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EMEF JKO

PROFa. ISABELA
ARTES
7 ANO
A, B, C

FESTAS POPULARES BRASILEIRAS


No Brasil, as festas populares são pura alegria e diversão. Não é a toa que quem participa delas é chamado
de brincante. Nossos festejos vieram de tradições muito antigas, que chegaram até os dias de hoje,
transmitidas d geração em geração.
Cada região do Brasil, realiza seus festejos de um jeito diferente, para você ter uma ideia de como isso é
importante para a formação da identidade brasileira. Afinal, a diversidade das festas enriquece nossa cultura
de uma maneira única!
Em outras palavras, festejando, a gente se diverte ao mesmo tempo em que mantém as tradições e valoriza
as origens.
O nosso jeito de ser que é múltiplo e variado assim como a nossa gente é capaz de transformar essas festas
tradicionais como quisermos. É a partir desses “muitos jeitos de ser” que resultaram de muitas misturas e
influências.
Como cidadãos de uma terra colonizada por um país europeu e católico como Portugal, sabemos que nossas
datas comemorativas trazem consigo a influência da cultura do país colonizador, mas também sabemos que
elas não se resumem a isso.

Desfile escola de Samba


Boi Bumbá

Passista de Frevo
Marujada
Folia de Reis

Fogueira de São João

Essa influência foi conjugada com a marca forte das tradições dos povos indígenas que habitavam a terra
dos povos africanos que aqui chegaram escravizados há tantos séculos. Sem esquecer a contribuição de
muitos outros povos imigrantes, que tem aportado em terras brasileiras desde a época da colonização até
hoje.
As imagens dos festejos apresentadas acima estão ligadas ao calendário cristão: dois carnavalescos, dois
juninos e dois natalinos.

Ciclo carnavalesco 1
O carnaval é uma festa popular muito antiga
que acontece em vários países do mundo,
inclusive no Brasil, entre fevereiro e março.
No Brasil, o carnaval surgiu com a colonização,
no século XVI. Foram os portugueses que
trouxeram para cá o costume de comemorar o
entrudo. Uma festa popular que acontecia já
naquela época em Portugal, em que as pessoas,
jogavam água, ovos e farinha umas nas outras.
Era um tipo de festa violenta, que, por isso, nem
sempre acabava bem, e tinha esse nome
Desfile do Carnaval de Vitória, no Sambão do Povo em 2018,
porque marcava a entrada da quaresma –
período de quarenta dias em que os cristãos se
preparam para a páscoa, jejuando e fazendo
penitência.
Veja a seguir, na gravura do pintor francês Jean-Baptiste Debret (1768-1848), uma representação do
entrudo. Observe como o folião passa farinha de uma passante, enquanto outro espirra água e um
terceiro se abastece da munição retirada de um tabuleiro.

Cena de carnaval,
de Jean-Baptiste
Debret, 1823
(aquarela sobre
papel).
Reproduzida do
álbum Voyage
pittoresque et
historique au
Brésil. Publicado
em Paris 1834.

Com o passar do tempo, ritmos musicais e danças afro-brasileiras, como o samba e o frevo, passaram a ser
incorporados ao entrudo, transformando essa festa no típico carnaval brasileiro que conhecemos.
Cada lugar do Brasil comemora o carnaval de uma forma diferente. No Rio de Janeiro, São Paulo e Vitória por
exemplo são comuns os grandes desfiles das escolas de samba e também os blocos de carnaval de rua. O
carnaval do Rio de Janeiro é o maior do mundo atraindo milhares de pessoas. Entretanto ocorre desfiles em
outras partes do Brasil como em Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul. Esses eventos costumam
arrastar multidões e atrair muitos turistas para as cidades essa época do ano.
Na região do Nordeste, o carnaval apresenta outros ritmos e passos de dança. No Recife em Pernambuco, por
exemplo, predominam os clubes de frevo, os bonecos gigantes e os blocos de pau e corda.
Em Salvador, na Bahia, são famosos os trios elétricos e os blocos de afoxé que puxam desfiles nos quais a
participação popular é livre e enche as ruas.
Veja as imagens abaixo do carnaval em Recife, Olinda e Salvador.

