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eimancipad ne “tempo livre", mas opressiva no trabalho, Acbo essa dliscussin © que, em gral, tery side malfcita Quer concluir com outro ponto, Pelo que ei jd suger’, as metamoriosen Seatricas no tabalbw rio s4 nao eliminaram a “alicnag! levaran a uma intersificagiio do estranhimento, um estr Drocesso de produgia, como na esfera do consump, De mado que, estrantuals tut produgéo, estrantady no consumo, estianhado na reprodugiia € strani, § dimensoes da vida cotisiana, fio me parece que a socical de rercadorias tenha eliminado 9 estianhamento, a alie "do trabalho, cons Hhamente tanto Iso coloca novamente que a alternativa para a luta contra esse estra hantento encontra 0 sujeito capaz de efetivi-la na classe trabachadora, aincht ue mais fragmentada, heterogencizada © complexificada Por siltimo, penso que essa dupla tendéne'a em ditegio a uma intelec (walizigie do trabalho, de um Jado, © & prectrizagio e descualificagic, Subproletarizagio, de outro, ro nege nem a tese marxiana da lei do valor ¢ Hom A perda de esniralidade da elesse-que-vive-do-trabalho, Eu lembro de uma passagem de Marx, no Cap‘tulo Inédito, em que ele dizia mais ou menos io: “o trabalho produtive aque'e que cria valores, ro importa se 0 fur thats com as mos ou com a eabsga, se como um engenheito, téenieo, eapa-az, 1 opsritio manual dieeto". O que & central — e esta é mais uma antecipagio enial de Marx — quando se pensa no processo de eriagio de valotes, ©: ‘otatidace do trabalho social, € © coajunto de tratalhos pateiais corsbinados {jue operam na criagio dle valores, Hoje voce vé um individu que comeca 4 produzir uma pega no Japio © termina dz monté-la na Zona Franca de Manaus. Todos eles estio participando desse processo de criagao de mereadorias, de mode que, em vez de propugnar 9 fim da classe trabalhadora, o fim do valor, 9 fim da slienagio, e portunte © fim da luta pela emancipagio humana, lima investigagio de “nspiregdo marxiana, renovada © redical, pode mestar due essas perguntas que tanto instigaram um antor como Marx airda podem Fos permitir entender este final de século e nos levar ao século XXI. 86 4 & Sociodad 60. ANO X¥IE- abel 1000 Igo Sool & Sociedade st Xs sO, societirias e Servi¢o Social Notas para uma andlise prospectiva da profissio no Brasil José Paulo Netto* A Sérgio Sra, iris daquén ¢ alén mar efletir scbie_as_possibilidades de desenvolvimento do Servign 5% Social, no Brasil € nos prdxi- sox anos, parece-me um exer- fein intelectual e- profissional_legitimo € necessétio. Porque, por ur lado, nin- ‘guém pode ter diividas de que o perfodo histsrico em que estamos situados mar- case por wansformagbes societivias que afetam difstamente o eonjusto da vida Sociale incidem fortemente sobre as profes, sas ites de_itervenio seus supartes de eonhecimento e de im- Plemertagio, suas Funcionalidades ete, E powue, por ouiro lado, tal relekio é imprescincivel para estabelecer, em face diessas trarsformagGes, estraégias socio~ ® Donor om Sesig Sei, professor usd Essa de Servo Soca do Usivenidade Fede do Rie Tae profesor patpante dos progr de pera da Poi Universidade Catsiea de S40 Paslo ¢ do Instituto Saperior de Servo Social so mais de ums dezena de tives, 87 SS oo Transformagdes ee profinsionais: minimaments adec yentos, No eneaminha como, ali las para responder hy problomiticas emer yento de uma reflesdo proyrectiva sabre o Serviga Social sobre qualquer atividade prof ssional) hii, porém, alguns equivaces: no exeiudentes entre si — que devem ser evitados, De forma «quero sinalizar dois desses equivocos it © primeiro 6 9 que ex chamatia de “fuga para o futuro”, on se} reaupagio em exeminar posscbilidades de desenvolvimento servindo come ustificativa cla auséncia de atengdo para com as realidades atuais, Assim, os iJemas cortemporaineos sio deslacados, 1a pesqcisa, pele centralidade conferida 9 ]a€ Se supse sea (ou sera) 0 “nove”. Saltar para diante &, freqtiertemente, nu boa sala para escapar as dificuldades. presents. © segundo reside em converter a prospecgdo, entendida come an Vojetiva (com todos os seus riscos}, em aperagio especuletiva, ou sefa: a atir da consideragio abstrata de alguns dades emergentes da vida social, mnde-se a inferir um quadro geral hipostasiado que eonfiguraria 0 cenéxio tur. A especulagio, comumente assoviada a um discurso prescritive, tem m geral se mostrada como 0 rosto falacioso da prospeegto. No artigo que egora se publica, pretendo cferecer algum contributo para ma prospec referida ao Servigo Social ne Brasil com a pretensito de vilar esses e outros equfrocos, quase sempre presentes em exereicios projetivos. ) que nie pude evitar, por necessidades imarentes 2 minha argumeatecitc Fe OS Proviveis desdobramentes futures do desenvolvimento. profissional o_pafs, foi uma longa remissia aos processos secietirios contemporincos Ina sintese do desenvolvimento profissional recente — mas espero que ambos ja Gteis ao meu eventual ntroducéo: transformagGes societarias e IteragGes profissionais Parece assente que conjunturas (e a palavra nao se refére apenas a lapsos mporais de curta duragic) de rapicas © intensas transformagdes. societérias nstituem » solo privilegiado para o processamenta de alteragtes profissonais - sea 0 redimensionameno de profissGes jé consolidadas, seja 0 surgimento nova atividades e ramos profissionais. © fendmeno, enquanto tal, nada tem de enigmitico: as transformagies eietirias, reconfigurando as necessidades sociais dacas e criando novas eller, 1978), ao metamorfosear a produgio e a repredugo da sociedade, 1 divide soctotéenien co trabalho, envolvenda modifieagoes Atingem stot jet fin loilos os seus niveis (pardmetros de conhecimento, moxdalidades «le forma f¢ de priticas, sistemas instituctonal-organizacionais ele) © problems tedrico-analitico de fundo pesto pelo fendmeno reside em explicar e comprecnder como, na particulariiade pritico-social de eada profissio, fe tradiiz 0 impacto das tarsformagbes sacietirias. Mais exatariente:_o consiste em deerminar as mediagdes que coneetam as profissdes es liquelas_ transformagies. Ness sentico, as profissGes nfio 20der ser tomadas apenas como dda qual como corpus te6ricos & priticos que, condensande. projetas soci {donde as suas inelimindveis dimensGes {eo-politicas), articulam respostas Iteleolsgicas) acs mesmos processos.socicis, - AS alteragies profissionais, assim, derivam da intrincada interagio que se processa entre as transformagSes societérias, com seu rebatimento na divistio sociotéeaica do trabalho, ¢ complexo (tesrico, pritico, polft’co e, em sentido largo, cultural) que € constitetive de cade profissio, Complexo que, circuns- creveado um campo profissioral particular, envolve — e isso deve ser afirmado enfaticamente, 2 base de verificagio factual — tendéncias e orieatagies profissionais diferencadas: no mando conteripordneo, é irgenuidade supor profissées coma blocos homogénsos e/ou idertitérics — praticamente todas sto vincadas por enorme d versidade, tensGes © confrontos interes Se essas determinagdes sio 2ertinentes, a exolieagio © compreensiio das alteragtes profissionais, como um s6 process anal‘tico, exige tanto o des~ vendamento das transtormagces societérias quanto © exame do complexo da profissio que se quer 0 objeto da reflexio. E evidente que a consecustio rigorosa desse duplo escopo fege aos limites deste arigo, mes € impossvel avangar nesta exposigdo sem enfientar esses dois poles temiticos. 