecientes
a las empresas CGED y CONAFE
Autor: Luis Alfonso Ternicien Montenegro - Compañía General de Electricidad S.A. - Chile
Email: lternicienm@cge.cl

CLADE 2012 - Congreso Latinoamericano de


Distribución de Energía
Resumen
En Chile, las empresas concesionarias de regulados, constituye una serie de riesgos
Distribución Eléctrica, de acuerdo a la legis- que deben ser identificados y controlados de
lación vigente (DFL4/2006), poseen clien- manera de evitar errores en la facturación.
tes que están sujetos a fijación de precios y
otros no. Estos últimos son los denominados El presente trabajo tiene por objeto efectuar
Clientes Libres, quienes a través de un con- un análisis al proceso de clientes libres de la
trato comercial con la concesionaria esta- compañía
blecen su propia estructura de facturación CGED y CONAFE, verificando la correspon-
de suministro. Por lo general esta estructura diente documentación comercial en carpeta
implica una serie de cálculos e indexaciones de clientes y
para la obtención tanto del precio de la ener- facturación emitida para los últimos 24 me-
gía y potencia como las respectivas cantida- ses, así como también ciertas consistencias
des físicas (kWh y kW). Lo anterior sumado de variables técnicas obtenidas del sistema
a sistemas informáticos que principalmente y su comparación con los respectivos con-
están adaptados a la facturación de clientes tratos de suministro. Para lo anterior, se es-

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REVISTA - CIER | Edición 64

tableció una metodología que considera una obtenidas de los sistemas informáticos y su
serie de validaciones para poder chequear lo comparación con los respectivos contratos de
siguiente: la existencia de normativa o pro- suministro.
cedimientos, su facturación, su administra-
ción, la medición de energía y aplicación de
la constante de facturación y la consistencia 2. Metodología efectuada
con los sistemas informáticos. Esta metodo-
logía pretende abordar desde diferentes án- en la revisión
gulos este tema de manera de poder, desde La metodología utilizada en la presente revi-
una fuente u otra, detectar las observaciones sión, considera una serie de validaciones que
deben ser definidas para cualquier tema que se
correspondientes y con ello obtener el lista-
desee revisar. Lo anterior, debe estar alineada
do de riesgos que son necesarios de contro-
son los objetivos estratégicos que persigue la
lar permanentemente. Se analizó el 100% de
compañía, junto con evaluación permanente
los clientes: 87 puntos de suministros para de los riesgos y controles sobre el tema ana-
CGED (promedio mensual de 100 GWh) y 3 lizado. Para lo anterior, lo primero es definir 4
para CONAFE (promedio mensual de 6 GWh), áreas en las cuales trabajar las validaciones:
a los cuales se le aplicó la metodología men- Administrativa, Comercial, Técnica y Finan-
cionada anteriormente. ciera. Segundo, es listar las validaciones para
Los principales resultados obtenidos fueron cada una de las áreas. Tercero, es revisar y
los siguientes: ausencia de procedimientos confrontar las validaciones definidas para las
escritos respecto al tratamiento de los clien- diferentes áreas para evitar duplicidades, o de
tes libres, problemas con la facturación del ser necesario, efectuar la validación sobre un
cargo por energía reactiva, problemas con mismo concepto, considerando que no exis-
la periodicidad de la facturación, problemas ta duplicidad en las validaciones efectuadas.
Cuarto, efectuar cada una de las validaciones
con la aplicación de factores que afectan el
definidas, registrando las observaciones obte-
precio de la energía y potencia, problemas
nidas. Quinto, se debe efectuar una evaluación
con la facturación de los excesos de potencia
de cada una de estas observaciones, ya sea, a
en HP, problemas con la facturación de los
través de un valor monetario; o bien, en forma
arriendo de equipos, problemas administra- conceptual, especificando el efectos, riesgos,
tivos en cuanto al almacenamiento de infor- controles y recomendaciones asociadas; lo an-
mación en carpetas de los clientes, inconsis- terior, debe especificarse si los procesos revisa-
tencias en la información incorporada en los dos se ejecutan en forma manual o sistémica.
sistemas informáticos versus lo que estipula Sexto, emitir informe, con las observaciones
el contrato, entre otros. a la empresa correspondiente. Las revisiones
definidas, por área, fueron las siguientes:

1. Introducción Área Administrativa


• Verificar que los contratos de suministro
En el presente trabajo se presentan resultados
de la revisión efectuada a los clientes libres, ve- entre el cliente libre y la compañía, estén fir-
rificando mados entre las partes.
la correspondiente documentación comercial • Verificar que los contratos de suministro en-
en carpeta de clientes y facturación emitida tre el cliente libre y la compañía, estén bien
para los últimos 24 meses, así como también resguardados en archivadores en los luga-
ciertas consistencias de variables técnicas res definidos por dicha compañía.

23
DISTRIBUCIÓN

• Verificar la existencia de addendum en el cha en Excel) de algunos meses representa-


caso que lo requiera. tivos. Las validaciones fueron las siguientes:
• Verificar la existencia de boletas de garantía » Variables físicas. Validar la energía y po-
cuando el contrato lo indique. tencia a facturar (Q), energía reactiva y
• Verificar la existencia de contratos por cálculo del factor de potencia. Para la ob-
arriendo de equipos en el caso que lo re- tención de los valores facturados, se con-
quiera. sideran como datos válidos los leídos, los
• Verificar la existencia de contratos por ser- cuales deben ser chequeados en el área
vicios prestados (apoyo en poste, manten- Técnica).
ciones, etc.) en el caso que lo requiera. » Validar la obtención de los precios (P)
• Verificar la existencia de un contrato de de energía y potencia (Nudo, Costo Mar-
toma de lectura entre la empresa prestado- ginal, establecido, etc.). Facturación del
ra del servicio y la compañía. cargo respectivo.
• Chequear la existencia procedimiento de » Validar la obtención de los precios (P) de
presentación de oferta a cliente libre: coti- los cargos por transmisión, sub-transmi-
sión y distribución.
zación para la “compra” de energía con la
» Validar que las reliquidaciones estén sien-
empresa generadora que suministrará al
do facturadas.
cliente libre.
» Validar que los intereses por pago fuera
• Chequear la existencia de un procedimiento
de plazo estén siendo facturados.
sobre la incorporación de un nuevo cliente
» Validar que los otros conceptos conte-
libre a los sistemas informáticos.
nidos en el contrato como: facturación
• Chequear la existencia de procedimientos
mínima, cargo fijo, etc., estén siendo fac-
respecto del tratamiento de clientes libres,
turados.
el cual indique obligaciones, responsabili- » Validar que los arriendos de equipos rela-
dades y controles respecto de su adminis- cionados con la medición de energía (me-
tración, en el cual se deben considerar las didor, equipo compacto de medida, block
debilidades detectadas. de prueba, etc.) estén siendo facturados.
· Chequear que las carpetas de clientes libres » Validar que los arriendos de otros equi-
estén bien resguardadas y contengan la in- pos (interruptores, transformadores) e
formación mínima Técnica-Comercial. instalaciones
eléctricas (líneas de alta o meda tensión)
Área Comercial estén siendo facturados.
• Chequear la existencia de una herramienta » Validar que la facturación por otros ser-
que permita efectuar una medición de satis- vicios como despacho postal, apoyo en
facción del cliente. Si no existe, analizar sus poste, etc., estén siendo facturados.
solicitudes y posibles reclamos realizados a » Todo lo anterior, debe ser plasmado en
la compañía. una planilla y ser comparada con una fac-
• Validar la periodicidad en la facturación por tura ya entregada al cliente, chequeando
lo menos de los últimos 24 meses.
ítem por ítem, analizando las diferencias
• Verificar que todos los conceptos de fac-
obtenidas.
turación indicados según contrato suscrito
con el cliente sean efectivamente factura-
dos. • Chequear la existencia de controles cruza-
• Validar que todos los conceptos utilizados dos respecto a la facturación, previo a la im-
en la facturación, estén siendo correcta- presión del documento, así como también,
mente facturados de acuerdo a lo estipula- previo al envío al cliente.
do en el contrato de suministro para cada • Chequear que el margen obtenido por el
cliente libre. Lo anterior, se ejecuta con la cliente (compra-venta) sea el presupuesta-
“simulación de la factura” (facturación he- do o negociado.

Página 24
REVISTA - CIER | Ediciónn 64

• Verificar que los plazos de recepción del » Clientes libres que cambiaron a regulados,
documento por parte del cliente se ajuste a clientes regulados que cambiaron a libres
lo indicado en el contrato (ver envío: correo y clientes libres que cambiaron a una tari-
certificado, e-mail, personalmente, etc.). fa diferente (siguen siendo clientes libres).
• Validar que la información impresa en la » Verificar que el cobro de los remanentes
factura, se ajuste a lo estipulado en la Ley en caso que esto se aplique.
(considerar la impresión del documento no » Verificar que los cobros por servicios si-
el cálculo, Artículo 127 DS 327/98), tales gan siendo facturados en caso que el ser-
como: vicio haya finalizado su contrato de sumi-
» Información general: Nombre, dirección, nistro.
rut, etc.
» Tarifa: tipo de tarifa contratada y fecha • Validar que el comportamiento de pago de
término tarifa. los clientes libres se ajuste a lo estipulado en
» Medidor: número de medidor y su pro- el contrato.
piedad. • Verificar que las acciones de cobranza se
» Consumo: fecha del consumo, lectura efectúen de acuerdo a lo establecido en con-
anterior, lectura actual, demandas leídas, trato (ejemplo: suspensiones por deuda).
demandas facturadas y constante de • Verificar que no existan clientes regulados con
facturación. demandas máximas mayores a 2000 [kW].
» Etc.
Área Técnica
• Chequear la existencia de la documentación
• Verificar que las potencias declarada, co-
técnicas en carpetas de clientes libres.
nectada, convenida y demanda leída, regis-
• Chequear consistencia de las características
tradas en el sistema informático, sean con-
de los equipos que inciden en la medición de
sistentes entre sí; así como también, con las
energía, comparando información de carpe-
potencias definidas en el contrato de sumi-
ta del cliente, sistema informático y terreno.
nistro.
» Equipos de medida. Marca, modelo, año
» Chequear la siguiente consistencia den- de fabricación, programación, etc.
tro del sistema informático: » Equipo compacto de medida, transfor-
» Potencia declarada madores de corriente y de potencial.
» Potencia conectada Marca, modelo, año de fabricación, rela-
» Potencia convenida ción de transformación, etc.
» Demanda máxima. » Comparar clases de precisión entre equi-
pos: medidor – Equipo compacto de me-
» Validar que tanto la potencia conectada dida, o bien, medidor – Transformador
como convenida sean las que se definen de corriente.
en el contrato. » Registrar lecturas en terreno y comparar
» Validar que la potencia declarada corres- con lo indicado en sistema.
ponde a la potencia declarada ante la
Superintendencia de Electricidad y Com- • Revisar el proceso de registro y almacena-
bustible. miento de lectura que actualmente posee
la compañía con la empresa prestadora del
• Chequear la correcta ejecución de una fi- servicio, sea esta manual o telemedida.
nalización de suministro como cliente libre, » Revisar el sistema de “interrogación cada
cambios de tarifa a regulada o a otra como 15 minutos”. Saber que sucede si existe
cliente libre. pérdida de información.

25
DISTRIBUCIÓN

» Tecnología de comunicación. Chequear si • Calidad de servicio: chequear cuántos cor-


existe plan de contingencia en caso de que tes tuvieron el año 2010 y la responsabilidad
la comunicación remota falle. del corte de suministro.
» Chequear si existe contrato entre la com-
pañía y la empresa prestadora de servicio, Área Financiera
donde se especifique el proceder técnico, • Verificar que cada uno de los conceptos fac-
formas en que entregan la información,
turados estén siendo asignado a las cuentas
etc. (¿cómo ha sido la experiencia?).
contables que corresponden.
» Validar información que proporciona men-
• Validar que el balance entre la compra y
sualmente la empresa prestadora de ser-
vicios, para analizar un período de lectura. venta se efectúe correctamente.
• Validar que los equipos de propiedad de la
• Chequear la existencia de un programa de empresa estén asignados a su activo fijo co-
verificación de los equipos que inciden en la rrespondiente.
medición.
» Chequear cuándo se verificaron por última
vez.
» Solicitar el último certificado de verifica-
3. Resultados obtenidos.
Los resultados obtenidos luego de la revisión
ción de los equipos. efectuada fueron las siguientes:

• Verificar el estado en que se encuentra fí-


Área Administrativa
sicamente el empalme en terreno: postes,
• Se observaron contratos de suministro que
estructuras, equipos, etc. (Obtener fotos). no se encontraban firmados entre las partes.
• Verificar cuál es su actual potencia insta- • Inexistencia de addendum sobre cambios
lada y potencia conectada en terreno, ade- detectados en la revisión.
más, de las demandas máximas y horarios • Inexistencia de contratos por arriendo de
de ocurrencia. equipos.
• Inexistencia de procedimiento de presenta-
» Verificar si es posible aumentar de potencia ción de oferta a cliente libre.
del cliente. • Inexistencia de un procedimiento sobre la
» Verificar si existe un procedimiento en incorporación de un nuevo cliente libre a los
caso que el cliente esté pidiendo zendo au- sistemas informáticos.
mento. • Inexistencia de procedimientos respecto del
» Verificar cómo se complementa el área co- tratamiento de clientes libres, el cual indique
mercial con la técnica frente a un aumento obligaciones, responsabilidades y controles
de capacidad del Cliente Libre. respecto de su administración.
» Chequear la coordinación de protecciones. • Se pudo observar que las carpetas de clien-
tes libres no se encontraron bien resguarda-
• Verificar la calidad de suministro con la cual das y no presentaban la información mínima
trabaja. ¿poseen reguladores de voltaje? Técnica-Comercial (Declaración de la ins-
• Chequear si existen mediciones de paráme- talación eléctrica, certificados de equipos,
tros que puedan perturbar el normal funcio- puesta en servicio, etc.).
namiento del sistema.
» Variaciones de voltaje. Área Comercial
» Energías reactivas aportadas al sistema. • En la revisión efectuada para validar que
» Distorsiones armónicas. todos los conceptos utilizados en la factura-
» Flicker. ción, estén siendo correctamente factura-
» Etc. dos de acuerdo a lo estipulado en el contra-

Página 26
REVISTA - CIER | Ediciónn 64

to de suministro para cada cliente libre, se • Se pudo observar la ausencia de programas


obtuvo lo siguiente: de verificación de los equipos que inciden en
la medición (medidor y equipo compacto de
medida).

