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Introdução

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Concentração Por
Gravidade

 A concentração visa a separar partículas de


diferentes teores de certas substâncias, como por
exemplo, algum composto de um metal em um
minério previamente preparado por cominuição
e peneiramento.
 Para separar partículas por gravidade é
necessário que tenham densidades diferentes, ou
seja, sejam constituídas por fases diferentes e
que essas fases tenham densidades diferentes.

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Concentração Por
Gravidade

 É usada principalmente no tratamento de


minérios de metais pesados ou muito leves.
 Como no peneiramento, a eficiência é baixa
quando o tamanho das partículas é menor
que 0,1 mm, devido ao outros efeitos.
 A forma mais comum de separação por
gravidade é a que se faz com meio denso, com
densidade com valor entre as duas frações a
separar.

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Concentração Por
Gravidade

 Esse método pode ser chamado afunda-ou-bóia.


 O meio denso pode ser uma poupa preparada
com uma mistura de partículas muito mais finas
que aquelas a separar.
 Essas partículas são recuperados no fim do
processos por processos que serão vistos mais
tarde.
 Em laboratório são usados líquidos orgânicos,
como o tetra-bromo-etano, que são muito caros
para aplicações industriais.

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Concentração Por
Gravidade
 Rampas espirais de separação por gravidade de minério.

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Concentração Magnética

 A concentração magnética pode ser usada quando um


dos minerais presentes no minério tem é magnético.
 Um exemplo clássico é o de minérios magnetíticos, ou
seja, que contém Fe3O4, óxido magnético de ferro.
 Nesses tipos de minério pode-se obter concentrados
com 70% de ferro a partir de minérios com 30 %.
Existem duas categorias de separação
definidas como:
Diamagnético que são repelidos por
um campo magnético,
Paramagnéticos que são atraídos
por um campo magnético.
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Concentração Magnética

 Pode ser usada também para separar metais de


fases minerais como no caso aproveitamento de
ferro ou aço de escorias siderúrgicas.
 Alguns minerais são paramagnéticos, ou seja, são
atraídos apenas fracamente por magnetos.
 Entre esses está a hematita, mineral de ferro, e
da ilmenita, mineral de titânio.
 Nesses casos magnetos mais potentes devem ser
usados.

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Concentração Magnética
 A seco, a concentração
magnética é aplicada a grãos
mais grosseiros, de 6 a 150
mm.
 Para grãos menores, até a
escala de microns, emprega-se
meio aquoso.
 O processo é um dos de
operação mais barata.

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Concentração Eletrostática

 Na concentração eletrostática explora-se a diferença de


condutividade elétrica entre os minerais.
 O processo opera sempre em material seco que é
alimentado em uma fina camada sobre a superfície de
um cilindro metálico que gira em torno do seu eixo
longitudinal que se mantém horizontal.
 O cilindro pode estar eletricamente carregado ou
ligado a terra em frente a um eletrodo, fora do fluxo de
material.
 Nos dois casos as partículas ficarão eletrostaticamente
carregadas, opostamente ao cilindro e aderidas a ele.

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Concentração Eletrostática

 As partículas condutoras perdem a carga rapidamente


e se desprendem do cilindro enquanto as não
condutoras permanecerão aderidas ao cilindro até que
removidas com uma escova, caindo em um container
diferente do das primeiras.
 Aplica-se a grãos entre 1 e 0,1 mm, ou seja, uma faixa
bastante estreita.
 Como a camada a ser depositada sobre o cilindro deve
ser fina, a produtividade do processo é baixa.
 Uma aplicação comum é na extração de ilmenita e de
rutilo de areia de praia.

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Concentração Eletrostática

 Separador Eletrostático:

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Concentração por Flotação

 A concentração por flotação, ou flutuação, se baseia na


diferença que a superfície dos minerais tem em relação
à atração pela água, ou a sua molhabilidade.
 Se a energia interfacial sólido-água de um mineral é
maior que a sólido-ar, esse mineral é dito hidrófobo
(tem medo de água).
 Se ocorrer o contrário o mineral é hidrófilo (amigo da
água).
 Se bolhas de ar forem produzidas dentro de uma polpa
ou suspensão contendo partículas hidrófobas, essas
tenderão a se associar às bolhas, e poderão subir à
superfície.
 As partículas hidrófilas permanecerão na suspensão.
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Concentração por Flotação

 No processo, algumas substâncias são


adicionadas à polpa para aumentar a eficiência
do processo.
 Para que as bolhas produzidas no fundo das
células de flotação não se desfaçam na superfície,
causando a volta da partícula à suspensão são
adicionados os tenso-ativos.
 Esses vão causar a formação de uma espuma na
superfície da suspensão que reterá as partículas
hidrófobas.
 Um exemplo é o óleo de pinho.