1. TransformagGes. societérias no capitalismo tardio E no curso da década de setenta que emergem, visivelmente, as saa fetmagées societérias que — embora j4 sinalizadas no deeénio anterior sos sims, estadando 1, Analisias inuito diffrencados perceberam, entio, varios est muadargas, por exenplo, ea organizacio do wabalho © na classe operiria (Gor2, 1N64; Malle 1663), nos mieios de comuniciga0 soci (McLuhan, 1867), no fendmeno urbane (Lefebvre, 1568), na elagio ciéncia/produpto ‘Richa, 1963) 89 \ilo-marear os anos coitenta ¢ evolyer di sociedade cupitaista’, inflexdes de tal relevincia que tova i108 antores a equfvocos ne tentative de caracterizar mais adequadamente revelindo inflexdes significativas. no. Hh presente (© mateo dow anos. seten 9 visibilidadke de ronoldgicn; 60 contr Jove Processos se Lom! progressiva medida que 0 capital nopolista se Ve compelido a encon rar alte nativas para a crise em que wrpolfile, nagueka quadra, Com efeito, em 1974-1975 explode a “primeira ecossilo peneralizada da economia capitalista internacional desde a Sexunda Cuorra Mundial” (Mandel, 1990: 9). ssa recessio monumental © 0 que se Io sewnin pos de manifesto un g nica comandada elo ‘pital: chegava ao fimo pade mente que, desde 0 segundo piveauerta © por quase trinta anos (as “trés décadas gloriasas” do cay \Wonopolista), sustentara, com as suas “ondas longas exparsivas”, 9 “pacto de classes’ expresso no Welfare State (Przeworski, 1991). Emergia um novo jnadiio de crescimento que, operando por maio de “ondas longas recessiv (Mantel, 1976), nao s6 erodia ax bases de toda a articulagao sociopol Alé entdo vigente como, ainds, tornava exponenciais as contradigdes imaneates 4 logics do capital, especialmente aquelas postas pela tendéncia & queda da axa media de hicro € pela superacumclagéo (Mandel, 1969, 1, Ve 3, XIV). 1 pana responder a este nove quadro que © capital monopolista se empenha, cstrategicemente, numa complicada série de reajuses e reconversies que, \flagranco novas tensGes e colisées, conste6i a sontextualidade em que surgem (o/ou se cesenvolvem) auléntieas cransformagées societdrias. Fecunda matriz analitica para tratar essa processualidade complexa & que Harvey (1993: 117 © ss) explora, retomando os “teéricos da regulagio” (Aglictta, Lipietz © Boyer). De acordo com o geégrafo norte-artericanc, a rise dos anos setenta © orginizagio experiment n modiffeagies que nio podem ser minimizacas’. Nifo € preciso muito fOlego analitico — pars quem sonhece a projegio marxiana acerca da relapao ciéneia/produgio, cada vez mais confirmada pe fimica capitalist — para concluir que a revolugo tecnolégica tern implicado uta extruordinéria economia de tratatho vivo, elevando brutalmente a com nosicdo orgdnica do capital. Resultado direto (exatamente corforme a projegio Ue Matx): cresce exponencialmente a forca de trabalho excedentdria ein face les interesses do capital’. O capitalismo tardio, transitando para um regime Je acumulagio "“Mexfvel", reesteatura radicalmente 0 mercado de trabalho, sei Mterando a relagio entre exclufdos/incluidos, seja introduzinéo novas modal = liwles de cortrataglo (mais “flexiveis*, do tipo “emprego precitio"), seja indo novas estratifieagtes e novas discriminagdes entre es que trabalhain ‘cortes de sexo, idade, cor, einia’, 4 exigénia crescente, em amplos niv de trabalho vive superqualificado e/oupolivalerte (coexistinds com u desqae: ficagdo analisada por Braverman, (987), bem como as capacidades de decisio tequeridas pelas tecnologias emergertes (que colidem con o prvilégio do somando do capital), coroa aquela radical reestruturagio — reestruturacio que, das “trés décadas gloriosas” do capitaismo monopolista, conserva os pailries de exploricio, masque agora se revelam ainda mais acentuados, inicidinds muito Tortemente seja sobre o elemento feminino que se tornou um componente essencial da forga de trabalho", seja sobre os estratos mais ‘ovens 6. Conforme o atest a larga Wibliografia sobre a temétice © de que & interessante 0 talango realizado per Ramlho (1991 inca, entt2 culos, Coriat (1932, 1990, 1691), Sabel ¢ Prore (1984), Buravoy (1985), Kem ¢ Schunaan (989), Lojkine (1990, 1995), Leite (199), Maitoso (1995) e Antes (1995), fvo, que levou i mitologia da “Tabriea sem 1995), tem conduzilo a inepas itegios a “Sociedade do tral”, algumas inspiradas na vulgarizagio de cothecido ensaio de Ofe sobre © tabalho como zategora sociolégian Tundemental (Zr Offe, 189), 8. A estrutura do mecado de rahalho, ras condighes do tinsito a wm regime “fextvel € objeto de lapiares notagdes de Hervey (1953: 140-146) 9, Esso colsio tom constituldo um grave problena para os funcioniries qua, a servigo db capita, cacaragumse da “gestio dos reaunsos hunanos” — e, ccmamente, aparsce ne hibLograia como “problema da subjtividade do trabalhador”, Dents as indimeias Fontes, 1 Lojkine (1900, 1395) e Leite (1993), 10. Apenas pita Hlostrar a megritude ca presenga da mulher no wercado de tabathe eontempotinen, besta ter em cona c ssguinte exemple: “Em 1940, as mulheres casadas que viviam com os maridos e trbarhavam per salvia somavam mens de 1% do tetal da populate Ferinina dos SUA. Em 1980, cram mais da metade: 4 porceatagem quase duplicon entre 1950 © 1870" (Hobsbanim 1995: 308), 2 que a constituem!, sem esquecer os emigiantes qe, nos paises desenvolvidos, fazem c “trabalio sujo”. [AS incidéneias inclusivas dessas modificagses constituem mais que 0 novo tecido em que se desenvolvem transformag&es societirias — tais mo- dificagdes, em si mesmas, compiem 0 eieneo des ttarsformagdes societirias em curso, tipificando a sociedade tardo-burguesa. H essas, na sua globalidade, finda que s6 plenamente decifriveis quando relacionadas as inflexOes da dindmica do capital, extrapolam-nas amolamente ¢ apresentam particularidades iredutiveis. No nivel social, 0 que se verifica, antes de mais nada, € que a estrutura de classes da sociedade burguesa vem experimentando verdadeira eversiio, até mesmo com o desaparecimento de antigas classes sociais, como € 0 caso do campesinato!?, Ocorrem alteragdes profuurdas, quer no plano econdmice-objetivo da produgiofrepodugio das classes e sues relagdes, quer no plano fleo-subjetivo do reconhecimento da pe-tenga de classe (€ sage-se da unidade de ambos os planos na prética social), Todas as indiczgGes dispontveis nas pesquisas mais fidedignas!