Área Financiera
• Se pudo observar equipos de propiedad de
la compañía que no estaban asignados a su
activo fijo correspondiente.

4. Conclusiones.
a) Es necesario implementar procedimientos
que indiquen la metodología de incorporación
de un nuevo cliente libre, así como también un
procedimiento que indique el tratamiento de es-
tos, delimitando las responsabilidades de cada
área organizacional.
Nota:
Alto: Puede ocasionar pérdidas significativas que
b) Con esta metodología se logra identificar las
pueden provocar problemas con el margen de resul- problemáticas, a través, del análisis de las cua-
tados para los clientes afectados. tro áreas: Administrativa, Comercial, Técnica y
Media: Puede ocasionar pérdidas permanentes que Financiera. Esta metodología, logra determi-
no provocan mayores diferencias en el margen de re-
sultados para los clientes afectados.
nar lo siguientes: problemas en la facturación,
Bajo: Puede ocasionar pérdidas menores que no pro- y por lo tanto, afectar el margen de resultados;
vocan mayores diferencias en el margen de resulta- problemas administrativos por la falta de al-
dos para los clientes libres. macenamiento de información, especialmen-
• Inexistencia de controles cruzados respecto te la declaración de instalación eléctrica ante
a la facturación, previo a la impresión de la la autoridad; problemas con la consistencia de
factura. información almacenada en los sistemas infor-
• Se pudo observar que la información impre- máticos; problemas técnicos asociado con la
sa en la factura, NO se ajusta a lo estipulado medición de energía; y finalmente, problemas
en la Ley (Artículo 127 DS 327/98). financieros relacionados con el Activo Fijo per-
• Se pudo observar una inconsistencia entre teneciente a la compañía.
las potencias declarada, conectada, conveni- c) Cabe señalar, que estos clientes, al poseer
da y demanda leída, registradas en el siste- contratos negociados individualmente, gran
ma informático y las indicadas en el contrato parte de su proceso es abordado en forma ma-
de suministro. nual (tanto el precio como las cantidades físicas
• Se pudo observar que en algunos casos exis- son calculadas en planilla Excel, para finalmente
ten atrasos en los pagos. el resultado, incorporarlo al sistema informáti-
• Se pudo observar la existencia de clientes co), lo cual aumenta la posibilidad de ocurrencia
regulados con demandas máximas mayores de errores en cada una de sus etapas.
a 2000 [kW].
Referencia
Área Técnica - Reglamento de la Ley General de Servicios
• Se pudo observar algunas inconsistencias
Eléctricos, Decreto Supremo N°327/1998.
en la información de las características de
los equipos que inciden en la medición de - Fija tarifas de subtransmisión y sus fórmu-
energía, respecto de carpeta del cliente, sis- las de
tema informático y terreno. indexación, Decreto N°320/2006.

27
DISTRIBUCIÓN

REVISTA - CIER Edición 64

Trabajo:
Medición de Armónicas en
Subestaciones de 13.2 kV
Fernández Cívico,D.; Echazarreta, S.; Ronco, J.; López, G.; Krapf, L.
Facultad de Ciencias, Ingeniería y Agrimensura – Universidad Nacional de Rosario - Santa Fe, Argentina
luiskrapf@yahoo.com.ar

CLADE 2012 - Congreso Latinoamericano de


Distribución de Energía
Estas cargas tienen la capacidad de crear per-
Resumen turbaciones en las formas de onda de tensión
En el presente trabajo se realizó un estudio del y corriente, que pueden analizarse como la su-
estado de contaminación armónica en las redes perposición de una componente senoidal de fre-
de baja tensión de la Empresa Provincial de la cuencia fundamental y una serie de componen-
Energía de Santa Fe (EPE), en la ciudad de Rosa- tes de frecuencias múltiplos de la fundamental,
rio. En base al STD IEEE C57.110-2008, se analizó llamadas armónicas.
el efecto de dicha contaminación en los transfor- Como consecuencia de esta distorsión, la poten-
madores de distribución, llegando a la conclusión cia disponible en las redes de distribución instala-
de que los valores encontrados de distorsión das, se reduce a valores inferiores a los nominales.
armónica no son significativosen la actualidad, De acuerdo a [2],“En los transformadores de po-
pero deberán ser tenidos en cuenta debido a la tencia, la principal consecuencia de las corrien-
potencial disminución de la potencia disponible tes armónicas es un aumento de las pérdidas,
del transformador y al incremento de las pérdi- principalmente en los arrollamientos, debido a la
das técnicas que estos pueden ocasionar. deformación de los campos de dispersión. El au-
mento de las pérdidas hace que se genere más
calor en el transformador de modo que la tem-
1. Introducción peratura de funcionamiento aumenta, lo que pro-
En la actualidad, el número de cargas no lineales voca un deterioro mas acelerado del aislamiento
conectadas a los sistemas de alimentación es yuna potencial reducción de su vida útil”.Por otro
muy grande y aumenta rápidamente. Las mis- lado, el incremento de las perdidas origina una
mas son equipos con electrónica de potencia, disminución del rendimiento del transformador,
como variadores de velocidad, rectificadores lo cual se traduce en un incremento de los costos
controlados, ciclo convertidores, balastos de de operación de la máquina.
lámparas electrónicos,fundición por arco o in- El presente trabajo es un estudio del grado de
ducción y computadoras personales, entre otras. contaminación armónica presente en las redes
Estas representan la mayoría de las cargas no li- de baja tensión de Rosario, pertenecientes a la
nealesque proliferan en la industria, así como en EPE. Se efectuaron mediciones en cinco subes-
los usuarios comerciales y residenciales [1]. taciones transformadoras (SET) 13,2/0,4kV, con

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REVISTA - CIER | Edición 64

diversas características de demanda (Residen- A su vez, las pérdidas bajo carga, pueden subdivi-
cial, Comercial, Industrial), y transformadores de dirse en pérdidas I2R y “pérdidas por dispersión”.
630kVA y 1000kVA. A partir de los datos obteni- Las pérdidas por dispersión se obtienen restan-
dos en las mismas se realizó una estimación de la do las pérdidas por I2R calculadas mediante la
reducción de capacidad de las instalaciones y del medición de R e I, a las pérdidas medidas en car-
incremento de las pérdidas operativas, siguiendo ga. Pueden definirse como las pérdidas debidas
los lineamientos del STD IEEE C57.110-2008 al flujo electromagnético disperso en los arrolla-
mientos. Esto origina corrientes de Foucault que
circularán tanto por los bobinados como por los
otros elementos conductores del transformador.
2. Marco teórico del IEEE Std Podemos dividir las pérdidas por dispersion en
“pérdidas por dispersion en los bobinados” y
C57-110-2008 “otras pérdidas por dispersión”. Las otras pérdi-
das por dispersión son debidas a corrientes pa-
2.1 Pérdidas en los Transformadores rásitas en el núcleo, las sujeciones del núcleo, los
Para el analizar en que forma las corrientes armó- escudos magnéticos, la cuba, etc. Las pérdidas
nicas afectan a un transformador describiremos en carga pueden escribirse como indica la ecua-
brevemente cómo está conformado un transfor-
ción (2):
mador estándar de dos devanados [3] [4] .
Generalmente, un transformador de dos deva- PLL = P + PEC + POSL (2)
nados se bobina con el devanado de baja tensión
colocado sobre la pierna del núcleo, y el devana- Donde:
do de alta tensión lo envuelve por fuera. Ambos PLL corresponde a las pérdidas en carga
P corresponde a las pérdidas por I2R
devanados están concéntricamente colocados
PEC corresponde a las pérdidas por corrientes
configurando una sección transversal rectangu- de Foucault en los arrollamientos
lar o circular dependiendo del tipo de construc- POSL corresponde a las otras por dispersión
cion del núcleo. El núcleo y las bobinas se man-
tienen unidas con abrazaderas o estructuras que La figura 1 muestra el campo electromagnético de
pueden ser de acero, de materiales no magnéti- dispersión.
cos, o incluso de materiales aislantes. Los trans-
formadores con aislación líquida generalmente
se colocan en tanques de acero.
El estándar IEEE-Std-C57.12.90 categoriza las
pérdidas en los transformadores como pérdidas
en vacío y pérdidas bajo carga. Las pérdidas en
vacío se deben a la exitación o pérdidas en el nú-
cleo. Las pérdidas bajo carga son ocasionadas
por las impedancias del transformador.La suma
de las pérdidas bajo carga y las pérdidas envacío,
son las pérdidas totales del transformador, como
muestra la ecuación(1).

PT=PNL+PLL (1)

Donde:
PT corresponde a las pérdidas totales
PNL corresponde a las pérdidas en vacío Figura 1 - Campo electromagnético producido por la corriente de carga en
PLL corresponde a las pérdidas bajo carga un transformador

29
DISTRIBUCIÓN

ga con alto contenido armónico es el sobrecalen-


2.2 Efecto de las corrientes armónicas en tamiento de los devanados, es conveniente consi-
las pérdidas I2R derar la densidad de pérdidas en los mismos sobre
Si el valor eficaz de la corriente de carga se in- una base por unidad (la corriente de base es la co-
crementa debido a las componentes armóni- rriente nominal y la base de la densidad de pérdida
cas, las pérdidas por I2R se verán aumentadas es la densidad de pérdida I2R a corriente nominal).
en consecuencia. Por lo tanto, la ecuación (2), aplicada en condicio-
nes nominales de carga, puede ser reescrita en una
2.3 Efecto de las corrientes armónicas en base por unidad como en la ecuación (3):
las pérdidaspor dispersión en los bobinados
Las pérdidas por dispersión en los arrollamien- PLL-R (pu) = 1 + PEC-R (pu) + POSL-R (pu) (3)
tos, dentro del rango de frecuencias en conside-
ración (frecuencia de la fuente y sus armónicas Donde:
asociadas), tienden a incrementarse en forma PLL-R (pu) corresponde a las pérdidas por uni-
proporcional al cuadrado de la corriente de car- dad en condiciones nominales
ga, y en forma aproximadamente proporcional PEC-R (pu) corresponde a las pérdidas por unidad
al cuadrado de la frecuencia. Éstas caracterís- por corrientes de Foucault en losarrollamientos
ticas pueden causar pérdidas excesivas en los en condiciones nominales
arrollamientos, dando lugar al incremento de la POSL-R (pu) corresponde al valor en por unidad
temperatura y ocasionando puntos calientes en de las otras pérdidas por dispersiónen condi-
transformadores que alimentan cargas no se- ciones nominales
noidales, con los riesgos por ellos derivados.
Dada la pérdida por corrientes de Foucault en
2.4 Efecto de las corrientes armónicas en condiciones nominales para los arrollamientos del
transformador, o para una porción del mismo (PEC-
las otras pérdidas por dispersión
), las pérdidas por corrientes de Foucault debidas
Las otras pérdidas por dispersión en el núcleo, R
a cualquier corriente de carga no senoidal defini-
soportes, y partes estructurales se verán incre-
da, pueden expresarse como en la ecuación (4):
mentadas en forma proporcional al cuadrado
de la corriente de carga. Sin embargo, éstas no
crecerán en forma proporcional al cuadrado de
la frecuencia, como sucede en las pérdidas por
dispersiónde los arrollamientos.
Donde:
2.5 Efecto en la elevacíon de la temperatura PEC corresponde a las pérdidas por corrientes de
Foucault en los arrollamientos (W).
máxima del aceite
h corresponde al orden del armónico.
Para transformadores llenos de líquido, la tempe-
Ih corresponde al valor eficaz de la corriente del
ratura máxima del aceite sobre la temperatura am-
armónico h (A).
biente θTO aumentará a medida que las pérdidas en
IR corresponde al valor eficaz de la corriente a fre-
carga totales aumenten debido a la carga armónica.
cuencia nominal y en condicionesde carga nomi-
Al realizarse estudios que involucren el comporta-
nales (A).
miento térmico del transformador, como por ejem-
Las pérdidas por I2R en condiciones de carga no-
plo la determinacion de la máxima potencia que éste
minales son unopor unidad (por definición). Para
puede entregar, las otras pérdidas por dispersión
corrientes de carga no senoidales, la ecuación
(POSL) deben ser consideradas, ya que afectan alae-
para el valor eficaz de la corriente en por unidad
levacíon de la temperatura máxima del aceite.
(corriente nominal como corriente de base), co-
2.6 Pérdidas en el transformador rresponde a la ecuación (5):
Por-Unidad
Puesto que la mayor preocupación acerca de un
transformador operando bajo condiciones de car-

