ESTÉTICA DO ESPETÁCULO

A IDÉIA

Tentei fugir de coisas óbvias para tratar no projeto, como a transexualidade e

descobri que atualmente o que mais surge incomodo são questões sociais que estão
surgindo durante esta quarentena.

Enquanto alguns estão no bem estar de suas casas olhando para o próprio
umbigo, muitos estão nas ruas – seja pela necessidade de estar na rua para trabalhar,
seja por estarem desabrigados e passando fome.

Este tópico vêm experiência própria como uma pessoa privilegiada que vivencia
e ouve de pessoas próximas comentários absurdos sobre pessoas de classes mais
baixas que são quase obrigadas a estarem nas ruas para ter o que comer em casa.

O CONCEITO

A ideia principal é mostrar a arrogância social daqueles que estão acima perante os
que estão garantindo o conforto deles.

Alguns como pequenos mercadores, entregadores de delivery e empregados

domésticos estão arriscando a sua vida todos os dias para garantir o conforto de uma
elite que não levanta do sofá.

No momento social em que estamos vivendo essas pessoas se tornam o

principal pilar das que estão acima, então a ideia é representar justamente como essas
pessoas mantém as outras em cima e ainda são menosprezadas e marginalizadas.

A estética de corpo-instalação que surge para o projeto é uma pessoa

representando a classe alta sentada sobre uma outra que represente as classes mais
baixas – esta literalmente dando apoio e conforto para a que está em cima – enquanto
a elite joga o próprio lixo na que está servindo de apoio.

REFERÊNCIAS

“[...] uma gigantesca estátua de pedra negra dominava o ambiente. Era um tanto
apavorante essa enorme escultura de uma bruxa e um bruxo sentados em tronos
entalhados, contemplando os funcionários ejetados das lareiras abaixo. [...]

Harry olhou com mais atenção e percebeu que aquilo que imaginou serem
tronos ornamentados eram, na realidade, esculturas humanas: centenas de corpos
nus, homens, mulheres e crianças, todos com feições idiotas e feias, torcidos e
comprimidos para sustentar os bruxos com belos trajes.

– Trouxas – sussurrou Hermione. – No lugar que realmente lhes cabe.”

-Harry Potter e as Relíquias da Morte