® continua atestando que as detsrminagdes ce clase prosseguem operantes — e fundamentalmente operantes: ¢ inpossivel aprender a dinémica social cortemporinea ia ordem burguese sem referencié-las. Entretanto, essit referéncia deve considerar plurivocamente tais determinagdes numa estrutura de classes altamente complexificada ¢, ainda, deve pondersr sua gravitagdo na relagiio com determinagdes de outras naturezas — ¢ hi que se render A evidéncia de que esse traio, em face da contemporaneidade, esté longe ce ser satisfat6rio. Malgrado essa deficineia, € possfvel avangar alguns elementos cconstitutivos. das metamorfoses em curso. Estd claro que as modificagSes derivadas do exaurimento do regime de acumulagio “rigido", mais as implicagdes da revolugzo tecnel6gica, estio alistas efntieas LLL A expleragde: de matheres e jovens vile tao. para os patses : ‘quanto pataos peifrics de indusrialieagio recente (os NICS) cam as seus “meteadts infra" Ae tabalno — em todos os casos, n “llesibiizagio" vem conjugando as modaidades conhecidas de exiragio de mals-vaia Teltiva com formas besbaess d= explorago da ferga de trabalho, falgumas das cusis prdprias dos primétd os do capitalism, 12, Em sun obra mais recerte,¢ maicr histriador marxistn vivo constta que “a madanga scoisl mais importante. da sginda netade deste sGoulo. © que nos isola para semore do aside, 6 2 morte do sampesinao” (Hobsbawm, 1995: 284) 1. Para um batango dessas pesquisas até firais dos anos setenta, cf 0 ensao de Therbor (in Aobsbawen, org, 1989); ont: € a discassio posterior, na tien dos “wrarcstas ana iit whoa segunda parte de Roenet, org, 1989; a7 esto lnuicastes sobre as nvestigngies do Es ©. Wright, que se dedicou, nos anos selena © citenta, 1 andlise cemparatva da estrtura de chsies eontenporinea. 93 sybyertendo ¢ “mundo do taballie”. Ne eonjunto dos que vives dir verda di sun forga de tabalho, a classe operdtia “tradicional”, que fixou a sua identidade classista (sindieal e politica) enfientando © eapitilisme monopolist (nunitorma-se rapidamente, afetada por dilerenciagdes, divisdes, cartes © re: composigées —ademais, dada a din&mica da propria “revolugdo informacional”, cela tende, enquanto sroletariado industrial, a perder grandeza estatési Muito especialmente, cabe ebservar que 0 p-ocesso que Lojkine (995) designa como “interpenetragia de atividades indusiriais © atividades nformacionais” (ou, noutro plano, “interpenetragio de fungSes produtivas ¢ fungSes ditas ‘predutivas™”) tem, sobrettdo, alterado as clivagens da divisio social do Lrabalho que se constituia até a madurez do cepitulisma monopclista. Com isso, mais a acentuada tendéncia ao assalariamentc © mais a emergente vaga de “trabalho autGnemo” (via “terceirizagio” a microempresas ou via servigos pags por tarefa), também se modifica as hierarquias ¢ as articulagtes de ‘camacas médias, “tradicionsis” (como a pequena burguesia urban) ou la verdade, infi-manda as falsas teses acerca do fim da “sociedade do abalho", 0 que se regists:. sio mutagbes (ou, como prefere Antunes, meta worfoses) no “mundo do trabilho”. E se 0 proletariado tradicional ve afetada wa pondersgio socal, € inequivoca a centralidade da “cl a trabalho” (Antunes, 1695). Essa centralidade obje:iva, porém, sua enorme difererciayin interna nem a atual auséncia de um vniverso comum de valores ¢ préticas — ou seja: no pode octltar 0 fato de que e3sa “classe-que-vive-do-trebalho”, agora mais cue ntnea, € um conjunto bastante heterdclito. Curiosamente, atengfio muito menor tem sido conferida as modificacées ocorrentes no interior da(s) “classe(s)-que-vive()-da-exploragio- com dafos mais recemtes, Santes (1995: 290) mostra, por exemplo, que, cm 1990, as 10 mafores empresas do seto ‘quimco tesponderam por 21% das verdss ‘nuns de aredutes quimices, asim como 30% {do coméicio nnundial de férmacos esteve naz mos ues 15 maiores empresas co ramo. 17. "$6 tis regides do globo permanecsrem =ssencalmente dominadas por aldsias campos: a Aion subianiana, ¢ sil © 0 sudeste ca Asia contirental © a Chin” (Hobstavim, 195; 286), 95 As duas_primeines dizem respeito A enersiio de protgonistas. sociais que, para retomar a feliz expressiio de Hobsbawm, se péem nos | fom curse como “agentes sociais independentes”: as mulheres e os jovens. As poculiares problemidticas femininas (xem sempre inteiramente recupe‘adas pelos movinientos feministas"), indo. da opressiir no espago doméstica sos mais variades tipos de subaltemidade/exploragio no espago piblico, irvomperam pesadumente nos cinco limos hustros. Gragas fundamentalmerte aos empenhos ile sues vanguardas, as demandss femininas ganharam tamanha forga eman= cipaisria que, indeperdensemente do alcance efetivo de suas conquisias, passaram { aliavessar as priticas socials como questdes que jé nao podem ser ladendhas. Quanto a juventude, que esteve na base da “revolugiia de costumes” dos anos sessenta, ela passou — ne escala em que as relagGes geracionais. foram grandemente redimensionadas — a constituir uma categoria social especifica que adquisiu amplitude internacional, gerando inovapGes valorativas e ruptucas com pacrées de comportamento, freqlientemente ineorporadas (quando io induzidas) por varios setores industria. Enfim, cabe referir a existéncia —decisivamente influenciada pelo carter écentuachamente concestrador (de renca, rigqueza e prnpriedade), na atividade ccondmica, © excludente ¢ restritivo, no Ambito des paruntias sociais, do capitalistno tardio que se quer “flex bilizat” — de ura mirfade de segmenios desproiegides. Tais segmentos compreendem universos heterogéneos, desde aposen:ados com pensies miserdveis, crangas e adclescentes sem qualquer cobertura social, minotias e/ou migrantes, coentes estigmatizados (recorde-se 4 situagio de aidétices pobres), até trabalhadores expulsos do mercado de tabulho (formal © informal). O que singulcriza tais segmentos rao 6 0 feto de enearnarem uma qualquer “nova pobreza” ou de marcarem a emergéncia de “subclasses”, nem o de ai serem identificados com o antigo ftumpem"?; © que peculiaciza boa parcela desses segmentos é que, situzdos nas bordas, da “sociedade oficial”, eles se yéem e si vistos coro uma “niio-sociedads” (ou uma “conta-sociedde” —e assim interatuam com a ordem. Nama imbricagio simultinea com as transformagdes que estamos sta Fiando, ocorrem alte-agSes substzmtivas no Ambito da cultura, em todos os dos do termo, 18, Hobsbasym (1995: 311) inden algo a respeto. Quanto Aquelas picblenstess, Santos, ‘We, por seu turno, valoriza amplamente os movimentes feminisas, oferece dels relevanies pontamentes (Sates, 1995: 301 ¢ 5). 19. 