Página 30
REVISTA - CIER | Ediciónn 64

Donde: El valor eficaz de la corriente de carga no senoi-


I(pu) es el valor eficaz en por unidad de la co- dal, esta dado por la ecuación (9)
rriente de carga
hmax es el armónico significativo mas grande
Ih (pu) es el valor eficaz por unidad de la co-
rriente del armónico h
El término del valor eficaz de la corriente I en la
La ecuación (4) puede escribirse en por unidad (la ecuación (8) puede expresarse en términos de las
corriente de base es la corriente nominal y la densi- componentes de frecuencia, como se observa en
dad de pérdidas de base, es la densidad de pérdi- la ecuación (10)
das por I2R a corriente nominal) como se observa
en la ecuación (6)

2.8 Factor de pérdidas armónicas para co-


rrientes de Foucault en los arrollamientos
Es conveniente definir un factor numérico simple
2.7 Pérdidas del transformador a los valores que pueda ser utilizado para determinar la capa-
medidos de corriente cidad de un transformador para la alimentación
Las ecuaciones (3) a (6) asumen que la corriente de una carga. FHL es un factor de proporcionali-
aplicada es la nominal del transformador. Puesto dad aplicado a las pérdidas por corrientes pará-
que esto se encuentra raramente en la práctica, sitas en los arrollamientos, que representa el ca-
es necesario definir un nuevo término para des- lentamiento efectivo (rms) como consecuencia
cribir las pérdidas por dispersión del bobinado a de las corrientes de carga armónicas. FHL es el
la corriente medida y a la frecuencia de alimenta- cociente entre las pérdidas totales por corrientes
ción (PEC-O). Tres supuestos son necesarios para parásitas debidas a armónicos (PEC), y las pérdi-
aclarar el uso de éste término: das por corrientes parásitas del arrollamiento a
1. Las pérdidas por dispersiónson aproximadamen- la frecuencia de alimentación, cuando no existen
te proporcionales al cuadrado de la frecuencia. corrientes armónicas (PEC-O). Esta definición co-
2. Las pérdidas pordispersión son función de la rresponde a la ecuación (11)
corriente en los conductores. Cualquier ecuación
para las pérdidas puede ser expresada en termi-
nos del valor eficaz de la corriente de carga.
3. Puede aplicarse el principio de superposición
a las pérdidas por dispersión, lo cual permitirá la La ecuación (11) permite calcular el FHL en térmi-
suma directa de las pérdidas debidas a los armo- nos de los valores eficaces reales de las corrientes
nicos. armónicas. Los analizadores de armónicos per-
miten que los cálculos se realicen en función de
Las ecuaciones (4) y (6) pueden escribirse con los armonicos normalizados al valor eficaz total
mayor generalidad como en la ecuación (7) de la corriente, o al primer armónico o armónico
fundamental. La ecuación (11) puede adaptarse a
éstas situaciones dividiendo el numerador y el de-
nominador ya sea por I, el valor RMS de la corrien-
te de carga, o por I1, el valor eficaz de corriente de
primer armónico. Al aplicarse a la ecuación (11) se
Sacando fuera de la sumatoria el término de la obtienen las ecuaciones (12) y (13)
corriente eficaz , tenemos la ecuación (8):

31
DISTRIBUCIÓN

2. Se asume que el transformador es capaz de


suministrar una corriente de carga de cualquier
contenido de armónicos a condición de que las pér-
didas totales, las pérdidas en cada devanado, y la
Nótese que la cantidad Ih/I1 puede ser leída densidad de pérdidas en la región de las más altas
directamente en un medidor. corrientes de Foucault no excedan los niveles para
En cualquier caso, FHL sigue siendo el mismo plena carga, frecuencia nominal y condiciones de
valor, ya que es una función de la distribución onda sinusoidal de diseño. Además, se supone que
de corriente armónica y es independiente de la condición limitante es la densidad de pérdidas en
la magnitud relativa. la región de mayores pérdidas por corrientes pará-
sitas del devanado, por lo que ésta es la base utiliza-
2.9 Factor de pérdidas armónicas en para da para establecer capacidad equivalente.
otras pérdidas por dispersión Con el fin realizar el cálculo con los datos dispo-
La principal consecuencia del calentamiento nibles en el protocolo de ensayos, se realizarán
debido a las otras pérdidas por dispersión, es el las siguientes suposiciones. Pueden ser modifi-
calentamiento del liquido refrigerante.Existe una cadas en función de la orientación del fabricante
relación similar al FHL para éstas otras pérdidas para un transformador particular. A saber:
por dispersión, y puede desarrollarse en forma a. Una porción de las pérdidas por dispersiónco-
similar. Las pérdidas debidas a las conexiones de rresponde a las pérdidas en los devanados por
barras, partes estructurales, tanques, etc., son corrientes de Foucault. Para transformadores
proporcionales al cuadrado del la corriente de de aislación líquida supondremos que el 33% de
carga, y a la frecuencia elevada a la 0.8, como se las pérdidas totales de dispersión corresponde
muestra en la ecuación (14) a corrientes de Foucault en los devanados.
b. La pérdida I2R se distribuye uniformemente en
cada devanado.
c. La división de corrientes parásitas entre los
arrollamientos es (ver nota 1 al final del artículo):
Las ecuaciones correspondientes al factor de - 60% en el devanado interior y 40% en el
pérdidas armónicas, normalizadas a los valores arrollamiento exterior para todos los trans-
eficaces de corriente y de corriente fundamen- formadores auto-refrigerados con corrien-
tal, respectivamente, se observan en las expre- te nominal menora 1000A. (Independien-
siones (15) y (16). temente de la relación de vueltas)
- 60% en el devanado interior y 40% en el
arrollamiento exterior para todos los trans-
formadores que tengan una relación de
vueltas de 4:1 o menos.
- 70% en el bobinado interno y 30% en el de-
vanado exterior para los transformadores
que tienen una relación de vueltas mayor
que 4:1 y además tienen uno o más arrolla-
mientos con una corriente nominal supe-
2.10 Capacidad equivalente del rior a 1000 A.
transformador d. La distribución de pérdidas por corrientes
La capacidad equivalente del transformador es- de Foucault dentro de cada devanado no es
tablecida en [3], se basa en las siguientes premi- uniforme(ver nota 1).
sas: e. La máxima densidad de corriente inducida
1. El transformador, excepto por la distribución de pérdida se da en la región del punto más
de corrientes armónicas de su carga, se supone caliente del devanado y es 400% de la den-
operando de acuerdo a las “Condiciones Norma- sidad promedio de pérdida por corrientes de
les de Servicio”del IEEE STD 57.12.00 Foucault para ese devanado [5].

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REVISTA - CIER | Ediciónn 64

Según lo establecido en [6], la componente de Donde PEC-R 2 son las pérdidas en el arrollamien-
pérdidas por dispersión se calcula restando las to de baja tensión por corrientes de Foucault en
perdidas I2R del transformador de las pérdidas condiciones nominales (W).
en carga medidas. Por lo tanto, para transforma- La máxima densidad de pérdidas por corrientes
dores con conexión Δ-Y se calculan de acuerdo a de Foucault se supone que es 400% del valor
la ecuación (17) promedio, entonces, en pu, dependiendo de las
corrientes nominales, y la relación de vueltas del
transformador, tenemos:

Donde:
PTSL-R son las pérdidas totales por dispersión en
condiciones nominales (W).
I1R es la corriente RMS fundamental de línea bajo
condiciones de frecuencia y carga nominal del
lado de alta tensión (A). Las pérdidas por corrientes de Foucault para el
I2R es la corriente RMS fundamental de línea arrollamiento exterior (alto voltaje) deben ser cal-
bajo condiciones de frecuencia y carga nominal culadas de una manera similar a las ecuacio-
del lado de baja tensión (A). nes(22) y (23).
R1 es la resistencia medida en cc entre los termi- Para transformadores auto refrigerados ONAN,
nales de alta tensión (Ω). de acuerdo a [6], la elevación de la temperatura
R2 es la resistencia medida en cc entre los termi- máxima del aceite es proporcional a las pérdidas
nales de baja tensión (Ω). totales con un exponente de 0,8 y puede ser es-
timada para las pérdidas armónicas, basándonos
Para transformadores de aislación líquida, las en las condiciones de carga y las pérdidas nomina-
pérdidas en los arrollamientos por corrientes les, como muestran en las ecuaciones (24) y(25):
de Foucault son como se expresa en la ecua-
ción (18).

Donde:
Donde PEC-R son las pérdidas en los arrollamien- θTO es la temperatura de la parte superior del
tos por corrientes de Foucault en condiciones aceite por encima de la ambiente (ºC).
nominales (W). θTO-R es la temperatura de la parte superior del
Las otras pérdidas por dispersión son calcula- aceite bajo condiciones nominales (ºC).
das de acuerdo a la ecuación (19):
PLL=P+FHLPEC+ FHL-OSLPOSL (W) (25)

El punto de mayor temperatura en los bobinados


Las pérdidas por corrientes de Foucault en el tambien es proporcional a las pérdidas de carga ele-
arrollamiento de baja tensión (interno) pueden vadas a la 0.8 y deben ser calculadas como sigue:
ser calculadas con el valor de PEC-R determina-
do en la ecuación (18), como sigue, dependien-
do de la corriente nominal, y la relación de espi-
ras de los arrollamientos:
Que puede reexpresarse como:

33
DISTRIBUCIÓN

Figura 2– Estimación de capacidad equivalente

Aplicando en (27), (22) o (23), según corres- temperatura del aceite bajo condiciones nomina-
ponda, obtenemos: les (ºC).
FHL es el factor de pérdidas armónicas de corrien-
tes de Foucault.
PEC-R (pu) son las pérdidas por corrientes de Fou-
cault en los arrollamientos bajo condiciones no-
minales.

Donde: Dado que consideramos que el factor limitante


θg2 es la temperatura del punto más caliente del será el incremento de la temperatura del punto
conductor del bobinado de baja tensión sobre la mas caliente del bobinado de BT, calcularemos
temperatura del aceite (ºC). la máxima potencia admisible para una deter-
θg2-R es la temperatura del punto más caliente del minada distribución armónica, respecto a la
conductor del bobinado de baja tensión sobre la potencia nominal, tal que no exceda la máxima

Tabla 1 – Distribución armónica fase R, SET 97, 25/04/12 10:45hs

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REVISTA - CIER | Ediciónn 64

Tabla 2 - Cálculos para la obtención de los factores de perdidas armónicas para la distribución de la Tabla 1

sobretemperatura de diseñode los bobinados, En la tabla 1 se observa la distribución de las co-


de acuerdo a la ecuación (30). rrientes armónicas hasta el armónico 19 para el
transformador de 630kVA, 13,2/0,4kV marca
θg + θTO = θg-R + θTO-R (30) Algeltra de la SET 1184 del día 25/04/12 a las
10:45hs.
Dada la complejidad de la resolucion algebrai-
ca, para la potencia de carga, de la ecuacion
(30) aplicaremos el metodo iterativo descipto
en la figura 2 para la estimacion de la potencia
de carga maxima admisible, para una determi-
nada distribución armónica.

3. Mediciones y cálculo de
calentamiento de transformadores Figura 3 - Espectro armónico (Caso 1)
3.1 Caso I
En diferentes SET de la ciudad de Rosario se Aplicando las ecuaciones (13) y (16) calcula-
realizaron mediciones de distorsión armónica mos el FHL y el FHL-OSL
utilizando un instrumento Amprobe Harmoa-
nalyzer HA-1000. Las mismas, se realizaron so- FHL = 2.2386/1.0375 = 2.158
bre los cables de BT del transformador. FHL-OSL = 1.1452/1.0375 = 1.104
De cada medición se tomo una fase y se realiza-
ron las cálculos suponiendo que la distribución Las características del transformador, tomadas
de las corrientes es equilibrada. del protocolo de ensayos, necesarias para los

Tabla 3 - Características del transformador de 630kVA Algeltra

35
DISTRIBUCIÓN

Tabla 4
cálculos, se listan en la Tabla 3. Las temperaturas
fueron tomadas de [6].