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Concentração por Flotação

 A maioria dos minerais é hidrófilo, mas pode


se tornar hidrófobo pela adição de coletores,
que são adsorvidos na superfície de alguns
minerais.
 Usa-se ácidos graxos para óxidos, hidróxidos e
carbonatos, e aminas para silicatos.
 Ativadores são substâncias que aumentam a
afinidade dos minerais com os coletores e os
depressores provocam o efeito contrário.
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Concentração por Flotação

 A engenharia do processo consiste em identificar


a combinação desses cinco aditivos para o melhor
desempenho, buscando a flutuação de apenas
um dos minerais.
 Pode ocorrer o caso em que o que flutua seja o
mais denso, já que a propriedade predominante é
a molhabilidade.
 Normalmente o indesejável é o que flutua, mas
pode acontecer o contrário.
 Este último caso chama-se flotação, ou flutuação,
inversa.

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Concentração por Flotação

 Princípios Básicos da Flotação:


• Colisão e adesão (“attachment”)
seletiva de partículas a bolhas de ar
(flotação “real” –“true flotation”);
• Resistência ao cisalhamento e
transferência de partículas à zona de
espuma;
• Resistência da unidade bolha-
partícula na espuma e transferência
ao concentrado.
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Concentração por Flotação

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Flotação por Ar Dissolvido
(DAF)

 Em sistemas DAF, o ar é dissolvido na água


residual sob pressão de várias atmosferas,
seguido por descompressão para a pressão
atmosférica.
 Estes tipos de sistema têm sido usados
principalmente no tratamento de efluentes
industriais e na concentração de lodos.

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Flotação por Ar

 Em sistemas de flotação por ar, as bolhas de ar


são formadas pela introdução da fase gasosa
diretamente na fase líquida através de um
propulsor ou difusores.
 A aeração sozinha por um curto período não é
efetiva na flotação de sólidos.
 A provisão de tanques de aeração para
flotação de graxas e outros sólidos do efluente
líquido normalmente não é garantido.

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Flotação à Vácuo

 A flotação a vácuo consiste na saturação do


efluente com ar tanto diretamente em um tanque
de aeração, como permitindo que ar entre na
sucção da bomba de efluente.
 Um vácuo parcial é aplicado, que provoca a
liberação do ar dissolvido como bolhas
minúsculas.
 As bolhas e as partículas sólidas ligadas sobem
para a superfície para formar uma espuma, que é
removida por um mecanismo de “raspagem”.

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Classificação Gravimétrica

 Classificação gravimétrica significa separação de


partículas pela diferença de limite de deposição
em um meio fluido, com ar, água ou outro.
 Essa diferença deriva de diferença de tamanho e
de densidade.
 Foi visto que o peneiramento é uma forma de
separar partículas de diferentes tamanhos.
 Entretanto o peneiramento tem limitações que
crescem a medida que o tamanho de partícula
diminui.

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Classificação Gravimétrica

 A velocidade de deposição, ou seja, a maior


velocidade do meio em que uma partícula não é
arrastada por um fluido em movimento em
regime lamelar é derivada da lei de Stokes e em
regime turbulento pela lei de Newton.
 Ambas as leis relacionam a velocidade de
deposição diretamente proporcional ao tamanho
da partícula sólida e a diferença de densidade
entre esta e o fluido, e inversamente
proporcional a viscosidade do mesmo.

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Classificação Gravimétrica

 Vê-se que, para separar partículas de mesmo material,


a razão entre as velocidades de deposição será de (d1
/d2 )² em regime lamelar e (d1 /d2)¹/² em regime
turbulento.
 Como era de se esperar a separação é mais fácil em
regime lamelar.
 A velocidade do fluido deve ser ajustada para que
apenas uma das frações se deposite.