0 piipio limipemprofetaniads s¢ met we-se, por exemplo, aa oxganizagto “empteswvial” de aividades ilfcias efou criminesas, bem com sia sua intetagso sm © muro ds "econamic otieat 6 A dinfimiea cuttual do cupitalismo tari que se yem “flexibiliz esti pavametrada por dois. vetoress a iran do légica do capital para odos 08 processos do espago cultural (prockig20, divulgagiio, consumo) © 0 desenvalvitnento de formas culturais socializiveis pelos meios eletrOnicos (a fio, o video, a chamada multimdia). O trago mais notével dessa cultura que ela incorpora as earacterfsticas tipicas dz mercadoria — sua osolescéncia programada, sua fungibilidade, sua imzdiaticidade teificante. Mesmo que a sociedade tardo-burguesa esteja longe de ser uma “sociedade de eorsumo”, a cultura que nela hoje se afrma é uma cuitera do consumo (Featherstone, 1995): ela cria a “sensitilidade consumidora” que se abre & devoragio indiscriminada e equalizadora de bens materiais e ideais — 2, nela, a propria isting entre realidade e signos se esfume: numa semiologizagito do real, © signo é 0 veal A imediaticidade da vida social planeteriamente mercantilizada ganha 0 cestatuto da realidade — e, nZo por azaso, a distingtc clissica entre aparéncia € esséncia € cesqualitieada®. O ef€ nero, o molecular, o descontfauo cornam-se 1 pedra-de-toque da nova “sensibilidade” 0 dado, na sua singularidade emphtiea, desloca a totalidade e 4 universalidade, suspeitas de “totalitarismo" tel Sebe-se do que estamos falando: da tese conforme a qual, a partir ca segunds metade deste século, exauriu-se 0 >rograma da Modernidade, fundado ‘no capitulo fuminista do orajeto ilvstrade (Rouanet, 1993), configurando-se uma mmutagde sociocultural esirutarcl, que. implicaria a anacronizagio. dos padroas de andise (e das suas categorias teéricas} dos objetos socioculturais € os projetos sociais a eles vinculados; ou seja: de uma paste, terfemos ura “crise ce paradigmas”, com 4 superagdo das metanartativas © das abordagens teériens calgadas na categoria de totelidads; de cutra, estaria colocada a ‘urgéncia de $6 pensar a micmpolitica o1 de encontter novos referenciais para a ago sociopolitica (Lyotard, 1979; Santos, 1989 © 1995), O que se poderia chamar de movimento pés-moderno & muito heterogéneo (cf., por exemplo, Connor, 1993) , especialimente ne campo das suas inclinagoes politicas, pode-se até distinguir entte uma teorizagio pos-moderna de capitulagiio € uma de oposigio (Habermas, in Foster, org., 1984; Huyssen, in Hollanda, Or, 1992; Foster, in Pic6, org,, 1992). Do ponte de vista de seus fardamentos, epistemoldgicos e te6ricos, porém, © movimento € funcioral & Wgica cultural 20, Um w6tico pésamaderto dos mais séros, que mio pode ser acusndo de camplicidade fem relagio ii edem burguest, eorsicers a distingéo apor€acinfesséncia um dos supoctes: do “opistemitdic", chega « vinouki-k 10 “eurmcentrismo” ¢ ama 20m limpidez que © pardigraa entific pés-moderno “suspeita da distingo entre aparéncia ¢ essencit” (Santos, 1995: 331 ” do estigio contemporineo do_eap talisimo Gameson, 1984}: Go tanta ae suneionar a expresses cultufa's da ordem tardo-burguesa quanto 40 romper cam os yelores crftieos ca Medemidade (cuja raciamalidade os pos-modermnos reduzem, abstrata € arbitrariamente, & dimensio instrumental, abrinde a via aos mais dversos irracionalismos). Mas, por essa mesinit funcioralidade, a retriea pés-modema no € uma intercional mistificnyio claborada por meedeiros falsas da academia e publicitada pela midia a servi do grande capital, Antes, ela é um sintoma das transformagdes em curs ni sociedacde tardo-burguesa, tomzdas na sua epidérmica imediaticidade — corn Fagleten observou em belo easaio®, 0 que os pds-modemes torar cone larefa “criadora” (ou, segundo alguns, “desconstruto-a”) a prépria funciorn lidade (deo-social da mercadoria © do capitalismo, B 3 funcionalidade esté em maré-montznte nos anos correntes. A d's- sollugie de antigas idensidades sociais (classisias), a atomnizagta e a pulverizgio imediatas da vida social, as novas “sensibilidades” produzidas pelas tecnologias, da comunicagio — tudo isso, mais as transformagSes ji sinalizadas, erodiu ‘os sistemas constitufdas de vinculagio e insergdo socials. No é um acident pois, que grupos, categorias € segmentos sosiais se empenherr na construc’ de “novas identidades” culturcis, nem que busquem, desesperadamente, estraturar Saas “comunidades”. A “culluralglobal” (Featherstone, org., 1994) se_mo- vimenta_entre_a_producio/d vulgagto/consumo_mereantilizados de “rtefatos globais” 2 a incorporagiio/consagracio de expresses sarticilaristas— movi- nenti-se entié-@ cosrmopolitismo & 6 Tocalismo/singularismo, entre-a indife- onciagio abstrata de“valores globais” ¢ xenofobias fundamontelistas, Quer no cosmopolitismo, quer no loealismoysingularismo, ha uma nitida desqualifi- cago da esfera publics universalizadora: no primeiro, o privilégio é conferide 31 um individualismo de cariter possessivo; no segundo, 0 “direito & diferenga” se impSe abstrata & arbitrariamente (Eagleton, 1993). Nessa cultura, parece vigorar a maxima segundo a qual “nfo ha sociedade, s6 individuos", E por isso que no parece exagerado concluir que “2 revolugio cultural de fins do século XX pode assim ser mais bem entendida como o triunfo ¢o indivduo nbre a sociedade, ou melhor, © rompimento dos fos que antes ligavam os eres humanes em texturas sociais” (Hobsbawm, 1595: 328). As transformagées ecorrentes no plano politice sto igualmente_notiveis € portatoras de novus problemiticas. Impactados pelas novas dinmicas 2e9- 21, “Da pals a0 pismedernismo", fr Bagleton (1993) 22, Pense-se my “cultura joven” e suss “iritos’, aa “cultura feminina 23, A frase, como se sade, € da Sra, Margaret Thateter, 98 hmicis ¢ soviocultuais, Fstado © seciedadle civil da ordem tardo-burguesa Mmodificam-se nas suas esferas priprias © nas suas relagdes. Na sociedlade civil, enquanto a oligarquia financeica global se movimenta Jo maneita erescenternente arciculada, encontrando. e forjando cxnais insti {wigies para dar forma a seus projetos,as tradicionais expzessGes e representacdes dus classes © eamadas subelternas experimentam crises visfveis (pense-se na dessinticalizagdio ¢ nos impasses dos partids politicos populares e/ou operirios), iio riesmo tempo em que emergem no seu espago “novos sujeites coletivas”, Ue que 0s novos movimentos socizis sia 0 sinal mais significativo™. Tai vimentos, demandendo novos direitos (Bobbio, 1992) ¢ aspirardo a am- Pllagies do estatuto de cidadari¢ — que a melhor tradigio Tiberal_ nao Iinaginava eaexistindo sem tenses com a estrutura de classes (Marshall, 1957; Ruarba‘et, 1989) —, vém vitalizando a sociedade civil e tenovando pulsies domoctiticas. Na medida, contuco, en que @ esses movimentos, até agora, filo se imbricaram instinecias politicas capazes ce urticula: e universalizar a pluralidade de interesses © motivagdes que os enfi2ram, seu potercial eman- C\paldrio vé-se freqlentemente comprometido (inclusive com a recidiva de Vinoos corporativos), ‘Também o Estado burgués, mantendc 0 seu caréter de classe, experimenta um redimensionamento consideravel. A mucanga mais imediata é a diminuigio da sua aga reguladora, especialmente o encolhiment de suas “fung'es legitimadoras” (O'Connor, 1977) quando 9 grande capital rome 0 “pacto” (que suportava 0 Welfare Stare, comeca a ocorrer a retirada das coberturas Sncinis piblicas e tem-se o corte nos direitos sociais — programa thatcher:sta que ereamna a estratégia capitalista de “redugdo do