El estado de carga del transformador se calcula


como I/IR. Utilizaremos este factor, por ser que las
pérdidas en carga son aproximadamente propor-
cionales al cuadrado de la corriente para corregir
los valores de las mismas para el estado de carga
actual.
Aplicando las ecuaciones (17) a (19) obtenemos Figura 4 - Espectro armónico
los datos de la primera columna de la Tabla 4. Los
datos de la segunda columna se obtienen corri- Aplicando las ecuaciones (13) y (16) calculamos el
giendo las perdidas de la primera columna a los FHL y el FHL-OSL
valores reales de corriente según lo explicado an-
teriormente. La tercer columna de la tabla mues- FHL =2.2386/1.0375 = 1.095
tra los valores de las perdidas para la distribución FHL-OSL = 1.1452/1.0375 = 1.010
armónica y el estado de caga medidos.
Las características del transformador, toma-
Se observa que, con la distribución armónica
medida, se da un incremento de las perdidas to- das del protocolo de ensayos, necesarias para
tales respecto del mismo estado de carga con los cálculos, se listan en la Tabla 7. Las tempe-
corriente senoidal, de 20,84 W raturas fueron tomadas de [6].
Aplicando el método iterativo de la figura 2 con los De igual forma que el caso I se obtiene la Tabla
factores calculados estimamos la disminución de la 8.
capacidad del transformador en un 2,46%, lo cual Se observa que, con la distribución armónica
en un transformador de 630kVA equivale a 15,5kVA medida, se da un incremento de las perdidas
totales respecto del mismo estado de carga
3.2 Caso II con corriente senoidal, de 6,9 W
En la tabla 5 se observa la distribución de las co- Aplicando el método iterativo de la figura 2
rrientes armónicas hasta el armónico 19 para el con los factores calculados estimamos la dis-
transformador de 1000kVA, 13,2/0,4kV marca minución de la capacidad del transformador
Mayo de la SET “Ciudad Universitaria” del día en un 0,3%, lo cual en un transformador de
23/11/11 a las 9:45hs. 1000kVA equivale a 3kVA

Tabla 5 - Distribución armónica fase R de la SET “Ciudad Universitaria” del 23/11/11 a las 09:45hs

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REVISTA - CIER | Ediciónn 64

Tabla 6 - Cálculos para la obtención de los factores de perdidas armónicas para la distribución de la Tabla 5

seguimiento de la evolución del mismo para preve-


4. Conclusiones nir un posible deterioro de los transformadores.
Se observó que el estado de carga de los transfor-
madores medidos rara vez excedió el 50% de su
potencia nominal durante las mediciones, y que los
valores de distorsión armónica encontrados no ge-
6. Bibliografía
neran pérdidas de capacidad mayores al 3%. Esto, [1] IEEE, IEEE Std 1459-2000 - IEEE Standar
sumado a que el perfil de carga de las redes de dis- Definition for the Measurement of Electric
tribución tendrá a los transformadores trabajando Power Quantities Under Sinusoidal, Nonsi-
en condiciones próximas a las nominales sólo en nusoidal, Balanced, or Unbalanced Condi-
los horarios pico de los días de mayor demanda. tions, 2010.
Resultará en que las máquinas en consideración no
[2] J. Desmet y G. Delaere, Armónicos - Se-
presentaran pérdida de vida útil.
Además el aumento de las pérdidas técnicas en lección y Clasificación de los Transformado-
los casos medidos no resulta considerable res- res, LPQI, 2005.
pecto de las nominales del transformador. [3] IEEE, C57.110-2008 - IEEE Recommended
Se concluye que los armónicos aun no son un Practice for Establishing Liquid-Filled and
problema serio en las redes de distribución de Ro- Dry-Type Power and Distribution Transformer
sario, pero se debería hacer un seguimiento de la Capability When Supplying Nonsinusoidal
evolución de los mismos para prevenir problemas
Load Currents, 2008.
derivados del aumento de los mismos.
[4] S. P. Kennedy y C.L.Levy, «Application, De-
sign and Rating of Transformers Containing
5. Recomendaciones Harmonic Currents,» nº PPIC- 90 - 35, 1990.
[5] M. D. Hwang, W. M. Grady y H. W. Sanders,
Dados los problemas que pueden presentarse
como consecuencia de un alto contenido armónico «Assessment of winding losses in transfor-
en la red de distribución, es aconsejable realizar un mers due to harmonic currents,» de Interna-

Tabla 7– Características del transformador

37
DISTRIBUCIÓN

Tabla 8

tional Conference on Harmonics in Power


Systems, Worcester, Oct. 1984..
[6] IEEE, C57.12.90-2010 - IEEE Standar Test
Code for Liquid-Immersed Distribution,
Power, and Regulating Transformers, 2010.
[7] IEEE, C57.12.00-2010 IEEE Standar for
General Requirements for Liquid-Immersed
Distribution, Power, and Regulating Transfor-
mers, 2010.

7. Agradecimientos
A la Empresa Provincial de Energía de Santa fe
por la predisposición mostrada para realizar
las mediciones y en especial al Ing. Eduardo
Passerini.
Al Ing. Jorge Luciani por la colaboración pres-
tada.

8. Anexo: otras mediciones de


armónicos

Página 38
REVISTA - CIER | Ediciónn 64

Notas:
1) Un alto porcentaje del flujo de dispersión
que fluye axialmente en y entre las bobinas es
atraído radialmente hacia dentro en los extre-
mos de los arrollamientos porque hay un ca-
mino de baja reluctancia a través de la pata
central del núcleo en vez del espacio de per-
meabilidad unidad fuera de los arrollamien-
tos. Como resultado, la mayor magnitud de la
componente radial de la densidad de flujo dis-
perso (mayor pérdida de Foucault) se produ-
ce en las regiones extremas del devanado in-
terior. A menos que se aclare lo contrario, el
devanado interior se puede suponer que es el
de baja tensión

39
GENERACIÓN

REVISTA - CIER Edición 64

Trabajo:
Hidrología en Centrales
Hidroeléctricas
Autor:
Diego Giraldo Gomez - Tecnólogo Electromecánico
E-mail: digiraldo@isagen.com.co
Empresa:
ISAGEN S.A. E.S.P

IntegraCIER - Congreso Iberoamericano de Energía


Resumen de medición y adaptando a las condiciones de la
Los generadores de energía hidráulica en su
constante evolución para producir energía de Central la tecnología disponible en su momento.
una forma más eficiente de la mano con el me- Este proceso continuó al reevaluar estos proce-
dio ambiente, se han visto en la necesidad de sos bajo el concepto de costo-beneficio, lo que
adoptar la hidrología como ciencia para estudiar llevo al grupo encargado de estas actividades a
el comportamiento y distribución temporal del buscar nuevas alternativas y llenar los baches
agua como recurso indispensable para el nego- encontrados hasta el momento. En este proceso,
cio, garantizar condiciones ambientales y pro- la hidrología en ISAGEN pasó de mediciones con
veer información para el análisis de seguridad de equipos electromecánicos y observadores de
presas. Sin embargo, no podría afirmarse sobre información en sitio a equipos electrónicos con
un estándar o aplicación específica de la hidro- capacidad de almacenar datos y estaciones con
logía para centrales hidroeléctricas ya que las di- sistemas de medición horaria y trasmisión radial
ferentes aplicaciones varían por las condiciones y satelital con regularidad horaria. Adicionalmen-
operativas y requerimientos ambientales men- te, este proceso ha llevado una sinergia entre
cionados anteriormente y que adicionalmente ISAGEN y los contratistas y personal de la región
cambien de acuerdo con el proyecto u objetivos que ISAGEN entrena y capacita para prestar los
de cada agente generador. Ante esta situación, servicios de mantenimiento de estos equipos y
ISAGEN ha conformado varios equipos de traba- estaciones y aún más importante, la ejecución de
jo con el fin de dedicar sus esfuerzos a adaptar labores de batimetría, aforos de caudal y recopi-
el estado del arte de la hidrología a las necesi- lación - correlación de datos en sitio. Toda esta
dades que la empresa enfrenta. Un ejemplo de evolución y trabajo es lo que este artículo pre-
esto ha sido el desarrollo efectuado en la Central tender presentar, en donde los objetivos no son
Mie I, en la cual, desde el 2002 en grupo encar- estáticos y constantemente evolucionan para
gado empezó un proceso de aprendizaje que mejorar la calidad de la información y mejorar la
inició entendiendo el comportamiento básico de competitividad de ISAGEN ante el mercado ener-
la cuenca, definiendo sitios para las estaciones gético.

Página 42
REVISTA - CIER | Edición 64

relativa, temperatura, radiación solar, velocidad y


1. Introducción dirección del viento, entre otros parámetros con
Para ISAGEN la aplicación de la Hidrología ha te- de investigación. Ver Figura 1.
nido un grado de importancia alta como medio
para cuantificar la materia prima en los centros Hidrometría
productivos y para el cumplimiento legal con las La hidrometría es una parte de la hidrología uti-
autoridades ambientales. Este artículo describe lizada para medir el volumen de agua que cir-
la forma en la que ha evolucionado la hidrología cula por los causes de los ríos en determinado
en ISAGEN, las diferentes aplicaciones actuales tiempo. En ISAGEN son monitoreados todos los
y la visión futura en relación a este tema. Adicio- ríos asociados a las cuencas hidrográficas de
nalmente, además de presentar la evolución de los embalses en cada centro productivo. Existen
estos dos temas en ISAGEN, el articulo hará én- estaciones hidrométricas con propósitos opera-
fasis de cómo estos temas han sido abordaos en tivos y estaciones hidrométricas con propósitos
la Central Miel I. El objetivo principal de este artí- ambientales. Estas últimas por lo general se en-
culo es presentar a los distintos grupos de interés cuentran aguas abajo de las presas o trasvases
dentro y fuera de la organización la importancia y son fundamentales para corroborar el cumpli-
que ha tomado la gestión hidrológica en su cons- miento legal con las autoridades ambientales.
tante evolución dentro del proceso de produc-
ción de energía.

2.Definiciones
Es importante conocer algunas definiciones rela-
cionadas con el tema para facilitar la compren-
sión del presente artículo.
Cuenca Hidrográfica
Una cuenca hidrográfica es el área de drenado
natural de agua hacia un embalse o reserva. ISA-
GEN monitorea sus aportes y reservas identifi-
cando puntos estratégicos en las cuencas para
medir diferentes variables como niveles, cauda-
les, precipitación, temperatura entre otras va-
riables fundamentales para la operación de sus
centrales hidroeléctricas. Entre más precisa sea
la información medida en las cuencas hidrográfi-
cas, es más eficiente el aprovechamiento del re-
curso hídrico para la operación de las plantas y la
oferta diaria en la bolsa de energía.
Estaciones hidrológicas
Los puntos estratégicos donde ISAGEN recopila Figura 1: Estación Hidrológica
información son denominados estaciones hidro-
lógicas y su arquitectura depende de la variable a Telemetría
medir. Para el caso de niveles y caudales, las es- La telemetría es una tecnología utilizada para
taciones reciben el nombre de estaciones hidro- transmitir información de un lugar a otro. Una
métricas y es allí donde son ejecutadas las medi- red de telemetría es el conjunto de estaciones
ciones más importantes aplicando otra rama de que son operadas desde un centro de control en
la ciencia denominada la hidrometría. las Centrales Hidroeléctricas con el apoyo de un
Adicionalmente, existen estaciones climatológi- software especializado que ayuda a obtener in-
cas donde es registrada información relaciona- formación de un sitio remoto de forma automá-
da con el clima como la precipitación, humedad tica.