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Sedimentação

 A sedimentação é um processo de separação de


misturas heterogêneas, aquelas que apresentam mais
de uma fase (por exemplo, água misturada com areia).
 Ela consiste em deixar a gravidade atrair para o fundo
do recipiente a substância mais pesada, e as mais leve
vão ficando na parte de cima.
 Quando as partículas das substâncias são muito
pequenas, vão demorar muito para se sedimentar.
 Para acelerar o processo, foi criada a centrífuga, onde
coloca-se as substâncias dentro do equipamento, que
vai girar em altas rotações, fazendo a parte mais densa
se acumular no fundo
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Classificadores

 Os classificadores podem ser divididos em


vários grupos dependendo do mecanismo, do
fluido utilizado, etc:
• À úmido ou à ar,
• Mecânico ou não mecânico,
• Por gravidade ou centrífugo,
• Horizontais ou verticais

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Classificadores

 Os classificadores consistem essencialmente


de uma coluna de separação, na qual o fluido,
seja líquido ou gasoso, está ascendendo a uma
velocidade uniforme.
 As partículas introduzidas na coluna de
separação sobem ou descem dependendo das
suas velocidades terminais.

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Classificadores

 Assim, são obtidos


dois produtos:
• um overflow
consistindo de
partículas com
velocidade terminal
menor que a
velocidade do fluido e
• um underflow de
partículas com
velocidade terminal
maior do que a
velocidade do fluido.

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Classificadores Horizontais

 Os classificadores horizontais são


essencialmente do tipo sedimentação em
"queda livre" e têm acentuada utilização
quando se pretende uma separação apenas
por tamanho.
 Estes classificadores são divididos em:
• cones de sedimentação,
• classificadores mecânicos e
• classificadores espirais.

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Cones de Sedimentação

 Este tipo de classificador é o mais simples, sendo


utilizado praticamente na separação de sólidos e
líquidos, ou seja, como unidades desaguadoras
em operações de pequena escala.
 É usado também na deslamagem de minérios.
 Geralmente são construídos em concreto ou aço,
tendo um coletor de produtos grossos no fundo e
um lavador no topo para que as partículas
ultrafinas não sejam arrastadas.

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Cones de Sedimentação

 O tipo mais comum é o de


cone duplo, que consiste
de um cone externo fixo e
um cone interno
concêntrico e regulável.
 Entre os dois cones existe
um espaço por onde a
água sobe sob pressão,
transbordando pelas
canaletas laterais
colocadas na periferia do
cone externo.

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Classificadores Mecânicos

 Os classificadores mecânicos têm seu uso


difundido em operações de circuito fechado
de moagem e na classificação de produtos de
usinas de lavagem de minérios.
 Vários autores consideram os classificadores
espirais como classificadores mecânicos.
 Na classificação mecânica distinguem-se dois
tipos de classificadores:
• de arraste e
• de rastelo.
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Classificadores Mecânicos

 Eles se apresentam em geral na forma de


tanques retangulares ou de bacias, tendo
idêntico princípio de funcionamento.
 A diferença entre eles está na maneira do
underflow ser retirado do classificador,
podendo ser por um transportador de arraste
ou por uma série de rastelos.

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Classificadores Mecânicos

 Classificador de arraste:

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Classificadores Mecânicos

 Classificador de rastelo:

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Classificadores Mecânicos

 A polpa é alimentada dentro de uma calha


inclinada e sedimenta no tanque.
 As partículas com altas velocidades de queda
se dirigem para o fundo do tanque (material
grosso pesado), enquanto que as partículas
mais leves se mantêm na superfície sendo
escoadas como um overflow.

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Classificadores Mecânicos

 Uma característica operacional dos


classificadores mecânicos é que eles permitem
obter uma faixa de separação bem definida,
desde que alimentados com uma polpa diluida, o
que acarreta um overflow com baixa
percentagem de sólidos.
 Será necessária a introdução de uma etapa de
espessamento, antes que a concentração se
realize.
 Isso pode vir a constituir uma desvantagem da
utilização desse tipo de equipamento.
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Classificadores em Espiral

 Os classificadores espirais são os mais utilizados em


instalações de pequena capacidade, estando o seu campo
de aplicação restrito a uma faixa granulométrica entre
0,833 a 0,074 mm.
 Sua utilização em instalações de grande porte perde para
os hidrociclones, devido a maior capacidade e versatilidade
destes.
 Os classificadores espirais consistem de uma calha onde
dentro encontra-se um eixo envolvido por uma ou mais
hélices, as quais, girando, mantêm a polpa em suspensão.
 Estas hélices, têm a função de remover o material
sedimentado do fundo da calha.
 O conjunto como um todo apresenta vários níveis de
inclinação, sendo esta uma variável de processo.
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Classificadores em Espiral