Estado", num processo de “ajuste” que visa a diminuir os Onus do capital no esquema geral de Feprodugio di forga de trabalho (e das condigSes gerais da reprodugio capitalista). Entretanto, aquela diminui¢do, bem definida nas palavras-e- ‘orden da “flexibilizagio” e da “desregulagio”, decorre do or6prio movimento da globalizagio. De ume parte, a magnitude das atividades planetérias das corporagdes monopolistas extrapola largamente os controles estatais, fundados tna circunscrigdo nacionel do Estedo; de outra, dada a articulagdo privada aguelas. atividades, torrase limiada a intervengdo estatal no nfvel_ma- 24, Deitrs a latga bibliografin a eks pertinent, cf Scherer-Warren © Krischke, orgs (1987), Cardozo (in Almeida e Sos orgs, 1988), S:ott (1990) e Santes (1998) [No que toca i ratuteza elassiva do Estado, no velo alierayOes substntvas no curso do rinsto &“Nlexibilidade”; scbre esta eatreza, remeto 2 sinese qu> ofereci en Neto (1992: 21-30), 99 crozconémice*, E evidente cue ° capitalismo tardio nile fiquidou como Hstado nacionsh, mas & também claro ave ‘vem operando no senkide ce erodtt faua soberaniae? — mias 6 bom assinalat & cdiferencialidade desia erento, ve ‘iiage diversamente Estados céutricos © Estados. periféricos. ‘A desqualifiagio do Estado tem sido, emo © sabe, a pedrade-togue so privatismo da ideotogia neotiverab: a dct ‘do “Estado rrinimo” pretend, fandamentalmente, “o Estado méximo para. ¢ capita” (Netto, 1993: 819s nus pelaveas de PreeworsKi (1991: 258), Me metta’ um “projeto W’stSrico da Dives” Girigido para “Tiberar @ acurmalago Teepitaistal_ de tocas as ezdeias impostas pela democraci. Independentement® Ha visbilidade politica de Jonge pro eave projeto®, hé que constatar que cle condyle enquanto satanizagic: Jo qetader uma poncervel hegemonia: desenvalve st hoje uina “cultura politict” enti-Estado —- e cla nio xem sido estranha Bs relagGes conempordineas entre Fstado e soviedade civil ‘As corporagdes trarsnacionais, ¢ gram capital, implementam 2 erosio das regulagdes estatais visando claramente Tiquidagao de diteites socials, wo a te. an. patrimnio e a0 fundo peiblico, com sYesregulagio” serdo Spresentida como “aedemnizagao” que Wiva0%" “gociedade ¢:vil”, liberando-a 3presyela do “Estado. protctor” — © hi lagat, Nee construgio ideoldg! para a defesa da, “Tiberdade”, da dedania” ¢ da “democracic”. B, com Freokiéneia, frgas imnediatamente opositivas 2 trande capital tem inconponsds reer rientatismo coro priorizazio da sociedide Givil e, também, como demand “Jemocritica, do que decorrem dois fenémen [oa transferéneis, Fam 9 deme le cil, @ tulo"de “iniciliva aunome” ide responsabilidades antes sreeday A ogo estatal; 2) 2 minimizagio Je MO democtiticas dirigidas @ aera as instuigdes estatas. As implicagoes da ineorporagio cesse antiestatismo pelas forgas opositivas pode significar 1 apenas a politizagio de_navos Expagor socinis (ou a repoliizagio de espachs abandcnados), mas, ainda @ dlespolticaydo de demands Jemoeisicns, nami quadra em que — precisamente sa. Acad po exer faxo plant ce cand MAES sagivo, qe 140 <é consaate gor nea sundae mone, Resor Sy ]%. Y5A: on 8 panied 6 con nano ind onset ow) TB Hondo conirole ccfetiv0, meso, 80S 1973 © Soresas mats poderous”s © el exe ee WoT, @ mcrendo Fnance Is “S Fale ere neabuin governe acicna’, mOvInETIDN GA dois tribes ASSES. 1 Ae ean ais conveninte potas gipantes munca © rquele povoalo por reader ern ta agus” Haba 1998; 7) + Behn acotbeasicnn ents disuno ekGnin O45 ct, entre outios, Names agai Brambott C9), Hits «1958, Sis © Gent (1998) © Lael, ore. (95h arma groans avers Ue sind, Nis PT 511-520), Neto (19S 6a Rens, Sade © Chi, mes (1098 22°22) ae polis cxructeritions_das_prétieas realiberals evexiem de importincia_ maior. ‘ax lutas_ pela demoeracia re Tin pincelodas ruuito largas, esse € © perf com ie sociedade tunlosbarguesn se apresenta na vitina déeada do séoul9 2X. B, na entrada Menta déeada, esse conjure de tansformagies societtitl figerava wnt Worle inequivoea de vitrias do grande capital. Do port de vista politica, as eidiae de "ajuste” © “desregulagio-prvatizagto” foram ceaucionadas, por Inecan'smvos elitoras dotados de Teptimidade (Anderson in Sader © Gentili, fogs, 1995). Do ponto de vista fdeo-culural, cantando Sm a vaga pés-molets ile eapitulagio (ou reoconservedora, segundo Habermas), sganhos nite fora ‘ontrbufram para conter ¢ feverter os avangos soc arma década de setenta!! e até a propasta sacl Alosprezivels — dos anos sessenta © 1H weloniri foi acartonnda, posta no bivaque das velharng €8 ‘modernise Trea pono de vista econdmico, a lucraividade das grandes corporagiies 10 reeuperada™. Teasas vierias, contudo, nada aportaram de favordvel ou POsiNG © povleriam faz2-o, ow nie estarfamas mais no quadro do capitalismo poveasse-dos-que-vivem-do-trabalho”, Para atém de m2 climinarem o ciel fertico da dindoniea capitalista (manifesiado na cise da bolsa novarioryuin fin outubro de 1987 e na crise intemasional do elie de 1992) € de mio ervemerern a curva, propa da “onda fonga teeessiva™ fais vitbrias custiran ent Wo, Bad cao que a Tui pen demoeracia ermanese queso fr neregendo stems pedal pevsatoes ese stam mos Hflendes de SOO Tiere (eum avis, 192 6 Teresi, 16, pasando por um Dath 1990) » cratoes sor! femocratas (Santos, 1999), not, eyaio musa, ao sb Reeropesidad Omit O20 Ny ks deline Fr emcaten — of exe orto Tago (157Z. TD) ‘Mande! (1978), Ferran Hiytby ma (198i), Pnlaice 98D, Heller «Feet (981). Marcus (1982), Lakes (198%), {Uniinno (1980, 1992) e News (1990) ee to i Lawl, org. 1938: 9295) asia os pines Sons eps oo Movimento opr noe aes cmp Gesenvevids, cose = SWE levantarse 0 ‘forsiva nol 2 pss Ge pn nodeaaricanas ¢ ness, Navas 1 pos: Ho es) problematic ates de que Teapanamo¢ 0 tchersmo et sganho hoger sas sen ergurnento, me parece panic. gyn taa de heros ds sta nox pies ds OCD Me Ae, panos MU sumenton 47% Ess recuperie 3004 So impression Mra etuewat cons cn wo, de 5 pontox sega para $3 nies posiivos™ Amer In Bler © Gentil, 1995: 15) eee anos 7) @ 80 af oave wechume rmadensn — REMRURE IM Be ccincnte mine an, os pos 3 CDE" CAnderoe, Soler © ‘Geri, ons 1995: 15), vo suto aos trabalhadores. Custaram, em primeit Tugat, seus EMPreRON. 