43
GENERACIÓN

tecnologías de medición buscando la mejor pre-


3.Desarrollo de la Hidrología e cisión posible para obtener información cien por
ciento confiable.
Hidrometría en Isagen ¿Cuál era el mayor obstáculo en el
No existe un estándar o aplicación específica
de la hidrometría e hidrología para centrales hi- proceso de medición?
Como fue explicado anteriormente, la hidrome-
droeléctricas ya que las diferentes aplicaciones
tría provee una gran cantidad de información y
varían por las condiciones operativas, requeri-
datos, los cuales son la materia prima para apli-
mientos ambientales características del proyec-
car los conceptos de hidrología. Por lo tanto, la
to u objetivos de cada agente generador.
hidrología e hidrometría aplicada en ISAGEN te-
A continuación, por medio de preguntas el artí- nían la falencia de carecer de una forma efectiva
culo presentará la evolución y desarrollo de la hi- de almacenar y enviar la información desde su
drometría e hidrología en ISAGEN. sitio de toma al personal encargado de su proce-
samiento para la operación eficiente de la Central
¿En qué afecta la hidrometría los Hidroeléctrica. En vista de las dificultades para
objetivos de un agente generador? obtener información de forma oportuna, ISAGEN
La hidrometría está implícita en muchos as- fue desarrollando sistemas eficientes que desde
pectos de un proyecto hidrológico. Uno de es- el punto de vista hidrológico respondieran a las
tos casos son los requerimientos ambientales. necesidades de los grupos de interés.
El cumplimiento de caudales ecológicos es un
asunto prioritario para poder operar una Cen- ¿Cómo ha sido la historia de los equipos
tral Hidroeléctrica. En este caso si no se tiene un de hidrometría en ISAGEN?
método o procedimiento para garantizar el cum- La hidrometría en una estación hidrológica con-
plimiento, un agente generador podría perder la siste en dos grupos, mediciones hidrométricas y
licencia otorgada por la autoridad competente. recopilación o envió de la información.
Otro aspecto en que la hidrometría es fundamen- En el pasado cuando se necesitaba registrar da-
tal para un proyecto es la precisión y calidad de tos de una estación hidrológicas, ISAGEN se apo-
la información utilizada para diseñar y operar las yaba en personas residentes en la zona para que
centrales hidroeléctricas. Estas mediciones son tomaran lecturas en horarios específicos. Estas
el primer paso de un proyecto determinando la personas llamadas observadores llenaban una
viabilidad de construir una central hidroeléctrica. planilla con los niveles del río y posteriormente
Las mediciones hidrométricas determinan si el era entregada para convertir los niveles a cauda-
proyecto es viable desde el punto de vista hidro- les y así se construían las series o se analizaba la
lógico, es decir, definir si la zona tiene suficientes información con grandes retrasos de tiempo.
aportes hídricos para mantener un embalse ope- Posteriormente, la evolución tecnológica ofre-
rativo. La labor de recopilar información puede ció equipos electromecánicos muy precisos que
ser de años dado que es necesario construir se- podían registrar las variaciones del nivel río con
ries hidrológicas las cuales contienen datos des- resolución horaria en una gráfica en papel. Este
de las primeras mediciones y con base a esta in- método ofrecía mayor detalle pero de igual forma
formación pueden hacerse análisis estadísticos había que visitar los sitios a recuperar la informa-
para diseño y operación eficiente. La calidad de ción para analizarla con la posibilidad de encontrar
esta información es la que determina la precisión el equipo bloqueado y la información perdida.
necesaria para operar la central. Información Todo esto generaba incertidumbre en la calidad de
exacta permite conocer la cantidad de aporte las series hidrológicas por la falta de información.
hídrico día a día y por ende, proveer información
Adicionalmente, para realizar aforos de caudal,
precisa para la oferta en la bolsa de energía.
proceso de verificación de la sección hidráulica
Por lo anteriormente descrito es fundamental del río, existían pesados equipos para transpor-
minimizar cualquier error en las mediciones ya tar y manejar, los cuales debían ser introducidos
que este será heredado en la serie causando im- en el río con lastres de plomo para no ser arras-
precisiones en la información. Es por esto que trados por la fuerza de la corriente. Ver Figura
ISAGEN en los últimos años ha adoptado nuevas 2. Por ser equipos electromecánicos con partes

Página 44
REVISTA - CIER | Edición 64

móviles su precisión dependía de calibraciones El nuevo sistema de telemetría radial estaba com-
en canales hidráulicos certificados (frecuencia puesto por radios de comunicación que normal-
trimestral) y requerían un mantenimiento mayor. mente eran usados en vehículos y en las mismas
Estos equipos brindaban una precisión cuestio- centrales hidroeléctricas para comunicaciones
nable pero era la tecnología disponible y era usa- por voz. Con esta experiencia, en las estaciones
da utilizando tiempo y recursos adicionales para hidrológicas fueron instaladas las unidades re-
disminuir los errores. motas de transmisión (RTU) conectadas al radio
mediante un modem. Estas plataformas no lma-
Estas tecnologías aún son utilizadas por algunas
cenaban datos de forma local pero si permitían
entidades en el país en vista de los altos costos
la comunicación en tiempo real con la estación
de la nueva tecnología y también de acuerdo con
maestra en las Centrales Hidroeléctricas. Estos
la precisión que requieran los usuarios.
equipos también contaban con sensores de nivel
tipo presión y pluviómetros para medir las princi-
pales variables de nivel y precipitación. La infor-
mación era solicitada de forma automática por la
estación maestra cada 10 minutos.

Figura 2: Equipos convencionales para aforos de caudal.

¿Cómo ha sido la historia de la telemetría


en ISAGEN?
ISAGEN en vista de la necesidad de disponer de
información oportuna para la operación eficiente
Figura 3: Obras Civiles de una estación hidrométrica.
de sus embalses, adquirió el primer sistema de
telemetría satelital aproximadamente hace 10 El montaje de esta red de telemetría radial de-
años. Este complejo sistema disponía de plata- mandó una infraestructura con estaciones repe-
formas colectoras de datos (DCP) capaces de tidoras hasta de 50 metros de altura y estaciones
almacenar información de forma local y enviar remotas con torres de 20 metros para facilitar la
vía satélite cada 3 ó 4 horas. Estas plataformas comunicación entre estaciones. Ver Figura 3. Sin
contaban con sensores de nivel tipo presión hi- embargo por problemas de propagación de onda
drostática y pluviómetros para recolectar las y otros factores, la comunicación se veía interrum-
principales variables necesarias. Toda esta infor- pida por lapsos de tiempo y la información no era
mación era recibida en una estación terrena ubi- posible recuperarla, para estos casos la telemetría
cada en Medellín y podía consultarse mediante satelital cubría los periodos faltantes.
sistemas de información e internet. Este sistema A pesar de este inconveniente, la información en
satelital era completamente autónomo al alimen- tiempo real facilitaba la toma de decisiones dando
tarse con energía solar y tener bajo consumo. cada vez más importancia al sistema radial a tal
Esto lo convirtió en un sistema muy confiable al punto que terminó como sistema principal y el sis-
momento de enviar información por largos perio- tema satelital pasó a ser el respaldo.
dos de tiempo.
El sistema radial, al convertirse en el sistema prin-
El salto tecnológico de pasar de observadores y cipal de envío de datos, inicio su proceso de for-
equipos convencionales a un sistema completa- talecimiento. El sistema principal por tener radios
mente electrónico y automático tubo gran acogi- con comunicación de voz, tenía un consumo ele-
da en la organización a tal punto de identificarse vado de corriente lo que obligó a instalar baterías
la necesidad de un sistema de respaldo. La alter- de mayor capacidad y paneles solares para trans-
nativa fue instalar la primera red de telemetría mitir durante el día y noche con la energía alma-
radial, la cual ofreció una serie de ventajas con cenada en las baterías. Este sistema radial era
relación al sistema satelital. más grande y con más equipos electrónicos que

45
GENERACIÓN

requerían mayor atención y cuidado. Ante esto, al desarrollo de la hidrología, el grupo a cargo de
ISAGEN decidió aliarse con empresas contratistas esta actividad inició el proceso de adaptación del
de la región para contar con personal entrenado almacenamiento y transmisión de datos en el cual,
para la operación y mantenimiento de los mismos como ya fue mencionado anteriormente, paso
con el fin de garantizar el óptimo funcionamiento de observadores en sitio y registro en libretas de
campo a sistemas de almacenamiento y transmi-
Como ventaja adicional del sistema radial, ISAGEN
sión automática en periodicidad horaria y hasta en
instaló una red de alertas tempranas en puntos
tiempo real.
estratégicos de las cuencas con el fin de activar
sirenas de forma remota o automática que avisa- La Central Miel I en su análisis encontró que para
ban a la comunidad cercana en caso de grandes alcanzar los objetivos relacionados con la calidad
crecientes por los ríos afluentes a los embalses. de la información no solo basta con los equipos
de última tecnología sino también hacen falta re-
cursos humanos con el entrenamiento apropiado
4.Evolución de la Hidrología e y un alto grado de sensibilización con el trabajo,
el medio ambiente y el destino final de la infor-
Hidrometría en la Central Miel I mación medida. Para ISAGEN y particularmente
para la Central Miel I es un gran reto conseguir en
Después de definir la hidrometría e hidrología en el mercado laboral personal con la formación aca-
ISAGEN como pieza fundamental para la ope- démica que pueda abarcar todo el tema de la ges-
ración de las centrales y de presentar un corto tión hidrológica por la cantidad de conocimientos
resumen de cómo estas prácticas y tecnologías que se requieren en materia de análisis de infor-
fueron desarrolladas en ISAGEN, el siguiente paso mación, hidrometría, obras civiles, equipos elec-
es presentar el estado actual de estas prácticas y tromecánicos, telecomunicaciones y otras mate-
como han sido enfrentados los problemas parti- rias. Ante esto, ISAGEN optó por formar alianzas
cularmente en la Central Miel I. con contratistas de la región y consolidar grupos
Hidrometría e hidrología en la con diferentes formaciones y capacitar de forma
Central Miel I permanente con el fin de fortalecer el conocimien-
Ante la necesidad para obtener información opor- to y hacerlo colectivo. Ver Figura 4.
tuna y confiable, ISAGEN ha conformado varios
equipos de trabajo con el fin de dedicar sus es-
fuerzos a adaptar la hidrometría, hidrología y la
transmisión de datos a las necesidades que la
empresa enfrenta. Un ejemplo de esto ha sido el
desarrollo efectuado en la Central Hidroeléctrica
Miel I, en la cual, desde el año 2002 el grupo en-
cargado empezó un proceso de aprendizaje que
inició entendiendo el comportamiento básico de
la cuenca, definiendo sitios para las estaciones de
medición y adaptando el estado del arte a las con-
diciones de la Central. Figura 4: Personal entrenado realizando trabajos en campo.
Adicionalmente, la Central Miel I fue el primer cen-
tro productivo de ISAGEN que debía cumplir un Trabajo de campo
caudal ecológico lo que significó enfrentar nuevos Una estación hidrométrica debe estar ubicada
retos para los encargados de la gestión hidrológica. en un punto estratégico siguiendo criterios de la
Organización Meteorológica Mundial con el fin de
La Central Miel I enfrentó la necesidad de reevaluar que el flujo constante del agua y las crecientes no
los procedimientos definidos en ISAGEN bajo el afecten de manera significativa la sección del río.
concepto de costo-beneficio, lo que llevo al grupo Sin embargo encontrar lugares apropiados no es
encargado de estas actividades a buscar nuevas tan fácil en ríos de montaña obligando a construir
alternativas y llenar los baches encontrados para estaciones en lugares con las características más
las condiciones de la Central Miel I. Paralelamente similares a lo requerido.
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REVISTA - CIER | Edición 64

Con este panorama, todas las mediciones hidro- que la Central Miel I cuanta con un número impor-
métricas por lo general son realizadas en lugares tante de estaciones hidrométricas.
remotos con condiciones extremas de acceso Esta es la razón por la cual la hidrometría e hidro-
por lo que es necesario definir una logística téc- logía es una actividad permanente por la misma
nica, seguridad y salud ocupacional para todos dinámica de los ríos y su degradación por el paso
los involucrados en el trabajo de campo. Cómo constante del agua y las crecientes recurrentes.
esta actividad es permanente, ISAGEN con apo-
yo de contratistas y profesionales de la región vi-
sitan las estaciones hidrométricas y realizan me-
diciones con periodicidad bimensual siguiendo
criterios de calidad y compromiso definidos para
estas tareas.
Aforos de caudal y topografía
de la sección
La actividad más común ejecutada en una esta-
ción son los aforos de caudal. Los aforos consisten
en medir la cantidad de agua que está pasando
por la sección del río en un tiempo determinado Figura 5: Seguimiento topográfico a la sección de un río.
y con un nivel del río definido. Por lo general, los
resultados son obtenidos en caudal con unidades Equipos de Aforos. Actualización
de m³/s para los ríos grandes y en l/s para las co- de tecnología
rrientes más pequeñas. Los ríos en respuesta al Como fue ilustrado en puntos anteriores, los
ciclo del agua y fenómenos climáticos suben y ba- equipos y procedimientos para hace medicio-
jan sus niveles en diferentes épocas del año sien- nes en las estaciones tenían varias limitaciones.
do necesario hacer aforos de caudal en diferentes La misma necesidad de los usuarios de equipos
alturas para poder obtener una herramienta lla- hidrométricos llevó a las empresas pioneras de
mada curva de calibración la cual sirve para poder la industria a desarrollar tecnologías más ami-
calcular el caudal con tan solo tomar la lectura del gables, livianas y precisas. Este es el caso de los
nivel del río. perfiladores acústicos de efecto Doppler (ADP)
Para tener una curva de calibración precisa se re- los cuales se están dando a conocer en el mer-
quiere una gran cantidad de aforos en campo y cado y están teniendo gran impacto positivo en
un análisis detallado en oficina. Adicionalmente es la calidad información. Ver Figura 6. ISAGEN
necesario complementar las mediciones con la to- como empresa innovadora adquirió equipos de
pografía de la sección del río. Esta actividad consis- aforo de última tecnología para sus centrales
te en medir con precisión la forma geométrica de hidroeléctricas haciendo un salto tecnológico
toda la sección del rio para conocer su área y poder enorme que ahora está brindando información
realizar un procedimiento llamado extrapolación de hidrométrica de mejor calidad y con un recorte
curvas y así poder calcular caudales altos de cre- considerable de recursos que implicaba la tecno-
cientes que pueden presentarse. Ver Figura 5. logía anterior para la operación del negocio y el
cumplimiento legal.
El principio básico de medición es simple; consiste
en conocer el área de la sección de un río a deter-
minada altura y la velocidad a la cual se desplaza el
flujo y el producto de estas dos variables da como
resultado el caudal. (Caudal m³/s = Area m² x Ve-
locidad m/s)
Estas variables son extremadamente sensibles a
los cambios en la sección del río por lo que las cur-
vas de calibración pierden precisión en el tiempo
Detectar estos cambios es un gran reto para man-
tener la precisión de la información considerando Figura 6: Perfilador Acústico Doppler (ADP).