 Apresenta, em relação ao classificador de rastelos, a


vantagem de remover o material de maneira mais
eficiente, devido ao declive mais íngreme, evitando
assim o retorno do material.
 O classificador em espiral é normalmente caracterizado
pelo diâmetro da espiral.
 A alimentação é feita abaixo do nível de polpa e o
material mais pesado afunda e é transportado pelas
hélices ao longo do declive, sendo finalmente
descarregado na parte superior através de uma
abertura na base da calha, acima do nível de água.
 O material mais fino transborda pela parte inferior da
calha.
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Classificadores em Espiral

 As condições operacionais são definidas pela:


• velocidade de revolvimento ou arraste;
• altura da calha e inclinação da calha;
• diluição da polpa.

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Classificadores em Espiral
 Para se obter uma classificação mais fina, a velocidade de
revolvimento ou arraste deve ser pequena e a inclinação da calha a
menor possível, pois com isso se obtém um tanque de
sedimentação com maior volume, o que permite um tempo de
sedimentação maior.
 Para classificação mais grossa, o procedimento é oposto ao acima
citado.
 O parâmetro mais importante é a diluição da polpa.
 Quando se opera em circuitos fechados com moinhos de bolas, os
produtos de moagem dificilmente apresentam menos de 65% em
peso de sólidos, enquanto que os classificadores espirais não
operam com mais de 50%.
 Nesse caso a água necessária para diluição da polpa é adicionada
no lavador da alimentação.
 O aumento na diluição reduz a densidade do transbordo aumenta a
sedimentação em "queda livre".

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Classificadores Verticais
 Ao contrário dos horizontais, os classificadores
verticais levam em conta o efeito da densidade
das partículas e são usualmente utilizados em
regime de sedimentação impedida.
 Atualmente, há uma substituição significativa
desse tipo de classificador pelos hidrociclones, na
maioria das aplicações.
 O princípio de operação do classificador vertical
baseia-se na injeção de água à polpa de
alimentação, com o fluxo de água em sentido
oposto ao das partículas sedimentadas.

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Classificadores Verticais
 Estes equipamentos consistem normalmente de
uma série de colunas nas quais partículas em
contra-corrente com a água sedimentam-se de
acordo com suas densidades.
 A sedimentação seletiva ocorre devido a um
controle da velocidade das correntes ascendentes
de água, que decresce da primeira até a última
coluna de classificação.
 As partículas mais grossas e mais densas irão se
depositar na primeira coluna e as finas na última
coluna, enquanto as lamas são obtidas por
transbordo.
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Classificadores Verticais

 A geometria do equipamento varia


sucessivamente, devido não só à quantidade de
água a ser manipulada incluir a água usada para
as classificações anteriores, mas também porque
é necessário que se reduza a velocidade
superficial do fluido que transborda entre as
colunas.

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Ciclones

 Ciclones são classificadores compactos que


operam em meios gasosos ou líquidos.
 A polpa é injetada a certa velocidade
tangencialmente do lado maior de recipiente
cônico.
 O cone tem eixo vertical e o raio maior fica acima
do menor.
 Há uma abertura livre no disco superior e uma
abertura controlada no vértice inferior.
 O fluido é forçado a seguir uma trajetória
helicoidal.

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Ciclones

 Cada partícula dentro do ciclone é sujeita a uma força


centrifuga que depende do fluido, do raio e de suas
dimensões.
 As partículas maiores tendem para a periferia e são
forçadas par baixo enquanto as menores tendem para o
vórtex central e saem pela abertura superior.
 Para cada aplicação o ciclone deve ser dimensionado assim
como as condições de pressão e velocidade do fluido.
 No ciclone a força gravitacional é substituída pela força
centrífuga, v²/r ou w²r, em que v é a velocidade tangencial
e w a velocidade angular do meio.
 Portanto as principais parâmetros no ciclone são o raio e a
vazão, que vai determinar as velocidades v e w.

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Hidrociclones

 Os hidrociclones são variações de ciclones que operam


em meio líquido.
 Têm a sua maior aplicação em circuitos fechados de
moagem, diferindo desses últimos pela maior
capacidade.
 O princípio básico de separação empregado nos
hodrociclones é a mesma dos ciclones por
sedimentação centrífuga.
 O desempenho desses é influenciado por suas
dimensões, pelas variáveis operacionais e pelas
propriedades físicas dos sólidos e da polpa alimentada.