Bonecos Gigantes, Carnaval Trio elétrico em Salvador. Passistas de frevo em Recife.


de Olinda.
As escolas de Samba

O Rio de janeiro é considerado o berço das escolas de samba, além de ter os maiores e mais
prestigiados desfiles do Brasil.
Foram os sambistas do bairro carioca Estácio que tiveram a ideia de criar um bloco carnavalesco em
que s e pudesse dançar e evoluir em forma de cortejo – o que, no carnaval de 1928, deu origem ao
samba-enredo e à primeira escola de samba brasileira, a Deixa Falar.

Bloco Carnavalesco: é um grupo de


foliões que, quase sempre usando a
mesma fantasia, desfilam dançando e
cantando nas ruas durante o carnaval.

Cortejo é uma marcha ou procissão


em que se encena uma história.

Escola de Samba Deixa Falar, em 1928.

Para os integrantes das escolas de samba, além da alegria, atualmente o carnaval também significa muito
trabalho, que exige dedicação o ano todo. Reunidos nos galpões das escolas, os agremiados dedicam todo
o seu tempo livre à escolha dos temas, à montagem dos carros e das alegorias, à produção das fantasias
e dos adereços, à criação do samba-enredo e aos ensaios dos passos e da evolução do desfile.
Em geral, as escolas de samba são formadas por uma comissão de frente, várias alas, como a das baianas
e a da bateria, carros alegóricos e passistas, com destaque para o mestre de sala e a porta-bandeira.

Agremiados são aqueles que fazem parte de uma mesma associação.

Alegorias carnavalescas são os cenários que decoram os carros no desfile

Alas de uma escola de samba são grupos de foliões que se vestem com a mesma fantasia, fazem a mesma
coreografia e exercem as mesmas funções durante o cortejo
Ciclo Carnavalesco 2
O frevo
A origem da palavra frevo se originou do verbo ferver. Esse ritmo surgiu no século XIX nas ruas da cidade do
Recife em Pernambuco, como resultado da mistura entre as culturas africana e europeia, tão característica
do Brasil.
A contribuição africana vem da capoeira, pois os passistas do frevo, inicialmente, eram capoeiristas. Para
acompanhar as marchas militares tocadas pelas bandas de música, como era costume naquela época, os
capoeiristas criaram uma dança que utilizava os movimentos de capoeira em um ritmo de marcha. Com o
passar do tempo, o frevo ganhou coreografias e músicas próprias, embora tenha guardado muito da agilidade
dos passos da capoeira e algum encanto das marchinhas.
Os gestos e movimentos da capoeira podem variar, mas praticamente todos exigem força, equilíbrio e ginga.
Um dos movimentos que influenciou a coreografia do frevo foi justamente a ginga
Os passos do frevo
Os passos do frevo são rápidos e cheios de energia sempre acompanhado de uma sombrinha.
Os passos mais conhecidos são: tesoura, saci-pererê e ponta de pé e calcanhar.
Música para ferver
A banda do frevo tem o nome de fanfarra e a música tocada por ela é marcada pela mesma rapidez e energia
contagiante que caracterizam a dança. Os frevos que animam os foliões podem ter letra ou não. Alguns agitam
os carnavais há quase cem anos!
Roupas e adereços
O principal adereço do frevo é a sombrinha colorida. As roupas para dançar o frevo são flexíveis, pois precisam
suportar os movimentos vigorosos e acrobáticos da coreografia, e muito coloridas.
Em geral os homens vestem bermudas ou caças com enfeites nas canecas e pequenos coletes sem mangas;
as mulheres usam saias bufantes e muitos adereços coloridos.
Quando o frevo surgiu, os passistas usavam sombrinhas velhas sem tecido. Com o passar do tempo, as
sombrinhas ganharam cores fortes e ficaram bem pequenas. Hoje são o símbolo da festa.

Responda as questões abaixo, caso não saiba as respostas não deixe de pesquisar:
1. Você gosta dessa festa do Carnaval? Como ela é comemorada na sua região?

R:

2. Seu bairro tem algum bloco de carnaval de rua? Você sabe o nome?

R:

3. Por quê você acha que o carnaval é uma festa importante no nosso país?

R:

4. Depois que o entrudo acabou a farinha foi substituída por outro material. Qual
é o nome deles?

R:

5. Você conhece o nome das escolas de Samba da nossa cidade Vitória? VocÊ
torce para alguma?

R:

6. O que você mais gostou de saber sobre o frevo?

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