47
GENERACIÓN

El funcionamiento básico de estos equipos es simi- Redes de telemetría


lar al usado en los radares de velocidad por princi- Para el proceso de operación de una central no es
pio Doppler y es capaz de medir con alta precisión solo necesario garantizar las medidas en campo,
la velocidad a la cual se desplazan las partículas es fundamental contar con esta información en
suspendidas en el agua y al mismo tiempo las pro- tiempo real. El proceso mencionado anteriormen-
fundidades y la distancia de la sección que se esté te de aforos y demás provee las ecuaciones y mé-
midiendo. En resumen, anteriormente ISAGEN todo para procesar los datos que minuto a minuto
utilizaba un equipo electromecánico con partes pueden obtenerse de las estaciones. Sin embar-
móviles y ahora un equipo electrónico computa- go, es necesario transmitir desde las estaciones
rizado que puede operarse a distancia y se ajusta en tiempo real todo los datos que una estación
automáticamente a las condiciones del agua. hidrológica pueda recopilar.

El equipo está compuesto por una embarcación


pequeña y un hardware instalado en la parte cen-
tral el cual queda sumergido y mediante unos
transducer emite señales acústicas que rebotan
en las partículas y regresan en milésimas de se-
gundos. Estas señales son interpretadas por un
software que puede procesar la información en
tiempo real y mostrarla en pantalla al operador.
Después de realizar un desplazamiento con el
equipo ADP por toda la sección del río puede ob-
tenerse el dato de caudal de forma inmediata. Ver
Figura 7.
Figura 8: Estaciones de telemetría radial y satelital.
Para obtener información de calidad debe ha-
Central Miel I cuenta con dos redes de telemetría;
cerse un ajuste previo ingresando variables im-
un sistema principal que envía información por
portantes del sitio que se va a medir y aplicar los
radiofrecuencia y un sistema satelital que envía
criterios acorde con las formas geométricas de la
información por satélite. Si bien el segundo es
sección y condiciones del agua. Adicionalmente,
más utilizado a nivel mundial por ser compacto y
el equipo al estar sobre la superficie del agua lejos
no tener límites en distancias tiene la limitante de
de un operador debe ser asistido de forma remota
solo enviar información cada hora ya que por la
desde la orilla utilizando la tecnología Bluetooth y cantidad de usuarios en el mundo existen restric-
en algunos casos con sistema de posicionamiento ciones de tiempo asignadas por la NOAA entidad
global GPS para brindar precisión en la medición encargada de administrar el Satélite Geoestacio-
de distancias. nario GOES.
La telemetría radial es el sistema principal utiliza-
El principio de los cálculos siempre será el mismo do por ISAGEN y en sus centros productivos se
de los métodos tradicionales midiendo las áreas y han realizado importantes desarrollos para cubrir
las velocidades para determinar el caudal pero en sus necesidades convirtiéndose en una empresa
este caso las mediciones son mucho más rápidas pionera en esta materia.
y más precisas.
Básicamente una red de telemetría radial consiste
en instalar equipos que registren información en
un punto específico y hacerla pasar por estaciones
repetidoras hasta llegar a una estación maestra
que procesa la información. Una de las grandes
ventajas es que la comunicación puede viajar en las
dos direcciones permitiendo enviar comandos re-
motos como la activación de una sirena entre otros.
Existen estaciones repetidoras con más de 30 me-
Figura 7: Resultado de un aforo de caudal – Perfil y velocidad. tros de altura instaladas en los puntos más altos de

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REVISTA - CIER | Edición 64

la cuenca lo que permite la comunicación con las esto abre las posibilidades a crear herramientas
estaciones más lejanas. En las estaciones remo- de medición y análisis de acuerdo con las necesi-
tas existen obras civiles con diseños específicos y dades de cada usuario.
la función principal es proteger los equipos de tele-
Adicionalmente, para medir las variaciones de
metría. El mantenimiento de obras civiles, equipos
nivel, dato utilizado en conjunto con las ecuacio-
electromecánicos y las actividades de hidrometría
nes definidas con los aforos de caudal y sección
son combinados para optimizar los recursos apro-
topografía, son utilizados sensores tipo radar los
vechando los desplazamientos a los sitios remotos.
cuales envían una onda que rebota en la superfi-
La nueva telemetría radial cie del agua y con precisión miden el nivel del río.
En el año 2007 el sistema de telemetría radial ya Ver Figura 9 y 10. En el transcurso del tiempo,
se encontraba obsoleto y los repuestos para las los sensores de nivel tipo radar han demostrado
unidades remotas de transmisión no era posible ser más confiables por no tener contacto direc-
adquirirlos, fue entonces cuando surgió la nece- to con el agua a diferencia de los sensores tipo
sidad de un nuevo sistema de telemetría radial. presión hidrostática que funcionan sumergidos y
su precisión es afectada por la calidad del agua y
El equipo principal y cerebro de una estación hi- niveles de sedimentación.
drológica es el Datalogger, el cual maneja un al-
goritmo de programación capaz de interpretar
señales eléctricas y hacer cálculos matemáticos
para las diferentes variables. Ver Figura 8. Una de
las ventajas con relación al sistema anterior es el
almacenamiento de datos de forma local lo cual
permite seguir registrando datos en caso de que
se pierda la comunicación con la estación base.

Figura 10. Estación con sensores de nivel tipo radar.

Los sensores de nivel tipo radar han marcado un


paso importante incluso en el diseño de nuevas
Figura 9: Estación con datalogger, radio, modem y batería. estaciones hidrométricas porque estas ya no re-
quieren pozos de aquietamiento y los sensores
El Datalogger o cerebro principal de la estación pueden funcionar en canales abiertos instala-
está conectado a un modem que codifica la in- dos en pequeñas torres con brazos retractiles a
formación y mediante un radio de comunicación la orilla de los ríos. Las últimas estaciones ins-
envía los datos a través de las estaciones repeti- taladas en ISAGEN, especialmente en la central
doras hasta que lleva a la estación base recepto- Hidroeléctrica la Miel I han demandado bajos
ra en la Central Hidroeléctrica. La estación base costos porque las estructuras diseñadas para
está conectada a un servidor con un software cada sitio son fabricadas en el mismo centro pro-
que procesa la información entrante y controla ductivo incluso con materiales reutilizados. Es-
todas las estaciones que se encuentran conecta- tos nuevos conceptos de estaciones conservan
das en red. el principio de funcionamiento al tiempo que ga-
Una de las ventajas es la interfaz de visualización rantizan la calidad de la información y los costos
de datos entre otras funciones personalizables, son muy bajos.

49
GENERACIÓN

permite moldearse a las necesidades de los


usuarios las cuales varían de acuerdo con los
requerimientos de cada Central Hidroeléctri-
ca. Cuando el nuevo sistema de telemetría en la
Central Miel I entró en funcionamiento, solo se
recibían variables de nivel y precipitación pero en
el tiempo fue necesario integrar nuevos cálculos
para brindar información más completa para la
toma de decisiones.
Los desarrollos más importantes en la teleme-
tría radial están basados en programación e in-
tegración de nuevos equipos compatibles con
el sistema. Ahora pueden visualizarse mayor
número de variables como caudales, vertimien-
tos, volumen, energía almacenada, parámetros
de calidad de agua entre otras gracias a los cál-
culos matemáticos mediante ecuaciones ingre-
sadas en la programación de los equipos. Ver
Figura 12. También hay un mejor control desde
el punto de vista del mantenimiento preventivo
al momento de monitorear el estado de la red
Figura 11: Estación automática con sensor de radar
permitiendo visualizar el consumo de energía,
La nueva telemetría satelital estado de fuentes de alimentación, fallas de co-
Desde el año 2011 ISAGEN comenzó un proyecto municación entre otras.
de modernización de equipos de telemetría sa- Adicionalmente, el sistema está en capacidad de
telital después de más de 10 años de operación analizar varios sensores que miden una misma
del anterior sistema y visualizando la expansión variable e identificar cuál de ellos presenta fallos
y entrada en operación de nuevos centros pro- con base a unos criterios previamente estableci-
ductivos. El nuevo sistema funciona con el mis- dos. De forma automática el sistema puede ele-
mo principio pero la frecuencia de transmisión gir cual es el mejor sensor y mantenerlo como
es horaria. Ver Figura 11. Este sistema juega un principal o de forma remota el operador puede
papel muy importante en cuencas tan grandes hacer la selección manual para conmutar entre
que no pueden ser cubiertas en su totalidad por un sensor y otro.
telemetría radial como la de la Central Hidroeléc-
Otra avance logrado con el sistema radial es po-
trica Sogamoso.
der monitorear el estado del sistema de respaldo
(satelital) brindando información oportuna antes
de que una estación deje de funcionar permitien-
do actuar a tiempo, así mismo puede auto diag-
nosticarse y enviar alertas al operador encarga-
do de la red.

Figura 12: Estación satelital para medir nivel y precipitación.

Principales desarrollos en materia


de telemetría radial
Una de las principales ventajas con relación al
sistema de telemetría radial, es la forma en que Figura 13: Visualización de equipos en el sistema radial.

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REVISTA - CIER | Edición 64

El sistema de alertas temprana también es uno • Monitoreo y control de sistemas de alertas en


de los avances vinculados al sistema de teleme- zonas con riesgo de inundaciones.
tría radial permitiendo monitoreas los caudales
El desarrollo de estos procesos ha logrado una
de los ríos asociados al embalse y otros ríos no
sinergia entre ISAGEN y los contratistas y perso-
controlados que puedan afectar las comunidades
nal de la región que ISAGEN entrena y capacita
aguas abajo de las presas. Cuando los caudales
para prestar los servicios de mantenimiento de
superan ciertos valores previamente identifica-
estos equipos y estaciones y aún más importante,
dos, las estaciones alertan al operador quien pue-
la ejecución de labores de batimetrías, aforos de
de iniciar un protocolo de emergencias ante posi-
caudal y recopilación de datos en sitio. Finalmen-
bles inundaciones. te, y como conclusión remarcable de este artícu-
Finalmente, otro avance importante fue la integra- lo, es fundamental presentar como la fusión de la
ción para envío de mensajes de texto permitiendo hidrometría y la telemetría hacen que el sistema
la comunicación entre el operador y el personal de de toma, almacenamiento y transmisión de datos
campo en las estaciones que no tienen cobertura sea efectivo a las necesidades de ISAGEN.
de celular o radio para comunicación de voz. Ver ISAGEN seguirá a la vanguardia de la nueva tec-
Figura 13. nología con el fin de seguir mejorando la forma
en que se realizan mediciones hidrométricas y la
forma en que se llevan los datos a sus centros pro-
ductivos. Estas dos grandes dimensiones de la hi-
drometría y telemetría seguirán marcando la ruta
para que hidrología evolucione en un trabajo con-
junto y sensibilizado entre Contratistas, Proveedo-
res e ISAGEN. Las personas involucradas en este
trabajo seguirán siendo el motor que impulsa el
desarrollo de estas materias pues nada fuera po-
sible sin el esfuerzo y compromiso de grupos de
personas comprometidas que día a día aportan
un grano de arena con ingredientes específicos
Figura 14: Chat integrado al sistema radial. para el desarrollo de ISAGEN.
Cada centro productivo que llegue a su etapa
5.Conclusiones y Resultados de operación será más fácil de incorporar por la
misma experiencia alcanzada haciendo que todo
En el pasado era más difícil obtener información
de una cuenca hidrográfica para administrarla por fluya más rápido y eficientemente. Las Centrales
las limitaciones tecnológicas y las mediciones de Hidroeléctricas siempre necesitarán realizar una
caudal en cualquier corriente tenían alta incerti- buena gestión sobre el recurso hídrico para opti-
dumbre lo que significaba realizar más medicio- mizar su aprovechamiento y al mismo tiempo cui-
nes para mejorar la precisión. Tampoco se dispo- dar el medio ambiente y cumplir con las obligacio-
nía de datos en el momento requerido. Hoy en día nes legales. ISAGEN seguirá con su compromiso
ISAGEN es una empresa pionera a nivel nacional y disposición al cambio en función de seguir gene-
en la implementación de sistemas de hidrometría rando energía de la mejor calidad.
fusionados con sistemas de telemetría permitien-
do obtener beneficios como:

• Curvas de calibración confiables.