1 prfies dn OCDE, por exemplo, « taxa média de deverpveey He cera de 5b sis ion aotentn, duplicou na céeada seguinte — cy em menos dom We wee nge chega 2 eifia absnhata de 40 milhies de desempregsdos, Cunt tin segtundo lugar, compressies sobre cs saliros daqueles qe conseguir vaater seus empregos, drivando ro avitammento do padio He vide, Castaram, tin tereeiro lugar, um forte ataque aos sistemas piblicas de S24 ‘dade social oe formas insttucfonalizadss de coberturas privadas* Mas esses castos s6 podem ser devidemente contibilizados. se 5 fan am salango abrangente das duas primeiras décadas da “flex! izagio” do upitalisme tardio — e, act, © que se cosstata é que a PrUPSAED abscluta cap lativa, conjugadas ov nfo, cresceram, mesmo que diferencialmene. pare srvoria esmagadara da popuiacae do planeta (Banco Mundie 1991). Tein sfatese, a “Texiilizagaa” do capitalismo tardic, levando a *eiasse- ddos-que-vivern-do-trabalho” 8 defensiva e penalizando duramenis © esmagadorat ses ave da soctedade, nio resolveu nenhum dos problemas fundamentals Dos pela ordem do capital. Mais ainda: diante dé magnitude hoe atingida por Pies problemas — © expressa em trés dados: “o crescente alargamento a Saad exkrd @ angndo ied: ‘pobre {er provavelments um do roan loo, entre os seus riot @ 05 seus pobres); a assensio do rAtne & da enntobia; ¢ a arse ecoldgien do globo, que nos afetard a totes” (Hoksbawm, es ackbarn, org, 1992: 104) —, todas as indieagSes sugerem cae o expN ae aetviizadd” oferecerd respostas. dominanternente regressives, operand Me Gireeto de um novo Barbarsio, de que as atssis formas de apartheid social sic. premonitérias FEntretanio,a presente reestruturagio do capitalism, com as transfer cocietitias que esto em curso aa sociedade tardo-burguesay peculiatizando-a sernareo histGxico Jo eapitalismo, segrega novos vetores de colli 5. contradigao tantagonismo — e a velha toupeira de que falavam os eldssicos dificiimente Senard de fazer ¢ seu trabalho subversivo: aqui © acold, soja na orent Les Angeles de 1994 ou na gétia Paris de dvzembro de 1995, 05 sismégratos Bo capital comegam a registrar movimentos suspetos. Precisaments Portis SE. Gadon bre 01 Etados Unkle ¢ a GricBretsha a formeilos pos Never, Larett arg 1905110 e sso: 1 Aca Latin por Borin (i Sar © Geils OB Tous #2 easy; sobre outras Sreas, por Hobsbawm (1995: 395 © 8). Ne reterecins ante or pricios cocoate cn Mott (1998: 117 ¢ surety Ae seu eta Sop. wae evra seit men avon wala’ rvcricanos (Navama, 1) Lawrell org 1995: 114) iw sob o comando do capital, a partic vital jquelas wansformages: se di ista muito de um resultade decisive. ‘A eestruturagio do capicalismo tardio, com trinsito & “Flexibili: cc pletora de transformagoes que the sio eonexas, nfo eet f sociedale fenton. F evidence, forém, que a nosse sociedade paricips da inflenio ears capialisme com as retragbex derivadas, em primelro NaBde de. 3 voaigieperifénca e, em segundo, do propio nivel de desenvolvimento ¢ Siicutagio das suas relagies capitalists, Numa pakavre, 9s transformagies aeear tas que acabarnos de mencionar processam-se no Brasil ‘mediadas poli iiceroie subaterna do pass no sisters capitalist mundo’ (Gongalves, 1994 123 ¢ si) © pelas particularidadss da sua formagio econ6mico-social™”. Cot Seqidentemente, é falacioso transpor diretamente 0s Proce OS focorrentes ts era entricas do sistema para as nossas ftitudes tropicals Na primeira metade dos anos oitents, a derrota de ditadura €o grancke eit, instaurada em 1964, em como a falencia do se “modelo econmicw”™ aaevimofieou a quebra da dominasio purguesa; rrarcou les, © rsa Ue Iiny projeto de hegencnia, atocinado por um compésiio conséreio de te presentintes do capital, Talvez como em nenhn’ Or momento menos, prasdo da nossa historia, sezmentos burgueses revclaram se pretendentes nie $6 h dominaglo, mas 4 direpao da sociedade brasileira Todavia, dois conti Mronanies fimitawam essa pretensto: de um Tado, a prépria petites da mosit Dpuracsia, associada e servil ao capital estrangeiro €. sobretado, a saa nosivel npwcidade, responsavel por uma estreitezt © uma mesquinhez. de classe cunise Tiuupenivels: de outro, a forga das sspiragBes demosriticns cde amplos Seto popslares (com a porta. do protetaiado 2 frente), Tiberad:s apds vinfe anos tle opressio e repressio. Ademais, a gravidade do Tegadle. econdmico-s0% {hy ditadura — 2 famosa “efvida sceial”, na expresso do icido conservador fTunsredo Neves — problemaiizava, nas condigies rcferiéass 0% projelo de Hiewemonia que pouce concederia aos que Florestan Femandes chamavi de bax” ‘As deceagiies com a “ransigdo democrétiea” — que, em mio depress que vinha de 1982, nilo se sraduziu em ganhos materiais para a massa «la Fopulagdo, eonduzinds 2 perda da eapacidade de isan ago das vanguanls populares —, 8 rzeonzertagdo dos Hnteresses do grende capital, a forga inercial a7, pe todos aguses que tascaram cur ens prdculadades, (si8 Fin a Nokon a/c Son, Ceavio nun Ceso Puado, Pasco de Qroea Pa Cl alan Nobon Werner Feenndes a iatcrpreagao sean (Fermandet; 1975) eam aang d tare ¢ seu modelo, spel em Taam binges SH 1) Newo (199: 15-1121 toh do convervajgrismo da sociedade brasileira, mais ox condicionantes: ma condmicas do capital transnacional © os veores (eo-culturals cht ofensiva reoliberal exy esou'a mundial logo Fecompuseran o contexto capa. de revigor © projeto de pegernonia siralizado no infeio da iécada. Assi, o ordenamento cconstituciona) de 1983 — manifestagio da anterior densidade das aspiraybes democtiticas — viu-se logo colocado na contracomrente: jt desde o capitalo aventurero (mais gura a erénica polic'al que para a resenha politica) de Coll de Melo. a Consituigin de 1988 tomou-se 9 alvo do grande capital, F, 9 rastro da denota eleitoral de 1989, que confundiu as forgas democriticas, ¢ da curva dewerdente da ergunizagio e da mobilizegio populares, em meailes dos anos npverta 0 projeto hegemOnico turgués pode avangar — a eleigio de Femando Henrique Cardoso ¢ um sinal inequ‘voco do seu éxi:o fdeo-politicn —, iniegrandy propostas econdmico-sociais da agenda necliberal A percuandade brasileira, contud, impse 2 face desse projto feigoes Singolares. Nao hi, agui, um Welfare State a deste a efetvidede des direitos sociais € reigualy nio bi “gorduras” nos gastos socicis de um pafs com os indicadores sociais que (emos — indicadores absurcamente assimétricos capacidade industrial -nstalada, & produtividade do trabalho, wos nfveis de desenvolvinenio. dos sistemas de comunicagio e 2s efetivas demandas © ppossibifidudes (naturais ¢ humcnas) do Brasil, Aqui, um_projeto burgués de hegemonia ago pode, com a rude franqueza da Sra, Thatcher, incorparar abertamente x pregramitica compatvel com a “desregulag0" ca “flexibilizagio” cle deve pavesti-se, mascarar-se com. ama retdrica nia de indiv:dualismo, mas de "yujdariedade”, nfo d2 rentabilidade, mas de “ccmpetGneia”, nfo de redugiio de coberturas, m3s de “justiga”. E por mais que suas priticas estejam dirigidas &“desregulagio” c A “Ilexitilizagio", seu escemoteedo neoliberalismo também deve ser matizado — a0 contrdrio da desfagatez de um Felipe Gonzilez ¢ da truculéncia de un Salinas é¢ Gortari e um Cerlos Saul Menem, © sociglogeyresidentesteial-democ'ata vem sxeritando um “neoliberalismo igh?" (toma a expresso de Luis Femandes)®. 78. Um tstcrzdor de ello reconhecidcmente s6brio cefere-se ao Brasil, reteradamott, como “monuens de injustiqa sce”, “monumesto 8 neghgencia secicl” (Hebstawm, cae ona ef neg gen 1 (Hbsbavem, 1995: 20, som nfo exqueve: ae ta dala. de tet, foram precisamente sosel-dlomo curopens os checnie apikadaes Gas medidas de “ajist”, como o textemunharr as gestes ilo Gone, Menard (depos de 1983) © Papandcead (depols d> 1985), Observa tm Wisido nalisee “Tete eatates de ieatcar ma social-demporacia evropéia portwora de una altematica Cardeden no laisecgatre & desmentkla pelo papel central deserpentialo pelos Danis de Sos sacs nse ‘avango tela O cumiculec “spc a Fo Deer ton ifereoronte naira” (Callies, 1992: 106). 