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Hidrociclones

 O imagem ao lado
apresenta um
hidrociclone
convencional, o qual
consiste de uma
câmara cilíndrico-
cônica com entrada
tangencial e duas
saídas.

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Hidrociclones
 A polpa é injetada sob pressão no aparelho, através de
um duto situado na parte superior da câmara cilíndrica
e, como resultado de sua entrada tangencial, é criado
no seu interior um redemoinho.
 As partículas mais grossas e mais densas são
arremessadas às paredes e descarregadas na abertura
inferior, o apex, constituindo o underflow.
 Já as partículas mais finas, menos densas e grande
parte da fase líquida são dirigidas para o centro do
hidrociclone e saem por um cilindro na parte superior
do aparelho, denominado vortex finder, constituindo o
overflow.

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Hidrociclones
 As principais aplicações para os hidrociclones, dentre as
quais, são citadas:
• espessamento - elimina a maior parte da água de uma polpa;
• deslamagem - elimina as partículas mais finas. Isto é
normalmente necessário para os processos de separação
magnética a úmido, filtração, etc;
• classificação - frequentemente utilizado no fechamento de
circuito de moagem onde o underflow do hidrociclone retorna
ao moinho;
• classificação seletiva – por meio de uma configuração de
hidrociclones em série, é possível obter-se um conjunto de
produtos com granulometria definida;
• pré-concentração - utilizando hidrociclones de fundo chato,
pode-se realizar concentração por gravidade onde os minerais
mais densos são descartados pelo underflow.

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Hidrociclones
 As principais vantagens apresentadas pelos hidrociclones
são:
• capacidade elevada em relação ao seu volume e à área
ocupada;
• controle operacional relativamente simples;
• custo de investimento pequeno;
• devido ao seu baixo preço e pequeno espaço ocupado, é
possível manter unidades de reserva.
 No entanto apresentam as seguintes desvantagens:
• Não possibilitam realizar ajustes para minimizar os efeitos
causados pelas oscilações na alimentação;
• Para se ter um controle efetivo no processo, geralmente são
necessárias instalações sofisticadas;
• se o minério for abrasivo, o custo de manutenção das bombas e
dos hidrociclones poderá ser relativamente elevado.

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Destilação Fracionada

 A Destilação fracionada é o processo de


separação onde se utiliza uma coluna de
fracionamento na qual é possível realizar a
separação de diferentes componentes que
apresentam diferentes pontos de ebulição,
presentes em uma mistura.
 Ela é um processo de separação e classificação de
produtos distintos e é empregada quando a
diferença de potencial dos pontos de ebulição
dos líquidos da mistura é maior.

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Destilação Fracionada
 No aparelho de destilação
fracionada existe uma coluna de
fracionamento que cria várias
regiões de equilíbrio líquido-vapor,
enriquecendo a fração do
componente mais volátil da mistura
na fase de vaporização,
apresentando diferentes pontos de
ebulição, presentes em uma
mistura.

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Destilação Fracionada

 Destilação é a mais comum tecnologia de separação


usada no refino do petróleo, petroquímica, plantas
químicas, metalúrgicas e de processamento do gás
natural.
 Na maioria dos casos processo continuo.
 Novas matérias-primas estão sempre sendo
alimentadas na coluna de destilação e produtos estão
sempre sendo removidos.
 A menos que o processo seja perturbado devido a
mudanças nas matérias primas, calor, temperatura
ambiente, ou condensação, a quantidade de matéria
prima a ser adicionada e o volume de produto a ser
retirado são normalmente iguais.
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Destilação Fracionada

 A destilação industrial é tipicamente


realizada em grandes colunas cilíndricas
verticais conhecidas "torres de destilação ou
fracionamento" ou "colunas de destilação"
com o diâmetro variando entre 65 cm a até
6 metros e altura variando de 6 a 60 metros
ou mais.
 As torres de destilação tem escoadouros de
líquidos a intervalos na coluna, os quais
permitem a retirada de diferentes frações
ou produtos que possuem diferentes ponto
de ebulição.
 Os produtos mais leves (aqueles com pontos
de ebulição mais baixo) saem do topo da
coluna e os produtos mais pesados (aqueles
como o ponto de ebulição mais alto) saem
da parte inferior da coluna.

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OBRIGADO!

Niquelândia, 2011

brenno.senai@sistemafieg.org.br

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