6.Reconocimientos
A los grupos de trabajo que dedican su tiempo a
• Series hidrológicas de buena calidad. las actividades de campo para que la información
• Información oportuna y de calidad para el llegue a los centros productivos de forma confia-
cumplimiento ambiental. ble y oportuna.
• Datos confiables de afluencias en tiempo real A los directivos de ISAGEN que han brindado la
para operar el negocio. atención necesaria para que la gestión hidrológica
• Información oportuna para el análisis de se- evolucione y se aplique el conocimiento a los nue-
guridad de presas. vos proyectos.

51
TRASMISIÓN

REVISTA - CIER Edición 64

Trabajo:
Optimización del costo del
mantenimiento basado en la
priorización de la impedancia de
puesta a tierra para mejora de la
confiabilidad Autor:
Ricardo M. Arias Velásquez - Ingeniero electricista
E-mail: rarias@rep.com.pe
Empresa:
Red de Energía del Perú S.A.
Cargo: Coordinador de Evaluación del Sistema de Transmisiónl

IntegraCIER - Congreso Iberoamericano de Energía


dumbre de éxito como el mejoramiento del sis-
1.El Introducción tema de puesta a tierra en zonas rocosas, volcá-
uso de técnicas para optimizar y priorizar el nicas ó de alta resistividad variable, nos obliga a
mantenimiento de las torres en líneas de trans- emplear técnicas de optimización que nos per-
misión, se ha venido perfeccionando con la uti- mita atender las torres más vulnerables e impac-
lización de diversas metodologías que permiten
tar positivamente y con alta probabilidad de éxito
capturar información de múltiples variables en
gran cantidad de sitios donde se hallan las torres para contra restar los efectos de las descargas
en el mantenimiento, generando una situación atmosféricas en locaciones de magnitud isoce-
crítica a lo largo de las líneas de transmisión; en raunico alto.
especial en aquellas que son vulnerables a las
descargas atmosféricas en sitios remotos. Las co-variaciones espaciales de las propieda-
El determinar la oportunidad del mantenimiento des del suelo (una de las variables más determi-
en actividades con alto impacto y baja incerti- nantes en lo que respecta a la resistividad de la

Página 52
REVISTA - CIER | Edición 64

superficie) y el índice de fallas, pueden evaluarse energía requieren para la mejora de la impedan-
a través del análisis de componentes principales cia del sistema de puesta a tierra, se logra con el
clásico (PCA). No obstante, el análisis factorial, presente proyecto, innovando con eficiencia los
también es utilizado para comparar resultados recursos generando oportunidad con alta pro-
entre los mismos con cálculos medibles y favora- babilidad de éxito empleando las 2 técnicas de
bles en sistemas. optimización estadística para la intervención del
mantenimiento.
El procedimiento empleado encuentra los pesos
o ponderaciones para cada variable con el fin de Los resultados del proyecto en una análisis de
construir combinaciones lineales de variables 1243 torres en 220kV en la Línea de Transmisión
capaces de maximizar la varianza entre los sitios SE Mantaro - Cotaruse - Socabaya, ha demostra-
de muestreo. Las combinaciones lineales obteni- do determinar el Plan de Mantenimiento Prioriza-
das (CPs) son ortogonales (independientes) y en do para las torres críticas, mostrando resultados
conjunto explican toda la variabilidad de los datos favorables al obtener los re cierres exitosos en
originales. los tramos intervenidos, mejorando el sistema de
protección y permitiendo planificar óptimamente
Se dividen los resultados de acuerdo a los com- el presupuesto con un Costo/Efectividad de 99.4
ponentes existentes en los sistemas de transmi- % permitiendo optimizar el presupuesto y desti-
sión, para nuestro caso para optimizar e impac- narlo a actividades complementarias o emplearlo
tar en la efectividad de la resistencia del sistema como utilidad al finalizar el periodo anual.
de puesta a tierra ante descargas atmosféricas,
la técnica factorial nos divide los datos en 2 com-
ponentes: La primera componente (CP1) expli-
ca la variación total en el conjunto de datos y la 2. Objetivos
segunda (CP2), la variabilidad remanente o no Este trabajo busca determinar el plan de man-
explicada por la CP1. La variabilidad construida tenimiento priorizado para las torres críticas de
para nuestro caso de análisis en la línea de trans- las Líneas de Transmisión, mediante la aplicación
misión 220kV SE Mantaro – Socabaya, a partir del Análisis de Componentes Principales PCA y
de la primera componente de ambas técnicas, Análisis Factorial (Factor) con puntos de medida
PCA y factorial, fue similar; y nos identificó una asociados al elemento a evaluar. De este modo,
segunda componente que determina el éxito de se prioriza la atención de torres y líneas con pro-
la implementación para mejorar la confiabilidad babilidad de falla ante descarga atmosférica para
del sistema, constituyendo una herramienta líneas en servicio, determinando los puntos críti-
importante para el mapeo de la variabilidad y la cos de las redes de energía y disminuir el impac-
identificación de zonas que pueden ser: homogé- to mejorando la confiabilidad y desempeño ante
neas, críticas o con características que influyen este evento.
de forma directa sobre las diferentes regiones,
ubicadas a lo largo de las líneas de transmisión.

Por tanto con el presente procedimiento se brin-


da un mayor agregado a la priorización del man-
tenimiento, logrando establecer los lineamien-
tos y pautas para propiciar el cumplimiento del
mantenimiento en el mínimo costo y con alta
probabilidad de éxito mejorando la confiabilidad
del diseño, optimizando plazos y realizando un
mantenimiento más efectivo, detallando direc-
tamente la necesidad del mantenimiento, con
esto se permite una mejor planificación y prevé
la atención ante una probable falla en el sistema
en un corto plazo.
Así mismo planificar óptimamente las inversio-
nes altas que las empresas de transmisión de Gráfico 1: Nivel Isoceraunico. Caso estudio (Fuente: REP.)

53
TRASMISIÓN

Iniciemos con la definición de Gestión, la cual


3.- Introducción nos sirve para dirigir las acciones que consti-
La determinación del mantenimiento para prio- tuyan la puesta en marcha concreta de la po-
rizar las torres a intervenir requiere del empleo lítica general de la empresa, tomar decisiones
de nuevas técnicas de análisis, entre las que orientadas a alcanzar los objetivos marcados,
se encuentran combinaciones de análisis geo por otra parte la Gestión del servicio es un
estadísticos y multivariados para capturar la conjunto de responsabilidades y de tareas que
naturaleza de la observación espacial multiva- deben ser satisfechas para que el servicio sea
riada (análisis factorial). realizado respetando las condiciones de cali-
dad, de plazo y de coste que se desprenden de
los objetivos y de las estrategias de la empresa.
En términos generales, se puede decir que la
planificación empleando técnicas de optimiza-
ción en el control debe servir de guía para alcan-
zar eficazmente los objetivos planteados con el
mejor uso de los recursos disponibles (técnicos,
humanos, financieros, etc.). Por ello podemos
definir el control de gestión como un proceso
de retroalimentación de información de uso efi-
ciente de los recursos disponibles de una em-
presa para lograr los objetivos planteados.
Gráfico 2: Documento de medición en colillas de Puesta a tierra (Fuente: REP.)
Los condicionantes de la planificación basada
En este trabajo se aplicaron un método, men-
en la optimización para el control de gestión en
cionado líneas arriba, para analizar datos es-
el mantenimiento:
paciales multivariados en una base de datos
derivada del uso de telurómetros (medición del - El primer condicionante es el entorno. Puede
sistema de puesta a tierra, resistividad del te- ser un entorno estable o dinámico, variable cí-
rreno) de precisión, y registros de falla para de- clicamente o completamente atípico. La adap-
terminar tasas de falla por sector. Estas varia- tación al entorno cambiante puede ser la clave
bles como tipo de terreno y fallas en el sistema del desarrollo de la empresa. Los objetivos de
impactan altamente en la priorización de aten- la empresa también condicionan el sistema de
ción para evitar una posible falla funcional; por control de gestión, según sean de rentabilidad,
de crecimiento, sociales y medioambientales,
tanto al detectarse y evaluarse cada compo-
etc.
nente del problema principal se logra verificar
las torres a atender para un mejoramiento y las - La estructura de la organización, según sea
otras que podrán realizarse con mayor holgura funcional o divisional, implica establecer varia-
al no ser un factor de falla en el sistema. bles distintas, y por ende objetivos y sistemas
de control también distintos.

- El tamaño de la empresa está directamente


relacionado con la centralización. En la medida
que el volumen aumenta es necesaria la des-
centralización, pues hay más cantidad de infor-
mación y complejidad creciente en la toma de
decisiones.

- Por último, la cultura de la empresa, en el sen-


tido de las relaciones humanas en la organiza-
ción, es un factor determinante del control de
gestión, sin olvidar el sistema de incentivos y
Gráfico 3: Documento de medición puesta a tierra (Fuente: REP.) motivación del personal.

Página 54
REVISTA - CIER | Ediciónn 64

4.- Metodología
4.1.- Datos
Se trabajó con los resultados obtenidos de las
mediciones del sistema de puesta a tierra de la
interconexión eléctrica Mantaro – Cotaruse –
Socabaya.
Se tomaron un total de 1243 torres, siendo 32 ob-
servadas por superar el límite máximo permisible
de resistencia de puesta a tierra para programar
su intervención en mantenimiento.
Gráfico 4: Estrategia piramidal en la optimización del tiempo requerido
para evaluar condición de equipos (Fuente: REP.) Las mediciones fueron realizadas por telurome-
tro de alta precisión +/- 0.001 del valor de resis-
Para la aplicación emplearemos la Técnica esta-
tencia y resistividad del terreno; así mismo las
dística multivariante cuyo principal propósito de
torres fueron ubicadas mediante coordenadas
sintetizar relaciones reservadas entre un conjun-
WGS 84, y se considera para el estudio las altu-
to de variables como una ayuda a la construcción
ras sobre el nivel del mar de cada una de ellas.
de nuevos conceptos y teorías para ello utiliza un
conjunto de variables aleatorias inobservables
que llamaremos factores comunes de forma que
toda la covarianza y correlaciones son explicadas
por dichos factores y cualquier porción de la va-
rianza no explicada por los factores comunes se
asigna a términos de error residuales que llama-
remos factores únicos o específicos, el análisis
factoría puede ser exploratorio o confirmatorio:
El exploratorio caracteriza porque no se conoce
a priori el número de factores y es en la aplicación
empírica donde se determina este número, por el
contrario el confirmatorio los factores están fija- Gráfico 5: Telurómetro empleados (Fuente: Medición del sistema de PAT
2013, LT Mantaro – Socabaya)
dos a priori utilizando los contrastes de hipótesis
para su comprobación. El historial de desconexión de la línea de trans-
misión desde el 2004 al 2013 fue considerando
Finalmente la verificación la realizamos con el
dentro del análisis para determinar las fallas en
método de Análisis de componentes principales, el sistema interconectado; dentro del historial
la cual encuentra los pesos o ponderaciones para se determinan registro de desconexión por des-
cada variable con el fin de construir combinacio- cargas atmosféricas y otras fallas resultado del
nes lineales de variables capaces de maximizar la viento y/u otra condición atmosférica; siendo de
varianza entre los sitios de muestreo. mayor implicancia las primeras fallas.
Los resultados del proyecto en una análisis de
1243 torres en 220kV en la Línea de Transmisión
SE Mantaro – Cotaruse – Socabaya, ha demos-
trado determinar el Plan de Mantenimiento Prio-
rizado para las torres críticas, mostrando resulta-
dos favorables al obtener los re cierres exitosos en
los tramos intervenidos, mejorando el sistema de
protección y permitiendo planificar óptimamente
el presupuesto con un Costo/Efectividad de 99.4
% permitiendo optimizar el presupuesto y desti-
narlo a actividades complementarias o emplearlo Gráfico 6: Evolución de la priorización de actividades del mantenimiento
como utilidad al finalizar el periodo anual. (Fuente: REP.)

55
TRASMISIÓN

originales. La primera componente (CP1) ex-


plica la mayor parte de la variación total en el
conjunto de datos y la segunda (CP2), la mayor
parte de la variabilidad remanente o no explica-
da por la CP1.

Gráfica 7: Característica de las amplitudes de la corriente de rayo a


4300msnm a lo largo de la Línea Consorcio Transmantaro (Fuente: Elabo-
ración propia (Popolanski, Perú Foust e IEEE))

4.2.- Análisis de la metodología


El registro historial por torre de la morfología del
terreno nos permite la clasificación de 7 tipos de
suelo durante toda la línea de transmisión.