1 aqul ma Amer 1 exernplo eam Cals. Ams Pater € de 10 ese projeto de heyerronia esté fonge da consolidacto, Por wna patie enconira ponderdveis resistincias no inteior mestro do exmpa de capital © fle propriedade; por oulm, as reformas “rnodernizadoras” que se PII © impremensar chocarn-se com interesses democrat co-populares (6, With, Nt linuresses. foriemenie corporasives © mesmo de setores, possiclen'es) “Tudo que, como projetd patrocinado pelo grance capital, 2 médio pris aoevetif ainda mais-a maioria da populagfo. Se essa avaliagdo ¢ procele pode-se também supor que. se ‘rata de um projeto fo-temente passivel de yovmeato, Mas a sua viablidade atual mostra qve a sociedade brasileira eit vevtarisada com ox rumos “flexibil:zadores” do capitalisme tard. E quslstist {jie se o seu desdobramento (naturalmente condisionado pelo quadio mini), fesse projeto hipcteca’ significativamente 0 future do Pe Mencionamos a sintonia brasileira com a reestruuraqo capitalistin Con ay reservas decorrentes das observagies anteriores, 6 indiseutfvel a diane tie a nossa configuragi societiriz ¢ aquela da ordem tardo-burguest do tupitalismo e€ntrico. Eniretanto, © sem dualismos — antes, name vverdalcita viapiose _-- rugos espectficos ¢ determinantes da ordem sardo-burguesa it tc incorporando rapidamente ssa vida social, € de Ferma tal due PEAT wer erescentercente relevantes. No ocorre aqui a oswaldiana antrope lst "nacional que deglute 0 “modern” — so os vetores sacictiries es que vao refuncionalizanda © subsumindo o “tadicioa”, 6 «grandes corporagies transnacicnais no espago socioecandmic ‘imbivv ilo & 0 “atras {aido-burgu intemalizagio di brasileira; as reestraturagies dos conglomeralcs nacicnais; inter ronomico clertfico-teenoldgico com o mundo “lobalizado”s as devel iagaes na polarizaca estrutura dz classes; uma indistrig cultura) mah bem sada © monopolizada, doteda de uma mfdia eletsonica com cabertura ile social) inclusiva — tudo isso poe a sociedace brasileira no patanat taro burgués, Aqui, a constituigio da ordem tardo-burguesa milo se apres frm se apresentar, tal corro nas sociedades céntieas em que se de nvelve Ppimnariamente — sua configuragto se estrutura sem que tiaja a eviecio do aoeno” e do *radisionas estutura-se como ordem tardo-burguesa peri fic ‘Tudo isso quer dizer que, entre nds, as transformagées socletiss cin qurso no capitalismo tardio que s¢ “ at" v8" rocessar-combinatilo aire sequels especieas com a cronifiegio daquelss que Micaram coperida pela ditadure do grande capital & no Fann re arivadie subsegjenterent. Nessa angulogio, pa a socked dances ingrosso vo palamar tardo-turgués significa que a “divide social aaranbirar-ae con as imalicagBes altamente negativas que a “Tlexiblizai aplalista tenn actetado para cS mais amplos contngentes populacionais en os todos os quudrantes. stn que se efetiva, Sig ne eurto © médio prizos, um cexério eeonbmiea e soeiopellien nuda favordvel Tras tendkonelulmente o tinico que nos reserva a inseryilo, soba hegemonin burguesa, no muride “globalizado” pelo capital fica, oh) si, que enfrentaremos, 2, O Servigo Social no Brasil na entrada dos anos noventa entrada da dé, Brasil como uma profs ja de noventa, 9 Servigo Social se apreseata_no acivamente consolidada. No plano da fo-magi {com um curriewlo minimo nacional ¢ legalmente inverida no nivel superior, cerca de setenta unidhdes de ensino estavam em 6° luncionamento © poteos estados éa Federagio no contayam com escclas de Servigo Social, A. pés-graduagio em sentido estrito, implantada na primeirz ule di décaca de setenta, encontrava-se alirmada em sete universidades® ©, em sentido Isto, registrava experiéncias importantes. Uma instituigdo cre- Aibilizada, 1 ABESS®, senovara-se como foro expressive des debates sobre «4 formagio profissional © procurava animar, desde 1987, um organismo © wewdémico de pesquisa fo Centro de Bocumentagfio e Pesquisa em Servigo \ Social ¢ Politicas SociaivCEDEPSS), Do pono de vista da chamada produgio ciextifica, o Servigo Social — (ie agéncias oficiais de fomento j@ reconheciam como Grea apta a receber ecarsos para a investigag3o — mostrava um dinemismo estimulante: ndo s6 linka-na academia um espago efetivo de elaboragiio¥, camo jé dispanha de 41. 4 disribuigto cas escolas € regular, 20m evidente corcentiayio mi regio sdeste Reteva nolar que pousy mais de uin tergo das cursos (ofeecidas por escols, fact dades ot epatimentos)insere-se mas inst tugGes de ersin> superior piblicas — dado importante, uma Wer que, entre 16s, 0 ensino swerior privado mi dea das Ci8ncias Humanas © Scciais no pass, com honrosas exceytes, de inisfargah atvidade comercil (0 que nio signica,obniemente, ‘que © ensino paslico seja, por esta simples condgao, exer). 42 Quatro wniversidades publics (UFRJ, UFPE, UF°B e UnB) e t8s pivads, da rede (PUC-RI, PUCSP ¢ PUC-RS), 43, A Associngtn Brasileira de Ensino de Servigo Social (originaiaments, Assoctagio rasitera de Esoolas de Servigo Social) fora crinda na teginda metade dos aeos quctenta 44, Pesquist sinda sm andamenro, apoiade pelo CNPq © cootdsnads pela Profs. Dra. Nobace Kameyamna (UFRJ;, levactando todas as dissetaydes de mesttaco © tess de dovtorda Ucfendilas, ene 1974 ¢ 194, nas insttvigées cits na neta 42, encontrou 740 wbulies {20s ‘yeas 47 cm nivel de deutorado), assim disrbufdes segunda seus objeto: anise insicucional 18; idadania, denociacia © dieits socks: 3: exianga e adalescente: 41; crime © violencia: 2; 196 un « bibliogratia.pripr publicagies intermitentes e alguns dngdos aniversititios, una revista profissionl con. periodicidade regular, circulando nacienalmente hi mais de uma d {como se sabe, Serviga Social & Sociedade existe deste 1979). 1h alargou-ie & demanda, pelo exterior, da preszngt de protissionais brasileinos © eventos aciulémicos © seus textos cnewntea divulgagio além-fronteiras; profissionsis estrangeiros (no 1a) numenteram a sua freqiGneia nos nossos cursos de pos sncias nacionais de formagio estenceram, institucionalmente, a sit iafTueH 4 outros paises", Por outre Indo, © grea de Servigo Social! abriv-se a upto didlogo interdiseiplincr, promovendo a interlecugiio. com importantes tevin e intelectuais do_peis € do exterior®. vente dat Aniciiv ulunagin ¢ Também a cergorigio profissional, com um contingente stir mais de sessenta mil (60,000) assistentes soziais, registrava ganhos quer na sua representagio jarto aos organismos estaiais — com a dinamizigio los seus Censelho Federal e Conselhcs Regicmais —, quer na sua experitic associntiva enquanto vendedora de forga de trabalho (Abramides © Cabra 1995) Ganhos express9s claramente ria regularidade, representatividade brangéncia de seus grandes encontios nazionais, os Congresses Uefieeacia © doensas mentais: 