Los datos fueron sometidos a procedimientos


de depuración para eliminar valores con alto
error de medición. En esta instancia se incluye-
ron los datos que se encontraban entre la me-
dia ± 4 desvíos estándares. Debido a las dife-
rentes resoluciones espaciales de las variables Gráfica N° 08-a: Base de Datos correspondiente a las Torres Críticas para
la Atención de Mantenimiento, a lo largo de la LÍNEAS DE TRANSMISIÓN
medidas, se promediaron los datos de la resis- EN 220kV L2052/L2051 (Fuente: Elaboración propia)
tividad del terreno; que se encontraban dentro
de un radio de 8 m desde cada torre de trans- En la calificación de las fallas presentadas en la lí-
misión donde se había registrado la variable de nea de transmisión se aprecian en la figura 08-b:
Resistencia del sistema de puesta a tierra. Se
asignaron las medias de estas variables a cada
uno de los sitios de medición de Resistencia del
sistema de puesta a tierra. Este procedimien-
to se realizó utilizando los software SPSS (21)
e STATISTICs (7). La base de datos resultante
estuvo conformada por n = 32 sitios (filas) y p
= 6 variables (columnas).
Gráfica 8-b: Historial de las fallas en el sistema (Fuente: REP.)
4.3.-Procedimiento de análisis
4.3.1.- Análisis de componentes principales En base al test T-Student, aplicado únicamente
Encuentra los pesos o ponderaciones para a los eventos marcados en amarillos, la dife-
cada variable con el fin de construir combina- rencia entre los valores promedios de los dos
ciones lineales de variables capaces de maxi- periodos es superior a lo esperado por el 90%
mizar la varianza entre los sitios de muestreo. de las fluctuaciones casuales. Se puede por lo
Las combinaciones lineales obtenidas (CPs) tanto considerar estadísticamente significativa
son ortogonales (independientes) y en con- la reducción de la tasa de falla monofásica en el
junto explican toda la variabilidad de los datos segundo periodo respecto al primero.

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REVISTA - CIER | Ediciónn 64

Es correcto relacionar dicha reducción a los efec- tre un conjunto de variables como una ayuda a la
tos de las medidas adoptadas para mejorar la construcción de nuevos conceptos y teorías para
confiabilidad de las líneas. La mejora en lo que se ello utiliza un conjunto de variables aleatorias in-
refiere a las fallas polifásicas es estadísticamente observables que llamaremos factores comunes
significativa con confianza 85%, valor ligeramen- de forma que toda la covarianza y correlaciones
te menor a cuanto normalmente aceptado usual- son explicadas por dichos factores y cualquier
mente (90% o 95% ). porción de la varianza no explicada por los facto-
En conclusión, la mejora para fallas monofásicas, res comunes se asigna a términos de error resi-
tanto en una terna como en ambas, es del 46%. duales que llamaremos factores únicos o especí-
Para las fallas polifásicas es igual al 28%. La me- ficos, el análisis factoría puede ser exploratorio ó
jora de la tasa global es del 43%. confirmatorio: El exploratorio caracteriza porque
De otro lado dicho documento expresa la exigen- no se conoce a priori el número de factores y es
cia de evaluar acciones correctivas a realizarse en la aplicación empírica donde se determina
tras examinar los resultados de la operación. este número, por el contrario el confirmatorio los
La figura N° 09, 10 y 11 se indica como ejemplo el factores están fijados a priori utilizando los con-
4.4% delas torres (aquellas con valor de resistencia trastes de hipótesis para su comprobación.
de puesta a tierra mayor o igual a 100 Ohm) contri-
buye al 26,7% de las fallas. Considerando las fallas
múltiples este porcentaje alcanza casi el 50%.
5. Resultados
Se ha establecido un procedimiento de prioriza-
ción corroborada por dos técnicas ampliamente
empleadas, en base de las fuentes de datos ex-
ternas, la carga en el modelo y la emisión de un
reporte de fácil atención e implementación.

Gráfica 10: Tipo de fallas en el sistema en función de la resistencia


(Fuente: REP)

En la siguiente gráfica se muestra las contribu-


ciones indicadas en la tabla para valores de re- Gráfica 12-a: Proceso de optimización para la priorización (Fuente:
sistencia superiores al valor en el eje x. elaboración propia)

4.3.2.- Análisis Factorial Finalmente la metodología una calificación par-


Técnica estadística multivariante cuyo principal cial y en función de las funciones objetivo, res-
propósito de sintetizar relaciones reservadas en- tricciones agrupará aspectos de calificación
Gráfica 9: Estacionalidad y dependencia (Fuente: REP.)

57
TRASMISIÓN

Gráfica 11: Frecuencia de fallas en el sistema calificado por la resistencia (Fuente: REP)

en base a algoritmos para determinar el tiem-


po apropiado de intervención y eficiencia en la
toma de decisión.

Gráfica 12-b: Proceso calificación para la priorización (Fuente: elabora- Gráfica 15: Gráfico de Correlaciones (FUENTE: Simulación en STATISTICA
ción propia) 7)

En la Matriz de Correlaciones obtenida, pue- Basándonos en el ángulo que forman los vec-
de observarse que hay una mayor correla- tores de la gráfica anterior vemos la alta corre-
ción entre la resistencia (2002 y 2013) y la
lación entre los elementos de cada componen-
resistividad, además la altitud, también es un
te del análisis factorial, siendo el componente
parámetro a considerar. Por otro lado el nú-
1 resistencia 2002, resistencia 2013, resistivi-
mero de fallas y la dureza, no son parámetros
dad del terreno y altura sobre el nivel del mar,
que presenten alta correlación para lo que
en relación directa; la componente 2 está de-
queremos (optimización del mantenimien-
to para las líneas de transmisión respecto a terminado por las fallas y la dureza del terreno
la prioridad, para mejora de la confiabilidad también en proporción directa.
ante descargas atmosféricas) por lo que el
modelo de simulación se verá mejor explica-
do por los parámetros realmente representa-
tivos.

Obtenidos en la gráfica N° 013 nos indican que


los valores tienen correlación y son válidos, se
puede comprobar por el valor que presenta la
determinante, adicionalmente se puede veri-
ficar los componentes del análisis factorial de
acuerdo a la gráfica N° 14 que se presenta a
continuación: Gráfica 16: Gráfico de Correlaciones (FUENTE: Simulación en SPSS)

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REVISTA - CIER | Ediciónn 64

Gráfica 13: Matriz de Correlaciones Obtenida en el SPSS a partir de la base de datos del Reporte Mensual del Índice de fallas – REP (FUENTE: Simulación
en el SPSS)
Finalmente comprobando que el problema de
las descargas atmosféricas en la línea de trans-
misión tiene como componentes la falla dureza
y la resistividad

Gráfico 17: Componentes extraídos FUENTE: Simulación en SPSS)

En la gráfica N° 17 (cuadro de sedimentación)


se aprecia que la selección de 2 componentes
es adecuada, pues a partir de la tercera com-
ponente no se tiene pendiente mayor a 45°. Así
mismo estos valores se pueden observar en la
matriz de componentes de la izquierda basán-
donos en sus porcentajes. Cabe resaltar que
para determinar el número de componentes Gráfica 18: Gráfico de Estrellas de priorización del mantenimiento (FUEN-
nos basamos en la metodología de la media de TE: Simulación en STATISTICA 7)
las varianzas mayores a uno. Con el gráfico anterior se puede determinar las
torres a intervenir con alta probabilidad de falla
Gráfica 14: Matriz de Varianza Total Explicada Obtenida en el SPSS a partir de la base de datos del Reporte Mensual del Índice de fallas – REP (FUENTE: Simulación en el SPSS)

59
TRASMISIÓN

en el sistema eléctrico, las cuales deben estar limitación de zonas homogéneas en sentido
priorizadas para una intervención en un corto multivariado que podría ser utilizado en el ma-
plazo, lo cual evitará una falla funcional del sis- peo de la variabilidad conjunta de variables de
tema. suelo y descargas atmosféricas y sistemas que
eviten una posible falla.

6. Discusión
La determinación del mantenimiento para prio- 7. Conclusiones y recomendaciones
rizar las torres a intervenir requiere del empleo Se observó la reducción de los eventos que im-
de nuevas técnicas de análisis, entre las que plican la perdida completa de la interconexión:
se encuentran combinaciones de análisis geo 11.6%, 28.2% y 51.6% por limitación del valor
estadísticos y multivariados para capturar la de resistencia respectivamente a 200, 100 y
naturaleza de la observación espacial multiva- 50 Ohm.
riada (análisis factorial). La medida de la limitación de la resistencia de
puesta a tierra de las torres es potencialmente
En este trabajo se aplicaron un método, men-
eficaz. Para lograr beneficios importantes se
cionado líneas arriba, para analizar datos es-
debería limitar las resistencias a 200 Ohm. No
paciales multivariados en una base de datos
parecería realista pensar que eso se pueda lo-
derivada del uso de telurómetros , y como mo-
grar con la simple medida de añadir contrape-
nitores de la tasa de falla por sector se tuvo
sos. El aumento en longitud de los contrapesos
registros. Estas variables del tipo de terre-
no y fallas en el sistema impactan altamente existentes es poco eficaz en cuanto aumenta la
en la priorización de atención para evitar una inductancia. El aumento del número de los con-
posible falla funcional; por tanto al detectarse trapesos es poco eficiente en cuanto aumenta
y evaluarse cada componente del problema la mutua resistencia entre los contrapesos.
principal se logra verificar las torres a atender
para un mejoramiento y las otras que podrán En conclusión, la reducción de la resistencia
realizarse con mayor holgura al no ser un fac- de puesta a tierra de las torres probablemen-
tor de falla en el sistema. te puede aportar beneficios solamente en una
medida parcial o en medida parcial con respec-
Con estos ajustes espaciales se detectó la to a cuanto indicado. Por lo tanto dicha medida
covariancia entre Resistencia del sistema de no debe aplicarse en forma extensiva sino en
puesta a tierra 2002 y 2013; así mismo la resis- todos aquellos casos donde las condiciones lo-
tividad del terreno, altura. Desde un punto de cales que permita una mejora optima que miti-
vista eléctrico se supone que es más probable gue el impacto por confiabilidad.
que ambas variables (resistencia del terreno y En términos económicos nuestro caso modelo
dureza) estén correlacionadas a que no lo es- permite optimizar el presupuesto en una rela-
tén. Se trata de una clasificación geológica que ción Beneficio/costo de 1.515, con un VAN USD
presenta características asociadas de una mis- 315,685.26 a una COK de 6.25%; siendo una
ma variable pero en un mismo sitio. Otros auto- importante solución en el sistema.
res han mostrado que estas variables pueden
estar correlacionadas. Finalmente los principales resultados:
Los resultados observados en la presente -Con el presente procedimiento se brinda un
aplicación sostienen que la altura influye en la mayor agregado a la priorización del manteni-
resistencia del terreno y resistividad, pero las miento, logrando establecer los lineamientos y
fallas dependen de condiciones en la vecindad pautas para generar el cumplimiento con el fin
del terreno, no necesariamente en el sitio de la de cumplir con la confiabilidad de diseño opti-
torre, lo cual provocaría una mayor incidencia mizando plazos y realizando un mantenimiento
de descargas atmosféricas. más efectivo, detallando directamente la nece-
El método de análisis factorial constituye una sidad del mantenimiento, con esto se permite
herramienta estadística promisoria para la de- una mejor planificación y prevé la atención ante

Página 60
REVISTA - CIER | Ediciónn 64

Gráfica 19: Beneficios por calificación.

una probable falla en el sistema en un corto pe- [4] Registro de fallas sistema CTM L2051/
riodo. L2052, 2004-2013. 2013.
- Se ha logrado determinar el Plan de Manteni- [5] ANSI/IEEE 81-1983, Guide for measuring
miento Priorizado para las torres críticas de las earth resistivity, ground impedance, and ear-
Líneas de Transmisión en 220 KV SE Mantaro th surface potentials of a ground system.
- SE Cotaruse, mediante la aplicación del Análi- 1984.
sis Mediante el análisis de resultados obtenidos [6] ANSI/IEEE std. 81.2-1991, Guide for mea-
de las técnicas en Mención. surement of impedance and safety characte-
ristics of large, extended or interconnected
- Al priorizar la atención de torres y líneas en
falla para los puntos críticos de las redes de grounding system. 1991
energía, se ha disminuido el impacto de las [7] UNE 21 185, Protección de las estructuras
mismas no solo para el caso en mención, sino contra el rayo y principios generales, julio
también a nivel del Sistema Interconectado 1995.
Nacional.

- Se ha verificado la interrelación de las fallas


con el tipo de terreno y las relaciones de re-
sistividad del terreno, sistema de puesta a tie-
rra, con lo cual se mejorará el desempeño de
la aplicación para una mejor protección ante
descargas atmosféricas.

- Como recomendación debe tenerse en cuen-


ta que las conforme a los resultados obteni-
dos, las fallas deben atenderse inmediata-
mente para que se vea reflejada la efectividad
del diagnóstico.

Referencias
[1] Lic. Nel Quezada L. Técnicas de optimiza-
ción [Compendio], Arequipa - Perú 2013.
[2] Lic. Nel Quezada L. Estadística con SPSS
20 [Editorial Macro] Lima – Perú, Enero 2012.
[3] Informe registro medición puesta a tierra,
CTM L2051/L2052, mayo 2013.

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domingo, 22 de febrero de 2015 10:55:03 p.m.

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