8; deseavolvineno de comunidade: 31; formagio pro 97; género e fami: 48; hlstvia do Servigo Social: 32; iastaumentos ¢ tac profissina 23; movimentos socais: 61; politi socal: 70; process socioaulturais: 2; 45: priten profissioaal: 133; relicade socia/eondigies de vida de wutios: teoris © método protissiomis: 45; teeta iade: 15, Bsses dalos estfo serio objeto cel © qualquer infertncia, feity egore, 6 mite proviséea; de qualquer forms, é de uctar 0 peso das pravempagtes com a “atenalidaie” do Se-vigo Soctal: 230 trabalhos (3% do tts) iaehlew sobre pritica e formagiio profissioncis; se « eles agreparmos as referidos & histria protest (42), tora © método (45) e instruments tSenicas {25}, a eifra chega a 330 (44,5% do ttl 45, Nesiefimbito, salvo ete, e papel pioret> coute no Programa de Estudos Ps-Cira ia ‘em Servo Social da PUC-SP, que firmou conv@aios com insituigdes porkiguesas © a Mais recentemente, 0 Prograria de Pés-Gradunpio ert Servigo Social da URE seguit a isnt via, Finnendo convEaios com a Universidad de ln Repsbliea (Lig 146, Atualmente, esse dislogo interciseiplinar esti muito desenvolyido na majors «ho programas de pés-sraduacio; alguns dels, alifs, om promogées eonjuntas ou mf, jf trowxcian Ao pais, porn 0 debate com profisionals de Servigo Social, figuras como Micasel Liv kes LLojkine, Robert Castel, Agnes Heller e Ferenc Feher Creio que se deve destacar, tambsr 2 © papel importante desempenhade pelo Programa de Estudos Pie-Gredindos em Servign Sock ‘da PUC-SP que, jf na dseada de setenta, ofeesin uma formaeZo que canta cam a conti, centre cutios, de Florestan Fe-nundes, Getavio lanai, Evnldo A, Vieim ¢ Mauricio Traglentery lor 1 num oreveatida desce @ terceiro de Aw stentes Sociais (CBAS), dE Ven (1979), culminando no mais recente, 0 vitae (995, etivos Fave quad co maturagio profisional — eorande cesforgos 1 ae nio € estrunia a polizegio progressista dh Yo rac da categoria, viene no ocaso dn dtadara miitar instaurada em) 1964 — tem sew marce a ubicae oferecida pelos assiatentes soeitis quando dos Fae ran ene da déoada d naventa, para x elaborapto da Lei Organica da Assist@ncia Social (OAS), provesso no qual, por meio de suas ent idades Tepresemalis e ve alguns c@ sous snvestigndores Te operasos, a categorin Frofissional ofsrecet. un ponderavel aporte sociedade brasileira avis sh veto cond dh Servign Social no Brasil, na passagerD doe 2H coitenta fon nt qu wap — cama, ml — Snupenforisseh St é fovelydir des avangos aleansados pela profissio, num tempenhio que pode ser soar ainda ra inicia) minis. dos grupos catShiens at, Mt segunda raat a dgeada de wrinka, ouseram o Servigo Social ao pals. FE também, contudo, um eeririo caregado de questdes © problemas — hordaios una o avimn, co passadar recente, mas ainda ans # Ate novos & Prmexgemes, tos, porsin, exprimindo a propria iertso do Servigo Social vin malta das eaneretas celgées 4a sociedade brasileira ‘A primeira. questo que ressalte, 1 problemética atua. da. profissio, rofere-sé's sua legitinidade social Ja em 1981, Taenemoln demorstrava cue verserse de Tegiimidwde” da Servigo Social consistis Aa assimetria da sua dlewanda por perte das clases socias fundamentals: © profissilo, caucionada jpelis classes dominantes em fungio do seu conservadorismoe (politico, mas Taualinenteterico e apzai), neo contava com & MEA ccaugiio por parte aevjoritariamente nas classes © camadas subaltemas dos seus usuarios, inser lamar, 1992, Decorides czinze anos dessa andiso, 08 = % dda questio Hear cratiog —- yes a. roolerit. Permanane. Bit abet Se_amadureceu, o_ campo profissional, um vetot.d@_rupiura. com © conservalorismo®, ele ainda no. consoidou_una “nova legiin: dade” para o Servigo Social junto a nis Se Be suta_parte,_cim_éreas_ de, iNRLvensé> St que adicionalmente 0 Servigo Socal apareeia legitimado por representantes do capital «co Fxada, saer2_owirasprofissionals aie disputam papéis © eae woar que ws esminrtes cle Sevigo Soca tem 10 Oh yapel relevane m0 navies poeta, nae steed wm cgi 26 ies Te ‘a Secretaria Ue Sane ect da Unio Nace! os Catuaanes (SESSUNE a rer ane qv i, mh cessto acre du pempetva ‘amtengso Net, 199M), carelas com. cs assstentes soeiais pono. er xed 6 Jopitimidade anteriormente aeazsada (© ja quesiomida por aqueles representantes) ‘meilidia em que, NO Servgo Social, o conse-vudorisno pera espacos), HE cla Me Te conilitos de alribuigies af localizdveis (pen ronteiras: profissienais”” conten porfineas © priticas entee Servigo Social e, Dor exemplo, Psicologia Secial, rciologias Aplicadas, Acministragio de Recursos Humanos © Educagio) niio pedem ser equacionados & base ce regulaghes, formais ou reivindicugdcs Pipporafivas. Absolutamente comprecnstves ra cdinimicn da divisio sociotéenica Uo Fabuil, eles 86 podem ser erfrentades positivamente 0% ‘desenvolvimento {le novus comperéncias, sociopoliticas e teérieo- instruments F nessa dupa tlimensio que se podera promover {reJegitimayoes prt jssionais, com al uamenta do campo de intervengto Cespage profissional”) das profissdes. Ora, novas competéncias remeter, direta mas née exclesivamente, 4 pesquisa, & producto de conecimentos ¢ 2s alternativas de sua dnstrame mragaa —~ 6, no 2asc do Servigo Social, isso quer dizer conhecimento sobre 4 realidade social", 0s avangos ¢ 0 acirmulo realizados no Servico Social, wé a entrada dos nos noverta, fran, neste dominio, enormes™; porém, 589 ainda ‘lagrantemente ilébeis em face das novas realidades societirias ¢ mesio0 dda. prsprin extensio | has pritices profissionais. Além disso, a categoria profissionc!_ndo-dispoe-de uficientes canais e circuitos que. operem_ums efetiva. socializagio_de “rvangos — 0 que. tein. contribufdo_parsalargar. TOA escalt preocupante, ncia entre as vanguardas académicas © @ masst dos profissioncis “de Grnpo". Entretanto, o que € central ma artieulagio is FOV, ‘competéneis ludidas reside nos seus parimetros teicos © fdeo-paliticos ;que, igualmes febatem ro plano da formagko) — 4 cles me referire! adiante. 'As novs competencias passim, incontorravelrrente, pela formagito pro- sional — e, aqui, os problemas (que extrapolam as imprescindiveis deter Mrinagoes \6enicas) estio Tonge de um enquedramento satisfat6rio, como © == go, Conicinenta gus, oaspltvns G2 lararat no mesmo Wit fe 1S oberseia omc “eadgurener do nsreda cinco d ands a xtde socal ‘oacompenh Glam ci diieica conjuntural” (lamamoto, 1892: 371 feeepeinetameat20 Iaites deste ago teomo gus Uta Cs EET doses svangos operate basiomente po esp acai lef nln +4). Coser emibrar qu 3 aan ot enego es pexiadaes 6 rocomectdps, por 58 ST feeunda traetria Potistonet (Mas Camelia Yautek, Vice ters, AUS SE, Pati A. Pecira) COM! Protects maa jvene CAna @, Mota, Enel. Cardow, Gee Behring). FE que Tique esas rs ato esse names € somente nat: dado IME do Servign ei Sutemporigs. wo Broil € que ele cons som em éif neice ANSob todos 0s 7ont0s ose amcluse os da dtiviglo repioal €etiia — epeeno de pesquisntores lo»

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